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TCC final- Agregado Reciclado

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA 
CAMILA DANIELA DA SILVA MAFRA 
SOLINEY CARREIRO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO COM 
SUSTITUIÇÃO DE AGREGRADO MIÚDO E GRAÚDO CONVENCIONAL POR 
AGREGADO RECICLADO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARATINGA-MINAS GERAIS 
JULHO/2019
 
 
CAMILA DANIELA DA SILVA MAFRA 
SOLINEY CARREIRO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO COM 
SUSTITUIÇÃO DE AGREGRADO MIÚDO E GRAÚDO CONVENCIONAL POR 
AGREGADO RECICLADO. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Centro Universitário de 
Caratinga, como requisito parcial à 
obtenção do título de bacharel em 
Engenharia Civil. 
Orientador: Prof. Esp. Adriano Ferreira 
Batista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARATINGA-MINAS GERAIS 
JULHO/2019
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMILA DANIELA DA SILVA MAFRA 
SOLINEY CARREIRO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO CONCRETO COM 
SUSTITUIÇÃO DE AGREGRADO MIÚDO E GRAÚDO CONVENCIONAL POR 
AGREGADO RECICLADO. 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Centro Universitário de 
Caratinga, como requisito parcial à 
obtenção do título de bacharel em 
Engenharia Civil. 
Orientador: Prof. Esp. Adriano Ferreira 
Batista. 
 
Aprovada em: 03/07/2019 
 
 
 
__________________________________ 
Prof. Esp. Adriano Ferreira Batista. 
ORIENTADOR 
 
 
 
 
______________________________ 
Prof. Marialice T. Trigo 
AVALIADOR 
_______________________________ 
Prof. Márcio Lourenço da Costa 
AVALIADOR 
 
 
 
 
 
 
CARATINGA-MINAS GERAIS 
JULHO/2019 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Gostaríamos de deixar nossos sinceros agradecimentos a todos os envolvidos 
nesse projeto, foram vários os momentos em que uma palavra de carinho e incentivo 
nos fizeram acreditar que seríamos capazes de finalizar mais uma etapa. 
 Á Deus por ser nosso apoio e sustentação, nos dando força e sabedoria para 
realizar nossos sonhos. 
 Á a toda nossa família e amigos pelo apoio e incentivo em todas etapas das 
nossas vidas, compartilhando momentos felizes pelas conquistas e nos dando suporte 
nas dificuldades enfrentadas. 
 Aos nossos professores e mestres pela disponibilidade de sempre e suporte na 
realização deste trabalho, agradecemos em especial ao nosso professor e orientador 
Adriano Ferreira Batista, pela paciência, pela dedicação e ensinamentos que foram 
essenciais na nossa formação e principalmente na conclusão deste projeto, 
agradecemos também ao nosso coordenador e professor Alex Pereira Cardoso por 
todo apoio. 
 De maneira geral, nossos mais sinceros agradecimentos. 
“Consagre ao senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos” 
Provérbios 16.3. 
 
 
 
 
RESUMO 
 
MAFRA, Camila Daniela da Silva, FERREIRA, Soliney Carreiro. Análise da 
resistência à compressão do concreto com substituição de agregado miúdo e 
graúdo convencional por agregado reciclado. Centro Universitário de Caratinga, 
julho de 2019. Orientador: Prof. Esp. Adriano Ferreira Batista. 
 
Esta pesquisa pode ser classificada como descritiva e experimental, pois descreve 
procedimentos e métodos aplicados na sua realização, além de ensaios técnicos e 
experimentos embasados na elaboração de testes que apresentem resultados para 
análise da resistência do concreto no estado endurecido com substituição total do 
agregado miúdo e graúdo pelo agregado reciclado de materiais de RCC ( resíduos da 
construção civil). Visto que a geração de resíduos do setor da construção civil são um 
dos maiores responsáveis pelos impactos ambientais no meio, tanto pela disposição 
inadequada dos materiais, quanto pela utilização dos recursos naturais, a reciclagem 
e utilização dos materiais como agregados de concreto, surge como alternativa 
sustentável na minimização desses impactos. Quanto à metodologia do estudo, trata-
se de uma pesquisa cientifica com natureza qualitativa, uma vez que analisa o 
comportamento no desempenho do concreto, os ensaios e testes tanto dos matérias, 
quanto dos corpos de prova foram realizados em laboratório seguindo normas e 
diretrizes. Os ensaios correspondem a análise e comparativo que fornecem resultados 
que garantem a utilização do material reciclado dentro da construção civil em concreto 
com função estrutural com desempenho e resistência adequado conforme norma. 
Palavras Chaves: Agregado reciclado, alternativa sustentável, Resíduos sólidos e 
resistência do concreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
MAFRA, Camila Daniela da Silva, FERREIRA, Soliney Carreiro Analysis of the 
compressive strength of concrete with substitution of aggregate and 
conventional aggregate by recycled aggregate. University Center of Caratinga, July 
2019. Advisor: Prof. Esp. Adriano Ferreira Batista. 
 
This research can be classified as descriptive and experimental, since it describes 
procedures and methods applied in its accomplishment, besides technical tests and 
experiments based on the elaboration of tests that present results for analysis of the 
resistance of the concrete in the hardened state with total replacement of the small 
aggregate and recycled aggregate of RCC materials (construction waste). Since the 
generation of waste from the construction sector is one of the main responsible for 
environmental impacts in the environment, due to inadequate disposal of materials and 
the use of natural resources, recycling and use of materials as concrete aggregates, 
arises as an alternative in minimizing these impacts. As for the methodology of the 
study, it is a scientific research with a qualitative nature, once it analyzes the 
performance behavior of the concrete, the tests and tests of both the materials and the 
test specimens were carried out in the laboratory following norms and guidelines. The 
tests correspond to analysis and comparative that provide results that guarantee the 
use of the recycled material within the civil construction in concrete with structural 
function with performance and adequate resistance according to standard. 
Keywords: Recycled aggregate, sustainable alternative, solid waste and concrete 
strength. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1- Processo de fabricação do cimento. .......................................................... 19 
Figura 2- Tipos de cimento. ....................................................................................... 21 
Figura 3- Gráfico de relação água/cimento x à resistência à compressão. ............... 23 
Figura 4- Areia fina, média e grossa. ........................................................................ 25 
Figura 5- Classificação das areias. ........................................................................... 26 
Figura 6- Estimativa de RCC coletado nas diferentes regiões do Brasil (t/dia). ........ 34 
Figura 7- Demonstração de canteiro de obras e área de demolição. ........................ 36 
Figura 8- Proporções de resíduos classe A. ............................................................. 37 
Figura 9- Possíveis contaminantes e sua influência no concreto .............................. 38 
Figura 10- Massa específica x absorção de água dos agregados de RCC. .............. 40 
Figura 11- Retração dos concretos com ARC e agregado natural. ........................... 44 
Figura 12- Diferenças visuais agregado miúdo ......................................................... 45 
Figura 13- Diferenças visuais Agregado Graúdo ....................................................... 46 
Figura 14- Usina fixa de reciclagem de RCC ............................................................ 48 
Figura 15- Usina móvel de reciclagem de RCC ........................................................49 
Figura 16- Reciclado retido na peneira 12,5mm ........................................................ 54 
Figura 17- Natural retido na peneira 19mm ............................................................... 54 
Figura 18- Massa específica agregado miúdo reciclado ........................................... 55 
Figura 19- Massa específica agregado miúdo natural ............................................... 55 
Figura 20- Curva de Abrams do cimento ................................................................... 63 
Figura 21 - Consumo de água aproximado ............................................................... 63 
Figura 22- Volume do agregado seco por m3 de concreto. ....................................... 64 
Figura 23-Slump test graúdo reciclado ...................................................................... 68 
Figura 24- Slump test miúdo reciclado ...................................................................... 68 
Figura 25- Substituição brita por agregado reciclado ................................................ 69 
Figura 26- Massa de concreto após substituição ...................................................... 69 
Figura 27- Substituição areia por agregado reciclado ............................................... 69 
Figura 28- Massa de concreto após substituição ...................................................... 69 
Figura 29- Moldagem e identificação, agregado graúdo reciclado ............................ 70 
Figura 30- Moldagem e identificação, agregado miúdo reciclado ............................. 70 
Figura 31- Corpo de prova com graúdo reciclado na prensa .................................... 71 
Figura 32- Corpo de prova graúdo reciclado após rompimento. ............................... 71 
 
