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Sistemas de Informação no Setor Publico | Livro texto - Unidade II

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91
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
Unidade II
5 REDES E PLANEJAMENTO EMPRESARIAL E DE TI
5.1 Uso da internet e de redes de computadores
5.1.1 Redes de computadores
Antes de entender os usos e as aplicações das redes de comunicação, faz‑se necessário entender o 
funcionamento de uma rede de telecomunicação; nela, vários componentes são utilizados, cada um com 
uma importante função no sistema. As redes de comunicação consistem em sistemas que permitem a 
um emissor enviar uma mensagem de comunicação para um determinado (quando não para diversos) 
receptor(es) através de um canal, um meio para a veiculação da mensagem a ser comunicada.
Em primeiro lugar, como se apresenta na figura a seguir, há os Terminais (1), dispositivos 
físicos que podem ser terminais de vídeo ou computadores pessoais, os Personal Computers (PCs), 
interconectados e emulando terminais, de forma que enviem e recebam os dados e as informações 
que irão circular pela rede.
Os Processadores de Telecomunicações (2) são os dispositivos que dão suporte às trocas de 
informações na rede, promovendo o controle e a conversão de dados. São os modems, roteadores e 
comutadores, que convertem de diversas formas os dados transmitidos, como a conversão de dados 
digitais em analógicos e vice‑versa. Estes dispositivos controlam a velocidade de transmissão dos dados, 
monitorando a eficácia, a precisão e a eficiência do fluxo de informações da rede.
Para que os dados sejam enviados e recebidos pelos demais componentes da rede, são necessários os 
Canais de Telecomunicação (3), em geral, meios físicos pelos quais os sinais elétricos tramitam dentro 
da rede. Existe uma combinação de mídias que contemplam:
• fios de cobre;
• cabos coaxiais;
• cabos de fibra óptica;
• sistemas de micro‑ondas; e
• satélites de comunicações.
92
Unidade II
5
Sistemas de 
telecomunicação
Processadores de 
telecomunicações
Canais de 
telecomunicações
Micros 
terminais Computadores
1
2 23
4
Figura 34 − Modelo de Rede de Telecomunicação
Fonte: O’Brien (2004, p. 116).
 Lembrete
Redes são sistemas interconectados, compostos por computadores e 
estações de trabalho, somados a canais e dispositivos de telecomunicação.
Os canais de telecomunicações se utilizam de diversas mídias, conforme apresentado anteriormente. 
O fio de pares trançados, o fio de telefone comum, também denominado de fio de cobre, ainda é um dos 
meios mais utilizados para a interligação física das redes de computadores. Adotado há muitas décadas 
para a transmissão de voz nas redes telefônicas de todo o mundo. Pela comodidade e otimização da 
instalação já existente, passou a ser compartilhado com as redes de comunicação de dados em redes 
locais e remotas pelo mundo.
Os cabos coaxiais são meios de transmissão de alta qualidade e formam redes de alta performance, 
se comparadas às de fios de pares trançados, podendo ser instalados sob o chão ou submersos em lagos 
e mares pelo planeta. Essas redes permitem um fluxo de dados em alta velocidade, substituindo as 
redes de pares trançados em regiões metropolitanas com grandes demandas e altos volumes de dados, 
no fornecimento de serviços de comunicação, em serviços de TV a cabo e na transmissão em redes 
instaladas em prédios comerciais e condomínios domiciliares. São muito utilizadas em redes de curta 
distância, entre computadores e seus periféricos.
Já a fibra óptica é constituída por filamentos capilarizados de fibra de vidro, isolados por uma delicada 
capa protetora. São imunes a radiações eletromagnéticas, também não gerando este tipo de radiação. 
Esta propriedade permite a formação de feixes com grandes volumes de filamentos de uma só vez. Outra 
qualidade que justifica o maior investimento financeiro, necessário para a implantação dessa nova mídia 
nas redes de telecomunicação, é a mínima necessidade de estações repetidoras de sinal em redes com esses 
meios de transmissão. Outra grande vantagem é a qualidade da transmissão de dados e pulsos, com uma 
margem muito pequena de erros e repetições na transmissão e circulação na rede. A segurança também é 
93
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
reforçada e ganha um upgrade, comparativamente com as redes que se utilizam de fio de cobre, pois há 
maior dificuldade de “grampeamentos” indevidos, sendo um dos motivos a dificuldade de emendas dos 
cabos de fibra. Aquilo que por um lado é uma desvantagem operacional na instalação acaba se tornando 
uma grande vantagem no funcionamento e na funcionalidade da rede instalada.
 Observação
Rede remota corresponde a uma rede de telecomunicações de dados 
com cobertura de uma grande área geográfica.
Pa
r t
ran
ça
do
Ca
bo
 co
ax
ial
Ca
bo
 de
 fib
ra 
óp
tic
a
Figura 35 − Fios e cabos
Fonte: O’Brien (2004, p. 123).
Para viabilizar as grandes redes de telecomunicação, os meios físicos de transmissão são importantes, 
mas não suficientes para cobrir grandes distâncias, principalmente em redes metropolitanas, em 
razão das dificuldades de instalação. Neste ponto entram as estações de transmissões e repetições de 
micro‑ondas terrestres. Fazem parte da paisagem urbana, nos edifícios, as grandes antenas das estações 
repetidoras, que respondem pela transmissão de ondas de rádio de alta velocidade, espaçadas a cada 
50 quilômetros de distância, aproximadamente.
Ainda sobre as micro‑ondas de rádio, para viabilizar a transmissão de dados em grandes volumes por 
grandes distâncias, surgem as redes de satélites, custosas e de dimensões mundiais. Estas redes antes eram 
consideradas inadequadas para a comunicação em tempo real, em razão das grandes distâncias, o que 
ocasionava certo nível de delay. Elas estão ancoradas na comunicação por satélites, que se encontram em 
órbitas estacionárias, a 35 mil quilômetros de altitude, interligados a estações terrestres e que funcionam 
como enormes estações repetidoras espaciais, alimentadas por gigantescos painéis solares.
Atualmente, as redes contam com novas tecnologias que visam melhorar as comunicações entre 
empresas, em nível mundial. O’Brien (2004) destaca o caso do Kmart, que utiliza redes de miniparabólicas 
denominada de Very Small Aperture Terminal (VSAT) – terminal de abertura muito pequena –, que 
conectam suas sedes e sua estação de trabalho espalhadas pelo mundo.
94
Unidade II
Já os Sistemas de Telefonia Celular são baseados na ciência de célula de comunicação. São divididas 
em pequenas áreas geográficas de alguns quilômetros quadrados, assumidas pelas chamadas células de 
comunicação. Cada célula com seu próprio dispositivo de transmissão de potência reduzida, funcionando 
como uma miniestação repetidora de ondas de rádio, de uma célula para a outra, formando uma rede 
de células. Para completar, o sistema de computadores processadores de telecomunicação é responsável 
pela administração e pelo controle das transmissões de usuário a usuário na rede de telefonia móvel.
As tecnologias celulares são hoje uma modalidade dinâmica e das mais abrangentes na comunicação 
de voz de dados. Com seu mix de tecnologias, os sistemas de comunicação celulares digitais viabilizam 
a utilização dos notebooks, tablets e aparelhos celulares na computação móvel.
O grande avanço é a combinação de tecnologias de telefonia, processamento de telecomunicação 
e telecomunicação por micro‑ondas de rádio, acrescidas do uso de rede de satélites, bem como da 
telecomunicação celular, que resultará na Personal Communications Services (PCS) ou Serviços de 
Comunicações Pessoais, em toda a sua plenitude.
A instalação e a configuração de meios físicos para estruturar e fazer funcionar uma rede de comunicação, 
em uma empresa ou em um edifício inteiro, são muito dificultosas e dispendiosas. Como as construções 
não contavam com esse tipo de instalação, em muitos casos, os conduítes e espaços entre paredes não são 
adequados e suficientes para a passagem dos cabos (de par trançado, coaxiais ou de fibra óptica). Desta 
forma, a única alternativa é viabilizar total ou parcialmentea comunicação sem fio (wireless).
A LAN wireless conta com uma tecnologia de telecomunicação que se utiliza de ondas de rádio de 
alta ou de baixa frequência. Pode ser utilizada, também, a tecnologia de raios de luz infravermelha, que 
estabelece a conexão entre os componentes da rede, munidos dos respectivos dispositivos de recepção 
e emissão de sinais, sem fio. Embora os custos iniciais de uma LAN wireless sejam mais elevados, além 
de haver algumas limitações técnicas, como barreiras de obstrução do sinal, a LAN a sinal infravermelho 
transmite mais rápido que as de ondas de rádio e muito mais rápido que as de fio de cobre.
Os Computadores (4) são a razão para a existência das redes, visando a sua interconexão para 
satisfazer as necessidades dos usuários. São utilizados computadores micros, pequenos, médios e de 
grande porte, os mainframes. Os computadores processam os dados e geram as informações para as 
redes. Contudo, podem ter diferentes funções, dependendo da topologia das redes.
Podem funcionar como servidores de dados, comunicação ou impressão em uma pequena rede 
de microcomputadores. Servem de host (computador principal) de uma rede quando mainframes, 
centralizadores do processamento de uma rede. Já os computadores médios atuam com um processador 
de front‑end da rede. Front‑end corresponde a interface, dispositivos e meios para coletar entradas e 
interagir com os usuários, alimentando o restante do sistema back‑end com dados e informações a 
serem processados para gerar as saídas desejadas.
Ficaram faltando os Sistemas de Telecomunicação (5), que consistem na inteligência do sistema 
de comunicação. São programas desenvolvidos e executados para gerenciar e controlar as atividades de 
telecomunicação da rede. Para os mainframes, são os programas monitores de telecomunicações; já nos 
95
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
computadores servidores de rede, funcionam os sistemas operacionais de redes. São utilizados, também, 
os browsers, navegadores de rede, conforme constam na figura apresentada a seguir.
