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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI JARAGUÁ DO SUL CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL SISTEMA AUTÔNOMO PARA ALIMENTAÇÃO DE PLANTA DE MANUFATURA: PROJETO E FABRICAÇÃO DE VEÍCULO AUTO GUIADO ANDERSON WESSLER COLOMBO ARLEY SILVA CARDOSO DANIEL MENEGHELLI GONÇALVES FRANKLIN JOSIAS PORATH LEONARDO ZIMMERMANN Jaraguá do Sul 2016 ANDERSON WESSLER COLOMBO ARLEY SILVA CARDOSO DANIEL MENEGHELLI GONÇALVES FRANKLIN JOSIAS PORATH LEONARDO ZIMMERMANN SISTEMA AUTÔNOMO PARA ALIMENTAÇÃO DE PLANTA DE MANUFATURA PROJETO E FABRICAÇÃO DE VEÍCULO AUTO GUIADO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade de Tecnologia SENAI JARAGUÁ DO SUL como requisito parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Automação insdustrial. Professor Orientador: Genilson Tiburski Jaraguá do Sul 2016 ANDERSON WESSLER COLOMBO ARLEY SILVA CARDOSO DANIEL MENEGHELLI GONÇALVES FRANKLIN JOSIAS PORATH LEONARDO ZIMMERMANN SISTEMA AUTÔNOMO PARA ALIMENTAÇÃO DE PLANTA DE MANUFATURA PROJETO E FABRICAÇÃO DE VEÍCULO AUTO GUIADO JARAGUÁ DO SUL 21 de novembro de 2018 Jaraguá do Sul/SC Professor Orientador Membro Coordenador do Curso Membro Professor Membro Dedico este trabalho... xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx AGRADECIMENTOS Agradeço....xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Agradeço....xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Agradeço....xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Agradeço....xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. SOBRENOME, Nome do autor. Título: subtítulo. Local, ano. Trabalho de Conclusão de Curso - Curso Superior de Tecnologia nome do curso. Faculdade de Tecnologia do SENAI/Jaraguá do Sul, Cidade, ano. RESUMO Este projeto de automação industrial tem como objetivo alimentação automática por meio de um AGV em uma planta de manufatura industrial. A projeto eliminará os riscos ao operador causados pela movimentação de maquinários pesados dentro de uma célula manufaturada, além de aumento da produtividade e o rendimento da mesma. Para executar é proposta fez-se necessário criar um AGV que pudesse se locomover de maneira autônoma dentro de um circuito proposto, desviando de obstáculos e pessoas presentes no local. Ao final do projeto serão executados teste práticos para verificar a funcionalidade do projeto. Palavras-chave: AGV. Manufatura industrial. Automação industrial. LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE QUADROS E TABELAS Quadro 01 - xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 0 Quadro 02 - xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 0 Tabela 01 - xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 0 Tabela 02 - xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 0 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas TCC – Trabalho de Conclusão de Curso SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SUMÁRIO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 10 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 10 1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................... 10 1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 12 2.1 ROBÓTICA ...................................................................................................... 12 2.1.1 AGV ........................................................................................................... 12 AGV Rebocador ................................................................................................ 18 AGV Carregador ................................................................................................ 20 AGV Empilhadeira ............................................................................................ 21 2.2 MOTORES ....................................................................................................... 23 2.2.1 Princípio de funcionamento do motor CC ............................................. 23 2.2.2 Aspectos Construtivos ............................................................................ 26 2.2.3 Partes do Motor CC ................................................................................. 26 2.2.4 Servo motor .............................................................................................. 28 2.2.4.1 Como Funciona um Servomotor ......................................................... 28 2.2.4.2 Servomotor CC ...................................................................................... 29 2.3 MICROCONTROLADORES............................................................................. 29 2.3.1 Arquitetura de hardware ......................................................................... 32 2.3.2 Memória .................................................................................................... 33 2.3.3 Unidade central de processamento ....................................................... 37 2.3.4 Entradas e saídas .................................................................................... 39 2.3.5 Fabricantes ............................................................................................... 51 2.4 ARDUINO ........................................................................................................ 51 2.4.1 Tipos de placas Arduino ......................................................................... 52 2.4.2 Programação ............................................................................................ 54 2.5 SENSORES ..................................................................................................... 58 2.5.1 Sensores de posição eletromecânicos .................................................. 59 2.5.2 Sensores magnéticos .............................................................................. 61 2.5.3 Sensores Indutivos .................................................................................. 62 2.5.4 Sensores Capacitivos .............................................................................. 65 2.5.5 Sensores Ultrassônicos .......................................................................... 66 2.5.6 Encoders .................................................................................................. 68 2.6 PONTE H ......................................................................................................... 70 2.6.1 Módulos Driver motor com Ponte H ....................................................... 73 2.6.1.2 Entradas e saídas ................................................................................. 74 2.7 Transistores de Potência ........................................................................... 76 2.7.1 Transistor Bipolar de Potência ............................................................... 77 2.7.1.1 Princípio de Funcionamento ................................................................ 77 2.7.1.2 Curva Característica ............................................................................. 77 2.7.2 Transistor de Efeito de Campo de Junção (JFET) ................................ 78 2.7.2.1 Princípio de Funcionamento ................................................................ 79 2.7.3 Transistor de Efeito de Campo Metal-Óxido-Semicondutor (MOSFET) ............................................................................................................................ 80 2.7.3.1 Curva Características de Tensão-Corrente do MOSFET ................... 81 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 82 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 84 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 85 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 86 APÊNDICES ............................................................................................................. 87 ANEXOS ................................................................................................................... 88 10 1 INTRODUÇÃO A automação industrial possui diversos segmentos, sendo a robótica um dos destaques com grande crescimento. O uso da robótica no ambiente industrial se torna mais comum com o passar dos anos, devido à alta eficiência, confiabilidade, e adaptação a ambientes dinâmicos. Com a chegada da indústria 4.0, a automação industrial tomou um novo rumo com as IoT (internet das coisas), IA inteligência artificial, Big Data (Armazenamento de dados) e CPS (sistemas Cyber-Físicos) envolvendo aplicativos, e soluções mais inteligentes para controle e produção de ambientes industriais. O aumento da produtividade trouxe algumas preocupações na indústria relacionadas ao transporte de cargas e sua logística. A automação industrial tem como objetivo atender ambas as necessidades. Segundo a problemática, uma das soluções viáveis é desenvolver um AGV (Veiculo Auto Guiado), que atenderia perfeitamente as preocupações relacionadas aos processos produtivos e de segurança. A partir de processos de fabricação mecânica, desenvolvimento da lógica de funcionamento, montagem e adaptações eletrônicas, será fabricado o robô AGV. Para auxiliar no entendimento do projeto, abordaremos temas relacionados a automação industrial, como: mecânica, robótica, eletrônica e programação. 