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15 - Terapia gênica

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Terapia gênica
Apresentação
Clara e objetivamente, conceitua-se terapia gênica como o ato de introduzir material genético em 
uma célula objetivando interceder na progressão de uma patologia. No Brasil, essa terapia ainda 
está em atraso quando comparada com outros países, porém muitos avanços são considerados 
significativos e as perspectivas de crescimento nessa área são muito promissoras. Por motivos 
claramente éticos, atualmente a terapia gênica não pode ser realizada com células germinativas. 
A modificação genética, obrigatoriamente, só pode atingir as células somáticas dos indivíduos e é o 
que atualmente tem sido realizado nos laboratórios de pesquisa. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá compreender o procedimento de terapia gênica, 
conhecer o seu potencial e riscos, bem como reconhecer os seus avanços.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o procedimento de terapia gênica.•
Explicar o potencial e riscos da terapia gênica.•
Reconhecer os avanços da terapia gênica.•
Infográfico
A geneterapia ou terapia gênica tem como objetivo, basicamente, tratar ou prevenir, por meio da 
manipulação genética, uma patologia herdada ou adquirida.
No Infográfico a seguir, você verá informações sobre a introdução de genes nas células e quais são 
os requisitos básicos para que uma terapia gênica seja efetiva.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b40d3c18-f642-4e28-8e9e-ed069b229220/585cb78f-e74a-4eef-9616-2af1383e3442.png
Conteúdo do livro
A terapia gênica pode ser entendida como a capacidade do melhoramento genético por meio da 
correção de genes alterados (mutados), visando ao tratamento terapêutico. Resumidamente, os 
principais objetivos da terapia gênica são suplementação ou aumento do gene, silenciamento 
gênico e reparo gênico. 
No capítulo Terapia gênica, da obra Biotecnologia, você vai compreender que a terapia gênica gera 
muita esperança e expectativa para tratar diversas patologias que, atualmente, não dispõem de 
cura ou tratamento. Porém, alguns obstáculos significativos precisam ainda ser elucidados para a 
obtenção de um protocolo de terapia gênica eficiente e reprodutível, além de questões críticas de 
segurança e regulação que compõem esse impasse.
Boa leitura. 
BIOTECNOLOGIA
Lisiane Silveira Zavalhia
Terapia gênica
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Descrever o procedimento de terapia gênica.
  Explicar o potencial e riscos da terapia gênica.
  Reconhecer os avanços da terapia gênica.
Introdução
A terapia gênica é uma área em ascensão na pesquisa científica e gera 
muita expectativa e esperança para os pesquisadores. O avanço da 
biotecnologia e os processos de engenharia genética contribuíram ex-
ponencialmente para aclarar o conhecimento acerca dos genes, o que 
gera a perspectiva de que muitos genes que apresentam uma relação 
causal com algumas patologias possam futuramente ser alvo da terapia 
gênica, beneficiando muitos pacientes.
Neste capítulo, você vai conhecer o procedimento de terapia gênica, 
entender o potencial e riscos, bem como reconhecer os avanços. 
Terapia gênica
A geneterapia ou terapia gênica é uma forma de tratamento ou prevenção de 
uma patologia humana, herdada ou adquirida, através da manipulação genética. 
Por meio desta, é possível a correção de um fenótipo clínico em determinado 
paciente através da introdução do material genético, e também da utilização de 
técnicas genéticas para produzir grandes quantidades de produtos terapêuticos 
e vacinas geneticamente construídas (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
O Comitê Consultivo de Terapia Gênica do Reino Unido (UK Gene Therapy 
Advisory Committee), define a terapia gênica como a introdução deliberada de 
material genético nas células somáticas humanas com finalidade terapêutica, 
profilática ou diagnóstica (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
A terapia gênica conta com técnicas para introduzir ácidos nucléicos 
sintéticos ou recombinantes em seres humanos, vetores biológicos genetica-
mente modificados (sejam vírus ou plasmídeos), células-tronco geneticamente 
modificadas, vírus oncolíticos, ácidos nucléicos associados a veículos de 
introdução, ácidos nucléicos nus, técnicas antissentido (como silenciamento 
gênico, correção gênica ou modificação gênica), vacinas genéticas, tecnologias 
de DNA ou RNA, xenotransplantes de células animais e, mais recentemente, 
o sistema CRISPR-Cas9. Os avanços na biologia molecular, possibilitando 
a identificação de inúmeros genes humanos e de seus produtos proteicos 
importantes para doenças, criaram expectativa de terapia gênica para muitos 
distúrbios genéticos e não genéticos (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013). 