5
Sistemas de 
telecomunicação
Processadores de 
telecomunicações
Canais de 
telecomunicações
Micros 
terminais Computadores
1
2 23
4
Figura 36 − Modelo de Rede de Telecomunicação
Existem diversos tipos de redes, que podem ser analisadas considerando diferentes dimensões e 
características,podendo ser redes remotas ou locais, quanto à sua acessibilidade, redes cliente‑servidor 
e redes interorganizacionais.
O porte e abrangência das redes são dimensões importantes para sua identificação e delimitação. As 
redes remotas, Wide Area Network (WAN) são redes de telecomunicações dispersas por uma grande área 
geográfica, distinguindo‑se das redes LAN pelo seu porte e sua maior estrutura de telecomunicações. 
Em geral, são redes públicas.
São utilizadas para interconectar empresas multinacionais, gerando um fluxo de dados e informações 
entre os colaboradores e as áreas funcionais, distribuídos em diversas cidades, estados, países e 
continentes espalhados pelo mundo. Veja o exemplo nas figuras a seguir.
 Saiba mais
Estude o material apostilado com o título Sistemas Telefônicos, 
especialmente os cabos para conexão telefônica, a rede telefônica fixa e o 
sistema móvel celular e a conexão do Brasil com o mundo:
SILVA, M. A. G. T. Sistemas telefônicos: técnico de telecomunicações. 
[S.l.]: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense, 2010. 
Disponível em: https://cutt.ly/5HMHUU7. Acesso em: 24 maio 2022.
96
Unidade II
San Francisco
San Ramon
ConcordRichmond
Bakersfield
La Habra Houston
Nova Orleans
Abidjan
Cingapura
Nova Guiné
Brisbane
Genebra
Londres
Aberdeen
Figura 37 − Exemplo de rede remota WAN
Fonte: O’Brien (2004, p. 117).
Rede 
remota 
mundial
São Paulo Rio de 
JaneiroParis
Buenos 
Aires
Santiago
Tóquio Londres
Bogotá
Munique
Cairo
Figura 38 − Rede mundial WAN
Continuando as exemplificações de tipos de redes, apresentam‑se as redes Local Área Network (LAN). 
Elas são um tipo de rede local que cobre uma área geográfica limitada, normalmente um escritório 
ou uma empresa, interconectando um número reduzido de pontos e entidades, sendo normalmente 
de domínio privado. São corriqueiras e usuais por proporcionarem condições de conexão em rede a 
usuários finais de departamentos e diversos tipos de grupos de trabalho.
Os meios de comunicação são múltiplos, podendo ser cabos telefônicos comuns, cabos coaxiais ou 
sistemas de rádio sem fio (wireless) para interconexão de estações de trabalho de microcomputadores e 
demais periféricos, como impressoras, scanners e acesso a web, rede mundial de computadores.
Conforme se pode observar na figura apresentada a seguir, para estabelecer a comunicação, os PCs 
possuem uma placa de rede, que é uma placa de circuitos que funciona como uma interface de rede. 
Normalmente, a rede conta com um microcomputador com uma maior potência de processamento e 
de armazenamento, por dispor de um disco rígido bem maior, o HD, possibilitando a concentração do 
97
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
processamento e do armazenamento dos dados. Este equipamento cumprirá a função de Servidor de 
Rede, e nele estará instalado o sistema operacional de rede. O servidor gerenciará e distribuirá os recursos 
da rede para os demais microcomputadores, tais como versões e cópias de arquivos compartilhados 
e softwares disponibilizados para utilização dos usuários da rede. Ele também controlará o acesso às 
impressoras e demais periféricos compartilhados aos usuários da rede de computadores.
Switch
Servidor 
de rede
BD
e
software 
compartilhados
Impressão 
compartilhada
Processador de interconexão com redes diversas
Figura 39 – Rede Local – LAN (compartilhamento)
Fonte: O’Brien (2004, p. 118).
Em razão da praticidade e da redução de custos, ao mesmo tempo que oferece versatilidade 
e flexibilidade para a solução em rede para as empresas, existe uma grande tendência em reduzir o 
tamanho das redes e soluções em Sistemas de Informação. As redes cliente/servidor são o resultado 
deste processo de downsizing, que consiste na passagem para plataformas menores de computação, tais 
como dos sistemas de mainframes para redes de computadores e servidores pessoais (O´BRIEN, 2004).
Este processo, embora vantajoso, exige investimentos em pessoal, recursos de hardware (equipamentos, 
cabeamentos, dispositivos) e em softwares, além do esforço e do tempo para a substituição das 
plataformas (hardwares e softwares) tradicionais e antigas, ligadas aos mainframes.
Os sistemas legados são os mais tradicionais e antigos, não tão simples de substituir. Existem casos 
especiais em que se implantam novas plataformas mais modernas, mas se mantêm, de forma parcial 
ou total, algumas soluções antigas em funcionamento devido à sua complexidade e/ou ao tipo de 
conhecimentos envolvidos.
 Lembrete
Plataforma significa o conjunto de hardware e software ajustado e 
alinhado para atender uma necessidade funcional, dentro do planejamento 
de TI.
98
Unidade II
Servidor 
de rede
Micros 
terminais
Superservidor
Sistema principal
Servidores 
controladores 
de aplicativos
Controle de banco 
de dados central
Processamento do 
serviço pesado
Figura 40 – Rede cliente/servidor
Fonte: O’Brien (2004, p. 120).
Os computadores de rede fornecem condições para os usuários utilizarem os applets, que são pequenos 
programas aplicativos compartilhados na rede através dos browsers de rede, ou seja, navegadores que 
permitem o acesso e a execução dos recursos disponibilizados. A computação em rede apresenta uma 
arquitetura que permitiu o desenvolvimento em dimensões cada vez maiores e com alta compatibilidade, 
como as redes cliente/servidor, as intranets, as extranets e a própria internet. Veja a figura:
Servidor 
de 
aplicativos
Servidor 
de BD
Interface 
com o 
usuário
Sistema 
Operacional de 
rede e aplicativos
Sistema de 
gerenciamento de 
banco de dados – SGBD
Figura 41 − Computadores em rede
Fonte: O’Brien(2004, p. 120).
Na figura se verifica que os computadores de rede, bem como os demais clientes da rede, estabelecem 
as interfaces com o usuário contando com os navegadores de rede para viabilizar a execução dos 
applets, visando ao atendimento de suas necessidades de processamento, acesso a dados, impressão ou 
interconexão com a internet. Da mesma forma, é possível identificar os servidores de rede cumprindo 
as suas funções de fornecer acesso aos softwares, sistemas operacionais e recursos computacionais 
compartilhados em rede. Por último, verificam‑se os servidores especiais de dados operacionais, de rede 
intranet ou internet, por meio de aplicações de gerenciamento de dados.
99
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
 Observação
A rede cliente/servidor é estabelecida em um ambiente de computação, 
no qual as estações de trabalho e os clientes são interconectados a um 
computador central, o servidor, que fornece um serviço de processamento, 
dados, acesso, dentre outros.
Rede 
estrela
Servidor
Rede 
anel
Servidor
Rede 
barramento
Figura 42 – Topologias de redes
Fonte: O’Brien (2004, p. 129).
Um dos maiores e mais esperados benefícios de uma rede de telecomunicação é o 
compartilhamento de informações e de recursos de software e periféricos entre os usuários, ou 
mesmo oferecer um meio de armazenamento final superior ao que é utilizado sem a rede, através 
de um concentrador de dados.
O termo topologia se refere ao arranjo ou “layout físico”, ou seja, o meio e a estrutura 
adotados para a conexão dos nós e dispositivos na rede. Os nós são os pontos no meio, que estão 
conectados entre si. A localização destes nós é denominada de endereço, através do qual são 
reconhecidos pela rede.
100
Unidade II
As estratégias adotadas para a escolha da topologia são diversas e dependem de aspectos ligados 
à forma de comunicação, compartilhamento, centralização ou descentralização dos fluxos e dos 
dados a serem compartilhados na rede. Os nós podem ser fontes ou usuários de recursos da rede, ou 
ambos, o que define como será a topologia da rede do grau de confiabilidade, flexibilidade e custos 
planejados operacionalmente.
Serão abordadas algumas topologias mais comuns de redes, visando apresentar de forma resumida 
as principais características de cada uma delas.
Rede Anel
A Rede Anel é uma topologia muito utilizada pela simplicidade do seu protocolo. Consiste em um 
conjunto de nós (terminais de telecomunicação) interligados através de um anel central de comunicação. 
As mensagens são recebidas e enviadas de forma unidirecional, entre o nó emissor ou receptor e o 
anel central. As estações interligadas ao anel não se intercomunicam diretamente, as mensagens são 
enviadas para o anel e ficam circulando nele até que sejam capturadas pela estação‑nó de destino. 
O protocolo unidirecional de transmissão é o usualmente adotado devido à simplicidade de controle 
e gerenciamento da comunicação. Este procedimento aumenta a segurança de entrega da mensagem, 
de forma coreta, com sequência e destino certos.
A mensagem enviada fica circulando no anel até identificar o destino ou até retornar ao nó emissor, 
se houver esta opção, por tempo e quantidade de tentativas.
Estes procedimentos permitem o envio simultâneo de uma mensagem para diversas estações da 
rede, que podem receber mensagens de todos os demais nós da rede.
Existe pouca tolerância na rede às falhas de comunicação, endereçamento ou fluxo de informação. 
