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Psicopatologia geral 2

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PSICOPATOLOGIA GERAL 2 
 
 
 
 
Sumário 
F30 Episódio maníaco 2 
F31 Transtorno afetivo bipolar 2 
F32 Episódios depressivos 2 
F33 Transtorno depressivo recorrente 3 
F34 Transtornos de humor afetivos persistentes 3 
F40 Transtornos fóbico-ansiosos 3 
F41 Outros transtornos ansiosos 4 
F42 Transtorno obsessivo-compulsivo 4 
F43 Reações ao “stress” grave e transtornos de adaptação 4 
F44 Transtornos dissociativos [de conversão] 4 
Transtorno de personalidade múltipla – TDI 5 
 
 
 
 psicopatologia geral 2 
PSICOPATOLOGIA GERAL 2 
 
 
 
A psicopatologia é o ramo da ciência que 
estuda a natureza essencial da doença mental. 
As causas, mudanças estruturais e funcionais, 
os sinais e sintomas e suas manifestações. 
É sistemática, elucidativa e desmistificadora, 
sem dogmas ou verdades a priori. 
 
Alucinação ➝ alteração da sensopercepção ➝ 
visual, olfativa, auditiva. 
Delírio ➝ alteração do pensamento, juízo 
crítico da realidade ➝ persecutório, de ciúmes. 
 
F30 Episódio maníaco 
Se aplica a um episódio isolado. 
Episódios ativos prévios (depressão, maníaco, 
misto ou hipomaníaco) ➝ se torna transtorno afetivo 
bipolar. 
 
F30.0 Hipomania 
Elevação ligeira e persistentes de 
humor/energia/atividade. 
Sentimento de bem-estar e eficácia física e 
psíquica. 
Aumento da sociabilidade. 
Redução do sono. 
Não afeta a pessoa em quesito profissional. 
Não afeta as funções. 
Não há ideias delirantes ou alucinações. 
Euforia e sociabilidade podem se tornar 
irritabilidade atitude pretensiosa ou comportamento 
grosseiro. 
 
F30.1 Mania sem sintomas psicóticos 
Elevação de humor fora de proporção. 
Aumento de energia, distração, autoestima. 
Agitação incontrolável. 
Ideias de grandeza e superestima suas 
capacidades. 
Perda de inibições. 
Redução do sono. 
Condutas imprudentes, irrazoáveis, 
inapropriadas ou deslocadas. 
 
F30.2 Mania com sintomas psicóticos 
Presença de ideias delirantes, alucinações, 
agitação. 
 
F31 Transtorno afetivo bipolar 
Ciclos ➝ depressão e mania. 
 
 
 
Caracterizado por dois ou mais episódios de 
humor e o nível de atividade do sujeito é perturbado. 
Alteração de humor. 
Irritabilidade, desilusão, pouco sono, desejo 
sexual aumentado ➝ hipomania. 
Tristeza, ansiedade, irritabilidade, perda de 
prazer no sexo, muito sono, pensamentos suicidas, sem 
concentração ➝ depressão. 
Pode incluir sintomas psicóticos ➝ alucinação, 
desilusão, delírios. 
 
F32 Episódios depressivos 
Rebaixamento de humor, concentração, 
atenção. 
Tristeza e desânimo. 
Perda de interesse e prazer. 
Problemas de sono, diminuição do apetite. 
Baixa autoestima e autoconfiança. 
Ideias de culpa ou a pessoa se sente indigna. 
Varia pouco ➝ não muda de um dia para o 
outro. 
Sintomas são somáticos. 
 
F32.0 Episódio depressivo leve 
Não afeta as funções e pode ser tratado com 
terapia. 
Humor deprimido, perda de interesse e 
prazer, fatigabilidade aumentada. 
Indivíduo é angustiado pelos sintomas, mas 
não afeta as funções. 
 
F32.1 Episódio depressivo moderado 
Terapia + Medicação 
Dificuldade para desempenhar atividades de 
rotina, sociais, laborativas. 
 
F32.2 Episódio depressivo grave sem 
sintomas psicóticos 
Perda da autoestima. 
Ideias de desvalia ou culpa. 
Ideias e atos suicidas são comuns ➝ 
pensamentos de morte são recorrentes. 
Ideação suicida é diferente de pensamento de 
morte. 
Ideação suicida ➝ ação/planejamento ➝ risco 
de suicídio. 
Observa-se vários sintomas “somáticos”. 
Não consegue continuar com suas atividades. 
 
 psicopatologia geral 2 
F32.3 Episódio depressivo grave com 
sintomas psicóticos 
Acompanhado de alucinações, ideias delirantes, 
lentidão psicomotora ou estupor. 
As atividades sociais se tornam impossíveis. 
Risco de morte ➝ suicídio, desidratação e 
desnutrição ➝ episódios psicóticos podem fazer a 
pessoa não se alimentar. 
Alucinações de delírios ➝ caráter dominante 
do distúrbio afetivo. 
 
O episódio depressivo grave com episódios 
psicóticos se difere do esquizotípico, pois começa com 
depressão e só depois pode ter sintomas psicóticos. 
 
F33 Transtorno depressivo 
recorrente 
Ocorrência repetida de episódios psicóticos. 
Pode apresentar episódios de mania ➝ 
exaltação de humor e aumento de energia. 
Pode apresentar episódios de hipomania ➝ 
aumento de humor e da atividade. 
Contudo, logo sucede a um episódio depressivo. 
Pode ocorrer em qualquer idade. 
 
