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Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university 479517199 Climatogeografia Modulo doc Geología (Universidade Maputo) Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university 479517199 Climatogeografia Modulo doc Geología (Universidade Maputo) Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc https://www.studocu.com/row/document/universidade-maputo/geologia/479517199-climatogeografia-modulo-doc/36810256?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc https://www.studocu.com/row/course/universidade-maputo/geologia/4904261?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc https://www.studocu.com/row/document/universidade-maputo/geologia/479517199-climatogeografia-modulo-doc/36810256?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc https://www.studocu.com/row/course/universidade-maputo/geologia/4904261?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Manual de Curso de licenciatura em Ensino de Geografia – 1o ano Climatogeografi a G0134 24 Unidades Universidade Católica de Moçambique Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Centro de Ensino a Distância Direitos de autor (copyright) Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância (CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a processos judiciais. Universidade Católica de Moçambique Centro de Ensino à Distância - CED Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa Moçambique - Beira Telefone: 23 32 64 05 Cel: 82 50 18 44 0 Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Fax:23 32 64 06 E-mail: ced@ucm.ac.mz Website: www.ucm.ac.mz Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Agradecimentos A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual, dr. Alfredo Lapissone, gostariam de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual: : Análise conteudista/Revisão dr. Sérgio Arnaldo Gove Pela maquetização e revisão final dr. Heitor Simão Mafanela Simão Elaborado Por: dr. Alfredo Lapissone Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira Colaborador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED Revisão: dr. Sérgio Arnaldo Gove Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira Colaborador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED Coordenação, Maquetização e Revisão Final: dr. Heitor Simão Mafanela Simão Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira Mestrando em Ciências e Sistemas de Informação Geográfica Coordenador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Índice Visão geral 1 Bem-vindo a Climatogeografia.........................................................................................1 Objectivos do curso...........................................................................................................1 Quem deveria estudar este módulo....................................................................................2 Como está estruturado este módulo...................................................................................2 Ícones de actividade...........................................................................................................3 Acerca dos ícones...........................................................................................3 Habilidades de estudo........................................................................................................3 Precisa de apoio?...............................................................................................................4 Tarefas (avaliação e auto-avaliação)..................................................................................4 Avaliação...........................................................................................................................5 Unidade I 7 Introdução a Climatologia.................................................................................................7 Introdução................................................................................................................7 Sumário..............................................................................................................................9 Exercício..........................................................................................................................10 Unidade II 11 Natureza e campo da climatologia...................................................................................11 Introdução...............................................................................................................11 Sumário............................................................................................................................12 Exercícios........................................................................................................................12 Unidade III 13 Factores e elementos climáticos......................................................................................13 Introdução..............................................................................................................13 Sumário............................................................................................................................14 Exercícios........................................................................................................................14 Unidade IV 16 Observações meteorológicas...........................................................................................16 Introdução..............................................................................................................16 Sumário............................................................................................................................23 Exercícios........................................................................................................................23 Unidade V 24 Os Sistemas Climáticos...................................................................................................24 Introdução..............................................................................................................24 Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Sumário............................................................................................................................37Exercícios........................................................................................................................37 Unidade VI 38 Efeitos de Enso em Moçambique....................................................................................38 Introdução..............................................................................................................38 Sumário............................................................................................................................44 Exercícios........................................................................................................................44 Unidade VII 45 Climas da terra.................................................................................................................45 Introdução..............................................................................................................45 Sumário............................................................................................................................52 Exercícios........................................................................................................................53 Unidade VIII 54 Classificação Climática de Koppen.................................................................................54 Introdução..............................................................................................................54 Sumário............................................................................................................................57 Exercícios........................................................................................................................57 Unidade IX 58 Atmosfera Terrestre.........................................................................................................58 Introdução..............................................................................................................58 