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479517199 Climatogeografia Modulo doc
Geología (Universidade Maputo)
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Geología (Universidade Maputo)
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Manual de Curso de licenciatura em Ensino de
Geografia – 1o ano
Climatogeografi
a
G0134 
24 Unidades
Universidade Católica de Moçambique 
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Centro de Ensino a Distância Direitos de autor 
(copyright)
Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino à Distância
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no
seu todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico,
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de
Moçambique  Centro de Ensino à Distância). O não cumprimento desta advertência é passível a
processos judiciais.
Universidade Católica de Moçambique 
Centro de Ensino à Distância - CED 
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa 
Moçambique - Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
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Fax:23 32 64 06 
E-mail: ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz
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Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique - Centro de Ensino à Distância e o autor do presente manual,
dr. Alfredo Lapissone, gostariam de agradecer a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições
na elaboração deste manual:
:
Análise conteudista/Revisão dr. Sérgio Arnaldo Gove
Pela maquetização e revisão final dr. Heitor Simão Mafanela Simão 
Elaborado Por: dr. Alfredo Lapissone
Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira
Colaborador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED
Revisão: dr. Sérgio Arnaldo Gove
Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira
Colaborador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED
Coordenação, Maquetização e Revisão Final: dr. Heitor Simão Mafanela Simão 
Licenciado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica – Beira 
Mestrando em Ciências e Sistemas de Informação Geográfica
Coordenador do Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia no CED
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Índice
Visão geral 1
Bem-vindo a Climatogeografia.........................................................................................1
Objectivos do curso...........................................................................................................1
Quem deveria estudar este módulo....................................................................................2
Como está estruturado este módulo...................................................................................2
Ícones de actividade...........................................................................................................3
Acerca dos ícones...........................................................................................3
Habilidades de estudo........................................................................................................3
Precisa de apoio?...............................................................................................................4
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)..................................................................................4
Avaliação...........................................................................................................................5
Unidade I 7
Introdução a Climatologia.................................................................................................7
Introdução................................................................................................................7
Sumário..............................................................................................................................9
Exercício..........................................................................................................................10
Unidade II 11
Natureza e campo da climatologia...................................................................................11
Introdução...............................................................................................................11
Sumário............................................................................................................................12
Exercícios........................................................................................................................12
Unidade III 13
Factores e elementos climáticos......................................................................................13
Introdução..............................................................................................................13
Sumário............................................................................................................................14
Exercícios........................................................................................................................14
Unidade IV 16
Observações meteorológicas...........................................................................................16
Introdução..............................................................................................................16
Sumário............................................................................................................................23
Exercícios........................................................................................................................23
Unidade V 24
Os Sistemas Climáticos...................................................................................................24
Introdução..............................................................................................................24
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Sumário............................................................................................................................37Exercícios........................................................................................................................37
Unidade VI 38
Efeitos de Enso em Moçambique....................................................................................38
Introdução..............................................................................................................38
Sumário............................................................................................................................44
Exercícios........................................................................................................................44
Unidade VII 45
Climas da terra.................................................................................................................45
Introdução..............................................................................................................45
Sumário............................................................................................................................52
Exercícios........................................................................................................................53
Unidade VIII 54
Classificação Climática de Koppen.................................................................................54
Introdução..............................................................................................................54
Sumário............................................................................................................................57
Exercícios........................................................................................................................57
Unidade IX 58
Atmosfera Terrestre.........................................................................................................58
Introdução..............................................................................................................58
Sumário............................................................................................................................64
Exercícios........................................................................................................................65
Unidade X 66
Camadas da Atmosfera....................................................................................................66
Introdução..............................................................................................................66
Sumário............................................................................................................................69
Exercícios........................................................................................................................69
Unidade XI 70
Equílibrio Térmico Na Atmosfera...................................................................................70
Introdução..............................................................................................................70
Sumário............................................................................................................................74
Exercícios........................................................................................................................75
Unidade XII 76
Efeitos da Radiação no Topo da Atmosfera.....................................................................76
Introdução..............................................................................................................76
Climatogeografia ii
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Sumário............................................................................................................................83
Exercícios........................................................................................................................83
Unidade XIII 84
Circulação Geral da Atmosfera........................................................................................84
Introdução..............................................................................................................84
Sumário............................................................................................................................85
Exercícios........................................................................................................................85
Unidade XIV 86
Causas da Circulação Geral.............................................................................................86
Introdução..............................................................................................................86
Sumário............................................................................................................................92
Exercícios........................................................................................................................93
Unidade XV 94
Circulação média a superficie..........................................................................................94
Introdução..............................................................................................................94
Sumário............................................................................................................................96
Exercícios........................................................................................................................96
Unidade XVI 97
Circulações Regionais e Locais.......................................................................................97
Introdução..............................................................................................................97
Sumário..........................................................................................................................103
Exercícios......................................................................................................................103
Unidade XVII 104
Nuvens...........................................................................................................................104
Introdução............................................................................................................104
Sumário..........................................................................................................................108
Exercícios......................................................................................................................108
Unidade XVIII 109
Formação de Precipitação..............................................................................................109
Introdução............................................................................................................109
Climatogeografia iii
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Sumário..........................................................................................................................111
Exercícios.......................................................................................................................111
Unidade XIX 112
Processo de Bergeron.....................................................................................................112
Sumário..........................................................................................................................118
Exercícios.......................................................................................................................118
Unidade XX 119
Processo de Colisão - Coalescência...............................................................................119
Introdução.............................................................................................................119
Sumário..........................................................................................................................122Exercícios......................................................................................................................122
Unidade XXI 123
Medidas de Precipitação................................................................................................123
Introdução............................................................................................................123
Sumário..........................................................................................................................125
Exercícios......................................................................................................................125
Unidade XXII 126
Massas de Ar..................................................................................................................126
Introdução............................................................................................................126
Sumário..........................................................................................................................129
Exercícios......................................................................................................................129
Unidade XXIII 130
Correntes Maritimas......................................................................................................130
Introdução............................................................................................................130
Sumário..........................................................................................................................136
Exercícios......................................................................................................................137
Unidade XXIV 138
Análise e previsão do Tempo.........................................................................................138
Introdução............................................................................................................138
Climatogeografia iv
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lOMoARcPSD|19413181
Sumário 142Visão geral
Bem-vindo a 
Climatogeografia
Este módulo constitui um dos suportes do curso de Geografia, o
qual retrata especificamente conteúdos da climatologia. 
Neste contexto, a cadeira climatologia no presente Módulo,
pretende contribuir para a promoção do conhecimento sobre o
processo, transformações e dinâmica do clima no sentido de,
proporcionar aos estudantes uma visão clara e abrangente da
importância do estudo da climatologia para o desenvolvimento em
todas as áreas da vida, consciencializá-los a acerca das alterações
climáticas provocadas pela acção do homem e incentiva-los a traçar
estratégias para sua mitigação ou solução.
Objectivos do curso
Quando terminar o estudo de Climatogeografia será capaz de:
Objectivos
 Definir os principais conceitos em climatogeografia.