F33.0 Transtorno depressivo recorrente, 
episódio atual leve 
Episódios depressivos de caráter leve. 
Ausência de antecedentes de mania. 
 
F33.1 Transtorno depressivo recorrente, 
episódio atual moderado. 
Episódios depressivos de caráter moderado. 
Ausência de antecedentes de mania. 
 
F33.2 Transtorno depressivo recorrente, 
episódio atual grave sem sintomas psicóticos 
Episódios depressivos de caráter grave. 
Ausência de antecedentes de mania. 
 
F33.3 Transtorno depressivo recorrente, 
episódio atual grave com sintomas psicóticos 
Episódios depressivos de caráter grave. 
Ausência de antecedentes de mania. 
Alucinações e delírios estão presentes. 
 
F34 Transtornos de humor 
afetivos persistentes 
Persistentes e flutuantes. 
Episódios individuais não são suficientemente 
graves para ser episódio maníaco ou episódio 
depressivo leve. 
Persistem por anos ➝ causa sofrimento e 
incapacidade. 
 
F34.0 Ciclotimia 
Instabilidade persistente do humor ➝ 
períodos de depressão ou de leve elação oscila entre ➝ 
hipomania e depressão leve. 
Não são graves para diagnóstico bipolar ou 
depressivo recorrente. 
Não atrapalha as funções. 
Crônico. 
Ciclo. 
 
F34.1 Distimia 
Rebaixamento crônico do humor persiste ➝ 
por anos. 
Episódios muito curtos para ser transtorno 
depressivo recorrente. 
 
F40 Transtornos fóbico-ansiosos 
Ansiedade é desencadeada por situações 
determinadas. 
Situações ➝ não apresentam perigo. 
Situações são evitar por medo/temor. 
Sintomas ➝ palpitações, impressão de 
desmaio, medo de morrer, perda do autocontrole, medo 
de ficar louco. 
Imaginar a situação previamente já causa 
ansiedade antecipada. 
 
F40.0 Agorafobia 
Medo de multidões, espaços abertos, locais 
públicos, deixar sua residência. 
Com pânico ou sem pânico. 
Podem ter sintomas depressivos ou 
obsessivos. 
Tem pouca ansiedade porque evita situações 
que as geram. 
 
F40.1 Fobias sociais 
Evita situações sociais. 
Medo de ser exposto à observação atenta de 
outrem. 
Perda da autoestima. 
Sintomas ➝ rubor, tremor, náuseas, desejos 
de urinas. 
 
F40.2 Fobias específicas (isoladas) 
Limitadas a algo específico ➝ animais, altura, 
trovões, escuridão. 
Contato com a situação desencadeante pode 
desencadear um estado de pânico. 
 
F41 Outros transtornos ansiosos 
Manifestações ansiosas. 
Sem situações determinadas. 
Pode ter sintomas depressivos e obsessivos. 
 
F41.0 Transtorno de pânico 
Ataques recorrentes de ansiedade grave ➝ 
imprevisíveis. 
Sensação de morte/perda de 
autocontrole/enlouquecer. 
Sintomas ➝ palpitação e dores torácicas, 
sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de 
irrealidade. 
 
F41.1 Ansiedade generalizada 
Ansiedade flutuante. 
Sintomas ➝ nervosismo persistente, 
tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de 
vazio na cabeça, palpitações, tonturas e desconforto 
epigástrico. 
Medo ➝ paciente ou um de seus próximos irá 
brevemente ficar doente ou sofrer um acidente. 
 
F41.2 Transtorno misto ansioso e depressivo 
‘Triste, mas com pensamentos acelerados”. 
Ao mesmo tempo sintomas ansiosos e 
sintomas depressivos. 
 
F42 Transtorno obsessivo-
compulsivo 
Ideias obsessivas e comportamentos 
compulsivos. 
Ideias obsessivas ➝ pensamentos, 
representações ou impulsos ➝ repetitivo e 
estereotipado ➝pessoa reconhece que são seus 
próprios pensamentos. 
Comportamentos/rituais ➝ atividades 
estereotipadas repetitivas ➝ não dão prazer ➝ tem 
como finalidade prevenir algum evento. 
 
F42.0 Transtorno obsessivo-compulsivo com 
predominância de ideias ou de ruminações obsessivas 
Pensamentos, imagens mentais ou impulsos 
para agir. 
 
F42.1 Transtorno obsessivo-compulsivo com 
predominância de comportamentos compulsivos 
[rituais obsessivos] 
Limpeza (particularmente lavar as mãos), 
verificações repetidas para evitar a ocorrência de 
uma situação que poderia se tornar perigosa, ou um 
desejo excessivo de ordem. 
Medo de que se não fizer o ritual algo irá 
acontecer. 
 
F42.2 Transtorno obsessivo-compulsivo, 
forma mista, com ideias obsessivas e 
comportamentos compulsivos 
 
F43 Reações ao “stress” grave e 
transtornos de adaptação 
Um acontecimento estressante/alteração 
marcante desencadeia uma reação de “stress” aguda. 
 
