Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 1/22 introdução Introdução Nesta Unidade, teremos uma visão ampliada sobre o projeto e a sustentabilidade, discutiremos desde a escolha da matéria prima, abordando conceitos como recursos naturais renováveis e não renováveis, até novas tendências como a ecologia industrial, assim, abordaremos desde o início do ciclo de produto até sua destinação �nal, que, como veremos muitas vezes podem constituir o início de um novo ciclo de vida. Também abordaremos os processos de manufatura e soluções sustentáveis, além de outras oportunidades que a sustentabilidade permite, como as estratégias empresariais, incluindo a SUSTENTABILIDADE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E ECODESIGNAMBIENTAL E ECODESIGN Esp. Carolina Braz Pimentel IN IC IAR 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 2/22 apresentação de um case para inspiração, a Rede Asta, um negócio social que impacta a partir do design. 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 3/22 O ecodesign está intimamente ligado com a questão ecológica, como o próprio nome já sugere. Essa tendência é essencial para os dias de hoje, tendo em vista a grande degradação ambiental, ela procura o desenvolvimento de produtos ecologicamente corretos e sustentáveis, além da prevenção da poluição e conservação da natureza em todo o ciclo de vida do produto. Desse modo, a escolha de matérias primas e insumos que impactem o mínimo possível o meio ambiente é fundamental. Matérias-Primas e Recursos Naturais Embora palavras como matérias primas, recursos naturais e insumos sejam de uso comum. Para que possamos aprofundar no tema, algumas conceituações são necessárias: Matéria prima: produto natural ou transformado, utilizado como base em processo produtivo para obtenção do produto acabado, é um material agregado na fabricação, torna-se parte do produto. Por exemplo, o algodão na indústria têxtil. Existem diferentes tipos de matéria prima, quanto a sua origem: 1. Vegetal: extraído de plantas. Exemplo do látex, matéria-prima para a fabricação da borracha. 2. Animal: de origem da criação de animais, como a carne, o leite, ou também, o couro como matéria-prima. 3. Mineral: são os materiais extraídos do solo, como exemplo o petróleo que será transformado em gasolina e outros derivados e a bauxita, transformada em Alumínio (DICIONÁRIO FINANCEIRO, 2019). Insumos de produção: conjunto de todos os materiais necessários para fabricar um produto, incluindo as matérias primas, embora não seja necessário que faça parte do produto, como, por exemplo, o maquinário, a água que lava o tecido na indústria têxtil, etc. (DICIONÁRIO FINANCEIRO, 2019). Recursos naturais: algo a que se possa recorrer para obtenção de alguma coisa presente no meio ambiente. Podem ser classi�cados de duas formas conforme sua capacidade de voltar a estar disponíveis: Ecodesign e Matérias-PrimasEcodesign e Matérias-Primas 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 4/22 1. Renováveis: após seu uso podem ser renovados, ou seja, voltarem a estar disponíveis na natureza, como por exemplo: �ora, fauna, ecossistemas cultivados. 2. Não Renováveis: são os que não podem ser produzidos, como, por exemplo, o petróleo e o carvão. (DULLEY, 2004, p. 22). Ecologia Industrial e Materiais Ecoe�icientes Em uma cultura materialmente saturada como a nossa, a utilização irracional de recursos naturais como matéria prima é injusti�cável. Repensando a forma de produzir, surge a Ecologia Industrial. A Ecologia Industrial se baseia no funcionamento da natureza, onde existe um equilíbrio entre os seres vivos e seu ambiente, constituindo um sistema fechado em que uma sequência de seres se alimentam sucessivamente um dos outros, sem que haja resíduos. Assim, neste modelo, procura-se evitar o uso de recursos naturais e energéticos o máximo possível, e repor o mínimo ou nenhum resíduo, enquanto faz o melhor uso dos recursos materiais e energéticos disponíveis dentro do ciclo de