Buscar

Metodologia Científica - Resumo

Prévia do material em texto

Metodologia Científica 
Aula 1 – PENSAMENTO, RAZÃO E EMOÇÃO 
 
 Ciência e sabedoria: [ Ciência: Nós, cientistas! ] 
» Produção de conhecimento 
» Solução de problemas 
 Ciência pós-normal: “Trata de complexidade, é 
transdisciplinar e informa tomada de decisão e 
sociedade em geral” 
 Inteligência: Razão e emoção são dois de seus 
componentes. 
 Razão: Capacidades não afetivas - lógica, calculo, etc. 
 Emoção: Capacidades afetivas - desejos, sentimentos, 
etc. 
 
P E N S A M E N T O 
 
 "Define a natureza humana" 
 "Pensar é questionar e nos colocar sob 
questionamento" 
 "A gente aprende o que significa pensar quando 
tentamos faze-lo". 
 
 O que não é pensar: Ter uma opinião ou uma 
noção; ter uma ideia ou representar algo; não é 
raciocinar ou racionalizar. 
 
O B J E T I V I S M O 
 
 Conhecimento é exterior; fenômeno é o objeto; o 
sujeito não se mistura ao objeto. 
 
 Princípio: teorias científicas teriam uma estrutura 
objetiva externa à mente dos cientistas individuais. 
Conhecimento é independente do conhecedor. 
 
O B J E T I V I D A D E 
 
 Não é sinônimo de verdade nem de certeza 
 É um olhar cego, é ver sem interpretar ou inferir, 
preservando a variação, as assimetrias, que no 
passado poderiam ser eliminados em nome da 
verdade 
 Emergiu em meados do século XIX 
 
 “Colégio Invisível”: O sujeito que faz a ciência é 
comunitário, interativo, e não individual. 
Comunidade pacífica e interativa, que normaliza e 
“combina” o conhecimento estabelecido. 
 Comunidade pacífica e interativa – normaliza e 
“combina” o conhecimento estabelecido 
 └ Porém, a comunidade científica não existe 
separada da comunidade global. 
 
Sujeito – Cognição – Objeto 
 
Premissa: “há alguma ordem” 
(filosofia da natureza) 
X 
Premissa: “há um plano rigoroso” 
(teologia da natureza) 
 
 Leis universais não são imprescindíveis, mas é 
necessário haver ordens, regularidades, formas 
 
Objetividade e Construção da Persona 
do Cientista 
 
 Ser científico vs. Ser artístico 
 Ciência que se volta pra conhecer o mundo, não o 
“eu” 
 Objetivo de “conhecimento” e não de “iluminação” 
 
PARADOXO DA SUBJETIVIDADE HUMANA 
 
 “Consiste em ser sujeito para o mundo e, ao mesmo 
tempo, objeto no mundo” (Kuhn) 
 
R E F L E X I V I D A D E 
 
 É a antítese de objetivismo 
 Problematiza o discurso e o conhecimento 
convencional 
 Envolve uma capacidade crítica de examinar 
premissas 
Reflexividade Radical 
 
 Foca no eu, nas suas relações com o outro e com o 
mundo. 
 
 Auto reflexividade: Foca no eu 
 Reflexividade Crítica: No mundo que nos cerca 
 
 
 Interroga o nosso lugar no fenômeno que 
examinamos. 
 
Reflexividade Radical Ecocêntrica 
 
 
 Somos parte da natureza, logo somos parte do 
fenômeno que estudamos 
 Se o planeta insustentável é nosso objeto de 
estudo, ele também é um sujeito do qual somos 
objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 – HISTÓRIA 
 
A N T I G U I D A D E 
 
China Antiga 
 
 
 Confúcio (551 a 479 a.C.): Querem que vos ensine o 
modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se 
sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber 
que não se sabe; na verdade é este o saber. 
 
Grécia Antiga 
 
 
 Iniciação da filosofia ocidental como uma meditação 
acerca da natureza: ordem das coisas, sentido, direção, 
propósito. 
 Os 4 elementos + plantas + animais. 
 
Pré-Socrático 
 
 
 Caráter básico das coisas 
 Cosmos = ordem das coisas 
 Tales de Mileto: água é a substância primária 
Diversidade vem das transformações da água apesar da 
diversidade, tudo é feito da mesma coisa. 
 
 Anaximander: infinito é a substância primária. Por ser 
neutro. 
 Anaximenes: ar é a substância primária Pitágoras: 
números, equações matemáticas – música 
 Heráclito: constante transformação; fogo (energia) é 
a matéria primária 
 Parmenides: o nada é uma impossibilidade; unicidade 
 Zeno: movimento é impossível e pluralidade uma 
ilusão 
 Empédocles: 4 elementos e 2 forças Anaxágoras: em 
tudo há um pedaço de tudo. Nada é puro. 
 Demócrito: átomo e o vazio 
 
Socrátes 
 
 
 Pra conhecer a natureza humana é preciso conhecer a 
natureza do todo 
 Fundador da ética. Pra muitos, o pai da filosofia 
 Professor de Platão 
Platão 
 
 
 Mais que a matéria, ela é uma ideia Natureza é tudo 
aquilo sobre o que não se tem 
 Natureza se auto reproduz e se regenera 
 Tem movimento e repouso 
 
 Anima mundi: princípio do cosmos e fonte de 
todas as almas individuais 
 
Aristóteles 
 
 
 Pra conhecer a natureza humana é preciso conhecer 
a natureza do todo 
 Universal nos particulares, coisas no mundo 
 Natureza se autoreproduz e se regenera 
 Tem movimento e repouso 
 Preocupação com linguagem, informação, 
conhecimento. 
 