F43.0 Reação aguda ao “stress” 
Stress físico e/ou psíquico que desaparece em 
horas ou dias. 
Desencadeado por fatores de vulnerabilidade 
individuais. 
Sintomas ➝ taquicardia, transpiração, ondas 
de calor. 
 
F43.1 Estado de “stress” pós-traumático 
Sofre um trauma ➝ revive a cena. 
Sintomas ➝ revivescência repetida do evento 
traumático sob a forma de lembranças invasivas 
(“flashbacks”), de sonhos ou de pesadelos, “anestesia 
psíquica”, embotamento emocional, retraimento com 
relação aos outros, insensibilidade ao ambiente, 
anedonia, evitação de atividades ou de situações que 
possam despertar a lembrança do traumatismo. 
Sintomas ➝ estado de alerta e insônia, 
ansiedade, depressão ou ideação suicida. 
A evolução é flutuante. 
 
F43.2 Transtornos de ajustamento 
Subjetivo. 
Afeta a integralidade no ambiente social 
Ocorre no curso de um período de adaptação a 
uma mudança existencial importante ou a um 
acontecimento estressante. 
Sintomas ➝ humor depressivo, ansiedade, 
inquietude, sentimento de incapacidade de 
enfrentar/fazer projetos/continuar na situação 
atual. 
 
F44 Transtornos dissociativos [de 
conversão] 
Perda parcial ou completa das funções 
normais de integração das lembranças, da consciência, 
da identidade e das sensações imediatas, e do controle 
dos movimentos corporais. 
Rompimento com a realidade. 
Sintomas ➝ paralisia, cegueira, desmaio ➝ 
são involuntários. 
 
Despersonalização ➝ a pessoa se vê fora do 
seu corpo, se olha no espelho e não se reconhece. 
Desrealização ➝ realidade. 
Irrealização ➝ sensação de estranheza. 
Crise dissociativa ➝ grito angustiado, 
desmaio, tremor (emocional). 
Conversão ➝ emocional. 
Convulsão ➝ neurológica. 
Dissociação ➝ pode ser um mecanismo de 
defesa ou patologia. 
 
F44.0 Amnésia dissociativa 
Esquece do passado e cria uma nova história. 
Não é orgânica. 
Eventos traumáticos. 
Parcial e seletiva. 
 
F44.1 Fuga dissociativa 
Sensação imediata e controle dos movimentos 
corporais. 
 Amnésia completa e generalizada. 
Eventos traumáticos. 
 
F44.2 Estupor dissociativo 
Ausência dos movimentos voluntários e da 
reatividade normal a estímulos. 
Problemas e eventos estressantes recentes. 
 
F44.3 Estados de transe e de possessão 
Perda transitória da consciência de sua 
identidade. 
Consciência boa do meio ambiente. 
Involuntário e não desejado. 
 
F44.5 Convulsões dissociativas 
Como crises epiléticas, mas não há mordedura 
da língua. 
Consciência preservada ou substituída por 
estupor/transe. 
 
F44.6 Anestesia e perda sensorial 
dissociativas 
Áreas da pele anestesiadas ➝ pessoal. 
Perda de sensibilidade. 
Parestesias. 
 
F44.7 Transtorno dissociativo misto [de 
conversão] 
Combinação de transtornos descritos. 
 
Transtorno de personalidade 
múltipla – TDI 
Modificação da consciência de identidade. 
Dissocia ➝ cria outra pessoa. 
Evento traumático ➝ depois de TEPT pode 
vir TDI. 
Uma forma de proteção é a separação. 
Despersonalização e desrealização. 
No TDI não multiplica a pessoa e sim divide 
sua personalidade em várias. 
Não confundir com transtorno factício, que é 
uma simulação ➝ inventa histórias para ter ganhos 
secundários. 
 
Trauma Dissocia 
 
 
Violência identidade, memória 
 
 
F45 Transtornos somatoformes 
Presença repetida de sintomas físicos 
associados à busca de assistência médica. 
Contudo, os médicos não encontram algo 
anormal. 
Sintomas não tem base orgânica. 
 
F45.0 Transtorno de somatização / 
somatoforme 
Presença de sintomas físicos, múltiplos, 
recorrentes e variáveis no tempo. 
Persistindo por ao menos dois anos. 
Longa e complicada história de contato tanto 
com a assistência médica primaria quanto 
especializada. 
Investigações investigativas ou cirúrgicas 
exploratórias podem ter sido realizadas. 
Sintomas relacionados a qualquer parte ou 
sistema do corpo. 
Doença crônica e flutuante. 
Doença associada a uma alteração do 
comportamento social, interpessoal e familiar. 
EXEMPLO: dor de cabeça, diarreia. 
 
F45.2 Transtorno hipocondríaco 
Preocupação persistente com a presença 
eventual de um ou vários transtornos somáticos 
graves e progressivos. 
Manifestam queixas somáticas persistentes 
ou uma preocupação duradoura com sua aparência 
física. 
Sensações e sinais físicos normais ou triviais 
são interpretados como anormais ou perturbadores. 
 A atenção do sujeito se concentra em geral 
em um ou dois órgãos ou sistemas. 
Medo intenso e prolongado de ter uma doença 
grave e preocupação de que sintomas pequenos 
indiquem algo grave. 
EXEMPLO: teve uma diarreia e vai atras de 
exames específicos para saber a causa. 
 
