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Lipídeos Profª. Me. Lorena Pantaleon ID=d924773e-9a16-4d6d-9803-8cb819e99682 Recipe=text_billboard Type=TextOnly Variant=0 FamilyID=AccentBoxWalbaum_Zero 1 Lipídeos Não são polímeros - não são repetições de uma unidade básica funcional Insolúveis em água e altamente solúveis em solventes orgânicos (geralmente apolares) Existem diversos tipos de moléculas diferentes que pertencem à classe dos lipídeos Funções Reserva energética Estruturação de membranas Hormônios Mensageiros intracelulares Isolantes térmicos e elétricos Agentes emulsificantes Cofatores Carregadores de elétrons Pigmentos para absorção de luz 2 Uso dos Lipídeos Alimentação Óleos de cozinha Margarina Manteiga Maionese Produtos Manufaturados Sabões Resinas Cosméticos Lubrificantes 3 Combustíveis Alternativos Ex: óleo vegetal transesterificado = mistura que substitui o óleo diesel, não sendo preciso nenhuma modificação do motor, além de ser muito menos poluente e isento de enxofre Lipídeos de Reserva – Óleos e Gorduras Derivados de Ácidos Graxos: ácidos carboxílicos de cadeias hidrocarbonadas variando de 4 a 36 carbonos Moléculas que conservam energia e o processo de hidrólise é altamente exergônico Essas moléculas são quimicamente semelhantes aos hidrocarbonetos contidos nos combustíveis fósseis (ex: petróleo), cuja combustão libera muita energia 4 O Grupo carboxila Grupo metila Lipídeos de Reserva Ácidos Graxos: podem saturados (sem duplas ligações) ou insaturados (com 1 ou + duplas ligações) Nomenclatura baseia-se: No tamanho da cadeia Na quantidade de duplas ligações Na posição das duplas ligações 5 Lipídeos de Reserva Exemplo de nomenclatura de ácidos graxos: 16:0 - ácido palmítico saturado, de 16 carbonos 18:1-9 - ácido oléico com uma dupla ligação, de 18 carbonos 6 Lipídeos de Reserva 7 8 Propriedades Físicas dos Ácidos Graxos Baixo grau de solubilidade devido a não polaridade da cadeia hidrocarbonada Apenas a porção carboxílica dos ácidos graxos é polar e ionizada em pH neutro, o que confere uma pequena solubilidade aos ácidos graxos de cadeia curta Quanto maior a cadeia e menor o nº de ligações duplas = menor solubilidade 9 Propriedades Físicas dos Ácidos Graxos Pontos de Fusão: dependente do comprimento e nº de ligações duplas A 25ºC: ácidos graxos de 12:0 a 24:0 (saturados) apresentam consistência de graxa, enquanto os insaturados do mesmo comprimento são óleos Insaturação: dificulta a interação intermolecular (estado líquido à temperatura ambiente) Saturação: maior facilidade de empacotamento intermolecular (são sólidos e mais estáveis) 10 Propriedades Físicas dos Ácidos Graxos Nos Compostos Saturados Ligações C-C apresentam livre rotação: maior flexibilidade às cadeias de hidrocarboneto conformação mais estável quando as cadeias estão completamente estendidas Maior firmeza no empacotamento de moléculas, favorecendo as forças de van der Walls entre os átomos da cadeia com os átomos da cadeia vizinha Nos Compostos Insaturados Dupla ligação: forma uma curvatura na cadeia, o que dificulta o empacotamento, enfraquecendo as interações de van der Walls entre moléculas vizinhas Mais instáveis: menos energia é necessária para romper estas interações Possuem menor ponto de fusão em relação aos ácidos graxos saturados de mesmo comprimento de cadeia 11 Propriedades Físicas dos Ácidos Graxos 12 13 Propriedades Físicas dos Ácidos Graxos Animais Produzem ácidos graxos na forma de gordura Maior proporção de ácidos graxos saturados e são sólidos em temperatura ambiente Vegetais Produzem ácidos graxos na forma de óleos Maior proporção de ácidos graxos insaturados e são líquidos em temperatura ambiente 14 Gordura Vegetal Hidrogenada Ex: Margarina: gordura vegetal hidrogenada Obtida através da