produção e consumo. Ou seja, busca-se a ecoe�ciencia “produzir mais, melhor, com menor consumo de materiais, principalmente os naturais, água e energia” e aproveitar o que é considerado resíduo em um processo produtivo como insumo noutro. (TEIXEIRA; CÉSAR, 2005, p. 52 - 53). Nesse sentido, é adequado para a escolha de matérias primas: Usar materiais abundantes e sem restrição de uso; Reduzir energia na fabricação; Usar materiais reciclados e recicláveis; Usar materiais abundantes e compatíveis entre si; Usar materiais que provenham de refugos de processos produtivos; Evitar material que produza emissões, resíduos ou e�uentes tóxicos; Usar tecnologias e processos produtivos de baixo impacto e eco-e�cientes; Agregar valor estético aos materiais reciclados; Possibilitar o uso como matéria prima para outros processos produtivos (TEIXEIRA; CÉSAR, 2005, p. 55). Além de questões ecológicas, repensar a fonte de matérias primas também apresenta benefícios econômicos, por exemplo, um resíduo pode ser tratado como subproduto do processo produtivo e ser utilizado como matéria prima no próximo, constituindo uma oportunidade de negócios e de produção a custos mais baixos ao utilizar como matéria prima algo que seria descartado (TEIXEIRA; CÉSAR, 2005, p. 55). 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 5/22 saiba mais Saiba mais “A busca por fontes alternativas e modos alternativos de produção que empregue cada vez menos recursos subtraídos da natureza e que permita uma sobrevida maior do planeta tem sido a motivação para governos, empresas e pessoas aumentarem o uso de matéria prima gerada a partir da garrafa PET como fonte de emprego e renda, ao mesmo tempo que gera benefícios para o planeta. A possibilidade cada vez maior de aumento das exportações de matéria prima que são produzidas a partir da reciclagem de garrafas PET, o surgimento de uma gama de produtos compostos na sua totalidade ou parte deste componente dos resultados da reciclagem, mostram que as discussões estão produzindo resultado”. ACESSAR http://www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/266 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 6/22 atividade Atividade “O Brasil apresenta uma vantagem competitiva em relação aos demais países, visto que recicla perto de sessenta por cento de sua necessidade de matéria prima para a produção de PET equivalente ao dobro do que os EUA reciclam e três vezes mais que o México. Isto abre uma grande possibilidade do Brasil se tornar exportador de matéria prima gerada de garrafas PET e apresentar taxas de crescimento como o de Bangladesh em 2008 que foi da ordem de 20%”. Fonte: SANTOS, João Almeida et al. Matéria-prima gerada da reciclagem de garrafas pet e seus produtos derivados. Revista Metropolitana de Sustentabilidade (ISSN 2318-3233) , [S.l.], v. 5, n. 2, p. 03-13, ago. 2015. ISSN 2318-3233. Disponível em: <http://www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/266 >. Acesso em: 01 abr. 2019, p. 09. De acordo com o enunciado e os assuntos estudados, assinale a alternativa: a) Escolhas sustentáveis possuem impacto zero na economia. b) É impossível a exportação de matéria prima proveniente de material reciclado. c) A escolha da matéria prima é de importância unicamente ecológica. d) O Brasil é um país pouco expressivo em relação a reciclagem de garrafa PET para uso como matéria prima. e) O uso da reciclagem de garrafa PET para uso como matéria primaé um diferencial competitivo do Brasil. http://%3Chttp//www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/266 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 7/22 Uma das etapas mais impactantes do ciclo de vida de um produto, é o �m de sua vida útil. Nessa fase, o item pode já ter cumprido a função para o qual foi projetado e torna-se inútil para o seu dono ou pode ter apresentado algum defeito ou obsolescência, por isso é substituído. Em todos os casos, esse artefato tem mais chance de ser descartado como resíduo do que de retornar para a