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Jenn Rodrigues
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RADIOLOGIA
ÍNDICE
Introdução ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3
Histórico e evolução dos raios-X _______________________________________________________________________________________________________________ 5
Radiografias periapicais – anatomia da maxila e mandíbula ________________________________________________________ 8
Física das radiações e aparelhos de raio-X ___________________________________________________________________________________________ 13
Técnicas radiográficas intra-orais __________________________________________________________________________________________________________ 19
Processamento do filme radiográfico ____________________________________________________________________________________________________ 31
Métodos radiográficos de localização ___________________________________________________________________________________________________ 34
Aspectos radiográficos das alterações dento-maxilo-mandibulares __________________________________________ 39
Radiografia extra-oral _____________________________________________________________________________________________________________________________ 48
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INTRODUÇÃO
◢O que é radiologia?
▸RNI – são as que não produzem
ionizações, ou seja, não possuem capacidade
de interação/remoção/emissão de elétrons de
carga/átomos. Não leva a
alteração/destruição celular
▸RI – tem a capacidade de interação com os
átomos dentro das células e já tem a
capacidade de fazer alteração/destruição
celular
◢Aplicações
◢Objetivos da disciplina
▸Conhecer a física das radiações
▸Compreender como ocorre a formação da imagem radiográfica
▸Reconhecer as estruturas anátomo-radiográficas do complexo dentomaxilofacial
▸Interpretação radiográfica durante a rotina clínica
▸Aplicação correta da radioproteção
▸Realização correta das técnicas radiográficas intra e extra orais
Analise de
material
Diagnóstico
médico
Inspeção
eletrônica
Segurança
Alimentar
Tratamento
médico
Industria
pesada
Qualidade
farmacêutica
Segurança
Raio-X
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◢Sistematização: Fluxo de análise
▸Identificação: data, nome, tipo de radiografia e incidência
▸Avaliação técnica: critérios de centragem, parâmetros de exposição
▸Reconhecimento da anatomia normal: localização e estrutura
▸Detecção e caracterização de imagens anômalas: número, localização, morfologia (forma e contornos), estrutura
(densidade e distribuição)
◢Assuntos abordados
▸Apresentação da disciplina
▸Histórico dos raios-X (evolução)
▸Física das radiações
▸Radiologia e radioproteção
▸Técnicas intraorais: Paralelismo e bissetriz
▸Anatomia radiográfica dentomaxilomandibular
▸Métodos de localização radiográficos
▸Radiografia panorâmica
▸Aspectos radiográficos das alterações dentomaxilomandibulares
◢Bibliografia
Básica
▸Imaginologia e radiografia odontológica – WATANABE
▸Curso de radiologia em odontologia
▸Radiologia oral: Princípios e interpretação
▸Fundamentos de odontologia – Radiologia odontológica e imaginologia
Complementar
▸Série Abeno: Odontologia essencial – Parte clínica
▸Manual técnico de radiologia odontológica
▸Diagnóstico por imagem em odontologia
▸Radiologia odontológica: Procedimentos ilustrados
▸Princípios de radiologia odontológica
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HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DOS RAIO-X
◢Motivo da utilização
▸Aumenta o índice de sucesso nos tratamentos
▸Aumenta a precisão no processo de diagnóstico
◢O que é radiação
▸Transmissão de energia através do espaço e da matéria
▸Se tem algumas matérias e objetos que não permite a passagem da radiação bloqueando-as
▸O raio-X segue em apenas uma única direção e para somente quando se encontra com uma superfície que é capaz de
bloquear sua passagem, ou seja, então ela não vai ‘ricochetear’ onde bater indo para todos os lados
William Watson 1715-1787 – INGLATERRA
▸Primeiro a observar/descobrir a passagem de corrente elétrica através do tubo contendo gás.
▸Isso significa basicamente que os diferentes gases que compõe a atmosfera, substancias entre outros apresentam
carga elétrica ou uma massa capaz de propagar energia. mas essa propagação/passagem só é possível ser visualizada
quando se tem diferencial de tensão, saindo de onde tem mais para onde tem menos
Jean Nollet 1700-1770 – FRANÇA
▸Observa que quando uma corrente elétrica atravessa um gás ela emite uma luz
André Ampére 1775-1836 – FRANÇA
▸Consegue medir a intensidade da corrente (i) que atravessa o tubo de gás dando origem a unidade AMPER; as
correntes usadas em tubos de raio-X são medidas em submúltiplos: mA
▸Isso vai ser importante para se iniciar o processo de regulagem
Michael Faraday 1791-1867 – INGLATERRA
▸Denomina os termos cátodo e ânodo que seriam depois muito utilizados em radiologia
Cátodo – região negativa
Ânodo – região positiva
Raios catódicos – passagem dos raios
▸Raios catódicos – feixe de elétrons que partem do cátodo (polo negativo) acelerado em alta velocidade por uma fonte
externa de alta tensão, em direção a um alvo, o ânodo (polo positivo)
Daniel Ruhmkorff 1803-1877 – ALEMANHA
▸Patenteou a bobina Ruhmkorff que fornecia alta tensão aos tubos, responsável pela fonte de tensão necessária para
a produção dos raios-X
William Crookes 1832-1919 – INGLATERRA
▸Constatou que os raios catódicos:
▹Deslocam-se em linha reta independente de se alterar/descolar a posição do ânodo (região positiva) pela sua alta
velocidade que se encontram
▹Provoca um aquecimento (porém um aquecimento ‘suave’) e fosforescência em certas substâncias
▸Fosforescência – Luminescência que persiste por um intervalo de tempo superior a 10-8 seg. após a remoção da fonte
de excitação. A emissão de luz continua durante 8 a 10 seg. mesmo após ter cessado o estímulo
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Philipp Lenard 1862-1947 – ALEMANHA
▸Estudou o fenômeno de fluorescência em determinadas substâncias, quando essas eram atingidas pelos raios
catódicos, dentre elas o Platinocianeto de Bário
▸Na fluorescência a emissão de luz cessa quando cessa o estímulo
Wilhelm Conrad Rontgen 1845-1923 – ALEMANHA
▸Nasceu em 1845 em Lennep, Alemanha
▸1869 – doutor em física pela universidade de Zurique – "Do comportamento dos gases"
▸Descoberta do raio-X em 8 de novembro de 1895
“Um tubo evacuado foi coberto com papel pesado e negro no intuito de concentrar e evitar a dissipação da luz, descobrindo
que a placa de Platinocianeto de Bário fluoresceu (tendo uma luz) e aumentando a distância de alcance. Chegando a
conclusão que antes a luminosidade estava sendo perdida (mas não os raios catódicos já que e.es andam em linha reta)
▸Enquanto investigava a capacidade de vários materiais em deter os raios, Wilhelm colocou um pequeno pedaço de
chumbo em posição enquanto a descarga acontecia.
▹Observou então a primeira imagem radiográfica dos ossos de seus dedos, cintilando na tela de Platinocianeto de
Bário
▸Concluiu então, que aqueles raios eram parados pelos ossos, da mesma forma que por uma placa de chumbo;
▸Mão esquerda de sua esposa Anna Bertha Ludwig Rontgen (1833-1919): 08/11/1985
▸‘Primeira radiografia’ realizada em 22/12/1895: durante 15 minutos
Repercussão
▸Gerou controversas com questões éticas de invasão de privacidade e afronta a moral e bons costumes
▸Os raios-Xatravessam corpos opacos a luz
▸O estimulo causado pelo raio-X pode provocam fluorescência em certos materiais
▸Impressionam filmes fotográficos
▸São raios invisíveis
▸Originam-se no ponto de impacto dos raios catódicos no vidro do tubo de gás, ou seja, o local no tubo onde estava
começando a iluminar e aumentar a temperatura é onde se começa a se originar o raio-X, mas para isso acontecer a tensão
tem que ser alta já que ao contrário disso a única coisa observada vai ser uma leve iluminação.
▸Propagam-se em linha reta. Foi descoberto mais tarde que quando se coloca concentrações de energia diferentes ao
lado do tubo pode se ter uma leve desviada, mas não é o suficiente para se ter uma curva.
▸08/11/1895 - descobriu o raio-X
▸1901 - Primeiro prêmio Nobel de física
▸"Em reconhecimento aos extraordinários serviços que a descoberta dos notáveis raios que levam seu nome
possibilitaram”
▸Doou o dinheiro do prêmio para pesquisa científica na Universidade de Wurzburg;
▸10/02/1923 – morre aos 77anos, devido a um carcinoma,
Tomas Edison 1847-1931 EUA
▸Inventou um instrumento que apresenta uma tela fluorescente que permite a visualização da radiografia sem
necessidade de revelar o filme (que era utilizado normalmente para fotografar também na época)
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Frederic Otto Walkhoff 1860-1934 – ALEMANHA
▸Primeira radiografia dentária
▸Placa fotográfica de vidro
▸25minutos de exposição
▸Fez a radiografia em sua própria boca
◢Ralados de danos
▸Com a realização de radiografias experimentais ou médicas em vários locais do mundo começaram os relatos de
queda de pelos, infecção, vermelhidão no local associados aos raios-X
▸Radiografia do crânio em perfil: 30 min. de exposição
▸Ao final de 1896: 23 casos de danos severos causados pelos raios X haviam sido registrados em revistas científicas;
▸1904: Morre Clarance Dally (39anos) – assistente de Thomas Edson na fabricação de "kits de radioscopia"
▸Registrou sua luta com as queimaduras, amputação e linfonodomegalias
Clarance Madison Dally 1865-1904
▸"Um mártir da ciência"
▸Suas mãos foram destruídas pelo câncer resultando na amputação dos dois braços
▸O homem que deu a visão dos RX a Thomas Edison;
▸ “Don’t talk to me about X-rays, I am afraid of them. - Não fale comigo sobre raio-X, eu tenho medo deles” – frase
dita pelo Tomas Edson
◢Desastre nuclear de Chernobyl
▸“Uma explosão de vapor e um incêndio na usina, no norte de Kiev, em 1986, jogou uma nuvem contaminada na
atmosfera, no maior desastre nuclear da história”;
▸Depois do acidente, a precipitação radioativa foi detectada no mundo inteiro, mas a situação pior foi registrada na
Ucrânia e na Bielo Rússia;
▸As pessoas ainda são proibidas de morar em uma “zona de exclusão” de 2,6 mil quilômetros quadrados, mas algumas
continuam no lugar. Sem uma intervenção em grande escala, a radiação continuará acima do nível determinado para
adultos até pelo menos 2040, e acima do limiar para crianças por mais tempo ainda (Environmental International);
▸A exposição pode causar uma série de problemas para a saúde, como alguns tipos de câncer, catarata e doenças do
aparelho digestivo”;
◢Tipos de radiografias
▸Periapicais {áreas especificas
▸Panorâmicas {geral
▸Telerradiografia {ortodontia
▸Tomografia computadorizada
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RADIOGRAFIAS PERIAPICAIS – ANATOMIA DA MAXILA E MANDÍBULA
◢Anatomia radiográfica da maxila e mandíbula
Qual a importância do conhecimento do normal?