O Quadro 1 traz um pouco da trajetória da terapia gênica, contando sucessos 
e insucessos (STRACHAN; READ, 2014).
1990- Início do primeiro ensaio clínico envolvendo terapia gênica, por meio 
da utilização de γ-retrovírus recombinante, para recuperar uma forma 
recessiva autossômica da imunodeficiência combinada grave (SCID) 
devido a uma deficiência da adenosina desaminase (ADA); o ensaio foi 
um sucesso, mas os pacientes também foram tratados, em paralelo, 
substituindo-se a enzima padrão utilizando polietileno glicol (PEG)-ADA.
1999 Morte de Jesse Gelsinger em setembro de 1999, apenas alguns dias 
após receber partículas adenovirais recombinantes através da inje-
ção intra-hepática em um ensaio clínico de terapia para deficiência 
da ornitina transbamilase; uma resposta imunológica massiva contra 
as partículas de adenovírus resultou em falha múltipla dos órgãos. 
2000- O primeiro sucesso inequívoco da terapia gênica utilizando γ-retrovírus 
recombinante para tratar uma forma ligada ao X de SCID; entretanto, 
várias das crianças tratadas desenvolveram leucemia, com uma morte, 
como resultado da ativação insercional de oncogenes celulares.
2006- Sucesso transiente na utilização de terapia gênica γ-retroviral para 
tratar dois pacientes adultos com doença granulomatosa crônica, 
um transtorno recessivo que afeta a função dos fagócitos causando 
imunodeficiência; apesar do sucesso inicial, ambos os pacientes 
passaram a demonstrar silenciamento transgênico, além de mielo-
displasia decorrente da ativação insercional de genes celulares; 24 
meses após a terapia gênica, um paciente morreu em função de 
sepse generalizada.
Quadro 1. Trajetória da terapia gênica
(Continua)
Terapia gênica2
Procedimento 
Na terapia gênica, os genes clonados, o RNA ou os oligonucleotídeos são 
introduzidos nas células do paciente através da utilização de alguns métodos 
de transferência. Comumente são utilizados vetores baseados em vírus, pois, 
evolutivamente, os vírus tornaram-se efi cientes em infectar células, inserindo 
seus genomas e resultando na expressão de seus genes. A transferência do 
DNA para células humanas (e de outros animais) através da utilização de 
vírus é denominada transdução. Em alguns casos, os vetores virais podem 
se integrar ao genoma, permitindo a expressão do transgene durante longo 
tempo; outros vetores virais não se integram no genoma do hospedeiro, eles se 
mantêm em localizações extracromossomais nas células. Métodos não virais 
podem também ser usados na transferência de DNA, RNA ou oligonucleo-
tídeos a células humanas (ou de outros animais) (denominado transfecção) 
(STRACHAN; READ, 2014).
A terapia gênica fundamenta-se basicamente na existência de técnicas e 
métodos laboratoriais bem estabelecidos para introduzir genes nas células. 
Várias técnicas opcionais permitem inserir DNA exógeno em células vivas, 
em um laboratório. Os métodos baseiam-se em físicos e dependentes de 
vetores. 
Fonte: Adaptado de Strachan e Read (2014, p. 712).
2006 Relatado um sucesso limitado na terapia gênica para hemofilia B: ve-
tores AAV2 foram utilizados com sucessopara transduzir hepatócitos 
e expressar o transgene do Fator IX; entretanto, uma resposta imuno-
lógica levou à destruição das células transduzidas.
2009 Relatada uma terapia gênica de sucesso para deficiência de ADA.
2009 Primeiro relatório de sucesso na terapia gênica para um distúrbio 
do sistema nervoso central, a adenoleucodistrofia ligada ao X, e o 
primeiro a utilizar um vetor lentiviral.
2009 Relatório de terapia gênica in vivo de sucesso utilizando injeção 
retinal de AAV recombinante para tratar amaurose congênita de 
Leber, uma forma de cegueira infantil; o ganho de visão significativo 
pós-tratamento se manteve após um ano.