 
Figura 33-Corpo de prova com agregado graúdo reciclado ...................................... 71 
Figura 34-Corpo de prova miúdo reciclado na prensa .............................................. 73 
Figura 35-Corpo de prova miúdo reciclado após rompimento ................................... 73 
Figura 36- Corpo de prova com agregado graúdo reciclado ..................................... 73 
Figura 37- Corpo de prova convencional na prensa .................................................. 75 
Figura 38- Corpo de prova convencional após rompimento ...................................... 75 
Figura 39-Corpo de prova com agregado convencional ............................................ 75 
Figura 40- Comparativo das resistências das amostras graúdo reciclado ................ 78 
Figura 41-Comparativo das resistências das amostras miúdo reciclado ................... 78 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1- Componentes do Clínquer. ....................................................................... 20 
Tabela 2- Repetições Ensaio massa específica Agregado miúdo Reciclado ............ 54 
Tabela 3- Repetições ensaio massa específica agregado miúdo natural ................. 55 
Tabela 4-Repetições ensaio umidade superficial agregado reciclado ....................... 57 
Tabela 5- Resultados massa unitária em estado solto, brita reciclada ...................... 59 
Tabela 6- Resultados massa unitária em estado solto, brita natural ......................... 59 
Tabela 7- Resultado massa unitária estado compactado brita reciclada .................. 60 
Tabela 8- Resultado massa unitária estado compactado brita natural ...................... 61 
Tabela 9- Resistência à compressão calculada ........................................................ 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1- Classificação das britas ............................................................................ 27 
Quadro 2- Ensaio de granulometria miúdo reciclado ................................................ 52 
Quadro 3- Ensaio de granulometria miúdo natural .................................................... 52 
Quadro 4- Estatística descritiva com desvio padrão agregado graúdo reciclado ...... 79 
Quadro 5- Estatística descritiva com desvio padrão agregado miúdo reciclado ....... 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE EQUAÇÕES 
Equação 1 ................................................................................................................. 30 
Equação 2. ................................................................................................................ 39 
Equação 3. ................................................................................................................ 39 
Equação 4 ................................................................................................................. 40 
Equação 5 ................................................................................................................. 53 
Equação 6 ................................................................................................................. 55 
Equação 7 ................................................................................................................. 56 
Equação 8 ................................................................................................................. 57 
Equação 9 ................................................................................................................. 58 
Equação 10 ............................................................................................................... 58 
Equação 11 ............................................................................................................... 60 
Equação 12 ............................................................................................................... 62 
Equação 13 ............................................................................................................... 64 
Equação 14 ............................................................................................................... 65 
Equação 15 ............................................................................................................... 65 
Equação 16 ............................................................................................................... 65 
Equação 17 ............................................................................................................... 66 
Equação 18 ............................................................................................................... 70 
Equação 19 ............................................................................................................... 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SÍMBOLOS 
 
 
Fcd Resistência de cálculo do concreto 
Fck Resistência característica do concreto 
γc Coeficiente de minoração da resistência do concreto 
ɣm Massa especifica do agregado miúdo 
ɣg Massa especifica do agregado graúdo 
Ms Massa do material seco; 
Lo Leitura inicial do frasco 
L Leitura final do frasco. 
ɣ0 Massa unitária do agregado no estado solto 
Mar Massa do recipiente +amostra 
MF Módulo de finura 
Mr Massa do recipiente 
V Volume do recipiente 
ɣcomp Massa unitária do agregado no estado compactado 
H Teor de umidade 
Sd Desvio Padrão 
C Consumo cimento 
Ca Consumo água 
a/c Relação água/cimento 
Cb Consumo agregado graúdo 
Cm Consumo agregado miúdo 
A área 
Ø Diâmetro 
F Força 
ϑ Resistência 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15 
2. OBJETIVO .......................................................................................................... 17 
Objetivo geral ..................................................................................................... 17 
Objetivos específicos ......................................................................................... 173. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 18 
Cimento Portland ................................................................................................ 18 
Clínquer ........................................................................................................... 19 
Processo de reações ....................................................................................... 21 
Agregados .......................................................................................................... 24 
Agregado miúdo .............................................................................................. 24 
Agregado graúdo ............................................................................................. 26 
Água ........................................................................................................... 27 
Concreto ........................................................................................................... 27 
Propriedades do concreto fresco .................................................................... 28 
Propriedades do concreto endurecido ............................................................. 29 
Resíduos da construção civil .............................................................................. 30 
Classificação dos resíduos .............................................................................. 31 
Os impactos negativos dos resíduos da construção civil ................................ 32 
Agregado Reciclado ........................................................................................... 34 
Agregado de resíduo de concreto (ARC) ........................................................ 35 
Agregado de resíduo misto (ARM) .................................................................. 35 
Composição dos resíduos ............................................................................... 36 
Propriedades fundamentais Agregado reciclado ................................................ 38 
Porosidade ...................................................................................................... 38 
Massa específica e massa unitária ................................................................. 39 
 
 
Teor de finos ................................................................................................... 41 
Granulometria .................................................................................................. 41 
Absorção de água ........................................................................................... 41 
Concretos com agregados de RCD .................................................................... 42 
Influência no concreto fresco ........................................................................... 42 
 Influência no estado endurecido ...................................................................... 43 
Diferenças visuais entre Agregados reciclados e agregados naturais ............... 45 
Usinas de reciclagem RCC .............................................................................. 46 
4. METODOLOGIA ................................................................................................... 50 
Materiais ........................................................................................................... 50 
Procedimento coleta e beneficiamento .............................................................. 50 
Ensaio das propriedades dos agregados ........................................................... 51 
Determinação da composição granulométrica do agregado miúdo e graúdo, 
reciclado e convencional ........................................................................................... 51 
Determinação de massa específica “ɣ” do agregado miúdo reciclado e 
convencional ............................................................................................................. 54 
Determinação massa unitária “ɣ0” do agregado miúdo reciclado e convencional 
em estado solto ......................................................................................................... 56 
Determinação massa unitária “ɣ0” do agregado miúdo reciclado e convencional 
em estado compactado ............................................................................................. 56 
Determinação da umidade superficial do agregado miúdo reciclado .............. 57 
Determinação da massa especifica e massa específica aparente do agregado 
graúdo reciclado e natural ......................................................................................... 58 
Determinação da massa unitária do agregado graúdo reciclado e natural em 
estado solto ............................................................................................................... 59 
Determinação da massa unitária do agregado graúdo reciclado e natural em 
estado compactado ................................................................................................... 60 
Traço de concreto pelo método ABCP ............................................................... 61 
 
 
Ensaio do abatimento do tronco de cone ........................................................... 67 
Moldagem do corpo de prova ............................................................................. 68 
Ensaio de compressão simples .......................................................................... 70 
Compressão amostras com agregado graúdo reciclado ................................. 71 
Compressão amostras com agregado miúdo reciclado................................... 73 
Compressão amostras com agregado convencional ....................................... 75 
Comparação da resistência do concreto reciclado e concreto convencional ..... 77 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 79 
Resistência das amostras .................................................................................. 79 
6. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 82 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 83 
APÊNDICES ............................................................................................................. 85 
A- Estatísticas e comparações agregado graúdo reciclado ...................................... 85 
B- Estatísticas e comparações agregado miúdo reciclado ....................................... 87 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
A construção civil é uma indústria que se destaca como um dos setores 
econômicos mais importantes e influentes do Brasil, e por sua vez tem o concreto 
como uns dos materiais mais solicitados pela mesma. Relatos históricos explicam que 
seu uso teve origem grega e romana, sendo trabalhadas em sua forma mais simples 
com a utilização do calcário calcinado e, mais tarde, com a inserção de outros 
materiais como pedra e areia. 
O concreto continua sendo usado na atualidade, porém de maneira mais 
complexa, fato que se explica pela evolução do material ao longo dos anos, já que o 
mesmo é solicitado em grande escala no país e no mundo, as pesquisas e técnicas 
referentes ao tema o levaram a apresentar melhores aspectos e desempenho, a 
viabilidade de conhecimento técnico da estrutura dos componentes do material tornou 
possível sua análise química e física, além do seu comportamento quando combinado 
a outros elementos ainda não utilizados, o que garantiu ao concreto a inserção de 
recursos que aprimorem suas propriedades, aumentando, portanto, aplicação e 
finalidade em várias etapas da construção. 
Sua enorme utilização se explica pelo fato de ser um material com alta 
versatilidade, apresentando ótimas propriedades como trabalhabilidade,durabilidade, 
resistência, plasticidade, entre outros aspectos que o torna cada vez mais eficaz, além 
ser considerado um elemento sustentável por emitir menos gases poluentes, quando 
comparado aos outros materiais pertencentes às etapas de construção das obras. 
Em contrapartida a enorme evolução econômica e social da construção civil 
também é considerada como uns dos maiores fatores que contribuem com o impacto 
ambiental do meio, uma vez que a construção civil trouxe na mesma proporção, um 
aumento considerável na geração de resíduos sólidos, conhecidos como RCC 
(Resíduos de construção civil). De acordo com dados apresentados por ABRECON 
(2019) a construção civil compreende valores de contribuição de 54% a 70% de 
resíduos sólidos urbanos totais gerados anualmente. Esses valores acentuados são 
na maior parte das vezes descartados de forma incorreta, que como consequência 
geram impactos tanto visuais quanto ambientais, acentua a proliferação de vetores de 
doenças como a dengue e geram ainda impactos econômicos, pois a geração de 
resíduos na construção civil está diretamente ligada ao desperdício nas obras. 
 