▸Constitui um sólido substrato para uma correta interpretação radiográfica
O que podemos ver em uma radiografia periapical?
▸ Esmalte; Dentina; Polpa; Coroa; Raiz; Ligamento periodontal (quando não se vê o ligamento mesmo a radiografia
estando nítida, pode ser um caso chamado de anquilose dentária ou infra oclusão, que é uma anomalia definida pela fusão
anatômica do cemento e/ou dentina com o osso alveolar tenso assim a perda do ligamento periodontal); Osso alveolar
⊿Maxila
▸Temos quatro divisões:
▹Região dos incisivos centrais superiores
▹Região do canino e incisivo lateral superiores (lados direito e esquerdo)
▹Região dos pré-molares superiores (lados direito e esquerdo)
▹Região dos molares superiores (lados direito e esquerdo)
Região de Incisivos Centrais Superiores
1. Estruturas Radiolúcidas
▸Fossa nasal
▸Sutura intermaxilar
▹Principalmente em jovens, linha radiolúcida presente entre os incisivos centrais (em idosos é mais difícil a
visualização)
▸Forame incisivo
▹Tem entre os incisivos centrais na região apical
Esmalte
Ligamento periodontal
Osso alveolar
Polpa
Dentina
Coroa
Raiz
Sutura intermaxilar
Forame incisivo
Fossa Nasal
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2. Estruturas Radiopacas
▸Espinha nasal anterior
▹Área radiopaca em formato de “V” abaixo do septo nasal
▸Contorno da abertura piriforme
▹“Contorno da fossa nasal”
▹Linhas radiopacas tem forma de “U” sobre a espinha nasal anterior, limitam a fossa nasal
▸Septo nasal
▹Imagem radiopaca em forma de coluna vertical acima da espinha nasal anterior e que separa o contorno da abertura
piriforme mais frequente em ângulos verticais maiores
▹Porção óssea (vômer e lâmina perpendicular do osso etmoide)
▹Porção cartilaginosa
▸Ápice nasal
▹Nos casos de angulações verticais muito acentuadas o feixe de raios x atravessa os tecidos nasais projetando uma
sombra na radiografia, correspondente ao ápice nasal
▹A imagem do ápice nasal aparece nas radiografias como uma sobre a radiopaca em forma de v sobreposta as raízes
dos incisivos centrais
3. Estruturas Mistas
▸Conchas nasais inferiores
▹Duas imagens de radiopacidade mais ou menos, correspondentes aos constituintes das conchas nasais inferiores
Regiões de Caninos Superiores
1. Estruturas Radiolúcidas
▸Fossa nasal (anteriormente)
▸Seio maxilar (posteriormente)
2. Estruturas Radiopacas
▸Assoalho da fossa nasal
▸“Y” invertido de Ennis
▹A imagem corresponde a parede divisória do seio maxilar com a fossa nasal, forma uma imagem radiopaca parecida
com “Y” invertido
Ápice nasal
Contorno da abertura piriforme
Espinha nasal anterior
Septo nasal
“Y” invertido em Ennis
Seio maxilar
Fossa nasal
Conchas nasais
inferiores
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Região de Pré-Molares e Molares Superiores
1. Estruturas Radiolúcidas
▸Fossa nasal/assoalho da fossa nasal
▹Aparece em radiografias onde o ângulo vertical foi muito acentuado
Quando tira os dentes seio tende a ficar mais baixo pela perda óssea
▹Em radiografias de molares e pré-molares superiores, em casos de angulação vertical muito acentuado, o feixe de raio
x intercepta o assoalho (limite inferior) da fossa nasal, imprimindo assim a imagem da mesma sobre o seio maxilar
▸Seio maxilar
▹Apresentam-se como uma imagem radiolúcida abrangente (pois é uma cavidade preenchida de ar)
▹Pode apresentar em seu interior subdivisões ósseas, denominadas de “septo sinusais” que na radiografia apresentam-
se como linhas radiopacas
2. Estruturas Radiopacas
▸Osso zigomático
▹Devido à angulação utilizada para as radiografias periapicais dessa área, o feixe de raio x ultrapassa o osso zigomático
durante seu trajeto, esta é uma estrutura muito compacta capaz de barrar parte deste feixe, de modo que sua imagem
resulta em uma estrutura extremamente radiopaca
▸Processos zigomáticos do osso maxilar
▹Imagem em forma de “U” radiopaca situada a frente do osso zigomático
▸Assoalho do seio maxilar e limite inferior da fossa nasal
▸Processocoronóide da mandíbula
▹Embora seja um reparo da mandíbula, é visualizado em radiografias de molares superiores como imagem radiopaca
em forma triangular próximo ao túber
▹ “Atrás do último dente”
Septo sinusais
Processo zigomático do osso maxilar
Osso zigomático
Seio maxilar
Assoalho da
fossa nasal
Processo coronóide
da mandíbula
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⊿Mandíbula
▸Também é dividida em quatro:
▹Região dos molares inferiores (lados direito e esquerdo)
▹Região dos pré-molares inferiores (lados direito e esquerdo)
▹Região do canino inferior (lados direito e esquerdo)
▹Região dos incisivos inferiores.
Região de Molares Inferiores
1. Estruturas Radiolúcidas
▸Canal mandibular
▹Por ser uma cavidade tubular dentro do corpo da mandíbula e abrigar nervo e vasos alveolares inferiores, apresenta
menor resistência à passagem do raio x, apresentando-se como uma banda radiolúcida
▸Fóvea submandibular
▹Área radiolucida mal definida de extensão variável, corresponde ao local onde a glândula submandibular se aloja e
a consequente adelgaçamento ósseo da região
2. Estruturas Radiopacas
▸Linha oblíqua externa
▹Apresenta-se como uma faixa radiopaca que cruza transversalmente o corpo da mandíbula no 1/3 médio das raízes
dos molares
▸Linha oblíqua interna (milo-hioidea)
▹Apresenta-se como linha radiopaca da região do ápice dos molares
▹Também chamada de milo-hioidea
▸Teto e assoalho do canal mandibular
▹A luz do canal mandibular é revestida por osso mais compacto
▹Quando os raio-x incidem sobre esta área, este osso compacto proporciona imagens radiopacas acima e abaixo da
imagem radiolúcida (corresponde a luz do canal) denominadas de teto e assoalho do canal mandibular
▸Cortical da mandíbula (trajetória basal)
▹Que é formada por osso compacto, apresentando uma imagem radiopaca limitando inferiormente a imagem da
mandíbula
Canal mandibular
Linha obliqua
externa
Linha obliqua interna
(milo-hioidea)
Cortical da mandíbula
Teto do canal
mandibular
Assoalho do canal
mandibular
Fóvea submandibular
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Região de Pré-Molares Inferiores
1. Estruturas Radiolúcidas
▸Canal mandibular
▸Forame mental (mentoriano)
▹Localiza-se próximo ao ápice do 2°PMI
2. Estruturas Radiopacas
▸Teto e assoalho do canal mandibular
Região de Incisivos e Caninos Inferiores
1. Estruturas Radiolúcidas
▸Forame lingual
▹Ponto radiolúcido situado na região central da passagem do ramo lingual da artéria incisiva
▸Canais nutrentes
▹Linhas radiolúcidas correspondem aos trajetos intra-ósseos das arteríolas ou veias
2. Estruturas Radiopacas
▸Protuberância mentoniana
▹Representada radiograficamente por uma imagem radiopaca triangular abaixo dos incisivos centrais, corresponde a
uma proeminência óssea, que se estende de pré-molares a sínfise mandibular
Forame mentual
Canais nutrentes
Forame lingual
Protuberância mentoniana
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FÍSICA DAS RADIAÇÕES E APARELHOS DE RAIO-X
◢Natureza das radiações
▸A radiação é uma palavra que se origina do latim “radiare”, que significa luminescência, cintilação, brilho, nas ciências
a radiação é definida como a transmissão de energia através do espaço e matéria/objetos
▸Pode se definir basicamente dois tipos de radiações, segundo sua natureza:
1. Radiações corpusculares (possuem massa)
2. Radiações eletromagnéticas (não possuem massa)
Radiação Corpuscular: pequenas partículas com massa e carga elétrica – se originam de desintegrações nucleares naturais
ou artificiais
exemplo: raios Alfa, raios Beta, raios catódicos
Radiação Eletromagnética: não possuem massa – propagação de energia através do espaço, acompanhada de campos de
força elétrica e magnético (só libera radiação quando ativado, diferente do corpuscular que é constante)
exemplo: ondas de rádio, luz visível, raios infravermelhos, raios e ultravioletas e raio-X
◢Radiação eletromagnética
▸A radiação eletromagnética é uma oscilação em fase
dos campos elétricos e magnéticos, encontram-se
desacoplados das cargas elétricas que lhe deram origem. As
oscilações são perpendiculares entre si e podem ser
entendidas como a propagação de uma onda transversal
que pode se deslocar através do vácuo
◢Ondas eletromagnéticas
▹Distância (λ) = comprimento de onda
▹Emáx = amplitude
▹T = tempo que a onda demora para percorrer um comprimento de onda
▹Frequência (f) = número de comprimento de onda que passa por um ponto, por unidade de tempo
f = λ / T v = λ . f
✦O comprimento, a frequência vão delimitar o tipo de radiação que vai se estar trabalhando. E quando falamos especificamente dos
raios x estamos falando de um comprimento de onda menor e de uma frequência maior para que nós possamos estar falando de
uma radiação ionizante e ao passo que estamos falando de uma radiação nesse caso ionizante nós devemos ter cuidado pois estamos
trabalhando com uma radiação que tem capacidade de interação com elétrons presentes nos átomos das substâncias/estruturas que
compõem nosso corpo e outros objetos
Aqui estamos trabalhando com uma onda que esta sendo
propagada. uma onda ou frequência pode ter diferentes tipos de
comprimento ou frequência propriamente dita, a aproximação
dessas ondas gera uma maior frequência e a separação gera uma
menor frequência por meio do aumento do comprimento de onda.
Quanto maior a onda menor é a frequência e quanto menor a onda
maior é a frequência.
Para nós da odonto e principalmente para a radiologia não é
interessante comprimento de ondas muito grande, porque para
que nós tenhamos o estímulo e a interação com os átomos nós
precisamos de altas frequências senão não conseguimos interagir
com as substâncias ou partículas necessárias.