F45.4 Transtorno doloroso somatoforme 
persistente 
Dor intensa e angustiante. 
Dor não explicável inteiramente por um 
processo fisiológico ou um transtorno físico. 
 
 
Dor ocorre num contexto de conflitos 
emocionais e de problemas psicossociais. 
O resultado é em geral uma maior atenção em 
suporte e assistência quer pessoal, quer médica. 
Uma neurose caracterizada por dor crônica 
desencadeada por estresse psicológico (somatização) 
desproporcional a qualquer lesão física. 
 
F50.0 Anorexia nervosa 
Perda de peso intencional, induzida e mantida 
pelo paciente. 
Medo de engordar e de ter uma silhueta 
arredondada. 
Intrusão persistente de uma ideia 
supervalorizada. 
Desnutrição de grau variável que é 
acompanhada de modificações endócrinas e 
metabólicas secundárias e de perturbações das 
funções fisiológicas. 
Os sintomas são uma restrição das escolhas 
alimentares, a prática excessiva de exercícios físicos, 
vômitos provocados e a utilização de laxantes, 
anorexígenos e de diuréticos 
Leva a pessoa a ter uma visão distorcida de 
seu corpo, que se torna uma obsessão por seu peso e 
aquilo que come. 
 
F50.1 Anorexia nervosa atípica 
Algumas das características da anorexia 
nervosa. 
Temor acentuado de ser gordo ou a 
amenorreia, pode estar ausente na presença de uma 
acentuada perda de peso e de um comportamento 
para emagrecer. 
 
F50.2 Bulimia nervosa 
Acessos repetidos de hiperfagia e uma 
preocupação excessiva com relação ao controle do peso 
corporal conduzindo a uma alternância de hiperfagia e 
vômitos ou uso de purgativos. 
Preocupação exagerada com a forma e peso 
corporais. 
Os vômitos repetidos podem provocar 
perturbações eletrolíticas e complicações somáticas. 
 
 
 
 
 
F50.3 Bulimia nervosa atípica 
Algumas características da bulimia nervosa. 
Pode haver acessos repetidos de hiperfagia e 
de uso exagerado de laxativos sem uma alteração 
significativa de peso ou então a preocupação típica e 
exagerada com a forma e peso corporais pode estar 
ausente. 
 
F52.3 Disfunção orgásmica 
O orgasmo não ocorre ou é nitidamente 
retardado. 
 
F52.4 Ejaculação precoce 
Incapacidade de controlar suficientementea 
ejaculação para que os dois parceiros achem prazer 
nas relações sexuais. 
 
F52.5 Vaginismo 
Espasmo da musculatura do assoalho pélvico 
que circunda a vagina causando oclusão do introito 
vaginal. A entrada do pênis é impossível ou dolorosa. 
 
F60 Transtornos específicos da 
personalidade 
Distúrbios graves da constituição 
caracterológica e das tendências comportamentais do 
indivíduo. 
Distúrbios compreendem habitualmente 
vários elementos da personalidade. 
Acompanham-se de angústia pessoal e 
desorganização social. 
Aparecem habitualmente durante a infância 
ou a adolescência e persistem de modo duradouro na 
idade adulta. 
 
F60.0 Personalidade paranoica 
Sensibilidade excessiva face às 
contrariedades. 
Recusa de perdoar os insultos. 
Caráter desconfiado. 
Tendência a distorcer os fatos interpretando 
as ações imparciais ou amigáveis dos outros como 
hostis ou de desprezo. 
Suspeitas redicivantes, injustificadas, a 
respeito da fidelidade sexual do esposo ou do parceiro 
sexual. 
Sentimento combativo e obstinado de seus 
próprios direitos. 
Pode existir uma superavaliação de sua auto 
importância, havendo frequentemente 
autorreferência excessiva. 
 
F60.1 Personalidade esquizoide 
Retraimento dos contatos sociais, afetivos ou 
outros. 
Preferência pela fantasia, atividades 
solitárias e a reserva introspectiva. 
Incapacidade de expressar seus sentimentos 
e a experimentar prazer. 
 
F60.2 Personalidade dissocial/antissocial 
Desprezo das obrigações sociais, falta de 
empatia para com os outros. 
Desvio considerável entre o comportamento e 
as normas sociais estabelecidas. 
O comportamento não é facilmente modificado 
pelas experiências adversas, inclusive pelas punições. 
Baixa tolerância à frustração e um baixo 
limiar de descarga da agressividade, inclusive da 
violência. 
Tendência a culpar os outros ou a fornecer 
racionalizações plausíveis para explicar um 
comportamento que leva o sujeito a entrar em conflito 
com a sociedade. 
 
F60.4 Personalidade histriônica 
Afetividade superficial e lábil, dramatização, 
teatralidade, expressão exagerada das emoções, 
sugestibilidade, egocentrismo, autocomplacência, 
falta de consideração para com o outro, desejo 
permanente de ser apreciado e de constituir-se no 
objeto de atenção e tendência a se sentir facilmente 
ferido 
 
F60.5 Personalidade anancástica 
Sentimento de dúvida, perfeccionismo, 
escrupulosidade, verificações, e preocupação com 
pormenores, obstinação, prudência e rigidez 
excessivas. 
Pensamentos ou de impulsos repetitivos e 
intrusivos não atingindo a gravidade de um 
transtorno obsessiva-compulsivo. 
 
