Buscar

Comunicação Empresarial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
COMUNICAÇÃO
 EMPRESARIAL 
PAULO ROBERTO SALLES GARCIA 
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
COMUNICAÇÃO
EMPRESARIAL 
PAULO ROBERTO SALLES GARCIA 
1
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral:Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo:William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Fabiana Miraz de Freitas Grecco 
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado 
 
 Design: Aline De Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
2
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
Paulo Roberto Salles Garcia
Doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (2011). Mestre 
em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Especialista 
em Docência Superior pelo Centro Universitário Barra Mansa (1995) e graduado em Co-
municação Social, habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Rio de Janei-
ro (1984). Membro do grupo de pesquisa Jornalismo na Comunicação Organizacional da 
Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Possui vasta experiência 
em Comunicação Organizacional, Assessoria de Imprensa, Gestão de Crise, Redação Jor-
nalística, Produção Editorial e Marketing Educacional. Atua como docente nas áreas de 
Comunicação Organizacional, Jornalismo, Relações Públicas e Marketing e Gestão. Atua 
como Consultor na área de Comunicação Corporativa e em produção de conteúdo didáti-
co-pedagógico para Educação a Distância - instituições de ensino e corporações. Revisor 
com vasta experiência em preparação de originais, copidesque e revisão para editoras co-
merciais e universitárias.
4
LEGENDA DE
Ícones
São os conceitos, definições ou afirmações importantes 
aos quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1.1 Introdução ........................................................................................................................................................................................8
1.2 Conceitos, características e importância da comunicação empresarial................................................8
1.3 Elementos da comunicação aplicados às empresas .......................................................................................10
1.4 Atributos essenciais da comunicação empresarial............................................................................................13
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................16
2.1 Introdução........................................................................................................................................................................................21
2.2 Comunicação interna e os diferentes públicos ....................................................................................................21 
2.3 Radiopeão (ou Radiocorredor) e seu impacto na comunicação empresarial ..............................24
2.4 Ferramentas de comunicação interna .....................................................................................................................27
 2.4.1 Para culturas organizacionais diferentes, são desejáveis ferramentas diferentes...........................................27
 2.4.2 Para públicos diferentes, são desejáveis ferramentas diferentes..........................................................................27
FIXANDO O CONTEÚDO..............................................................................................................................................................30
3.1 Introdução ......................................................................................................................................................................................35
3.2 Comunicação com a mídia - Desafios, oportunidades e impasses........................................................35
3.3 Comunicação com consumidores, comuidade e sociedade ....................................................................38
3.4 Ferramentas de comunicação externa ....................................................................................................................40
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................44
INTORDUÇÃO AO ESTUDO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 
COMUNICAÇÃO INTERNA 
UNIDADE 4
4.1 Introdução......................................................................................................................................................................................49
4.2 Conceitos, características e natureza de crises empresariais...................................................................49
4.3 Comitê de Gestão de Crise ................................................................................................................................................52
4.4 Identidade, imagem e reputação ................................................................................................................................55
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................58
COMUNICAÇÃO EXTERNA 
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL E GERENCIAMENTO DE CRISE 
UNIDADE 5
5.1 Introdução .....................................................................................................................................................................................63
5.2 As tecnologias de informação e comunicação (TICS) no contexto das empresas ......................63
5.3 Principais ferramentas digitais e seu uso no contexto empresarial .....................................................65
5.4 Desafios das nova ferramentas para o aprimoramento da comunicação empresarial .........68
 5.4.1 Diálogo com os públicos internos ....................................................................................................................................68
 5.4.2 Agilidade com a imprensa ..................................................................................................................................................685.4.3 Disponibilidade em interagir com clientes e consumidores .................................................................................69
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................71
FERRAMENTAS DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO A SERVIÇO DA COMUNICAÇÃO 
EMPRESARIAL 
UNIDADE 6
6.1 Introdução .....................................................................................................................................................................................76
6.2 Caracteísticas, objetivos e importância de um plano de comunicação ............................................76
6.3 Partes de um plano de comunicação.........................................................................................................................78
6.4 Etapas de construção de um plano de comunicação ..................................................................................80
FIXANDO O CONTEÚDO..............................................................................................................................................................83
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................................................87
REFEÊNCIAS........................................................................................................................................................................................88
PLANSO DE COMUNICAÇÃO 
6
UNIDADE 1
Nesta unidade, você vai conhecer os conceitos, as características e a importância da 
Comunicação Empresarial, além de compreender os elementos que compõem o 
processo de comunicação aplicados às empresas. Vai também compreender alguns 
atributos essenciais à Comunicação Empresarial como ética, abertura ao diálogo e 
comunicação integrada.