cadeia produtiva como matéria-prima para novos produtos. Vida útil pode ser caracterizada como o período de tempo em que um produto desempenha, perfeitamente, a função para qual foi primariamente projetado, idealizado. Para de�nir a vida útil de um artefato, alguns fatores são levados em consideração, como a qualidade da matéria-prima utilizada, o processo produtivo empregado, o modo como é conservado e também a maneira como o usuário usufrui do produto. Atualmente, uma prática vem se tornando cada vez mais comum, principalmente nos itens de tecnologia que necessitam de atualizações constantes para se manter operantes de acordo com o seu uso projetado, é a obsolescência programada. A obsolescência programada nada mais é do o ato de planejar quando a vida útil de um produto vai acabar, quando o mesmo vai se tornar inútil. A gestão do �m da vida útil de um produto não começa apenas quando o item deixa de cumprir sua função projetada, ela começa a ser planejada desde a concepção do artefato. Como já citado, a vida útil depende de alguns fatores principais, como a escolha da matéria-prima, o processo produtivo, o uso e conservação pelo usuário. Uma matéria-prima de procedência garantida, de origem secundária - proveniente da reciclagem de outros produtos - além de um processo produtivo que atende aos preceitos da responsabilidade social, tem grande in�uência na qualidade dos produtos e, consequentemente, na sua vida útil. Além disso, garantir que o usuário saiba utilizar e conservar o item da forma mais e�ciente possível, pode prolongar consideravelmente a vida útil dos artefatos. Entretanto, o �m da vida útil de um produto, eventualmente, vai chegar. Então, é preciso planejar a forma correta como irá ocorrer o descarte. É responsabilidade da empresa produtora possibilitar ao consumidor �nal os meios de destinação correta dos itens depois que eles cumprem sua funcionalidade programada. Também é estratégico para as empresas, e segue totalmente a linha do desenvolvimento sustentável, o fato de as empresas utilizarem os resíduos dos seus produtos como matéria prima para novos itens. Gestão do Fim da Vida Útil de umGestão do Fim da Vida Útil de um ProdutoProduto 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 8/22 Processos de Gestão do Fim da Vida Útil dos Produtos O processo de gerenciamento do �m da vida útil de um produto também pode ser conhecido como logística reversa. Segundo Hugo Ferreira Braga Tadeu, André Luz Pereira, et al (2016), a logística reversa pode ser entendida como “(...) um conjunto de operações e ações ligadas, desde a redução de matérias- primas primárias até a destinação �nal correta dos produtos, materiais e embalagens com o seu consecutivo reuso, reciclagem e/ou produção de energia” (TADEU, PEREIRA, et al., 2016, p. 14). De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a responsabilidade pela logística de descarte correto dos resíduos deve ser compartilhada e foi regulamentada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010. A política prevê que tanto empresas, poder público e população são responsáveis pelos resíduos oriundos dos hábitos de consumo da sociedade. A lei também diz que é responsabilidade das empresas disponibilizar pontos de coleta de resíduos e dar a destinação correta para os itens que produz (BRASIL, 2019, on-line). Após coletar os resíduos provenientes do pós-consumo de seus itens, as empresas podem realizar as seguintes ações com os itens ao �nal de sua vida útil: 1. Reuso: tem como objetivo reutilizar os produtos que foram descartados. Produtos que podem ser recuperados, consertados, atualizados, revendidos e reutilizados sem nenhuma ação química. Itens produzidos com alta qualidade de matéria-prima tornarm mais viável a reutilização de seus resíduos, pois são mais duráveis �sicamente e funcionalmente. Esses resíduos podem ser reutilizados na sua função original ou em outras funções. 