1.1 JUSTIFICATIVA Deve-se justificar a escolha do tema, a finalidade, relevância e foco do assunto. Apresentar elementos que comprovem a necessidade de estudar essa proposta e a contribuição que trará para a comunidade geral e acadêmica. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Desenvolver um robô AGV para atender a necessidade de uma planta de manufatura industrial, visando evitar acidentes com transporte de material na indústria. 11 1.2.2 Objetivos Específicos 1. Eliminar acidentes de trabalho envolvendo mão de obra humana; 2. Aumentar a capacidade produtiva de uma planta manufaturada. 3. Melhorar a logística interna da planta robotizada. 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para desenvolvimento do robô AGV, fez-se necessário os conhecimentos adquiridos no curso superior em automação industrial. Abordando os tópicos: Sistemas robotizados, projetos de automação I e II, configuração de redes industriais I e II, sistemas de controle, análise de sistemas, eletrônica analógica e digital, e acionamentos elétricos. O controle da movimentação se dará com o uso de motores acionados por drivers de potência, tendo como referência para posicionamento a leitura de sinais emitidos por sensores que serão processados pelo controlados. 2.1 ROBÓTICA O conceito de robô teve início na história quando as primeiras civilizações faziam referência a mecanismos que ganhavam vida, seu nome vem do termo “robota”, de origem tcheca, que significa trabalhador forçado, e foi usado pela primeira vez em uma peça teatral do autor tcheco Karel Carpek no início dos anos 20. Começando na civilização grega, os primeiros modelos a se parecerem com robôs encontrados eram figuras com aparência humana ou animal, que usavam sistemas de pesos e bombas pneumáticas para seu funcionamento, mas que não tinham nenhuma funcionalidade ou necessidade prática. Com a invenção do computador em 1940 foi possível a criação de verdadeiros robôs, e em 1956 foi criado o primeiro robô industrial do mundo, o Unimates, desenvolvido no início da década de 60, pela fábrica de robôs Unimation. 2.1.1 AGV Automated Guided Vehicle (AGV) são robôs móveis com dispositivos de transporte automático, ou seja, são plataformas mecânicas que possuem um sistema de locomoção capazes de navegar através de um determinado ambiente de trabalho, dotados de certo nível de autonomia para sua locomoção, portando cargas. Suas aplicações podem ser muito variadas e estão sempre relacionadas com tarefas que normalmente são arriscadas ou nocivas para a saúde humana, em áreas como a 13 agricultura, no transporte de cargas perigosas ou em tarefas de exploração solitárias ou cooperativas junto a outros veículos não tripulados. (NILSON, 2017) O conceito de autonomia não se relaciona apenas com questões energéticas, mas também se refere à capacidade de perceber, modelar, planejar e atuar para alcançar determinados objetivos, sem a intervenção (ou com uma intervenção muito pequena) do operador humano, já que o robô pode se locomover em ambientes estruturados ou não estruturados, total ou parcialmente conhecidos.( GONÇALVES, 1016) A denominação do robô móvel faz referência a essa capacidade para alcançar um ou vários objetivos com uma intervenção muito pequena de supervisores humanos, por outro lado, a denominação de veículo auto-guiado faz referência às estruturas móveis que só se limitam a seguir caminhos preestabelecidos como linhas pintadas no chão, bandas magnéticas, bandas refletoras.(NILSON, 2017) Figura 1: Robô AGV Fonte: cennoticias, 2018 Um dos grandes ganhos do AGV além de produtividade e controle é a segurança, este sistema tem uma velocidade contínua programada e é equipado de 14 sensores ópticos e ultra sônicos em todos os lados, o que os faz evitar colisões com seus obstáculos, desde operadores até outros veículos da fábrica, problemas estes que são rotineiros quando temos operadores conduzindo veículos em uma fábrica. (SOUZA,2013) Um AGV pode ter quantas rotas for necessário, basta que cada uma tenha um circuito que emita sinais diferentes de frequência e programá-lo de forma lógica, os principais benefícios na utilização de veículos guiados automaticamente estão na redução dos custos com mão de obra, maior flexibilidade no manuseamento e transporte dos materiais, melhor organização da programação do processo, melhor utilização do espaço disponível, maior segurança dos sistemas, aumento da produção e controle de inventários mais eficaz. (ROYER, 2013) Os robôs tipo AGV podem ter algumas opções de orientações para se guiarem dentro de um local de trabalho cada uma dessas orientações devem ser pensadas e utilizadas da melhor maneira possível, tanto para garantir funcionamento e produtividade do AGV, tanto para a parte de segurança dos produtos e pessoas que circulam pela fábrica. Orientação Óptica Segundo (MOVING FORWARD, 2018) Na orientação óptica sensores detectam uma faixa branca entre duas faixas pretas, podendo estas serem pintadas no piso ou até mesmo faixas adesivas fixadas no chão. Esta opção se caracteriza por ser a de mais baixo custo dentre as outras e é recomendada para áreas com pouca circulação de empilhadeiras ou áreas exclusivas para tráfego de AGVs. Neste modelo basta ter os sensores e faixas, não são necessários outros componentes adicionais. Figura 2: Orientação óptica para AGV 15 Fonte: DTA,, 2018 Apesar do baixo custo e de poucos materias a serem utilizados, a orientação óptica apresenta grande confiabilidade em seu funcionamento, operando de modo segura e exato, requer pouca manutenção e tem seu funcionamento relativamente simples, o que se torna extremamente viável para a indústria atual. Orientação indutiva Segundo (MOVING FORWARD, 2018) Nesta orientação, os sensores detectam uma faixa metálica no piso, podendo esta ser uma simples fita de metal ou até mesmo chapas com o recorte do percurso planejado. Esta aplicação não depende de equipamentos adjacentes para funcionamento. 16 Figura 3: AGV por orientação indutiva Fonte: Abakan, 2018 O direcionamento indutivo em trilhas com laços indutivos têm sido comprovado como altamente confiável. Os fios devem ser embutidos com cuidado, para que não se rompam e influenciam em como os metais sejam avistados sobre a trilha. A altura de montagem (Distância do sensor acima do nível do fio indutivo) deve ser a menor possível. Orientação Laser Segundo (MOVING FORWARD, 2018) para esta aplicação é utilizado um sensor laser fixo no AGV que se orienta através de pontos reflexivos, que são fixados 17 em pontos estratégicos como colunas e paredes. Por se tratar de um sistema com custo mais elevado que os outros, a utilização desta tecnologia é recomendada apenas para áreas de tráfego intenso onde não é possível fazer corte no piso. Figura 4: AGV com orientação a laser Fonte: agvs, 2018 Com a industrial da automação crescendo cada vez mais, a precisão nos movimentos de fábrica deverão ser mais precisos, por isso este tipo de aplicação para os robôs AGVs tem grande utilidade para o funcionamento ideal de uma fábrica com grande movimento de produto e pessoas. Orientação magnética Segundo (MOVING FORWARD, 2018) a guia magnética é utilizada quando não é possível dispor corretamente a divisão por igual dos refletores. A zona de manobra dos veículos nem sempre está livre pois é preciso empilhar várias unidades de carga que podem tapar parcial ou totalmente os refletores, grandes áreas abertas e zonas 18 de passagem ou áreas que não são completamente protegidas contra as intempéries. Neste caso a máquina AGV usa pequenos ímãs permanentes, denominados spots para se movimentar. Figura 5: AGV orientação magnética Fonte:Sick, 2018 Esta aplicação é pouca usada nas fábricas, por suas dificuldades de instalação no pátio e por sua aplicação ser muito específica para determinadas situações, limitando sua amplitude de instalação. AGV Rebocador 19 Similar ao transporte realizados pelos trens, os AGVs rebocadores são utilizados para o transporte de um ou mais "vagões", que em alguns casos podem ter estrutura de reforço sobre as rodas.As principais características destes AGVs são sistemas de locomoção com alta tração e restrição de raio das curvas do percurso para que seja possível o transporte de comboios. Muito popular na indústria automobilística os AGVs rebocadores têm como principal utilidade o transporte de Kits de peças das áreas de sequenciamento ou armazém até o ponto de uso nas linhas de produção. Desta forma a aplicação de AGVs rebocadores no abastecimento logístico das linhas de produção torna-se muito mais eficiente do que os sistemas convencionais que utilizam empilhadeiras para o transporte unitário das coletas até os pontos de uso. Figura 6: AGV rebocador Fonte: Sinova, 2018 Principais vantagens de um AGV rebocador: • Precisão e Segurança de funcionamento; • Previsibilidade dos AGVs, os percursos são sempre os mesmos; • Eliminação de operações que não agregam valor ao produto; • Padronização do processo; 20 • Possibilidade de trabalho 24 horas por dia; • Implementação simples e rápida de novos processos; • Redução do nível de ruídos em comparação à movimentação com rebocadores; • Redução de custos de operação em relação aos processos convencionais de transporte industrial; • Contribuição para preservação do meio ambiente, zero emissões de poluentes; AGV Carregador Estes AGVs têm como