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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO CURSO DE PSICOLOGIA RELATÓRIO FINAL São Paulo 2021 UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO CURSO DE PSICOLOGIA Wellington Barbosa dos Santos - RA: 2219202667 RELATÓRIO FINAL Relatório final disciplina de Estágio apresentado como requisito do módulo de Psicanálise do Curso de Psicologia da Universidade Nove de Julho - UNINOVE, sob supervisão do Prof. Dr. Marco Aurelio De Lima São Paulo 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4 MÉTODO ............................................................................................................................... 4 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................... 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 7 ANEXOS ................................................................................................................................ 8 INTRODUÇÃO Ao longo do segundo semestre de 2021, fomos formalmente apresentados à Psicanálise e sua vasta literatura, focando diretamente em excertos de um de seus mais brilhantes representantes. Modestamente intitulado “Pai da Psicanálise”, Sigmund Freud e sua contribuição à ciência, representam um marco na história científica do efervescente século XX. Freud nasceu em 6 de maio de 1856, em Freiberg, na Morávia, então pertencente ao Império Austríaco. De origem judaica, foi o primogênito de sete irmãos. Foi médico neurologista com mestrado em neuropatologia, tendo um extenso histórico de atuação na área médica e de pesquisa. Desenvolveu a psicanálise ao abandonar a hipnose, substituindo-a pelo método das livres associações, passando então a penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, sendo o primeiro a descobrir o instrumento capaz de atingi-lo e explorá- lo em sua essência. Dentre sua ampla literatura, realizamos resenhas sobre textos e conceitos de sua autoria, onde houve contato com conceitos que representam a base dos estudos psicanalíticos freudianos. Conforme este contato realizado com a literatura de Freud, identificamos na Psicanálise seu papel de procedimento investigativo de processos mentais, seu método para o tratamento de distúrbios e uma teoria, com sua coleção de dados e informações obtidas ao longo destas linhas. Freud disse muitas vezes que a psicanálise é uma teoria da personalidade, um método de psicoterapia e um instrumento de investigação científica, querendo assinalar que, por uma condição especial, intrínseca dessa disciplina, o método de investigação coincide com o procedimento curativo, porque, à medida que alguém conhece a si mesmo, pode modificar sua personalidade, isto é, curar-se (ETCHEGOYEN, 2003, p.19). O presente relatório tem por objetivo abordar a experiência desenvolvida ao longo deste semestre e responder à pergunta proposta “Como se caracteriza a clínica psicanalítica do ponto de vista da teoria e da técnica?" MÉTODO O relatório realizado pelo grupo teve como base as resenhas desenvolvidas a partir das obras selecionadas de Freud: Sobre o início do tratamento; Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise; Observações sobre o amor transferencial; e Transferência. Para desenvolvimento deste relatório, processo que foi partilhado entre os membros do grupo, além dos referidos textos, foi utilizada a bibliografia disponível na biblioteca virtual Uninove e nas bases de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Periódicos Eletrônicos em Psicologia (Pepsic), Google Acadêmico e os conteúdos apresentados em aula durante o semestre. DESENVOLVIMENTO Compreendemos, assim, a Psicanálise enquanto método, técnica e um conjunto de teorias aplicadas no estudo dos processos inconscientes. É importante ressaltar que estes aspectos são interdependentes e indissociáveis (PARAVIDINI, 2016). Entretanto, não é raro constatarmos em alguns contextos, como na Academia ou até mesmo na comunidade analítica, o destaque atribuído à Psicanálise, exclusivamente ora como um tratamento psicanalítico, restringindo-a a uma prática terapêutica, ora identificado à sua teoria. Contudo, tal restrição é negada pelo próprio Freud quando reconhece que não há distinção entre método investigativo e método de tratamento, ao dizer que: “é bem verdade, que, um dos méritos do trabalho analítico é que nele pesquisa e tratamento coincidem, mas a técnica que serve a um, de certo ponto de vista, acaba se opondo à outra” (FREUD, 1912/2017). Podemos destacar a relação dialética existente entre teoria e clínica. Em nenhum momento desta, os campos teórico e clínico se afastam. De tal forma que, encontra-se nas possibilidades e limites circunscritos pela prática clínica, o espaço no interior do qual a teoria pode ser construída. E vice-versa. Foi, justamente, a partir desse caráter dialético, que pudemos destacar, em nosso estudo, que não apresenta uma resposta única em termos de objetivo