2. Remanufatura: o principal objetivo é recuperar as peças de produtos que não podem mais ser reutilizados. Normalmente, enquadra produtos que podem “ser desmontados, ter peças de fácil identi�cação, separação, limpeza e reparação, para permitir o aproveitamento de peças em outros produtos na mesma função ou em funções diferentes da original.” (TEIXEIRA, CÉSAR, 2005, p. 57) Itens idealizados tendo em mente a possibilidade de desmontagem, modularidade e montagem tornam mais viável a remanufatura. 3. Recuperação: “(...) também conhecido como reciclagem química. Tem como objetivo o retorno das matérias primas descartadas depois da produção ou depois do uso pelos consumidores �nais.” (TEIXEIRA, CÉSAR, 2005, p. 57) Na reciclagem química, os resíduos são tratados quimicamente para atingir a mesma qualidade da matéria primária, permitindo que sejam usados nos mesmos processos produtivos originais. Esse processo permite o reaproveitamento total dos resíduos. 4. Reciclagem: pode ser chamada também de reciclagem mecânica. Seu objetivo é a reutilização da matéria prima proveniente tanto de processos industriais, considerada como resíduo (reciclagem pré-consumo ou pós-industrial), quanto àquela contida nos produtos �nalizados e considerados no �m da vida útil, que não podem mais ser reutilizados nem remanufaturados. “O material reciclado é usado em processos e produtos diferentes dos usados nos processos originais, já que há a possibilidade de perda de características que di�cultam a reintegração destes materiais nos processos iniciais” (TEIXEIRA, CÉSAR, 2005, p. 57). 5. Recuperação energética: tem como objetivo utilizar os resíduos descartados como combustível e, assim, aproveitar a energia contida nestes materiais. É realizado por meio da queima termoquímica ou bioquímica, originando calor, gases, energia elétrica ou fertilizantes. Apenas produtos não tóxicos, biodegradáveis e energéticos podem ser 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%2… 9/22 utilizados nesse processo. Itens que foram projetados para fácil desmontagem também tornam viável esse meio de recuperação. 6. Biodegradação: tem a intenção de reintegrar ao meio ambiente o resíduos proveniente do produto. Apenas itens fabricados com matéria prima não poluente, não tóxica e biodegradável podem compor esse processo. Ainda assim, devem ocorrer o mínimo possível (TEIXEIRA, CÉSAR, 2005, p. 57). 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 10/22 atividade Atividade A gestão da vida útil de um produto, bem como do �m dessa vida útil, depende de fatos que são de�nidos e analisados desde a idealização e concepção dos produtos. Não é preciso planejar apenas o lançamento dos artefatos, mas também o seu descarte ou retorno à cadeia produtiva. Em relação ao �m da vida útil dos produtos, assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s): ( ) O design é responsável apenas por de�nir qual a estética dos produtos. ( ) Uma matéria-prima de qualidade afeta na vida útil do produto. ( ) Para uma boa gestão do �m da vida de um produto é preciso planejar a logística reversa do mesmo, evitando que o item seja descartado desnecessariamentee de maneira incorreta. ( ) O artefatos só podem ser produzidos com matérias-primas de origem primária, sendo impossível reciclar os resíduos oriundos do pós-consumo dos produtos. A partir das associações feitas anteriormente, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) F, F, V, F. b) V, V, V, V. c) F, V, V, F. d) F, F, F, F. e) V, V, V, F. 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 11/22 Após a Revolução Industrial, houve uma signi�cativa mudança no modo como os produtos eram fabricados: o artesanato dá lugar à manufatura. A manufatura passa a surgir com o advento das fábricas, onde os artefatos são produzidos por partes e por vários colaboradores diferentes. Com a evolução dos processos fabris e o surgimento da administração e engenharias industrial e de produção, produzir itens �cou cada vez mais padronizado e quali�cado. Tipos de Processos de Manufatura Atualmente, de acordo com Rosemary Martins (2013), os processos de manufatura podem diferenciados levando em consideração o volume ser fabricado e a variedade, customização, dos itens. Os processos de manufatura podem ser classi�cados da seguinte maneira: 1. Produção por projetos: volume de produção bem baixo, muitas vezes único, e com uma alta customização. Por exemplo, cada edifício construído é único. 