Nos diversos controles possíveis se torna difícil identificar onde houve a perda de controle para tentar 
retomar o caminho correto para a rede, em qual nó este controle deve ser recriado. Pode acontecer que 
uma anomalia no controle cause uma circulação eterna de uma mensagem no anel da rede.
Uma possibilidade para aumentar a consistência do gerenciamento e do controle da rede é a criação 
de uma estação monitora, fixa ou temporária. Este nó seria responsável por acompanhar o desempenho 
da rede e o fluxo de mensagens em circulação, removendo, ou mudando de um nó para o outro, caso 
identifique a queda de uma linha de comunicação ou outros problemas no fluxo.
Rede Barramento
A denominação da rede é em função de sua configuração, que, por sua vez, depende de uma barra 
central, na qual todas as estações estão conectadas. Desta forma, o fluxo de informações, comandado 
pelo servidor, é canalizado numa única barra central, e todas as estações‑nós da rede percebem (ouvem) 
todas as informações que circulam na rede, o que torna muito simples o envio de um pacote do tipo 
multidifusão. Ao disponibilizar o pacote na rede, basta que haja o endereçamento de todos os nós e, 
101
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
naturalmente, as estações terão acesso. Em geral, diversas técnicas são utilizadas para o gerenciamento e o 
controle do acesso à barra central, podendo ser centralizada ou descentralizada. Quando centralizada, 
o acesso, ou a negativa para determinada estação, é efetuado por uma única estação‑nó especial. 
No controle descentralizado, o monitoramento e a permissão de acessos são distribuídos por todas as 
estações da rede. A modalidade de controle utilizada é a multiplexação.
Multiplexar consiste em entremear ou transmitir simultaneamente duas ou mais mensagens em 
um único canal (O’BRIEN, 2004). O multiplexador é um dispositivo eletrônico que permite a um único 
canal de telecomunicação veicular a transmissão simultânea de dados a partir de diversos terminais 
(O’BRIEN, 2004).
Diferentemente da Rede Anel, em uma falha no fluxo de comunicação, o fluxo da rede não será 
interrompido: o seu desempenho é acompanhado com base na transmissão, na quantidade de nós 
conectados, no gerenciamento do acesso, no tipo e na velocidade de tráfego, dentre outros. Existem 
também os watchdog timer, relógios de prevenção que medem o tempo de transmissão/recepção 
alocados em cada transmissor, podendo desconectar os nós que falham durante o processo.
Rede Estrela
Uma rede estrela interconecta os computadores, estações de trabalho, a um computador central, 
host. Através deste host, os nós usuários podem se comunicar entre si e compartilhar os recursos 
disponíveis na rede. Quando se trata de mensagens e comunicação entre as estações, o host funciona 
como um comutador de telecomunicação.
Quando os nós que compõem a rede se relacionam como clientes dependentes de relacionamento 
com um servidor central, não há solução melhor que a Rede Estrela. O gerenciamento central das 
comunicações facilita o gerenciamento do fluxo e a concentração de funções de operações de 
diagnósticos e gerenciamentos da rede. O host pode comutar ou chavear as comunicações entre as 
estações, mas também pode servir como um conversor de protocolos de telecomunicação, fazendo 
o papel de compatibilizador e nó de ligação entre redes diferentes de telecomunicação. O servidor, 
cotidianamente, vai gerenciar e harmonizar o padrão e a velocidade de comunicação entre os diversos 
transmissores e receptores existentes na rede.
O controle e o contingenciamento de falhas de comunicação serão mais práticos se houver uma 
falha entre uma estação e o computador central; somente este nó usuário ficará desconectado, e o 
funcionamento da rede, em sua totalidade, não sofrerá nenhuma descontinuidade. Entretanto, se uma 
falha ocorrer no host, todo o sistema pode ficar fora do ar. Para evitar este grave problema, a solução 
seria a redundância de plataforma, mantendo um servidor back up paralelamente de prontidão para 
entrar em operação em caso de falha. Contudo, esta medida gerará grande aumento nos investimentos 
em instalação e manutenção.
A capacidade do host passa a ser restritiva para o crescimento da rede, em termos de número de 
estações de trabalho e volume de dados e recursos a serem compartilhados e volume de dados a serem 
102
Unidade II
processados, acessados e armazenados na rede. Também ficam limitados os desempenhos cotidianos 
de velocidade de acesso e tempo de resposta da rede em função dacapacidade do computador central.
Existem diversos tipos de topologias ou estruturas de rede, sendo importante o conhecimento das 
principais, considerando as suas características e prós e contras, conforme se pode verificar no quadro 
a seguir.
 Saiba mais
Consulte o texto sobre redes de computadores:
TORRES, G. Redes locais: topologias e periféricos. Clube do Hardware, 
1º jun. 1998. Disponível em: https://cutt.ly/oHMH9Mn. Acesso em: 
24 maio 2022.
Quadro 25 – Topologias de rede – prós e contras
Topologias Aspectos prós Aspectos contra
Rede anel
 Facilidade de instalação
 Cabeamento simplificado
 Harmonização do desempenho
 Falha em um nó ocasiona queda 
dos demais
 Dificuldade de isolamento de falhas
Rede 
barramento
 Simplicidade
 Facilidade de instalar
 Cabeamento simples
 Entendimento de funcionalidade facilitado
 Diminuição da velocidade de troca 
e processamento, em momentos de 
pico
 Dificuldade de isolamento de 
problemas
Rede estrela
 Contorno facilitado de falhas de comunicação
 Flexibilidade para expansão e para inclusão de usuários
 Diversas facilidades de monitoramento, pelo controle centralizado 
 Cabeamento mais complexo
 Maior investimento para instalação
A alternativa geral é a utilização das estruturas mistas, aproveitando os pontos positivos de duas 
ou mais topologias, dependendo das características operacionais e das necessidades da empresa ou do 
setor de trabalho. As estruturas podem mesclar as topologias estrela, barramento ou anel.
Tecnologias de redes – métodos de transmissão
• Ethernet
Robert MetCalf criou um sistema para conexão de estações da Xerox com servidores. Essa tecnologia 
de redes de computadores tinha uma velocidade inicial limitada a cem estações operando numa banda 
de 2 Mb/s, com cabo coaxial. Com o advento da fast ethernet, em 1990, a velocidade passou para 
100 Mb/s, passando a ser utilizado o fio de par trançado. Posteriormente, com a utilização da fibra 
óptica, a rede atingiu a operação a 1 Gb/s.
103
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
A mais antiga rede no mercado teve seu custo reduzido pelo desenvolvimento tecnológico, 
ocasionando o aumento de sua utilização e a preferência no mercado.
Normalmente utilizada com topologia barramento (coaxial) ou estrela (par trançado com HUB), nesta 
rede, todos os nós percebem o tráfego na rede, ou pelo menos retransmitem o que está circulando 
nesta. No controle de fluxo, dois nós, ao serem detectados em transmissão simultânea, são alertados e 
aguardam outra oportunidade para transmitirem, evitando a chamada “colisão” na comunicação. Esse 
é o Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection (CSMA/CD).
Quanto maior o número de nós da rede, mais aumentam as colisões. A cada “colisão”, os dados são 
perdidos, e o controle permite que os nós envolvidos aguardem o momento adequado para retransmitir, 
sem perda de dados ou perda de continuidade no fluxo ou para a estação usuária.
• Token Ring
Indicadas para redes de médio e grande porte, a rede Token Ring apresenta uma relação custo‑benefício 
pior que a da rede ethernet. Esta tecnologia de rede se baseia em uma lógica de Anel. A topologia 
física se utiliza de um sistema de Estrela, com hubs inteligentes. O custo de instalação dessa rede é 
elevado, sendo sua velocidade de transmissão bem menor que a das redes ethernet. Um dos grandes 
benefícios da rede Token é sua virtual imunidade de colisões de mensagens; por contar com dispositivos 
inteligentes, o controle e a solução de falhas são muito facilitados. Entretanto, não é recomendada para 
aplicação em pequenas operações.
O controle da rede tem suporte do processo de controle de permissões para transmissão das estações 
usuárias. A lógica de funcionamento é circular, garantindo que todos os nós usuários transmitam.
 Saiba mais
Consulte texto a seguir para atualizar os seus conhecimentos.
AS TÉCNICAS de transmissão de dados nas redes sem fio Wi‑Fi (80). 
Kioskea.net, jun. 2014. Disponível em: https://cutt.ly/vHMJjYb. Acesso em: 
24 maio 2022.
Arquiteturas e protocolos
A arquitetura e os protocolos de rede consistem em padrões a serem adotados pelos fabricantes de 
hardwares e softwares de comunicação de redes, visando à redução de custos e ao aumento da eficácia 
e da eficiência das soluções produzidas e comercializadas por meio de um maior compartilhamento e 
interatividade entre produtos oferecidos ao mercado. Tudo isso devido a uma maior compatibilidade 
entre as soluções dos diversos fabricantes.
104
Unidade II
Os protocolos correspondem a um conjunto de regras e procedimentos padronizados, mesmo que 
limitado a um equipamento de um fabricante. Existem protocolos que padronizam características físicas 
dos cabos e conectores de terminais, computadores, modems e linhas de comunicação. Os protocolos 
podem estabelecer, também, regras para o processo de trocas de mensagens, sinais e códigos, durante 
uma sessão de telecomunicação entre terminais e computadores, dentre outros tipos de protocolos.
A arquitetura de redes objetiva criar um ambiente (environment) capaz de desenvolver telecomunicação 
de forma flexível, simples e eficaz. O protocolo‑padrão permite o desenvolvimento de interfaces 
padronizadas para os diversos níveis existentes entre os sistemas de computadores e os usuários finais.