principal característica a possibilidade de circular em lugares com pouco espaço para manobras, pois são capazes de realizar curvas com raios muito pequenos ou até mesmo girar no próprio eixo. Para o AGV carregador realizar seu trabalho de transporte de uma carga ele deverá estar sobre uma base rolante ou um suporte tipo mesa, pois o AGV irá entrar sob a base rolante, levantar o suficiente para que nenhuma parte da carga ou da base encoste na superficie do piso para depois iniciar a movimentação. São utilizados para transportes de cargas unitárias, que podem ser uma simples caixa até um rack complexo. Figura 7: AGV Carregador 21 Fonte: Libermak, 2018 Com exemplos de aplicação que vão das indústrias até hospitais e lavanderias, o AGVs carregadores atendem as mais diversas necessidades de transporte, evitando que sejam necessários operadores de empilhadeiras por exemplo, diminuindo o gasto com mão de obra e evitando riscos de acidentes de trabalho. AGV Empilhadeira Ideais para substituição de paleteiras e empilhadeiras, o AGV Empilhadeira é capaz de transportar pallets e acomodá-los em porta-pallets nos mais diversos níveis de altura. O equipamento é muito versátil e possui fácil aplicação na indústria em geral, podendo simplesmente substituir atividades de uma empilhadeira manual como também realizar atividades de maior risco. Operam apenas como empilhadeiras, mas sem operadores, sendo os veículos de garfo os mais populares por serem mais flexíveis. Alguns veículos especiais são projetados para elevar cargas muito pesadas de até 8 toneladas tanto como veículos projetados para elevar até dois tipos de carga ao mesmo tempo. Figura 8: AGV tipo Empilhadeira 22 Fonte: Sinova, 2018 Não é difícil imaginar, no entanto, que trazer a empilhadeira autônoma para armazéns ou plantas industriais possa significar a substituição de capital humano por máquinas. Mas não é o que vem acontecendo, pelo menos não de forma geral. Algumas empresas passaram a gerenciar a transição de forma mais abrangente, proporcionando aos colaboradores o treinamento para outros tipos de trabalho, criando, assim, novas oportunidades. 23 2.2 MOTORES Para sabermos o tipo do motor, temos que analisar o seu tipo de alimentação. Motores CC são alimentados por corrente contínua, que ao ser aplicado ao motor tem por finalidade energizar os rolamentos no motor, produzindo pólos eletromagnéticos. Há algum tempo pessoas da área de engenharia elétrica desenvolvem equipamentos tentando substituir os motores CC, porém em algumas situações ainda compensa mais a utilização desse tipo de máquina. A principal aplicação está ligada ao controle de velocidade com necessidade exata de torque. 2.2.1 Princípio de funcionamento do motor CC Para demonstrar o funcionamento do motor CC, dividiremos ele em três componentes, que são bobina, campo magnético fixo e comutador. Podemos apontar quatro estágios para entender o funcionamento do motor CC, podendo também utilizar a regra da mão direita, a regra da mão direita para motores serve para determinar o sentido de rotação. Figura 9: Regra da mão direita (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011) Primeiro estágio: No primeiro estágio temos a bobina de uma espira posicionado em paralelo ao campo, sendo ela totalmente atingida pelo campo magnético. A bobina está sendo alimentada pelo comutador. Pelas leis do eletromagnetismo, essa espira percorrida por uma corrente elétrica produz outro campo magnético em torno da espira que causa uma reação da bobina dentro das linhas de força ao campo fixo. O dedo indicador aponta o sentido da corrente, o polegar a direção do movimento e os dedos restantes o sentido do fluxo 24 Figura 10: Primeiro Estágio (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011) Segundo estágio: No segundo estágio a bobina girou e está em uma posição em que e pouco atingida pelas linhas de força, por esse motivo não tem uma reação do campo fixo e a bobina, porém continuando a girar por motivos do estágio anterior, esperando o próximo estágio. Figura 11: Segundo Estágio (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011) Terceiro Estágio: No terceiro estágio há uma inversão da bobina, mas neste caso entrou o comutador. Sua função é manter a corrente circulando sempre em um sentido. O 25 comutador inverteu as pontas da bobina, fazendo com que o polo positivo fosse aplicado na extremidade superior como no estágio 1. Figura 12: Terceiro Estágio (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011) Quarto estágio: No quarto estágio temos uma posição intermediária. Esse estágio serve para analisarmos toda a ação que a bobina sofre com os campos. Figura 13: Quarto Estágio 26 (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011) 2.2.2 Aspectos Construtivos O motor de corrente contínua, é muito mais complexo que o de correntes alternada em termos de manutenção, exige um conhecimento e habilidade mais eficiente. Sua eficiência em controles de velocidade, onde a exatidão é um fato importante, em alguns casos não tem um substituto tão eficiente. Porém os sistemas de controle de velocidade e o próprio motor CC, devem ter uma manutenção específica, pois o desgaste de algumas peças pertencentes ao motor e a saturação de alguns componentes eletrônicos são evidentes. 2.2.3 Partes do Motor CC · Estator: É o nome dado a parte fixa do motor, que pode conter um ou mais enrolamentos por polo, todos prontos para receber corrente contínua e produzir o campo magnético fixo. Cada enrolamento por polo no estator pode conter um enrolamento paralelo, construído com fio de menor secção. No interior do enrolamento, encontramos enrolamento campo serie, construído com fio de maior secção e poucas espiras Figura 14: Estator 27 (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011) · Armadura: É um rotor bobinado cujas bobinas também recebem corrente contínua e produzem campo magnético Figura 15: Armadura (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011 · Comutador: Garante que sentido da corrente que circula nas bobinas seja sempre o mesmo, garantindo a repulsão continua entre os campos do estator e do rotor, o que mantém o motor girando. 28 Figura 16: Comutador (Fonte: Máquinas elétricas - Geraldo Carvalho, 2011) 2.2.4 Servo motor Servo motores basicamente é um motor comum com controlador e encoder acoplado, tendo tanto em CA quanto em CC. Se aprofundando no que seria um servo motor, ele é um atuador rotativo ou linear, podendo garantir com precisão de controle e velocidade em aplicações de malha fechada, sendo projetado com um diâmetro menor e um rotor mais comprido, se diferenciando dos motores convencionais. 2.2.4.1 Como Funciona um Servomotor Trabalhando com o servo-mecanismo usando um feedback para controlar a velocidade e a posição final. Um servo motor combina motor com um circuito de realimentação, um controlador e outros circuitos complementares. Ele usa um codificador ou um encoder que tem a função de fornecer o feedback de velocidade e posição. O sinal de realimentação é comparado com a posição de comando de entrada (posição desejada) e produz o sinal de erro (caso houver diferença). O sinal de erro disponível na saída não é suficiente para acionar o motor. Assim, o erro alimenta um servo amplificador que eleva a tensão e o nível de potência do sinal de erro e então gira o eixo. Figura 17: Imagem do Servomotor 29 (Fonte: Desconhecido) 2.2.4.2 Servomotor CC Um servo CC é um formado por quatro componentes principais: motor de corrente contínua, um dispositivo de detecção de posição, um conjunto de engrenagens e um circuito de controle. No servomotor, uma tensão CC é ajustada conforme desejada na saída. Esta tensão pode ser aplicada utilizando um potenciômetro, Em alguns circuitos, é utilizado um impulso de controle para produzir essa tensão de referência correspondente à posição ou velocidade desejada do motor que é aplicada a um conversor de largura de pulso (PWM). No controle digital, microprocessador ou microcontrolador são utilizados para gerar os pulsos de PWM para produzir sinais de controle mais precisos. 2.3 MICROCONTROLADORES Um microcontrolador é circuito integrado, formado por componentes discretos unidos dentro de um pastilha de plastico. Esta estrutura forma um componente com 30 possibilidade de programação e com diversas funções como demonstrado na figura abaixo. Figura 18: Composição do microcontrolador Fonte: O Autor, 2018 O primeiro microcontrolador foi lançado pela empresa Intel em 1977 e recebeu a sigla “8048”. Com a sua posterior evolução, deu origem à família “8051”. Esse chip é programado em linguagem Assembly e possui um poderoso conjunto de instruções. Os microcontroladores (MCU) são pastilhas de plástico como terminais metálicos, onde estão localizados milhares de transistores que a partir de suas combinações formam blocos de instruções que se combinam e formam um microcomputador, sendo assim aplicado em aparelhos domésticos como: TVs, DVDs, máquinas de lavar, etc. Figura 17: Microcontrolador vs Microprocessador 31 Fonte: O autor, 2018 Segundo (SOUZA, 2007) a principal diferença entre microcontrolador e um microprocessador está relacionado a memórias internas, podendo executar tarefas sem depender de componentes externos. Para que um microprocessador opere é necessário periféricos como (memórias, controladores, etc). A desvantagem é que por possuir todos os componentes necessários para executar a tarefa o mesmo trabalha em faixas de frequências com cerca de alguns MHz, enquanto seu concorrente em GHz. (SOUZA, 2007, p1) Microprocessor : ● CPU, RAM, ROM, Timers ficam separados; ● Expansivos; ● Versatilidade; ● Proposta Geral; Microcontrolador: ● CPU, RAM, ROM, Timres ficam em um mesmo chip; ● Para aplicações em que o custo, energia e espaço são críticos; 32 2.3.1 Arquitetura de hardware A estrutura dos blocos internos do microcontrolador define a maneira que o mesmo realizará troca de dados com o meio externo e o tráfego interno, podendo seguir dois padrões: Havard e Von Neumann. 