2. Jobbing: a variedade é relativamente menor e o volume de produção ocorre em pequenos lotes. Como no caso de pequenas grá�cas que fazem convites de casamentos. 3. Produção em lotes: processo de bateladas com lotes maiores e nível de customização ainda mais reduzido do que no jobbing. Um exemplo é a indústria farmacêutica. 4. Produção em massa: aumentando mais ainda o volume e com variedade menor. Por exemplo produção de eletrodomésticos. 5. Produção contínua: variedade extremamente baixa, empresas que produzem o mesmo produto ou uma variedade bem pequena de itens num volume muito grande. Por exemplo siderúrgicas, empresas de distribuição de energia (MARTINS, 2013, on-line). Assim, podemos concluir que o que diferencia cada processo manufatureiro dos demais são o seu volume de produção, que pode partir de um item até toneladas e milhares de produtos, e também o nível de especi�cação dos produtos, quanto mais customizado, menor o volume, pois mais difícil é produzir em grande escala um produto muito especí�co. Soluções Sustentáveis em Processos de Manufatura Dentre os diferentes processos de manufatura, levando em conta suas especi�cidades e também seus pontos convergentes, é possível apontar soluções sustentáveis para o desenvolvimento de Processos de ManufaturaProcessos de Manufatura 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 12/22 produtos socialmente responsáveis. Em todos os processos de manufatura, o processo produtivo deve ser escolhido de maneira que desperdice menos recursos possíveis, sejam eles matéria-prima, mão de obra, dinheiro, tempo ou energia. A quantidade de resíduo gerada ainda nas fábricas rivaliza com o resíduos domésticos, por parte dos usuários primários. A qualidade também é crucial na fabricação de artefatos. Seu controle previne os desperdícios ainda na indústria e, também, os que ocorrem na utilização dos itens. O controle de qualidade garante que todos os recursos estão sendo utilizados da forma mais e�ciente possível. 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 13/22 atividade Atividade Os processos de manufatura são classi�cados de acordo com seu volume de produção - a quantidade do que se é produzido - e com o nível de personalização do produto - se segue as especi�cidades de cada cliente ou se é produzido apenas itens padronizados. De acordo com essa classi�cação, associe os itens de acordo com as características de cada processo manufatureiro. I. Produção por projeto. II. Produção em lotes. III. Produção em massa. IV. Produção contínua. ( ) Produção de itens customizados, com início e �m bem de�nidos, com alta variedade e baixo volume. Normalmente o item fabricado é único. ( ) Produção realizada de forma ininterrupta de volumes muito grandes e de variedade muito baixa de produtos. ( ) Produção realizada em bateladas, com volume grande de produtos e baixa variedade de itens. ( ) Produção ainda maior do que em lotes, porém menor do que em processos contínuos. Apresenta grande volume de produção com baixa variedade. Assinale a alternativa que representa a sequência correta de associações. a) I, II, III, IV. b) II, I, IV, III. c) IV, I, II, III. d) I, IV, II, III. e) III, I, IV, II. 