Quadro 1. Trajetória da terapia gênica
(Continuação)
3Terapia gênica
Tratando dos métodos físicos, estes incluem (READ; DONNAI, 2008): 
  lipossomos: caracterizados como vesículas artificiais limitadas por 
membrana, que se fundem com as membranas celulares e liberam seu 
conteúdo no interior intracelularmente;
  métodos mediados por receptores: em que o DNA se liga ao ligante 
para um receptor de superfície celular, que é internalizado após conexão 
com o ligante;
  eletroporação: um breve pulso de alta voltagem modifica temporaria-
mente as membranas celulares, tornando as células capazes de captar 
moléculas grandes de DNA do meio.
Os métodos dependentes de vetores utilizam vírus modificados por meio 
de engenharia genética. Esses métodos são mais eficientes quando comparados 
aos métodos físicos, para inserir o DNA estranho em uma boa proporção das 
células-alvo. Distintos vírus podem ser utilizados, porém existem alguns 
fatores que determinam a sua seleção (READ; DONNAI, 2008):
  capacidade: que faz a relação com o tamanho de um fragmento de 
material genético que os vírus possam conter;
  tropismo: considerando o fato de que alguns vírus têm preferência 
para infectar determinados tipos celulares;
  capacidade de infectar células em não divisão: este fator é importante, 
considerando o fato de que os retrovírus só infectam as células que 
estão em divisão.
  vetores integradores ou não integradores: no caso dos vetores integra-
dores, um exemplo são os retrovírus, que integram o gene transferido 
em um cromossomo da célula hospedeira, e assim garantem que as 
células filhas irão conter uma cópia desse gene. Já os vetores não inte-
gradores, um exemplo são os adenovírus, continuam como epissomos 
extracromossômicos, que finalmente serão diluídos durante o processo 
de replicação celular. 
Diferentes sistemas de vetores virais são capazes de fornecer diferentes 
vantagens, como observado no Quadro 2, a seguir:
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Terapia gênica6
Todos os métodos de terapia gênica poderiam ser aplicados ex vivo, em 
células removidas do próprio paciente, que, após a modificação, seriam reintro-
duzidas; ou in vivo, injetando ou introduzindo, de outra forma, o produto tera-
pêutico no corpo do paciente (READ; DONNAI, 2008), conforme a Figura 1.
Figura 1. Esquema da terapia gênica in vivo e ex vivo.
Fonte: Strachan e Read (2014, p. 702).
Quando se trata da terapia gênica ex vivo, as células são removidas 
do paciente, alteradas geneticamente de alguma forma em laboratório 
e reinseridas no paciente. Esse método possibilita que apenas as células 
apropriadas sejam tratadas, e podem ser conferidas, para se certificar de 
que possuem as modificações genéticas adequadas antes de retornarem 
ao paciente. Para muitos tecidos, isto não é possível, e as células devem 
ser alteradas dentro do corpo do paciente (terapia gênica in vivo) (STRA-
CHAN; READ, 2014).
Em tese, poderiam ser tratadas tanto as células somáticas quanto as ger-
minativas. A terapia gênica das células da linhagem germinativa apresenta 
uma finalidade interessante, quando comparada com a terapia somática, 
considerando que o problema existente seria tratado objetivamente de uma vez 
por todas, porém esta é considerada pela visão ética como inaceitável (READ; 
DONNAI, 2008). No caso da terapia gênica para linhagem germinativa, as 
células germinativas (que originam os gametas: espermatozoides e óvulos) 
ou gametas maduros são utilizadas como alvos da transferência gênica. De 
modo que nessa técnica o gene transferido será incorporado a todas as futuras 
células do corpo, inclusive às células germinativas. O fato de ser considerada 
como inaceitável eticamente, seria porque os indivíduos futuros também 
seriam afetados geneticamente sem que tenham consentido para o mesmo 
(KLUG et al., 2012).
7Terapia gênica
Já a terapia gênica somática trata da manipulação da expressão nas células 
que serão corrigidas apenas visando o paciente, mas não a próxima geração. E 
acaba envolvendo apenas a manipulação de células comuns, comumente aquelasque podem ser removidas do organismo, transfectadas e depois reintroduzidas 
de volta ao organismo. Essa técnica abrange mais promissoramente as hemo-
patias hereditárias, como hemofilias e talassemias, demonstrando também 
potencial para tratar doenças pulmonares, como fibrose cística. Nos dias atuais, 
este é o tipo de terapia pesquisado mundialmente em vários laboratórios, 
visando mais intensivamente o tratamento do câncer (BORGES-OSÓRIO; 
ROBINSON, 2013). Nessa modalidade terapêutica, somente um indivíduo é 
afetado, e a terapia só é realizada com a permissão e o consentimento informado 
do paciente ou de seus familiares (KLUG et al., 2012).