O Open Systems Interconnection (OSI), Sistema de Interconexão de Sistemas Abertos, elaborado 
e apresentado ao mercado pela Organização Internacional para a Definição de Normas, tem sua 
funcionalidade em sete camadas. O Modelo OSI deve servir como padrão para o desenvolvimento 
das arquiteturas de redes. Adoção modular de sete camadas, na arquitetura de uma rede, simplifica e 
promove melhor manutenção, desenvolvimento e operação da rede, por profissionais do mercado.
O sistema de protocolo TCP/IP, adotado pela internet, teve aceitação e padronização tão abrangentes 
com o passar do tempo que tornou a internet um padrão de arquitetura de rede de telecomunicação. 
O TCP/IP pode ser entendido por Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo de internet. Conforme 
se pode observar na figura, o TCP/IP se encontra estabelecido com cinco camadas de protocolos próprios, 
mas que equivalem às sete camadas do modelo OSI.
Rede estrela Rede
Estrela‑anel
Figura 43 – Camadas da hierarquia de redes – TCP/IP
Fonte: O’Brien (2004, p. 130).
105
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
 Lembrete
Protocolos de internet correspondem a um grupo de regras e normas 
de funcionamento, padronizadas e formalizadas, que são atendidas para 
viabilizar troca de dados e informações entre computadores conectados 
em rede.
5.1.2 Rede internet
A história da internet passa por pesquisas na Fundação de Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) 
e evolui até a formação do Comitê Gestor da internet no Brasil.
Quadro 26 – Histórico da internet no Brasil
Período Histórico
1987 A Fundação de Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) conectaram‑se a instituições nos EUA
1988 A UFRJ conectou‑se à Ucla. Várias universidades e centros de pesquisa conectaram seus equipamentos a uma dessas instituições
1990
A Rede Nacional de Pesquisas (RNP) começa uma iniciativa cujo objetivo é implantar 
uma moderna infraestrutura de serviços de internet, com abrangência nacional. Até 
abril de 1995, a atuação da RNP se restringia às áreas de educação e pesquisa no 
País. Sua missão foi disseminar o uso da internet no Brasil, especialmente para fins 
educacionais e sociais
1991
Apresentação de um plano para melhor interconectar os diversos centros de pesquisa do 
país:
–7 de junho: aprovação da implantação de um backbone para a RNP, financiada pelo 
CNPq
–motivação: lentidão e problemas apresentados no modelo inicial
1992 a 1993
Implantação de um backbone de comunicação, cobrindo a maior parte do país, a 
velocidades mínimas de 9.600 bits por segundo (b/s)
Implantação de um conjunto de aplicações em diversas áreas de especialização; 
planejamentopara o período 1994/1995 (lograr a efetiva consolidação da rede)
1994 a 1995
Quase todos os estados brasileiros tinham ponto de presença oficial da RNP ou operado 
por alguma instituição local e aberto à comunidade de educação e pesquisa na região
As instituições que então se conectaram à RNP ou a redes estaduais eram 
primariamente voltadas para educação, pesquisa ou gestão governamental
Cerca de quatrocentos instituições de ensino e pesquisa do país se ligaram em rede, 
incluindo a maioria das universidades e dos institutos de pesquisa governamentais
Segundo as estimativas da época, mais de 10 mil hosts estavam interligados em rede no 
Brasil
Adotada a premissa de que cada host era utilizado por seis usuários, o número total de 
usuários ativos era estimado em 60 mil, primariamente, para uso acadêmico
106
Unidade II
Período Histórico
Abril/1995
O Ministério das Comunicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia decidem lançar 
um esforço comum de implantação de uma rede internet global e integrada para todo 
tipo de uso
Surgiram as bases político‑estratégicas da internet no Brasil. Conectaram‑se 11 
empresas no servidor WWW experimental da Embratel
Neste cenário, a RNP foi chamada a cumprir nova missão
Operação (continuada) de serviços de alocação de endereços IP e de registro de 
domínios
Aderência de todas as iniciativas de redes no país a padrões gerais de engenharia, 
interconexão, segurança etc.
Coleta e disseminação de informações sobre internet no Brasil: pontos de presença em 
todas as capitais, ligação entre as capitais geradoras de maior tráfego a velocidades de 2 
Mb/s (antes 64 Kb/s) e transformação das ligações de 9.6 Kb/s em ligações a 64 Kb/s
Maio/1995
Criação do Comitê Gestor da internet, que conta com a participação do MC e do MCT, de 
entidades operadoras e gestoras de espinhas dorsais, de representantes de provedores de 
acesso ou de informações,de representantes de usuários e da comunidade acadêmica
Atribuições do Comitê Gestor:
– fomentar o desenvolvimento de serviços de internet no Brasil
– recomendar padrões e procedimentos técnicos e operacionais para a internet no Brasil
– coordenar a atribuição de endereços de internet, o registro de nomes de domínios e a 
interconexão de espinhas dorsais
– coletar, organizar e disseminar informações sobre os serviços de internet
Principal problema para o Comitê Gestor:
– acompanhar a transformação da internet no Brasil
Principais transformações:
– aumento de velocidade nos circuitos da Rede Nacional de Pesquisa (RNP)
– permissão de tráfego misto – acadêmico, governamental e comercial
– estabelecimento, pela Telebras, de um backbone nacional e de outros backbones privados
– em dezembro, todos os circuitos de 2 Mb/s correspondentes à parte principal da 
espinha dorsal da RNP estavam operacionais
Comitê Gestor da internet do Brasil:
– criado com o objetivo de assegurar qualidade e eficiência dos serviços oferecidos, 
assegurar justa competição entre provedores e garantir a manutenção de adequados 
padrões de conduta de usuários e provedores
Membros do Comitê:
– Ministérios (MCT, MC, Defesa, Planejamento e Indústria)
– Casa Civil da Presidência da República
– Agência Nacional de Telecomunicações
– Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
– representantes do setor empresarial
– provedores de acesso e conteúdo da internet
– provedores de infraestrutura de telecomunicações
– indústria de bens de informática, telecomunicações e software
– setor empresarial usuário
– representantes do terceiro setor (serviços)
– representantes da comunidade científica e tecnológica
107
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
A internet transformou o ambiente empresarial em um contexto veloz, integrado e unificado ao 
interconectar bilhões de internautas em todo o mundo. A World Wide Web – WWW –, interface gráfica da 
internet, desenvolveu o seu potencial em criar uma nova interação das empresas, de forma fácil e amigável.
O sonho humano de décadas de desenvolver meios de intercomunicar os membros da sociedade, 
em volumes astronômicos, tornou‑se realidade. A partir de sua criação na década de 1960, nos EUA, a 
internet evolui cada vez mais rapidamente, tornando‑se o meio de comunicação mais efetivo do globo. 
No Brasil, há um crescimento acelerado.
Foi criado um novo ambiente, que necessita de regulamentação, de novas regras de relacionamento, 
distribuição de informações e privacidade de dados e conhecimentos valiosos. Este espaço, o cibernético, 
estabeleceu o ciberespaço, diferente do espaço físico e real, com uma estrutura maleável e flexível, onde 
todos podem atuar livremente e com acessos ilimitados a qualquer um dos nós da rede, redefinindo 
códigos e interagindo. A existência de objetos inacessíveis e não públicos elevam o grau de urgência de 
criação de instrumentos jurídicos, capazes de alcançar estes novos tipos de eventos e relacionamentos.
Ao final de 2009, segundo estatísticas realizadas pelo Ibope (apud NÚMERO..., 2013), o Brasil atingiu 
67,5 milhões de internautas, um crescimento de 1,2 milhões se comparado com a pesquisa realizada em 
setembro de 2009, ou seja, em apenas três meses, o Brasil teve crescimento de 1,77%, em número de 
internautas.
Em quatro anos, a quantidade de internautas quase dobrou, alcançando o volume de 102 milhões. 
Veja o trecho de um artigo publicado sobre o assunto:
O número de pessoas com acesso à internet no Brasil ultrapassou pela 
primeira vez a casa dos 100 milhões, segundo estudo divulgado nesta 
quarta‑feira (10) pelo Ibope Media. Os dados referentes ao primeiro trimestre 
de 2013 indicam que o país tem 102,3 milhões de internautas.
O crescimento foi de 9% se considerados os 94,2 milhões de usuários 
registrados no terceiro trimestre de 2012. O comparativo se refere a este 
período de 2012, pois foi a partir dele que o instituto passou a considerar 
crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos.
Agora, o levantamento inclui pessoas de 16 anos ou mais com acesso em 
qualquer ambiente (domicílios, trabalho, escolas, LAN houses e outros), além 
de crianças e adolescentes (de 2 a 15 anos de idade) com acesso em casa.
Se consideradas as pessoas com acesso em casa ou no trabalho, somente em 
abril de 2013, o número fica em 72,7 milhões. Durante o mesmo período, o 
número de usuários ativos (que efetivamente usaram a web) em um desses 
dois ambientes ficou em 53,7 milhões.
102,3 milhões de usuários – 1º tri de 2013.
108
Unidade II
72,7 milhões têm acesso em casa ou no trabalho – abril 2013.
53,7 milhões efetivamente navegam em casa ou no trabalho – abril 2013 
(NÚMERO..., 2013).
Para entender o ambiente da internet, é preciso compreender o seu funcionamento. Dentre os 
componentes da internet estão os provedores da rede.
Um provedor pode ser uma pessoa física ou jurídica; faz o papel de disponibilizar dados, informações, 
conhecimentos, acesso e comunicação, bem como serviços diversos.
 Lembrete
WWW significa World Wide Web, denominação dada ao ambiente 
gráfico, que forma um sistema de documentos utilizado na internet. 
Permite o acesso a informações, no formato de hipertexto. O acesso é feito 
com o uso de um programa chamado navegador.