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 14/22 A sustentabilidade pode ser incluída no processo de desenvolvimento de produtos e é capaz de ir além, constituindo os diferenciais de um negócio. Neste tópico, estudaremos uma empresa que trabalha com design sustentável e contribui para resolver problemas socioambientais, sendo a sustentabilidade a estratégia principal de seu negócio. Antes, contudo, é importante entendermos o conceito de design sustentável e o que é necessário para ser uma empresa com sustentabilidade estratégica. Design Sustentável O Design Sustentável segue o modelo do Tripé da Sustentabilidade, também conhecido como Triple Bottom Line (TBL), ou seja, considera aspectos sociais, ambientais e econômicos. Dessa forma, ele envolve um processo que tenha como resultado um produto que seja economicamente viável, buscando maximizar os benefícios econômicos, enquanto é ecologicamente correto, não prejudicando o equilíbrio ambiental para atuais e futuras gerações, além de ser socialmente eqüitativo, promovendo o aumento do bem estar social, podendo inclusive satisfazer as necessidades e atender as comunidades menos favorecidas (PAZMINO, 2007, p. 07 - 08). Figura 3.1 - Design Sustentável Fonte: Elaborada pela autora. A Sustentabilidade comoA Sustentabilidade como Estratégia EmpresarialEstratégia Empresarial 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 15/22 Sustentabilidade na Estratégia Empresarial Souza e Factum (2009), inspiradas em Schmidheiny, a�rmam que: “as empresas lucrativas em um mundo sustentável serão aquelas que melhor se destacarem de seus competidores no sentido de agregar valores aos seus produtos e serviços em sintonia com os requisitos de proteção do meio ambiente, além da busca voluntária e permanente de redução de uso de matéria in natura, promovendo resultados além dos interesses de seus clientes e investidores” (SOUZA, FACTUM, 2009, p. 127). A sustentabilidade como estratégia de negócio vai além da sustentabilidade do produto, exigindo que esteja presente em toda a organização, especialmente na gestão, e que busque entender e responder às expectativas das partes interessadas da organização. Assim, deve estar prevista em todo o planejamento estratégico da empresa, o que implica em questões sociais, ambientais e econômicas serem consideradas em seus objetivos estratégicos, conforme representado conceitualmente na �gura abaixo (OLIVEIRA, 2012). saiba mais Saiba mais Uma abordagem mais recente do design, voltada para a busca da sustentabilidade, tem se tornado também conhecida como design estratégico. O seu objetivo é a identi�cação de estratégias para inovações sistêmicas, inclusive novos produtos, serviços e sistemas, que representem uma vantagem competitiva a longo prazo, e, neste caso, considera-se como objeto de estudo o sistema produto-serviço (Krucken, 2005 apud Castro, 2010). Este design estratégico, voltado para a sustentabilidade, parte de uma ampliação do conceito e incorpora questõesque vão desde a preocupação com as ações projetuais voltadas para questões ambientais e ecológicas ao longo de todo o ciclo de vida do produto - o eco-design - até a incorporação de inovações mais radicais, tais como o questionamento da própria função do produto e a possibilidade de in�uenciar os padrões de consumo existentes (Rocha e Brezet, 1999 apud Castro, 2010). ACESSAR https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Braga5/publication/315002471_Estrategia_e_design_construcao_das_abordagens_contemporaneas/links/59760ddc0f7e9b4016b919f8/Estrategia-e-design-construcao-das-abordagens-contemporaneas.pdf 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 16/22 Figura 3.2 - Representação do tripé da sustentabilidade em intersecção com as bases do planejamento estratégico. Fonte: Oliveira et al. (2012,on-line). Ainda, para que a empresa atue com sustentabilidade de forma estratégica, é necessário que conheça seus stakeholders (também conhecidos no Brasil como partes interessadas: aqueles que impactam ou são impactadas pela empresa, por exemplo, clientes, colaboradores, comunidade, mídia, governo, meio ambiente, etc), procurando entender e responder às suas necessidades (OLIVEIRA, 2012). Case - Rede Asta A Rede asta é um negócio social que oferece soluções de design sustentável, principalmente, a partir do upcycling, por meio do desenvolvimento de artesãs e uso de resíduos. A empresa transforma resíduos gerados por outras