F60.6 Personalidade ansiosa (esquiva) 
Sentimento de tensão e de apreensão, 
insegurança e inferioridade. 
Desejo permanente de ser amado e aceito, 
hipersensibilidade à crítica e a rejeição, reticência a se 
relacionar pessoalmente. 
Tendência a evitar certas atividades que 
saem da rotina com um exagero dos perigos ou dos 
riscos potenciais em situações banais. 
 
F60.7 Personalidade dependente 
Tendência sistemática a deixar a outrem a 
tomada de decisões, importantes ou menores; medo de 
ser abandonado. 
Percepção de si como fraco e incompetente. 
Submissão passiva à vontade do outro (por 
exemplo de pessoas mais idosas) e uma dificuldade de 
fazer face às exigências da vida cotidiana. 
Falta de energia que se traduz por alteração 
das funções intelectuais ou perturbação das emoções. 
Tendência frequente a transferir a 
responsabilidade para outros. 
 
F60.8 Personalidade narcisista 
Um padrão invasivo de grandiosidade, 
necessidade de admiração e falta de empatia, que 
começa no início da idade adulta e está presente em 
uma variedade de contextos. 
Os indivíduos com este transtorno têm um 
sentimento grandioso de sua própria importância. 
Superestimam suas capacidades e exageram 
suas realizações, parecendo presunçosos ou 
arrogantes. 
Presumem que os outros atribuem o mesmo 
valor a seus esforços e surpreender-se quando não 
recebem o louvor que esperam e julgam merecer. 
Um menosprezo (desvalorização) da 
contribuição dos outros está implícito na apreciação 
exagerada de suas próprias realizações. 
Se preocupam com fantasias de sucesso 
ilimitado, poder, inteligência, beleza ou amor ideal. 
Elas podem ruminar acerca de uma admiração 
e privilégios a que teriam direito e comparar a si 
mesmos com vantagem sobre pessoas famosas e 
privilegiadas. 
Se acredita superior, especial ou único e 
espera ser reconhecido pelos outros como tal. 
Ele pode achar que somente consegue ser 
compreendido e apenas deve associar-se com outras 
pessoas especiais ou de situação elevada, podendo 
 
atribuir qualidades de "singularidade", "perfeição" ou 
"talento" àqueles a quem se associa. 
Acreditam ter necessidades especiais, que 
estão além do entendimento das pessoas comuns. 
Sua própria autoestima é amplificada pelo 
valor idealizado que atribuem àqueles a quem se 
associam. 
Insistem em ser atendidos apenas pelos 
"melhores" (médicos, advogados, instrutores, 
cabeleireiros) ou em afiliar-se às "melhores" 
instituições. 
Exigem admiração excessiva. 
 
Sua autoestima é, quase que 
invariavelmente, muito frágil. 
Preocupam-se com o modo como estão se 
saindo e no quanto são considerados pelos outros. 
Tem necessidade de constante atenção e 
admiração. 
Eles podem "caçar" elogios constantemente. 
Um sentimento de intitulação manifesta-se 
na expectativa irracional destes indivíduos de receber 
tratamento especial. 
Eles esperam ser adulados e ficam 
desconcertados ou furiosos quando isto não ocorre. 
Exploração consciente ou involuntária dos 
outros. 
Tendem a formar amizades ou 
relacionamentos românticos somente se 
vislumbrarem a possibilidade de que a outra pessoa 
vá ao encontro de seus objetivos ou de outro modo 
aumente sua autoestima. 
Eles usurpam privilégios especiais e recursos 
extras, que julgam merecer por serem tão especiais. 
Carecem de empatia e têm dificuldade em 
reconhecer os desejos, experiências subjetivas e 
sentimentos dos outros. 
Presumem que os outros se preocupam 
integralmente com seu bem-estar, e tendem a 
discutir suas próprias preocupações em detalhes 
inadequados e extensos. 
Não reconhece que os outros também têm 
sentimentos e necessidades. 
Desprezam e se impacientam com outras 
pessoas que falam de seus próprios problemas e 
preocupações. 
 
Quando reconhecem as necessidades, desejos 
ou sentimentos alheios, tendem a vê-los como sinais 
de fraqueza ou vulnerabilidade. 
Frieza emocional e falta de interesse mútuo. 
Invejam os outros ou acreditam que os outros 
têm inveja deles. 
Eles podem guardar rancor pelos sucessos ou 
posses dos outros. 
Eles podem desvalorizar rudemente as 
contribuições dos outros. 
Comportamentos arrogantes e insolentes 
caracterizam estes indivíduos. 
Exibem atitudes esnobes, desdenhosas ou 
condescendentes. 
 