hidrogenação do óleo de soja ou de milho, que são ricos em ácidos graxos insaturados Hidrogenação: o óleo vegetal é bombardeado por outras moléculas, que junto com o ambiente de alta pressão, muda a sua estrutura, transformando-o de líquido para uma gordura sólida Esse tipo de substância não existe na natureza Realça o sabor das comidas, diminui os custos e aumenta o prazo de validade 15 16 TRANS: Menor ângulo das duplas ligações e cadeia carbonada é mais linear = molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes Não são sintetizados no organismo Hidrogenação: adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as É parcial, há conservação de algumas duplas ligações da molécula original que muda a configuração cis para trans 17 Classificação dos Lipídeos - Função 18 Classificação de Lipídeos - Estrutura Simples Ácido Graxo + Glicerol (Álcool) Triglicerídios e Cerídios Compostos Ácido Graxo + Glicerol (Álcool) + outra substância Fosfolipídios, Glicolipídios e Lipoproteínas 19 Esteroides Grupo central de 4 anéis carbônicos ligados Hormônios sexuais, Vitamina D, sais biliares e colesterol Lipídeos Simples (Ácido Graxo + Álcool) 20 Triacilgliceróis = Triglicerídeos Triagliceróis Lipídeos mais simples construídos a partir de ácidos graxos “Gorduras” ou “Gorduras neutras”: podem ser: Simples: mesmo ácido graxo Misto: vários ácidos graxos esterificados a uma molécula de glicerol São hidrofóbicos e apolares: porções polares do glicerol (hidroxilas) e dos ácidos graxos (carboxilas) estão complexadas em ligações ésteres (OH-H que forma água]0 21 Lipídeos Simples (Ácido Graxo + Álcool) Ceras 22 Funções dos Triagliceróis Reserva de Energia - Combustível metabólico Vertebrados: reserva energética nos adipócitos Vegetais - sementes de oleaginosas: reserva energética para germinação da semente 23 24 Triagliceríos - Vantagens Maior produtividade energética Carboidratos e proteínas, quando totalmente metabolizados no organismo, geram 4kcal de energia por grama Lipídios geram 9kcal 25 Lipídeos como Isolante Térmico Os triglicerídeos armazenados sob a epiderme servem como isolantes térmicos para os animais, evitando a perda excessiva de calor ou o aumento exagerado de temperatura 26 Lipídeos como Isolante Térmico Os triacilgliceróis (TAGs) de animais terrestres contêm mais cadeias saturadas se comparados aos de animais aquáticos Vantagem de TAGs insaturados: em animais aquáticos, principalmente os que vivem em regiões frias = menor temperatura de fusão, permanecendo no estado líquido mesmo em baixas temperaturas Se fossem saturadas, ficariam no estado sólido e teriam maior dificuldade de mobilidade no organismo do animal 27 Lipídeos como Agentes de Flutuação TAGs em baixas temperaturas cristalizam Espermacete (substância cerosa) se torna sólida e atinge a mesma densidade da água Nas Baleias: menos esforço para se manter em grandes profundidades, onde ela pode encontrar alimento com menos competição 28 29 Insaturados: são mais benéficos para a saúde Para cocção e fritura: melhor opção são os monoinsaturados com menor teor de ômegas Saponificação TAGs são suscetíveis a hidrólise por ácido e base Aquecimento com NaOH = glicerol e sais de ácidos graxos = Sabão 30 Soda cáustica + Aquecimento Lipases Catalisam hidrólise de TAGs triglicerídeos No intestino, auxiliam na digestão e absorção de gorduras Adipócitos e sementes contêm lipases - quebram os TAGs armazenados - liberam ácidos graxos - exportados para tecidos onde são requeridos como combustível 31 Ceras Formam uma cobertura protetora em folhas e frutos de vegetais Mas também encontradas em animais (cera de abelhas, cutícula de insetos, glândulas de pássaros e crustáceos planctônicos), algas, fungos e bactérias Compostas ácidos graxos saturados de cadeia longa (14 a 36 