Como a radiação ionizante e radiação não ionizante uma tem
capacidade de interação com os elétrons presentes nos átomos e a
outra não, no caso maiores comprimentos de ondas não tem essa
capacidade, menores comprimentos de ondas que resultam em
maior frequência já apresenta essa capacidade
Fatores como distância, amplitude, tempo e
frequência vão estar associados aos diferentes
tipos de radiação que nós temos no mundo
Quanto menor o comprimento de onda, maior é a frequência e por tanto maior energia eletromagnética
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◢Espectro eletromagnético
▸A existência de ondas eletromagnéticas foi prevista por James Clerk Maxwell (1862) e confirmada experimentalmente
por Heinrich Hertz
▸Quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência e portanto, maior a energia eletromagnética
◢Propriedades dos raios-X
1. Os raio-X propagam-se em linha reta
2. Possuem a velocidade da luz no vácuo
3. São levemente divergentes quando estimulados {tem um leve desvio, mas não uma curva propriamente dita
4. Não são desviados pelos campos elétricos e magnéticos {não vai fazer uma curva estilo 90°
5. Podem sensibilizar filmes fotográficos
6. São invisíveis
7. Atravessam corpos opacos {radiopacidade são substancias/objetos que apresentam uma resistência maior para a
passagem dos raios que gera uma diferença do estimulo das partículas que compõe o filme radiográfico
8. Em condições normais não sofrem reflexão e refração
9. Produzem ionizações nos sistemas biológicos, alterando o metabolismo celular e produzindo quebras cromossômicas
{isso pelo fato de serem raios ionizantes
10. Provocam fluorescência e fosforescência em várias substâncias com a consequente manifestação dos efeitos biológicos
◢Estrutura atômica
▸Número atômico (Z): número de prótons de um átomo (núcleo)
✦Quanto mais prótons, maior o seu número atômico e quanto menos prótons, menor o seunúmero atômico. Ou seja,
prótons e número atômico são diretamente proporcionais
✦Nós temos substâncias que tem maior e menor quantidade de elétrons quanto menos elétrons vamos ter uma certa
interação diferente com o raio x. A quantidade de elétrons interfere no processo radiação e/ou produção de radiação
✦Quem está mais próximo do núcleo geralmente é mais difícil de interagir e quem está mais externo é mais fácil
▸Os átomos podem possuir até 7 níveis ou camadas de energia denominadas de K (mais
próximo ao núcleo) a Q (mais para a periferia)
▸Quanto maior o número atômico (Z), maior a energia das camadas
▸Quanto mais perto do núcleo tiver a camada, mais energia é necessária para deslocar o
elétron da camada
▸No átomo existe um equilíbrio entre força centrípeta e alteração eletrostática
▸Energia de ligação: força resultante {A presença das camadas, a sua configuração e o local de inserção dos elétrons
necessita de uma força resultante
Átomo neutro: é aquele em que o número de prótons e de elétrons são iguais.
Átomo ionizado: quando tiramos íons/elétron das camadas
◢Produção de raio-X a nível atômico
▸Aqui estão os átomos presentes na região do ânodo (a região que tem diferencial de tensão)
quando pegamos os raios catódicos, ligou o tubo, colocou energia e liguei o diferencial de tensão
os raios vão ser estimulados em alta velocidade e vão até o lado oposto. Lá nos átomos presente
no outro lado, esses raios catódicos vão interagir com os elétrons presentes nas camadas
fazendo com que haja a retirada de um elétron que acabamos de chamar de "ionização". E
na hora que acontece essa perda de elétron nas camadas acontece liberação de energia em forma
de calor e raio-X
Liberação de energia em
forma de calor e RX
Retirada do elétron
da camada ionização
Raios
catódicos
Átomos
do ânodo
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▸Aprendemos que é necessário a presença de raios catódicos, eles têm que ser produzidos, eu tenho que gerar um diferencial de
tensão que vai estimular partículas e torná-las estimuláveis/excitáveis para que elas possam percorrer em alta velocidade em linha
reta sem desviar para o lado, porém podendo apresentar uma leve divergência... até que a mesma entre em contato com átomos de
outras estruturas e faça a interação que agora vamos começar a chamar de "ionização" fazendo isso o resultado é liberação de calor e
raio-X
⊿ Produção de raio-X
▸Aparelhos de raio-X temos: intra-oral, extra-oral e tomógrafo
▸Os raio-X podem ser produzidos por dois processos (distintos, mas que podem acontecer simultaneamente)
▹Radiação de freamento (Bremsstrahlung)
▹Radiação característica
I. Radiação de freamento (frenagem)
▸O raio catódico passa perto do núcleo do átomo (não atinge
elétrons)
▸Interação da carga (+) do núcleo prótons com carga (-) do
raio catódico-elétrons
▸Desvio ou deflexão do raio catódico (causado por interação)
▸Se tem diferencial de energia por conta dos raios catódicos e por conta dos prótons presente nesses átomos vai se ter
perda de energia pela interação dos dois, resultando uma desaceleração brusca liberando Fóton RX
▸O raio catódico pode continuar interagindo com outros átomos, produzindo radiação (de freamento ou característica),
até perder toda a sua energia cinética e entrar em repouso
▸Pode haver choque direto do raio catódico com o núcleo e toda a energia é transformada em fóton de uma única vez
II. Radiação característica
▸Ocorre quando o raio catódico (elétron acelerado) remove um elétron do átomo do metal (ânodo) fazendo o que
chamamos de ionização do metal (a ionização do metal é a ionização dos componentes do equipamento)
▸Fica uma vacância que será preenchida por um elétron da camada externa mais próxima
✦Então podemos interagir com as estruturas dos átomos por meio da diferença de carga ou podemos ter um choque com elétron e
liberar por meio desse choque um elétron junto com a passagem da camada mais externa para menos externa e liberação de raio-X
e calor
▸Neste “salto” do elétron mais externo, ocorrerá a emissão de energia sob a forma de Fóton RX, transformação da energia
de ligação entre as duas camadas
▸Somente as interações com a camada K são capazes de produzir um feixe de radiação com energia adequada para o
radiodiagnóstico (o restante é calor, raios infravermelhos) {isso por que como ela é a camada mais próxima do núcleo e
consequentemente a mais difícil de se mexer e por conta dessa resistência temos que dar então um diferencial maior,
fazendo com que a energia, fóton RX e o calor também vão ser maiores. Quando se esta nas demais camadas como a Q que
é a camada amis externa por exemplo por ser extremamente fácil a ionização dessa camada/ perda desse elétron então a
energia e o resultado produzido é baixo e não é suficiente para gerar imagem no final
▸Cerca de 10 a 28% da radiação emitida por um aparelho de raio-X é do tipo característica
◢Interação com a matéria
Radiação de frenagem não tem contato com elétrons, mas
por meio da presença dos prótons no núcleo tem carga
diferente, eles vão interagir e vão liberar calor e raio-X
Imagens claras: radiopacas
Imagens escuras: radiolúcidas
Escurecimento generalizado: Velamento
fil
m
e
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⊿Absorção fotoelétrica (a absorção basicamente esta relacionada com o obstáculo que tem a a capacidade de impedir ou dificultar
a passagem da mesma, associado principalmente a capacidade de remoção da energia ou empecilho físico direto, não ta passando ou
esta completamente dificultoso que a passagem ocorra)
▸Grau de absorção depende:
▹Da energia do raio x: ↓energia ↑absorção {energia e absorção são inversamente proporcionais
▹Do número atômico do absorvente: ↑Z ↑absorção {número atômico e absorção são diretamente proporcionais
exemplo:: nos tecidos mineralizados, ou duros (ossos, dentes), são mais absorventes que tecidos não mineralizados ou moles
(pele, gengiva)
⊿Dissipação ou espelhamento
▸Não modificada (Efeito Thomson)
▹A energia do fóton é menor que a energia de ligação do elétron periférico {ele não consegue fazer choque para remover
ou ter um diferencial que cause a sua neutralização ou colocação em repouso, mas ao mesmo tempo em que isso ocorre teve um
choque mas não conseguiu porque a energia é menor que a do elétron que esta lá, uma vez que a camada K é mais difícil e por isso se
precisa de um gasto maior para conseguir liberar, se não tem mas teve o choque vai se ter a dissipação dessa partícula que bateu ali,
mas como não teve a perda não teve liberação de raio e se teve não foi em quantidade suficiente para que se tenha a imagem no final
do processo
▹Pouco importância em radiodiagnóstico porque envolve raio-X de baixa energia, gerando pouco velamento na
imagem {a alteração na imagem não é tão significativa, porem se percebe
▸Modificada (Efeito Compton)
▹A energia do fóton é bem maior que a energia de ligação do elétron periférico
▹Nos átomos de baixo número atômico (exemplo os tecidos moles) todas as camadas podem sofrer essa interação (pois
a energia de ligação é baixa em todas elas) {por ele ter um excesso de energia para partículas/átomos que são muito baixas/fracas,
a energia de ligação presentes nas camadas também é baixa, então na hora que ela bate que faz a perda de íons, a liberação de raio-
X e por consequência também calor mesmo assim ainda se tem muita energia de sobra então ele continua interagindo batendo, tendo
choque, passando próximo a núcleo, sendo absorvido por núcleo e produzindo ainda mais e por isso no fim se tem uma imagem
muito distorcida
▹É o principal causador do velamento na imagem
◢Aparelhos de raio-X: Odontologia
▸Na obtenção de uma radiografia, é necessário que se tenha:
▹Fonte geradora de raio-X (aparelho de raio-X)
▹Objeto a ser radiografado
▹Receptor de imagens:filmes (radiografia convencional) sensores digitais (radiografia digital)
▸Os raios-X produzidos pelo aparelho, são formados como um feixe, ou seja, um conjunto de ondas de diferentes
comprimentos de ondas e energia
▸Por isso, o feixe de raio-X é dito heterogêneo (várias energias)
O raio-X pode sair com vários comprimentos de ondas por isso se tem mecanismos/barreiras/filtros que vão começar a barrar alguns
de passar se não vai estar expondo o paciente a excesso de radiação e que não vai gerar resultado nenhum
Pequeno λ: ↑energia
Médio λ: ↑↓ energia
Grande λ: ↓energia (se a energia é baixa pode ter velamento)
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Jenn Rodrigues
◢Partes componentes
Cabeçote
1. Ampola geradora de raio-X (principal porção do aparelho)
Cátodo (-)
A. Filamento de tungstênio: fonte de concentração de elétrons
B. Capa focalizadora (envolve o filamento)
Ânodo (+)
C. Alvo de tungstênio: gerador do feixe de raio-X (inclinado para fazer com que se tenha um desvio que tem que acontecer
antes do choque)
D. Bloco de cobre
E. Radiador
▸Formação do raio-X
1° A corrente elétrica (fonte) chega ao filamento do cátodo, à medida que esta passa por ele, o aquece, o que determina a
miliamperagem (mA) do aparelho {ou seja, se tem um aquecimento e um aglomerado de elétron na região, tendo então um
aumento da mA
2° A medida que o filamento é aquecido pela corrente, corre o fenômeno do efeito termoiônico, os elétrons do material do
filamento “saltam” deste, formando a chamada nuvem eletrônica {eles não vão simplesmente ficar um do lado do outro, uma
