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A natureza do Gótico

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John Ruskin e a natureza do Gótico 
 
A natureza do gótico, foi um capitulo de um livro escrito por John Ruskin, de titulo Historias do 
mar. Foi deste conjunto de obras que surgiu a teoria que Ruskin fez sobre a arquitetura. 
Ruskin decidiu se aprofundar no gótico para dar como base a sua teoria, usando de um estilo 
na época que não era muito conhecido ainda, e não muito trabalhado. 
Tudo isso foi durante o iluminismo, época em que a natureza era conhecida como a razão. 
Neste século, a razão era tratada como forma única de sabedoria e de ordem no mundo. 
Porem, para falar da teoria de Ruskin é necessário focar em duas partes apenas, que erar a 
necessidade de conhecer quais eram as leis da natureza, e definir a natureza como forma única 
de conhecimento no mundo. Mas para os pensadores deste período, mais precisamente no 
século 19, o homem sempre deve ser colocado a frente de qualquer ponto da natureza. 
 
Quando a busca pelo que seria a natureza se tornou um desejo dos pensadores, para muitos 
seria um feito grande, alcançar a consciência de si mesmo por meio da educação. Como diz no 
empirismo, jamais um homem vai conseguir conhecer as leis da natureza e seus 
conhecimentos. Porem esse argumento não é aceito por todos, que acham que isso foi algo 
fora da realidade. 
 
Chega a vez de Ruskin, que vem a fundo nessa logica, e que diz que a estética é poder sentir a 
qualidade do espaço. Cita as chamadas linhas de forças, que controlam os fluxos dos 
elementos estruturais. Explicou qual era o motivo de cada novo tipo de construção, desde as 
paredes maiores que foram substituídas por colunas, ate aos capiteis derivados das cornijas, 
que ficaram concentrados em um unico ponto. E foi desta pesquisa que surgiu a teoria da 
arquitetura, que ficou composta por dois conceitos, a verdade nas estruturas, e a verdade dos 
materiais. A verdade das estruturas foi explicada por Ruskin por meio de desenhos de 
arquitetura gótica, já a verdade dos materiais, além de estar se referindo a questão de 
resistência, possui uma certa relação com o tempo, seu espaço e sua noção, pois como Ruskin 
pensava, não existe um espaço que não tenha seu tempo. Segundo a sua teoria, a arquitetura 
pode ser relacionada e definida como o resultado de uma composição de desenhos que 
estejam projetados em uma espécie de campo energético, seguindo a logica da ajuda mutua, 
dito isso foi onde saiu a ideia de criar uma relação onde todas as energias estivessem 
trabalhando juntas, conectadas entre si, como na ética, e seguindo a politica de ajuda entre 
eles. Com este método, a intenção de Ruskin era criar um novo modelo para o projeto da 
arquitetura, tentando dessa forma integrar as linhas de forças do entorno. 
 
A natureza do Gótico 
 
Ruskin dividiu a natureza do gótico em 6 diferentes partes: 
1. Selvagem, 
2. Mudança, 
3. Naturalismo, 
4. Grotesco, 
5. Rigidez, 
6. Redundância. 
 
Selvagem 
 
Esse item, se refere ao conhecimento, a sabedoria do operário que participara da obra. Entre 
todos os outros termos que ainda terá, esse é o único ao qual foi dividido em três momento: 
Ornamento Servil, Constitucional e Revolucionario. 
O servil é o típico de trabalho escravo, onde o arquiteto é quem pensa, e o operário apenas 
executa. 
o Constitucional, da mesma forma que o servil, não era o operário quem pensava, porem ele 
realizava um trabalho repetitivo de fácil formatação. 
E o revolucionário era onde os operários tinham liberdades para realizarem seja quais fossem 
as suas ideias. 
 
Mudança 
 
Segundo Ruskin, a perfeição em um edifício só sera obtida, quando aquele tal trabalho seja 
constantemente realizado, sem modificações. 
O detalhe a ser lembrado é que para Ruskin, a arquitetura é desde a preparação do canteiro de 
obras, até no projeto ao todo. Como pensa Ruskin, o surgimento da arte gótica fez com que as 
formas pudessem se apresentar de diversas maneiras diferentes, possibilitando também 
múltiplas combinações para ideias de novas combinações. 
 
 
Naturalismo 
Para Ruskin, diferentemente de outros autores que tratam o naturalismo como o gótico, 
Ruskin foge dessa ideia, para ele o Naturalismo é a logica que a natureza se forma perante a 
forma da vegetação. 
 
Grotesco 
O estilo grotesco, Ruskin não tratou de definir bem qual seria o significado. Somente fala um 
pouco sobre no item Selvageria, onde diz que teria um lugar garantido para a fantasia. 
 
Rigidez 
A rigidez é toda força exercida, ou tensão que a estrutura sofre pelos elementos góticos. Ela 
não é relacionada a rigidez como algo pesado, como era as construções gregas, romanas ou 
ate no renascimento. A rigidez tratada nesse caso, é falando sobre a tensão que é elástica, que 
para Ruskin, servia como se fosse uma borracha, imitando uma fibra elástica. 
 
Redundância 
Redundância é considerado um acumulo, uma grande quantidade de decorações ou enfeites. 
 
Consideraçoes finais 
 
Para quem não conhecia muito sobre a filosofia de Ruskin, o artigo foi bem especifico quanto a 
ele, e consequentemente, sobre grande parte do que foi a arquitetura gótica. Ruskin era um 
iluminista que em seu teor, era a favor de que a indústria tivesse relações e trabalho e algo 
mais cooperativista. Não foi neogótico, apenas se aproveitou do estilo para usar como 
referencia na sua teoria sore a arquitetura. 
Ruskin engrandeceu a arquitetura gótica pelo seu jeito diferenciado, por permitir um canteiro 
de obras totalmente livre para os operários, sem muita hierarquia de comando, onde todos 
tem o mesmo valor, desde o arquiteto ate ao carpinteiro. E nisso que se baseou Ruskin, nas 
relações sociais que se criaram durante o período de trabalho.

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