UNIDADE 2
Nesta unidade, você terá oportunidade de estudar a respeito da comunicação 
interna, buscando identificar as suas principais características e seu funcionamento. 
Trataremos sobre os principais canais utilizados pelas empresas e abordaremos 
também acerca da rádio peão (ou rádio corredor), que está presente no universo de 
muitas delas e seus impactos ao processo comunicacional.
UNIDADE 3
Nesta unidade, vamos tratar sobre a comunicação externa, ou seja, aquela direcionada 
aos públicos de interesse que estão além dos muros das empresas e organizações, 
relacionamento com a mídia, clientes, comunidade e sociedade, que desempenham 
papel decisivo na construção da imagem delas. Identificaremos também as 
ferramentas e canais comumente empregados para que os esforços de comunicação 
alcancem os objetivos estabelecidos.
UNIDADE 4
Nesta unidade, vamos abordar as crises empresariais, destacando conceitos, 
características e natureza delas, bem como identificar os principais motivos 
desencadeadores. Bem como prevenção e da minimização dos prejuízos, criação, 
funcionamento e a manutenção de comitês de gestão de crise. Por fim, vamos tratar 
de conceitos que estão intimamente ligados ao tema do gerenciamento de crise.
UNIDADE 5
Nesta unidade, vamos abordar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) 
no contexto das empresas e o modo pelo qual impactam os esforços e as estratégias 
comunicacionais. Além disso, identificaremos as principais ferramentas digitais 
utilizadas. Por fim, refletiremos a respeito dos desafios que as TICs impõem às ações 
de comunicação visando alcançar os diferentes públicos de interesse.
UNIDADE 6
Nesta unidade, vamos tratar sobre plano de comunicação, ferramenta indispensável 
às empresas no sentido de concretizar as estratégias comunicacionais voltadas aos 
seus públicos de interesse. Passaremos por alguns conceitos que nos ajudarão a 
perceber em que consiste o plano e destacaremos também a importância dele. Não 
ficarão de fora as conversas sobre as partes que devem compor esse documento e as 
etapas de construção dele.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA 
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
UNIDADE
01
8
1.1 INTRODUÇÃO
 Todos sabemos que não é possível fazer a gestão de uma organização sem consi-
derar um processo de comunicação eficiente e eficaz, certo? Mas será que na prática isso 
ocorre? Esse é um dos grandes desafios enfrentados por empresas públicas e privadas, 
que muitas vezes não compreendem como uma boa comunicação pode transformar os 
relacionamentos com os empregados, com os clientes, com a opinião pública, com a im-
prensa etc.
 Pensando nisso, o início de nossa jornada de aprendizado sobre Comunicação Em-
presarial implica que dominemos os principais conceitos, características e importância 
dela. Não podemos esquecer também que é relevante discutir acerca dos elementos de 
comunicação que todos nós conhecemos – os principais são emissor, receptor, mensa-
gem, código e canal – e que merecem um olhar atento na perspectiva das organizações e 
à luz das velozes mudanças por que passa o mundo corporativo.
 A tudo isso se soma a necessidade de abordarmos alguns atributos essenciais da 
Comunicação Empresarial. O diálogo, a ética, a transparência, a participação e a verdade se 
incluem entre os mais significativos, pois determinam o sucesso ou o fracasso do processo 
comunicacional que as empresas estabelecem com os diferentes públicos com os quais 
elas se relacionam.
 Aproveite a leitura e bons estudos!
1.2 CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E IMPORTÂNCIA DA 
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
 Em um mundo globalizado e cada vez mais competitivo, a comunicação ganha es-
paço expressivo entre as organizações. Diferentemente de um contexto anterior no qual 
o foco era basicamente produzir produtos para os transacionar, hoje, esse trabalho ganha 
contornos mais complexos. Não basta que aquilo que fabricam seja disponibilizado, seja a 
pessoas (o chamado B2C – Business to Consumer), seja a outras empresas (B2B – Business 
to Business); essa relação requer uma série de cuidados, que têm a ver com a forma como 
se comunicam. Nesse caso, a premissa é que tudo comunica, incluindo os produtos ofer-
tados, a forma como são promovidos, os preços estabelecidos e os pontos de distribuição 
(a maneira como chegam até os consumidores) – são os “4Ps” do marketing propostos por 
Phillip Kotler. A esses aspectos acrescentam-se outros, igualmente representativos, como 
a imagem que clientes, sociedade e opinião pública vão criando a respeito delas e que, ao 
longo do tempo, são elementos a compor a reputação.