vez que eles então excitados/extremamente ativos e passiveis de reação, então eles ficam em movimento e por isso se tem a capa
focalizadora para que não se tenha perda desse elétrons, já que no momento da saída eles vão sair extremamente acelerados. Então
está acumulando elétrons e formando a chamada nuvem eletrônica, está aumentando a quantidade de elétrons nessa região gerando
um diferencial de carga (concentrando de um lado sendo que o outro está parado)
3° A capa focalizadora (feito com molibdênio) repele os elétrons, fazendo com que estes fiquem todos concentrados em uma
região próxima entre si {então está pegando todos que estão sendo produzidos colocados e excitados e deixando eles os mais
próximos possíveis e centralizados para a hora que for fazer o disparo ou estímulo dos raios catódicos para se liberar a passagem dos
raios catódicos
4° O circuito cátodo/ânodo é aberto, isso impossibilita uma DDP estabelecida entre esses polos (-/+), a chamada
Kilovoltagem do aparelho (kv)
▹Porém, se este circuito é fechado esta DDP se estabelece entre os polos -/+ da ampola
5° Estabelecida a DDP, entre o cátodo e ânodo, os elétrons são por ela acelerados de encontro ao alvo na pastilha de
tungstênio no ânodo, quanto maior for esta DDP, maior a aceleração destes e maior será o choque e por consequência
maior energia do RX
6° Ao se chocarem contra o alvo a energia cinética dos elétrons se convertem em dois tipos de energia (energia esse que pode
ser de fretamento ou característica):
▹Térmica: calor (cerca de 99,8%)
▹Eletromagnética: raio-X (cerca de 0,2%)
✦Formação dos raios-X ao se chocar e com alvo, os elétrons poderão:
▹Ser freados pelos átomos do alvo, liberando energia na forma de RX, é a chamada radiação frenamento
▹Removeram elétrons mais internos do átomo do alvo, que se rearranja, originado RX na forma de radiação
característica
2. Transformadores do circuito
▸A corrente elétrica que chega a ampola é responsável por:
▹Aquecer o filamento do cátodo
▹Fornecer uma DDP entre o cátodo/ânodo(parte positiva e negativa) no disparo
▸Porém... a voltagem fornecida varia de 110 a 220 volts. Sendo alta, o que poderia superaquecê-lo e queimá-lo e baixa
para acelerar elétrons do cátodo para ânodo
Para que ocorra a formação do feixe de raio-X
primeiramente é necessário que o aparelho produtor
de raio-X esteja conectado a uma fonte de energia
elétrica que o percorre, que percorre alimentando a
chamada ampola de RX que se encontra no interior do
cabeçote
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Jenn Rodrigues
▸Deve-se transformar esta voltagem para estas duas finalidades:
▹Reduzindo para aquecer o filamento
▹Aumento para acelerar os elétrons
▸No cabeçote do aparelho de raio-X encontramos dois transformadores:
▹Transformador de baixa tensão ou abaixador: que está ligado no cátodo {para esquentar esse filamento, juntar os
elétrons sem ter risco de estourar
▹Transformador de alta tensão ou elevador: que esta ligado entre o cátodo e ânodo {para quando gerar um diferencial
de tensão, se fechou o circuito e quando apertou o botão ele aumente a tensão e faça o estimulo para que os elétrons passar
de um lado para o outro
✦Por isso que tem que ter dois transformadores porque ou se queima ou não gera o necessário para fazer uma imagem
eficiente
3. Óleo
▸Afim de acondicionar, prevenir contra choques mecânicos e resfriar a ampola, o cabeçote é preenchido por óleo que
envolve toda ampola (lembrando que dentro da ampola a vácuo)
4. Filtros
▸Os filtros são quaisquer dispositivos colocados após a formação do feixe primário {quando os raios catódicos batem na
placa de tungstênio se forma o feixe primário e as ondas sai tudo misturado. A partir daqui tudo que entrar em contato que não seja
o produto final que é o paciente é o filtro
▸Remove deste as ondas menos energéticas (baixa nitidez), até as mais energéticas (reduz a dose ao paciente)
▸Podemos ter;
▹Filtros Inerentes: óleo que esta ao redor da ampola, vidro da janela de ampola
▹Filtros Adicionais: disco de alumínio (geralmente), cobre e molibdênio
5. Colimadores e diafragma de chumbo
▸Afim de se reduzir a superfície exposta à radiação, são usados os dispositivos diafragma e colimador de chumbo (o
chumbo é um material que tem a capacidade de contensão dos RX desse caso, ele é uma substancia/matéria que tem alta capacidade
de absorção)
▸Estes eliminam os raios mais divergentes do feixe, direcionando os raios centrais para a região a ser exposta
6. Cilindro localizador
▸Localiza a área a ser radiografada (irradiada)...
▸Deve ser obrigatoriamente cilíndrico, de plástico e aberto, de modo que o feixe não interaja com ele e forme radiação
secundária que aumentaria a dose do paciente e prejudicaria o resultado final
Braço articulado
▸Conectam o cabeçote do aparelho ao seu corpo e a sua base, que pode ser fixa (parede) ou móvel (sistema de rodízio)
▸Entre o braço e o cabeçote, a maioria dos aparelhos possui um sistema de medida de angulação entre estes que é útil
na execução da técnica radiográfica, como será visto posteriormente.
Painel de controles
▸Parte do aparelho responsável pela regulagem dos parâmetros de exposição
▸Tem dois tipos de painel, um se coloca que tipo de filme esta se fazendo, qual dente é, se é criança ou adulto etc, e outro
onde só vai se colocar o tempo de exposição e apertar ‘start’
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Jenn Rodrigues
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS INTRA-ORAIS
“Exame clínico, anamnese e exame complementar (exame radiográfico) são essenciais para se ter um diagnóstico
planejamento e tratamento”
◢Técnicas intraorais
▸Periapical
▹Técnica do paralelismo
▹Técnica da bissetriz
▸Interproximal
▸Oclusal
Visualização de corpos estranhos e localização dos mesmos, dentes impactados ou dente que tá incluso e que não conseguiu
erupcionar
⊿Técnicas periapicais
Indicação
▸Exame do elemento dentário e osso alveolar, nódulos e calcificações pulpares, fraturas, anomalias, reabsorções,
avaliação do periápice, forma e tamanho de raízes, relação dos germes dos permanentes com os dentes decíduos, avaliação
pós-operatória de implantes
Seleção filme radiográficos
▸Filme padrão standard: 3,2 x4,1 cm
▸Filme infantil: 2,2 x 3,5 cm
Face Anterior Face Posterior
Picote: vai sempre estar para oclusal/incisal dos dentes . .
E vai nos indicar se é superior ou inferior e é onde vai prender a colgadura
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Jenn Rodrigues
Técnica periapical do paralelismo
Posicionadores
▸Manter o filme paralelo aos dentes (paralelo ao longo eixo do elemento dentário e perpendicular ao feixe de raio-X,
qualquer inclinação vai levar a alterações)
▸Manter o filme estável e em posição durante a execução da técnica
▸Determinar os ângulos verticais e horizontais e incidência dos raios-X
Vantagens
▸Simplicidade na execução da técnica
▸Menor preocupação na posição do paciente (visto que tem um círculo onde vai indicar onde ficar o cilindro localizador)
▸Menor distorção da forma e tamanho (uma vez que vai estar travado, porém ele ainda precisa estar na angulação certa)
▸Radiografias ‘mais padronizadas’ (vão ser “padronizadas” desde que tenha seguido as regras corretamente de
angulação de filme radiográfico e incidência dos RX)
Tipos de posicionadores
▸Adulto que sejam passiveis de autoclave ou esterilização química para garantir longevidade
▸Para odontopediatria
▸Para sensores digitais
Posicionadores anteriores
▸Vai radiografar incisivos e caninos tanto superiores quanto inferiores
▸Filme na vertical (já que anteriores normalmente apresentam comprimento médio maior do que posteriores)
▸Picote para incisal
Posicionadores posteriores
▸Vai se usar para pré-molares e molares
▸Filmes na horizontal (já que dentes posteriores apresenta uma distância mésio-distal maior que anteriores)
▸Picote para oclusal
Cone "longo" e cone "curto"
Distância/comprimento do cilindro localizador
-Longo (40 cm) – técnica do paralelismo (?)
-Curto (20 cm) – técnica da bissetriz
✦Geralmente também estão associados a distância do objeto para o equipamento de RX
✦Lembrar que temos a distancia do posicionador que a gente tem por exemplo o cilindro de 20 cm mais a distância do
posicionador até o filme para que tenhamos a distância total
▸Atualmente na prática odontológica realiza-se a chamada TÉCNICA DO PARALELISMO DE “CONE CURTO“
▸Utiliza-se os posicionadores para paralelismo, porém um aparelho de RX com cilindro convencional (20cm)
sup esquerdo - inf direito
sup direito - inf esquerdo
Filme radiográfico
V L
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Jenn Rodrigues
▸Prepara os posicionadores
▸Posicionamento do cilindro no anel posicionador
▸Radiografias superiores:
▹Incisivos centrais e laterais de ambos os lados em uma só radiografia (porém pode haver casos em que os incisivos
superiores principalmente serão maiores ou possa haver diastemas o que vai fazer com que não radiografe o incisivo lateral
em questão)
▹Caninos
▹Pré-molares
▹Molares
▸Radiografias inferiores:
▹Incisivos centrais e laterais de ambos os lados
▹Caninos
▹Pré-molares
▹Molares
Radiografias periapicais (boca toda)
20 cm
14 radiografias
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Jenn Rodrigues
Técnica periapical da bissetriz
Regra de Cieszynski
▸"Ofício de raio-X devem seguir perpendicularmente a bissetriz do
ângulo formado pelo longo eixo do dente e o plano do filme"
Arcada Superior
▸Incisivo central e lateral (de ambos os lados)
▹Ápice nasal
▹Filme na vertical
▹+/- 1cm do filme pra fora da boca
▹Leve aperto na região do palato
▸Caninos
▹Asa do nariz
▹Filme na vertical
▸Pré-molares
▹Linha que passa no centro da pupila × linha
trágus - asa do nariz
▹Filme na horizontal
▸Molares
▹Linha que desce 1 cm atrás da comissura palpebral externa × linha trágus - asa do nariz
▹Filme na horizontal
Arcada inferior
▸Incisivos central e lateral de ambos os lados
▹Sulco mentoniano
▹Filme na vertical
▸Canino
▹Linha que desce da asa do nariz
▹Filme na vertical
▸Pré-molares
▹Linha que desce do centro da pupila × linha que passa 0,5 cm acima da borda da mandíbula
▹Filme na horizontal
▸Quando posicionar errado pode aparecer que o dente está maior ou
menor isso em um tratamento de canal pode acabar prejudicando nas
medidas necessárias
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Jenn Rodrigues
▸Molares
▹Linha que desce 1 cm atrás da comissura palpebral externa × linha que passa 0,5 cm acima da
base da mandíbula
▹Filme na horizontal
Situações em que há dificuldade na utilização dos posicionadores
▸Quando o paciente está com isolamento absoluto (isso no meio de um tratamento restaurador para saber a
profundidade em que está)
▸Pacientes com trismo
▸Em crianças
Posicionamento da cabeça do paciente
1. Um plano sagital mediano
2. Plano de Camper
3. Linha trágus - comissura labial
✦Paciente sentado na cadeira olhando para o horizonte
Angulação vertical
Região Superiores Inferiores
Molares +25° -5°
Pré-Molares +35° -10°
Caninos +45° -15°
Incisivos +50° -20°
✦Quando foi radiografar principalmente em região de caninos, pré-molares, e molares seja inferior ou superior, que
segure com a mão oposta ao lado radiografado.