16 
 
 
A separação e destinação dos resíduos quanto sua classe, é de 
responsabilidade do gerador, porém a falta de controle sobre a aplicação de leis e 
fiscalizações e principalmente a falta de plano de gestão por parte dos responsáveis 
pelas obras vem agravando a situação. 
Uma vez que alguns resíduos podem ser reciclados, surgiu recentemente o 
agregado reciclado como alternativa sustentável para minimização dos impactos 
causados pelos resíduos da construção. O material beneficiado pode substituir o 
agregado convencional parcialmente ou completamente, podendo ser introduzido 
como agregado graúdo ou miúdo e tem atualmente aplicação em concretos sem 
função estrutural como em material auxiliar em pavimentação, calçadas ou muros sem 
contenções 
A proposta de inserção de técnicas de reuso é prevista como alternativa em 
construções principalmente em grandes centros em constante desenvolvimento e 
enorme demanda de materiais, para reduzir, então, a necessidade de extração de 
recursos naturais cada vez mais escassos e reduzir consequentemente os impactos 
ambientais provenientes do setor da construção civil. 
Objetivando avaliar a aplicabilidade do novo material, foi estudada a utilização 
de RCC na produção de concretos para estruturas de pequeno porte, com menor 
esforço solicitante, estudando a possibilidade de ter utilização também em concreto 
com função estrutural. Os agregados graúdo e miúdo serão substituídos 
separadamente em corpos de provas e posteriormente rompidos com o intuito de 
avaliar a resistência à compressão axial e analisar o desempenho do novo material. 
17 
 
 
2. OBJETIVO 
 Objetivo geral 
Identificar através do ensaio de resistência à compressão o comportamento do 
concreto quanto à sua resistência, submetido a alterações dos seus componentes 
pela substituição dos agregados convencionais por agregados reciclados. 
 Objetivos específicos 
• Calcular um traço de concreto feito com agregado graúdo e miúdo reciclado e 
agregados naturais, buscando atingir a resistência de 20 Mpa; 
• Realizar o ensaio do abatimento do cone para identificação da consistência, 
trabalhabilidade e a homogeneidade da mistura; 
• Moldar 12 corpos de prova, sendo 4 corpos de prova de concreto convencional, 
4 corpos de prova feito com agregado graúdo reciclado e 4 corpos de prova de 
concreto feito com agregado miúdo reciclado; 
• Realizar o ensaio de compressão simples na amostra de concreto endurecido, 
a fim de obter a resistência característica a compressão; 
• Realizar comparativos dos resultados, através do software Minitab encontrados 
entre corpos de provas de concretos convencionais e concreto reciclado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
3. REVISÃO DE LITERATURA 
 Cimento Portland 
De acordo Neville (2016), o cimento pode ser descrito como um aglomerante 
hidráulico resultante da mistura homogênea do Clínquer Portland e adições, com 
propriedades adesivas e coesivas que possuem a capacidade de unir fragmentos 
minerais na forma de uma unidade compacta. 
Quanto a sua constituição, são formados por matérias primas como o calcário 
que é uma rocha sedimentar que contem minerais com quantidades acima de 30% de 
carbonato de cálcio representados pela fórmula química: Caco3, sendo a principal 
matéria prima para fabricação do cimento; a sílica um composto oxigenado (SiO2) do 
silício encontrado em minerais, areias e silicatos; Alumina sendo um óxido de alumínio 
(Al2O3) e óxido de ferro representado fórmula Fe3O4. 
O processo de fabricação do cimento pode ser descrito de acordo com Neville 
(2016), de maneira simplificada e clara, porém cada processo é susceptível a 
alterações de acordo com o fabricante. Mas de maneira geral, o calcário é extraído 
das jazidas que particularmente são localizadas próximas às fabricas, após a extração 
ocorre à moagem e a mistura aos demais componentes, essa etapa é fundamental na 
qualidade do cimento, pois a mistura dos componentes à farinha do cru deve ser 
dosada em proporções extremamente adequadas. 
Após a mistura e homogeneização das matérias primas, o material é levado à 
queima em grandes fornos rotativos a uma temperatura que pode chegara 1945 ºC, 
esse processo de queima é chamado de clinquerização, obtendo produto final o 
clínquer. Esse por sua vez é resfriado e moído em partículas muito finas e é onde 
recebe adições de acordo com o tipo de cimento e características esperadas, Neville 
(2016). 
Os componentes de maneira geral interagem entre si no interior do forno e 
forma uma série de produtos e componentes mais complexos através de um equilíbrio 
químico, presentes no produto final da queima. 
Dentro do processo de resfriamento o material não mantém a condição de 
equilíbrio, e sua velocidade de resfriamento afeta diretamente o grau de cristalização 
e a quantidade de material amorfo presente no clínquer frio, e é a maneira como é 
processado que forma sua estrutura e a qualidade do cimento. 
19 
 
 
No entanto considera-se que os produtos frios reproduzem o equilíbrio 
existente na temperatura de clinquerização, e assim se adapta as condições 
mantendo composição potencial similar ao material aquecido, a pasta resultante é 
bombeada para tanques de armazenamento, Neville (2016). 
De maneira mais clara e objetiva o processo de fabricação do cimento pode ser 
descrito através da imagem 1: 
Figura 1- Processo de fabricação do cimento. 
 
Fonte: MOREIRA (2017). 
 Clínquer 
Segundo Bauer (2015), o clínquer é um produto de natureza granulosa, produto 
resultante da calcinação no precesso de fabricação, onde se inicia as primeiras 
reações químicas a partir da fundição dos materiais em temperatura superior a 1400°c 
nos fornos rotativos. O clínquer sai do forno com características similar a esferas, com 
formato arredondado. E a partir dos materiais que se fundem no processo de 
calcinação a estrutura do material se modifica e constrói elementos que dão as 
características ao material. Os principais componentes do clínquer podem ser 
descritos conforme Neville (2016), pela figura 1: 
 
 
20 
 
 
Tabela 1- Componentes do Clínquer. 
Nome do composto Composição em óxidos Abreviatura 
Silicato tricálcico 3CaO.SiO2 C3S 
Silicato dicálcico 2CaO.SiO2 C2S 
Aluminato tricálcico 3CaO.Al2O3 C3A 
Ferroaluminato tetracálcico 4CaO.Al2O3.Fe2O3 C4AF 
Fonte: Neville (2016). 
Cada um dos componentes exerce função importante dentro das reações 
químicas quando hidratados, a partir da reação de cada um dos componentes no 
processo de hidratação é que confere as características peculiares dos cimentos, 
desta forma cada tipo de cimento pode ser fabricado conforme proporções medidas 
de materiais, sendo propriedades que se apresentam tanto no estágio inicil da cura 
do concreto, até mesmo a longosperíodo. De acordo com Neville (2016), a 
caracterização e definição dos elementos podem ser expressas dessa forma: 
Silicato tricálcico: hidrato de silicato de cálcio, existente mo cimento com teor variável 
de 40 a 60%. É caracterizado por alta taxa de hidratação e alta capacidade 
exotermica, por tanto esse componete deixa o cimento quente e isso implica 
posteriormente nas reações, possuem propriedade de adquirirem resistencia rápida, 
mas como desvantagem o componente gera a cal e tem seu volume expandido. 
Silicato dicálcico: hidrato de silicato de cálcio, é caracterizado por taxa de hidratação 
mais lenta comparada ao primeiro componente, pois menor liberação de calor e sua 
resistência é adquirida ao longo da hidratação de maneira mais lenta. 
Aluminato tricálcico: é a fase que reage mais rápido na hidratação e contribui para 
resistência no estágio inicial. 
Ferroaluminato tetracálcico: componente que não interfere na resistencia, é apenas 
um produto gerado da fundição nos componentes. 
Dentro do mercado exitem variados tipos de cimento, as características que os 
diferem são definidas na hora do preparo e adições. 
21 
 
 
Figura 2- Tipos de cimento. 
 