A terapia in vivo é realizada dentro do paciente através da injeção em um órgão espe-
cífico (cérebro, músculo ou olho), ou fazendo uso de aerossóis para o pulmão.
Potencial da terapia gênica
Como principais objetivos da terapia gênica, pode-se citar a tríade: suplemen-
tação ou aumento gênico, silenciamento gênico e reparo gênico (BORGES-
-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
A suplementação ou aumento gênico tem como finalidade introduzir um 
gene funcional no interior de uma célula que normalmente não o possui. Pode 
ser útil também para introduzir um novo gene em uma célula, com o intuito de 
criar vulnerabilidade nas células que se deseja eliminar (BORGES-OSÓRIO; 
ROBINSON, 2013).
O silenciamento gênico tem como intuito estagnar a expressão de um gene 
já existente na célula. Esse tipo de terapia gênica poderia ser útil para aquelas 
patologias causadas por mutações de ganho de função ou por mecanismos de 
efeitos dominantes negativos (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013). Esses 
efeitos dominantes negativos são vistos apenas em heterozigotos, nestes, cau-
sam efeitos agravados que simples alelos nulos do mesmo gene. Uma pessoa 
heterozigota para todas as mutações nulas de um gene ainda apresentará 50% 
do nível funcional normal, considerando que ainda possui um alelo normal. Se 
Terapia gênica8
o produto do alelo mutado, além de ser não funcional, também vier a interferir 
com a função do alelo normal, restará uma atividade residual inferior a 50%. 
Em suma, o produto alterado além de perder a sua função, também impede o 
produto normal de funcionar (STRACHAN; READ, 2014).
Comumente, o silenciamento deve ser específico e direcionado para o alelo 
mutante, sem alterar a expressão do alelo normal, este silenciamento gênico 
poderia ser usado também para inibir a expressão de genes virais em uma 
célula infectada (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
No reparo gênico, o intuito é corrigir um gene que apresenta mau fun-
cionamento. A proposição conta com a recombinação homóloga marcada ou 
com o reparo do mau pareamento a fim de consertar defeitos específicos em 
um gene (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
Riscos 
A terapia gênica com uso para doenças genéticas pode demonstrar riscos, 
alguns inclusive já foram comprovados na prática. São três os riscos que 
podem ser citados (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013):
  Resposta adversa ao vetor ou combinada vetor-doença: os problemas 
relacionados a este risco são muito importantes, e daí vem a ressalva 
da relevância dos testes exaustivos em animais. As características 
fisiopatológicas de um distúrbio específico devem ser levadas em con-
sideração no momento de escolher um vetor. Em um caso relatado de 
1999, um paciente participante de um ensaio de terapia gênica apre-
sentou reação imunológica fatal após ter sido injetado com um vetor 
viral que carregava um gene para tratar de um distúrbio metabólico, o 
que significa que a resposta imune desencadeou uma reação catabólica 
(BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
  Mutagênese de inserção causando malignidades: considera-se aqui o 
caso em que o gene transferido se integra ao DNA do paciente e ativa um 
proto-oncogene ou interrompe o gene supressor tumoral, desencadeando 
uma neoplasia maligna. Um caso foi descrito em 2002, quando duas 
crianças foram submetidas à terapia gênica para tratar imunodeficiência 
grave combinada, e desenvolveram leucemia, provavelmente relacionada 
à inserção de vetores gênicos retrovirais nos genes causadores do câncer. 
Essa inativação por inserção de um gene supressor de tumor é rara; 
e há de se considerar que, quando uma doença não tem alternativas 
terapêuticas, esse risco torna-se aceitável. No caso mencionado, tudo 
9Terapia gênica
infere que o transgene possa ter contribuído para provocar a neoplasia 
maligna (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
  Inativação de inserção de um gene essencial: descreve o caso em que 
a inativação de inserção poderia interromper um gene essencial para a 
viabilidade, em tese, não haverá grandes efeitos, considerando o fato 
de que tais mutações letais são consideradas raras e destruirão apenas 
células únicas (BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013).
Em relação ao tropismo de vírus, por exemplo, os vírus do herpes apresentam tropismo 
por células do sistema nervoso central. O tropismo natural dos vírus pode ser mantido 
nos vetores ou serem geneticamente modificados de alguma maneira, para que um 
tecido em particular seja atingido, por exemplo.