A melhor classificação de provedores da internet é a da Rede Nacional de Pesquisa, em seu Guia 
do Usuário internet/Brasil – Versão 2.0 (REDE NACIONAL DE PESQUISA, 1996), que os denomina de 
provedores de serviços. É possível adotar a definição de Leonardi (2005), que institui cinco diferentes 
tipos de provedores:
• provedor backbone;
• provedor de acesso;
• provedor de correio eletrônico;
• provedor de hospedagem;
• provedor de conteúdo.
Quadro 27 − Tipos de provedores da internet
Provedor Característica
Provedores backbone
Backbone significa espinha dorsal, é a estrutura física da internet. Permite a transferência de 
dados, interligando os computadores. É a instituição que mantém a infraestrutura necessária para 
disponibilizar serviços para outros provedores de acessoe hospedagem
A interconexão dos computadores provedores cria a rede imensa que abrange o ambiente 
global da internet. Esta infraestrutura é formada por cabos, linhas telefônicas, satélites, estações 
repetidoras. A Rede Nacional de Pesquisa foi a primeira a possuir um backbone no Brasil. Visando ao 
desenvolvimento da internet no Brasil, o Governo autorizou que empresas particulares montassem os 
seus provedores
109
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
Provedor Característica
Provedores de acesso
Disponibilizam acesso à internet, na maioria das vezes, através dos Provedores disponíveis, porém 
muitos contam com seus próprios recursos e provedores. Têm grande importância: sem esses 
provedores de acesso, a maioria dos internautas não teria acesso à rede. Nos dias atuais, esta 
dependência diminui, com o avanço dos recursos tecnológicos da rede
Provedores de correio 
eletrônico
A maioria dos provedores de acesso oferece, também, serviços de correio eletrônico, de e‑mail. No 
Brasil, conhecem‑se o Terra, o UOL, o IG, o Ibest etc.
Provedores de 
hospedagem
Oferecem um serviço de armazenamento de arquivos e dados dos internautas, gratuitamente ou não, 
contando com servidores próprios. O acesso remoto de terceiros aos dados armazenados é realizado 
conforme as cláusulas de um contrato de prestação de serviços, firmado coletivamente com os 
consumidores
O fator negativo desses serviços, devido ao acesso de terceiros aos dados, é pirataria na internet. 
Dentre as empresas de hospedagem tradicional, surgiram recentemente empresas como o Rapidshare, 
consideradas de hospedagem rápida, contribuindo para a disseminação de conteúdos ilicitamente ou 
não autorizados pelos autores originais 
Provedores de 
conteúdo
Provedores de conteúdo são as empresas ou pessoas que fornecem informações e conhecimentos que 
foram elaborados e desenvolvidos pelos provedores de informação. Já os provedores de informação 
criam as informações disponibilizadas pelos servidores próprios ou por terceiros
Os tipos de provedores de conteúdos se dividem em comunidades online, blogs, fotologs, fóruns, 
dentre outros
Tipos de provedores 
de conteúdo
Comunidades online
No Brasil, um bom exemplo é o antigo Orkut. Hoje, o grande exemplo é o Facebook
As comunidades online também são conhecidas como comunidades de relacionamento online ou 
redes sociais. A questão não é a semelhança apenas. Pode ser que pessoas com características e 
preferências bem diferentes façam parte da mesma comunidade online. Contudo, dentro das redes 
sociais, os grupos vão sendo formados em verdadeiras subcomunidades e, aí sim, por interesses 
comuns
Blogs
Sistemas que existem há mais tempo no ambiente da internet. Muitos usuários da rede mundial 
fazem uso para divulgar seus pensamentos e ideologias
São verdadeiros portais de pirataria também, pois disponibilizam conteúdos e links para textos, 
músicas e vídeos, nem sempre com distribuição autorizada
Fotologs
Divulgam fotos e imagens postadas pelos usuários cadastrados. Também considerada uma grande 
fonte de pirataria. Hoje se encontram em decadência, tendo sites mais modernos, como o Instagram
Fóruns
Bem mais conhecidos, são utilizados em sites diversos e em comunidades online. Contudo, o tipo 
característico é um fórum especializado. Em torno do sistema formam‑se comunidades específicas 
e especializadas em determinado tipo de assunto. São geradas discussões técnicas e específicas, 
aprofundando‑se em determinado tema, com compartilhamento de conhecimentos e esclarecimentos 
de dúvidas. Exemplos: Clube do Hardware
Adaptado de: Leonardi (2005).
 Observação
Backbone significa um meio de transferência de dados em alta velocidade 
e alta capacidade ao longo de centenas ou milhares de quilômetros. É a 
rede principal pela qual os dados de todos os clientes da internet circulam 
e são transmitidos.
110
Unidade II
5.1.3 Intranet
A intranet é uma rede nos mesmos moldes da internet, contando com todos os recursos disponibilizados 
na rede mundial de computadores, tais como computadores interconectados, sites, comunidades, serviço 
de correio eletrônico, fórum, chat, dentre outros. O diferente é que o nível de acesso e a abrangência da 
rede são internos de uma organização. O acesso é permitido aos colaboradores da empresa por meio de 
user codes, senhas e níveis de permissão.
Na figura podem‑se analisar os componentes e o funcionamento geral da intranet, bem como da 
extranet, que será abordada mais adiante.
Roteador
Roteador
Firewall
Firewall
Extranet
A internet
Servidor 
da intranet
Servidor principal
Figura 44 – Exemplo de modelo de intranet e extranet
Fonte: O’Brien (2004, p. 119).
Para a construção de uma intranet, existe um método desenvolvido empiricamente que facilitaria 
os trabalhos.
Benefícios da intranet:
• excelente plataforma para divulgação de informações internamente;
• servidores não necessitam de tanto hardware;
• tecnologia Web apresenta capacidade de expansão.
111
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
5.1.4 Extranet
Da mesma forma que a intranet, a extranet conta com todos os recursos da internet, mas diferencia‑se 
pelo acesso restrito e pela sua abrangência. Os usuários são um pequeno grupo de stakeholders das 
operações da empresa. Stakeholdes são partes interessadas; neste caso, são fornecedores, clientes, 
empresas parceiras e outras instituições autorizadas.
Oferece uma gama de aplicações e serviços, como utilização de softwares e hardwares mais 
sofisticados, por exemplo:
• clientes: autosserviço, comercialização, marketing one‑to‑one, venda direta, encomenda de 
produtos ou serviços etc.;
• fornecedores: administração de distribuição, administração da cadeia de valores e suprimentos 
(Supply Chain Management − SCM) e compras online.
Na extranet as redes se conectam e permitem que recursos disponíveis na intranet de uma organização 
se intercomuniquem com outras organizações. As extranets permitem que parceiros acessem sites e 
outros recursos da intranet de acordo com níveis de permissão, consoante os interesses e as estratégias 
da empresa acessada.
 Saiba mais
Leia o texto a seguir para saber diferenciar a extranet e a intranet, com 
exemplos práticos:
VAZ, M. O que é extranet? Globo.com, 2012. Disponível em: 
https://cutt.ly/NHMJSKP. Acesso em: 24 maio 2022.
6 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL DE TI
As organizações são subdivididas em três níveis administrativos e de atuação. São eles: o estratégico, 
o tático e o operacional.
Tático
Estratégia
Operacional
Níveis organizacionais
Figura 45 – Níveis operacionais
112
Unidade II
Como se pode verificar em Santos (2011), cada um dos níveis tem um planejamento específico, mas é 
integrado pelo desdobramento dos maiores nos menores, de forma que a consecução do menor efetive 
a consecução dos maiores. Exemplo: a consecução dos objetivos operacionais viabiliza a consecução dos 
objetivos táticos, e assim sucessivamente.
Nível estratégico de influência
O planejamento estratégico pode ser conceituado como um processo gerencial que possibilita ao 
executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, tendo em vista a obtenção de um nível de 
otimização na relação da empresa com o seu ambiente.
Portanto, o nível estratégico de influência considera a estrutura organizacional de toda a empresa e 
a melhor interação dela com o ambiente.
Nível tático de influência
O planejamento tático tem por finalidade otimizar determinada área de resultado, e não a empresa 
em sua totalidade. Ao realizar o seu planejamento, com base nos objetivos estratégicos da organização, 
cada área determina como contribuir para a consecução dos objetivos primeiros.
Portanto, o nível tático de influência considera determinado conjunto de aspectos homogêneos da 
estrutura organizacional da empresa.
Nível operacional de influência
O planejamento operacional pode ser considerado como o nível de execução e realização das tarefas. 
Neste nível, os objetivos táticos são desdobradosem objetivos e metas operacionalizáveis. Elaboram‑se 
os planos de ação, que determinam como as tarefas serão executadas e monitoradas.
Portanto, o nível operacional considera uma parte bem específica da estrutura organizacional da empresa.
Para o entendimento da organização é preciso ter uma compreensão sistêmica da empresa. Para 
tanto, sugerem‑se o estudo e compreensão das Áreas Funcionais da Organização, conforme detalhado 
anteriormente, o que permitirá o entendimento do funcionamento de quaisquer tipos de empresa, 
independentemente do ramo de atuação, do porte ou da estratégia adotada.
Marketing Produção
Áreas funcionais‑fim
Áreas funcionais‑meioAdm.
financeira
Adm.
de materiais
Adm. de 
recursos 
humanos
Adm. de 
serviços
Gestão 
empresarial
Figura 46 – Áreas funcionais
113
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
As áreas funcionais‑fim englobam as funções e atividades envolvidas diretamente no ciclo de 
transformação de recursos em produtos e de sua colocação no mercado. Pertencem a esta categoria as 
seguintes áreas funcionais:
• marketing: é a função relativa à identificação das necessidades de mercado, bem como a colocação 
dos produtos e serviços junto aos consumidores;
Quadro 28 – Os quatro Ps de marketing
Tópico Atividades
Produto
Desenvolvimento dos produtos atuais
Lançamento de novos produtos
Estudo de mercado
Forma de apresentação
Embalagem
Praça
Expedição
Venda direta
Venda por atacado
Promoção
Material promocional
Promoção
Publicidade
Propaganda
Amostra grátis
Preços
Estudos e análises
Estrutura de preços, descontos e prazos
• produção: é a função relativa à transformação das matérias‑primas em produtos e serviços a 
serem colocados no mercado.