 Caracterizar as principais camadas da atmosfera terrestre.
 Explicar os factores do fluxo energético.
 Descrever as leis fundamentais da radiação Solar e terrestre.
 Explicar o ciclo da água na atmosfera e os fenómenos com ele
relacionados.
 Distinguir estados de tempo, tipos de ventos e massas de ar.
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Quem deveria estudar 
este módulo
Este Módulo foi concebido para todos aqueles estudantes que queiram ser
professores da disciplina de Geografia, que estão a frequentar o curso de
Licenciatura em Ensino de Geografia, do Centro de Ensino a Distância na
UCM. Estendese a todos que queiram consolidar os seus conhecimentos
sobre a Climatogeografia.
Como está estruturado 
este módulo
Todos os módulos dos cursos produzidos por Universidade Católica de 
Moçambique - Centro de Ensino a Distância encontram-se estruturados 
da seguinte maneira:
Páginas introdutórias
 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada do curso / módulo, resumindo os 
aspectos-chave que você precisa conhecer para completar o estudo. 
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes de 
começar o seu estudo.
Conteúdo do curso / módulo
O curso está estruturado em unidades. Cada unidade ncluirá uma 
introdução, objectivos da unidade, conteúdo da unidade 
incluindo actividades de aprendizagem, um summary 
da unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma lista 
de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem incluir 
livros, artigos ou sites na internet. 
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para este módulo encontram-se no final de cada 
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para 
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes 
elementos encontram-se no final do módulo. 
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lOMoARcPSD|19413181
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários 
sobre a estrutura e o conteúdo do curso / módulo. Os seus comentários 
serão úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este curso / módulo. 
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens das
folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do processo 
de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de texto, uma 
nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Acerca dos ícones
Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por 
adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África 
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia.
Habilidades de estudo
Durante a formação, para facilitar a aprendizagem e alcançar melhores
resultados, implicará empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os
bons resultados apenas se conseguem com estratégias eficazes e por isso é
importante saber como estudar. Apresento algumas sugestões para que
possa maximizar o tempo dedicado aos estudos:
Antes de organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o ambiente
de estudo que seria ideal para si: Estudo melhor em
casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de manhã/de
tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor com
música/num sítio sossegado/num sítio barulhento? Preciso de um intervalo
de 30 em 30 minutos/de hora a hora/de duas em duas horas/sem
interrupção?
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto da
matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que já
domina bem o anterior. É preferível saber bem algumas partes da matéria
do que saber pouco sobre muitas partes.
Deve evitar-se estudar muitas horas seguidas antes das avaliações, porque,
devido à falta de tempo e consequentes ansiedade e insegurança, começa a
ter-se dificuldades de concentração e de memorização para organizar toda
a informação estudada. Para isso torna-se necessário que: Organize na sua
agenda um horário onde define a que horas e que matérias deve estudar
durante a semana; Face ao tempo livre que resta, deve decidir como o
utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será dedicado ao estudo
e a outras actividades.
Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com)
lOMoARcPSD|19413181
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É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o curso: A
colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de
modo que seja mais fácil identificar as partesque está a estudar e Pode
escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, datas, nomes, pode
também utilizar a margem para colocar comentários seus relacionados
com o que está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a
seguir à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura;
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado
desconhece;
Precisa de apoio?
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacteo pessoalmente.
Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o
estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interacção, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa fase
posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for de natureza
geral. Contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.
Os contactos só se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais de
expediente.
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, tem
a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período pode
apresentar duvidas, tratar questões administrativas, entre outras.
O estudo em grupo com os colegas é uma forma a ter em conta, busque 
apoio com os colegas, discutam juntos, apoiemse mutuamente, reflictam 
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o seu
próprio saber e desenvolva suas competências.
Tarefas (avaliação e 
auto-avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues antes do
período presencial.
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.
Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser
dirigidos ao tutor\docentes.
Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com)
lOMoARcPSD|19413181
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo os
mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os direitos do
autor.
O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)
palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autoriais devem marcar a
realização dos trabalhos.
Avaliação
Você será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada com
base no chamado regulamento de avaliação.
Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,
concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.
Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões
presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média de
frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.
Nesta cadeira o estudante deverá realizar 3 (três) trabalhos, 2 (dois) testes
e 1 (exame).
Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizados como
ferramentas de avaliação formativa.
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de cientificidade,
a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a identificação das
referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.
Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com)
lOMoARcPSD|19413181
https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc
Os objectivos e critérios de 
avaliação estão indicados 
no manual. 
consulteos.Unidade I
Introdução a 
Climatologia
Introdução
A climatologia é uma ciência muito mais recente do que o conceito
clima, mas mesmo a nova ciência tem tido diferentes objectivos e
métodos desde a sua existência.
Tal como muitos domínios das ciências, a climatologia sofreu
muitas modificações nas últimas décadas e continua actualmente a
evoluir com rapidez. O significado dos diferentes conceitos e
termos foi-se modificando, acompanhando a evolução desta
ciência.
Esta unidade temática apresenta as ideias chaves da climatologia
como ciência e como uma base para o desenvolvimento da
sociedade.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
 Definir a Climatologia;
 Identificar os diferentes tipos de Climatologia;
 Reconhecer a importância da Climatologia para o desenvolvimento da 
sociedade.
 Definir Meteorologia.
Generalidades 
Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com)
lOMoARcPSD|19413181
Na abordagem do conceito Climatologia, parece oportuno começar
por dizer os significados de cada um dos termos e conceitos
fundamentais da climatologia.
Os conceitos de tempo e clima
De acordo com o Vocabulário Meteorológico Internacional, define-
se Clima como “ o conjunto flutuante das condições atmosféricas,
caracterizado pelos estados e evoluções do tempo numa dada área”.
Assim, quando falamos do clima de um local estamos a referir-nos
a um conjunto de condições meteorológicas típico dessa local e que
podem sofrer certas modificações. Por “condições meteorológicas”
entende-se o conjunto dos valores de elementos meteorológicos, ou
outras variáveis, num dado período e local.
Por tempo (weather) entendemos o estado médio da atmosfera
numa dada porção de tempo e em determinado lugar. Por outro
lado, clima é a síntese e do tempo num dado lugar durante um
período de 30-35 anos. 
A Climatologia
A climatologia significa o estudo dos climas, tanto no que se refere
aos aspectos da sua existência em diversos locais e períodos sobre
o globo, como no que se refere aos fenómenos que causaram esses
climas.
De acordo com o Vocabulário Meteorológico Internacional (VMI),
climatologia é “ o estudo das causas, variações, distribuições e
tipos dos climas”. Outra definição da climatologia sugere uma
razão pela qual as pessoas a estudam: climatologia é o estudo das
generalidades que se podem obter a partir de exemplos do
Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com)
lOMoARcPSD|19413181
https://www.studocu.com/row?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=479517199-climatogeografia-modulo-doc
comportamento passado da atmosfera. Portanto, esta tem como
objecto de estudo as particularidades geográficas dos climas e a sua
distribuição.