2.3.1.1 Arquitetura Von Neumann A arquitetura Von Neumann executa apenas uma ação por vez devido a estrutura de interna de seus blocos. A arquitetura é composta por três grandes sistemas de hardware: sistema central de processamento, sistema de memória e sistema de entrada/saída. Figura 19: Arquitetura Von Neumann Fonte: Elaine Cecília Gatto, 2016 A arquitetura tem a capacidade de executar instruções sequencialmente e possui apenas um caminho de dados entre a UCP e a memória principal, o que é chamado de Gargalo de von Neumann. Atualmente, é claro, isso não existe mais e sofreu uma grande evolução (Embarcados.com.br, 2016) 33 2.3.1.2 Arquitetura Havard A Arquitetura de Harvard baseia-se em um conceito mais recente que a de Von- Neumann, tendo em vista a maior velocidade de processamento dos microcontroladores. É uma arquitetura de computador que se distingue das outras por possuir duas memórias diferentes e independentes em termos de barramento e ligação ao processador. (Diego Macedo, 2012) Baseia-se na separação de barramentos de dados das memórias onde estão as instruções de programa e das memórias de dados, permitindo que um processador possa acessar as duas simultaneamente, obtendo um desempenho melhor do que a da Arquitetura de von Neumann, podendo buscar uma nova instrução enquanto executa outra. Figura 20: Arquitetura Havard Fonte: Diego Macedo, 2012 A principal vantagem desta arquitetura é dada pela dupla ligação às memórias de dados e programa (código), permitindo assim que o processador leia uma instrução ao mesmo tempo que faz um acesso à memória de dados. 2.3.2 Memória O microcontrolador assim como muitos outros componentes necessita de uma memória interna para saber como, quando, e onde operar no processo. Para cada tipo de ação existe um tipo de memória, por exemplo: ler o código gravado pelo programador ou mesmo ler uma entrada física e armazenar seu valor por tempo indeterminado. (Newton C. Braga, 1986). 34 2.3.2.1 Voláteis Uma memória volátil é caracterizada por perder o dado armazenada após a desenergização do componente, consequentemente ao religar, o mesmo terá sua memória zerada ou limpa. Um exemplo é um circuito flip-flop, que altera o estado de suas saídas de acordo com sua entrada, porém após perder alimentação o mesmo reinicia sempre no mesmo estado lógico, independente do dado escrito antes do desligamento. (Newton C. Braga, 1986). Figura 21: Flip-Flop RS Fonte: O Autor, 2018. Alguns dos tipos de memória que se encaixam neste grupo é a memória RAM (Random Acess Memory), memória de acesso aleatório, que armazena os dados enquanto o dispositivo estiver energizado. Ao executar o código as informações são lidas da mesma e utilizadas para a lógica do programa. 2.3.2.1.1 EPROM EPROMs (Erasable Programmable Read Only Memory), memória de apenas leitura programável apagável, que pode ser escrita com nível de tensão aplicável em seus terminais de gravação e apagada por uma luz ultravioleta incidida sobre uma janela disponível na parte superior do chip. 35 Figura 22: CI EPROM Fonte: ebay, 2018. Porém, ao incidir a luz em sua janela toda a programação é perdida, não podendo apenas ser corrigida. (Newton C. Braga, 1986) 2.3.2.1.2 EEPROM EEPROMs (Electrically-Erasable Programmable Read-Only Memory), memória de somente leitura programável eletricamente, podem ser gravadas e apagadas por impulsos elétricos, com a vantagem de poder selecionar o dados a ser apagado e reescrito. Figura 23: CI EEPROM 36 Fonte: SparkFun, 2018. Atualmente todos os microcontroladores possuem a tecnologia de memória EEPROM incorporada internamente, independente do fabricante. (Newton C. Braga, 1986) 2.3.2.2 Não-Voláteis As memórias não voláteis tem como principal característica a não alteração permanente do código gravado na mesma. A memória volátil mais conhecida é ROM, servindo de base para algumas derivações. (Newton C. Braga, 1986) 2.3.2.2.1 ROM ROM (Read Only Memory), memória de apenas leitura, normalmente utilizada para gravar informações de funcionalidade dos microcontroladores, como por exemplo: Interpretação da linguagem de programação e comandos, ou mesmo sequencia de leitura do código. (Newton C. Braga, 1986) 2.3.2.2.2 PROM Outro exemplo de memórias não voláteis são PROMs (Programmable Read Only Memory), que são memórias de somente leitura que podem ser escritas pelo usuário, porém podendo apenas ser escrita uma vez. (Newton C. Braga, 1986) 37 Figura 24: Memória PROM Fonte: Newton C. Braga, 1986 Para exemplificar verificar a imagem acima composta por uma matriz de fusíveis, onde cada um deles equivale a um bit, sendo 0 intacto e 1 rompido. A partir do momento em que ele se rompe é impossível religá-lo, devido a isso é necessário cuidado ao gravá-lo. 2.3.3 Unidade central de processamento A CPU (Central processing unit) unidade central de processamento, processa as instruções contidas na programação, sendo divida entre: ● Unidade de controle (UC); ● Unidade lógica aritmética (ALU); ● Decodificador de instruções; ● Registradores; 38 ● Aumuladores ● Unidades de entrada e saída (E/S); Figura 25: CPU Fonte: O Autor, 2018 A CPU envia e recebe dados do meio externo, os mesmos são acumulados e registrados de acordo com a chegado ou nível preferência pelas interrupções. Logo após são decodificadas e processadas de acordo com o objetivo do programa, ao finalizar a execução os dados são endereçados para os locais adequados descritos na programação do chip. Figura 26: Organização interna do microcontrolador Fonte: O autor, 2018 39 Adotando a arquitetura Havard para microcontrolador a CPU pode acessar os dados externos e as memórias para executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. Estes dados são processados pela CPU em cada uma de suas unidades. 2.3.4 Entradas e saídas Entradas e saídas estão presentes em todos os microcontroladores, sendo eles o meio de interação com o ambiente. Também chamadas de I/Os (Input/Output), podem ser digitais, analógicas ou mesmo com a função de modulação na largura de pulso (PWM). 2.3.4.1 Entradas digitais Segundo (vidadesilicio.com.br, 2017) Para ler ou escrever um dado em um pino de um MCU é necessário armazená-los em um registrador. Ao chamar as funções de entrada e saída fornecidas pela biblioteca padrão do Arduino o que fazemos é nada mais que modificar tais registradores. Os registradores do microcontrolador placa UNO, Atmega382p utilizado como exemplo, possui registradores de 8 bits. As I/Os são divididas em PORTs e o MCU 328p possui 3 deles, como visto na figura abaixo. Figura 27: Separação de PORTs Atmega328p 40 Fonte: (vidadesilício.com.br, 2017) Cada PORT possui 3 registradores com diferentes funções: 2.3.4.1.1 DDR Os registradores do tipo DDR (Data Direction Register) são responsáveis por definir se os pinos de um determinado PORT serão entrada ou saída. Cada bit do registrador DDR controla o estado do respectivo pino. Por exemplo: O bit 1 do registrador DDRB (DDB1) controlará o estado do pino PB1 e consequentemente o pino D9 do Arduino Uno como demonstrado abaixo. Figura 28: Registrador DDRB Fonte: (vidadesilício.com.br, 2017) 41 Segundo (vidadesilicio.com.br. 2017) para utilizar um pino como saída devemos setar o bit respectivo do registrador para 1 e quando utiliza-lo como entrada para 0, como demonstrado no exemplo abaixo: /* Equivalente: pinMode(9,OUTPUT); pinMode(9,INPUT); */ DDRB |= (1 << DDB1); DDRB &= ~(1 << DDB1); 2.3.4.1.2 PORT Os registradores do tipo PORT são encarregão por determinar se um pino está definido como alto (HIGH) ou baixo (LOW). Figura 29: Registrador PORT Fonte: (vidadesilício.com.br, 2017) Segundo (vidadesilicio.com.br. 2017) Para configurar um pino com nível alto devemos incrementar seu respectivo bit do registrador PORT como 1 e do contrário para 0. /* Equivalente: pinMode(9,OUTPUT); digitalWrite(9,LOW); */ DDRB |= (1 << DDB1); PORTB &= ~(1 << PORTB1); Outro exemplo: 42 /* Equivalente: digitalWrite(8,HIGH); digitalWrite(9,HIGH); digitalWrite(10,HIGH); digitalWrite(11,HIGH); digitalWrite(12,HIGH); digitalWrite(13,HIGH); */ PORTB = 0xFF; (vidadesilício.com.br, 2017) 2.3.4.1.3 PIN Os registradores do tipo PIN são responsáveis por armazenar o valor ou estado lógico de um pino. Figura 30: Registrador PIN Fonte: (vidadesilício.com.br, 2017) /* Equivalente: pinMode(9,INPUT); digitalWrite(9,HIGH); //Nesse contexto, ativa o pull-up interno. bool x = digitalRead(9); */ DDRB &= ~(1 << DDB1); PORTB |= (1 << PORTB1); bool x = (PINB & (1 << PINB1)); (vidadesilício.com.br, 2017) 2.3.4.2 Entradas Analógicas O mundo é formado é praticamente formado por grandezas analógicas, como: pressão, temperatura e posição. Estes