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Tecido Muscular Estriado Esquelético

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Miologia 
MORFOLOGIA VETERINÁRIA I 
 
 
 
 
 
 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO 
 
CÉLULAS MUSCULARES 
 
 Chamadas de fibra muscular. 
 São células gigantes. 
 É chamado de “estriado” devido à 
disposição de fibras musculares, que exibem 
um padrão de estrias característico, 
originado do arranjo ordenado das 
proteínas contráteis dentro da célula. 
 
 
FUNÇÕES DO SISTEMA MUSCULAR 
 
 Responsável pelo movimento voluntário dos 
membros, do tronco e da cabeça. 
 Compõe o volume muscular do corpo, sendo 
responsável por metade do peso da carcaça 
do animal. 
 A musculatura dos vertebrados possui como 
principal função a contração. Todas as 
variadas funções do sistema muscular 
baseiam-se na contração (encurtamento) 
das fibras musculares. 
 Permitem a locomoção ao contrair-se para 
alternar as posições relativas dos ossos 
durante o movimento e manter os ângulos 
articulares contra a força da gravidade 
durante a sustentação. 
 
 Estabilizam articulações. 
 Geram calor por meio de tremores 
involuntários, iniciados pela exposição ao 
frio. 
 
 
CAMADAS DO TECIDO MUSCULAR 
 
 Epimísio: 
 Camada de tecido conjuntivo denso não 
modelado que recobre toda a fibra 
muscular. 
 Chamado também de fáscia. 
 Perimísio: 
 Camada de tecido conjuntivo que 
recobre um agrupamento de fibras 
musculares, chamado de feixe. 
 Endomísio: 
 Recobre cada fibra muscular 
individualmente. 
 
 
Corte transversal do músculo esquelético. O tecido fibroso é 
ressaltado. 1: epimísio; 2: perimísio; 3: endomísio. 
 
ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO 
 
CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A 
DISPOSIÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES 
 
As fibras musculares podem estar dispostas em 
folhas paralelas, como nos músculos 
abdominais, ou faixas estreitas, como no 
músculo sartório no lado medial da coxa; as 
fibras musculares nesses feixes musculares são 
paralelas entre si. Outros arranjos de fibras 
musculares incluem os dos músculos 
fusiformes e vários penados ou peniformes 
(em forma de pena). Quando as fibras ocupam 
apenas um lado, o arranjo é unipenado; de dois 
lados, bipenado, e de três ou mais lados, 
multipenado. 
 
 
 
 
INSERÇÕES MUSCULARES 
 
 Tendões: 
 São faixas fibrosas de colágeno que 
conectam os músculos aos ossos. Em sua 
maioria, os tendões são cordas ou faixas 
que unem os músculos fusiformes ou 
penados aos ossos. 
 São compostos por tecido conjuntivo 
denso modelado em feixes paralelos. 
 Aponeuroses: 
 São bainhas achatadas associadas a 
músculos planos. Possuem a mesma 
composição dos tendões. 
 
Tendões. 
 
 
Aponeuroses (em branco). 
 
 
MOVIMENTOS REALIZADOS PELOS 
MÚSCULOS 
 
 Flexão: 
 Diminui o ângulo entre os segmentos. 
 Exemplo: o músculo bíceps braquial 
flexiona o cotovelo. 
 
 
Flexão da articulação do cotovelo. 
 Extensão: 
 Aumenta o ângulo entre os membros. 
 Exemplo: o músculo tríceps braquial é 
um extensor do cotovelo. 
 
 
Extensão do jarrete (articulação do tornozelo). 
 
 
 Adução: 
 Aproximam o membro da linha mediana 
do corpo. 
 Abdução: 
 Afastam o membro da linha mediana do 
corpo. 
 
OBSERVAÇÃO: músculos que passam sobre 
mais de uma articulação em geral têm 
classificações diferentes, dependendo da 
articulação em que estejam atuando. Por 
exemplo: o músculo gastrocnêmio (o grande 
músculo da panturrilha) é um flexor da soldra e 
um extensor do jarrete (tarso). 
 
 
GRUPOS MUSCULARES 
 
 Agonista: 
 Qualquer músculo que produza certo 
efeito. São os músculos diretamente 
responsáveis pela ação desejada. 
 Antagonista: 
 São os músculos que se opõem 
diretamente à ação dos agonistas. 
 Sinérgicos: 
 São músculos que se opõem a qualquer 
ação indesejada dos agonistas. 
 
EXEMPLO: na flexão do cotovelo, o bíceps 
braquial, que produz o movimento, é o 
agonista, enquanto o tríceps braquial, que se 
opõe ao movimento, é o antagonista. 
Entretanto, no movimento de extensão do 
cotovelo, o tríceps braquial é o agonista e o 
bíceps braquial, o antagonista. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
FRANDSON, R. D.; WILKE, W. L.; FAILS, A. 
D. Anatomia e fisiologia dos animais de 
fazenda. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2011. 
 
DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. 
G. Tratado de anatomia veterinária. 4. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
 
 
 
Karisse Farias

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