terapêutico. Acada momento de elaboração teórica corresponde uma proposta terapêutica específica, implicando no avanço paralelo de seu corpo teórico e de suas aplicações práticas. Na verdade, está proposição, por um lado, impede que a teoria psicanalítica, desvinculada de sua prática, se transforme, conforme nos advertiu Freud (1933[1932]), em uma visão de mundo. Por outro, não permite que sua clínica se torne um espaço privilegiado a serviço da teoria, onde esta possa ser verificada e ampliada. Seria injusto para com as pessoas que a procuram em busca de um alívio para seu sofrimento. E, enquanto a psicanálise se coloca em uma posição de acolhimento dessa demanda, necessita prestar contas de seu ato. Um ato de oferta, que deixa subentendido que ela consegue fazer algo que torne possível, ao paciente, alcançar um alívio para o desprazer produzido por seus sintomas. É aqui que as contribuições lacanianas se mostram necessárias, pois, através delas se torna possível entendermos esse limite clínico em relação, não à anatomia (como o fez Freud), mas à estrutura de linguagem do aparelho psíquico. Uma noção que implica na concepção da existência de um real, que embora diga respeito e afete o sujeito, é radicalmente irredutível ao simbólico. CONCLUSÃO “Freud explica”. Esta famosa frase, sem autoria conhecida, que consta como dito cimentado em diversos idiomas e inclusive na canção “Chão de giz”, de Zé Ramalho, ecoou em nossas cabeças durante o desenvolvimento deste trabalho. Nele pudemos obter um contato um pouco mais denso com a literatura freudiana, suas teorias e tentar compreender o método psicanalítico. Os conceitos abordados bem como a forma da escrita de Freud nos trouxeram intimidade com a psicanálise, e curiosidade em procurar mais dos materiais que a aproximam de nossa prática discente. Os textos resenhados roteirizaram muito bem este primeiro contato oficial, nos apresentando a psicanálise freudiana, contextualizando sua prática e seu objetivo ao criar um vínculo entre o terapeuta e o paciente, buscando compreender os processos reprimidos pelo subconsciente. Os conceitos foram bem introduzidos em nosso estudo, e o estilo professoral de Freud identificado mais de uma vez em nossas resenhas, auxilia aos entusiastas da Psicanálise. Dessa forma, creio que este trabalho cumpriu com sua tarefa de nos introduzir com maior profundidade nos fundamentos da psicanálise. E este tem em Freud um ótimo divulgador, e as obras utilizadas duranteo semestre nos lançaram o desafio de continuar a explorá-las, dando continuidade ao legado do “pai da Psicanálise”. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BESSET, V. L. O sujeito e o objeto: o mais além da palavra na clínica psicanalítica. Relatório final de pesquisa, IP-UFRJ, 1997. ETCHEGOYEN, Horacio. Fundamentos da Técnica Psicanalítica. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2003. 9788536312262. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536312262/. Acesso em: 02 dez 2021. FREUD, S. (1987). Análise terminável e interminável. Obras completas, ESB, v. 23, 1937. FREUD, S. (1996). Estudos sobre a histeria. Rio de Janeiro: Imago. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud) FREUD, S. Observações sobre o amor transferencial. In: Fundamentos da clínica psicanalítica: Grupo Autêntica, 2017. 9788551301999. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788551301999 FREUD, S. Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In: Fundamentos da clínica psicanalítica: Grupo Autêntica, 2017. 9788551301999. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788551301999 FREUD, S. Sobre o início do tratamento. In: Fundamentos da clínica psicanalítica: Grupo Autêntica, 2017. 9788551301999. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788551301999 PARAVIDINI, J. L. L. Constituição do campo da pesquisa em Psicanálise na universidade: a clínica e o método de investigação. In.: ROMERA, Maria Lucia Castilho(coord.); PARAVIDINI João Luiz Leitão; BARONE, Leda Maria Codeço; HERRMANN, Leda; MIRANDA, Marina Ramalho(orgs.). Psicanálise em Perspectiva: marcas e traços na universidade. Uberlândia: EDUFU, 2016, p. 55-74. SANTOS, M. A.; PERES, R.S. Transferência. Em: PERES, R.S.; VARGA, C.R.R. “Psicoterapias de Orientação Psicanalítica”. São Carlos: EdUFSCAR, 2013. ZIMERMAN, David E. Fundamentos Psicanalíticos. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2011. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536312262/. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788551301999 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788551301999 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788551301999 ANEXOS 1. ANEXO - Resenha 1: SOBRE O INÍCIO DO TRATAMENTO 2. ANEXO - Resenha 2: RECOMENDAÇÕES AOS MÉDICOS QUE EXERCEM A PSICANÁLISE 3. ANEXO - Resenha 3: OBSERVAÇÕES SOBRE O AMOR TRANSFERENCIAL 4. ANEXO - Resenha 4: TRANSFERÊNCIA
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