sinais possuem amplitudes que variam entre 43 os valores dos sinais digitais 0 e 1 ou 0 e 5V por exemplo. (Arduinoportugal.com.pt, 2017) 2.3.4.2.1 Conversor AD O conversor Analógico/Digital (AD), utiliza um processamento de sinal digital para ler um sinal analógico. Um exemplo é uma rampa, que possui seus valores máximos e mínimos, valores digitais. Porém em algum momento fez-se necessária a leitura de um valor entre os extremos, podemos separá-la em degraus para facilitar a leitura, como visto na figura abaixo: Figura 31: Representação de rampa analógica Fonte: (Arduinoportugal.com.pt, 2017) Um sinal digital possui apenas dois valores, supondo que a altura da escada seja de dois metros, o nível lógico 0 indica 0 metros e nível lógico 1, 2 metros. Se dividirmos essa rampa em degraus saberemos a altura com base nos mesmo, obviamente, quanto mais degraus, mais precisa será a leitura. Normalmente os microcontroladores possuem incorporada uma entrada analógica de no mínimo 8 bits, ou seja, 256 posições possíveis de um sinal. (Arduinoportugal.com.pt, 2017) 2.3.4.3 Saída PWM Um sinal PWM é baseado na característica de modulação da largura de pulso, utilizado para controle de cargas onde o sinal digital não atende. Por exemplo: controle de luminosidade de um LED ou chaveamento para controle de velocidade de um motor. Figura 32: Sinal PWM 44 Fonte: (CitiSystems.com.br, 2018) O sinal PWM é definido pelo ajuste do tempo em que saída permanece em nível alto, 1, que pode variar de 0 a 100%. A modulação de varia a tensão média aplicada a uma carga diretamente proporcional a porcentagem de variação do sinal. Figura 33: Duty Cicle Fonte: (Citisystems.com.br, 2018) Como a imagem apresentada acima o sinal PWM possui um pulso em nível alto de 50% de seu ciclo. A partir disto podemos dizer que a tensão média deste sinal é de metade de sua amplitude máxima. Para identificar essas relações os seguintes conceitos são importantes: 45 ● Ciclo ou Período – o intervalo de tempo entre a subida de um pulso (dado em segundos); ● Frequência – a taxa de bordas de subida de um pulso (dado em Hz ou ciclos por segundo). É simplesmente o inverso do período; ● Taxa de Ciclo – tempo no período em que o pulso está ativo ou alto, dividido pelo tempo de ciclo (é dado em porcentagem do período completo) (CitySystems.com.br, 2018) Conhecida também como saída analógica, a saída PWM pode “simular” uma saída analógica já que varia a tensão média do sinal. A taxa de variação desse sinal depende da resolução do microcontrolador assim como a entrada analógica. Normalmente as saídas PWM possuem no mínimo uma resolução de 8 bits, ou seja, o sinal pode ter valores divididos em 256 posições em função do sinal máximo da saída. Se utilizarmos um sinal de 5V, teremos: Vmédia: 5/255 = 19,6mV por bit. O valor é divido por 255 pois o 0 também é uma posição. (CitySystems.com.br, 2018) 2.3.4.4 Protocolos de comunicação Existem diversos protocolos de comunicação aplicados na troca de dados entre dispositivos, alguns deles são: I²C, UART e SPI. Existem dois formatos de protocolos, sendo, serial e paralela. A comunicação serial envia ou recebe pacotes de dados em sequência, permitindo menor número de conexões físicas. Já a comunicação paralela troca dados por condutor, ou seja, por ler mais de um infomação ao mesmo tempo, aumentando a velocidade de comunicação. (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.1 Características 46 As características de comunicação variam de acordo com o protocolo utilizado e definem a escolha para cada projeto. 2.3.4.4.1.1 Taxa de comunicação Representada em (bps) bits por segundo, expressa a velocidade de comunicação de qualquer protocolo. Por exemplo: uma comunicação assíncrona com 9600 bps envia um bit em 0.0001s. Esta taxa assume diferentes nomes dependendo da comunicação, como em comunicações síncronas que é chamada de "clock" ou em comunicações assíncronas que é conhecida como "Baud Rate". (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.1.2 Métodos Os métodos de comunicação definem se a comunicação será síncrona ou assíncrona. Para a comunicação síncrona a troca de dados depende de um sinal de clock que está interligado com os dispositivos que irão enviar e receber o sinal, tornando a troca mais rápida, porém com um condutor a mais. Figura 34: Comunicação síncrona Fonte: (RoboCore.com.br, 2018) Já a comunicação assíncrona, não necessita de um sinal de clock, diminuindo o número de condutores. (RoboCore.com.br, 2018) 47 Figura 35: Comunicação assíncrona Fonte:(RoboCore.com.br, 2018) Como este método não utiliza um clock de sincronização entre os dispositivos a mesma está suscetível a erros. Para evitar erros de comunicação é necessário utilizar a mesma taxa de comunicação. (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.1.3 Sentido de Transmissão Full-duplex: nesta configuração o dispositivo pode transmitir e receber dados ao mesmo tempo. Half-duplex: O dispositivo que comunica dessa forma pode enviar ou receber mas não executa essas funções simultaneamente. Simplex: Se trata de dispositivos que sua comunicação é unidirecional, ou seja, apenas efetua o envio ou recebimento. (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.1.4 Tensão do protocolo É a tensão que os protocolos identificam os níveis lógicos alto e baixo. (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.2 Terminologia A terminologia é a conexão física dos componentes. 48 RX/TX: RX é o termo usado para representar o pino receptor de uma comunicação serial e TX representa o transmissor. O TX deve ser ligado no RX, ou seja, transmissor enviando para o receptor, e vice-versa. Nível lógico: São os estados que um bit pode assumir, nível alto ou nível baixo. Os níveis lógicos são interpretados pelos protocolos baseados nas tensões que recebe. Por exemplo o protocolo TTL considera de 2V a 5V nível lógico alto (bit 1) e de 0V a 0,8V nível lógico baixo (bit 0). (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.3 Protocolos Os protocolos de comunicação são os meios pelos quais os dados serão trocados, podendo alterar a complexidade, taxa de comunicação e sentido de transmissão. 2.3.4.4.3.1 UART Um protocolo simples e full-duplex é a UART (Universal asynchronous receiver/transmitter) ou seja, recepção e transmissão assíncrona universal. este protocolo é utilizado principalmente configuração chamada de RS232 que possui um conector DB9, e pode conter mais conexões para verificar e sinal. Como a comunicação é assíncrona, não necessita de clock, devido a isso utiliza apenas 2 pinos para comunicação. Figura 36: Protocolo UART Fonte: (Newtoncbraga.com.br, 2018) Normalmente esse protocolo é utilizado para converter uma comunicação paralela em serial. O próprio arduino utiliza essa configuração para comunicação com 49 o computador, recebendo o sketch por uma conexão USB e convertendo-o para UART. (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.3.2 I²C Protocolo I²C (Inter Integrated Circuit) geralmente utilizado para comunicação entre dois dispositivos microcontrolados, por exemplo: uma troca de dados entre dois Arduinos. Ligação: este protocolo utiliza apenas dois pinos, SDA que é o sinal de dados e SCL o clock. Com isso é possível concluir que este protocolo é half-duplex, pois contém apenas um pino para envio de dados, e síncrono, pois usa um pino de clock. Figura 37: Protocolo I²C Fonte: (RoboCore.com.br, 2018) Possibilita mais de um mestre nas mesmas conexões, e para enviar a informação o mestre informa aos escravos uma condição de “start”. Nesta situação o pino SCL deve estar em nível alto e o pino SDA em nível baixo. Ao atingir estes estados os escravos estão prontos para receber e executar as funções recebidas pela comunicação. Após o termino da mensagem é necessário enviar uma condição de parada por um bit “stop”. (RoboCore.com.br, 2018) 50 2.3.4.4.3.3 SPI O protocolo de comunicação SPI (Serial Peripheral Interface), possuindo boa taxa de comunicação, sem limites de escravos na rede e configuração full-duplex. Figura 38: Protocolo SPI Fonte:(RoboCore.com.br, 2018) Para comunicação este protocolo utiliza no mínimo 4 terminais para conexão. o pino SCK gera um clock de sincronização para transmissão e recepção dos dados. O pino MOSI envia os dados aos escravos e o pino MISO retorna os dados ao mestre. o pino SS define o endereço quais escravos receberam a mensagem. (RoboCore.com.br, 2018) 2.3.4.4.3.4 Comparação entre protocolos Por cada protocolo possui suas características específicas a escolha fica por conta de cada projeto. na figura abaixo observamos as principais características que afetam na escolha do protocolo de comunicação. Figura 39: Características de protocolos 51 Fonte: Embarcados.com.br, 2014 Normalmente os microcontroladores já possuem todos este protocolos incorporados em seu hardware, caso não estejam disponíveis é possível implementá- los por meio de componentes externos que convertem protocolos. (Embarcados.com.br, 2014) 2.3.5 Fabricantes O primeiro microcontrolador foi criado pela empresa Intel, porém esta tecnologia por explorada por outras inúmeras empresas de tecnologia, as mais conhecidas são: ● Intel; ● Microchip; ● Atmel ● Zilog; ● Motorola; ● Texas Instruments; ● Freescale; ● Kinets; Cada fabricante possui suas próprias características em seus