✦Por exemplo se for radiografar o lado esquerdo que utilize a mão direita para segurar o filme radiográfico isso para que
não haja interferência
Princípios gerais para realizar radiografias intrabucais
1. Sentar o paciente
2. Colocar o avental e colar de proteção
✦Com a utilização do avental de chumbo a uma redução da exposição a radiação de 98%
3. Examinar a cavidade oral
4. Ajustar os parâmetros da unidade de raio-X
5. Posicionar o cabeçote
6. Posicionar o filme
7. Posicionar o tubo de raio-X
8. Acionar a exposição
9. Processamento radiográfico (revelar)
✦Revelador (30seg) – Água (10seg) – Fixador (30seg)
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Jenn Rodrigues
⊿Técnica interproximal
Indicação
▸Diagnóstico de cárie proximais (cárie é um tecido que esta mais amolecido, apresenta uma menor densidade sendo um
pouco radiolucida), adaptação de coroas e excessos marginais de restaurações (pode causar inflamação do tecido gengival,
perda de tecido mole e como consequência a longo prazo reabsorção óssea), estudo das cristas alveolares presença de lesões
periodontais
Idealizada por Rarper 1925
▸Aumenta o paralelismo dente / filme
▸Diminui o ângulo de incidência vertical
✦Pela diminuição na distância melhora a nitidez da imagem, porem vai se cortar estruturas (?)
Vantagem
▸Simplicidade na execução da técnica
▸Bom paralelismo entre dente e filme (bom e não “perfeito” porque ainda temos que fazer o posicionamento e não tem
uso de posicionadores)
▸Melhor nitidez da imagem
▸Técnica mais econômica
Descrição
Aleta ou asa
▸Artifício ou dispositivo utilizado para manter o paralelismo entre o dente e o filme
Filmes
▸Pré-fabricados com aleta de mordida
▸Sem aleta
▹Adaptados com aleta
▹Utilização de posicionadores
Confecção de aletas para adaptação de filme radiográfico
▸Tesoura, cartolina, fita e o filme radiográfico
Posição do paciente
▸Plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal (solo)
▸Plano de Camper (vai da região de tragos até a do nariz) paralelo ao plano horizontal (solo)
Melhor nitidez da imagem
Feixe de RX Filme
paralelo
Estabilização: paciente
deve morder a “asa” do
filme e manter.
Sem aletas (adaptação) periapical padrão: 3,2 x 4,1 cm
Pré-fabricados com aletas filme “Bite wing”: 5,4 x 2,7cm
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Jenn Rodrigues
Descrição
Ponto de incidência
▸Pré-molaresface vestibular do segundo pré-molar superior em evidência
▸ Molares face vestibular do segundo molar superior em evidência
Angulação vertical
▸5° a 10° (PM e M) – vai variar de paciente para paciente
▸Então vamos “padronizar” a regulagem para +8° (oito graus positivos), essa leve angulação é necessária já que mesmo
se posicionando o filme paralelo os dentes quando se tiver o fechamento da boca as estruturas adjacentes vão fazer com
que angule o filme então para se evitar distorções na radiografia se angula também o cilindro focalizador
Angulação horizontal
▸Feixe de raio-X deve ser paralelo as faces proximais dos dentes
Para molares a borda posterior do filme tem que estar além do último dente
Para pré-molares a borda anterior do filme tem que estar além da distal do canino inferior
Filme periapical adaptação: Série de 4 radiografias
Filme “Bite Wing”: Série de 2 radiografias
⊿Oclusal
Indicação
▸Avaliação das regiões mais abrangentes da maxila e mandíbula: fraturas, lesões, tumores, dentes impactados
▹Complemento da técnica periapical
▹Pesquisa de dentes inclusos supranumerários
▹Fendas palatinas
▹Cistos, tumores
Filmes oclusais
▸Filme oclusal: 5,7 × 7,6 cm
▸Filme padrão (standard): 3,2 × 4,1 cm
▸Filme infantil: 2,2 × 3,5 cm
▸Filme "Bite wing": 2,7 × 5,4 cm
Posicionamento do filme na boca
▸Radiografias oclusais totais: longo eixo do filme perpendicular ao plano sagital mediano
Descrição da técnica
Posicionamento do filme
▸Radiografias oclusais totais
▸Eixo maior do filme perpendicular ao plano sagital mediano
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Jenn Rodrigues
Erro de posicionamento
▸Colocar o filme na vertical
Maxila
Posição da cabeça do paciente
▸Linha de orientação da asa do nariz - trágus paralela ao plano horizontal
▹Linha orientação asa - trágus
▸Sagital mediano perpendicular ao plano horizontal
▹Plano sagital mediano
Descrição da técnica oclusal total da maxila
Angulação vertical Angulação horizontal Área de incidência
65° 0° Glabela
Manutenção do filme em posição pelo paciente
▸Desdentado: oclusão
▸Edêntulos: polegares (apoiar em ambos os lados com os polegares)
Posicionamento do cilindro localizador de raio-X
Resultado
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Jenn Rodrigues
Mandíbula
Posição da cabeça do paciente
▸Cabeça inclinada 90° ou plano de Camper deve estar perpendicular ao chão
▸Plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal (solo)
Descrição da técnica oclusal total da mandíbula
Angulação vertical Angulação horizontal Área de incidência
90° 0° Centro do assoalho bucal
Manutenção do filme em posição pelo paciente
▸Desdentado: oclusão
▸Edêntulos: polegares (apoiar em ambos os lados com os polegares)
Posicionamento do cilindro localizador de raio-X
Resultado
28
Jenn Rodrigues
Tipo de paciente Dentição decídua Dentadura Mista Dentição permanente
Paciente novo*
Exame radiográfico
individualizado das áreas
de interesse (periapical ou
oclusal anterior). A
radiografia interproximal
só é indicada se as
superfícies não forem
visualizadas dinicamente
Exame radiográfico
individualizado das áreas
de interesse
(interproximais e
panoràmica ou
interproximais e
periapicais selecionadas)
Exame radiográfico
individualizado das áreas
de interesse
(interproximais com
panorâmica ou
interproximais e
periapicais selecionadas).
Paciente de retorno* com
alto e médio risco de cárie
dental** e presença clínica
de cárie
Radiografias interproximais em intervalos de 6-12 meses, se as superfícies proximais não
puderem ser examinadas visualmente ou com sonda
Paciente de retorno* com
baixo risco de cárie dental
e ausência de cárie
Radiografias interproximais em intervalos de 12-24 meses,
se as superfícies proximais não puderem ser examinadas
visualmente ou com sonda
Radiografias
interproximais em
intervalos de 18-24 meses
Paciente de retorno* com
doença periodontal
Exame radiográfico individualizado das áreas de interesse (periapical ou interproximal)
Paciente para controle do
crescimento e
desenvolvimento ou
tratamentos realizados
Exame radiográfico individualizado das áreas de
interesse, em intervalos variando de acordo com o
tratamento realizado
Exame radiográfico
individualizado das áreas
de interesse. Panorâmica
ou periapical para avaliar o
desenvolvimento de 3°
molares
Situações clínicas para as quais as radiografias podem ser indicadas
A. História positiva
1. Tratamento endodôntico ou periodontal anterior
2. Dor ou trauma
3. Anomalias dentárias na família
4. Avaliação de reparo pós operatório
5. Tratamento expectante
Fusão dental quando as coroas se juntam onde se tem duas coroas e duas raízes e já a germinação é quando um dente
apresenta duas coroas e uma raiz
B. Sinais / sintomas clínicos positivos
1. Evidência clínica de doença periodontal
2. Restaurações insatisfatórias extensas
3. Lesões de cárie profundas
4. Dentes impactados
5. Edema ou fistula
6. Evidência de trauma dental / facial
7. Mobilidade dental
8. Envolvimento dental em doença sistêmica (conhecida ou suspeita)
9. Evidência de objetos estranhos
10. Dor e / ou disfunção da ATM
11. Assimetria facial
12. Sensibilidade inexplicada de dentes
29
Jenn Rodrigues
13. Distúrbios de erupção, espaçamento ou migração de dentes
14. Alterações de forma e cor
15. Ausência inexplicada de dentes
Fatores de risco crescente para a cárie dental podem incluir, mas não estão limitados
1. Elevada experiência ou desmineralização de cárie dental
2. História de cáries dentais recorrentes
3. Níveis elevados de bactérias cariogênicas
4. Presença de restauração(s) insatisfatória
5. Falta de higiene bucal
6. Exposição inadequada aos fluoretos
7. Aleitamento prolongado dia e / ou noite (mamadeira ou peito)
8. Alta frequência de consumo de sacarose
9. Defeitos de esmalte
10. Xerostomia
11. Quimio / radioterapia
12. Transtornos alimentares
13. Saúde bucal deficiente na família
14. Atendimento Odontológico irregular
Erros frequentes nas técnicas intraorais
1. Erros na técnica
▸Alongamento do dente (quando a angulação vertical está diminuída)
▸Encurtamento dental (quando a angulação vertical está aumentada)
▸Sobreposição das proximais (erro de posicionamento do filme)
▸Posicionamento incorreto do filme (onde vai cortar estruturas)
▸Posicionamento incorreto do cilindro (vai se formar uma meia lua laterais que é onde o raio-X não pegou
▸Filme invertido (onde posicionou o filme radiográfico com a sua face posterior para frente o que vai prejudicar os
detalhes da radiografia pela interferência da placa de chumbo)
▸Movimentação/fatores de exposição (com a movimentação pode-se ter um certo chiado ou como fatores de exposição
pode não ter sido o suficiente)
▸Artefatos (presença de piercings, próteses, grampos e etc)
▸Falta de exposição total (radiografia totalmente branca)
2. Erro no armazenamento
Cuidados no armazenamento
▸Manter em local limpo e seco
▸Manter longe de radiação
▸Não fazer pressão sobre os filmes e nem dobrar
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Jenn Rodrigues
Atenção - aviso importante
▸Portaria 453 de 1 de junho de 1998
▸O titular deve zelar pela integridade dos raios x por 5 anos
ARMAZENAMENTO E IDENTIFICAÇÃO
PORTARIA 453 de 1 de junho de 1998
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
▸Nenhum indivíduo pode administrar, intencionalmente, radiações ionizantes em seres humanos a menos que:
▸Tal indivíduo seja um médico ou odontólogo qualificado para a prática, ou queseja um técnico, enfermeiro ou outro profissional
de saúde treinado e que esteja sob a supervisão de um médico ou odontólogo.