F60.31 Borderline 
Padrão invasivo de instabilidade dos 
relacionamentos interpessoais, autoimagem e afetos, 
e acentuada impulsividade. 
Fazem esforços frenéticos para evitarem um 
abandono real ou imaginado. 
A percepção da separação ou rejeição iminente 
ou a perda da estrutura externa podem ocasionar 
profundas alterações na autoimagem, afeto, cognição 
e comportamento. 
Sensíveis às circunstâncias ambientais. 
Experimentam intensos temores de abandono 
e raiva inadequada, mesmo diante de uma separação 
real de tempo limitado ou quando existem mudanças 
inevitáveis em seus planos. 
 Acreditam que este "abandono" implica que 
eles são "maus". 
Esse medo do abandono está relacionado a 
uma intolerância à solidão e a uma necessidade de ter 
outras pessoas consigo. 
Seus esforços frenéticos para evitar o 
abandono podem incluir ações impulsivas tais como 
comportamentos de automutilação ou suicidas. 
Padrãode relacionamentos instáveis e 
intensos. 
Eles podem idealizar potenciais cuidadores ou 
amantes já no primeiro ou no segundo encontro, exigir 
que passem muito tempo juntos e compartilhar 
detalhes extremamente íntimos na fase inicial de um 
relacionamento. P 
Rápida passagem da idealização para a 
desvalorização. 
 
Esses indivíduos podem sentir empatia e 
carinho por outras pessoas, mas apenas com a 
expectativa de que a outra pessoa "estará lá" para 
também atender às suas próprias necessidades. 
Estes indivíduos estão inclinados a mudanças 
súbitas e dramáticas em suas opiniões sobre os 
outros. 
Pode haver um distúrbio de identidade 
caracterizado por uma autoimagem ou sentimento de 
self acentuado e persistentemente instável. 
Mudanças súbitas e dramáticas são 
observadas na autoimagem, caracterizadas por 
objetivos, valores e aspirações profissionais em 
constante mudança. 
Mudanças de opiniões e planos acerca da 
carreira, identidade sexual, valores e tipos de amigos. 
Podem mudar subitamente do papel de uma 
pessoa suplicante e carente de auxílio para um 
vingador implacável de maus tratos passados. 
Podem apresentar pior desempenho em 
situações de trabalho ou escolares não estruturados. 
Exibem impulsividade em pelo menos duas 
áreas potencialmente prejudiciais para si próprios. 
Eles podem jogar, fazer gastos 
irresponsáveis, comer em excesso, abusar de 
substâncias, engajar-se em sexo inseguro ou dirigir de 
forma imprudente. 
Comportamento, gestos ou ameaças suicidas 
ou comportamento automutilante. 
Tais atos autodestrutivos geralmente são 
precipitados por ameaças de separação ou rejeição ou 
por expectativas de que assumam maiores 
responsabilidades. 
A automutilação pode ocorrer durante 
experiências dissociativas e traz alívio pela 
reafirmação da capacidade de sentir ou pela expiação 
do sentimento de ser mau. 
Podem apresentar instabilidade afetiva, 
devido a uma acentuada reatividade do humor. 
O humor disfórico básico é perturbado por 
períodos de raiva, pânico ou desespero e é aliviado por 
períodos de bem-estar ou satisfação. 
podem ser incomodados por sentimentos 
crônicos de vazio. 
Expressam raiva intensa e inadequada ou têm 
dificuldade para controlar sua raiva. 
Podem exibir extremo sarcasmo, persistente 
amargura ou explosões verbais. 
A raiva vem à tona quando um cuidador ou 
amante é visto como negligente, omisso, indiferente 
ou prestes a abandoná-lo. Tais expressões de raiva 
são seguidas de vergonha e culpa e contribuem para 
o sentimento de ser mau. 
Durante períodos de extremo estresse, podem 
ocorrer ideação paranoide ou sintomas dissociativos 
transitórios. 
Um padrão de boicote a si mesmos quando 
uma meta está prestes a ser alcançada. 
 
F65.1 Travestismo fetichista 
Vestir roupas do sexo oposto. 
Objetivo de obter excitação sexual e de criar 
a aparência de pessoa do sexo oposto. 
 
O travestismo fetichista se distingue do 
travestismo transexual pela sua associação clara com 
uma excitação sexual e pela necessidade de se remover 
as roupas uma vez que o orgasmo ocorra e haja 
declínio da excitação sexual. 
Pode ocorrer como fase preliminar no 
desenvolvimento do transexualismo. 
 
F65.2 Exibicionismo 
Tendência recorrente ou persistente de expor 
seus órgãos genitais a estranhos (em geral do sexo 
oposto) ou a pessoas em locais públicos, sem desejar 
ou solicitar contato mais estreito. 
Excitação sexual no momento da exibição e o 
ato é, em geral, seguido de masturbação. 
 
F65.3 Voyeurismo 
Tendência recorrente ou persistente de 
observar pessoas em atividades sexuais ou íntimas 
como o tirar a roupa. 
Isto é realizado sem que a pessoa observada 
se aperceba de o sê-lo, e conduz geralmente à 
excitação sexual e masturbação. 
 
F65.4 Pedofilia 
Preferência sexual por crianças, quer se trate 
de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro 
sexo, geralmente pré-púberes ou no início da 
puberdade. 
 
 
 
 
F65.5 Sadomasoquismo 
Preferência por uma atividade sexual que 
implica dor, humilhação ou subserviência. 
Se o sujeito prefere ser o objeto de um tal 
estímulo fala-se de masoquismo; se prefere ser o 
executante, trata-se de sadismo. 
Comumente o indivíduo obtém a excitação 
sexual por comportamento tanto sádicos quanto 
masoquistas. 
 