produtos, podendo variar de número de I/O, tamanho, comunicação, linguagem de programação e preço. (Newton C. Braga, 1986) 2.4 ARDUINO 52 O arduino foi o primeiro hardware com código aberto criado para construir uma comunidade capaz de espalhar a ferramenta e utilizar a contribuição de milhares de pessoas que ajudaram a construir o código, criar exemplos e tutoriais para dar suporte aos iniciantes. Somos eternamente gratos por sermos apoiados por uma comunidade tão incrível. Desde a fundação do projeto Arduino, muitas novas placas de desenvolvimento e bibliotecas de software foram introduzidas, ampliando o leque de possibilidades disponíveis para a comunidade. Hoje, mais de uma década depois, o Arduino continua a fornecer hardware e software de código aberto para dar vida a novas ideias. A abertura e facilidade de uso do projeto levou à adoção em massa de projetos eletrônicos baseados em microcontroladores e foi um catalisador na criação do Movimento Maker. O Arduino se tornou a escolha número um para os fabricantes de eletrônicos, especialmente para o desenvolvimento de soluções para o mercado de IoT , que se prevê que se torne um mercado de US $ 6 trilhões até 2021. (Arduino cc, 2014) O Arduino é uma placa de programação que tem como objetivo despertar a criatividade para projetos utilizando microcontroladores. A suas principais características são a versatilidade e facilidade de programação e montagem de pequenos e médios projetos. A placa se baseia em um microcontrolador e contém bornes de conexão rápida para suas I/O’s, além de fonte de alimentação e comunicação. (Arduino cc, 2018) 2.4.1 Tipos de placas Arduino Possuindo diversos modelos que possuem características próprias podendo influenciar na escolha de acordo com o projeto. As diferenças entre os modelos são: Tamanho, número de I/O’s, memória, velocidade de processamento, e conjunto de módulos internos, por exemplo, leitura de sinal analógico. (FilipeFlop.com, 2014) 2.4.1.1 Arduino Uno 53 A placa Arduino mais utilizada pelos hobistas e iniciantes é o modelo UNO. Possui um bom número de I/O, e ótima compatibilidade com os shields disponíveis no mercado. Utiliza o microcontrolador ATmega328P, com 4 portas digitais, sendo que 6 delas podem ser usadas como saídas PWM, e 6 portas analógicas. Sua alimentação é incorporada na placa e pode ser feita por meio do próprio cabo de comunicação facilitando ainda mais sua utilização. (FilipeFlop.com, 2014) Figura 40: Arduino UNO Fonte: (FilipeFlop.com, 2014) Como o microcontrolador utilizado neste Hardware é fixado por soquete o mesmo pode ser substituído facilmente ou mesmo retirado para ser utilizado em um placa dedicada a uma determinada aplicação. Além de disso, a placa pode ser utilizada como um gravador para outros MCU da mesma linha do 328P. (FilipeFlop.com, 2014) Figura 41: Características das placas Arduino 54 Fonte: (FilipeFlop.com, 2014) A partir das informações do projeto, escolhe-se o Arduino que melhor atenderá a necessidade. 2.4.2 Programação Um programa de computador, ou software, é uma sequência lógica de instruções enviadas para o computador. Cada tipo de microprocessador entende um conjunto de instruções diferente, ou seja, possui sua própria linguagem. Que nomeamos como linguagem de máquina. A linguagem de máquina é a única informação processadores conseguem entender, porém extremamente complexas para os seres humanos entenderem. Devido a isso utilizamos uma linguagem de programação. No caso de sistemas como o Arduino (os chamados sistemas embarcados), o software que roda no microprocessador é também chamado de firmware. (Circuitar.com, 2018) 55 2.4.2.1 Linguagem de programação Nós seres humanos precisamos converter as nossas idéias para uma forma que os computadores consigam processar, ou seja, a linguagem de máquina. Os computadores de hoje (ainda) não conseguem entender a linguagem natural que nós usamos no dia a dia, então precisamos de um outro "idioma" especial para instruir o computador a fazer as tarefas que desejamos. Esse "idioma" é uma linguagem de programação, e na verdade existem muitas delas. (Circuitar.com.br, 2018) As linguagens de programação por mais que facilitem a programação possuem vários níveis que dependem da linguagem escolhida. No inicio da programação a linguagem mais utilizada era o ASSEMBLY que manipulava diretamente os dados dos barramentos, armazenava-os em acumuladores e muito mais. Porém, esta linguagem caiu em desuso, devido a alta complexidade, sendo substituída principalmente pela linguagem C, utilizada na placa Arduino. Para converter um programa escrito em uma linguagem de alto nível para linguagem de máquina, nós utilizamos uma coisa chamada compilador. A ação de converter um programa para linguagem de máquina é chamada compilar. Para compilar um programa, normalmente se utiliza um ambiente de desenvolvimento (ou IDE, do inglês Integrated Development Environment), que consiste em um aplicativo de computador que possui um compilador integrado, onde o programa é compilado. No caso do Arduino, esse ambiente de desenvolvimento é o Arduino IDE. (Circuitar.com.br, 2018) 2.4.2.2 Algoritmo Um algoritmo é a forma de dizer a máquina quando, como e oque executar, porém escrito de uma forma que os humanos entendam. Escritos em linguagem de alto nível os algoritmos são os programas que são executados pelos microcontroladores, conhecido pela família arduino como Sketch. 56 Um programa possui comandos que são descritos em um arquivo de texto em linguagens escritas como a do Arduino. Esses programas possuem comandos prontos, como por exemplo o Blink que altera o estado da saída de forma direta, como visto na figura abaixo. Figura 42: Comandos de programa Fonte: Circuitar.com.br, 2018 O sketch do Arduino é visualmente agradável e fácil de se utilizar já que possui uma interface que diferencia os comandos por cores, além da organização por tabulação das linhas do programa. (Circuitar.com.br, 2018) 2.4.2.3 Variável Uma variável é um recurso utilizado para armazenar um dado dentro de um programa. Como todos os processadores possuem uma memória, a variável pode fazer uso da mesma para armazenar uma informação, podendo ser um número, caractere ou até textos. Para podermos usar uma variável em um programa Arduino, precisaremos fazer uma declaração de variável, como por exemplo: int led; 57 Onde temos uma variável como nome “led” que possui um tamanho que será especificado nos tipos de dados. 2.4.2.4 Tipos de dados O tipo de dado de uma variável significa, o tipo de informação que se pode armazenar naquela variável. Em muitas linguagens de programação, como C++, é obrigatório definir o tipo de dado no momento da declaração da variável. No caso dos módulos Arduino que usam processador ATmega, os tipos mais comuns de dados que utilizamos são: ● bool: valor verdadeiro (true) ou falso (false) ● char: um caractere ● byte: um byte, ou sequência de 8 bits ● int: número inteiro de 16 bits com sinal (-32768 a 32767) ● unsigned int: número inteiro de 16 bits sem sinal (0 a 65535) ● long: número inteiro de 16 bits com sinal (-2147483648 a 2147483647) ● unsigned long: número inteiro de 16 bits sem sinal (0 a 4294967295) ● float: número real de precisão simples (ponto flutuante) ● double: número real de precisão dupla (ponto flutuante) ● string: sequência de caracteres ● void: tipo vazio (não tem tipo) (Circuitar.com.br, 2018) 2.4.2.5 Atribuição Para utilizarmos determinado pino do Arduino precisamos atribuí-lo a uma variável e indicar qual o pino e a qual variável estará conectado, como o exemplo abaixo: int led = 13; 58 O objetivo do código é informar ao MCU que o pino 13 da placa será utilizado para acionar o LED, neste caso, atribuiu-se uma constante. (Circuitar.com.br, 2018) 2.4.2.6 Operador Cada linguagem de programação possui um conjunto de operadores diferente. Alguns dos operadores mais comuns na linguagem C são: ● Operadores aritméticos: ○ +: adição ○ -: subtração ○ *: multiplicação ○ /: divisão ● Operadores lógicos: ○ &&: conjunção ○ ||: disjunção ○ ==: igualdade ○ !=: desigualdade ○ !: negação ○ >: "maior que" ○ <: "menor que" ○ >=: "maior ou igual a" ○ <=: "menor ou igual a" ● Operadores de atribuição: ○ =: atribui um valor a uma variável, como vimos acima. 