J.O.Ayoade ( 1986 p.2 ) “ A meteorologia é geralmente definida
como ciência da atmosfera e está relacionada ao estado fisico,
dinamico e quimico da atmosfera e `as interacções entre eles e a
superficie terrestre subjacente. Climatologia é o estudo cientifico
do clima”. 
Há uma considerável semelhança no conteúdo da climatologia e da
meteorologia. O meteorologista e o climatólogo, contudo, diferem
significativamente em sua metodologia. Enquanto o meteorologista
emprega as leis da física clássica e as técnicas matemáticas em seu
estudo de processos de atmosféricos. O climatólogo utiliza
principalmente técnica estatística quando retira informações a
respeito do clima a partir das informações disponíveis sobre o
tempo. Pode-se dizer,portanto, o meteorologista estuda o tempo,
enquanto o climatólogo estuda o clima. Entretanto, a climatologia
esta baseada na meteorologia que, por sua vez, esta baseado nos
princípios da física e da matemática. Portanto, há uma relação
estreita entre meteorologia climatologia. A meteorologia engloba
tanto tempo como clima, enquanto os elementos da meteorologia
devem necessariamente estar incorporados na climatologia para
torná-la significativa e científica. O tempo e o clima podem, juntos
ser considerados como consequência e uma demonstração da acção
dos processos complexos na atmosfera, nos oceanos e na terra. 
Sumário
A definição da climatologia sugere uma razão pela qual as pessoas
a estudam, assim, faz-se climatologia para obter uma ideia geral do
que se pode esperar da atmosfera no futuro, com base em exemplos
Downloaded by Cassimo Aiuba (cassimoaiuba@gmail.com)
lOMoARcPSD|19413181
da forma como a atmosfera se comportou no passado, para poder se
explorar os benefícios potenciais desta às actividades humanas,
como por exemplo de cada um dos seguintes grupos: actividade de
sobrevivência, de comércio, de organização social, de comodidade
social e de ciência.
Exercício
1. Diferencie o tempo do clima?
2. Faça uma análise crítica do conceito Climatologia?
3. Distinga Climatologia da Meteorologia quanto a 
metodologia.
4. Indique cinco questões importantes para a sua vida, para as 
quais a resposta dependa dos registos climatológicos.
NB: Entregar os exercícios: 3 e 4 desta unidade.
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Unidade II
Natureza e campo da 
climatologia
Introdução
Conforme mencionamos anteriormente, a climatologia trata dos
padrões de comportamento da atmosfera, verificados durante um
longo período de tempo. Ela está mais preocupada com os
resultados dos processos autuantes na atmosfera do que com suas
operações instantâneas. 
 
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
 Mencionar os Campos da climatologia
 Reconhecer a importância da Climatologia para o 
desenvolvimento da sociedade.
O campo da climatologia é bastante amplo e pode-se fazer subdivisões,
com base nos tópicos enfatizados ou na escala dos fenómenos
atmosféricos que são ressaltados. Como subdivisões tópicas da
climatologia temos as seguintes, entre outras: 
1. Climatologia regional: é a discrição dos climas em áreas seleccionadas
da terra.
2. Climatologia sinóptica: é o estudo do tempo e do clima em uma área
com relação ao padrão de circulação atmosférica predominante. 
A climatologia sinóptica é, assim, essencialmente uma nova abordagem
para a climatologia regional.
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3. Climatologia Física: envolve a investigação do comportamento dos
elementos do tempo ou processos atmosféricos em termos de princípios
físicos. Neste, dá –se ênfase à energia global e aos regimes de balanço
hídrico da terra e da atmosfera.
4. Climatologia Dinâmica: enfatiza os movimentos atmosféricos em
várias escalas, particularmente na circulação geral da atmosfera.
5. Climatologia Aplicada: enfatiza a aplicação do conhecimento
climatológico e dos princípios climatológicos nas soluções dos problemas
práticos que afectam a humanidade.
6. Climatologia Histórica: é o estudo do desenvolvimento dos climas
através dos tempos.
Diversas outras subdivisões são reconhecidas na literatura. Estas incluem,
por exemplo, climatologia agrícola, a bioclimatologia, a climatologia das
construções, a climatologia urbana, a climatologia estatística, etc. Estas
subdivisões podem ser enquadradas em uma das seis subdivisões
reconhecidas. A climatologia agrícola, a bioclimatologia, a climatologia
das construções são, por exemplo, aspectos da climatologia aplicada.
Sumário
O estudo dos vastos campos da climatologia não esgota. Das seis
subdivisões tópicas aqui apresentadas aparecem como guia do estudante
para melhor compreender os conteúdos. 
Exercícios
1. Faça uma análise exaustiva sobre a importância do estudo 
da Climatologia Aplicada para os tempos actuais.
2. Indica a importância da Climatologia agrícola para a 
sociedade.
NB: Entregar o exercício: 2 desta unidade
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Unidade III
Factores e elementos 
climáticos
Introdução
Nesta unidade abordaremos sobre os conceitos de elementos e
factores climáticos.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
 Definir elementos e factores climáticos;
 Identificar os instrumentos meteorológicos. 
Elementos climáticos
Segundo o Vocabulário Meteorológico Internacional (VMI), um
elemento climático é “ qualquer das propriedades ou condições da
atmosfera que, em conjunto, determinam o estado físico do tempo
ou clima num dado local para um determinado momento ou
período “. 
A temperatura do termómetro seco, a temperatura do termómetro
molhado, a velocidade vectorial do vento, a nebulosidade, as
rajadas do vento, a visibilidade, a humidade do solo, o índice do
conforto humano, etc, são todos elementos climáticos de acordo
com a definição dada no VMI.
Não são os valores assumidos pelas variáveis, mas sim elas
próprias, que constituem os elementos climáticos. A temperatura do
termómetro molhado, é uma variável e é um elemento climático;
mas 18˚c não é um elemento climático.
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Factores climáticos
De acordo com o VMI, factores climáticos, são “ certas condições
físicas diferentes dos “elementos climáticos” que controlam o clima
(latitude, altitude distribuição de terras e mares, topografia,
correntes oceânicas, etc.) ”. Assim, factores climáticos são agentes
geradores ou influenciadores, que provocam as condições, ou os
valores dos elementos que constituem o clima.
Sumário
Os factores climáticos são agentes geradores ou influenciadores,
que provocam as condições, ou os valores dos elementos que
constituem o clima.
Factores climáticos, são certas condições físicas diferentes dos
elementos climáticos que controlam o clima. O elemento climático
é qualquer das propriedades ou condições da atmosfera que, em
conjunto, determinam o estado físico do tempo ou clima num dado
local. 
Exercícios
1. Dos elementos que seguem diga quais são , os elementos
climáticos e factores climáticos?
a) Altura da estação acima do nível do mar, ou altitude da
estação
b) Direcção do vento
c) Latitude da estação
d) Temperatura do ponto de orvalho
e) Precipitação média mensal
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f) Média anual do número de dias com temperatura
superior a 35°c. 