F84.0 Transtorno autista 
Presença de um desenvolvimento 
acentuadamente anormal ou prejudicado na interação 
social e comunicação e um repertório marcantemente 
restrito de atividades e interesses. 
O prejuízo na interação social recíproca é 
amplo e persistente. 
Pode haver um prejuízo marcante no uso de 
múltiplos comportamentos não-verbais que regulam a 
interação social e a comunicação. 
Pode haver um fracasso em desenvolver 
relacionamentos com seus pares que sejam 
apropriados ao nível de desenvolvimento, os quais 
assumem diferentes formas, em diferentes idades. 
Pouco ou nenhum interesse pelo 
estabelecimento de amizades. 
Não compreendem as convenções da interação 
social. 
Falta de busca espontânea pelo prazer 
compartilhado, interesses ou realizações com outras 
pessoas. 
Uma falta de reciprocidade social ou emocional 
pode estar presente. 
Conscientização da existência dos outros pelo 
indivíduo encontra-se bastante prejudicada. 
Podem ignorar as outras crianças, podem não 
ter ideia das necessidades dos outros, ou não perceber 
o sofrimento de outra pessoa. 
Afetando as habilidades tanto verbais 
quanto não-verbais. 
Pode haver atraso ou falta total de 
desenvolvimento da linguagem falada. 
Prejuízo na capacidade de iniciar ou manter 
uma conversação, um uso estereotipado e repetitivo 
da linguagem ou uma linguagem idiossincrática. 
Podem estar ausentes os jogos variados e 
espontâneos de faz-de-conta ou de imitação social 
apropriados ao nível de desenvolvimento. 
As estruturas gramaticais são imaturas e 
incluem o uso estereotipado e repetitivo da linguagem 
ou uma linguagem metafórica. 
Padrões restritos, repetitivos e 
estereotipados de comportamento, interesses e 
atividades. 
Pode existir uma preocupação total com um ou 
mais padrões estereotipados e restritos de interesse, 
anormais em intensidade ou foco. 
Tem uma adesão aparentemente inflexível a 
rotinas ou rituais específicos e não funcionais. 
Maneirismos motores estereotipados e 
repetitivos. 
Uma preocupação persistente com partes de 
objetos. 
Faixa acentuadamente restrita de interesses 
e com se preocupam com um interesse limitado. 
Podem insistir na mesmice e manifestar 
resistência ou sofrimento frente a mudanças triviais. 
Interesse por rotinas ou rituais não-
funcionais ou uma insistência irracional em seguir 
rotinas. 
Movimentos corporais estereotipados 
envolvem as mãos (bater palmas, estalar os dedos) 
ou todo o corpo (balançar-se, inclinar-se 
abruptamente ou oscilar o corpo). 
Anormalidades da postura. 
Preocupação persistente com partes de 
objetos. 
Fascinação com o movimento em geral. 
Apegam-se intensamente a algum objeto 
inanimado. 
A perturbação deve ser manifestada por 
atrasos ou funcionamento anormal em pelo menos uma 
das seguintes áreas antes dos 3 anos de idade: 
interação social, linguagem usada para a comunicação 
social, ou jogos simbólicos ou imaginativos. 
 
Transtorno do déficit de atenção e 
hiperatividade 
Padrão persistente de desatenção e/ou 
hiperatividade. 
Deve haver claras evidências de interferência 
no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional 
apropriado em termos evolutivos. 
A desatenção pode manifestar-se em 
situações escolares, profissionais ou sociais. 
Podem não prestar muita atenção a detalhes 
ou podem cometer erros por falta de cuidados nos 
trabalhos escolares ou outras tarefas. 
O trabalho é confuso e realizado sem 
meticulosidade nem consideração adequada. 
Têm dificuldade para manter a atenção em 
tarefas ou atividades lúdicase consideram difícil 
persistir em tarefas até seu término. 
Dão a impressão de estarem com a mente em 
outro local, ou de não escutarem o que recém foi dito. 
Pode haver mudanças de uma tarefa 
inacabada para outra. 
Iniciam uma tarefa, passam para outra, 
depois voltam a atenção para outra coisa antes de 
completarem qualquer uma de suas incumbências. 
Não atendem a solicitações ou instruções e 
não conseguem completar o trabalho escolar, tarefas 
domésticas ou outros deveres. 
Têm dificuldade para organizar tarefas e 
atividades. 
As tarefas que exigem um esforço mental 
constante são vivenciadas como desagradáveis e 
acentuadamente aversivas. 
Evitam ou têm forte antipatia por 
atividades que exigem dedicação ou esforço mental 
prolongados ou que exigem organização ou 
concentração. 
Os hábitos de trabalho são desorganizados e 
os materiais necessários para a realização da tarefa 
com são espalhados, perdidos ou manuseados com 
descuido e danificados. 
Facilmente distraídos por estímulos 
irrelevantes e habitualmente interrompem tarefas 
em andamento para dar atenção a ruídos ou eventos 
triviais que em geral são facilmente ignorados por 
outros. 
Se esquecem de coisas nas atividades diárias. 
Nas situações sociais, a desatenção pode 
manifestar-se por mudanças de assunto, falta de 
atenção ao que os outros dizem, distração durante as 
conversas e falta de atenção a detalhes ou regras em 
jogos ou atividades. 
A hiperatividade pode manifestar-se por 
inquietação ou remexer-se. 
A impulsividade manifesta-se como 
impaciência, dificuldade para protelar respostas, 
responder precipitadamente, antes de as perguntas 
 
terem sido completadas, dificuldade para aguardar 
sua vez e interrupção ou intrusão nos assuntos de 
outros, ao ponto de causar dificuldades em contextos 
sociais, escolares ou profissionais. 
Podem queixar-se de dificuldade para se 
expressar adequadamente. 
A impulsividade pode levar a acidentes e ao 
envolvimento em atividades potencialmente 
perigosas, sem consideração quanto às possíveis 
consequências. 
As manifestações comportamentais 
geralmente aparecem em múltiplos contextos, 
incluindo a própria casa, a escola, o trabalho ou 
situações sociais. 
Os sintomas tipicamente pioram em situações 
que exigem atenção ou esforço mental constante ou 
que não possuem um apelo ou novidade intrínsecos. 
 