 Em linhas gerais, o conceito de comunicação empresarial diz respeito a formas de 
comunicação das quais as organizações se apropriam a fim de estabelecer relacionamen-
tos com os diferentes stakeholders com os quais elas se relacionam. Isso inclui os instru-
mentos, que variam conforme o perfil, o porte e a estratégia – entre os quais newsletters, 
blogs, redes sociais digitais, boletins internos, tevê e rádio corporativos, peças publicitá-
rias, press-releases etc. –, bem como ações que visem reforçar a imagem institucional, que 
abarcam eventos (encontros com a imprensa, abertura de suas plantas para recepção dos 
familiares dos empregados, lançamentos de produtos e outros), projetos específicos em 
favor de causas afins aos valores, missão e visão etc.
 Para Marchiori (2018), a comunicação organizacional engloba outros aspectos. Se-
gundo ela salienta, não faz mais sentido pensar que uma empresa a pratica pelo fato de 
9
somente produzir veículos de comunicação: 
Há um novo paradigma nessa área, a informação dialógi-
ca, que rompe o modelo mecânico da informação e ado-
ta a postura do diálogo como a melhor maneira de resol-
ver conflitos, realizar acordo, enfim, buscar consenso em 
relação a uma prática, compreendendo assim a comuni-
cação para além da racionalidade técnica (MARCHIORI, 
2018, p. 14)
Stakeholders: em tradução livre, a expressão em inglês significa “pessoas interessadas” ou 
“públicos de interesse”. No contexto organizacional,diz respeito a pessoas ou instituições que 
influenciam (ou sofrem influência) a postura, o comportamento e a operação das empresas.
GLOSSÁRIO
 Recorremos às ideias de Kunsch (2017) para explicar que a comunicação organiza-
cional possui algumas características importantes. De acordo com a estudiosa do tema, ela 
vai além de uma visão linear e instrumental para representar algo mais complexo e abran-
gente:
[...] a comunicação organizacional deve ser entendida de 
forma ampla e holística. Pode-se dizer que ela é uma dis-
ciplina que estuda como se processa o fenômeno comu-
nicacional dentro das organizações e todo seu contexto 
político, econômico e social no âmbito do sistema social 
global, como fenômeno inerente à natureza das organi-
zações e aos agrupamentos de pessoas que a integram. 
A comunicação organizacional envolve todos os proces-
sos comunicativos e todos os seus elementos constituti-
vos. Nesse contexto, faz-se necessário ver a comunicação 
inserida nos processos simbólicos e com foco nos sig-
nificados dos agentes envolvidos, dos relacionamentos 
interpessoais e grupais, valorizando as práticas comuni-
cativas cotidianas e as interações nas suas mais diversas 
formas de manifestação e construção social (KUNSCH, 
2019, p. 43).
 Por que a Comunicação Empresarial tem importância tão significativa? O que faz 
com que em muitos casos – infelizmente ainda há organizações que não enxergam assim 
– ela seja estratégica? Os esforços de se relacionarem com os diversos públicos de interes-
se se voltam para que elas sejam vistas, conhecidas, lembradas e admiradas e que seus 
produtos e serviços sejam consumidos. Nunca foi tão verdadeiro o ditado popular que diz: 
“quem não é visto não é lembrado”.
 Não devemos nos limitar à dimensão mercadológica. Isso porque há organizações 
sem fins lucrativos para as quais a comunicação também é igualmente relevante, pois o 
foco delas é defender ideias e ideais, compartilhar conceitos, difundir informações, provo-
car reflexões, propor debates e cobrar providências e políticas em prol de determinados 
10
objetivos. Incluem-se nesse perfil Greenpeace, WWF (em português, Fundo Mundial para 
a Natureza) e Instituto Ethos, entre outras. A comunicação, portanto, as torna parte do 
mundo e em constante interação com ele.