2.5 SENSORES Os sensores são os componentes mais utilizados no mundo da eletroeletrônica. Eles estão presentes no dia a dia nas mais variadas situações (carros, elevadores, portas automáticas, eletrodomésticos etc.). Esses dispositivos também constituem toda a base da automação, seja ela industrial, predial (doméstica) ou comercial 59 (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). Sensores trabalham com medidas de grandezas físicas, como: temperatura, pressão, presença, umidade, intensidade luminosa, entre outros. As grandezas medidas pelos sensores são combinadas a fim de obter informações sobre o meio físico, onde estão presentes. Em geral os sensores atuam transformando partes de uma grandeza física normalmente em um sinal elétrico, que por sua vez pode ser interpretado por certos equipamentos eletrônicos (BORGES & DORES, 2010). Em outras palavras, sensores são componentes eletrônicos que permitem que um equipamento eletrônico possa interagir com o mundo. Segundo (BORGES & DORES, 2010), os sensores quando operam de forma direta, transformando uma forma de energia em outra são chamados de transdutores. Os sensores onde as operações ocorrem de forma indireta alteram suas propriedades, como a resistência, capacitância ou indutância, sob a ação da grandeza de forma que essa alteração ocorre mais ou menos proporcional. Os mais diversos sensores são classificados como : ● Sensores de posição eletromecânicos; ● Sensores magnéticos; ● Sensores Indutivos e/ou proximidade; ● Sensores Capacitivos; ● Sensores infravermelhos; ● Sensores ultrassônicos; ● Encoders; 2.5.1 Sensores de posição eletromecânicos Suas partes internas podem ser vistas na seguinte figura : Figura 43 : Sensor Eletromecânico 60 Fonte: SaladaEletrica, 2018. De acordo com o livro (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). Em média, a vida útil destes componentes duram até 10 milhões de manobras, dependendo é claro, das condições de uso (corrente e tensão de operação, e velocidade). Geralmente esse sensor oferece, no mínimo, um contato normalmente aberto (NA) e um contato normalmente fechado (NF). A característica como um ponto forte desse dispositivo é a robustez tanto elétrica como mecânica, entretanto não é indicado para operações que exijam tempos de resposta inferiores a 1ms (Milisegundos). Seu funcionamento é bem simples. Uma alavanca aciona o cilindro que está conectado ao contato móvel. Ele fecha ou abre o circuito. Três “molas” estão no processo: a mola de compressão mecânica da alavanca, a mola de compressão do cilindro acionador e a mola da pressão dos contatos. A fim de facilitar o acionamento, um pequeno rolo pressor faz parte da alavanca principal. Várias ligas metálicas são utilizadas nos contatos, cada uma favorável a um tipo específico de aplicação, estabelecido pelo fabricante. Entre elas temos: ● Ouro e níquel; ● Ouro e prata; ● Prata e cádmium; ● Prata e paládio; ● Prata e níquel. 61 2.5.2 Sensores magnéticos Os sensores magnéticos são largamente utilizados nas mais diversas áreas, desde alarmes, até em chão de fábrica em segurança e acionamentos de eixos de máquinas (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). Seu princípio de funcionamento é muito simples. Geralmente um único contato normalmente aberto (NA) pode ser ativado por um campo magnético produzido por um imã. A figura 44 mostra a estrutura interna de um componente desse tipo, em que o LED indicador de estado permite a visualização de on ou off de modo rápido (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). Figura 44 : Sensor Magnético Fonte: Leomar, 2018. Há uma grande variedade de aplicações dos sensores magnéticos. Entre elas podemos citar medida de velocidade de rotação em eixos, sistemas de contagem, sensores de portas, posição de peças etc. Alguns cilindros pneumáticos, por exemplo, são construídos com um ímã permanente em seu pistão interno, de forma a permitir a utilização do sensor magnético. A figura 45 ilustra o mecanismo de acionamento do sensor em um cilindro pneumático. Figura 45 : Sensor Magnético 62 Fonte: Baumer, 2018. 2.5.3 Sensores Indutivos Os sensores indutivos, também conhecidos como sensores de proximidade, são dispositivos eletrônicos capazes de detectar a aproximação de peças metálicas, em substituição às tradicionais chaves fim de curso (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). A detecção ocorre sem que haja o contato físico entre o acionador e o sensor, aumentando a vida útil do componente por não possuir partes móveis sujeitas a desgastes mecânicos, Figura 46 Figura 46 : Sensor Indutivo 63 Fonte: profcolassante, 2015. Seu princípio de funcionamento baseia-se na geração de um campo eletromagnético de alta frequência, que é desenvolvido por uma bobina ressonante instalada na face sensora (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). Figura 47 : Sensor Indutivo Fonte: profcolassante, 2015. Basicamente o sensor indutivo é indicado para os casos que necessitem de alta velocidade de operação, alta vida útil; e para detectar apenas objetos (ou partes) metálicos. Existem dois tipos de sensores indutivos que são designados como sensor indutivo PNP e sensor indutivo NPN. 64 2.5.3.1 sensores indutivos PNP Saída PNP (Positivo - Negativo - Positivo) = Neste tipo de saída temos a seguinte configuração: Alimenta-se o sensor com positivo (P) e negativo (N) e sua saída quando acionada fornece um sinal positivo (P). Figura 48 : Sensor Indutivo PNP Fonte: profcolassante, 2015. 2.5.3.2 Sensores Indutivos NPN Saída NPN (Negativo - Positivo - Negativo) = Neste tipo de saída temos a seguinte configuração: Muito semelhante ao sensor PNP, porém temos uma alimentação negativa (N) e positiva (P) para o sensor e sua saída quando acionada fornece um sinal negativo. Figura 49 : Sensor Indutivo NPN 65 Fonte: profcolassante, 2015. 2.5.4 Sensores Capacitivos O princípio de funcionamento do sensor capacitivo baseia-se na geração de um campo elétrico desenvolvido por um oscilador controlado por capacitor. O lado sensível de um sensor capacitivo é formado por dois eletrodos metálicos dispostos concentricamente que equivalem a um capacitor. As superfícies dos eletrodos são conectadas em uma ramificação de alimentação de um oscilador de alta frequência sintonizado de tal maneira que não oscilem quando a superfície estiver livre. Quando um objeto se aproxima da face ativa do sensor, ele entra no campo elétrico sob a superfície do eletrodo e causa uma mudança na capacitância do conjunto, ocorrendo uma oscilação com uma amplitude tal que seja detectada por um circuito, e então é convertida em um comando de chaveamento (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). Figura 50 : Sensor Capacitivo Fonte: ebah, 2013. 2.5.4.1 Sensores não faceados São os modelos cilíndricos (invólucro plástico) utilizados para a detecção de materiais condutores (metal, água, líquidos etc.), esse tipo de sensor é recomendado para: ● Detecção de um material condutor a grandes distâncias; 66 ● Detecção de um material condutor através de uma parede isolante; ● Detecção de um material não condutor colocado sobre ou diante de uma peça metálica aterrada. 2.5.4.2 Sensores faceados São modelos cilíndricos (invólucro metálico) ou retangulares (invólucro plástico), utilizados para a detecção de materiais isolantes (madeira, plástico, papelão, vidro, etc.), esse tipo é recomendado quando: ● As distâncias de detecção são relativamente pequenas; ● As condições de montagem necessitam que o sensor seja embutido; ● Deve-se efetuar a detecção de um material não condutor através de parede que não seja condutora (exemplo: detecção de vidro através de uma embalagem de papelão). 2.5.5 Sensores Ultrassônicos O princípio de funcionamento do sensor ultrassônico baseia-se na emissão e reflexão de ondas sonoras entre o objeto e o receptor. O tempo de “viagem” do som, portanto, é medido e avaliado. Ora funciona como emissor sonoro, ora como receptor (microfone). Assim, pulsos cíclicos ultrassônicos são emitidos e refletidos por um objeto. Ao incidir no receptor, a saída é acionada. O princípio de funcionamento dos pulsos, geralmente em uma frequência entre 30 KHz e 300 KHz. A repetição dos pulsos pode variar entre 1 Hz e 125 Hz (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). De acorodo com o (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). A grande vantagem desse sensor é a capacidade de detectar qualquer tipo de material, independentemente da forma, cor e constituição. Também é imune a poeira, umidade e atmosferas agressivas. Figura 51 : Sensor Ultrasônico 67 Fonte: eletronicaparatodos, 2018. Um cuidado que deve ser tomado na utilização do sensor ultrassônico é o alinhamento angular. A Figura 51 mostra que o cone sonoro formado pela emissão e reflexão do sinal. Caso a reflexão ocorra fora deste cone, o objeto pode não ser detectado. É preciso observar o limite da inclinação dos objetos a serem detectados. Figura 52 : Angulação Sonora 68 Fonte: ebah, 2013. 2.5.6 Encoders Segundo (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015). Muitas vezes o encoder não é, considerado um sensor, e sim um transdutor mecânico/elétrico, porém entendemos esse dispositivo de forma diferente. O encoder pode ser considerado um sensor de posicionamento, conforme o leitor perceberá, trata-se de um princípio de funcionamento que envolve deslocamento angular mecânico, reflexão óptica e conversão em sinais elétricos. Alguns sistemas e máquinas exigem um controle de posicionamento de eixos ou velocidade de rotação dos motores com alta precisão. É o caso de robôs e máquinas-ferramentas. A eletrônica desses sistemas, portanto, opera em malha fechada, obtendo um feedback entre o deslocamento e os circuitos de controle. Controlar o sistema significa colocar um sensor que indique o valor real da variável, por exemplo, a velocidade (acoplado um sensor ao eixo do motor), portanto realimentar esse valor num regulador de inversor que atuará no sentido de diminuir a diferença entre o valor lido no sensor e o valor desejado (programado). É assim que continuamente o sensor informa ao inversor o valor real da variável, para que ele possa corrigir de forma dinâmica (todo momento) o desvio do valor programado. O encoder incremental é um dispositivo acionado mecanicamente pelo acoplamento com o eixo do motor e de funcionamento optoeletrônico, que fornece informações de