F90 Transtornos hipercinéticos 
Falta de perseverança nas atividades que 
exigem um envolvimento cognitivo, e uma tendência a 
passar de uma atividade a outra sem acabar 
nenhuma, associadas a uma atividade global 
desorganizada, incoordenada e excessiva. 
As crianças hipercinéticas são imprudentes e 
impulsivas, sujeitas a acidentes e incorrem em 
problemas disciplinares mais por infrações não 
premeditadas de regras que por desafio deliberado. 
Suas relações com os adultos são marcadas 
por uma ausência de inibição social, com falta de 
cautela e reserva normais. 
São impopulares com as outras crianças e 
podem se tornar isoladas socialmente. 
 
F91 Distúrbio de conduta 
Caracterizados por padrões persistentes de 
conduta dissocial, agressiva ou desafiante. 
Tal comportamento deve comportar grandes 
violações das expectativas sociais próprias à idade da 
criança. 
Padrão duradouro de comportamento. 
Manifestações excessivas de agressividade e 
de tirania. 
Crueldade com relação a outras pessoas ou a 
animais; destruição dos bens de outrem. 
Condutas incendiárias. 
Roubos. 
Mentiras repetidas. 
 
Cabular aulas e fugir de casa. 
Crises de birra e de desobediência 
anormalmente e graves. 
A presença de manifestações nítidas de um 
dos grupos de conduta precedentes é suficiente para 
o diagnóstico, mas atos dissociais isolados não o são. 
 
F93.0 Transtorno de ansiedade de separação 
Ansiedade excessiva envolvendo o 
afastamento de casa ou de figuras importantes de 
vinculação. 
A perturbação deve durar por um período de 
pelo menos 4 semanas, iniciar antes dos 18 anos e 
causar sofrimento clinicamente significativo ou 
prejuízo no funcionamento social, acadêmico ou outras 
áreas importantes na vida do indivíduo. 
Experimentam sofrimento excessivo 
recorrente, quando da separação de casa ou de figuras 
importantes de vinculação. 
Quando separados dessas figuras de 
vinculação precisam saber de seu paradeiro e sentem 
necessidade de permanecer em contato. 
Alguns indivíduos sentem saudade extrema e 
chegam a sentir-se enfermos devido ao desconforto, 
se estão longe de casa. 
Eles podem ansiar pelo retorno ao lar e 
fantasiar acerca da reunião com as figuras de 
vinculação. 
Ao serem separados das figuras principais de 
vinculação, esses indivíduos abrigam temores de que 
acidentes ou doenças acometam as figuras a quem 
têm apego ou a eles próprios. 
Expressam o medo de se perderem e jamais 
reverem seus pais. 
Elas em geral sentem desconforto quando 
viajam independentemente para longe de casa ou de 
outras áreas que lhes são familiares, podendo evitar 
de ir a qualquer lugar sozinho. 
Pode haver relutância ou recusa a comparecer 
à escola ou acampamentos, visitar ou pernoitar em 
casa de amigos, ou sair para cumprir pequenas 
incumbências. 
Essas crianças podem ser incapazes de 
permanecer em um quarto sozinhas, podem exibir um 
comportamento "adesivo" e andar "como uma sombra" 
atrás dos pais, por toda a casa. 
 
Têm dificuldades para dormir e podem insistir 
para que alguém permaneça a seu lado até 
adormecerem. 
Queixas somáticas, tais como dor abdominal, 
dor de cabeça, náusea e vômitos são comuns, quando a 
separação ocorre ou é prevista. 
Sintomas cardiovasculares, tais como 
palpitações, tontura e sensação de desmaio iminente, 
são raras em crianças menores, mas podem ocorrer em 
indivíduos mais velhos. 
 
F98.0 Enurese de origem não-orgânica 
Micção involuntária (diurna e/ou noturna) 
anormal. 
 
Não está ligada a um transtorno do controle 
vesical de origem neurológica, crises epilépticas ou 
anomalia orgânica do aparelho urinário. 
Pode existir, de modo contínuo, depois do 
nascimento ou ser precedida de um período de controle 
de função vesical. 
Pode-se acompanhar de um transtorno mais 
generalizado das emoções ou do comportamento. 
 
F98.1 Encoprese de origem não-orgânica 
Emissão fecal repetida, involuntária ou 
voluntária, habitualmente de consistência normal ou 
quase normal, em locais inapropriados a este 
propósito. 
Persistência anormal da incontinência infantil 
normal, ou perda de continência após a aquisição do 
controle intestinal, ou ainda de emissão fecal 
deliberada em locais não apropriados a despeito de um 
controle esfincteriano normal.

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