Fonte: Guerra (2013) 
 Processo de reações 
 
Segundo Neville (2016), dentro das reações, o silicato (c3s) se hidrolisa, 
separa-se em silicato bicálcico e hidróxido de cal. O hidróxido de cal precipita-se como 
cristal da solução. O silicato bicálcico existente, combina-se com a água e deposita-
se em estado de gel e em temperaturas elevadas se transforam em natureza cristalina. 
O processo de hidratação pode ocorrer de duas maneiras, sendo uma delas a 
injeção direta de moléculas de água dentro da sua estrutura e a segunda forma é 
chamada de hidrolise, que por sua vez inicia uma quebra do arranjo da estrutura do 
material e inicia-se uma nova ligação. Em contato com a água os silicatos se tornam 
produtos de hidratação e ganham resistencia com o tempo. Com a hidratação os 
componentes c3s e c2s originam silicatos que passam a possuir composição química 
dada por C-S-H e hidróxido de cálcio Ca(oh)2, que preencheram por tanto espaços 
previamente ocupados pela água. 
As fases dos silicatos e aluminatos começam a criar algumas ligações 
interparticulas, que resulta no endurecimento. Após o processo de hidratação a massa 
de cimento tem solubilidade baixa em água, onde os composto em hidratação aderem 
moléculas de água suficiente para suas alterações, caso ocorra relação de 
água/cimento em forma desproporcional os materiais se tornam fraco e não ganham 
resistência adequada, tornando o concreto com alto teor de porosidade e vazios, que 
implica diretamente na resistência à compressão da peça adquirida, Neville (2016). 
22 
 
 
As reações do cimento com a àgua gera um aumento de temperatura entre eles 
definidos como calor de hidratação, é um processo onde o calor liberado através de 
um processo exotérmico, reação com a água do interior para o exterior. Na reação é 
liberada produtos de hidratação como hidroxido de cálcio e selicato de cálcio, Neville 
(2016). 
O aumento da temperatura da massa e o calor não conseguem dissipar, 
ocorrendo um acúmulo no seu interior, acrescentando um diferencial térmico entre o 
núcleo e a superfície. Segundo Bauer (2015), o desenvolvimento do calor varia com a 
composição do cimento, especialmente com proporções de silicato e aluminato 
tricálcico. 
Por tal motivo em situações em que ocorra o calor de hidratação em grandes 
volumes de cimentos e concretos, pode ocorrer fissurações, pois o controle se torna 
menor diante das alterações térmicas. 
O interesse do valor do calor de hidratação do cimento reside na possibilidade 
de estudos que demostrem seu comportamento interno, da evolução térmica durante 
o endurecimento. De maneira direta é importante obter conhecimentos sobre todos os 
materiais que compõem o cimento e o concreto, pois são materiais distintos que 
reagem de maneiras diferentes, podendo calor de hidratação em diferentes 
intensidades, o que torna ainda mais complexo os estudos nesse caso, Neville (2016). 
Outra característica apresentada pelo cimento é seu tempo de pega segundo 
Neville (2016), o termo é utilizado para para descrever o enrijecimento da massa de 
cimento, de maneira mais clara pode-se entender como a mudança de estado, de 
fluido para rígiso. Falcão bauer fala que a pega e o endurecimento são dois aspectos 
do mesmo processo de hidratação do cimento, vistos em períodos diferentes, sendo 
a pega o inicio da hidratação e o endurecimento a segunda e ultima fase do processo. 
A partir desse endurecimento o cimento começa a ganhar resistência, com 
menor resistência no início de pega e maior resistência com o fim de pega. Dentro 
desses estágios de mudanças os componentes vão se modificando e alterando a 
estrutura do concreto, e pela variação das caracteristicas dos componetes. 
O cimento após processo de hidratação continua sofrendo alterações relativas 
durante algum tempo, a pasta de cimento fresca é uma rede plástica de partículas de 
cimento e água, ao longo dos dias essa pasta começa a endurecer e toda sua 
composição são produtos hidratados, cristalizados e derivados de reações químicas, 
mesmo com o passar do tempo existem materiais anidros, pois não entraram em 
23 
 
 
contato com a água e existem ainda espaços ocupados pela água, esses espaços 
são dominados como poros capilares, em visão de volume geral da massa de cimento 
os poros capilares continuam sendo espaço de que não foram preenchidos pelo 
produto de hidratação, o aumento ou diminuição dos poros capilares são relacionados 
diretamente a relação água/cimento, Neville (2016). 
Definido como um dos processos mais importantes na execução de obras de 
concreto, pois a sua relação está diretamente ligada às propriedades adquiridas como 
a resistência à compressão, porosidade, permeabilidade durabilidade, além de afetar 
significamente na trabalhabilidade da pasta. 
É indispensável o controle dessa relação juntamente com traços pre-
estabelecidos anteriormente a execução, permitindo portanto principalmente o ganho 
de resistência à compressão do concreto que é característica principal desempenhado 
por ele. 
Conforme figura 1, é possivel relacionar o teor de água/cimento, com o ganho 
de resistência: 
Figura 3- Gráfico de relação água/cimento x à resistência à compressão. 
 
Fonte: Associação Brasileira de cimentos Portland, ABCP(2019). 
 
A relação água/cimento, de acordo com Neville (2016), estabelece ainda que 
ocorra porosidade na pasta de cimento endurecida em qualquer estágio de hidratação. 
Desta forma, é possível analisar que a relação água/cimento influencia, juntamente 
com o grau de adensamento, o volume de vazios do concreto. 
24 
 
 
O concreto é um material complexo e mais utilizado em todo mundo, por suas 
características e trabalhabilidade. Apresenta várias características quando fresco e 
após tempo de cura. Segundo a NBR6118-2014 da ABNT a estrutura deve apresentar 
requisitos minimos de qualidade, que atendam as normas. 
 Agregados 
De acordo com Bauer (2015), agregado é o material particulado, incoesivo, de 
atividade química praticamente nula, constituio de misturas de partículas cobrindo 
extensa gama de tamanhos. 
O termo é de uso generalizado na tecnologia do concreto, nos outros ramos da 
construção é conhecido, conforme cada caso, pelo nome específico. Enquanto 
Petrucci (1981), explica que podem ser definidos como “material granular sem forma 
ou volume definidos, geralmente inerte, de dimensões e propriedades adequadas para 
uso em obras de engenharia”. 
De acordo com a norma 7211:2009 da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (ABNT), agregado para concreto deve ser “composto por grãos de minerais 
duros, compactos, duráveis, estáveis, limpos e que não interfiram no endurecimento 
e hidratação do cimento e também na proteção contra corrosãoda armadura”. 
Podendo ser usados na forma natural ou artificial, e usados como agregado graúdo e 
agregado miúdo. 
A NBR7211 (2009), da ABNT conceitua os agregados graúdo como grãos que 
passam pela peneira com abertura de malha 75 mm, agregados miúdos como grãos 
que passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm. Ainda segundo a 
norma, os requisitos gerais para utilização dos agregados no concreto são grãos 
duros, compactos e limpos, não permitindo assim que os mesmos interfiram no 
processo de hidratação do cimento. 
 Agregado miúdo 
O agregado miúdo é de grande importância dentro da confecção de peças 
concreto, uma vez que é um material inerte e trabalha com função de aumentar o 
volume da massa e reduzir custos, tendo em vista que o material é considerado 
relativamente barato. 
25 
 
 
Quanto à sua origem pode ser encontrada na sua forma natural, encontradas 
em rios e seixos. Segundo Campos (2006), a areia nada mais é do que a parte miúda, 
resultado da desagregação de rochas. Esta desagregação pode ser causada por 
processos naturais ou pelo homem, através de processos mecanizados para a 
britagem de rochas. Nem todo resíduo miúdo vindo de rochas é chamado de “areia”. 
Recebe este nome apenas o produto de desagregação das rochas que passa pela 
peneira com abertura de malha com no máximo 4,8 mm. 
E podem ser encontradas de forma artificial, como a areia industrial que se 
origina a partir do processamento de rochas. As areias mais comumente usadas 
podem ser divididas em grossa com grãos de diâmetro variando entre 2 a 4 mm, média 
com grãos de diâmetro variando entre 0,42 a 2 mm e fina com grãos de diâmetro 
variando de 0,05 a 0,42 mm. 
Todo material empregado na confecção do concreto respeita normas e 
requisitos para melhor desempenho, a norma NBR7211 (ABNT, 2009), trata de 
especificações para o uso dos agregados tanto graúdo quanto miúdo no concreto e 
através dela é possível encontrar parâmetros que adeque o material para melhor 
produto final. Os tipos de areia encontrados no mercado podem ser apresentados pela 
figura 4: 
Figura 4- Areia fina, média e grossa. 
 
Fonte: Alves (2017). 
A areia fina é mais utilizada dentro das construções, por ser mais apropriadas 
pela finura e trabalhabilidade apresentada: 
26 
 
 
Figura 5- Classificação das areias. 
 