 Outro aspecto que eleva a comunicação a um patamar de importância diz respei-
to à possibilidade que oferece às empresas de estabelecerem um relacionamento efeti-
vo com os públicos internos. Nesta disciplina falaremos mais pormenorizadamente sobre 
esse tema, por isso aqui apenas ressaltamos quão relevantes são os espaços para o diálo-
go, a troca, o compartilhamento de ideias, a integração, o respeito à diversidade, a difusão 
das informações etc. Quando isso é pleno, real e verdadeiro, estão abertas as portas para 
a construção/fortalecimento da imagem da instituição perante os empregados e que se 
reflete para além dos muros, tornando-a bem reconhecida pela sociedade. Aliás, ganhar a 
admiração e a confiança de todos com quem se relacionam é o sonho de consumo de dez 
entre dez organizações, pois torna a equipe confiante, favorece os negócios, gera lucros e 
tem potencial para tornar o mundo melhor.
O sucesso empresarial depende de um sistema de co-
municação eficaz e isso vale tanto para a comunicação 
interna como também para a comunicação no ambiente 
externo, pois, a comunicação externa contribui para for-
mação da imagem da empresa e o que vai diferenciá-la 
das demais; e a comunicação interna contribui no rela-
cionamento entre os colaboradores e no fluxo correto das 
informações que movimentam o ambiente empresarial 
(SILVA; SILVA; SILVA, 2017, p. 33).
 Torquato (2015, p. 10) resume como é fundamental que as empresas invistam em 
comunicação. Na perspectiva dele, “a comunicação exerce um poder expressivo no âmbito 
das empresas e instituições. Trata-se de um campo que pavimenta a legitimidade e credi-
bilidade das organizações em seus públicos interno e externo”.
 Vale ressaltar também que diante de um contexto em que as pessoas ganharam 
empoderamento, graças à disseminação das Tecnologias de Informação e Comunicação 
(TICs), e se tornaram mais atentas e exigentes quanto à postura das corporações, o esforço 
institucional deve ser redobrado no diálogo que devem travar com esses públicos, sob o 
risco de isso influir nos negócios. A esse propósito, Nassar e Figueiredo (2017, p. 12) alertam:
A sociedade e o mercado consumidor se tornaram bas-
tante hostis às “empresas analfabetas”, que não aprende-
ram a escrever, ouvir, falar, se expressar e principalmente 
dialogar no ambiente onde atuam. E hostilidade, no caso, 
significa boicotar produtos, dificultar a operação da em-
presa, tornando-a, de alguma forma, persona non grata.
1.3 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO APLICADOS ÀS EMPRESAS
 A comunicação abarca alguns elementos que fazem com ela ocorra. Há certa varia-
ção acerca daqueles que integram esse processo, mas de modo geral são seis: emissor, 
receptor, canal, código, mensagem e contexto (ou referente). Há autores que incluem o 
feedback e o ruído.
11
Numa definição clássica, a comunicação acontece quando há alguém que emite (emissor) 
uma mensagem alguém que a recebe (receptor). Vale lembrar que isso pode acontecer 
de modo síncrono, ou seja, ambos os atores estão em sincronia e a mensagem é recebida 
imediatamente, ou assíncrono, em que ela não é recebida tão logo sai do emissor. Que 
tal um exemplo? Fernando e Luís Claudio estão usando ao mesmo tempo o WhatsApp, e 
Fernando encaminha um post por meio do seu dispositivo móvel. O conteúdo é recebido 
e visto imediatamente por Luís Claudio. Nesse caso, estamos nos referindo a uma comuni-
cação síncrona. Todavia, se Luís Claudio estiver com o dispositivo móvel indisponível, cer-
tamente só o verá quando acioná-lo. Nesse caso, a comunicação será assíncrona, ou seja, o 
destinatário não a verá imediatamente.
 Nesse contexto, há outros elementos que já estão presentes em nosso exemplo, mas 
não foram claramente nominados. Um deles é a mensagem, ou seja, aquilo que motivou 
Fernando a se comunicar com o amigo. O outro é o canal, que no caso em questão é o 
smartphone, que possui o aplicativo que tornou possível a comunicação entre Fernando e 
Luís Claudio. Há também o código, que consiste em um conjunto de signos organizados e 
que foram empregados para elaborar a mensagem – aqui estamos nos referindo às pala-
vras escritas na língua portuguesa. Temos ainda o contexto (ou referente), que diz respeito 
à situação com a qual a mensagem tem a ver; para efeito de nosso exemplo, ele se refere 
ao assalto de que foram vítimas ao saírem da faculdade no dia anterior.