2. O clima é a síntese dos factores e elementos do clima.
Argumente?
NB. Entregar o exercício: 2 desta unidade.
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Unidade IV
Observações 
meteorológicas
Introdução
Nesta unidade abordaremos questões ligadas as observações
meteorológicas, a natureza das observações e sobre os diferentes
tipos de observações. 
Falaremos ainda de instrumentos fundamentais em meteorologia
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
 Caracterizar observações meteorológicas; Identificar os diferentes tipos de observações
meteorológicas;
 Identificar os instrumentos meteorológicos. 
Observações Meteorológicas
Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em
primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos. Muitas
das observações podem ser executadas aplicando simplesmente os
órgãos dos sentidos, especialmente o da vista. Por exemplo, pode-
se observar a quantidade de nuvens presentes no céu. Essas
observações chamam-se observações sensoriais.
Frequentemente, no entanto, torna-se necessário recorrer a
instrumentos como prolongamento dos sentidos. Por exemplo,
podemos ler um termómetro para determinar a temperatura do ar.
As observações deste tipo chamam-se observações instrumentais.
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As observações dos diversos elementos meteorológicos são
executadas nas estações de observação meteorológica.
Classificação das estações
As estações meteorológicas podem ser classificadas do seguinte
modo:
(a) Estações sinópticas 
(b) Estações climatológicas
(c) Estações de meteorologia aeronáutica
(d) Estações de meteorologia agrícola
(e) Estações especiais
Estações sinópticas são aquelas que se executam observações
meteorológicas para efeitos de meteorologia sinóptica, que é o
ramo da meteorologia que se ocupa da descrição do tempo real,
baseada nas observações marcadas nas cartas geográficas. A
finalidade deste estudo é a previsão das futuras evoluções do estado
do tempo. 
Estações climatológicas servem para obtenção de dados
meteorológicos de interesse para fins climatológicos. O clima
correspondente ás condições meteorológicas consideradas num
período de longa duração.
Estações de meteorologia aeronáutica, estas localizam-se nos
aeroportos, criadas para responder às necessidades especiais da
aviação.
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Estações de meteorologia agrícola ocupam-se da agricultura no
sentido mais lato, incluindo horticultura, criação de animais e
silvicultura. Estas estações executam observações especiais do
meio físico, assim como observações de natureza biológica.
Estações especiais são criadas para avaliar acontecimentos
meteorológicos particulares. Incluem estações para observação de
perturbações atmosféricas, detecção de hidrometeoros por meio de
radar, hidrologia, medição da radiação, etc.
Os diferentes tipos de observações
Os elementos meteorologicos observados nas estações
meteorologicas dependem dos fins a que se destinam as
observações. Os pormenores são os seguintes:
(a) Observações sinópticas
Em todas estações da rede sinóptica executam-se
observações dos seguintes elementos:
i. Tempo presente e tempo passado;
ii. Direcção e velocidade do vento;
iii. Quantidade, tipo ou tipos e altura das bases das
nuvens;
iv. Visibilidade;
v. Temperatura do ar;
vi. Humidade;
vii. Pressão atmosférica;
viii. Características e tendência da pressão atmosférica;
ix. Quantidade de precipitação;
x. Estado do solo;
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(b) Observações Climatológicas
Nas estações climatológicas principais são executadas
observações de todos ou da maior parte dos seguintes
elementos:
i. Estado do tempo;
ii. Vento;
iii. Visibilidade;
iv. Temperatura do ar;
v. Humidade;
vi. Pressão atmosférica;
vii. Precipitação;
viii. Insolação;
ix. Temperatura do solo.
 
(c) Observações de meteorologia aeronáutica
As observações executadas nos aeródromos satisfazem as
necessidades especiais da aviação, as quais serão tratadas na
parte dedicada à meteorologia aeronáutica. As observações
sinópticas e climatológicas também podem ser executadas
nos aeródromos.
(d) Estações de meteorologia agrícola
O programa de observações numa estação meteorológica
agrícola inclui observações do meio físico, tais como:
i. Temperatura e humidade do ar a diferentes níveis;
ii. Temperatura do solo;
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iii. Conteúdo de humidade do solo s diversas
profundidades;
iv. Turbulência e mistura de ar nas camadas baixas;
v. Hidrometeoros e outros factores de equilíbrio da
humidade;
vi. Insolação e radiação.
(e) Observações especiais
A natureza dos elementos meteorológicos observados em
estações especiais depende do fim para que foi criada a
estação. No entanto, as observações incluem:
i. Registo, com equipamento simples, da duração da
insolação;
ii. Medições da evaporação;
iii. Registo contínuo da radiação solar global e cósmica
numa superfície horizontal.
Horas das observações
Como regra geral, é preciso proceder tão rapidamente quanto
possível á estimativa dos elementos que constituem uma
observação sinóptica de superfície.
No caso de uma observação sinóptica de superfície, a hora real da
observação é a hora a que se procede a leitura do barómetro.
A hora da observação, é por acordo internacional, a hora indicada
nas resoluções da OMM (Organização Meteorologica Mundial).
A hora oficial da observação, é a hora oficial determinada pelo
serviço meteorológico competente. É conveniente que esta hora
seja o mais próximo possível da hora da observação.
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Em meteorologia é conveniente utilizar o relógio de 24 horas. A
meia-noite é 0000 ou o começo de um novo dia. Portanto, 0600
serão 6 horas da manha e 1800 serão 6 horas da tarde. Note-se que,
para designar a meia-noite, não se usa 2400.
As observações sinópticas devem ser executadas em todo o mundo
de acordo com uma hora universal, que são 0000, 0600, 1200 e
1800 TMG, com observações intermédias às 0300, 0900, 1500, e
2100 TMG.
As horas das observações Climatológicas são 0900, 1500 e 2100
TMG.
Funções dos observadores
São as seguintes as funções dos observadores:
 Manter os instrumentos em bom estado,
 Mudar os gráficos dos instrumentos registadores,
 Executar as observações sinópticas e climatológicas com
devido rigor,
 Codificar e transmitir os resultados das observações,
 Elaborar os registos semanais e / ou mensais dos dados
climatológicos.
Instrumentos Meteorológicos
Localização e exposição dos instrumentos meteorológicos
A localização dos instrumentos meteorológicos deve ser tal que
permita que as condições do ambiente se encontrem bem
representadas. Assim, deve encontrar-se afastado da influencia
imediata das arvores e edifícios e tanto quanto possível, não deve
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estar situado sobre vertentes inclinadas, cumes, penhascos ou
covas, nem na sua proximidade.
Esta regra não é aplicável aos instrumentos destinados a medir a
precipitação. Estes exigem uma distribuição conveniente de árvores
e arbustos ou seu equivalente, para servirem de protecção contra
vento. Por outro lado, estas obstruções não devem ser tais que
gerem turbulência, o que seria inconveniente para observações.
Em geral, as estações climatológicas devem estar situadas num
local e sob condições que permitam o funcionamento contínuo da
estação durante, pelo menos dez anos. A exposição deve
permanecer inalteradadurante, um período de longa duração.
