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Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Introdução a Farmacologia Aula 1 - Farmacologia Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 História da Farmacologia As civilizações antigas usavam uma mistura de magia, religião e drogas para o tratamento de doenças e as drogas frequentemente eram tidas como mágicas, sendo oriundas de plantas ou animais. Aquele que detinha o conhecimento sobre as drogas e poções era respeitado e temido, uma vez que o envenenamento intencional era uma prática conhecida. O conhecimento das drogas cresceu paralelamente ao conhecimento das funções orgânicas como anatomia, fisiologia, bioquímica, e ao desenvolvimento da química. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Antes de ser reconhecida como ciência a farmacologia andou de mãos dadas com o misticismo e as diversas religiões. Existem registros de remédios chineses e egípcios muito antigos que tinham seu uso baseado nas crenças desses povos, mas que hoje tem seu efeito comprovado e ainda são utilizados para curar ou aliviar doenças. A História da Farmacologia Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 A primeira civilização a ter conhecimento sobre os medicamentos e substâncias, foram os egípcios (culto aos mortos e técnica de conservar cadáveres). Hipócrates (500 anos a.C.) e Galeno (135-201 d.C.), eram gregos e foram os primeiros separar artes médicas de magia. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Papiro de Ebers, datado de 1500 a.C. Contém uma lista com vários medicamentos, entre os quais alguns que possuem propriedades reconhecidas na atualidade, como o ferro, usado para combater anemias. Também entre babilônios e assírios, chineses, indianos, povos incas e pré-incaicos era comum à utilização de plantas com fins curativos. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Além dos gregos, os árabes contribuíram para o progresso da Farmacologia: o uso de purgativos vegetais, o uso do alambique, o álcool, os xaropes, elixires, açúcar, os formulários e ainda foram os divulgadores do uso do café. Ainda no séc. XVI: Uso de bebidas estimulantes em várias partes do mundo: Arábia: café Índia e China: chá Amazonas: guaraná Paraguai: mate Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Os medicamentos baseados em ervas eram largamente utilizados ou mesmo estratégias terapêuticas bizarras era indicado, como mistura de elementos como vermes, esterco, urina, etc. Apenas no final do século XVII, o recurso da observação e do experimento começou a substituir a teoria da medicina, colocando em prática esta experiência, dessa forma iniciou o desenvolvimento da Farmacologia. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Virchow foi o primeiro a motivar estas condutas, com a teoria de que a terapêutica deveria ser abordada através de uma associação entre prática clínica e a fisiologia e ser então elevada a uma ciência. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Naquela época o conhecimento do funcionamento normal e anormal do corpo humano era muito precário para fornecer mesmo uma base grosseira para a compreensão dos efeitos das drogas; na mesma época havia uma forte crença de que doença e morte eram temas semi-sagrados, apropriadamente tratados por doutrinas autoritárias, e não científicas. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 A maior descoberta da farmacologia, senão da medicina, no século XX, foi a dos antibióticos, substâncias elaboradas por organismos vivos e utilizadas com o fim de destruir ou impedir o desenvolvimento de outros seres vivos de ação patogênica. O britânico Alexander Fleming, em 1928, fez as primeiras observações que levariam à descoberta da penicilina. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Cerca de 50 anos atrás, iniciaram-se os esforços no campo de pesquisa por parte da indústria farmacêutica, foi quando os remédios mais confiáveis começaram a surgir, com novos conceitos e novas técnicas. A Farmacologia é uma ciência jovem, tendo pela primeira vez obtido o reconhecimento independente no final do século XIX, na Alemanha. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 A palavra Farmacologia vem do grego pharmakon e pode ser definida como o estudo do mecanismo pelo qual a função dos sistemas vivos é afetada por agentes químicos. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Conceitos e Definições Farmacologia Ciência que estuda os fármacos. Conhecimento da sua história, origem, propriedades físicas e químicas, composição, absorção, biotransformação e excreção, efeitos terapêuticos e acessórios e o seu mecanismo de ação no organismo. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 As diferentes áreas da Farmacologia Farmácia Responsável pela preparação dos fármacos. Farmacognosia Origem, conservação, identificação, extração, análise química dos fármacos que provêm dos reinos animal e vegetal Farmacodinâmica Ações farmacológicas e mecanismos de ação; o que o fármaco faz no organismo. Farmacotécnica Estuda a forma de preparação dos medicamentos. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Toxicologia Ações tóxicas dos fármacos. Quimioterapia É a utilização de agentes químicos no tratamento de doenças. Terapêutica É o emprego de diferentes técnicas no combate às doenças. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Conceitos importantes em farmacologia e nome dos medicamentos Não são raros os casos em que a confusão gerada pela propaganda de medicamentos, enfatizando apenas os seus nomes de fantasia (comerciais, ou de marcas), somada à falta de informações à disposição do consumidor, gera problemas graves, resultando do uso indevido de medicamentos. Um determinado medicamento pode ser identificado por seu nome comercial ou de fantasia, pelo nome genérico da substância ativa ou então pelo seu respectivo nome químico. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Droga Produtos de natureza animal, vegetal ou mineral empregados na preparação de medicamentos. Fármaco Substância ativa de origem humana, animal, vegetal ou química a qual se atribui uma atividade apropriada para constituir um medicamento. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Substância tóxica É uma substância capaz de causar danos, de forma intensa, que a vida pode ser posta em risco de morte ou sequelas persistentes. p.ex: cianeto, organofosforados. Excipiente Farmacologicamente inativo p.ex: propilenoglicol, Silicato de magnésio hidratado, sorbitol, vaselina. Adjuvante Permite absorção mais fácil ou facilita ação. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Posologia: é o modo como o medicamento deve ser dosado. Princípio ativo: é a substância, ou grupo destas, responsável pela ação terapêutica, com composição química e ação farmacológica conhecidas. Farmacopéia: é o conjunto de drogas- medicamentos oficializadas, sendo publicações oficiais de cada país e sujeitas à atualização e revisão por comissões especiais de cientistas. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Nome dos Medicamentos Nome químico É o nome do composto indicado como substância ativa, ou seja, responsável pela ação farmacológica presente no medicamento. Medicamento oficial É o fármaco que faz parte da farmacopéia. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Medicamento de referência É conceituado como o produto inovador registrado no órgão federal responsável pela Vigilância Sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Nome de fantasia: o nome de fantasia é aquele registrado e protegido internacionalmente e que identifica um medicamento como produto de uma determinada indústria. MedicamentoGenérico: o nome genérico é usado para identificar uma substância ativa. A utilização do nome genérico diminui sensivelmente o problema na identificação dos medicamentos, evitando a confusão gerada pela existência de vários nomes de fantasia para um mesmo produto. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Elixir É um preparado farmacêutico com um ingrediente ativo (propriedades como a da morfina) que é dissolvido numa solução que contenha alguma porcentagem de álcool etílico. Deve ser ingerido por via oral. São açucarados ou glicerinados, contendo substâncias aromáticas e as bases medicamentosas. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 O exemplo, a seguir, demonstra a diferença entre os nomes de fantasia, químico e genérico Nome genérico: Paracetamol. Nome químico: 4 - hidroxiacetanilida, p- acetilaminofenol, N - acetil-p-aminofenol. Nome de fantasia: Tylenol, Dôrico e acetofen, etc. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 No Brasil, os medicamentos genéricos para serem comercializados devem ser identificados na embalagem com uma tarja amarela, contendo uma grande letra G e a inscrição Medicamento Genérico, conforme a Lei dos Medicamentos Genéricos (Lei Nº 9.787, de 1999), e, a Resolução–RDC Nº 102 de 30/11/2000 (publicada pela ANVISA) que regulamenta todas as formas de propaganda de medicamentos neste País. Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 Jane Luíza dos Santos - Biomédica CRBM 3ª Região 3744 FINAL!