Sumário............................................................................................................................64 Exercícios........................................................................................................................65 Unidade X 66 Camadas da Atmosfera....................................................................................................66 Introdução..............................................................................................................66 Sumário............................................................................................................................69 Exercícios........................................................................................................................69 Unidade XI 70 Equílibrio Térmico Na Atmosfera...................................................................................70 Introdução..............................................................................................................70 Sumário............................................................................................................................74 Exercícios........................................................................................................................75 Unidade XII 76 Efeitos da Radiação no Topo da Atmosfera.....................................................................76 Introdução..............................................................................................................76 Climatogeografia ii Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Sumário............................................................................................................................83 Exercícios........................................................................................................................83 Unidade XIII 84 Circulação Geral da Atmosfera........................................................................................84 Introdução..............................................................................................................84 Sumário............................................................................................................................85 Exercícios........................................................................................................................85 Unidade XIV 86 Causas da Circulação Geral.............................................................................................86 Introdução..............................................................................................................86 Sumário............................................................................................................................92 Exercícios........................................................................................................................93 Unidade XV 94 Circulação média a superficie..........................................................................................94 Introdução..............................................................................................................94 Sumário............................................................................................................................96 Exercícios........................................................................................................................96 Unidade XVI 97 Circulações Regionais e Locais.......................................................................................97 Introdução..............................................................................................................97 Sumário..........................................................................................................................103 Exercícios......................................................................................................................103 Unidade XVII 104 Nuvens...........................................................................................................................104 Introdução............................................................................................................104 Sumário..........................................................................................................................108 Exercícios......................................................................................................................108 Unidade XVIII 109 Formação de Precipitação..............................................................................................109 Introdução............................................................................................................109 Climatogeografia iii Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Sumário..........................................................................................................................111 Exercícios.......................................................................................................................111 Unidade XIX 112 Processo de Bergeron.....................................................................................................112 Sumário..........................................................................................................................118 Exercícios.......................................................................................................................118 Unidade XX 119 Processo de Colisão - Coalescência...............................................................................119 Introdução.............................................................................................................119 Sumário..........................................................................................................................122Exercícios......................................................................................................................122 Unidade XXI 123 Medidas de Precipitação................................................................................................123 Introdução............................................................................................................123 Sumário..........................................................................................................................125 Exercícios......................................................................................................................125 Unidade XXII 126 Massas de Ar..................................................................................................................126 Introdução............................................................................................................126 Sumário..........................................................................................................................129 Exercícios......................................................................................................................129 Unidade XXIII 130 Correntes Maritimas......................................................................................................130 Introdução............................................................................................................130 Sumário..........................................................................................................................136 Exercícios......................................................................................................................137 Unidade XXIV 138 Análise e previsão do Tempo.........................................................................................138 Introdução............................................................................................................138 Climatogeografia iv Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Sumário 142Visão geral Bem-vindo a Climatogeografia Este módulo constitui um dos suportes do curso de Geografia, o qual retrata especificamente conteúdos da climatologia. Neste contexto, a cadeira climatologia no presente Módulo, pretende contribuir para a promoção do conhecimento sobre o processo, transformações e dinâmica do clima no sentido de, proporcionar aos estudantes uma visão clara e abrangente da importância do estudo da climatologia para o desenvolvimento em todas as áreas da vida, consciencializá-los a acerca das alterações climáticas provocadas pela acção do homem e incentiva-los a traçar estratégias para sua mitigação ou solução. Objectivos do curso Quando terminar o estudo de Climatogeografia será capaz de: Objectivos Definir os principais conceitos em climatogeografia. Caracterizar as principais camadas da atmosfera terrestre. Explicar os factores do fluxo energético. Descrever as leis fundamentais da radiação Solar e terrestre. Explicar o ciclo da água na atmosfera e os fenómenos com ele relacionados. Distinguir estados de tempo, tipos de ventos e massas de ar. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Quem deveria estudar este módulo Este Módulo foi concebido para todos aqueles estudantes que queiram ser professores da disciplina de Geografia, que estão a frequentar o curso de Licenciatura em Ensino de Geografia, do Centro de Ensino a Distância na UCM. Estendese a todos que queiram consolidar os seus conhecimentos sobre a Climatogeografia. Como está estruturado este módulo Todos os módulos dos cursos produzidos por Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados da seguinte maneira: Páginas introdutórias Um índice completo. Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de começar o seu estudo. Conteúdo do curso / módulo O curso está estruturado em unidades. Cada unidade ncluirá uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um summary da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação. Outros recursos Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir livros, artigos ou sites na internet. Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes elementos encontram-se no final do módulo. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Comentários e sugestões Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo. Ícones de actividade Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. Acerca dos ícones Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia. Habilidades de estudo Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que possa maximizar o tempo dedicado aos estudos: Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem interrupção? É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria do que saber pouco sobre muitas partes. Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque, devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as partesque está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado desconhece; Precisa de apoio? Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza, alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone, escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor, contacteo pessoalmente. Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor, usando para o efeito os mecanismos apresentados acima. Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440. Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de expediente. As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras. O estudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta, busque apoio com os colegas, discutam juntos, apoiemse mutuamente, reflictam sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu próprio saber e desenvolva suas competências. Tarefas (avaliação e auto-avaliação) O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do período presencial. Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do estudante. Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser dirigidos ao tutor\docentes. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do autor. O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito) palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem marcar a realização dos trabalhos. Avaliação Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com base no chamado regulamento de avaliação. Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual, concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira. Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. Nesta cadeira o estudante deverá realizar 3 (três) trabalhos, 2 (dois) testes e 1 (exame). Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como ferramentas de avaliação formativa. Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual. consulteos.Unidade I Introdução a Climatologia Introdução A climatologia é uma ciência muito mais recente do que o conceito clima, mas mesmo a nova ciência tem tido diferentes objectivos e métodos desde a sua existência. Tal como muitos domínios das ciências, a climatologia sofreu muitas modificações nas últimas décadas e continua actualmente a evoluir com rapidez. O significado dos diferentes conceitos e termos foi-se modificando, acompanhando a evolução desta ciência. Esta unidade temática apresenta as ideias chaves da climatologia como ciência e como uma base para o desenvolvimento da sociedade. Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Definir a Climatologia; Identificar os diferentes tipos de Climatologia; Reconhecer a importância da Climatologia para o desenvolvimento da sociedade. Definir Meteorologia. Generalidades Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Na abordagem do conceito Climatologia, parece oportuno começar por dizer os significados de cada um dos termos e conceitos fundamentais da climatologia. Os conceitos de tempo e clima De acordo com o Vocabulário Meteorológico Internacional, define- se Clima como “ o conjunto flutuante das condições atmosféricas, caracterizado pelos estados e evoluções do tempo numa dada área”. Assim, quando falamos do clima de um local estamos a referir-nos a um conjunto de condições meteorológicas típico dessa local e que podem sofrer certas modificações. Por “condições meteorológicas” entende-se o conjunto dos valores de elementos meteorológicos, ou outras variáveis, num dado período e local. Por tempo (weather) entendemos o estado médio da atmosfera numa dada porção de tempo e em determinado lugar. Por outro lado, clima é a síntese e do tempo num dado lugar durante um período de 30-35 anos. A Climatologia A climatologia significa o estudo dos climas, tanto no que se refere aos aspectos da sua existência em diversos locais e períodos sobre o globo, como no que se refere aos fenómenos que causaram esses climas. De acordo com o Vocabulário Meteorológico Internacional (VMI), climatologia é “ o estudo das causas, variações, distribuições e tipos dos climas”. Outra definição da climatologia sugere uma razão pela qual as pessoas a estudam: climatologia é o estudo das generalidades que se podem obter a partir de exemplos do Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc comportamento passado da atmosfera. Portanto, esta tem como objecto de estudo as particularidades geográficas dos climas e a sua distribuição. J.O.Ayoade ( 1986 p.2 ) “ A meteorologia é geralmente definida como ciência da atmosfera e está relacionada ao estado fisico, dinamico e quimico da atmosfera e `as interacções entre eles e a superficie terrestre subjacente. Climatologia é o estudo cientifico do clima”. Há uma considerável semelhança no conteúdo da climatologia e da meteorologia. O meteorologista e o climatólogo, contudo, diferem significativamente em sua metodologia. Enquanto o meteorologista emprega as leis da física clássica e as técnicas matemáticas em seu estudo de processos de atmosféricos. O climatólogo utiliza principalmente técnica estatística quando retira informações a respeito do clima a partir das informações disponíveis sobre o tempo. Pode-se dizer,portanto, o meteorologista estuda o tempo, enquanto o climatólogo estuda o clima. Entretanto, a climatologia esta baseada na meteorologia que, por sua vez, esta baseado nos princípios da física e da matemática. Portanto, há uma relação estreita entre meteorologia climatologia. A meteorologia engloba tanto tempo como clima, enquanto os elementos da meteorologia devem necessariamente estar incorporados na climatologia para torná-la significativa e científica. O tempo e o clima podem, juntos ser considerados como consequência e uma demonstração da acção dos processos complexos na atmosfera, nos oceanos e na terra. Sumário A definição da climatologia sugere uma razão pela qual as pessoas a estudam, assim, faz-se climatologia para obter uma ideia geral do que se pode esperar da atmosfera no futuro, com base em exemplos Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 da forma como a atmosfera se comportou no passado, para poder se explorar os benefícios potenciais desta às actividades humanas, como por exemplo de cada um dos seguintes grupos: actividade de sobrevivência, de comércio, de organização social, de comodidade social e de ciência. Exercício 1. Diferencie o tempo do clima? 