3. Erros de processamento
▸Lavagem final insuficiente (com o tempo ficará amarelado)
▸Entrada de luz no interior da câmera escura
▸Impressão digital e arranhões no filme (encosta o dedo ou quando se coloca em alguma superfície enquanto ainda
está molhado)
✦Manter as mãos secas e segurar o filme nas laterais
▸Uso de soluções degradadas ou exauridas (quando passar o filme no revelador e fixador com a colgadura, temos que
lavar ela também para que com o tempo ela não enferruje e acabei marcando o filme; ou também o fixador e revelador
degradados o filme acabará saindo branco
Características de um fixador degradado
▸Cor branca leitosa, pH maior ou igual a 5,5 (o ideal é de 4 a 5)
Característica de um revelador degradado
▸Cor marrom escura, pH menor que 8,5 (ideal de 10 a 12)
✦Mantenha a câmera escura fechada, reduzindo contato com o oxigênio e luzes, o que acelera o processo de degradação
das substâncias (revelador e fixador)
▸Revelação com pedaço de papel preto
▸Imersão parcial no revelador e fixador
▸Superevelação e subrevelação
▹Super → deixou o tempo demais o que acaba ficando muito escuro
▹Sub → deixou por pouco tempo que vai fazer com que fique muito claro
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Jenn Rodrigues
PROCESSAMENTO DO FILME RADIOGRÁFICO
◢Estrutura básica
▸Invólucro plástico ((“primeira camada”, protege contra a luz))
▸Papel opaco ((mais uma proteção))
▸Lâmina de chumbo ((tem o intuito de barrar os feixes de raio-X, então
se radiografarmos essa parte o filme depois de ter sido revelado ele vai sair
transparente por não ter sensibilizado nada ou então com a imagem bem
clarinha por ter barrado parte dos feixes))
▸Filme (muito sensível, seja a luz ou a toque, por isso temos que pegar na borda para que não haja distorção)
◢Composição do filme
✦ O filme basicamente é composto por três camadas;
▸Base ((que geralmente é poliéster ou plástico, serve para que possamos colocar a próxima substancia acima dele))
▹O picote esta sendo colocado na base de poliéster e ele só vai ser sobreposto pelas outras duas camadas
▸Emulsão (cristais de haleto de prata) – ((vai ficar sobre a base de poliéster dos dois lados vai se ter uma emulsão ou
uma solução gelatinosa que apresenta cristais de haleto de prata, a prata é o principal componente para que consigamos
fazer o processo de revelação, ele será sensibilizado pelos feixes de RX))
▹Pode ser brometo, iodeto etc, o que importa é ser um produto associado a prata
▸Capa protetora (solução gelatinosa, colóide)
▹Reveste tanto a base quanto a emulsão
◢Processamento Radiográfico
▸Procedimento que visa transformar a imagem latente em imagem visível, através da ação de substancias químicas
sobre a emulsão presente no filme radiográfico/sobre os haletos de prata
✦Quando apertamos o aparelho de raio-X os raios fazem o trajeto passando pelo objeto que se está querendo radiografar,
chegando até o filme radiográfico sensibilizando os cristais que estão presentes na emulsão e essa sensibilização gera uma imagem
que ainda não é visível (imagem latente), esse processo basicamente é o "começo do processo de revelação". Se abrirmos esse filme
radiográfico depois de sensibilizado colocando-o em contato com a luz ou oxigênio do ambiente vai queima-lo, deixando-o branco.
Agora por meio da revelação e fixação vamos separar os haletos que foram sensibilizados pela radiação dando a nossa imagem visível
✦Quanto menor o tempo de processamento, ou seja, menos exposição de haletos de prata, o filme ficara mais escuro e
quanto maior o tempo mais claro/fraco ficará, já que os haletos de prata foram sensibilizados demais
◢Divisões das etapas do processamento
▸Método manual (a que usamos)
▸Método automático
✦Sempre tirar o excesso do liquido em que esta antes de passar para o próximo, isso para conserve por mais tempo as
soluções
✦Se ficar resíduos no filme (ou seja, não teve a lavagem final ou não foi o suficiente em água corrente e abundante por
todo o filme ela pode acabar queimando com isso após alguns dias)
✦Mesmo se a caixa contem quatro potes (revelador – água – fixador – água), temos que lavar o filme em água corrente
Revelação Lavagem intermediaria Fixação Lavagem final Secagem
Revelação Fixação Lavagem final Secagem
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Jenn Rodrigues
◢Revelação
▸Solvente: O solvente básico em um revelador é a agua (dissolve e ioniza) - A emulsão que é a camada que apresenta os
haletos de prata é como se fosse uma gelatina, então nós precisamos de um solvente que geralmente é água para umedecer
essa gelatina. Essa umidificação faz com que ela dilate / aumente de tamanho, porém não é nada muito perceptível, essa
dilatação permite maior área de contato com o restante dos componentes do líquido revelador - então solvente, água tem
função de dilatar a emulsão permitindo maior contato com o líquido revelador
▸Agente revelador: Converte os cristais de haleto de prata em prata metálica (ácido) - Os cristais de haleto de prata vão
ser sensibilizados quando tiver contato com o feixe de raio x, e quando colocar eles no líquido revelador que é uma
substância extremamente ácida nós vamos pegar esses haletos de prata e convertê-los em prata metálica, é aqui que nossa
imagem começa a aparecer
▸Aceleradores: Usados para alterar (acelerar) o tempo de processamento
▸Preservativos: Retarda oxidação - Preserva o liquido de revelação para deixa-lo eficiente por mais tempo, o que vai
fazer com que evite mancha na radiografia
▸Retardadores: Proteção dos grãos não expostos da ação do revelador
◢Fixação
▸Solvente: Dissolve os ingredientes da emulsão - Agora que já se trocou os cristais já haleto de prata por prata metálica, agora
vai se começar a remover os excessos ou o remanescente, uma vez que não removemos o remanescente da emulsão a hora que tirarmos
o filme de dentro da caixa reveladora ele irá queimar, já que as substâncias que compõem a emulsão são sensíveis a luminosidade e
ao oxigênio presente no ambiente
▸Agente fixador: Agente clarificante ou fixador para a imagem, extremamente alcalino - É onde iremos travar ou
prender a prata metálica em posição, torná-la mais evidente e nítida para visualização e também finalizar o processo de
escurecimento da região que teve contato total com o feixe de raio x
▸Conservador: Evita a decomposição do fixador
▸Endurecedor: Evita que a gelatina da emulsão se dilate muito, já que se dilatar demais a imagem perde nitidez
▸Acidificante: Neutraliza remanescentes do revelador – isso porque se não passasse em água ou mesmo que levasse o
excesso de revelador para o fixador, ao mesmo tempo que estaria fixando, estria precipitando cristais de prata e isso poderia
fazer com que sumisse a imagem ou tivesse manchamento
▸Amortecedor: Manutenção da acidez – ajuda o acidificante a conseguir neutralizar o revelador
◢Lavagem
▸Seja durante a passagem do revelador para o fixador ou a lavagem final em água corrente
▸Remoção de qualquer remanescente do processamento, se ficar algum remanescente pode causar mancha no filme
futuramente
▸Lavar em água corrente
▸Ambas as superfícies devem receber água
✦Temos que lavar a colgadura também, já que se ficar solução de revelador/fixador ali ela pode escorrer e manchar o
filme e até enferrujar a colgadura com o tempo
◢Secagem
▸Conservação a longo prazo, se não secar e guardar vai dar mancha também e também pode risca-la
▸Evita certas alterações na imagem radiográfica
▸Temperatura variável pode gerar resultados variados, por tanto devemos deixar secar naturalmente
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Jenn Rodrigues
◢Técnicas para revelaçãoTécnica que associa tempo e temperatura
Temperatura Tempo de processamento
+/- 16°C 8 min
+/- 20°C 5 min
+/- 25°C 3 min
+/- 30°C 2 min
Técnica observacional
▸A cada 10 segundos olhar a radiografia (normalmente quando revelador e fixador já não são mais novos)
✦Mas se os líquidos forem novos e estiverem conservados deixaremos 30 seg.
▸E normalmente sempre da esquerda para a direita
◢Tipos de câmara escura
▸Labirinto
▸Portátil ou caixa reveladora
▸Quarto
▸Processadores automáticos
◢Cuidados
▸Não se deve revelar acima de 33 ° C = solução muito quente poderá estragar o filme (acondicionar na geladeira);
▸Não se deve revelar abaixo de 16 ° C = a solução estará muito fria ocasionará demora na reação química e,
consequentemente, velamento do filme;
▸Líquidos (descarte em locais especializados).
✦Quando for trocar o liquido, colocamos ele em um recipiente para armazena-los e descartamos/damos para o serviço
de coleta de lixo contaminado
Revelador30 seg. Água 1 min. Fixador30 seg. Água1 min.
Água
corrente
1 min.
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Jenn Rodrigues
MÉTODOS RADIOGRAFICOS DE LOCALIZAÇÃO
Justificativa
Conceito
▸Os métodos especiais de localização radiográfica englobam todas as técnicas que visam determinar
tridimensionalmente a exata posição de dentes, lesões e outras estruturas nas arcadas dentárias e na face!