 É importante mencionarmos também o feedback (consiste no retorno que o recep-
tor dá em relação à mensagem que recebe e pode se expressar de vários modos, até mes-
mo pelo silêncio) e o ruído (tudo aquilo que compromete a comunicação e que pode estar 
relacionado à mensagem, ao canal, ao código, além do ambiente no qual a comunicação 
ocorre), pois nos ajudarão na análise que vem a seguir. No primeiro caso, diz respeito ao 
comportamento que Luís Claudio, a quem a mensagem foi endereçada, pode ter. Concor-
dar, discordar, arguir, questionar, argumentar ou, até mesmo, nada fazer, permanecendo 
indiferente ou em silêncio, são reações possíveis. Quanto ao ruído, ele se refere a tudo aqui-
lo que interfere, prejudica ou impede que a comunicação ocorra. Podemos citar que a ba-
teria do smartphone de Luís Claudio acabou, que o texto do post estava incompreensível 
(vocabulário cifrado), que a situação narrada por Fernando não condizia com o que havia 
ocorrido etc.
Será que se uma empresa faz determinado comunicado, isso significa que comunicou? Nem 
sempre! Vai depender do canal que utilizou, bem como do código e do referente. Se estes não 
forem identificados pelos empregados, certamente a mensagem não será compreendida. 
Assim, conforme destacam Borgo, Biazon e Paschoin (2018, p. 05), “qualquer tipo ou meio de 
comunicaçãodeve transmitir claramente o significado pretendido. Enquanto não for trans-
mitida e entendida por outros, uma grande ideia não passa de algo inútil”.
FIQUE ATENTO
 É certo que esses elementos compõem os processos comunicacionais nas organi-
zações. Entretanto, há alguns aspectos que merecem ser destacados. Um deles – talvez o 
que mais desafia os modelos existentes – é o que diz respeito ao papel de quem emite e de 
quem recebe as mensagens. Houve um tempo (ele resiste em perdurar em algumas cultu-
ras organizacionais) em que a verticalidade na comunicação era a característica marcante, 
ou seja, estava muito bem estabelecido que os gestores eram os emissores por excelência, 
12
ao passo que cabia aos empregados simplesmente receber, acolher e absorver o que lhes 
era dito. Todavia, as mudanças por que passa o mundo – e o advento das Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TICs), em especial – vêm transformando a forma de se fazer 
comunicação.
 Em um novo contexto, as pessoas se sentem empoderadas, e, seja como consumido-
res, seja como cidadãos, seja como empregados, tendem a não aceitar mais esse modelo. 
Isso significa que a condição de meros ouvintes, leitores e espectadores não mais os satis-
faz; eles desejam – e de fato vêm alcançando – o papel de construtores do conhecimento, 
de criadores de conteúdo. Nesse sentido, opinam, criticam, elogiam, reagem, denunciam, 
boicotam, aplaudem, enfim, assumem um protagonismo até então imprevisto. Tal cenário 
vem obrigando as organizações a mudarem o paradigma: não basta apenas informar, é 
preciso comunicar, dialogar, escutar, interagir.
 Outro aspecto se relaciona aos canais utilizados pelas organizações. Ainda que, em 
determinadas culturas, alguns se mantenham com relativo sucesso, o fato é que as TICs 
também demandam uma nova postura, exigindo que as ferramentas oriundas delas se-
jam apropriadas. As mídias digitais – estamos nos referindo a Facebook, Instagram, What-
sApp e YouTube, para citar alguns exemplos – possuem enorme potencial de favorecer a 
comunicação com os diferentes públicos, tornando mais ágil, dinâmica e veloz a difusão 
de informações, bem como o espaço de escuta e de diálogo. Isso vale tanto no âmbito 
interno, com empregados, quanto no externo, com a imprensa, consumidores, acionistas 
e sociedade. No primeiro caso, a intranet já faz parte do dia a dia de muitas organizações, 
assim como o uso de grupos oficiais no âmbito do WhatsApp para tomadas de decisão, 
intercâmbio de conhecimento etc.