Avanços e perspectivas da terapia gênica
Desde o primeiro teste clínico de terapia gênica, no ano de 1990, mais de 600 
testes clínicos foram iniciados, envolvendo mais de 4.000 pacientes. A fi nalidade 
dos testes era curar câncer, doenças hereditárias como hemofi lia e fi brose cística 
e doenças infecciosas como a Aids. Ainda que tenha gerado muita expectativa 
dos proponentes e de fontes midiáticas, os benefícios terapêuticos obtidos foram 
obscuros ou, até mesmo, nulos. Até 2010, nenhum produto terapêutico para tera-
pia gênica humana foi aprovado para ser comercializado. Os críticos da terapia 
gênica rebatem os grupos de pesquisadores por pressa indevida, confl itos de 
interesses, má administração dos testes clínicos e por promessas que são muitas, 
porém com poucos resultados encontrados (KLUG et al., 2012).
A maior expectativa por trás da terapia gênica é tratar a raiz de uma pa-
tologia, melhor ainda, atingir a alteração genética que é responsável por esta 
patologia. As terapêuticas mais simples envolvem doenças monogênicas, onde 
um único gene mutado provoca uma alteração específica em um processo 
celular. As abordagens de terapia gênica, por motivos óbvios, vão se dirigir 
de doenças raras, aquelas incuráveis ou fatais na direção da terapia de doenças 
mais comuns, para as quais existem intervenções médicas, mas que também 
beneficiaria e seria acessível para um grupo maior de pacientes. Essa visão 
de terapia gênica para um número maior de pacientes pode ser claramente 
observada nos protocolos voltados para o tratamento do câncer, cerca de 67% 
Terapia gênica10
e 100% respectivamente, de todos os protocolos clínicos de terapia gênica 
em fases III e IV apresentam como principal alvo o tratamento do câncer 
(COSTANZI-STRAUSS; STRAUSS, 2015). O Quadro 3 a seguir apresenta 
as possíveis patologias que podem ser tratadas por terapia gênica.
Distúrbio genético Defeito e/ou mutações envolvidas
Amaurose congênita de Leber Mutações em mais de 10 genes, sendo 
RPE65 o gene principal
Artrite reumatoide
Câncer de ovário
Câncer de pulmão
Câncer renal
Citrulinemia Deficiência de argininossuccinato 
sintetase
Deficiência imune Deficiência de adenosina desaminase
Deficiência de fosforilase de nucleotídeos 
de purina
Doença granulomatosa crônica
Distrofia muscular Mutações no gene da distrofina
Doença de Gaucher Deficiência de glicocerebrosidase
Doenças cardiovasculares
Enfisema Deficiência de α1-antitripsina
Fenilcetonúria Deficiência de fenilalanina hidroxilase
Fibrose cística Mutações no gene CFTR
Hemofilia Deficiência do fator VIII (A)
Deficiência do fator IX (B)
Hiperamonemia Deficiência de ornitina-transcarbamilase
Hipercolesterolemia Anomalias no receptor de lipoproteína de 
baixa densidade
Quadro 3. Patologias genéticas e não genéticas com potencial tratamento por tera-
pia gênica
(Continua)
11Terapia gênica
Embora existam muitasdificuldades e muitos impasses na terapia gênica, 
muito tem se focado em pesquisas. Vários sistemas engenhosos já foram 
apresentados em experimentos laboratoriais de comprovação de princípios. 
Diversas empresas estão empenhadas na pesquisa de novas abordagens. Cente-
nas de ensaios clínicos de fase I têm sido realizados, especialmente na área do 
câncer e de doenças infecciosas, majoritariamente as condições mendelianas 
(READ; DONNAI, 2008).
Cabe salientar que, embora não tenhamos grandes avanços, o conheci-
mento já adquirido acerca das pesquisas e experimentos traz uma bagagem 
de contribuições para o desenvolvimento de novas estratégias e ferramentas 
nessa área.
Terapia gênica: avanços, desafios e perspectivas, confira na íntegra no link ou código 
seguir.
https://goo.gl/52mKh3
Fonte: Adaptado de Borges-Osório e Robinson (2013, p. 585).