deslocamento (posição relativa). Eles são fabricados com um disco de vidro ou metal que tem na sua periferia uma trilha com segmentos opacos e transparentes do disco passam entre o emissor de luz, atingindo o detector e gerando neste um sinal elétrico correspondente com as divisões gravadas no disco. O feixe de luz é focalizado no disco mediante sistemas ópticos (lentes, espelhos, prismas etc.). Os pares emissor/detector são posicionados de maneira tal a produzir dois sinais defasados de 90°. Figura 53 Figura 53 : Defasagem dos dois sinais 69 Fonte: eletricamentefalando, 2014. Segundo (AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, 2015), existem dois tipos de encoders, sendo um incremental e outro absoluto. O encoder incremental gera pulsos seriais para uma eletrônica subsequente (CNC, por exemplo). Há um disco de posição interno de acordo com a Figura 53. Quando ele está com o eixo parado, não há nenhum sinal em sua saída, portanto para que a máquina saiba onde seu eixo está, é necessário que haja movimentação do encoder. Então aí, ele conta o número de pulsos gerados e, através desse número, seu algoritmo de software calcula em que posição o eixo se encontra. Uma máquina equipada com esse encoder, quando desligada, geralmente precisa ser referenciada antes de sua próxima operação. Um exemplo está em máquinas-ferramenta, a operação chama-se home machine, na qual ela desloca seus eixos até sensores fim de curso, quando os encontra, “Zera” seu contador e, então, mede o deslocamento dos eixos pela contagem dos pulsos enviados pelo encoder. O encoder absoluto, entretanto, gera um conjunto de 6 a 8 bits de uma única vez. Ao contrário do incremental, o absoluto (mesmo parado) tem uma “palavra” digital em seus terminais de saída, Figura 54, Sendo assim, uma máquina com encoder absoluto não precisa movimentar seus eixos para saber onde eles estão. Figura 54 : Disco encoder absoluto 70 Fonte: sensorcodificadorabsoluto, 2014. Figura 55 : Disco encoder incremental Fonte: eletricamentefalando, 2014. 2.6 PONTE H Uma Ponte H é um circuito especial que permite realizar a inversão da direção (polaridade) da corrente que flui através de uma carga. É muito utilizada, por exemplo, para controlar a direção de rotação de um motor DC. O circuito necessita de um caminho que carregue a corrente ao motor em uma direção, e outro caminho que leve a corrente no sentido oposto. Além disso, o circuito deve ser capaz de ligar e desligar a corrente que alimenta o motor. (Reis, 2017) A ponte H recebe esse nome devido ao formato que é montado o circuito, semelhante a letra H. Basicamente utiliza quatro chaves eletrônicas (transistores), que 71 podem ser controladas de forma independentes. Na figura 1 é possível verificar a disposição dessas chaves (S1 a S4), em relação ao motor DC controlado. Figura 56: Disposição das chaves na Ponte-H Fonte: (Reis, 2017) O funcionamento do motor depende dos estados das chaves, que podem ser combinadas de várias formas, como: ● S1 e S4 fechadas, S2 e S3 abertas: A corrente passa pelo motor em um sentido, fazendo-o girar em uma direção. ● S1 e S4 abertas, S2 e S3 fechadas: A corrente passa pelo motor no sentido inverso, fazendo-o girar na direção contrária. ● S1 e S3 abertas: O motor não gira, pois não há fluxo de corrente por ele. No geral, as pontes H são construídas com MOSFETS ou com transistores bipolares, o que torna possível também o controle não apenas do sentido de giro, mas também da velocidade do mesmo, e é muito comum encontrá-las na forma de um circuito integrado. Na figura 2 podemos verificar um diagrama esquemático de uma ponte H com transistores bipolares: 72 Figura 57: Ponte-H com Transistores Bipolares Fonte: (REIS, 2017) Polarizando o transistor Q3 o motor irá girar em um sentido, e se for polarizado o transistor Q4, o motor irá girar no sentido inverso. Na figura 3 temos uma Ponte H no formato de um CI, para o controle de dois motores DC. Figura 58: CI Ponte-H L293D 73 Fonte: (PN JUNCTINON LAB, 2018) 2.6.1 Módulos Driver motor com Ponte H Esses módulos são muito utilizados em aplicações de robótica. Possuem dimensões pequenas e já incluem o circuito básico para uso do CI, o que facilita na acomodação do módulo no robô. (Cardoso, 2017) Na figura 4 podemos verificar um modelo de módulo Driver Ponte H: Figura 59: Módulo Driver Ponte H para Motores DC Fonte: (Cardoso, 2017) Algumas especificações são importantes na escolha do módulo, são elas: ● Especificação de potência máxima fornecida; ● Tensão máxima suportada; 74 ● Corrente máxima suportada; ● Tensão lógica. 2.6.1.2 Entradas e saídas Na figura 5 podemos verificar a disposição das entradas e saídas do módulo Driver motor com Ponte H L298n: Figura 60: Entradas e Saídas Módulo Driver Ponte H L298n Fonte: (Cardoso, 2017) ● Motor A e Motor B - Conectores para os dois motores. ● 6 - 35V - Porta para alimentação da placa com tensão entre 6 a 35V. ● Ativa 5V - Quando jampeado, a placa utilizará o regulador de tensão integrado para fornecer 5v (na porta 5v) quando a porta 6-35V estiver sendo alimentada por uma tensão entre 6 e 35V. Neste caso, não se deve alimentar a porta 5V pois pode danificar os componentes. A tensão fornecida na porta 5V pode ser usada para alimentar o Arduino, por exemplo. 75 ● 5v - Em casos de não haver fonte de alimentação com mais de 6V podemos alimentar a placa com 5V por esta porta. ● Ativa MA - Quando jampeado aciona o motor A com velocidade máxima. Para controlar a velocidade do motor A basta remover o jumper e alimentar o pino com uma tensão entre 0 e 5v, onde 0V é a velocidade mínima (parado) e 5V a velocidade máxima. ● Ativa MB - Quando jampeado aciona o motor B com velocidade máxima. Para controlar a velocidade do motor B basta remover o jumper e alimentar o pino com uma tensão entre 0 e 5v, onde 0V é a velocidade mínima (parado) e 5V a velocidade máxima. ● IN1 e IN2 - são utilizados para controlar o sentido do motor A. ● IN3 e IN4 - são utilizados para controlar o sentido do motor B. Veja que agora, no lugar das chaves S1-S3 e S2-S4 temos os pinos IN1 e IN2. Onde IN1 corresponde às chaves S1-S3 e a IN2 às chaves S3-S4. Para controlar o sentido, temos as seguintes combinações para o motor A (IN1 e IN2): Tabela de Combinações. Para o motor B (IN3 e IN4), a tabela funciona da mesma forma. (Cardoso, 2017) Na figura 6 é possível verificar uma montagem utilizando um Arduino para controle do Drive. 76 Figura 61: Controle de Driver Ponte-H com Arduino Fonte: (Cardoso, 2017) 2.7 Transistores de Potência Um transistor é um dispositivo semicondutor PNP ou NPN de três camadas com duas junções, e possui dois tipos básicos de aplicação: amplificação e chaveamento. Os transistores de potência trabalham com altos valores nominais de tensão e correntes por isso são utilizados com o objetivo principal do controle eficaz de potência, portanto são utilizados invariavelmente como chaves. São empregados principalmente em choppers e em aplicações para inversores. O transistor possui três terminais, sendo que dois deles atuam como contatos de uma chave, e o terceiro é usado para ligar e desligar a chave. Assim, o circuito de controle pode ser independente do circuito que está sendo controlado. Dois tipos de transistores de potência são muito utilizados em eletrônica de potência: o transistor bipolar de junção (BJT) e o transistor de efeito de campo metal- óxido-semicondutor (MOSFET). 77 2.7.1 Transistor Bipolar de Potência É um semicondutor de potência com estrutura NPN ou PNP. Por razões tecnológicas, em altas tensões apenas os do tipo NPN são produzidos. Os transistores são unidirecionais em tensão e corrente. A figura 4 apresenta as duas alternativas construtivas para o transistor bipolar: Figura 62: Transistor Bipolar NPN e PNP Fonte: (PN JUNCTINON LAB, 2018) 2.7.1.1 Princípio de Funcionamento Se as junções do transistor forem polarizadas diretamente, permitem o estabelecimento de uma corrente, se polarizadas inversamente, não permitem. A operação normal de um transistor, porém, é verificada quando se polariza a junção Base-Emissor diretamente e Base-Coletor reversamente. Nesta situação observa-se não um comportamento isolado, mas a interação entre as junções. (SILVA, 2016) 2.7.1.2 Curva Característica Existem três regiões de operação de um transistor, conforme a curva característica verificada na figura 5. 78 Figura 63: Curva Característica Transistor Bipolar Fonte: (Ahmed, 2000) Região Ativa: IC = βIB Nessa região o transistor é empregado em amplificadores e conversores. Não apresenta interesse em eletrônica de potência devido à alta dissipação de calor. Região de Quase-Saturação: É a região preferida em eletrônica de potência. A tensão VCE é baixa. Define-se nessa região o ganho forçado βF, pela relação: βF = IC / IB Região de Saturação: É a região onde para um IC dado, um aumento de IB não é traduzido por uma redução da tensão VCE. Essa região deve ser evitada, pois provoca um aumento no tempo de estocagem (ts), ou seja, aumenta os tempos de comutação do transistor. 2.7.2 Transistor de Efeito de Campo de Junção (JFET) O JTFET é um dispositivo de três terminais, chamados Drain (Dreno), Source (Fonte) e Gate (Gatilho), conforme figura 6. A corrente cuja intensidade é controlada flui do dreno para a fonte,
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