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Instalações Elétricas Esquemas de aterramento Instituto Federal de Rondônia – IFRO Campus Porto Velho Calama Curso de Engenharia de Controle e Automação Prof. Me. Vitor Akira Uesugui Costa E-mail: vitor.costa@ifro.edu.br ATERRAMENTO ❑ Segundo a ABNT, aterrar significa colocar instalações e equipamentos no mesmo potencial de modo que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento seja zero. ❑ Aterrar um dispositivo ou equipamento está relacionado a interligá-lo com a terra propriamente dita. Então quando nos referenciamos a um dispositivo aterrado estamos afirmando que pelo menos um de seus terminais estão propositalmente ligados a terra. ATERRAMENTO ❑ Principais funções do aterramento: ▪ Proteger a integridade física das pessoas; ▪ Facilitar a atuação dos dispositivos de proteção (desligamento automático); ▪ Descarregar cargas eletrostáticas de carcaças de objetos e equipamentos; ▪ Referenciar o condutor neutro do transformador (aterramento funcional). ATERRAMENTO ❑ Proteção da integridade física das pessoas: o aterramento deve garantir que, em caso de falha na isolação dos equipamentos, a corrente de fuga passe através do condutor de aterramento ao invés de percorrer o corpo de uma pessoa que esteja encostando eventualmente neste equipamento. ATERRAMENTO ❑ Falha de isolação – Equipamento não aterrado ATERRAMENTO ❑ Falha de isolação – Equipamento não aterrado ATERRAMENTO ❑ Falha de isolação – Equipamento aterrado ATERRAMENTO ❑ Atuação dos dispositivos de proteção: em geral, os sistemas de aterramento devem oferecer um percurso de baixa impedância de retorno para a terra da corrente de falta, o que resulta no aumento excessivo da mesma, permitindo, assim, que haja a operação automática, rápida e segura do sistema de proteção. ATERRAMENTO ❑ Escoamento de cargas eletrostáticas: o aterramento deve escoar cargas estáticas acumuladas em estruturas, suportes e carcaças dos equipamentos em geral. https://www.youtube.com/watch?v=tuZxFL9cGkI ATERRAMENTO ❑ Aterramento funcional: o aterramento funcional é a ligação do condutor neutro do sistema à terra, tem por objetivo definir uma referência para as fases e estabilizar a tensão da instalação em relação à terra durante seu funcionamento. ELETRODOS DE ATERRAMENTO ❑ Toda edificação deve dispor de uma infraestrutura de aterramento, denominada “eletrodo de aterramento”, sendo admitidas as seguintes opções: ▪ preferencialmente, uso das próprias armaduras de concreto das fundações; ▪ uso de fitas, barras ou cabos metálicos, especialmente previstos, imersos no concreto das fundações; ▪ uso de malhas metálicas enterradas, no nível das fundações, cobrindo a área da edificação; ▪ no mínimo, uso de anel metálico enterrado, circundando o perímetro da edificação. ELETRODOS DE ATERRAMENTO ❑ Pelo exposto, fica claro que não é permitido pela NBR 5410:2004 o uso do eletrodo de aterramento (haste) do padrão de entrada da concessionária como eletrodo de aterramento da instalação elétrica da residência. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ A NBR 5410 define três principais tipos de esquemas de aterramento que podem ser utilizados nas instalações elétricas de baixa tensão: TN, TT e IT. ▪ 1ª letra – indica a situação da alimentação em relação à terra: T – um ponto diretamente aterrado I – nenhum ponto aterrado ou aterramento através de impedância ▪ 2ª letra – indica a situação das massas em relação à terra: T – diretamente aterradas (eletrodo independente da alimentação) N – ligadas ao ponto de alimentação aterrado (neutro) ▪ Outras letras – especificam a forma de aterramento da massa, utilizando o aterramento da fonte de alimentação: S – neutro e proteção (PE) por condutores distintos (separados) C – neutro e proteção em um único condutor (PEN) ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN (TN-C, TN-S, TN-C-S): ▪ Neutro da fonte ligado diretamente ao eletrodo de aterramento, estando as massas da instalação ligadas a este mesmo ponto por condutores metálicos; ▪ Sendo assim, o caminho da corrente de falta será inteiramente composto por condutores metálicos, constituindo um circuito elétrico de baixa impedância; ▪ É o sistema mais comum no Brasil quando se trata de instalações alimentadas diretamente pela rede pública de baixa tensão; ▪ Possui variações: TN-C; TN-S; TN-C-S. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C: ▪ As funções de neutro e terra são combinadas em um único condutor (PEN). ▪ Existe economia de condutores, uma vez que é utilizado o condutor PEN. ▪ O rompimento do condutor PEN traz sérios problemas para a segurança, pois pode colocar a massa do equipamento em um potencial igual ao da fase em relação à terra. ▪ Em função da possibilidade de ocorrência do rompimento, a NBR 5410 exige que a seção mínima do condutor PEN seja de 10 mm² em cobre; ▪ Esse esquema não admite que o seccionamento automático para proteção contra choques seja feita pelo DR, pois não será capaz de atuar (terra e neutro são únicos). *(ver esquema TN-C-S) ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-S: ▪ O condutor neutro e o condutor de proteção são distintos, embora estejam equipotencializados no mesmo eletrodo de aterramento. ▪ Pode ser utilizado com condutores de qualquer tipo e seção, além de permitir o uso do dispositivo DR, como proteção contra contatos indiretos ou diretos. ▪ Devemos lembrar, no entanto, que no TN-S não existe “economia” de um condutor, visto que o neutro e o condutor de proteção (PE) são separados. ▪ Esquema relativamente mais seguro que o TN-C, pois reduz os riscos de energização das massas em caso de falha ou rompimento no neutro. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-S: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C-S: ▪ Neste tipo de aterramento, as funções de neutro e proteção são combinadas num único condutor apenas em uma parte do sistema; ▪ Geralmente tem-se um condutor PEN do quadro de medição até o quadro de distribuição da instalação. Dentro do quadro de distribuição o condutor PEN é desmembrado e derivado para um barramento de neutro e para outro de aterramento; ▪ *Permite a realização o seccionamento automático de proteção contra choque por DR a partir do ponto em que o PEN é desmembrado em PE e N; ▪ É um misto dos esquemas TN-C e TN-S. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C-S: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ NBR 5410: 5.4.3.6 Em toda edificação alimentada por linha elétrica em esquema TN-C, o condutor PEN deve ser separado, a partir do ponto de entrada da linha na edificação, ou a partir do quadro de distribuição principal, em condutores distintos para as funções de neutro e de condutor de proteção. A alimentação elétrica, até aí TN-C, passa então a um esquema TN-S (globalmente, o esquema é TN-C-S). ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C-S: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C-S: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C-S: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TN-C-S: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TT: ▪ Neutro da fonte ligado diretamente ao aterramento, estando as massas da instalação ligadas a eletrodo de aterramento independente da fonte; ▪ No caso de falta, o percurso da corrente de falta inclui a terra, o que limita muito o valor da corrente devido ao alto valor de resistência de terra; ▪ Corrente de falta pode ser insuficiente para atuação de disjuntores, mas nocivas para seres humanos, devendo a proteção ser garantida por dispositivos DR; ▪ Recomendado para sistemas onde a fonte de alimentação e a carga estiverem distantes uma da outra. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TT: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema TT: ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema IT: ▪ Esquema parecido com o TT, porém o aterramento da fonte é realizado através da inserção de uma impedância de valor elevado, com isso limita-se a corrente da falta a um valor desejado de modo anão permitir que a primeira falta desligue o sistema; ▪ O objetivo do sistema IT é evitar que a primeira falta desligue o sistema, contudo deve-se identificá-la e eliminá-la o mais rápido possível; ▪ Exige manutenção especializada (com inspeções e medições periódicas da resistência de isolação); ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema IT: ▪ Usado onde é indispensável a continuidade do serviço (hospitais, indústrias, etc.); ▪ Sistema complexo e de custo elevado em virtude da utilização de dispositivos de monitoramento (Dispositivo Supervisor de Isolamento – DSI); ▪ Caso haja uma segunda falta, ocorrerá o seccionamento automático por disjuntores ou DR. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ❑ Esquema IT: ❑ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO/CIE 8995-1: Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior. Rio de Janeiro, p. 46, 2013. ❑ CRUZ, Eduardo Cesar Alves; ANICETO, Larry Aparecido. Instalações elétricas: fundamentos, práticas e projetos em instalações residenciais e comerciais. Saraiva Educação SA, 2019. Referências
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