Quadro 29 – Atividades da produção
Tópico Atividades
Fabricação
Processo produtivo
Programação
Controle
Qualidade
Programação
Controle
Manutenção
Preventiva
Corretiva
Já as áreas funcionais‑meio congregam as funções e atividades que proporcionam os meios para 
que haja a transformação de recursos em produtos e serviços e sua colocação no mercado. Estas são as 
seguintes áreas funcionais:
114
Unidade II
• administração financeira: é a função relativa a planejamento, captação, orçamento e gestão 
dos recursos financeiros, envolvendo também os registros contábeis das operações realizadas nas 
empresas;
Quadro 30 – Atividades financeiras
Tópico Atividades
Planejamento de recursos
financeiros
Orçamento
Programação das necessidades de recursos financeiros
Projeções financeiras
Análise do mercado de capitais
Captação de recursos
financeiros
Títulos
Empréstimos e financiamentos (negociação e contratação de recursos)
Administração de contratos de empréstimos e financiamentos (prestação de contas aos 
órgãos financiadores, amortização, correção e encargos financeiros dos contratos)
Gestão dos recursos disponíveis
Pagamentos (fundo fixo de caixa, controle de vencimento, borderôs, reajustes de preços)
Recebimentos (controle de recebimentos, registros)
Operações bancárias (abertura e encerramento de contas, transferências, conciliações)
Fluxo de caixa
Acompanhamento do orçamento financeiro
Seguros
Análise do mercado securitário
Contratação de apólices
Administração das apólices
Liquidação de sinistros
Contábil
Contabilidade patrimonial (análise, registro patrimonial, correção monetária, depreciação 
e amortização do ativo fixo)
Contabilidade de custos (apropriação, rateios, relatórios de custos)
Contabilidade geral (demonstrações financeiras, relatórios contábeis, contabilidade de 
contratos de empréstimos e financiamentos, controle de correntistas)
• administração de materiais: é a função relativa ao suprimento de materiais, serviços e equipamentos, 
normatização, armazenamento e movimentação de materiais e equipamentos da empresa;
Quadro 31 – Atividades de suprimentos
Tópico Atividades
Planejamento de materiais e 
equipamentos
Programação das necessidades de materiais e equipamentos
Análise de estoques (classificação ABC, lote econômico, estoque de segurança etc.)
Normatização e padronização
Orçamento de compras
Aquisições
Seleção e cadastramento de fornecedores (contatos, coleta de dados sobre 
fornecedores, avaliação etc.)
Compras de materiais e equipamentos (licitação, emissão de encomendas, 
acompanhamento de entregas)
Contratação de serviços e obras
115
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
Tópico Atividades
Gestão de materiais e 
equipamentos 
Inspeção e recebimento (verificação de qualidade, quantidade, especificação etc.)
Movimentação de materiais (transporte)
Alienação de materiais e equipamentos
Controle de estoques (localização física, controle de entradas, requisições, 
quantidades em estoque, separação de materiais, armazenagem etc.)
Distribuição e armazenagem dos materiais e equipamentos (entrega ao requisitante 
ou a outros almoxarifados)
• administração de recursos humanos: é a função relativa ao atendimento de recursos humanos da 
empresa, bem como ao planejamento e à gestão deste recurso, do seu desenvolvimento, além de 
benefícios, obrigações sociais etc.;
Quadro 32 – Atividades da Administração de Recursos Humanos
Tópico Atividades
Planejamento
Programação de necessidades de pessoal (quem, quando, para onde, quantos)
Análise de mercado de trabalho
Pesquisa de recursos humanos
Orçamento de pessoal
Suprimentos do quadro
Cadastramento de candidatos a emprego
Recrutamento
Seleção (exames psicotécnicos, médico, teste de conhecimento profissional)
Registro e cadastramento
Contratação de mão de obra de terceiros
Contratação de serviços e obras
Gestão de recursos humanos
Movimentação de pessoal (transferências, promoções, transformação de vagas, 
admissões, demissões)
Cargos e salários
Controle de pessoal (ponto, distribuição de efetivo, controle de produtividade)
Acompanhamento de orçamento de pessoal
Relações com sindicatos
Desenvolvimento de recursos 
humanos
Avaliação de desempenho
Acompanhamento de pessoal
Treinamento
Pagamentos e recolhimentos
Folha de pagamento
Encargos sociais
Rescisões dos contratos de trabalho
Auxílios
Benefícios
Assistência médica
Empréstimos e financiamentos
Lazer
Assistência social
116
Unidade II
Tópico Atividades
Obrigações sociais
Medicina do trabalho
Segurança do trabalho
Ações trabalhistas
Relatórios fiscais
• administração de serviços: é a função relativa a transporte de pessoas, administração dos 
escritórios, documentação, patrimônio imobiliário da empresa, serviços jurídicos, segurança etc.;
Quadro 33 – Atividades de Administração de Serviços
Tópico Atividades
Transportes
Planejamento da frota de veículos e normatização do uso dos transportes na empresa
Administração da frota de veículos (controles, alienações, programação do uso, 
relatórios sobre acidentes etc.)
Serviços de apoio
Manutenção, conservação e reformas dos locais e das instalações civis, elétricas e hidráulicas
Administração de móveis e equipamentos de escritório normatização, padronização, 
controle físico, orçamento, inventário
Planejamento e operação do sistema de comunicação telefônica
Serviços de zeladoria, limpeza e copa
Manutenção da correspondência da empresa (recebimento, expedição e classificação, 
serviços de malote)
Administração dos arquivos (normatização, padronização e organização de arquivos)
Serviços de gráfica
Relações públicas
Segurança
Serviços jurídicos
Informações técnicas e acervo bibliográfico
Patrimônio imobiliário
Cadastro do patrimônio imobiliário
Alienação e locação de imóveis
Administração do patrimônio imobiliário (reformas, modificações, construções de 
edificações, documentação, regularização)
• gestão empresarial: é a função relativa ao planejamento empresarial e ao desenvolvimento de 
sistemas de informações.
O planejamento estratégico é uma técnica administrativa que, por meio da análise do ambiente de 
uma organização, identifica as oportunidades a serem aproveitadas e as ameaças a serem combatidas ou 
evitadas. Internamente, analisam‑seos pontos fortes a serem utilizados e exibidos diante dos desafios 
externos, bem como os pontos fracos que devem ser melhorados. Tudo isso visa ao cumprimento da sua 
missão, contando‑se com o estabelecimento de propósitos, políticas e diretrizes para a organização em 
sua totalidade. Uma das principais ferramentas utilizadas é a tecnologia da informação, considerando‑se 
o desenvolvimento e a aplicação de Sistemas de Informação operacionais, gerenciais, inteligentes e 
específicos para executivos.
117
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
Quadro 34 – Atividades de Gestão Empresarial
Tópico Atividades
Planejamento e controle 
empresarial
Planejamento estratégico
Acompanhamento das atividades da empresa
Auditoria
Sistemas de informação
Planejamento de sistemas de informação
Desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação
Processamento de dados
Nota‑se que o planejamento estratégico está incluso em uma área funcional‑meio, a gestão 
empresarial. O que é perceptível, também, é que o planejamento estratégico empresarial e o planejamento 
de Sistemas de Informação estão juntos e se completam.
6.1 Planejamento empresarial
Todas as organizações possuem uma estratégia de negócio, seja a microempresa, seja a grande 
corporação internacional. Essa estratégia é a forma como a organização enxerga o mercado em que 
atua, como vê as ameaças e como se defende delas, como prospecta e aproveita as oportunidades 
que aparecem, como gere seu orçamento, dentre outros. O que diferencia as empresas é a forma como 
fazem essa gestão, como atuam.
A estratégia intuitiva é encontrada apenas em pequenas empresas. Nas grandes, que não passaram 
por um processo formal de planejamento, a estratégia evolui a partir da interação das atividades de 
cada departamento funcional da empresa. No entanto, a soma dos métodos departamentais raramente 
equivale à melhor estratégia. Um bom planejamento estratégico deve responder a algumas questões:
• Quem são e como agem meus concorrentes?
• Quais são as ameaças ao meu negócio?
• Quais são as oportunidades que não aproveitamos?
• De que modo meu setor irá se desenvolver?
• Qual a melhor posição a ser adotada para competir a longo prazo?
Conforme Santos (2011), a estratégia competitiva é a forma de determinar um lugar a chegar e 
combinar os meios que serão usados para se chegar lá. Algumas empresas usam termos diferentes 
para o mesmo sentido; assim, meta, missão e objetivo podem ter o mesmo significado para 
diferentes organizações.
O que precisamos ter claro é a diferença entre fim − onde a empresa pretende chegar − e meios, 
como e com que recursos pretende chegar. No centro da figura a seguir estão as metas da organização, 
118
Unidade II
seus objetivos econômicos e não econômicos. As setas simbolizam as políticas operacionais básicas, com 
as quais a organização pretende atingir as metas. Dependendo do setor de atuação, a administração 
pode ser mais ou menos específica na articulação dessas políticas operacionais.
Pontos fortes e 
pontos fracos da 
companhia
Valores pessoais 
dos principais 
implementadores
Expectativas 
mais amplas da 
sociedade
Ameaças e 
oportunidades 
da indústria 
(econômicas e 
técnicas)
Fatores 
internos à 
companhia
Fatores 
internos à 
companhia
Estratégia 
competitiva
Figura 47 – Elementos da estratégia competitiva
A figura mostra a estratégia e o mercado de uma forma mais ampla. Mostra que toda ação estratégica 
está apoiada em quatro pilares básicos, conforme explicado no quadro a seguir.