Fonte: Fusco (2012). 
 Agregado graúdo 
Segundo Bolonha (2013), brita é um material considerado artificial, pois é 
produzida a partir de outra fonte, que são as rochas maiores extraídas de pedreiras e 
fragmentadas após um processo de qualificação industrial. Apresenta-se em formas 
e tamanhos variados, sendo específica em cada caso. 
Em requisitos exigidos pela norma NBR7211 ABNT (2009), agregado graúdo 
para utilização em concreto deve estar limpo e sem adição de materiais de outras 
naturezas que interfiram no produto final esperado. As classificações do agregado são 
feitas a partir do tamanho pelo qual é fragmentado, para que seja comercializada ela 
deve ter qualidade comprovada, seguindo as especificações de resistência, 
granulometria, durabilidade e testes que aprovem ou reprovem o material analisado. 
No concreto usado na construção civil, a quantidade de cada material é dada 
através do traço, que respeita cuidadosamente as proporções adequadas referente a 
resistência a ser atingida, quanto ao agregado graúdo podem-se usar tanto as britas 
quanto os pedregulhos, desde que sejam adequados conforme supracitado. 
Possuem finalidade de uso em concreto reduzindo custos, minimizando a 
retração e o calor de hidratação e aumentando a resistência química. 
De modo geral os agregados representam cerca de 60 a 80% do volume total 
da massa de concreto e representam papel característico também na elasticidade da 
peça após processo de cura. 
Dentro do mercado, são disponíveis categorias de brita que atendam a maior 
demanda da sua utilização, sendo separadas principalmente pela composição 
granulométrica e faixas de tamanho, com diâmetros característicos 
27 
 
 
Quadro 1- Classificação das britas 
Brita Diâmetro mín. (mm) Diâmetro máx. (mm) 
0 4,8 9,5 
1 9,5 19 
2 19 25 
3 25 50 
4 50 76 
Fonte: Adaptado C4 engenharia. 
A mais utilizada para confecção da massa de concreto são britas 1 e 2. A brita 
0 (ou pedrisco), por suas dimensões reduzidas, é bastante empregada na fabricação 
de vigas e vigotas, lajes pré-moldadas, tubos, blocos de concreto intertravado, 
jateamento em túneis e acabamentos em geral. 
Já a brita 1, que mede no máximo 19 mm, é a mais usada na construção civil, 
em colunas, vigas e lajes. Atualmente, essa é a brita mais encontrada em 
concretos. Segundo Sbrighi Neto, a brita 2 foi muito usada em concreto até 1520 anos 
atrás, más está em desuso, porque o concreto evoluiu e os agregados tiveram de 
evoluir também. Para concretos que exigem mais resistência, assim como para a 
construção de fundações e pisos mais espessos, a mais indicada é a brita 2. 
A brita 3, muita grossa, é pouco usada na fabricação de concreto. Ela é ideal 
para aterros, lastros ferroviários e drenos. A brita 4, bem grande, tem aplicações bem 
específicas, como em fossas sépticas, sumidouros, gabiões, reforços de subleito para 
pistas com tráfego pesado, lastros de ferrovias e concretos ciclópicos. 
 Água 
A água, é um dos elementos principiais no traço do concreto, pois é responsável 
pelas reações e no ganho de resistência, sendo a mais importante nesse processo a 
relação água/cimento,tornando assim de extrema importância o controle em todas 
etapas. Com a função de hidratar o cimento e torna-lo aglomerante unindo os demais 
componentes e após processo de cura, tornando rígidos e resistentes. 
 Concreto 
Segundo Neville (2016), o concreto é um material da construção civil composto 
por uma mistura de cimento, areia, pedras britadas e água, pode-se ainda, se 
28 
 
 
necessário, usar aditivos e outras adições que melhorem seu desempenho. Usado em 
grande escala dentro da construção civil é definido como um material complexo pelas 
suas propriedades, principalmente pela resistência e trabalhabilidade. 
É utilizado dentro da área civil em praticamente todas as atividades, desde as 
alvenarias, pontes, rodovias, edifícios e até em plataformas petrolíferas, IBRACON 
(2009), estima que a utilização de concreto em todo mundo chega a 11 bilhões de 
toneladas anualmente, aproximadamente, um consumo médio de 1,9 toneladas de 
concreto por habitante por ano, valor inferior apenas ao consumo de água. 
De acordo com IBRACON (2009), explica ainda que no Brasil, o concreto que 
sai de centrais dosadoras gira em torno de 30 milhões de metros cúbicos. As 
vantagens da utilização do concreto se dão além das suas propriedades mecânicas, 
é considerado um material do ponto de vista sustentável, como um material menos 
poluente e menos emissor de gases comparados a alumínio, aço e vidro, pois 
consome menos energia. 
Vários fatores afetam a qualidade do concreto, então é importante que o 
mesmo seja preparado com cuidado e atenção, tanto na qualidade e quantidade da 
água em proporções corretas com os demais materiais, pois ela é responsável pela 
ativação das reações químicas e pela propriedade aglomerante do cimento aos 
demais componentes. Dessa forma é importante o estudo das proporções a quais 
serão utilizadas, chamado traço do concreto. O traço é tão importante na qualidade 
do produto final que é normalizada, pois através dele são adquiridas as características 
especiais de cada tipo de concreto. 
 Propriedades do concreto fresco 
A consistência traduz as propriedades da mistura fresca relacionada com a 
mobilidade da massa e a coesão entre os elementos componentes, tendo em vista a 
uniformidade e a compacidade do concreto. 
A trabalhabilidade é uma característica que define quão facilidade é permitida 
em ser manipulada a pasta, relativas à natureza da obra e aos métodos de execução, 
ainda dentroda trabalhabilidade é possível entender que a ausência da segregação é 
essencial para compacidade da mistura, não permitindo que os componentes se 
separem, obtendo, portanto, um concreto com uniformidade adequada. A 
29 
 
 
trabalhabilidade pode ser alterada diretamente pelo traço, a quantidade correta de 
dosagem dos materiais, Neville (2016). 
A exsudação é a tendência da água de amassamento de vir à superfície do 
concreto recém-lançado, enquanto a parte inferior torna-se excessivamente densa, 
fazendo com que ocorra a porosidade e diminuição da resistência. A água, ao subir à 
superfície, pode carregar partículas finas de cimento, formando uma pasta, que 
impede a ligação de novas camadas de material e deve ser removida 
cuidadosamente. 
Outra propriedade que o concreto fresco possui é a plasticidade, pode ser 
definida pela facilidade com que o mesmo pode ser moldado sem se romper. Essa 
propriedade é inteiramente dependente da consistência e do grau de coesão entre os 
componentes do concreto. 
Na ausência da coesão ocorre a segregação que é definida como a separação 
dos grãos do agregado da pasta de cimento que pode ocorrer durante o transporte, 
durante o lançamento, durante o adensamento ou também pela ação da gravidade 
que provoca o assentamento dos grãos mais pesados no fundo das formas, ficando 
os demais espalhados pela pasta de cimento. 
A plasticidade tem muita importância no que se refere à quantidade de 
agregados miúdos no concreto por exercerem influência preponderante sobre a 
plasticidade do mesmo devido a elevada área específica. Também é extremamente 
importante lembrar que o uso de areia em quantidades exageradas aumenta 
demasiadamente a coesão da mistura e dificulta o lançamento e adensamento do 
concreto em formas, além de aumentarem o consumo do cimento e, 
consequentemente, o custo final. 
 Propriedades do concreto endurecido 
De acordo com Bauer (2015), o concreto considerado como um sólido a partir 
da pega, é um material em perpétua evolução. É sinsível às modificações das 
condições ambientais, físicas, químicas, mecânicas, com reações geralmente lentas 
registradas em suas características. Sua principal propriedade quando endurecido é 
a resistência a compressão, que de acordo com referencial de Rohden é medida 
através de um esforço solicitante por uma prensa hidráulica em que a estrutura pode 
suportar até entrar em colapso. 
30 
 
 
Além de durabilidde compatíveis com as exigencias de projeto, segundo Neville 
(2016), a relação entre as resistências à tração na flexão e à compressão depende do 
tipo de agregado graúdo utilizado, devido às propriedades do agregado, em especial 
sua forma e sua textura superficial, afetar a resistência à compressão final em um grau 
muito menor do que a resistência à tração ou do que a carga de fissuração à 
compressão. 
Segundo os conceitos de Fusco (2012), conceitua que a ruptura do concreto 
das peças estruturais é aceita quando, na seção mais solicitada, a resistência 
corresponder ao valor de cálculo fcd (design) definido por: 
𝑓𝑐𝑑 =
𝑓𝑐𝑘
𝛾𝑐
 