Nas estações de meteorologia aeronáutica é necessário ter cuidado
com a colocação dos instrumentos, a fim de assegurar que os
valores sejam, tanto quanto possível, representativos das condições
existentes no aeródromo ou perto dele.
De forma semelhante, as estações de meteorologia agrícola devem
estar situadas num local representativo das condições agrícolas e
naturais da região.
Características recomendáveis dos instrumentos
meteorológicos
As características mais importantes que os instrumentos
meteorológicos devem possuir são:
 A regularidade de funcionamento;
 A precisão;
 A simplicidade de concepção;
 A facilidade de utilização e de manutenção;
 A robustez de construção.
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Os elementos observados com recurso a instrumento
meteorológico:
 Duração da insolação;
 Temperatura do ar, da água e do solo;
 Pressão atmosférica;
 Humidade;
 Direcção e velocidade do vento à superfície;
 Altura da base das nuvens;
 Evaporação.
Tipos fundamentais de instrumentos meteorológicos
Os instrumentos podem dividir-se em dois tipos fundamentais:
(a) Instrumentos de leitura directa;
(b) Instrumentos registadores.
Os instrumentos de leitura directa são mais rigorosos, mas as
medições dos elementos meteorológicos só podem ser executadas
durante a leitura. Quando se pretende obter medições a outras
horas, é necessário utilizar instrumentos registadores, que mantém
um registo contínuo das medições. Chama-se instrumentos
registadores. No entanto, estes devem estar o máximo possível livre
de atrito.
Sumário
Para realizar um estudo científico da atmosfera é necessário, em
primeiro lugar, recolher e organizar dados meteorológicos e fazer
as observações meteorológicas usando instrumentos adequado para
cada objectivo da observação
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Exercícios 
1. Estabeleça a distinção entre observações sensoriais e
instrumentais. Dê um exemplo de cada tipo de observações.
2. Descreva as características essenciais dos seguintes tipos de
estações meteorológicas:
a) Estações sinópticas.
b) Estações climatológicas
3. Estabeleça a distinção entre as seguintes horas de
observação meteorológica:
a) Hora real da observação
b) Hora da observação
c) Hora oficial da observação
NB. Entregar os exercícios: 3 desta unidade.
Unidade V
Os Sistemas Climáticos
Introdução
A melhor e a mais forte, e bem conhecida flutuação natural do clima, em
escalas interanuais, é o fenómeno ENSO. A Oscilação Sul é uma
flutuação atmosférica de grande escala centrada no Oceano Pacífico
equatorial.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
 Analisar os fenómenos climáticos;
 Caracterizar o fenómeno Enso;
 Descrever os efeitos Enso em Moçambique.
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Clima e análise climática
O tempo e o clima estão interligados. Uma ajuda a descrever e
explicar o outro. Enquanto o Tempo refere-se às condições
atmosféricas que existem num dado momento, ou por um período
de tempo relativamente curto, e Clima refere-se às condições de
longo termo descritas pelas médias e extremos do tempo a longo
termo. Clima, por isso, é mais do que uma simples média do tempo.
Descrições do clima devem reconhecer os extremos, frequências, e
a variabilidade dos elementos. Os elementos são os mesmos ambos
para o tempo e clima (temperatura, pressão do ar, vento, humidade,
precipitação, condições do céu, etc.).
Aos aspectos dos mecanismos e papel do controlo climático na
influência e explicação das condições do tempo foram
preliminarmente abordados na unidade anterior. Os mecanismos de
controlo da latitude (relações terra-sol e radiação solar), diferenças
de terra e água (zonas continentais e marítimas), elevação
(altitude), formações terrestres, correntes oceânicas, padrões
globais de pressão, e a circulação geral da atmosfera (ventos), todos
têm sido usados para descrever as condições do tempo. Este mesmo
mecanismo de controlo, quando suficientemente persistentes
durante anos para ser factor dominante para uma região, torna-se a
base para a descrição do clima duma região. Os termos comuns
para climas, tais como tropical, temperado, polar, árctico,
subtropical e, latitude média todos sugerem ao principal
mecanismo de controlo de latitude sobre um elemento importante -
a temperatura. Clima da montanha sugere o papel da elevação e
relevo. Continental e marítimo como termos para clima implicam
que as massas da terra e massas de água recebem e absorvem a
radiação solar diferentemente.
Uma vez que o tempo está relacionado com o clima, assim o clima
está relacionado com a vegetação. As condições climáticas da
temperatura, humidade, e o brilho do sol têm uma influência
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esmagadora sobre a vegetação natural duma região. É importante
ver que muitos termos usados para descrever uma região climática
são nomes para uma região de vegetação também. Tais termos de
vegetação climática incluem savana, floresta tropical, estepe,
Mediterrâneo, deserto, pradaria, mata, taiga, boreal e tundra. As
definições usadas para determinar as fronteiras de alguns tipos de
clima são valores relacionados com a tolerância de vegetação.
Os padrões da precipitação estão também estreitamente
relacionados com os limites de vegetação. A isoiética para a
precipitação anual de 250 mm define claramente as regiões áridas
do mundo, e a isoiética para a precipitação anual de 500 mm é uma
ligeira aproximação de regiões semi-áridas.
Muitos factores podem influenciar as mudanças no clima durante
períodos de centenas a dezenas de milhares de anos. Os níveis de
mudança dos constituintes atmosféricos (dióxido de carbono,
ozono, matérias de partículas das actividades humanas e
actividades vulcânicas), os efeitos dos seres humanos e animais
sobre o solo e cobertura vegetal da terra (mudando os albedos da
superfície), mudanças na emissão solar (variações na actividade da
mancha solar), e mudanças nos movimentos e alinhamentos da
terra como um planeta no sistema solar (variações orbitais e
deambulações polares) são todas possíveis causas das mudanças
climáticas de longo termo. Alguns destes factores de longo termo
podem mesmo influenciar o tempo actual, embora os problemas na
justificação desta afirmação sejam formidáveis.
O FENÓMENO ENSO (El Niño e La Nña)
Caracterização do fenómeno
Através do Pacífico Tropical, a atmosfera e o oceano são
associados através da troca de calor, humidade e quantidade de
movimento na junção. Os Ventos Alíseos de leste conduzem a água
de superfície quente na direcção oeste e ambos intensificam o
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“thermocline” e alimentam energia à convecção, elevando o ar
sobre a Ásia e as ilhas da Indonésia. O ar superior volta e a penetrar
no Pacífico oriental, completando deste modo um ciclo conhecido
como a Circulação de Walker. Durante um evento El Niño
(esquerda) os Ventos Alíseos enfraquecem, o foco da convecção e
da precipitação mudapara direcção leste, as temperaturas da
superfície do mar tornam-se mais quente no Pacífico Leste
equatorial e o “thermocline” torna-se menos inclinado. Durante as
condições de La Niña (à direita) os Ventos Alíseos fortificam-se, a
convecção é firmamente ancorada sobre a Ásia e as ilhas da
Indonésia, as temperaturas da superfície do mar arrefecem pelo
Pacífico central e oriental. Os ventos Alíseos fortificados penetram
no termoclino no oeste mas causam a subida mais forte de água fria
profunda e um aumento do termoclina para a superfície no leste.