Quadro 35 
Pilar Descrição
Pontos fortes e pontos fracos
Toda organização tem aspectos que a diferenciam em relação à 
concorrência, como tecnologia, recursos financeiros, força da marca, 
liderança de mercado, dentre outros. São perfis que podem ser 
melhores ou piores em comparação com os outros concorrentes. 
Saber onde a organização é forte e onde é inferior à concorrência é 
fundamental para traçar uma estratégia correta
Valores pessoais
Consistem nas motivações e necessidades dos principais executivos. 
Os pontos fortes e os fracos combinados com os valores determinam 
os limites internos do sucesso da implementação da estratégia
Ameaças e oportunidades
Dizem respeito ao mercado em que a organização atua. Determinam 
os limites externos de sua atuação, o grau de risco e as recompensas 
potenciais para esta atuação
Expectativas amplas Englobam o que a organização espera de políticas governamentais, interesses sociais e outros
Adaptado de: Porter (1986).
A análise correta desses quatro fatores englobados é fundamental para o sucesso ou o fracasso da 
estratégia a ser implementada. Um dos modos de fazer isso é seguir um roteiro de perguntas sobre 
metas e políticas:
119
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
• As metas são mutuamente alcançáveis?
• Será que as políticas operacionais básicas se dirigem para as metas?
• Elas se reforçam mutuamente?
• Exploram as oportunidades?
• Abordam as ameaças?
• Atendem aos interesses mais amplos da sociedade?
• Ajustam‑se aos recursos disponíveis?
• Refletem aquilo que a organização faz bem?
• Foram bem compreendidas pelos principais executivos?
• Têm congruência com os valores internos?
Existem cinco forças competitivas básicas:
Ameaça de 
novos entrantes
Poder de negociação 
dos fornecedores
Poder de negociação 
dos compradores
Ameaça de produtos ou 
serviços substitutos
Entrantes 
potenciais
Substitutos
Fornecedores Compradores
Concorrentes na 
indústria
Rivalidade entre as 
empresas existentes
Figura 48 
Para Santos (2011), existem diversos tipos de barreiras para a entrada de novos concorrentes, como 
necessidade de alto investimento, no caso da indústria de mineração; existência de patentes, na indústria 
farmacêutica; legislação, nas telecomunicações, que dependem de concessão governamental; e outras. 
Quanto maior a barreira, menor o risco de ingresso de novos competidores.
A ameaça de substituição pode ser exemplificada com o caso clássico da esponja de aço versus a 
esponja de material sintético. Durante anos, a esponja de aço Bombril reinou absoluta no mercado 
120
Unidade II
de material de limpeza, até que a 3M, uma indústria que se posiciona como uma organização de 
inovações, lançou a esponja de material sintético que substitui, com algumas vantagens, a de aço.
O poder de negociação dos fornecedores está relacionado com a influência deles no resultado de 
uma negociação. Quanto menor o número de fornecedores e menos substituível o produto, menor 
a concorrência do setor e maior a força dos fornecedores. Um exemplo é a indústria de papel de 
impressão, na qual atuam não mais que quatro organizações. Os preços praticados no mercado 
interno são sempre alinhados com os do mercado externo, independentemente da demanda. Outro 
exemplo é o produto protegido por patente, que só pode ser produzido por uma única organização.
Já o poder de negociação dos compradores trata‑se da capacidade destes compradores na negociação em 
larga escala com fornecedores de melhores condições de preço, prazo de pagamento, prazo de entrega 
e qualidade.
A rivalidade entre atuais concorrentes aponta que quanto mais rivalidade houver no setor, mais 
baixos serão os preços praticados e menor será a rentabilidade total.
Estas cinco forças competitivas orientam a formulação das estratégias, mas nunca devemos nos 
esquecer do fator governo. Uma lei pode acabar literalmente com um segmento e criar outro. Foi o 
que aconteceu com a indústria de manipulação de amianto. Ao se comprovar que a manipulação da 
matéria‑prima fazia mal aos operários da linha de produção, uma lei proibiu sua manipulação. Caixas 
d’água, por exemplo, passaram a ser fabricadas com fibras sintéticas. Para fabricantes que manipulavam 
o amianto, a lei foi mortal. Para empresas como a Tigre, especialista em tubos e conexões de PVC, foi 
uma enorme oportunidade (SANTOS, 2011).
Segundo Rezende e Abreu (2001), o Planejamento Estratégico Empresarial (PEE) é um processo 
empresarial quecompõe a função Gestão Empresarial, conforme visto anteriormente; ele é dinâmico 
e interativo e determina a visão, a missão, os objetivos e as estratégias de curto, médio e longo prazos, 
bem como as funções empresariais e os procedimentos de uma organização. A sua elaboração pode ser 
feita através da Matriz Swot, quando acontece a análise do ambiente (interno e externo), das ameaças e 
oportunidades, dos seus pontos fortes e fracos, permitindo o estabelecimento do direcionamento global 
de uma organização. O grande desafio é o alinhamento total da empresa em relação ao seu ambiente, 
ao mercado e às demais partes interessadas. É um processo formal e visa produzir e articular resultados, 
gerando sinergia entre todas as partes componentes da organização.
 Observação
Matriz Swot, ou FOFA, significa Strenghts (Forças), Weaknesses 
(Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). No 
planejamento estratégico, exercita‑se o raciocínio que avalia o ambiente 
interno – forças e fraquezas – e o externo – oportunidades e ameaças, com 
vistas ao estabelecimento de estratégias globais para a empresa.
121
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
6.2 Planejamento de Sistemas de Informação
A atuação na área de tecnologia da informação compreende a capacitação e o desenvolvimento de 
habilidades voltadas para lidar com três dimensões muito importantes:
• organização (processos);
• pessoas (peopleware);
• tecnologia (IT).
Nesta perspectiva e estabelecendo o elo entre a questão organizacional administrativa e a tecnologia 
da informação, os Sistemas de Informação também se subdividem hierarquicamente, quase da mesma 
forma que os níveis organizacionais, a saber:
• sistemas de nível estratégico;
• sistemas táticos;
• sistemas de conhecimento;
• sistemas operacionais.
As informações são agrupadas de forma mais simplificada, como informações operacionais e 
informações gerenciais.
Neste contexto, o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) se apresenta como o instrumento 
alinhador dos recursos de tecnologia da informação com as necessidades de suporte ao Planejamento 
Estratégico da Empresa (PEE).
O elemento denominado peopleware corresponde aos recursos humanos, devidamente capacitados 
para atuarem tecnicamente utilizando os componentes de hardware e de software, disponibilizados pela 
tecnologia da informação nas empresas.
A questão á tão óbvia que o próprio desenvolvimento de soluções informatizadas para 
os negócios considera, antes de todas as questões técnicas de hardwares, aplicativos diversos, 
linguagens, pessoal técnico em análise e programação, ou mesmo o escopo do sistema de 
informação, o entendimento do negócio, os quesitos do planejamento estratégico empresarial, 
bem como o planejamento estratégico de informações, para depois, gradativamente, considerar os 
aspectos técnicos citados. Veja no quadro a seguir.
122
Unidade II
Quadro 36 − Etapas para o desenvolvimento de Sistemas de Informação
Etapa Descrição
Planejamento 
estratégico da 
empresa
A alta administração já deve ter definidas a missão da empresa (seu propósito mais amplo) e a visão 
de longo prazo, com os objetivos (metas) e os projetos associados a tais objetivos. Esses projetos 
são desdobrados para as áreas funcionais da empresa – em subprojetos, planos de ação até o nível 
de ações operacionais. Um maior detalhamento define as metas de cada área funcional, ou seja, 
resultados quantificados que se espera atingir para cada um dos objetivos. O detalhamento dessas 
metas define os desafios a serem buscados pelos colaboradores no plano operacional
Planejamento 
estratégico da 
informação − os 
analistas de 
sistemas
Em parceria com a alta administração e com base na visão e seus desdobramentos estabelecem‑se 
as diretrizes para o uso estratégico da informação e da tecnologia. Isto é, definem‑se os 
indicadores e relatórios que o sistema de informações deve gerar, bem como a tecnologia de 
informação necessária ao armazenamento, ao processamento e à comunicação das informações
De uma forma geral, o planejamento estratégico da informação deve definir, partindo da 
visão e do seu desdobramento:
– quais indicadores internos e externos devem ser considerados
– que informações são relevantes e potencialmente importantes para possibilitar tais indicadores
– como a informação será estruturada: como será recolhida, em que meios e em que formatos 
corretos
– como será feito o processamento da informação, isto é:
 – quais os métodos e os instrumentos apropriados
– como a informação será armazenada e acessada pelos usuários
– como a informação poderá ser aplicada em ações e tomada de decisões
São também definidas prioridades no desenvolvimento de sistemas
Análise da área de 
negócios
Os analistas de sistemas definem e modelam os processos necessários para operar uma área 
específica de negócios; definem como esses processos se inter‑relacionam e que dados são 
necessários. É desenvolvida separadamente em cada área. Nesta atividade, definem‑se o que é 
e o que faz o sistema. A prototipação pode ser utilizada. Trata‑se da criação de um modelo do 
sistema que será implementado. Serve para que os usuários avaliem as decisões já tomadas e 
contribuam para seu detalhamento
Projeto do sistema
Os analistas de sistemas definem uma solução conceitual para o sistema a ser implementado, ou 
seja, como será o sistema em termos de arquitetura, dados e procedimentos. A solução final é 
fruto de um processo de refinamentos sucessivos de cada um desses elementos. Nesta atividade, 
exerce um papel preponderante a modelagem dos dados, que é a base para toda a estruturação 
dos serviços do sistema
Construção do 
sistema
Os analistas de sistemas, com programadores, implementam o sistema em linguagem de computador 
para que possa ser colocado em operação
Implantação do 
sistema
É feita a reunião dos diversos componentes do sistema (equipamentos, software, pessoas) de 
maneira gradual e sistemática, estabelecendo passos seguros para a sua integral operação 
no ambiente do usuário. A implantação final é fruto de um planejamento realizado 
antecipadamente no início das atividades de desenvolvimento do SI. A implantação do sistema 
exige o treinamento dos usuários, especialmente na forma como acessam, alteram e introduzem 
dados e informações
Manutenção do 
sistema
Uma vez implantado o sistema, este requer uma contínua manutenção. A manutenção reúne 
todas as atividades relacionadas a mudanças no SI. As principais causas de mudanças são:
– correção de erros
– adaptação (a novos ambientes operacionais ou devido a mudanças em legislação, em critérios 
corporativos ou ainda na estrutura organizacional)
– aperfeiçoamento do sistema (inclusão de novas funções, mudança de interfaces etc.)