Principais técnicas
▸Técnica de Clark
▸Técnica de Le Master
▸Técnica de Miller Winter
▸Técnica de Donovan
▸Técnica de Parma
Métodos especiais
▸Método Têmporo-Tuberosidade De Mataldi / Método TT De Mataldi
▸Métodos De Localização De Corpos Estranhos Em Tecidos Moles Da Face / Métodos De Localização De CE Em Tecidos
Moles Da Face
▸Método de Levy (glândula parótida)
◢Principais Técnicas
Técnica de Clark
▸Também conhecida como:
▹Princípio de paralaxe
▹Deslocamento horizontal do tubo
▹Deslizamento
▹Dissociação das imagens
Princípio de paralaxe
▸Ao examinarmos dois objetos em linha reta, o mais próximo do observador encobre o mais distante, ou seja, o que está
na frente cobre o que está atrás
▸Se o observador se deslocar para a direita ou para a esquerda o objeto mais distante que antes estava escondido
acompanha este deslocamento do observador
▹Ou seja, com essa movimentação seja para um lado ou para o outro vai ser ter a visão do que está coberto/escondido
al
tu
ra
largura largura
profundidade
al
tu
ra
Saber sobre a localização é importante uma vez que antes de
começarmos o procedimento temos que saber a localização exata
do elemento que queremos trabalhar, para termos noção de como
ele está e traçarmos um plano de tratamento
A localização também é importante uma vez que devemos saber
possíveis acometimentos as estruturas adjacentes uma vez que
pode estar perto de um nervo dentro do seio maxilar por exemplo
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Jenn Rodrigues
Indicação
▸Dissociação de canais e raízes em dentes multirradiculares
▸Localização radiográfica vestíbulo-palatino de:
▹Corpos estranhos
▹Dentes retidos
▹Processos patológicos
▹Anomalias
✦Técnica utilizada somente na maxila
Descrição
▸Duas tomadas radiográficas:
▸1° radiografia periapical: chamada ortorradial (técnica convencional para a região considerada)
▸2° radiografia periapical: com desvio do cilindro localizador horizontalmente em relação à primeira
▸Radiografia realizada com angulação horizontal variando de 5 a 10° para distal ou mesial em relação à primeira
▹Se deslocar para mesial a radiografia será chamada mesiorradial
▹Se deslocar para distal a radiografia será chamada distorradial
▸Esse movimento horizontal é pequeno podendo variar de 5 a 10°, maior que isso pode gerar sobreposição das estruturas
adjacentes
✦Para saber quem está sobrepondo ou sendo escondido
▹Vestibular → sentido contrário
▹Palatino → mesmo sentido
Ou seja, se deslocarmos para a mesial quem estiver mais vestibularizado irá para o sentido contrário e quem estiver
mais palatinizado vai seguir o mesmo sentido de deslocamento e o mesmo vale para quando se deslocar para distal
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Jenn Rodrigues
Técnica de Le Master
Objetivo
▸Evitar a sobreposição do processo zigomático da maxila e do osso zigomático nas
raízes de molares superiores
Descrição
▸Colocação de rolete de algodão, fixado com fita adesiva, na parte inferior, na face de
exposição do filme
▸Paciente não morde o rolete
▸O rolete vai estar posicionado na face palatina do dente
▸Abaixa o ponto de referência na face, incidindo paralelamente ao filme
▸A angulação vertical reduz em relação à angulação normalmente utilizada na área
Técnica de Miller-Winter
Objetivo
▸Localizar estrutura de interesse (seja dente retido, raízes, lesões etc) no
sentido vestíbulo lingual
▸Na arcada inferior
Descrição
▸1° Periapical convencional (largura e altura)
▸2° radiografia oclusal da região com um filme periapical, colocando sua
face de exposição voltada para o plano oclusal e mantido pela oclusão do
paciente
▸O feixe de raio X tem que incidir perpendicularmente ao filme
▸Tem maior tempo de exposição ≈1,25
▸O tempo de exposição é maior já que se tem mais estrutura em altura do que largura da mandíbula, ou seja, a
dificuldade da passagem de raio x está associada ao tempo de exposição
Dissociação de canais radiculares Dissociação das raízes
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Jenn Rodrigues
Técnica de Donovan
Objetivo
▸É uma modificação de um método de Miller-Winter na posição do filme radiográfico
Indicação
▸Para localizar no sentido vestíbulo-lingual de terceiros molares inferiores retidos na
região do início do ramo ascendente da mandíbula
Descrição
▸1° Radiografia periapical convencional da região
▸Realizar uma segunda radiografia, colocando o filme sobre o ramo ascendente da mandíbula, com sua face de
exposição voltada para este
▸O paciente mantém um filme sobre o ramo da mandíbula, com o dedo indicador da mão oposta ao lado que está
radiografando
▸O paciente vira totalmente a cabeça para o lado oposto ao ser radiografado, expondo o ângulo da mandíbula
▸Incidência do raio-X devem ser no ângulo da mandíbula perpendicular ao filme
▸Maior tempo de exposição
▸Ponto de incidência: centralizar o ângulo da mandíbula
Técnica de Parma
Objetivo
▸Indicada quando a incidência radiográfica periapical convencional para
terceiros molares inferiores não abrange inteiramente o dente
Descrição
▸A borda ântero-superior do filme é elevada no sentido oclusal e sua borda
póstero-inferior rebaixada no sentido apical
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Jenn Rodrigues
◢Técnicas especiais
Técnica TT de Mataldi
Objetivo
▸Para visualização dos terceiros molares superiores inclusos, afim de diminuir a
possível sobreposição do osso zigomático sobre estes dentes
Descrição
▸O filme é colocado com seu longo eixo na vertical, bordo inferior ao nível da face
oclusal do segundo molar superior e bordo anterior entre o primeiro e segundo molar
superior
▸Ponto de incidência no cruzamento do plano bi-pupilar com o bordo anterior da orelha/tragus
▸Angulação:
▹Vertical: +40° a +50°
▹Horizontal: 100 a 110°
"De trás para frente, de cima para baixo"
▸Tempo de exposição maior que o normal para a região, pois o feixe de raio x atravessa maior espessura de ossos e
tecidos
Método de localização de C.E. em tecidos moles
▸Utiliza-se filme oclusal rente à face do paciente na região a ser avaliada,suportado pelo próprio paciente através das
mãos ou mesmo uma espátula
Descrição
▸Dirige-se o feixe central de raio X perpendicularmente ao filme, dirigido para a região a ser radiografada
▸Tempo de exposição deverá ser sempre reduzido em tecidos moles
Técnica de Levy - glândula parótida
▸Avaliação de calcificações da glândula parótida
Descrição
▸1° Plano sagital mediano perpendicular ao plano horizontal
▸2° Plano de Camper paralelo ao plano horizontal
▸O filme atrás da orelha, vertical e inclinado para trás
▸Incidência no sulco naso labial
▸Angulação vertical de +8 +10°, passando o lóbulo da orelha
▸Paciente infla a bochecha
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Jenn Rodrigues
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS ALERAÇÕES DENTO-MAXILO-
MANDIBULARES
LESÕES DO ÓRGÃO DENTÁRIO
▸Cárie dentária
▸Fraturas (coronária e radicular)
▸Reabsorções (interna e externa)
▸Nódulos pulpares
▸Hipercementose
ALTERAÇÕES E ANOMALIAS DENTÁRIAS
▸Dentes supranumerários (Mesiodens)
▸Pérola de esmalte
▸Fusão, Geminação e Concrescência
▸Macrodontia (dente aumentado) e Taurodontismo (câmara pulpar aumentada)
▸Giroversão
▸Dilaceração radicular
CISTOS DOS MAXILARES
▸Cisto periapical inflamatório
▸Cisto residual
▸Cisto do ducto nasopalatino
▸Cisto dentígero
▸Cisto periodontal lateral
TUMORES DO COMPLEXO MAXILOMANDIBULAR:
▸Ameloblastoma
▸Odontoma
◢Lesões do órgão dentário
⊿Cárie dentária
CÁRIE NA
PROXIMAL
CÁRIE NA
OCLUSAL
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Jenn Rodrigues
CÁRIE NA VESTIBULAR /LINGUAL
CÁRIE RADICULAR
⊿Fraturas (coronária e radicular)
▸Temos dois tipos de classificação das fraturas e são sobre:
Somente esmalte (1)
Camadas atingidas Esmalte e dentina (2)
Esmalte, dentina e polpa (3)
Transversal (1)
Sentido da fratura Obliuas (2)
Longitudinal (3)
▸A maioria ocorre no 1/3 médio, sendo que a imagem radiográfica corresponde a um traço radiolúcido, bem definido,
confinado aos limites da raiz. Esta visualização depende do sentido de incidência do feixe de raios-X.
▹É importante saber o sentido da fratura fazendo várias radiografias com posições diferentes, porque dependendo da
angulação uma única fratura pode sair na radiografia que é em 2D como duas já que vai se ver a borda da vestibular e da
lingual / palatina como se fosse duas ou simplesmente não vai sair
Fratura radicular – Transversal / Obliqua
1/3 apical 1/3 médio 1/3 cervical
Fratura radicular – Longitudinal
Visualizadas através de uma linha
radiolúcida com aspecto de
descontinuidade ao contorno coronário.
Corresponde cerca de 7% das injúrias
traumáticas em permanentes;
O Incisivo Central superior é o dente mais
acometido.
1 2 3
1 2 3
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Jenn Rodrigues
▹Em casos de fraturas, deve-se realizar diferentes radiografias, com angulações verticais distintas, a fim de se verificar
a real presença do traço de fratura e o grau de comprometimento dentário, isto pela possível ilusão ocasionada pela
angulação do feixe de RX.
⊿Reabsorções (interna e externa)
Reabsorção radicular interna
▸Causas: Relacionadas a processos inflamatórios da polpa após traumatismos
dentários, capeamentos pulpares ou pulpotomias (retirada parcial da polpa).
▸Normalmente possuem curso autolimitante, ocorrendo mais em dentes
permanentes;
▸Possui crescimento assintomático;
▸Em casos mais severos, pode enfraquecer a estrutura do dente, levando a fraturas.
▸Deve-se fazer o diagnóstico diferencial das lesões cariosas linguais e vestibulares.
▸A imagem de reabsorção interna não pode ser separada do canal radicular (ou câmara) por
desvio de angulação horizontal do feixe. (usando a técnica de Clark por exemplo se a possível
reabsorção interna se mexer significa que é outra alteração e fora do canal)
▸Imagens radiolúcidas ovais situadas na região radicular contínuas ao canal, assemelhando-se
a uma “dilatação”.
▸Quando ocorrem na câmara pulpar, há um alargamento da mesma.
Reabsorção radicular externa
▸Os odontoclastos reabsorvem a superfície externa da raiz dentária (ou coroa), podendo envolver a dentina, cemento e
até a polpa.
▸Podem ser:
▹Fisiológicas (Rizólise – processo de esfoliação dentária)
▹Patológicas (Reimplante dentário, forças excessivas, dentes inclusos ou causas idiopáticas)
Podem acometer a superfície lateral radicular ou o ápice
Força excessiva durante tratamento ortodôntico
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Jenn Rodrigues
Perfuração radicular
⊿Nódulos pulpares
▸Apresentam-se em pequena dimensão em quase metade de dentes de jovens e em todos os dentes de adultos maiores
que 50 anos;
▸Podem chegar a diâmetros de 2 a 3mm, quando são visíveis radiograficamente.
Imagem radiopaca oval ou arredondada, única ou múltipla,
contida na câmara pulpar.
⊿Hipercementose
▸Deposição excessiva de cemento na superfície radicular. Desde que não esteja atrapalhando/injuriando as estruturas
adjacentes, não precisa necessariamente retirar. A extração vai ser completamente difícil
▸Imagem com radiopacidade ligeiramente inferior à dentinária, associada à raiz dentária (geralmente apical). A lâmina
dura e espaço do ligamento periodontal estão íntegros, limitando esta região.
◢Alterações e anomalias dentárias
Anomalias Hiperplasiantes
⊿Dentes supranumerários
Pré-molares inferiores Quarto molar (disto molar ou para molar)
(normalmente tem formato conoide)
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Jenn Rodrigues
Mesiodens
⊿Pérola de esmalte
▸Deposição atípica em uma porção limitada de esmalte nos elementos dentários
▸Pode aparecer só de um lado, vários lados, porção radicular ou porção coronária
▸Quando aparece na porção coronária podemos apenas desgastar com broca e
fazer polimento.
⊿Fusão
▸União de dois dentes durante suas formações,
canais são individualizados
✦Dentes unidos porem ainda sim tem coroas e
canais individualizados
⊿Geminação
▸Tentativa do germe dentário de originar outro dente, canal radicular encontra-se alargado
✦Duas coroas com um único canal radicular
⊿Concrescência
▸União de dentes já formados através de seu cemento ocorre mais entre o terceiro e segundo molares superiores
⊿Taurodontismo
▸Aumento ocluso-apical da câmara
pulpar, forma dental semelhante a
“dentes de touro”
▸Aberturas coronárias mais
próximas ao ápice cuidados em
endodontia
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Jenn Rodrigues
Anomalias Hipoplasiantes
⊿Hipoplasia de esmalte
Sífilis congênita
Molar em amora Dentes de Hutchinson
Anomalias Heterotrópicas
⊿Giroversão
▸Rotação do dente em torno de seu próprio eixo
▸Causas: excesso ou falta de espaço.