Condições normais (meio) representam a condição imediata entre
os estados El Niño e La Niña. 
Mudanças dramáticas ocorrem de ano para ano além do limite das
estações. O verão ano seguinte é dificilmente o mesmo como o ano
anterior; em alguns locais um inverno terá uma seca e o seguinte
trará cheias. Dado que a estrutura geográfica da terra não muda de
ano para ano e o sol emite quase exactamente a mesma quantidade
de energia dentro e fora dum ano, estas flutuações podem parecer
estranhas. Muito do progresso durante os últimos 100 anos na
compreensão delas centrou-se sobre como a atmosfera e os oceanos
interagem no longo termo. O mais notável neste processo foi a
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descoberta da Oscilação Sul atmosférica e mais tarde como ela
interage os oceanos tropicais.
O que são El Niño, La Niña e a Oscilação Sul?
A Oscilação Sul foi primeiro descrito e nomeado na parte inicial do
século 20 pelo Sir Gilbert Walker. Agora é normalmente definido
em outros termos das flutuações mensais e sazonais na diferença de
anomalia de pressão do ar entre Tahiti e Darwin (o Índice de
Oscilação Sul-SOI). O padrão de pressão do ar de superfície de
grande escala balança entre um extremo, com a pressão ao nível do
mar acima do normal sobre a Indonésia e norte da Austrália e
pressão abaixo do normal sobre maior parte do Pacífico oriental
(SOI negativo), e vice-versa. 
Por séculos pescadores das comunidades costeiras do norte de Perú
e Equador têm usado o termo El Niño para descrever um
aquecimento anula das águas do largo do oceano durante
Dezembro (do Espanhol, o tempo de El Niño-o menino ou menino
Cristo). El Niño é agora usado para descrever o extenso
aquecimento da superfície do oceano pelo Pacífico oriental e
central durando três ou mais estações. Quando esta região muda de
temperaturas para baixo do normal, chama-se La Niña.
A Oscilação Sul e o El Niño estão estreitamente ligados um com
outro e são colectivamente chamados como o fenómeno El
Niño/Oscilação Sul. ENSO oscila entre condições quentes (El
Niño), com SOI negativo, e frias La Niña, com SOI positivo. No
século XX houve, usando uma definição para estes eventos, 23
eventos El Niño e 23 eventos La Niña.
O que causa ENSO?
 Na primeira descrição da circulação do ar zonal de grande escala
pelo Pacífico (a Circulação de Walker), Walker notou em particular
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os Ventos Alíseos Lestes a levantar a humidade pelo Pacífico para
alimentar as chuvas das monções da Austrália e Índia. Na alta
atmosfera, o ar que tiver levantado nas tempestades convectivas
volta para oeste e baixa sobre o Pacífico oriental, completando
assim esta circulação. Walker ligou a força de mudança da
circulação (A Oscilação Sul) com o comportamento das monções
indianas.
O pensamento moderno acerca do ENSO basea-se numa hipótese
primeiro posta em diante por Jacob Bjerknes nos meados da década
60. Ele notou que em condições normais, os persistentes Ventos
Alíseos tropicais ‘empurram’ a água de superfície do oceano para
oeste causando a subida da água fria da superfície ao largo da costa
do Perú. Durante um evento El Niño, o aparecimento da anomalia
das temperaturas de superfície do mar positiva no Oceano Pacífico
equatorial e oriental é acompanhada pela queda da pressão
atmosférica e uma redução do gradiente da pressão do nível do mar
normal que conduz os Ventos Alíseos. Os ventos Alíseos são
enfraquecidos e a subida da água fria ao largo da costa do Perú é
reduzida, reforçando assim a anomalia da temperatura positiva
inicial.
O efeito final destas interacções dá o aparecimento de grandes
quantidades de água quente despejando lentamente para trás e para
frente pelo Pacífico equatorial e uma grande oscilação leste-oeste
no fornecimento do calor à atmosfera a partir do Oceano Pacífico.
No pico dum evento El Niño, todo o Oceano Pacífico tropical fica
mais quente do que normal e a temperatura global do ar perto da
superfície aquece enquanto o oceano fornece calor à atmosfera. A
enorme capacidade de calor do oceano comparado com a atmosfera
torna-a lenta para responder à forçantes (estações por anos) das
mudanças rápidas do sistema atmosférico (dias a semanas). Esta
enorme diferença em tempos de resposta conduzem à oscilações
auto-sustentáveis no Pacífico tropical que atingem o ponto máximo
cada 2-7 anos produzindo o fenómeno El Niño/La Niña.
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Implicações sobre clima no mundo
ENSO é a razão principal para anomalias climáticas que podem
durar uma estação ou mais em muitas partes do mundo. Sobre o
Pacífico Tropical, o enfraquecimento é até reverso do padrão
normal da elevação do ar sobre a Ásia e o ar penetrante no Pacífico
oriental durante um evento El Niño altera a circulação das regiões
tropicais circunvizinhas, especialmente pelo Oceano Índico para
África e sobre América do Sul ao Oceano Atlântico. A mudança na
convecção tropical, e deste modo os locais da atmosfera de
aquecimento dominante, provoca ondas ou impulsos longos nos
ventos oeste das latitudes altas e médias. Estas ondas e impulsos de
grande escala na atmosfera mudam os locais das correntes de jacto
e as trajectórias de tempestades, alterando padrões de tempo em
regiões muito distante.
Os efeitos do ENSO
Variabilidade climática nos trópicos
As regiões equatoriais recebem mais calor do sol do que as
latitudes médias e altas. Elas comportam-se bem, portanto, como a
máquina de calor para o sistema climático. Qualquer variabilidade
tropical é limitada portanto para ter repercussões fora nas latitudes
mais altas.
O El Niño/Oscilação Sul domina a variabilidade climática tropical
mas há evidências emergentes de associação atmosfera-oceano
similar algures nos trópicos. Pesquisas recentes sugerem a
possibilidade de ambos oceano Atlântico e Índico comportarem de
formas similares. Nenhuns padrões de temperatura de superfície do
mar (SST) tropical destes oceanos estão lado a lado com o ENSO
do Pacífico ou em força ou no alcance global. O Oceano Pacífico
tropical é duas vezes mais extenso do que qualquer um deles e há
maior alcance para áreas maiores de anomalia e maior
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deslocamento geográfico. Por conseguinte, o Pacífico tem um
impacto maior, e os modos de variabilidade equatorial das outras
bacias oceânicas têm consequências menos dramáticas sobre o
clima global. Entretanto, eles são uma importante parte da história.