Distúrbio genético Defeito e/ou mutações envolvidas
Melanoma maligno
Mucopolissacaridose VII Deficiência de β-glicuronidase
Síndrome de deficiência imune 
adquirida (Aids)
Talassemia/anemia falciforme Mutações de α e β-globina
Tumores cerebrais
Quadro 3. Patologias genéticas e não genéticas com potencial tratamento por tera-
pia gênica
(Continuação)
Terapia gênica12
Um exemplo de protocolo bem-sucedido para terapia gênica é o da imunodeficiência 
combinada grave, uma patologia causada por mutações de perda de função no 
gene do receptor da citocina, IL2RG. O protocolo utilizou um vetor retroviral para 
integrar uma cópia funcional desse gene nos cromossomos das células precursoras 
hematopoiéticas. Isso permitiu uma vantagem seletiva, e quando reintroduzidas no 
paciente, foram capazes reconstituir a função das células T e NK de nove bebês entre 
onze que foram tratados. 
1. Baseado nos conhecimentos 
aprendidos neste capítulo, analise 
as afirmativas a seguir e marque a 
alternativa acerca da terapia gênica:
I. Para substituir um alelo não 
funcional, uma cópia de um alelo 
funcional pode ser adicionada.
II. Um gene sem função pode ser 
corrigido por meio da apoptose.
III. Um gene não funcional poderá ser 
substituído por um gene funcional 
através da recombinação genética.
IV. Quando um gene não é fun-
cional, este poderia ser substi-
tuído por um gene funcional 
inserido em um local não especí-
fico do genoma.
V. A tecnologia CRISPR, possibilita 
a edição de sequências de DNA 
alvo-específica do genoma de 
qualquer organismo e tem sido 
utilizada com sucesso em expe-
rimentos para patologias como a 
anemia falciforme.
a) Somente as alternativas I e II 
estão corretas.
b) Somente as alternativas I e III 
estão corretas. 
c) Somente as alternativas I e V 
estão corretas. 
d) Somente as alternativas I, III, IV e V 
estão corretas. 
e) Somente as alternativas I, V e IV 
estão corretas. 
2. A cura para muitas patologias vem 
sendo assiduamente pesquisada, do-
enças como a fibrose cística são fatais 
e apresentam uma sobrevida curta 
para seus portadores. A identificação 
de genes responsáveis por causar 
essas patologias têm gerado muita 
esperança para a terapia gênica. 
Como a terapia gênica poderia contri-
buir para este tipo de patologia?
a) Por meio da inserção de cópias 
extras dos alelos mutados.
b) Produzindo proteínas funcionais 
em organismos de espécies 
distintas.
c) Por meio da inibição da expressão 
do gene com mutação nas células 
secretoras de proteínas.
13Terapia gênica
d) Por meio da substituição do alelo 
mutado ou pela adição de uma 
cópia funcional do alelo.
e) Por meio da indução de muta-
ções nos genes responsáveis por 
esta patologia.
3. Pense em uma situação na qual uma 
criança com uma síndrome congê-
nita chega ao consultório para ser 
atendida. Você é o profissional que o 
atende e é indagado pelos tutores se 
a terapia gênica poderia ser utilizada 
para tratar esta criança. A respeito do 
assunto você responderia que:
a) Atualmente a terapia gênica não 
está disponível, mas que em 
alguns anos poderia ser utilizada.
b) Informa que a terapia gênica não 
está disponível atualmente e que, 
mesmo se estivesse, não seria 
capaz de tratar uma patologia 
congênita.
c) Informa que é possível tratar com 
a terapia gênica, ainda muito cara.
d) Informa que a terapia gênica é 
uma conduta inaceitável etica-
mente.
e) Informa que pode encaminhar 
esta criança para terapia gênica 
imediatamente.
4. O tipo de terapia gênica em que 
as células do paciente podem ser 
retiradas e modificadas através da 
inserção do material genético e, em 
seguida, reintroduzidas no próprio 
paciente é a:
a) in vivo.
b) in vitro.
c) ex vivo.
d) clonagem.
e) de células germinativas.
5. Acerca da terapia gênica, observe 
as afirmativas a seguir e marque a 
alternativa correta:
I. O uso da terapia gênica para in-
troduzir os genes nas células está 
apoiado em métodos laboratoriais 
que já são bem estabelecidos.
II. A terapia das células somáticas é 
eticamente inaceitável.
III. A terapia das células germinativas 
é eticamente inaceitável.