I D A D E M É D I A 
 
 Pensamentos precursores à ciência moderna: vácuo, 
finitude do universo, movimento, pluralidade de 
mundos, etc. 
 Expansão do pensamento vs. repressão religiosa 
 
Natureza de Tomás de Aquino 
 
 
 Fundador da “Escolástica”, forma de ensino medieval, 
que dava uma abordagem racional ao cristianismo. 
 Teologia natural: baseada na razão e na experiência. 
 Natureza como conceito polissêmico: seu confronto 
com a pessoa, a graça, a Liberdade, a arte, a técnica. 
 
M O D E R N I D A D E 
 
150 Anos de Idade Moderna 
 
Do nascimento de Copérnico até a morte de Newton: 
 
 Nicolau Copérnico (1473-1543): heliocentrismo 
 Francis Bacon (1561 - 1626): reforma do 
conhecimento 
 Galileu Galilei (1564-1642): heliocentrismo 
 René Descartes (1596-1650): racionalismo e o 
método 
 Blaise Pascal (1623-1662): a geometria e o sagrado 
 Isaac Newton (1643-1727): gravidade, 
heliocentrismo, etc 
 
Humanismo 
 
 Reação ao efeito da religião e às relações de 
dominação da Idade Média. 
 Ascensão da burguesia. 
 Imperativo categórico de Kant: nova ética 
Relação Modernidade - Economia 
 
 Capitalismo e comunismo: relações de domínio da 
natureza 
 Propriedade privada ou do estado 
 Natureza como obstáculo, atraso, commodity, não 
civilizado, etc. 
 
 
O P Ó S - M O D E R N O 
 
 Crise de conceitos: razão, sujeito, verdade, 
totalidade, progresso. Incredulidade perante o 
discurso filosófico e metafísico com suas pretensões 
atemporais e universalizantes. 
 Incredulidade na fundação da ciência com base na 
vida do espírito. 
 Preocupação com linguagem, informação, 
conhecimento. 
 
Teilhard de Chardin 
 
 
 Consciente coletivo: interação entre mentes 
humanas. Redes de interação humana mais 
complexas fazem crescer a consciência, integração e 
unificação noosfera 
 Evolução: ascensão em direção à consciência e Cristo 
como o princípio organizador do universo, o “Cristo 
Cósmico”. 
 Ponto Ômega: organização hiperpessoal e completa 
realização de Cristo, ou a Cristogênese 
 
Fenomenologia 
 
 
 Henri Bergson (1859-1941): “O todo real é uma 
“continuidade indivisível: os sistemas que nele 
recortamos não seriam (...) partes suas; seriam vistas 
parciais tomadas do todo” 
Filosofia Pós-Moderna (1950-...) 
 
 
 Merleau-Ponty: “a carne do mundo” 
 Hans Jonas: “ética da responsabilidade” 
 Gilles Deleuze: “assembleias de vários estados de ser 
simultaneamente” 
 Timothy Morton: “fronteira difusa e confusa entre 
espécies, entre vivo e não-vivo, entre organismo e 
ambiente” 
 Bruno Latour: “um parlamento de coisas” 
 “política de Gaia” 
Natureza Pós-Moderna: na Ciência 
(1970-...) 
 
 
 Lovelock e Margulis: “teoria de Gaia” 
» Vida como sistema complexo e autoregulador 
» “Planeta como supraorganismo” 
» Vida como fator geológico 
 Maturana e Varela: “autopoiese” 
» Sistemas vivos se autoproduzem, autorregulam, 
regeneram 
 
Natureza e Política 
 
 
 A modernidade separa o ser humano da natureza 
 Novo sentido pra palavra natureza 
 Pós-modernos: “Política de Gaia” Essa política pressupõe parlamento “mais amplo” 
 
Mundo de Ideias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 3 – INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE 
 
C I Ê N C I A 
 
 
 Scientia: conhecimento 
 Ciência: sistema de produzir conhecimento a partir 
de método 
 
Ciência = aumenta o conhecimento + soluciona 
problemas 
 
Entendimento 
 
 
 
 
Ciclo Selvagem 
 
 
 Diálogo sobre a vida 
» Artistas 
» Agricultores 
» Indígenas 
» Filósofos 
» Cientistas 
» Etc. 
 
Ciclo Selvagem 
 
Diálogo sobre mudanças climáticas entre cientistas e 
lideranças e comunidades religiosas 
 
Ciência, Natureza e a Conversa com a 
Arte 
 
 
 Adorno: “se a língua da natureza é muda, a arte 
busca tornar essa mudez eloquente” (Teoria Estética, 
1970) 
 
 Na forma: esculturas 
 Teatro e audiovisual: ecodramaturgia 
 Movimentos: Ecopunk!; Solarpunk; Tecnogaianismo 
 Literatura híbrida: Regenerantes de Gaia, Scarano 
 Artes Plásticas: The Botanical Mind 
 Fotografia: Sebastião Salgado 
 Música: Concerto para o Bioceno 
 Cinema: Ecocriticism; Cinema Ambiental; FICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D E C O L O N I A L I D A D E 
 
 
 “Pensamento de fronteira” 
 “Desobediência epistêmica” 
 Transgressão e não-interdição

Continue navegando