C) com álcoois de cadeia longa (16 a 30 C) Alto ponto de fusão: de 60 a 100ºC (maiores do que dos TAGs) 32 Ceras Apresentam grande impermeabilidade à água e uma consistência firme Certas glândulas, encontradas nas peles de vertebrados, secretam cera para proteger o cabelo e a pele, mantendo-os flexíveis, lubrificados e à prova d’águaPlantas tropicais a utilizam para se protegerem contra parasitas e impedir a excessiva evaporação da água 33 34 Emulsificação Uso de substâncias surfactantes (detergentes e sabões) para quebra da gordura 35 36 No duodeno: Sais Biliares fazem emulsificação (quebra física) da gordura em pedaços menores Aumenta a ação das lipases que formam as micelas 37 38 39 40 Tecido Adiposo e Fígado Lipídeos Compostos (Ácido Graxo + Álcool + Outra Substância) Glicerofosfolipídios, Esfingolipídeos, e Lipoproteínas 41 Fosfolipídeos – Lipídeos de Membrana 42 Glicerofoslipídeos – Lipídeos de Membrana São os principais componentes lipídicos das membranas São ésteres do glicerofosfato (derivado fosfórico do glicerol) Apresentam 2 ácidos graxos ligados por ligações ésteres com o glicerol no C-1 e C-2 43 Esfingolipídeos – Lipídeos de Membrana 2ª maior classe de lipídeos de membrana Cabeça polar e 2 caudas apolares sem glicerol Compostos por esfingosina: molécula de cadeia longa de um amino álcool Ceramida: Ácido graxo associado na ligação amida () do C2 Unidade estrutural fundamental comum a todos os esfingolipídeos 44 Esfingolipídeos – Lipídeos de Membrana Existem 3 subclasses de esfingolipídeos, todos derivados da ceramida, mas diferindo na cabeça polar: Esfingomielina: esfingofosfolipídio Glicolipídeos Neutros e Gangliosídeos: esfingoglicolipídios 45 Esfingomielina Possui fosfocolina ou fosfoetanolamina como seu grupo de cabeça polar no C-1 Formam da bainha de mielina 46 Esfingomielina 47 Esfingomielina 48 Desmielinização 49 Esclerose Múltiplas Esfingolipídeos – Funções Envolvidos em eventos de reconhecimento na superfície celular Por exemplo: São os determinantes dos grupos sanguíneos A, B, O em humanos 50 Esfingolipídeos 51 Esfingolipídeos 52 Esteróides – Grupo Central de 4 Anéis Carbônicos Ligados São os hormônios sexuais, Vitamina D, Sais biliares e Colesterol 53 Esteróis Lipídeos estruturais de membranas da maioria das células eucarióticas Colesterol: principal esterol nos tecidos animais 54 Colesterol No sangue, o colesterol precisa ser transportado por lipoproteínas LDL (“Colesterol Ruim”): Low-desity-lipoprotein = lipoproteínas de baixa densidade Retiram o colesterol do fígado e levam para outros órgãos para síntese de esteroides e constituição da membrana Quando em excesso, se depositam na parede dos vasos (ateromas - aterosclerose) HDL (“Colesterol Bom”): High-desity-lipoprotein = lipoproteínas de alta densidade Transporta o colesterol para o fígado Pode atuar retirando o excesso de LDL do sangue 55 Colesterol 56 Colesterol 57 Colesterol 58 Esteróis Estigmasterol Em plantas Ergosterol Em fungos 59 Esteróides Além de constituintes da membrana, servem como precursores de produtos com atividades biológicas específicas, tais como: Ácidos biliares: cadeia lateral no C-17 é hidrofílica (emulsificação de gorduras da dieta, facilitando a ação de lipases) 60 Esteróides Hormônios Esteroides: produzidos pela oxidação da cadeia lateral no C-17 do colesterol 61 Esteróides Vitamina D: Derivada do colesterol 62 Prostaglandinas Derivados de ácidos graxos com funções hormonais (eicosanóides – 20C). Agem no próprio tecido em que são produzidos (não circulam via corrente sanguínea) Envolvidos em funções reprodutivas, inflamação, febre, dores associadas com doença e machucados, regulação da pressão sanguínea, secreção de ácido gástrico, etc 63 Obrigada! 64
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