IV. No tipo de terapia gênica in vivo, 
é injetado ou introduzido, de 
algum modo, o produto terapêu-
tico no organismo do paciente.
a) Somente as alternativas I e II 
estão corretas.
b) Somente as alternativas I e III 
estão corretas.
c) Somente as alternativas II e III 
estão corretas.
d) Somente as alternativas II e IV 
estão corretas.
e) Somente as alternativas I, III e IV 
estão corretas.
Terapia gênica14
BORGES-OSÓRIO, M. R.; ROBINSON, W. M. Genética humana. 3. ed. Porto Alegre: Art-
med, 2013.
COSTANZI-STRAUSS, E.; STRAUSS, B. Perspectivas da terapia gênica. Revista de Medi-
cina, São Paulo, v. 94, n. 4, p. 211-222, out./dez. 2015. Disponível em: <https://www.
researchgate.net/publication/292213504_Perspectivas_da_terapia_genica>. Acesso 
em: 08 nov. 2018
KLUG, W. et al. Conceitos de genética. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
READ, A. P.; DONNAI, D. Genética clínica: uma nova abordagem. Porto Alegre: Artmed, 
2008.
STRACHAN, T.; READ, A. P. Genética molecular humana. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
Leituras recomendadas
COOPER, G. M.; HAUSMAN, R. E. A célula: uma abordagem molecular. 3. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2007.
GARCIA, E. S.; CHAMAS, C. I. Genética molecular: avanços e problemas. Cadernos de 
Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 103-107, mar. 1996. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1996000100022&lng=e
n&nrm=iso>. Acesso em: 08 nov. 2018. 
15Terapia gênica
Conteúdo:
Dica do professor
A temática da terapia gênica vem mobilizando cientistas e é considerada como a nova fronteira da 
medicina. A atenção primária para a terapia gênica teve seu foco para as doenças monogênicas, que 
além de serem consideradas doenças raras, apresentam desafio na cura. Como nestas patologias há 
ausência ou deficiência de um determinado gene, a terapia objetiva a transferência de um gene 
com funcionamento normal para as células-alvo, uma vez que o gene restauraria a função 
deficiente encontrada em seu portador. 
As pesquisas na terapia gênica estão sendo desenvolvidas mundialmente, porém os Estados Unidos 
estão à frente e lideram o número de ensaios clínicos. Dentre as doenças mais investigadas 
atualmente está o câncer, considerado uma das patologias que causa o maior número de óbitos 
mundialmente. 
A esperança impera nesse tipo de terapia e espera-se que mais pesquisas com resultados de 
sucesso sejam realizadas. Na Dica do Professor, você irá conhecer um pouco mais sobre a terapia 
gênica. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/ac89730159afb5e1ae09a0acf61af6c0
Na prática
A tecnologia CRISPR vem sendo muito citada na literatura como sendo uma das técnicas mais 
revolucionárias da atualidade. Ela possibilita a edição de sequências de DNA alvo-específicas do 
genoma de qualquer organismo. 
Advindo do sistema imune adaptativo de procariontes, esse mecanismoreconhece o material 
genético invasor, cliva-o em pequenos fragmentos e integra-o em seu próprio DNA. Em uma 
segunda exposição pelo mesmo agente, há transcrição do locus CRISPR, processamento do RNAm 
e criação de pequenos fragmentos de RNA (crRNAs), que geram complexos com as proteínas Cas. 
Estes reconhecem os ácidos nucleicos estranhos e o destroem. 
Confira, na prática, como essa tecnologia vem sendo aplicada para o tratamento de doenças.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b1a61116-4fe7-498c-9170-c9258462cc9a/e06f3eba-5f78-4740-a6f9-7e8c524d342b.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A cura pelos genes
Em 2012, após anos realizando tratamentos experimentais, a União Europeia aprovou a primeira 
terapia gênica oficial fora da China. Saiba mais sobre alguns benefícios dessa terapia por meio da 
matéria da Veja.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
A revolução da terapia genética
Na leitura da matéria do site Istoé, saiba mais sobre o primeiro medicamento capaz de substituir um 
gene defeituoso por outro saudável.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Terapia Gênica como tratamento para fibrose cística
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://veja.abril.com.br/saude/a-cura-pelos-genes/
https://istoe.com.br/270736_A+REVOLUCAO+DA+TERAPIA+GENETICA/
https://unidospelavida.org.br/tratamento-da-fibrose-cistica-por-terapia-genetica-sera-possivel-por-volta-de-2020-afirmam-cientistas/

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