 
Equação 1 
 
 
Em estruturas que possuem carga de longa duração, a resistência do concreto 
sofre ação de dois agentes patogênicos: o passar do tempo aumenta resistência da 
peça por efeito de manutenção do concreto e com a permanência da carga existe uma 
redução da mesma resistência. 
Observa-se que uma estrutura que não se rompe nos estágios iniciais com as 
cargas sobre elas carregadas, a tendência da estrutura a não se romper com as 
mesmas cargas, só diminui com o tempo, esse fato se explica em Fusco (2012), onde 
explica que a velocidade do efeito de maturação supera a do efeito da permanência 
da carga. 
 Resíduos da construção civil 
O plano nacional de resíduos sólidos (2012), explica que a construção civil é 
um importante segmento da indústria brasileira, e cresce de maneira significante ao 
longo dos anos, é tida com um indicativo do crescimento econômico e social. Contudo, 
também constitui uma atividade geradora de impactos ambientais, e seus resíduos 
têm representado um grande problema para ser administrado, seja por falta de 
planejamento, fiscalização adequada, etc. 
Podendo em muitos casos gerar graves impactos ambientais. Além do intenso 
consumo de recursos naturais, os grandes empreendimentos colaboram com a 
alteração da paisagem e como todas as demais atividades geradoras. De acordo com 
Art. 2º, parágrafo I presente em CONAMA (2002), os resíduos da construção civil 
(RCC), são os materiais provenientes de construções, reformas, reparos e demolições 
31 
 
 
de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de 
terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, 
metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, 
telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., 
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. 
Os resíduos são de grande impacto no meio ambiente, principalmente por não 
serem dispostos em locais adequados, em razão disso se faz necessárias diretrizes 
que acompanhem a quantidade de resíduos gerados e de qual maneira são 
descartados, criando uma gestão adequada desses materiais dentro das obras e 
também dentro do município, tornando a prática ainda mais assídua. 
 Classificação dos resíduos 
Segundo CONAMA (2002), os resíduos da construção civil são classificados 
da seguinte maneira: 
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como 
agregados, tais como: 
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de 
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de 
terraplanagem; 
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: 
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento 
etc.), argamassa e concreto; 
 c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas 
em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de 
obras. 
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais 
como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; 
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas 
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua 
reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso; 
IV - Classe D - São resíduos perigosos oriundos do processo de 
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles 
contaminados ou prejudiciais à saúde, oriundos de demolições, 
reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e 
outro bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham 
amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (Nova redação dada pela 
Resolução n° 348/04, CONAMA, 2002). 
 
Muitas podem ser as causas do desperdício nas obras de construção civil que 
vão desde a fase do projeto que pode ser incorreto, fase de instalação do canteiro, 
fase de planejamento da obra, transporte e armazenamento inadequado de materiais, 
imperfeições no próprio material de construção, erros de execução por 
desqualificação da mão de obra, entre outros. (ALVES, 2004). 
32 
 
 
Todo e qualquer desperdício causam problemas tantos nas obras quanto ao 
meio ambiente, os aspectos econômicos e sustentáveis ficam diretamente afetados. 
Dessa forma a redução dos resíduos é vista como aspecto inicial e mais importante, 
porém a gestão dos resíduos que são gerados é de grande importância, sendo 
previsto por lei que esses materiais tenham destinação adequada conforme classe 
residual. 
Em diretrizes criadas pelo CONAMA (2002), presente no Art. 4º define que os 
geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, 
secundariamente, redução, reutilização, reciclagem e a destinação final, sendo os 
geradores os principais responsáveis. 
Os resíduos daconstrução civil não poderão ser dispostos em aterros de 
resíduos domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d’água, lotes 
vagos e em áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 da 
resolução supracitada, sendo obrigação do gerador inserção da gestão junto ao órgão 
fiscalizador. 
Com diretrizes encaminhadas pelo plano integrado de gerenciamento de 
resíduos da construção civil, sendo necessário ainda que o mesmo elabore exercício 
de responsabilidade com cadastramento de áreas públicas ou privadas, desde a 
geração até destinação final, sendo proibido de formar extremamente severa a 
disposição em locais inadequados. 
 Os impactos negativos dos resíduos da construção civil 
Os impactos negativos impulsionados pela geração de resíduos vão desde o 
consumo de recursos naturais, principalmente em maior demanda em grandes 
cidades, na modificação da paisagem, nas questões sanitárias das cidades e 
principalmente no desequilíbrio do meio ambiente, sendo esse o principal afetado 
dentro dos parâmetros de geração residual. A grande demanda produzida pelas 
construções de pequeno a grande porte gera impactos principalmente pela má 
conscientização e descartes desses materiais. 
Nos impactos relacionados ao uso dos recursos naturais, estima-se que a 
construção civil é responsável por 50% (cinquenta por cento) da utilização dos 
recursos renováveis e não renováveis. Enquanto às modificações da paisagem se 
33 
 
 
estendem além dos canteiros de obras e dissemina por todo ambiente, desde o local 
de extração dos recursos, até aqueles onde é disposto no entulho. 
Segundo o Ministério das Cidades, no Brasil, os resíduos da construção civil 
representam mais da metade do volume de resíduos sólidos gerados em meio urbano, 
esse volume está dividido em novas construções, reformas e demolições e essas 
atividades são consideradas geradoras de entulhos. 
Os impactos sanitários e ambientais estão associados às deposições 
inadequadas, que além de ser poluição visual ao meio em que se encontra se torna 
favorável à multiplicação de vetores patogênicos, o que alimenta ainda mais os 
problemas que passam a comprometer também à saúde dos que vivem no ambiente. 
“Considerando que os geradores de resíduos da construção civil devem ser 
responsáveis pelos resíduos das atividades da construção, reformas reparos e 
demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes da remoção 
de vegetação e escavação de solos” o disposto na resolução 307/2002 do (CONAMA, 
2002), visa diminuir esse ciclo vicioso de poluição pela responsabilização do gerados 
com os resíduos produzidos em todos os processos da construção civil. 
A quantidade de resíduos estimada, leva em consideração os pontos de coleta 
em todo país, mas esse número portanto pode ser maior de acordo com estimativa de 
ABRECON (2018), que estima locais sem coleta e sem dados que são inseridos de 
maneira prática. 
De acordo com O Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2012), em termos de 
coleta, um estudo da ABRELPE, apresenta a quantidade coletada de RCC no ano 
2010, sendo estimada cerca de 99.354 t/dia, advindas de várias partes do país, sendo 
o sudeste como principal gerador de resíduos da construção, como pode ser 
observado através do gráfico de coletas estimada apresentado na figura 6. 
34 
 
 
Figura 6- Estimativa de RCC coletado nas diferentes regiões do Brasil (t/dia). 
 
Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2012). 
 Agregado Reciclado 
De acordo com ABRECON (2018), a construção é uma das atividades mais 
antigas que se tem conhecimento e desde os primórdios da humanidade foi executada 
de forma artesanal, gerando como subprodutos grande quantidade de entulho mineral. 
Mesmo naquela época houve a preocupação por parte dos construtores sobre todo 
material em perda, no período de construção das cidades romanas ocorreu o primeiro 
registro de reciclagem e reutilização dos resíduos minerais da construção civil na 
produção de novas obras. 
Ainda de acordo com ABRECON (2018), só a partir de 1928 começaram a ser 
desenvolvidas pesquisas de reutilização de materiais e avaliar seu desempenho. 
Porém, a primeira aplicação significativa de entulho só foi registrada após a segunda 
guerra mundial, na reconstrução das cidades Europeias, que tiveram seus edifícios 
totalmente demolidos e os escombros ou entulho resultante foi britado para produção 
de agregado visando atender à demanda na época. Portanto, a partir de 1946 teve 
início o desenvolvimento da tecnologia de reciclagem de entulho da construção civil. 
Agregado reciclado é o material granular proveniente do beneficiamento de 
resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação em 
obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de 
engenharia, CONAMA (2002). 
35 
 
 
Todo e qualquer material que pode ser reutilizado ou reciclado possuem uma 
gama de benefícios dentro do meio em que se encontra, seja economicamente ou 
ecologicamente. O Material para uso como agregado deve ser beneficiado e atender 
requisitos de norma. Os requisitos gerais para utilização do agregado reciclado se dão 
início na escolha do material, sendo necessária escolha de material classe A, de 
acordo com ABNT (2004), os agregados podem ser utilizados sem função estrutural 
e são classificados da seguinte maneira: 
 Agregado de resíduo de concreto (ARC) 
É o agregado reciclado obtido do beneficiamento de resíduo pertencente à 
classe A, composto na sua fração graúda, de no mínimo 90% em massa de 
fragmentos à base de cimento Portland e rochas. 
 Agregado de resíduo misto (ARM) 
É o agregado reciclado obtido do beneficiamento de resíduo classe A composto 
na sua fração graúda com menos de 90% em massa de fragmentos à base de cimento 
Portland e rochas. 
Segundo SNIC (2010), foram consumidos 60 milhões de toneladas de cimento 
no país, e dentro dessa demanda admite-se 70% deste consumo para a produção do 
concreto. Estima-se hoje a produção de 280 milhões de toneladas de concreto, sendo 
que deste total 210 milhões são agregados naturais. 
Nesta utilização é consumida quase metade da produção nacional de 
agregados. Ao substituir agregado de rochas britadas por agregado reciclado pode-
se evitar que 95 milhões de toneladas de RCC sejam dispostas em aterros e evita-se 
o consumo de recursos naturais não renováveis. 
De acordo com estudos feitos pelo Instituto Brasileiro de cimento em contexto 
ao agregado reciclado, a cada ano, as obras de construção e de renovação urbana 
imputam, em média, 500 kg de resíduo por um problema grave quando considerada 
a população atual. 
 