Padrões de Temperatura da Superfície do Mar (SST) do Oceano
Índico
 Ao contrário do Oceano Pacífico, o vento de superfície que flui
sobre o Oceano Índico tropical não tem uma componentena
direcção leste persistente. A subida forte da água do mar costeira ao
largo do Corno de África durante as monções do verão fornecem
arrefecimento sazonal das temperaturas de superfície do mar e
reforça os padrões da pressão da superfície que conduzem os
ventos das monções da Índia. Análise recente de histórico do
oceano e dados atmosféricos sugerem que cada poucos anos ou
mais há uma oscilação Leste para Oeste de águas quentes similares
às dos eventos El Nlño e La Niña do Pacífico. Por exemplo, quando
a temperatura no Oceano Índico ocidental está muito acima do
normal, como foi em 1997, tende a produzir inesperadamente
chuva muito intensa na África Oriental, e condições mais secas na
Indonésia e norte de Austrália. Este comportamento envolve ambos
a mudança na precipitação de larga escala e os Padrões de
Temperatura da superfície do mar (SST). Estes padrões de
variabilidade estão ligados ao ENSO embora a associação ainda
não esteja bem compreendida. Eles podem, contudo, ajudar a
explicar porque a força das monções na Índia e a chuva na África
Oriental têm, por anos, respondido às vezes de forma inesperada
aos eventos El Niño e La Niña no Pacífico.
Padrões de Temperatura da Superfície do Mar (SST) do Oceano
Atlântico
O Oceano Atlântico tem as características de duas grandes bacias
oceânicas ligadas ao equador, além de ser uma simples grande
bacia. Esta diferença significa que é provável mostrar algo
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diferente do comportamento interanual em relação aos Oceanos
Pacífico e Índico. Estudos sugerem que o modo dominante de
variabilidade interanual e mais longa no Atlântico tropical é um
padrão bipolar norte-sul de anomalias da temperatura da superfície
do mar e pressões de vento com foco nos paralelos 15° N e 15° S
sobre quais as SSTs oscilam em cada 10 a 20 anos. As variações
dos padrões de temperatura da superfície do mar estão em fase com
o reforço e enfraquecimento dos Ventos Alíseos. As ligações entre
estas flutuações e o ENSO e sua importância no clima dos trópicos
permanecem uma quebra-cabeça. Contudo, é reconhecido que as
anomalias de temperatura da superfície do mar no Golfo da Guiné
têm uma influência na queda de precipitação no Sahel.
Os efeitos do ENSO-El Niño e ENSO-La Niña em várias partes
do mundo
Às vezes as temperaturas da superfície do mar do Oceano Pacífico
equatorial, central e oriental estão mais quentes ou mais frias que
normal. Estes episódios de aquecimento e arrefecimento
normalmente referem-se respectivamente aos eventos El Niño e La
Niña. Embora o primeiro seja mais conhecido que o segundo,
ambos são aspectos bem conhecidos e parte essencial do EL
Niño/Oscilação Sul (ENSO). As suas ocorrências têm
consequências globais.
ENSO-El Niño
Características
Um evento de El Niño produz um padrão consistente de
temperaturas e precipitação acima e abaixo do normal em todo o
mundo que alteram com as estações. Nos estágios iniciais do seu
desenvolvimento (Junho-Agosto) os efeitos são mais fortes nos
trópicos e nos sistemas de tempo de inverno do hemisfério
sul.Perto do pico do desenvolvimento (Dezembro-Fevereiro) os
impactos mantêm-se dentro dos trópicos mas nas latitudes mais
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altas, mudam para afectar os sistemas de tempo do inverno no
hemisfério norte.
Fig.2. A fase inicial e o pico do desenvolvimento do El Niño
Principais consequências
Durante os episódios de El Niño, os padrões normais de
precipitação e pressão atmosférica tropicais são perturbados. A
convicção e chuvas tropicais estendem-se para Leste pelo Oceano
Pacífico., atingindo as Américas em direcção ao fim do ano.
Enquanto o evento El Niño desenvolve-se de Junho a Setembro
chuva em partes do Sudeste da Austrália é muitas vezes bem abaixo
do normal. Condições mais secas que normal pode também ser
observadas na África Austral durante o inverno austral. A chuva de
monção de verão da Índia e China tende a ser mais errático e
muitas vezes não penetra no noroeste da Índia e norte da China.
Na América do sul, durante os eventos El Niño, actividade de
tempestade anormal traz chuva anormal para a costa central do
Chile, particularmente nos períodos de inverno e primavera austral.
Mais tarde, durante o verão austral, chuvas frequentes e muitas
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vezes intensas inundam os subtrópicos leste das Andes
(particularmente nas áreas de captação dos sistema dos rios Paraná
e Paraguai). Durante o verão austral, as regiões costeira do sul de
equador e norte de Perú, normalmente secas, experimentam muitas
vezes chuvas torrenciais. Em contraste, maior parte da Bacia
Amazónica e a região nordeste do Brasil tornam-se atacadas pela
seca, e chuva é reduzida na Indonésia, Malásia, as Filipinas e norte
da Austrália. As práticas tradicionais de corte e queimadas no norte
da Amazónia e Indonésia têm sido catalisadoras para grandes
incêndios florestais e problemas sérios de saúde provocados pelo
fumo e nevoeiro.
Uma outra consequência dos eventos El Niño é a influência sobre o
desenvolvimento de Ciclones Tropicais em todo mundo. O declínio
da actividade dos furacões no Atlântico tropical e as Caraíbas é
mais óbvia. No oceano Pacífico Oeste, em ambos os lados do
equador, o número de tempestades tropicais não varia
apreciadamente com ENSO mas há uma tendência de eles
formarem-se e recurvarem para latitudes mais altas mais a leste do
que o normal durante os eventos EL Niño. Como resultado,
algumas regiões como as Filipinas e as ilhas do sudoeste do
Pacífico, que dependem da passagem de tempestades tropicais para
chuvas de verão sofrem deficiências durante eventos de El Niño.
Também a actividade de ciclones tropicais normalmente aumenta
no Pacífico oriental e no sudoeste do Pacífico a leste da linha
internacional de mudança de data, enquanto em volta da Austrália a
actividade declina.
O elevado calor da atmosfera tropical no Pacífico central e oriental
também afecta padrões da circulação atmosférica nas altas
latitudes. As correntes de jactos mudam seus locais as depressões
de latitudes médias são dirigidas ao longo de diferentes cursos e
tendências para serem mais vigorosas que normais no Pacífico
nordeste. Aquecimento anormal, humidade de ar é bombada no
oeste de Canadá, Alasca e o extremo norte dos EUA. Temporais
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tendem a ser mais frequentes no norte do Golfo do México e ao
longo da costa sudeste dos EUA, resultando em condições mais
húmidas que normal ali.
ENSO-La Niña
Características
Um evento La Niña também produz um padrão consistente de
temperaturas e precipitação acima e abaixo do normal em todo o
mundo que altera com as estações. Nos estágios iniciais do
desenvolvimento (Junho-Agosto) os efeitos são as mais fortes nos
trópicos e nos sistemas de tempo de inverno do hemisfério sul.