2. Faça uma análise crítica do conceito Climatologia? 3. Distinga Climatologia da Meteorologia quanto a metodologia. 4. Indique cinco questões importantes para a sua vida, para as quais a resposta dependa dos registos climatológicos. NB: Entregar os exercícios: 3 e 4 desta unidade. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Unidade II Natureza e campo da climatologia Introdução Conforme mencionamos anteriormente, a climatologia trata dos padrões de comportamento da atmosfera, verificados durante um longo período de tempo. Ela está mais preocupada com os resultados dos processos autuantes na atmosfera do que com suas operações instantâneas. Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Mencionar os Campos da climatologia Reconhecer a importância da Climatologia para o desenvolvimento da sociedade. O campo da climatologia é bastante amplo e pode-se fazer subdivisões, com base nos tópicos enfatizados ou na escala dos fenómenos atmosféricos que são ressaltados. Como subdivisões tópicas da climatologia temos as seguintes, entre outras: 1. Climatologia regional: é a discrição dos climas em áreas seleccionadas da terra. 2. Climatologia sinóptica: é o estudo do tempo e do clima em uma área com relação ao padrão de circulação atmosférica predominante. A climatologia sinóptica é, assim, essencialmente uma nova abordagem para a climatologia regional. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 3. Climatologia Física: envolve a investigação do comportamento dos elementos do tempo ou processos atmosféricos em termos de princípios físicos. Neste, dá –se ênfase à energia global e aos regimes de balanço hídrico da terra e da atmosfera. 4. Climatologia Dinâmica: enfatiza os movimentos atmosféricos em várias escalas, particularmente na circulação geral da atmosfera. 5. Climatologia Aplicada: enfatiza a aplicação do conhecimento climatológico e dos princípios climatológicos nas soluções dos problemas práticos que afectam a humanidade. 6. Climatologia Histórica: é o estudo do desenvolvimento dos climas através dos tempos. Diversas outras subdivisões são reconhecidas na literatura. Estas incluem, por exemplo, climatologia agrícola, a bioclimatologia, a climatologia das construções, a climatologia urbana, a climatologia estatística, etc. Estas subdivisões podem ser enquadradas em uma das seis subdivisões reconhecidas. A climatologia agrícola, a bioclimatologia, a climatologia das construções são, por exemplo, aspectos da climatologia aplicada. Sumário O estudo dos vastos campos da climatologia não esgota. Das seis subdivisões tópicas aqui apresentadas aparecem como guia do estudante para melhor compreender os conteúdos. Exercícios 1. Faça uma análise exaustiva sobre a importância do estudo da Climatologia Aplicada para os tempos actuais. 2. Indica a importância da Climatologia agrícola para a sociedade. NB: Entregar o exercício: 2 desta unidade Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Unidade III Factores e elementos climáticos Introdução Nesta unidade abordaremos sobre os conceitos de elementos e factores climáticos. Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Definir elementos e factores climáticos; Identificar os instrumentos meteorológicos. Elementos climáticos Segundo o Vocabulário Meteorológico Internacional (VMI), um elemento climático é “ qualquer das propriedades ou condições da atmosfera que, em conjunto, determinam o estado físico do tempo ou clima num dado local para um determinado momento ou período “. A temperatura do termómetro seco, a temperatura do termómetro molhado, a velocidade vectorial do vento, a nebulosidade, as rajadas do vento, a visibilidade, a humidade do solo, o índice do conforto humano, etc, são todos elementos climáticos de acordo com a definição dada no VMI. Não são os valores assumidos pelas variáveis, mas sim elas próprias, que constituem os elementos climáticos. A temperatura do termómetro molhado, é uma variável e é um elemento climático; mas 18˚c não é um elemento climático. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Factores climáticos De acordo com o VMI, factores climáticos, são “ certas condições físicas diferentes dos “elementos climáticos” que controlam o clima (latitude, altitude distribuição de terras e mares, topografia, correntes oceânicas, etc.) ”. Assim, factores climáticos são agentes geradores ou influenciadores, que provocam as condições, ou os valores dos elementos que constituem o clima. Sumário Os factores climáticos são agentes geradores ou influenciadores, que provocam as condições, ou os valores dos elementos que constituem o clima. Factores climáticos, são certas condições físicas diferentes dos elementos climáticos que controlam o clima. O elemento climático é qualquer das propriedades ou condições da atmosfera que, em conjunto, determinam o estado físico do tempo ou clima num dado local. Exercícios 1. Dos elementos que seguem diga quais são , os elementos climáticos e factores climáticos? a) Altura da estação acima do nível do mar, ou altitude da estação b) Direcção do vento c) Latitude da estação d) Temperatura do ponto de orvalho e) Precipitação média mensal Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc f) Média anual do número de dias com temperatura superior a 35°c. 2. O clima é a síntese dos factores e elementos do clima. Argumente? NB. Entregar o exercício: 2 desta unidade. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Unidade IV Observações meteorológicas Introdução Nesta unidade abordaremos questões ligadas as observações meteorológicas, a natureza das observações e sobre os diferentes tipos de observações. Falaremos ainda de instrumentos fundamentais em meteorologia Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Caracterizar observações meteorológicas; Identificar os diferentes tipos de observações meteorológicas; Identificar os instrumentos meteorológicos. Observações Meteorológicas Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos. Muitas das observações podem ser executadas aplicando simplesmente os órgãos dos sentidos, especialmente o da vista. Por exemplo, pode- se observar a quantidade de nuvens presentes no céu. Essas observações chamam-se observações sensoriais. Frequentemente, no entanto, torna-se necessário recorrer a instrumentos como prolongamento dos sentidos. Por exemplo, podemos ler um termómetro para determinar a temperatura do ar. As observações deste tipo chamam-se observações instrumentais. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc As observações dos diversos elementos meteorológicos são executadas nas estações de observação meteorológica. Classificação das estações As estações meteorológicas podem ser classificadas do seguinte modo: (a) Estações sinópticas (b) Estações climatológicas (c) Estações de meteorologia aeronáutica (d) Estações de meteorologia agrícola (e) Estações especiais Estações sinópticas são aquelas que se executam observações meteorológicas para efeitos de meteorologia sinóptica, que é o ramo da meteorologia que se ocupa da descrição do tempo real, baseada nas observações marcadas nas cartas geográficas. A finalidade deste estudo é a previsão das futuras evoluções do estado do tempo. Estações climatológicas servem para obtenção de dados meteorológicos de interesse para fins climatológicos. O clima correspondente ás condições meteorológicas consideradas num período de longa duração. Estações de meteorologia aeronáutica, estas localizam-se nos aeroportos, criadas para responder às necessidades especiais da aviação. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Estações de meteorologia agrícola ocupam-se da agricultura no sentido mais lato, incluindo horticultura, criação de animais e silvicultura. Estas estações executam observações especiais do meio físico, assim como observações de natureza biológica. Estações especiais são criadas para avaliar acontecimentos meteorológicos particulares. Incluem estações para observação de perturbações atmosféricas, detecção de hidrometeoros por meio de radar, hidrologia, medição da radiação, etc. Os diferentes tipos de observações Os elementos meteorologicos observados nas estações meteorologicas dependem dos fins a que se destinam as observações. Os pormenores são os seguintes: (a) Observações sinópticas Em todas estações da rede sinóptica executam-se observações dos seguintes elementos: i. Tempo presente e tempo passado; ii. Direcção e velocidade do vento; iii. Quantidade, tipo ou tipos e altura das bases das nuvens; iv. Visibilidade; v. Temperatura do ar; vi. Humidade; vii. Pressão atmosférica; viii. Características e tendência da pressão atmosférica; ix. Quantidade de precipitação; x. Estado do solo; Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc (b) Observações Climatológicas Nas estações climatológicas principais são executadas observações de todos ou da maior parte dos seguintes elementos: i. Estado do tempo; ii. Vento; iii. Visibilidade; iv. Temperatura do ar; v. Humidade; vi. Pressão atmosférica; vii. Precipitação; viii. Insolação; ix. Temperatura do solo. (c) Observações de meteorologia aeronáutica As observações executadas nos aeródromos satisfazem as necessidades especiais da aviação, as quais serão tratadas na parte dedicada à meteorologia aeronáutica. As observações sinópticas e climatológicas também podem ser executadas nos aeródromos. (d) Estações de meteorologia agrícola O programa de observações numa estação meteorológica agrícola inclui observações do meio físico, tais como: i. Temperatura e humidade do ar a diferentes níveis; ii. Temperatura do solo; Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 iii. Conteúdo de humidade do solo s diversas profundidades; iv. Turbulência e mistura de ar nas camadas baixas; v. Hidrometeoros e outros factores de equilíbrio da humidade; vi. Insolação e radiação. (e) Observações especiais A natureza dos elementos meteorológicos observados em estações especiais depende do fim para que foi criada a estação. No entanto, as observações incluem: i. Registo, com equipamento simples, da duração da insolação; ii. Medições da evaporação; iii. Registo contínuo da radiação solar global e cósmica numa superfície horizontal. Horas das observações Como regra geral, é preciso proceder tão rapidamente quanto possível á estimativa dos elementos que constituem uma observação sinóptica de superfície. No caso de uma observação sinóptica de superfície, a hora real da observação é a hora a que se procede a leitura do barómetro. A hora da observação, é por acordo internacional, a hora indicada nas resoluções da OMM (Organização Meteorologica Mundial). A hora oficial da observação, é a hora oficial determinada pelo serviço meteorológico competente. É conveniente que esta hora seja o mais próximo possível da hora da observação. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Em meteorologia é conveniente utilizar o relógio de 24 horas. A meia-noite é 0000 ou o começo de um novo dia. Portanto, 0600 serão 6 horas da manha e 1800 serão 6 horas da tarde. Note-se que, para designar a meia-noite, não se usa 2400. As observações sinópticas devem ser executadas em todo o mundo de acordo com uma hora universal, que são 0000, 0600, 1200 e 1800 TMG, com observações intermédias às 0300, 0900, 1500, e 2100 TMG. As horas das observações Climatológicas são 0900, 1500 e 2100 TMG. Funções dos observadores São as seguintes as funções dos observadores: Manter os instrumentos em bom estado, Mudar os gráficos dos instrumentos registadores, Executar as observações sinópticas e climatológicas com devido rigor, Codificar e transmitir os resultados das observações, Elaborar os registos semanais e / ou mensais dos dados climatológicos. Instrumentos Meteorológicos Localização e exposição dos instrumentos meteorológicos A localização dos instrumentos meteorológicos deve ser tal que permita que as condições do ambiente se encontrem bem representadas. Assim, deve encontrar-se afastado da influencia imediata das arvores e edifícios e tanto quanto possível, não deve Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 estar situado sobre vertentes inclinadas, cumes, penhascos ou covas, nem na sua proximidade. Esta regra não é aplicável aos instrumentos destinados a medir a precipitação. Estes exigem uma distribuição conveniente de árvores e arbustos ou seu equivalente, para servirem de protecção contra vento. Por outro lado, estas obstruções não devem ser tais que gerem turbulência, o que seria inconveniente para observações. Em geral, as estações climatológicas devem estar situadas num local e sob condições que permitam o funcionamento contínuo da estação durante, pelo menos dez anos. A exposição deve permanecer inalteradadurante, um período de longa duração. Nas estações de meteorologia aeronáutica é necessário ter cuidado com a colocação dos instrumentos, a fim de assegurar que os valores sejam, tanto quanto possível, representativos das condições existentes no aeródromo ou perto dele. De forma semelhante, as estações de meteorologia agrícola devem estar situadas num local representativo das condições agrícolas e naturais da região. Características recomendáveis dos instrumentos meteorológicos As características mais importantes que os instrumentos meteorológicos devem possuir são: A regularidade de funcionamento; A precisão; A simplicidade de concepção; A facilidade de utilização e de manutenção; A robustez de construção. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Os elementos observados com recurso a instrumento meteorológico: Duração da insolação; Temperatura do ar, da água e do solo; Pressão atmosférica; Humidade; Direcção e velocidade do vento à superfície; Altura da base das nuvens; Evaporação. Tipos fundamentais de instrumentos meteorológicos Os instrumentos podem dividir-se em dois tipos fundamentais: (a) Instrumentos de leitura directa; (b) Instrumentos registadores. Os instrumentos de leitura directa são mais rigorosos, mas as medições dos elementos meteorológicos só podem ser executadas durante a leitura. Quando se pretende obter medições a outras horas, é necessário utilizar instrumentos registadores, que mantém um registo contínuo das medições. Chama-se instrumentos registadores. No entanto, estes devem estar o máximo possível livre de atrito. Sumário Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos e fazer as observações meteorológicas usando instrumentos adequado para cada objectivo da observação Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Exercícios 1. Estabeleça a distinção entre observações sensoriais e instrumentais. Dê um exemplo de cada tipo de observações. 2. Descreva as características essenciais dos seguintes tipos de estações meteorológicas: a) Estações sinópticas. b) Estações climatológicas 3. Estabeleça a distinção entre as seguintes horas de observação meteorológica: a) Hora real da observação b) Hora da observação c) Hora oficial da observação NB. Entregar os exercícios: 3 desta unidade. Unidade V Os Sistemas Climáticos Introdução A melhor e a mais forte, e bem conhecida flutuação natural do clima, em escalas interanuais, é o fenómeno ENSO. A Oscilação Sul é uma flutuação atmosférica de grande escala centrada no Oceano Pacífico equatorial. Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Analisar os fenómenos climáticos; Caracterizar o fenómeno Enso; Descrever os efeitos Enso em Moçambique. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Clima e análise climática O tempo e o clima estão interligados. Uma ajuda a descrever e explicar o outro. Enquanto o Tempo refere-se às condições atmosféricas que existem num dado momento, ou por um período de tempo relativamente curto, e Clima refere-se às condições de longo termo descritas pelas médias e extremos do tempo a longo termo. Clima, por isso, é mais do que uma simples média do tempo. Descrições do clima devem reconhecer os extremos, frequências, e a variabilidade dos elementos. Os elementos são os mesmos ambos para o tempo e clima (temperatura, pressão do ar, vento, humidade, precipitação, condições do céu, etc.). Aos aspectos dos mecanismos e papel do controlo climático na influência e explicação das condições do tempo foram preliminarmente abordados na unidade anterior. Os mecanismos de controlo da latitude (relações terra-sol e radiação solar), diferenças de terra e água (zonas continentais e marítimas), elevação (altitude), formações terrestres, correntes oceânicas, padrões globais de pressão, e a circulação geral da atmosfera (ventos), todos têm sido usados para descrever as condições do tempo. Este mesmo mecanismo de controlo, quando suficientemente persistentes durante anos para ser factor dominante para uma região, torna-se a base para a descrição do clima duma região. Os termos comuns para climas, tais como tropical, temperado, polar, árctico, subtropical e, latitude média todos sugerem ao principal mecanismo de controlo de latitude sobre um elemento importante - a temperatura. Clima da montanha sugere o papel da elevação e relevo. Continental e marítimo como termos para clima implicam que as massas da terra e massas de água recebem e absorvem a radiação solar diferentemente. Uma vez que o tempo está relacionado com o clima, assim o clima está relacionado com a vegetação. As condições climáticas da temperatura, humidade, e o brilho do sol têm uma influência Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 esmagadora sobre a vegetação natural duma região. É importante ver que muitos termos usados para descrever uma região climática são nomes para uma região de vegetação também. Tais termos de vegetação climática incluem savana, floresta tropical, estepe, Mediterrâneo, deserto, pradaria, mata, taiga, boreal e tundra. As definições usadas para determinar as fronteiras de alguns tipos de clima são valores relacionados com a tolerância de vegetação. Os padrões da precipitação estão também estreitamente relacionados com os limites de vegetação. A isoiética para a precipitação anual de 250 mm define claramente as regiões áridas do mundo, e a isoiética para a precipitação anual de 500 mm é uma ligeira aproximação de regiões semi-áridas. Muitos factores podem influenciar as mudanças no clima durante períodos de centenas a dezenas de milhares de anos. Os níveis de mudança dos constituintes atmosféricos (dióxido de carbono, ozono, matérias de partículas das actividades humanas e actividades vulcânicas), os efeitos dos seres humanos e animais sobre o solo e cobertura vegetal da terra (mudando os albedos da superfície), mudanças na emissão solar (variações na actividade da mancha solar), e mudanças nos movimentos e alinhamentos da terra como um planeta no sistema solar (variações orbitais e deambulações polares) são todas possíveis causas das mudanças climáticas de longo termo. Alguns destes factores de longo termo podem mesmo influenciar o tempo actual, embora os problemas na justificação desta afirmação sejam formidáveis. O FENÓMENO ENSO (El Niño e La Nña) Caracterização do fenómeno Através do Pacífico Tropical, a atmosfera e o oceano são associados através da troca de calor, humidade e quantidade de movimento na junção. Os Ventos Alíseos de leste conduzem a água de superfície quente na direcção oeste e ambos intensificam o Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc “thermocline” e alimentam energia à convecção, elevando o ar sobre a Ásia e as ilhas da Indonésia. O ar superior volta e a penetrar no Pacífico oriental, completando deste modo um ciclo conhecido como a Circulação de Walker. Durante um evento El Niño (esquerda) os Ventos Alíseos enfraquecem, o foco da convecção e da precipitação mudapara direcção leste, as temperaturas da superfície do mar tornam-se mais quente no Pacífico Leste equatorial e o “thermocline” torna-se menos inclinado. Durante as condições de La Niña (à direita) os Ventos Alíseos fortificam-se, a convecção é firmamente ancorada sobre a Ásia e as ilhas da Indonésia, as temperaturas da superfície do mar arrefecem pelo Pacífico central e oriental. Os ventos Alíseos fortificados penetram no termoclino no oeste mas causam a subida mais forte de água fria profunda e um aumento do termoclina para a superfície no leste. Condições normais (meio) representam a condição imediata entre os estados El Niño e La Niña. Mudanças dramáticas ocorrem de ano para ano além do limite das estações. O verão ano seguinte é dificilmente o mesmo como o ano anterior; em alguns locais um inverno terá uma seca e o seguinte trará cheias. Dado que a estrutura geográfica da terra não muda de ano para ano e o sol emite quase exactamente a mesma quantidade de energia dentro e fora dum ano, estas flutuações podem parecer estranhas. Muito do progresso durante os últimos 100 anos na compreensão delas centrou-se sobre como a atmosfera e os oceanos interagem no longo termo. O mais notável neste processo foi a Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 descoberta da Oscilação Sul atmosférica e mais tarde como ela interage os oceanos tropicais. O que são El Niño, La Niña e a Oscilação Sul? A Oscilação Sul foi primeiro descrito e nomeado na parte inicial do século 20 pelo Sir Gilbert Walker. Agora é normalmente definido em outros termos das flutuações mensais e sazonais na diferença de anomalia de pressão do ar entre Tahiti e Darwin (o Índice de Oscilação Sul-SOI). O padrão de pressão do ar de superfície de grande escala balança entre um extremo, com a pressão ao nível do mar acima do normal sobre a Indonésia e norte da Austrália e pressão abaixo do normal sobre maior parte do Pacífico oriental (SOI negativo), e vice-versa. Por séculos pescadores das comunidades costeiras do norte de Perú e Equador têm usado o termo El Niño para descrever um aquecimento anula das águas do largo do oceano durante Dezembro (do Espanhol, o tempo de El Niño-o menino ou menino Cristo). El Niño é agora usado para descrever o extenso aquecimento da superfície do oceano pelo Pacífico oriental e central durando três ou mais estações. Quando esta região muda de temperaturas para baixo do normal, chama-se La Niña. A Oscilação Sul e o El Niño estão estreitamente ligados um com outro e são colectivamente chamados como o fenómeno El Niño/Oscilação Sul. ENSO oscila entre condições quentes (El Niño), com SOI negativo, e frias La Niña, com SOI positivo. No século XX houve, usando uma definição para estes eventos, 23 eventos El Niño e 23 eventos La Niña. O que causa ENSO? Na primeira descrição da circulação do ar zonal de grande escala pelo Pacífico (a Circulação de Walker), Walker notou em particular Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc os Ventos Alíseos Lestes a levantar a humidade pelo Pacífico para alimentar as chuvas das monções da Austrália e Índia. Na alta atmosfera, o ar que tiver levantado nas tempestades convectivas volta para oeste e baixa sobre o Pacífico oriental, completando assim esta circulação. Walker ligou a força de mudança da circulação (A Oscilação Sul) com o comportamento das monções indianas. O pensamento moderno acerca do ENSO basea-se numa hipótese primeiro posta em diante por Jacob Bjerknes nos meados da década 60. Ele notou que em condições normais, os persistentes Ventos Alíseos tropicais ‘empurram’ a água de superfície do oceano para oeste causando a subida da água fria da superfície ao largo da costa do Perú. Durante um evento El Niño, o aparecimento da anomalia das temperaturas de superfície do mar positiva no Oceano Pacífico equatorial e oriental é acompanhada pela queda da pressão atmosférica e uma redução do gradiente da pressão do nível do mar normal que conduz os Ventos Alíseos. Os ventos Alíseos são enfraquecidos e a subida da água fria ao largo da costa do Perú é reduzida, reforçando assim a anomalia da temperatura positiva inicial. O efeito final destas interacções dá o aparecimento de grandes quantidades de água quente despejando lentamente para trás e para frente pelo Pacífico equatorial e uma grande oscilação leste-oeste no fornecimento do calor à atmosfera a partir do Oceano Pacífico. No pico dum evento El Niño, todo o Oceano Pacífico tropical fica mais quente do que normal e a temperatura global do ar perto da superfície aquece enquanto o oceano fornece calor à atmosfera. A enorme capacidade de calor do oceano comparado com a atmosfera torna-a lenta para responder à forçantes (estações por anos) das mudanças rápidas do sistema atmosférico (dias a semanas). Esta enorme diferença em tempos de resposta conduzem à oscilações auto-sustentáveis no Pacífico tropical que atingem o ponto máximo cada 2-7 anos produzindo o fenómeno El Niño/La Niña. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Implicações sobre clima no mundo ENSO é a razão principal para anomalias climáticas que podem durar uma estação ou mais em muitas partes do mundo. Sobre o Pacífico Tropical, o enfraquecimento é até reverso do padrão normal da elevação do ar sobre a Ásia e o ar penetrante no Pacífico oriental durante um evento El Niño altera a circulação das regiões tropicais circunvizinhas, especialmente pelo Oceano Índico para África e sobre América do Sul ao Oceano Atlântico. A mudança na convecção tropical, e deste modo os locais da atmosfera de aquecimento dominante, provoca ondas ou impulsos longos nos ventos oeste das latitudes altas e médias. Estas ondas e impulsos de grande escala na atmosfera mudam os locais das correntes de jacto e as trajectórias de tempestades, alterando padrões de tempo em regiões muito distante. Os efeitos do ENSO Variabilidade climática nos trópicos As regiões equatoriais recebem mais calor do sol do que as latitudes médias e altas. Elas comportam-se bem, portanto, como a máquina de calor para o sistema climático. Qualquer variabilidade tropical é limitada portanto para ter repercussões fora nas latitudes mais altas. O El Niño/Oscilação Sul domina a variabilidade climática tropical mas há evidências emergentes de associação atmosfera-oceano similar algures nos trópicos. Pesquisas recentes sugerem a possibilidade de ambos oceano Atlântico e Índico comportarem de formas similares. Nenhuns padrões de temperatura de superfície do mar (SST) tropical destes oceanos estão lado a lado com o ENSO do Pacífico ou em força ou no alcance global. O Oceano Pacífico tropical é duas vezes mais extenso do que qualquer um deles e há maior alcance para áreas maiores de anomalia e maior Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc deslocamento geográfico. Por conseguinte, o Pacífico tem um impacto maior, e os modos de variabilidade equatorial das outras bacias oceânicas têm consequências menos dramáticas sobre o clima global. Entretanto, eles são uma importante parte da história. Padrões de Temperatura da Superfície do Mar (SST) do Oceano Índico Ao contrário do Oceano Pacífico, o vento de superfície que flui sobre o Oceano Índico tropical não tem uma componentena direcção leste persistente. A subida forte da água do mar costeira ao largo do Corno de África durante as monções do verão fornecem arrefecimento sazonal das temperaturas de superfície do mar e reforça os padrões da pressão da superfície que conduzem os ventos das monções da Índia. Análise recente de histórico do oceano e dados atmosféricos sugerem que cada poucos anos ou mais há uma oscilação Leste para Oeste de águas quentes similares às dos eventos El Nlño e La Niña do Pacífico. Por exemplo, quando a temperatura no Oceano Índico ocidental está muito acima do normal, como foi em 1997, tende a produzir inesperadamente chuva muito intensa na África Oriental, e condições mais secas na Indonésia e norte de Austrália. Este comportamento envolve ambos a mudança na precipitação de larga escala e os Padrões de Temperatura da superfície do mar (SST). Estes padrões de variabilidade estão ligados ao ENSO embora a associação ainda não esteja bem compreendida. Eles podem, contudo, ajudar a explicar porque a força das monções na Índia e a chuva na África Oriental têm, por anos, respondido às vezes de forma inesperada aos eventos El Niño e La Niña no Pacífico. Padrões de Temperatura da Superfície do Mar (SST) do Oceano Atlântico O Oceano Atlântico tem as características de duas grandes bacias oceânicas ligadas ao equador, além de ser uma simples grande bacia. Esta diferença significa que é provável mostrar algo Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 diferente do comportamento interanual em relação aos Oceanos Pacífico e Índico. Estudos sugerem que o modo dominante de variabilidade interanual e mais longa no Atlântico tropical é um padrão bipolar norte-sul de anomalias da temperatura da superfície do mar e pressões de vento com foco nos paralelos 15° N e 15° S sobre quais as SSTs oscilam em cada 10 a 20 anos. As variações dos padrões de temperatura da superfície do mar estão em fase com o reforço e enfraquecimento dos Ventos Alíseos. As ligações entre estas flutuações e o ENSO e sua importância no clima dos trópicos permanecem uma quebra-cabeça. Contudo, é reconhecido que as anomalias de temperatura da superfície do mar no Golfo da Guiné têm uma influência na queda de precipitação no Sahel. Os efeitos do ENSO-El Niño e ENSO-La Niña em várias partes do mundo Às vezes as temperaturas da superfície do mar do Oceano Pacífico equatorial, central e oriental estão mais quentes ou mais frias que normal. Estes episódios de aquecimento e arrefecimento normalmente referem-se respectivamente aos eventos El Niño e La Niña. Embora o primeiro seja mais conhecido que o segundo, ambos são aspectos bem conhecidos e parte essencial do EL Niño/Oscilação Sul (ENSO). As suas ocorrências têm consequências globais. ENSO-El Niño Características Um evento de El Niño produz um padrão consistente de temperaturas e precipitação acima e abaixo do normal em todo o mundo que alteram com as estações. Nos estágios iniciais do seu desenvolvimento (Junho-Agosto) os efeitos são mais fortes nos trópicos e nos sistemas de tempo de inverno do hemisfério sul.Perto do pico do desenvolvimento (Dezembro-Fevereiro) os impactos mantêm-se dentro dos trópicos mas nas latitudes mais Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc altas, mudam para afectar os sistemas de tempo do inverno no hemisfério norte. Fig.2. A fase inicial e o pico do desenvolvimento do El Niño Principais consequências Durante os episódios de El Niño, os padrões normais de precipitação e pressão atmosférica tropicais são perturbados. A convicção e chuvas tropicais estendem-se para Leste pelo Oceano Pacífico., atingindo as Américas em direcção ao fim do ano. Enquanto o evento El Niño desenvolve-se de Junho a Setembro chuva em partes do Sudeste da Austrália é muitas vezes bem abaixo do normal. Condições mais secas que normal pode também ser observadas na África Austral durante o inverno austral. A chuva de monção de verão da Índia e China tende a ser mais errático e muitas vezes não penetra no noroeste da Índia e norte da China. Na América do sul, durante os eventos El Niño, actividade de tempestade anormal traz chuva anormal para a costa central do Chile, particularmente nos períodos de inverno e primavera austral. Mais tarde, durante o verão austral, chuvas frequentes e muitas Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 vezes intensas inundam os subtrópicos leste das Andes (particularmente nas áreas de captação dos sistema dos rios Paraná e Paraguai). Durante o verão austral, as regiões costeira do sul de equador e norte de Perú, normalmente secas, experimentam muitas vezes chuvas torrenciais. Em contraste, maior parte da Bacia Amazónica e a região nordeste do Brasil tornam-se atacadas pela seca, e chuva é reduzida na Indonésia, Malásia, as Filipinas e norte da Austrália. As práticas tradicionais de corte e queimadas no norte da Amazónia e Indonésia têm sido catalisadoras para grandes incêndios florestais e problemas sérios de saúde provocados pelo fumo e nevoeiro. Uma outra consequência dos eventos El Niño é a influência sobre o desenvolvimento de Ciclones Tropicais em todo mundo. O declínio da actividade dos furacões no Atlântico tropical e as Caraíbas é mais óbvia. No oceano Pacífico Oeste, em ambos os lados do equador, o número de tempestades tropicais não varia apreciadamente com ENSO mas há uma tendência de eles formarem-se e recurvarem para latitudes mais altas mais a leste do que o normal durante os eventos EL Niño. Como resultado, algumas regiões como as Filipinas e as ilhas do sudoeste do Pacífico, que dependem da passagem de tempestades tropicais para chuvas de verão sofrem deficiências durante eventos de El Niño. Também a actividade de ciclones tropicais normalmente aumenta no Pacífico oriental e no sudoeste do Pacífico a leste da linha internacional de mudança de data, enquanto em volta da Austrália a actividade declina. O elevado calor da atmosfera tropical no Pacífico central e oriental também afecta padrões da circulação atmosférica nas altas latitudes. As correntes de jactos mudam seus locais as depressões de latitudes médias são dirigidas ao longo de diferentes cursos e tendências para serem mais vigorosas que normais no Pacífico nordeste. Aquecimento anormal, humidade de ar é bombada no oeste de Canadá, Alasca e o extremo norte dos EUA. Temporais Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc tendem a ser mais frequentes no norte do Golfo do México e ao longo da costa sudeste dos EUA, resultando em condições mais húmidas que normal ali. ENSO-La Niña Características Um evento La Niña também produz um padrão consistente de temperaturas e precipitação acima e abaixo do normal em todo o mundo que altera com as estações. Nos estágios iniciais do desenvolvimento (Junho-Agosto) os efeitos são as mais fortes nos trópicos e nos sistemas de tempo de inverno do hemisfério sul. Perto do pico do desenvolvimento (Dezembro-Fevereiro) os impactos permanecem dentro dos trópicos mas nas latitudes mais altas, mudam para afectar sistemas de tempo de inverno do hemisfério norte. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com)lOMoARcPSD|19413181 Fig.3. A fase inicial e o pico do desenvolvimento do La Niña Principais consequências Quando o Pacífico muda para um modo La Niña, o efeito é para suprimir nebulosidade e chuva no Pacífico equatorial, central e oriental, especialmente nas estações de inverno e primavera do hemisfério norte. Ao mesmo tempo a chuva é elevada na Indonésia, Malásia e norte de Austrália durante o verão austral, e nas Filipinas durante o verão do norte. Condições mais húmidas que a média são também observadas na África Austral e o norte do Brasil durante a estação de verão austral, enquanto o sul do Brasil e Argentina central tendem a ser mais secas que o normal nas suas estações de inverno. Durante o verão do norte, as Caraíbas e o norte da América do Sul são normalmente mais frias e húmidas que o normal. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Os eventos La Niña têm uma influência pronunciada durante o inverno e primavera austral na maior parte da Austrália, produzindo chuva bem acima da média, especialmente no leste do continente. No verão nortenho, as monções na Índia tendem a ser mais fortes que normal, especialmente no noroeste. Em muitos locais, o impacto de eventos La Niña sobre a actividade de tempestades tropicais em todo o mundo tende a ser o reverso de eventos El Niño, com o número de tempestades aumentando no Atlântico tropical e a região de génese no Pacífico noroeste mudando para oeste. Ainda mais a norte, sistemas de baixas pressões de latitudes médias tendem a ser mais fracas que normal na região do Golfo de Alasca. Isto favorece o ar mais frio no Alasca e o Canadá ocidental, que muitas vezes penetra no noroeste dos EUA. O sudeste dos EUA, pelo contrário, torna-se mais quente e mais frio que normal. Sumário El Niño é usado para descrever o extenso aquecimento da superfície do oceano pelo Pacífico oriental e central durando três ou mais estações. Quando esta região muda de temperaturas para baixo do normal, chama-se La Niña. Durante um evento El Niño, os Ventos Alíseos enfraquecem, o foco da convecção e da precipitação muda para direcção leste, as temperaturas da superfície do mar tornam-se mais quente no Pacífico Leste equatorial e o “thermocline” torna-se menos inclinado. Durante as condições de La Niña (à direita) os Ventos Alíseos fortificam-se, a convecção é firmamente ancorada sobre a Ásia e as ilhas da Indonésia, as temperaturas da superfície do mar arrefecem pelo Pacífico central e oriental. Os ventos Alíseos fortificados penetram no termoclino no oeste mas causam a subida mais forte de água fria profunda e um aumento do termoclina para Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 a superfície no leste. Condições normais representam a condição imediata entre os estados El Niño e La Niña. Exercícios 1. Defina o fenómeno Enso? 2. Faça uma breve caracterização do fenómeno Enso? 3. Quais os factores que concorrem para o surgimento do Enso? 4. Que consequências o Enso trazem para os climas do mundo? NB. Entregar os exercícios: 1 e 3 desta unidade. Unidade VI Efeitos de Enso em Moçambique Introdução Nesta unidade falaremos dos efeitos do ENSO em Moçambique. Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de: Objectivos Identificar os efeitos negatives do Enso. Os efeitos do ENSO em Moçambique Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Vários estudos levados a cabo mostram que a variabilidade interanual da precipitação é o factor determinante da variabilidade de colheitas e produção agrícola nas regiões de clima tropical. Por outro lado, há provas que maior parte da variabilidade interanual de chuva em Moçambique está associada à eventos de ENSO. A fase fria (La Niña) causa chuva acima da média climatológica, enquanto a fase quente (El Niño) origina chuva abaixo da média e consequentemente provoca temporadas de seca. ENSO- El Niño em Moçambique A influência do El Niño sobre os padrões de precipitação em Moçambique está resumidamente ilustrada nas figuras a baixo. As mesmas fornecem o espectro das anomalias observadas nas regiões norte, centro e sul do país, como resultado do fenómeno, num período e meses de estudo iguais. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 Fig.4. anomalias de precipitação observadas na parte norte do país A figura representa as anomalias de precipitação observadas na parte norte do país, de Janeiro a Março, entre 1961 e 2002, em relação aos valores normais durante os episódios El Niño. Pode ser visto que os valores registados estão largamente a baixo da média climatológica (590.6mm) nos anos de episódios de EL Niño. A figura 2 mostra as anomalias de precipitação observadas na parte central do país, de Janeiro a Março, entre 1961 e 2002, em relação aos valores normais durante os episódios El Niño. Pode ser observado que os valores de precipitação registados estão largamente a baixo da média climatológica (631.1mm) nos anos dos episódios El Niño. Nos 14 anos de El Niño, apenas três valores de precipitação registados estão acima do normal. Precipitação actual registada (%) com relação a precipitação normal durante os eventos El Niño, na região central (JFM) A figura 3 representa a anomalias observadas na parte sul do país, de Janeiro a Março, entre 1961 e 2002, em relação aos valores normais dos os episódios El Niño. Pode-se observar que os valores registados estão grandemente a baixo da média climatológica (631.1mm) nos anos dos eventos El Niño. Nos 14 anos de El Niño, apenas três valores acima do normal foram registados. Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc Precipitação actual registada (%) com relação a precipitação normal durante os eventos El Niño, na região sul (JFM) Segundo o Boletim do Sistema Nacional de Aviso Prévio para a Segurança alimentar, referenciado por um estudo (Benessene, M.; 2002), o efeito do fenómeno El Niño sobre a produção de cereais em Moçambique pode ser dramático. Por exemplo, em 1989/90 as estimativas de produção de produção de cereais no país foram de 691.000 toneladas, enquanto em 1991/2, como uma consequência da seca que afectou o país naquela época da cultura, a produção de cereais atingiu apenas 227.000 toneladas, representando menos que um terço da produção do ano anterior. Durante a época 1994/5, também afectada pelo eventos ENSO, estima-se que cerca de 200.000 toneladas foram perdidas como consequência das temporadas de secas que afectaram as regiões sul e centro do país. ENSO- La Niña em Moçambique A influência do fenómeno La Niña sobre os padrões de precipitação é bem conhecida. Sabe-se muito bem também que a ocorrência do fenómeno La Niña está associado ao aumento da frequência de ciclones tropicais que se formam no Oceano Índico, atravessa o Madagáscar e atingem Moçambique. Um dos efeitos imediatos dos tais ciclones são as cheias, que podem também ser causadas pela actividade da ZCIT e pela chuva intensa além das fronteiras do país (uma vez que maior parte dos rios de Moçambique nascem em Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com) lOMoARcPSD|19413181 países à montante e fluem para o oceano Índico depois de
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