36 
 
 
Figura 7- Demonstração de canteiro de obras e área de demolição. 
 
Fonte: Blog serviços de Construções (2019). 
A ABNT- agregado reciclado de resíduos sólidos da construção civil (2004), 
exige requistos para utilização do resíduo em várias funções, em caso de concreto 
sem função estrutural so pode ser realizado se não contrariar exigências contidas nas 
normas pertinentes à aplicação específica em cada caso. Sendo possível substituir 
parcialmente ou totalmente o agregado convencional. 
 Composição dos resíduos 
Ao se reciclar e reutilizar os materiais presentes na classe A, conforme 
classificação descrita em CONAMA (2002), é necessário que se conheça a 
composição dos resíduos e em proporção são gerados nas obras. Sua composição 
depende diretamente da forma que são dispostos os materiais, se existe separação 
por classes, ou se todo material é lançado à caçamba ou outro local sem menor 
comprometimento as leis vigentes. 
A maior concentração de resíduos desse tipo são os provenientes de concreto, 
com parcela de 41% em relação aos demais e são os materiais mais utilizados para 
reciclagem por apresentarem melhores propriedades e características, por terem 
menor porosidade em relação aos demais, principalmenteaos materiais cerâmicos 
que possuem alto nível de absorção de água e sendo assim maior porosidade. 
37 
 
 
As propriedades apresentadas por cada um difere pelo grau de envolvimento 
entre os resíduos, as proproções encontradas se apresentam da seguinte maneira 
pelo gráfico da figura 10. 
Figura 8- Proporções de resíduos classe A. 
 
Fonte: Adaptado VAN ACKER (1996). 
Diante da composição dos resíduos e da falta de gestão nas obras e 
municípios, é importante empregar métodos de controle que garantem que os 
materiais utilizados como agregado reciclado não possuam contaminantes ou 
impurezas, sendo esses influenciadores de um produto final com boa qualidade. 
Esses materiais devem ser separados ainda em obra, mas a maioria é encontrada 
sem separação de classe fornecida pelo CONAMA (2002), diante disso é 
imprescindível que o material passe por processo de triagem e retire o maior número 
de contaminantes possível, visto que após o processamento está prática se torna mais 
dificultosa, principalmente na parcela de finos do material. 
Substâncias deletérias como também são conhecidas são estimadas de acordo 
com local de coleta do material, podendo se apresentar de forma mais simples até as 
mais complexas, dependendo da situação em que se encontra os resíduos e onde 
estão dispostos. Existe consenso que avalia que a presença de impurezas diminui a 
resistência mecânica dos concretos produzidos com materiais contaminados, porém 
podem existir outros problemas decorrentes de tais contaminações e impurezas, 
Cordeiro (2013). 
38 
 
 
Os materiais considerados contaminantes quando presentes nos resíduos 
classe A e as possíveis interferencias causadas pela sua presença agregado, pode 
ser descrito pela figura a seguir: 
Figura 9- Possíveis contaminantes e sua influência no concreto 
 
Fonte: Lovato (2007). 
 Propriedades fundamentais Agregado reciclado 
 Porosidade 
A porosidade varia para cada tipo de material presente nos agregados de RCC. 
A absorção de água da cerâmica vermelha varia bastante, podendo chegar a 24%. A 
absorção de água das partículas cimentícias também varia (ora puro concreto, ora 
pura argamassa), podendo alcançar 15%. Consequentemente, a porosidade do 
agregado de RCC é mais fortemente influenciada pela quantidade de cerâmica 
vermelha presente no material. 
Esse fator afeta diretamente a resistência mecânica do material, quanto menor 
o grau de porosidade, mais resistênte será o material aos esforços e a abrasão. Dessa 
forma ao se utilizar agregado reciclado dentro do concreto, é necessário que o mesmo 
atenda as normas específicas da ABNT, representada espeficamente por Agregado 
reciclado de resíduos sólidos da construção civil (ABNT, 2004). 
A porosidade de um agregado é expressa pela relação percentual entre o 
volume de vazios e o volume de sólidos (Equação 2 ). 
39 
 
 
𝑃𝑜𝑟𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 
𝑉𝑜𝑙. 𝑝𝑜𝑟𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑐𝑚3)
𝑉𝑜𝑙. 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 (𝑐𝑚3)
 
 
 
Equação 2. 
 
A absorção de água é expressa percentualmente pela relação entre a massa 
de água absorvida pelo agregado, após 24 h, e a massa do agregado seco (Equação 
3). A massa de água absorvida é determinada pela diferença entre a massa do 
agregado, na condição saturada com superfície seca (SSS), e massa do agregado 
seco a 105ºC. 
𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟çã𝑜(%) = ( 
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎
) ∗ 100 
 
Equação 3. 
 
 
 Massa específica e massa unitária 
Dentro da definição do traço a ser considerado no concreto a ser confecionado 
se faz necessário a determinação de algumas características do novo material visando 
estabelecer comparações com o material convencional que empreguem a utilização e 
a proporção correta dos materiais necessários. 
Na determinação da densidade (ou massa específica) dos agregados de RCC 
(Equação 3), é importante distinguir que tipo de volume é considerado na 
determinação, o volume aparente ou o volume de sólidos. O volume aparente inclui, 
além do volume de sólidos, o volume de poros permeáveis. De acordo (MOREIRA, 
2010; MEHTA; MONTEIRO, 2014), a massa específica é uma característica 
dependente da porosidade do material e pode ser definida como massa do material 
incluindo os poros internos por unidade de volume. 
A massa unitária pode ser definida como a massa das partículas dos agregados 
que ocupam uma unidade de volume, ou seja, o volume ocupado tanto pelos 
agregados quanto pelos vazios entre os grãos. 
De acordo com Cabral (2007), os materiais reciclados tendenciam a ter valores 
menores de massa específica e unitária, uma vez que o material é formado por 
parcelas de outros materiais, tornando-os portanto, materiais menos densos, mais 
porosos e por possuirem formas irregulares das partículas, seja pelo tipo de 
processamento passada por elas, ou pelo tipo de material que as originaram. Desta 
40 
 
 
forma a irregularidade das partículas não permite enorme coesão entre os grãos e 
aumenta o vazio entre grãos. 
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (𝑘𝑔/𝑑𝑚3) =
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 (𝑘𝑔)
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑑𝑚3)
 Equação 4 
A densidade aparente (ou massa específica aparente), por ser uma relação 
entre a massa e o volume aparente, é uma propriedade dependente da absorção de 
água, que mede indiretamente o volume os poros permeáveis. 
Figura 10- Massa específica x absorção de água dos agregados de RCC. 
 