empresas em presentes personalizados, sustentáveis e criativos, por meio de artesãs que se cadastram na plataforma e recebem capacitação para se tornarem empreendedoras e, assim, gerarem renda. As empresas interessadas em ter seus resíduos transformados e lojas interessadas em revender esse tipo de produto também podem fazer contato via a plataforma. Dessa forma, a empresa tem práticas ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente justas, trabalha em prol dos objetivos de desenvolvimento sustentável e é uma empresa B certi�cada. reflita Re�ita “Inovar seguindo as três dimensões da sustentabilidade ainda não é a regra, até porque a inclusão das dimensões sociais e ambientais requer novos instrumentos e modelos de gestão, que só recentemente começaram a ser desenvolvidos com mais intensidade. Isso não é tarefa só das empresas que pretendem inovar. As instituições de ensino e pesquisa, os órgãos governamentais, as instituições de normalização, as organizações da sociedade civil, ou seja, o sistema nacional de inovação também tem um papel relevante nessa questão”. Fonte: Barbieri (2010, p. 152). 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 17/22 Figura 3.3 - Artesã atuando para a rede asta ensina as demais como criar produtos a partir do upcycling Fonte: Asta ([2019], on-line). saiba mais Saiba mais Para conhecer mais sobre como uma empresa de design sustentável pode trabalhar, assista ao vídeo explicando o trabalho da Rede Asta. ASS I ST IR 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 18/22 atividade Atividade “se o papel dos políticos e das instituições é criar um ambiente favorável a orientação da inovação rumo à sustentabilidade, para os designers, empresas e também para os cidadãos comuns em suas comunidades e organizações, a possibilidade de ação recai na sua capacidade de dar uma orientação estratégica às próprias atividades, em outras palavras, na sua habilidade em de�nir objetivos que combinem suas próprias necessidades e exigências com os critérios da sustentabilidade que estão gradualmente vindo à tona”. Fonte: MANZINI, Ezio. Design para a inovação social e sustentabilidade (LIVRO): Comunidades criativas, organizações colaborativas e novas redes projetuais . Editora E- papers, 2008, p. 28. De acordo com o enunciado e os assuntos estudados, assinale a alternativa correta segundo o trecho acima: a) É papel exclusivo dos políticos conduzir a inovação rumo à sustentabilidade. b) O designer deve exigir de terceiros uma orientação estratégica para as suas atividades. c) Os designers devem combinar seus objetivos com critérios de sustentabilidade. d) Os critérios de sustentabilidade já estão todos de�nidos. e) O compartilhamento de atribuições rumo a sustentabilidade é impossível. 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 19/22 indicações Material Complementar LIVRO Manual Prático de Ecodesign Conceição Vieira; Joaquim Alves; Manuela Roque Editora: AEP- Associação Empresarial de Portugal ISBN: 978-972-8702-83-0 Comentário: O livro é voltado para empresários que querem trabalhar com o ecodesign, além de ter uma abordagem acessível e discorrer sobre os benefícios também apresenta um guia para a implementação de projetos com ecodesign e indicadores para seu acompanhamento e avaliação. 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 20/22 FILME Obsolescência Programada: The Light Bulb Conspiracy. Ano: 2017 Comentário: Neste documentário, é possível observar o surgimento da programação da vida útil de um produto, como isso impactou a vida das pessoas e o crescimento econômico de empresas. TRA ILER 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 21/22 conclusão Conclusão Como vimos, a sustentabilidade pode estar presente em todo o ciclo de vida do produto e ir além, constituindo um diferencial competitivo para empresas. Para isso, é importante fazer uma escolha correta da matéria prima, que muitas vezes poderá ser um subproduto de um outro processo produtivo, também deve-se pensar