Perto do pico do desenvolvimento (Dezembro-Fevereiro) os
impactos permanecem dentro dos trópicos mas nas latitudes mais
altas, mudam para afectar sistemas de tempo de inverno do
hemisfério norte.
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Fig.3. A fase inicial e o pico do desenvolvimento do La Niña
Principais consequências
Quando o Pacífico muda para um modo La Niña, o efeito é para
suprimir nebulosidade e chuva no Pacífico equatorial, central e
oriental, especialmente nas estações de inverno e primavera do
hemisfério norte. Ao mesmo tempo a chuva é elevada na Indonésia,
Malásia e norte de Austrália durante o verão austral, e nas Filipinas
durante o verão do norte. Condições mais húmidas que a média são
também observadas na África Austral e o norte do Brasil durante a
estação de verão austral, enquanto o sul do Brasil e Argentina
central tendem a ser mais secas que o normal nas suas estações de
inverno. Durante o verão do norte, as Caraíbas e o norte da
América do Sul são normalmente mais frias e húmidas que o
normal.
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Os eventos La Niña têm uma influência pronunciada durante o
inverno e primavera austral na maior parte da Austrália, produzindo
chuva bem acima da média, especialmente no leste do continente.
No verão nortenho, as monções na Índia tendem a ser mais fortes
que normal, especialmente no noroeste.
Em muitos locais, o impacto de eventos La Niña sobre a actividade
de tempestades tropicais em todo o mundo tende a ser o reverso de
eventos El Niño, com o número de tempestades aumentando no
Atlântico tropical e a região de génese no Pacífico noroeste
mudando para oeste. Ainda mais a norte, sistemas de baixas
pressões de latitudes médias tendem a ser mais fracas que normal
na região do Golfo de Alasca. Isto favorece o ar mais frio no Alasca
e o Canadá ocidental, que muitas vezes penetra no noroeste dos
EUA. O sudeste dos EUA, pelo contrário, torna-se mais quente e
mais frio que normal.
Sumário
El Niño é usado para descrever o extenso aquecimento da
superfície do oceano pelo Pacífico oriental e central durando três
ou mais estações. Quando esta região muda de temperaturas para
baixo do normal, chama-se La Niña.
Durante um evento El Niño, os Ventos Alíseos enfraquecem, o foco
da convecção e da precipitação muda para direcção leste, as
temperaturas da superfície do mar tornam-se mais quente no
Pacífico Leste equatorial e o “thermocline” torna-se menos
inclinado. Durante as condições de La Niña (à direita) os Ventos
Alíseos fortificam-se, a convecção é firmamente ancorada sobre a
Ásia e as ilhas da Indonésia, as temperaturas da superfície do mar
arrefecem pelo Pacífico central e oriental. Os ventos Alíseos
fortificados penetram no termoclino no oeste mas causam a subida
mais forte de água fria profunda e um aumento do termoclina para
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a superfície no leste. Condições normais representam a condição
imediata entre os estados El Niño e La Niña. 
Exercícios
1. Defina o fenómeno Enso?
2. Faça uma breve caracterização do fenómeno Enso?
3. Quais os factores que concorrem para o surgimento do
Enso?
4. Que consequências o Enso trazem para os climas do
mundo?
NB. Entregar os exercícios: 1 e 3 desta unidade.
Unidade VI
Efeitos de Enso em 
Moçambique
Introdução
Nesta unidade falaremos dos efeitos do ENSO em Moçambique.
Ao completar esta unidade / lição, você será capaz de:
Objectivos
 Identificar os efeitos negatives do Enso.
Os efeitos do ENSO em Moçambique
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Vários estudos levados a cabo mostram que a variabilidade
interanual da precipitação é o factor determinante da variabilidade
de colheitas e produção agrícola nas regiões de clima tropical. Por
outro lado, há provas que maior parte da variabilidade interanual de
chuva em Moçambique está associada à eventos de ENSO.
A fase fria (La Niña) causa chuva acima da média climatológica,
enquanto a fase quente (El Niño) origina chuva abaixo da média e
consequentemente provoca temporadas de seca.
ENSO- El Niño em Moçambique
A influência do El Niño sobre os padrões de precipitação em
Moçambique está resumidamente ilustrada nas figuras a baixo. As
mesmas fornecem o espectro das anomalias observadas nas regiões
norte, centro e sul do país, como resultado do fenómeno, num
período e meses de estudo iguais.
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Fig.4. anomalias de precipitação observadas na parte norte do país
A figura representa as anomalias de precipitação observadas na
parte norte do país, de Janeiro a Março, entre 1961 e 2002, em
relação aos valores normais durante os episódios El Niño. Pode ser
visto que os valores registados estão largamente a baixo da média
climatológica (590.6mm) nos anos de episódios de EL Niño.
A figura 2 mostra as anomalias de precipitação observadas na parte
central do país, de Janeiro a Março, entre 1961 e 2002, em relação
aos valores normais durante os episódios El Niño. Pode ser
observado que os valores de precipitação registados estão
largamente a baixo da média climatológica (631.1mm) nos anos
dos episódios El Niño. Nos 14 anos de El Niño, apenas três valores
de precipitação registados estão acima do normal. 
Precipitação actual registada (%) com relação a precipitação 
normal durante os eventos El Niño, na região central (JFM)
A figura 3 representa a anomalias observadas na parte sul do país,
de Janeiro a Março, entre 1961 e 2002, em relação aos valores
normais dos os episódios El Niño. Pode-se observar que os valores
registados estão grandemente a baixo da média climatológica
(631.1mm) nos anos dos eventos El Niño. Nos 14 anos de El Niño,
apenas três valores acima do normal foram registados.
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Precipitação actual registada (%) com relação a precipitação 
normal durante os eventos El Niño, na região sul (JFM)
Segundo o Boletim do Sistema Nacional de Aviso Prévio para a
Segurança alimentar, referenciado por um estudo (Benessene, M.;
2002), o efeito do fenómeno El Niño sobre a produção de cereais
em Moçambique pode ser dramático. Por exemplo, em 1989/90 as
estimativas de produção de produção de cereais no país foram de
691.000 toneladas, enquanto em 1991/2, como uma consequência
da seca que afectou o país naquela época da cultura, a produção de
cereais atingiu apenas 227.000 toneladas, representando menos que
um terço da produção do ano anterior. Durante a época 1994/5,
também afectada pelo eventos ENSO, estima-se que cerca de
200.000 toneladas foram perdidas como consequência das
temporadas de secas que afectaram as regiões sul e centro do país.
ENSO- La Niña em Moçambique
A influência do fenómeno La Niña sobre os padrões de precipitação
é bem conhecida. Sabe-se muito bem também que a ocorrência do
fenómeno La Niña está associado ao aumento da frequência de
ciclones tropicais que se formam no Oceano Índico, atravessa o
Madagáscar e atingem Moçambique. Um dos efeitos imediatos dos
tais ciclones são as cheias, que podem também ser causadas pela
actividade da ZCIT e pela chuva intensa além das fronteiras do país
(uma vez que maior parte dos rios de Moçambique nascem em
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países à montante e fluem para o oceano Índico depois de

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