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FETOTOMIA Como vantagens a redução do volume fetal; evita cesarianas; exige menor número de auxiliares; é menos traumatizante para a fêmea; evita tração forçada; e desvantagens a grande contaminação para a fêmea e obstetra (é impossível usar luvas); riscos de pontas ósseas, de lesões cervicais e laceração do útero (infertilidade); Locais para a fixação do gancho: órbita ocular, pelve, costelas, processos transversos de vértebras, espaço medular ósseo, mandibular, palato, borda da escápula e musculatura; O procedimento necessita de uma obstetra experiente e de ajudantes; após uma extensa lubrificação, o fetótomo é posicionado próximo ao local de corte (cortar somente o necessário para a extração); CESARIANA É um procedimento cirúrgico de retirada do feto por meio da abertura do útero; é rotineiramente empregado em ruminantes, cadelas, gatas, e raro/ ocasional em porcas e éguas; Riscos : deve ser a última alternativa à assistência ao parto devido ao seu risco de perda tanto da mãe quanto filhote, custo e benefício; uma vez realizada a cesariana, deve ser feita para as próximas também (evitando riscos); cesariana eletiva (muito cedo/muito tarde); Ter em mente as particularidades fisiológicas da mãe e feto, além de uma equipe preparada com cirurgião, auxiliar, anestesista, neonatologistas cientes do processo e histórico dos animais; CADELAS E GATAS : emergencial em casos de estáticas distócicas sem correção (fetos grandes absolutos/relativos à mãe), assim como ao comprometimento do estado geral da fêmea, não progressão do parto (presos no 1-2º estágio), traumas uterinos e sofrimento fetal (<180 bpm), por isso é importante acompanhar os batimentos fetais, pois tende a variar; deve-se definir se o procedimento será conservativo ou radical (OSH); Eletiva / programada: em fêmeas nulíparas com mais de 6 anos, em obesas (acúmulo de gordura no canal do parto e em músculos abdominais), em casos de gestação de feto único (alto crescimento) ou até gestação muito numerosa (incomum para a raça), em raças braquicefálicas (exceto buldogue inglês), casos de alterações na via fetal mole, histerocele gravídica ou fratura de pelve; Para realizar o procedimento o mais indicado é realizar pré-natal e US, para prever a data; em algumas raças há queda de temperatura retal (1ºC) 24h AP, sendo um reflexo da queda de P4 (<2 ng/ml 24-36 horas AP); é mais pertinente dosar o P4, uma vez ao dia, já que a queda de temperatura nem sempre ocorre, com exceção de gatas, nesse caso acompanha-se os pródromos e US; Anestesia : ter em mente que tudo que é administrado irá para o filhote (processo rápido para não deprimi-lo); nesse caso, a epidural é mais realizada e a profundidade deve ser moderada; a fêmea é posicionada em decúbito dorsal com leve inclinação (cabeça elevada); Procedimento : incisão na linha mediana (pré- retroumbilical), e a exteriorização do útero; a histerectomia é feita na curvatura maior da bifurcação; Para a retirada, deve-se considerar que os fetos estão envoltos na vesícula amniótica, por isso na exteriorização as membranas devem ser rompidas (gaze ou compressa) e realizada a limpeza das vias aéreas; em seguida o cordão umbilical é clampeado e cortado, ou entregue com a placenta ao neonatologista; esse último processo representa uma vantagem circulatória/cardíaca, devido a circulação de sangue da placenta ao feto (o conjunto completo não deve ser retirado já que reduz o acesso ao oxigênio); Durante a limpeza das vias araras, o neonato deve ser levemente inclinado para estimular a retirada de líquidos e liberar as vias aéreas superiores, a partir disso pode-se completar o cordão; Em seguida, o útero é limpo e realocado no abdome, feita a omentalização, seguida pela sutura invaginante em dois planos (sutura da parede abdominal e pele (fio absorvível); o procedimento pode ser realizado com connell/bell (Schmieden) + cushing / lembert; Pós-operatório: consiste na administração de analgésicos (dipirona, cloridrato de tramadol); não utilizar roupinha e sem curativo; uso de antibiótico apenas se necessário (cefalexina); RUMINANTES: emergencial em casos de distocias ou feto morto (riscos de contaminação, já que nesse caso, o útero não é exteriorizado); quando programada, normalmente relacionada a biotecnologias (quando é necessário ter o controle da duração da gestação); Anestesia: pode ser feito bloqueio regional (com epidural) e local (incisional, L invertido, paravertebral); em casos de agitação, realizar uma leve sedação com xilazina (não usar para cirurgia em estação); POSICIONAMENTO Estação: permite o acesso pelo flanco (preferencialmente esquerdo); Decúbito lateral: em ambos os lados existem dificuldades, como o direito (preferencial é dificultado pelo rúmen) e esquerdo (risco de timpanismo e alças intestinais); os acessos incluem o flanco (fossa paralombar), ventrolateral (paramamário) e oblíquo esquerdo (peq rum); Decúbito dorsal: é mais comum em pequenos ruminantes e o acesso é por linha média ventral; Procedimento : é feita a incisão vertical ou diagonal (de pele e músculos), em aproximadamente 20-30 cm (vaca) e 15-20 cm (peq rum); se necessário melhorar o bloqueio anestésico; deve-se localizar e exteriorizar parte do útero, realizar a histerotomia evitando placentoma e áreas vascularizadas, seguido da localização do membro e incisão do casco do feto; Para a retirada, os membros são fixados e o feto é removido, sendo entregue a equipe neonatal; manter o útero fixado e realizar sua limpeza, removendo o excesso dos envoltórios fetais, finalizando com seu retorno a cavidade; é feita a omentalização, seguido da histerorrafia com sutura invaginante em dois planos (sutura da parede abdominal e pele (fio absorvível); o procedimento pode ser realizado com connell/bell (Schmieden) + cushing / lembert; Pós-operatório: com medicação, descarte de leite; cuidados com aderência, metrite e manejos com a ferida cirúrgica; administração de PFG2a, para garantir a eliminação do CL e da placenta; ÉGUAS : raro, somente em casos emergenciais; deve ser levado ao centro cirúrgico; o procedimento necessita de anestesia geral e é feita a retirada do colostro antes; a cirurgia é realizada através do acesso à linha média ventral; retirar a placenta após a retirada do feto; PORCA : raro, somente em casos emergenciais (distocias); deve ser avaliado seu custo x benefício; em fêmeas com problemas reprodutivos, o procedimento é seguido do descarte, ou é feita a eutanásia imediata com retirada dos filhotes; o procedimento é feito em decúbito lateral, que permite o acesso a fossa paralombar e ventrolateral;
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