o processo de manufatura e a destinação dos resíduos gerados, que poderão ser reusados, remanufaturados, reciclados, entre outros destinos possíveis, mas não para por ai. A sustentabilidade pode estar presente também na essência do negócio, para isso deve ser considerada no planejamento estratégico e considerar as necessidades dos stakeholders, quem desempenha esse papel muito bem é a Rede Asta, que atua como negócio social, economicamente viável, ecologicamente correto e socialmente justo. referências Referências Bibliográ�cas ASTA. A arte de transformar como inspiração para crescer . [2019], on-line. Disponível: < http://redeasta.com.br/case/a-arte-de-transformar-como-inspiracao-para-crescer >. Acesso em: 04 mai. 2019. BARBIERI, J. C. et al. Inovação e sustentabilidade : novos modelos e proposições. 2010. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Resíduos Sólidos . Disponível em: < http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos >. Acesso em: 04 mai. 2019. CASTRO, L.; CARDOSO, J. Estratégia e design: construção das abordagens contemporâneas. Strategic Research Journal , v. 3, n. 3, p. 69-75, set./dez. 2010. Disponível em: < https://www.researchgate.net/pro�le/Juliana_Braga5/publication/315002471_Estrategia_e_design_construcao_das_a e-design-construcao-das-abordagens-contemporaneas.pdf >. Acesso em: 04 mai. 2019. Dicionário �nanceiro. O que é matéria-prima? [2019]. Disponivel em: < https://www.dicionario�nanceiro.com/o-que-e-materia-prima/ >. Acesso em: 04 mai. 2019. DULLEY, R. D. Noção de natureza, ambiente, meio ambiente, recursos ambientais e recursos naturais. Agricultura em São Paulo , São Paulo, v. 51, n. 2, p. 15-26, 2004. MANZINI, Ezio. Design para a inovação social e sustentabilidade (LIVRO): Comunidades criativas, organizações colaborativas e novas redes projetuais. Rio de janeiro: E-papers, 2008, p. 28. OLIVEIRA, L. R. et al. Sustentabilidade : da evolução dos conceitosà implementação como estratégia nas organizações. 2012. http://redeasta.com.br/case/a-arte-de-transformar-como-inspiracao-para-crescer http://www.mma.gov.br/pol%C3%ADtica-de-res%C3%ADduos-s%C3%B3lidos https://www.researchgate.net/profile/Juliana_Braga5/publication/315002471_Estrategia_e_design_construcao_das_abordagens_contemporaneas/links/59760ddc0f7e9b4016b919f8/Estrategia-e-design-construcao-das-abordagens-contemporaneas.pdf https://www.dicionariofinanceiro.com/o-que-e-materia-prima/ 20/10/22, 15:54 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=LPSFlM%2fuq0K9p97VcQ3khw%3d%3d&l=04WuICgnzOm4L3eSGk3L8w%3d%3d&cd=%… 22/22 PAZMINO, A. V. Uma re�exão sobre design social, eco design e design sustentável . In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE DESIGN SUSTENTÁVEL. Curitiba, 1, v. 4, 2007. SANTOS, J. A. et al. Matéria-prima gerada da reciclagem de garrafas pet e seus produtos derivados. Revista Metropolitana de Sustentabilidade , [S.l.], v. 5, n. 2, p. 03-13, ago. 2015. Disponível em: < http://www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/266 >. Acesso em: 04 mai. 2019. SOUZA, P.; FACTUM, A. O papel do design na promoção de Comércio Justo e Solidário. Cultura Visual , Salvador: EDUFBA, n. 12, p. 125-136, out. 2009. TEIXEIRA, M, CÉSAR, S. Ecologia industrial e eco-design: requisitos para a determinação de materiais ecologicamente corretos. Revista Design em Foco , v. 2, n. 1, p. 51-60, jan./jun. 2005. Disponível em: < http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=66120105 >. Acesso em: 04 mai.2019. TADEU, H. F. B. et al. Logística reversa e sustentabilidade . São Paulo: Cengage Learning, 2016. MARTINS, R. Processos de Manufatura e Serviços. Blog da Qualidade . Disponível em: < https://blogdaqualidade.com.br/processos-em-manufatura-e-servicos/> . 04 mai. 2019. IMPRIMIR http://www.revistaseletronicas.fmu.br/index.php/rms/article/view/266 https://blogdaqualidade.com.br/processos-em-manufatura-e-servicos/%3E https://blogdaqualidade.com.br/processos-em-manufatura-e-servicos/%3E
Compartilhar