Fonte: Instituto Brasileiro de Concreto (2016). 
De acordo com Instituto Brasileiro de Concreto (2016), a massa específica real 
do agregado de RCC é praticamente igual à do agregado convencional, Angulo 
(2005), define como sendo 2,65-2,67 kg/dm3. Isto porque o agregado de RCC é 
constituído majoritariamente por agregado convencional, cerca de 70% da massa. 
Essa propriedade depende exclusivamente da composição química, e não da 
porosidade. Porém se faz necessário os ensaios que permite avaliar de forma mais 
precisa a intensidade em que as características se modificam, uma vez que os 
materiais são diferentes. 
A composição do agregado de RCC muda apenas nos finos (< 0,15 mm), por 
causa da alteração da composição química do material. Ocorre um enriquecimento 
41 
 
 
de pasta de cimento hidratada e argilominerais, em detrimento do agregado 
convencional. 
 Teor de finos 
Dentro dos agregados convencionais o teor de fino do agregado é considerado 
abaixo da peneira de 0,075 mm, e essa característica se apresenta de forma diferente 
pelo agregado reciclado, estando agora abaixo da peneira de 0,150 mm. O teor de 
fino se apresenta de forma benéfica ou maléfica dentro da massa de concreto, em 
produtos com fatores benéficos o indice de finos podem trazer maior resistência ao 
concreto, mas em contrapartida, seu alto teor requer uma demanda maior de água, o 
que pode afetar a trabalhabilidade e coesão dos componentes. 
A reatividade apresentada pelo fino quando em contato com outros materiais é 
que define o produto final. Isto não impede obviamente que se possa corrigir a 
influência dos finos na demanda de água do concreto por meio de aditivos 
dispersantes e tornar viável seu uso no concreto. Além do controle de proporções 
dada através de traço calculado com maior precisão. 
 Granulometria 
Por exercer influência sobre a trabalhabilidade e resistência, a granulometria 
dos agregados é um importante parâmetro para a dosagem do concreto, Santos 
(2008). Sendo assim as características apresentadas pela granulometria dos materiais 
reciclados são de extrema importância, uma vez que por ser de origem diferente dos 
materiais convencionais, podem apresentar forma diferente entre os grãos. Aspectos 
como módulo de finura, teor de finos e dimensão máxima do agregado, fornecidos 
através da composição granulométrica, também influencia a dosagem do concreto. 
 Absorção de água 
De acordo com Duailibe (2008), esta propriedade é definida pela capacidade 
máxima de água que um material consegue absorver, em relação a sua massaseca, 
em porcentagem. Em consequência de um alto grau de porosidade entre as partículas 
do agregado reciclado, principalmente os que apresentam alto índice de materiais 
cerâmicos em sua composição, existe uma alta absorção de água, dessa forma a 
relação a/c desses materiais são parâmetros que exigem maior atenção para não 
42 
 
 
tornar o concreto uma peça com alto índice de vazio no seu estado endurecido que 
por consequência se torna um material menos resistente. Desta forma é indispensável 
um estudo detalhado para a dosagem do traço. 
 Concretos com agregados de RCD 
 Influência no concreto fresco 
A utilização dos agregados de RCC irá modificar de em alguns quesitos a 
massa de concreto, pois possuem propriedades que diferem dos agregados 
convencionais, esse fator pode alterar propriedades como trabalhabilidade e 
consistência da pasta, dessa forma são importantes que o material substituído se 
assemelhe às características de materiais convencionais, visto que atendam às 
exigências presentes em normas para uso adequado de RCC. 
É necessário se atentar que os agregados além de ser um material utilizado 
para dar volume à massa representam parcela significativa no processo de reação de 
hidratação e a relação água/cimento está diretamente relacionada à porosidade do 
novo material, que em comparação ao agregado convencional, se apresenta em nível 
de porosidade maior. Desse modo é importante análise o estudo das características 
dos materiais e em quais proporções serão dispostos na massa de concreto. 
Com controle adequado do uso do material, é possível realizar procedimentos 
e confeccionar peças de concreto com resistência e durabilidade suficientes para 
empregos do material em diversas aplicações dentro da construção civil, visto que 
essas propriedades se apresentam no estágio inicial do concreto, podendo ser 
alteradas com o tempo. 
Segundo Neville (1997), a perda de consistência ao longo do tempo é um 
problema inerente ao concreto, independentemente do tipo de agregado presente, 
fato que admite essa ocorrência principalmente pela quantidade de água presente na 
pasta. 
Após o processo de hidratação a água presente passa por processo de 
evaporação e ocorre a formação dos primeiros cristais, todo e qualquer material 
sofrerá alterações conforme o ambiente em que são expostos, dessa forma o fato de 
ser um agregado que difere do convencional trará modificações pelo aspecto referente 
à quantidade de água absorvida durante o processo de hidratação, o que 
posteriormente afetaram na qualidade do material endurecido com patologias como 
fissuras, cura inadequada e resistência abaixo do esperado. 
43 
 
 
 Influência no estado endurecido 
Inicialmente a preocupação que envolve o estado endurecido é o nível de 
resistência a esforços mecânicos, alcançada, mas essa propriedade é afetada por 
vários fatores desde o início ao fim de cura, até estágios mais avançados de idade da 
estrutura analisada. 
A retração é parâmetro importante apresentada pelas estruturas de concreto 
no estado endurecido, à medida que ocorre às reações à água presente começa a 
evaporar, a peça se retrai e intensidade em que esse fenômeno ocorre é limitada 
desde as proporções dos materiais presentes, visto que a retração deve ocorrer sem 
deformação da estrutura. 
O concreto feito com uso do agregado reciclado apresenta maior retração que 
concreto com uso de agregados convencionais, esse fator está intimamente ligado à 
absorção do material, que por possuírem maior índice de porosidade podem variar, 
chegando a uma absorção de até 24% dentro dos resíduos utilizados na reciclagem, 
essa porcentagem pode ser controlada a partir do material escolhido para 
beneficiamento, sendo retratado anteriormente que a cerâmica vermelha é o material 
que mais apresenta porosidade, dessa forma é mais viável o uso de material originado 
de resíduos de peças de concreto. É de importante relevância, portanto, que a escolha 
e beneficiamento do material sejam através de análise de propriedades que se 
assemelhem as características presentes nos agregados convencionais, tornando o 
novo material viável para utilização tanto em concreto sem função estrutural, quanto 
para possível utilização em obras de pequeno porte e menores solicitações. A relação 
de retração do concreto está ligada com o tempo de cura do material, à medida que 
ocorre a hidratação e o tempo do processo exotérmico. 
 
44 
 
 
Figura 11- Retração dos concretos com ARC e agregado natural. 
 
Fonte: (BUTTLER, 2003). 
Em parâmetros discutidos anteriormente sobre porosidade, isso fenômeno 
ainda deve ser ressaltado pelo material em estado endurecido, visto que esse 
processo se explica pela heterogeneidade dos componentes e em qual proporção se 
apresentam, sabe-se ainda que em materiais de reciclagem se apresentem em teores 
maiores, principalmente em poros capilares. 
Os agentes agressivos do concreto podem percorrer todos esses poros 
existentes e criar pontos de fragilidade na estrutura que implica de maneira 
significante na sua resistência e durabilidade. 
Esse quesito é o que apresenta pior desempenho para os concretos com 
agregados de RCC como o volume de agregados chega a representar 70% do volume 
do concreto, dependendo da qualidade dos agregados de RCC, a absorção água do 
concreto pode praticamente dobrar, o que torna de grande importância que o material 
de substituição atenda a todos os requisitos exigidos em agregado reciclado de 
resíduos sólidos da construção civil (ABNT, 2004), e também obedeça todos os 
procedimentos básicos de coleta, separação e beneficiamento, garantindo um menor 
teor de impurezas por parte de outros resíduos sólidos pertencentes as demais 
classes definidas pelo Conama. 
 
45 
 
 
 Diferenças visuais entre Agregados reciclados e agregados naturais 
Figura 12- Diferenças visuais agregado miúdo 
 
Fonte: Autores (2019) 
As diferenças encontradas ao primeiro contato com o material reciclado se 
baseiam inicialmente pela tonalidade, a cor acinzentada vista no agregado reciclado 
é caracterizada pela sua composição, o material é composto por alta fração de 
materiais cimentícios, principalmente concreto e argamassa. A forma com que são 
originados também influencia nas suas mudanças visuais. 
O material reciclado é obtido por beneficiamento em usina de reciclagem e por 
processo mecânico que fragmenta os resíduos sólidos coletados, essa fragmentação 
gera partículas de diferentes tamanhos e alto teor de finos. 
Já o agregado natural possui características que foram moldadas pela natureza 
ao longo do tempo, sendo um conjunto de partículas degradadas e apresentam 
pontuações e superfície baça devido aos choques com outros grãos. 
Os grãos de areia são majoritariamente constituídos por quartzo, podendo 
também, ser constituídos por outros minerais, dependendo da rocha que lhes deu 
origem e da quantidade de transporte e alteração a que foram submetidos ao longo 
do tempo e pela composição de minerais que possui a cor característica. 
 
 
 
 
46 
 
 
Figura 13- Diferenças visuais Agregado Graúdo 
 
Fonte: Autores (2019) 
Diferentemente do agregado miúdo a coloração entre esses materiais não se 
distancia de forma intensa. O graúdo reciclado possui coloração acinzentada também 
é caracterizada pela composição do material que se dá pela presença em maior 
proporção de concreto e argamassas. A diferença mais perceptível é pela forma dos 
grãos, uma vez que os grãos são pré-dispostos de maneira mais circular e em 
tamanhos ascendentes. 
O processo que origina esse material também se dá pela fragmentação do 
resíduo sólido coletado e a granulometria dos dois materiais reciclados são definidos 
por peneiras que estão presentes no processo dentro das usinas de reciclagem. 
A brita por sua vez é originada de uma rocha, sendo essa magmática como 
basalto e pelo longo tempo desde sua formação,

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