▸Mais frequente nos pré-molares e caninos inferiores
⊿Dilaceração radicular
▸Desvio brusco do longo eixo da raiz
▸Causas: obstáculos encontrados pela raiz durante
sua formação (tumores, supranumerários, estruturas
ósseas, traumas)
◢Cistos maxilares
▸Cavidade patológica revestida por epitélio cujo conteúdo pode ser líquido ou semissólido
▸Características radiográficas gerais:
▹Área radiolúcida, de densidade homogênea, geralmente de forma redonda ou oval, limitada por uma borda
radiopaca;
▸Representativa da esclerose óssea, nem sempre visualizada em toda a periferia da lesão.
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Jenn Rodrigues
CISTOS ODONTOGÊNICOS
Inflamatórios: 1) Cisto Periapical Inflamatório
2) Cisto Residual
3) Cisto Paradentário
De Desenvolvimento:1) Cisto Dentígero
2) Cisto de Erupção
3) Queratocisto
4) Cisto Gengival do recém nascido
5) Cisto Gengival do adulto
6) Cisto Periodontal Lateral
CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS 1) Cisto do Ducto Nasopalatino
2) Cisto Nasolabial
3) Cisto palatino do recém nascido
PSEUDOCISTOS 1) Pseudocisto Ósseo Simples/Solitário/Traumático
2) Pseudocisto Ósseo Estático
3) Pseudocisto retenção Mucoso
⊿Cisto periapical inflamatório
▸Lesão radiolúcida unilocular bem definida, arredondada ou
ovoide
⊿Cisto residual
▸Área radiolúcida com halo (halo
esclerótico) radiopaco associada à região
edêntula
▸Remanescente do folículo após extração
dentária
⊿Cisto do ducto nasopalatino – cisto do canal incisivo
▸CISTO NÃO ODONTOGÊNICO mais comum da cavidade oral (1%da população), ocorre
devido à degeneração de remanescentes do ducto nasopalatino (conecta as cavidades nasal e
oral na área do canal incisivo).
▸Lesão radiolúcida bem definida oval ou redonda com1 a
2,5 cm na linha média da maxila +/- apical aos incisivos
centrais (formato de “coração”); reabsorção radicular é rara
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Jenn Rodrigues
⊿Cisto dentígero
▸Cisto odontogênico: acúmulo de líquido entre
a coroa e o epitélio reduzido do esmalte, acomete
dentes inclusos impactados (terceiro molar),
geralmente assintomáticos.
▸Lesão radiolúcida unilocular associada à coroa
de um dente não irrompido
✦Vai estar fixado na coroa do elemento dentário para ‘frente’, basicamente encobre a coroa
⊿Cisto periodontal lateral
✦Essa lesão ocorre geralmente na região de pré-molares inferiores,
é assintomática e, em alguns casos, ocasiona expansão da cortical óssea
✦Possivelmente originado dos remanescentes da lâmina dentária,
◢Tumores maxilo-mandibulares
▸Ameloblastoma
▸Tumor odontogênico adenomatóide (TOA)
▸Odontoma
▸Mixoma
▸Cementoblastoma
⊿Ameloblastoma
TUMOR ODONTOGÊNICO BENIGNO
▸Origem de restos da lâmina dentária,
epitélio revestimento bucal;
▸Crescimento lento, expansivo e grande
tendência à recidiva.
▸Tendência a reabsorver raízes dentárias
(em bordo de faca); expandir e adelgaçar
corticais
▸ASPECTOS RADIOGRÁFICOS:
▹Unilocular (Unicístico): associado a um dente incluso - unilocular quando se tem um único compartimento
▹Multilocular: Septos ósseos internos: - multilocular quando tem vários compartimentos
Aspecto de favos de mel (menores) Aspecto de bolhas de sabão (maiores)
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Jenn Rodrigues
⊿Odontoma
TUMOR ODONTOGÊNICO BENIGNO
▸Transtorno na erupção dentária
▸Tipos:
1) Composto - Estruturas dentárias individualizadas
2) Complexo – Massa de esmalte e dentina sem anatomia dental
ODONTOMA COMPLEXO
Massa amorfa calcificada com radiopacidade de
estrutura dentária, delimitado por linha radiolúcida.
ODONTOMA COMPOSTO
Coleção de estruturas semelhante a
dentes(dentículos), limitada por linha radiolúcida
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Jenn Rodrigues
RADIOGRAFIA EXTRA-ORAL
Relembrando
⇽⇽⇽⇽⇽⇽Radiolúcido Radiopaco ⇾⇾⇾⇾⇾⇾
◢Radiografias extra oral
⊿Indicações
▸Exame complementar das técnicas intraorais
▸Impossibilidade de tomadas intraorais (trismo - que é quando a dor é tão intensa que impede que se abra a boca
amplamente)
▸Avaliação da extensão de áreas patológicas abrangentes
▸Localização de dentes inclusos ou impactados, supranumerários, raízes residuais, corpos estranhos
▸Localização e delimitação de fraturas ósseas dos maxilares
▸Verificação do desenvolvimento e anormalidades crânio - faciais (documentação ortodôntica)
⊿Técnicas - Filmes e acessórios
Filmes
▸13 × 18cm; 18 × 24cm; 24 × 30cm; 30 × 40cm
▸Identificação com as letras “E” e “D” nos cantos inferiores
▸Grande sensibilidade e ultra rápidos
Acessórios
▸Chassi – onde se coloca o filme
▸Écrans intensificadores – são os que vão fazer os raios-X todos na mesma direção
▸Anti-difusores – vai ajudar os raios a baterem num mesmo local
▸Localizadores – vai mostrar onde até onde os raios vão pegar
⊿Técnicas - Precauções
▸Algumas precauções devem ser tomadas antes da colocação dos filmes em posição, para não prejudicar a interpretação
radiográfica
✦Remoção de acessórios como óculos e brincos
✦Remoção de aparelhos protéticos removíveis e grampos
✦Remoção de objetos metálicos, pois se projetam sobre a imagem, interferindo na avaliação da mesma
Ar Tecido mole Esmalte Polpa Dentina Amalgama
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Jenn Rodrigues
⊿Conceitos
▸Técnicas radiográficas realizadas, com filmes específicos, fora da cavidade bucal
⊿Tipos de técnicas
▸Panorâmica – muito utilizada
▸Frontal póstero-anterior (PA) do seio maxilar – muito utilizada
Norma frontal / P.A. de seio maxilar → paciente fica com a cabeça arqueada para
conseguir visualizar o seio maxilar sem muitas interferências
Normalmente feita quando o dente "some" da cavidade bucal indo provavelmente
para região de seio maxilar, grandes chances do paciente adquirir sinusite.
Localização do dente que foi parar na cavidade nasal – seio maxilar
▸Frontal póstero-anterior (PA) da mandíbula – muito utilizada
Quando paciente apresenta um certo inchaço na região da mandíbula que na
panorâmica não pega
▸Lateral cefalométrica (Telerradiografia) – muito utilizada na ortodontia
▸Lateral de mandíbula para exame do ramo e ângulo – casos de DTM
▸Lateral da mandíbula para exame do corpo
▸Lateral dos tecidos duros e moles
▸Articulação temporomandibular supracraniana
▸Articulação temporomandibular infracraniana
◢Radiografia panorâmica
O que é a radiografia panorâmica?
▸Técnica que permite uma visão global de todas as estruturas que compõem o complexo maxilomandibular, ou seja,
dentes, tecido ósseo de suporte e estruturas anatômicas adjacentes, tais como seio maxilares, articulações
temporomandibulares (ATM) e cavidade nasal, com uma única exposição
Também chamada de ORTOPANTOMOGRAFIA
Panorâmica
Visão
Global
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Jenn Rodrigues
Constituição do aparelho
▸Fonte de raio-x
▸Posicionador da cabeça
▸Porta - chassi
▸Painel para controle de exposição
▸Apoio para o mento
▸Bloco de mordida
▸Guias laterais
⊿Fundamentos da radiografia panorâmica
▸O filme e o cabeçote giram em torno do paciente - eixo - CENTRO DE ROTAÇÃO
▸A fonte gira em uma direção e o filme gira na direção oposta
▸O paciente fica em pé ou sentado
▸O movimento do filme e do cabeçote produz a imagem através do processo chamado de TOMOGRAFIA
⊿Procedimentos passo a passo
1. Preparação do equipamento
2. Preparação do paciente – Onde vão se tirar todos os acessórios como óculos, PPR, PT, brincos, piercing, colocação do
colete de chumbo
3. Posicionamento do paciente
3.1. Instruções ao paciente (para não se mexer)
3.2. Posicionamento posicionado em pé - costas eretas
3.3. Plano sagital mediano perpendicular ao solo
3.4. Plano de Frankfurt paralelo ao solo
4. Bloco de mordida - dentes superiores e inferiores topo a topo
5. Língua no palato - lábios fechados
⊿Indicações
▸Visão ampla da condição do complexo dentoamaxilomandibular e estruturas adjacentes
▸Exame inicial – para com isso possamos ver de forma ampla onde está os problemas para que assim possamos fazer
radiografias localizadas posteriormente para melhor nitidez da região
▸Levantamento da saúde bucal de uma população
▸Avaliação de dentes não irrompidos – o que numa primeira avaliação onde se achou que o paciente poderia ter uma
agenesia dentaria, ou seja, onde não se tem a formaçãodo elemento dentário. Na verdade quando se faz uma panorâmica
descobre que ele saiu do seu trajeto por alguma razão desconhecida e não conseguiu erupcionar
▸Diagnóstico inicial dos 3° molares inclusos / impactados
▸Crescimento e desenvolvimento dos arcos dentários – onde se estão posicionados corretamente para erupcionamento
▸Diagnóstico de fraturas - traumas
▸Diagnóstico e delimitação de lesões
▸Diagnóstico para alterações nas ATM's
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Jenn Rodrigues
▸Diagnóstico precoce de anomalias
▸Mesiodens é um dente supranumerário localizado entre os incisivos centrais superiores
▸Exame de pacientes edêntulos – as vezes pode se ter raízes residuais
▸Traçado para planejamento de implantes
⊿Erros de posicionamento
▸Posicionamento ântero-posterior – onde precisa que o paciente esteja com os dentes separados "topo a topo" se estiver
ocluindo não consegue se ter uma delimitação da incisal/oclusal sup. e inf. delimitada
▸Posicionamento do plano oclusal – cabeça pode estar inclinada de alguma maneira
▸Posicionamento do plano sagital mediano – onde o plano sagital mediano pode estar errado
▸Posicionamento da coluna vertebral
▸Posicionamento da língua e lábios – a língua mal posicionada em repouso no assoalho pode sair na radiografia
podendo confundir com cistos ou lábios muito tracionados podem aparecer como uma mancha radiolúcida
▸Posicionamento de artefatos metálicos – onde pode ter piercings perto da região que pode dar interferência
⊿Vantagens
▸Amplo e completo exame
▸Simplicidade da técnica - padronização do método
▸Confortável para o paciente
▸Exposição mínima à radiação
⊿Desvantagens
▸Falta de detalhes
▸Limitações de diagnóstico
▸Distorção, ampliação e sobreposição
▸Custo do equipamento
⊿Anatomia na radiografia panorâmica
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Jenn Rodrigues
⊿Estágio de Nolla - EXTRA