– bugs
123
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
A concatenação dos dois planejamentos, o Planejamento Estratégico Empresarial e o Planejamento 
Estratégico da Tecnologia da Informação, faz sentido quando se percebe que os sistemas desenvolvidos 
simultaneamente, ou em épocas bem diferentes e distantes, terão de ter a integração, entre si, como 
uma questão prioritária e sempre urgente.
A implantação de uma nova solução em Sistemas de Informação surtirá efeito apenas se estes 
forem integrados e sinérgicos com os demais sistemas existentes. Este efeito potencializará os 
benefícios de cada sistema e gerará novos benefícios pelo compartilhamento de resultados dos 
sistemas entre si.
Em Rezende (2001), verifica‑se que o Planejamento Estratégico Empresarial (PEE), importante 
instrumento de gestão, cria condições de flexibilidade empresarial, aumentando as suas capacidades de 
se adaptar às mudanças no ambiente externo.
Quando o processo de decisão estratégica, tática ou operacional está em andamento, 
inexoravelmente, devem‑se pesquisar as tecnologias disponíveis naquele momento e tomar 
consciência delas, visando ampliar a gama de soluções possíveis e aumentando grandemente 
as chances de sucesso dasalternativas escolhidas, ou as melhores estratégias a serem adotadas. 
Planejar ações, sem considerar as possibilidades tecnológicas, pode ser um erro fatal para o bom 
desempenho empresarial.
O Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação (Peti) é o resultado das indagações, 
pesquisas e atualizações tecnológicas, somadas a uma metodologia efetiva, etapas inteligentes, 
implementação avaliada e operacionalização ativa, para subsidiar o processo, a elaboração e a execução 
do Planejamento Estratégico Empresarial.
6.3 Planejamento Estratégico da Tecnologia da Informação (Peti)
O planejamento das informações empresariais é um processo imprescindível para as organizações que 
querem ter sucesso em suas atuações num ambiente conturbado e caótico. Para que sejam inteligentes e 
competitivas, devem desenvolver potencial para atuar na nova era: a era da informação. O planejamento 
das informações, alinhado ao planejamento estratégico empresarial, viabilizará a otimização de todos os 
recursos da empresa, dentre eles os recursos da Tecnologia da Informação (TI).
O suporte dos recursos de TI aos negócios permitirá uma melhor organização, elaboração e execução de 
orçamentos empresariais, racionalizando ao máximo os procedimentos e viabilizando o seu cumprimento.
A TI tem relevante papel na aplicação de tecnologias emergentes que estão surgindo e se 
desenvolvendo, o que provoca um ciclo que vai produzir a necessidade de mudanças nas demais 
empresas que atuam no mercado, e estas mudanças provocarão uma tensão por modernização em prol 
do aumento da competitividade da empresa primeira.
Os conceitos de qualidade, produtividade, efetividade, modernidade, perenidade, rentabilidade, 
inteligência competitiva e inteligência empresarial estão colocados em outro contexto atualmente. 
124
Unidade II
Assim, o nível de exigência para esses aspectos depende totalmente do alinhamento do Peti ao PEE para 
adequar as organizações ao exigente mercado dos negócios.
O alinhamento entre o Peti e o PEE não trata apenas do uso racional e otimizado dos recursos de 
softwares e hardwares oferecidos pela TI, mas de relações bem mais complexas. Estabelece‑se a partir 
da relação vertical, horizontal, transversal, dinâmica e sinérgica das funções empresariais. Assim, são 
promovidos o ajuste e a adequação da estratégia da TI.
7 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – ÁREA PÚBLICA
7.1 Sistemas estruturadores da Administração Pública Federal
7.1.1 Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi)
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) é um órgão gestor da 
Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda (MF), e tem a função de registrar, 
acompanhar e controlar a execução do orçamento, das finanças e do patrimônio da federação.
O governo federal sempre conviveu com problemas de ordem administrativa, como é de conhecimento 
de todos, partindo da situação apresentada em 1986, baseada em questões administrativas referentes 
à administração dos recursos públicos e à elaboração de peças orçamentárias unificadas. No ano de 
1986, existiam procedimentos antigos e inadequados para as execuções das atividades, bem como a 
falta ou deficiência no controle das disponibilidades e no cumprimento dos orçamentos elaborados pelo 
governo, nas mais diversas unidades espalhadas pelas unidades da federação, dentre outros problemas 
que foram resolvidos ou amenizados, a partir de 1987, conforme consta no quadro a seguir.
Quadro 37 – Problemas administrativos no governo federal
Problemas detectados até 1986 Características gerais apresentadas
Métodos rudimentares e 
inadequados de trabalho
Na maioria dos casos, os controles de disponibilidades orçamentárias e 
financeiras eram exercidos sobre registros manuais 
Falta de informações gerenciais Em todos os níveis da Administração Pública. Utilização da Contabilidade como mero instrumento de registros formais
Desatualização na escrituração 
contábil
Muitas dificuldades para extrair informações atualizadas para a tomada 
de decisões. Existiam problemas para realizar a escrituração em pelo 
menos 45 dias, entre o encerramento do mês e o levantamento das 
demonstrações orçamentárias, financeiras e patrimoniais, inviabilizando 
o uso das informações para fins gerenciais 
Dados inconsistentes e não 
padronizados
Devido à diversidade de fontes de informações e de uma falta de 
padronização nos tratamentos e interpretações sobre cada conceito 
adotado, foram detectadas muitas inconsistências nos dados utilizados, o 
que comprometia o suporte e o próprio processo de tomada de decisão
Defasagem técnica
Quando os colaboradores não estão preparados, sobrecarregam os 
processos e aumentam as chances de falhas. Existia um despreparo técnico 
no funcionalismo público. Havia um alheamento às técnicas mais modernas 
de Administração Financeira. O processo de escrituração contábil era um 
mero instrumento de registro e atendimento a formalidades na gestão dos 
recursos públicos
125
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
Problemas detectados até 1986 Características gerais apresentadas
Mecanismos deficientes
Os instrumentos de controle não evitavam – nem mesmo facilitavam 
– o desvio de recursos públicos, não permitindo a identificação e a 
responsabilização dos maus gestores, bem como a seleção e a valorização 
dos bons administradores públicos
Má gestão na tesouraria
Havia diversas contas bancárias, uma para cada despesa ou destinação 
específica: conta bancária para material permanente, conta bancária para 
pessoal, conta bancária para material de consumo, dentre outras. Esse 
procedimento e essa forma de gerir os recursos monetários geravam um 
aumento dos custos administrativos devido às diversas contas bancárias, 
além de aumentar o estoque de numerário existente.
Adaptado de: Brasil (s.d.b).
O governo passou a encarar a situação como um grande desafio administrativo e começou, em 
março de 1986, a tomar certas providências bem planejadas e pragmáticas.
Surgiu a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com a missão de assessorar o Ministério da Fazenda 
na elaboração e execução de orçamentos unificados, iniciando‑se já no exercício de 1987.
Detectadas as necessidades de informações gerenciais para o suporte às decisões e a agilização do 
processo decisório no governo, eclodiu uma urgência de planejamento e desenvolvimento de um sistema 
de informações que integrasse os demais sistemas financeiros, na programação, execução e controle 
orçamentário, no âmbito do Poder Executivo, suprindo os gestores com informações just‑in‑time, 
confiáveis, precisas e no tempo certo, em todos os níveis gerenciais.
O Serpro ficou tecnicamente responsável pelo planejamento e pelo desenvolvimento do Sistema 
Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, o Siafi. Em parceria com a STN, o projeto 
foi elaborado e executado em um ano; tudo foi preparado para entrar em operação em 1987, devido à 
urgência em sanar os problemas apresentados.
A partir do funcionamento do Siafi, passaram a ser possíveis o acompanhamento do orçamento 
unificado e a execução de diversos controles internos e de gastos públicos, na esfera do governo federal.
A partir do Siafi, o governo federal passou a contar com:
• Uma solução para os problemas de administração dos recursos públicos apontados.
• Uma conta única para gerir, que atende a todas as saídas de dinheiro:
— com o registro de sua aplicação;
— com a identificação do servidor público que a efetuou.
• Ferramenta poderosa para executar, acompanhar e controlar com eficiência e eficácia a utilização 
dos recursos governamentais.
126
Unidade II
7.1.2 Características
O Siafi consiste em um sistema de informações que conta com uma infraestrutura de terminais e 
estações de trabalho espalhadas por todo o território nacional. O sistema processa e controla a execução 
das peças orçamentárias:
• financeira e patrimonial;
• contábil dos órgãos da Administração Pública Direta Federal;
•

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