 No âmbito externo, as possibilidades são múltiplas, e alcançam desde ações de co-
municação mercadológica, com conteúdos digitais personalizados para se aproximar de 
potenciais clientes ou adeptos de determinadas causas, quanto aquelas próprias para o 
relacionamento com a imprensa, como conteúdos disponibilizados nos canais oficiais (site, 
YouTube, Facebook) de modo compatível com a dinâmica dos veículos de comunicação 
– sem falar no WhatsApp, cujo atributo da instantaneidade permite contemplar um com-
ponente essencial no cotidiano de jornalistas, editores, repórteres, colunistas e blogueiros: 
o tempo.
 Por fim, mas sem pretender encerrar o assunto, há que considerarmos também o 
código – e neste caso ele se mistura com a mensagem. É verdade que a linguagem que 
as empresas utilizam para se dirigir aos stakeholders precisa estar em sintonia com suas 
estratégias institucionais, mas não se deve perder de vista aquilo que seja do interesse de-
les. Não faz sentido um discurso arrogante, distante, que recorre a um estilo de linguagem 
que não alcança empregados, consumidores ou sociedade. Semelhantemente, os resulta-
dos podem não ser os esperados se a mensagem for baseada numa postura autoelogiosa, 
valorizando em demasia as conquistas em detrimento da transparência, da verdade e da 
autocrítica; e pior, se ela se mostrar contraditória em relação àquilo que vivencia no seu dia 
a dia.
 A teoria e a prática andam lado a lado, e nada mais contraproducente para a em-
presa do que ela ser surpreendida assumindo uma postura que se opõe ao seu discurso. 
Em um mundo no qual as pessoas estão cada vez mais atentas e a exigirem consistência 
e coerência, isso tem enorme potencial para arranhar a imagem e comprometer a reputa-
ção, haja vista o alcance incontrolável da informação, bem como a velocidade com que se 
propaga.
13
1.4 ATRIBUTOS ESSENCIAIS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
 Já sabemos a respeito da importância da comunicação na vida e nos negócios das 
empresas. Vimos como tem potencial para reforçar a imagem delas e ao longo do tempo 
construir uma reputação sólida. Identificamos que deve ser mais do que informar, mas 
dialogar, escutar e interagir com os diferentes públicos. Todavia, uma ressalva se faz ne-
cessária antes de tratarmos dos seus atributos: por si só, ela não alcança os objetivos se no 
DNA institucional as ideias difundidas e os valores, a missão e a visão constantes nos docu-
mentos não ganharem concretude no cotidiano dos negócios.
 Em muitos casos, o trabalho de comunicação desenvolvido pelas empresas vem se 
aprimorando, áreas específicas vêm se fortalecendo, agregando a dimensão estratégica e 
um olhar multiprofissional integrado. Entretanto, todo esse esforço deve estar em sintonia 
com o que elas são e refletir isso, sob risco de serem questionadas. Em outras palavras, se 
cabe à Comunicação propor uma narrativa para tornar a organização prestigiada e crível, 
essa tarefa precisa refletir a realidade para que não ocorra o que se chama de “propaganda 
enganosa”.
Conheça um pouco mais sobre comunicação organizacional, acompanhando 
as reflexões e dicas de Pimentel (2018), autora do livro “Em pauta: manual prá-
tico da comunicação organizacional”. A obra está disponível pelo seguinte link: 
https://bit.ly/3wIi8Ck. Acesso em: 20 mar. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Isso posto, podemos avançar para identificar alguns atributos fundamentais da Co-
municação Empresarial. O primeiro deles é a ética. De complexas e variadas definições, de 
modo simplista diz respeito a valores e princípios que balizam as atitudes e a conduta das 
pessoas. No âmbito das organizações, ela está, em última instância, a serviço da imagem 
institucional, considerando as atitudes que tomam ao longo de sua existência. 
 Uma comunicação ética pressupõe alguns aspectos. Um deles se refere àquilo que 
divulga e o modo como o faz. Vamos a alguns exemplos hipotéticos. Determinada empre-
sa se autointitula defensora implacável da verdade – isso está até presente em seu slogan. 
Quando se viu mergulhada em uma crise, fez questão de se dirigir aos colaboradores para 
garantir-lhes a preservação dos empregos. Distribuiu mensagens pelos canais de comu-
nicação interna, promoveu reuniões setoriais, mas dias após essas iniciativas, fechou um 
departamento e dispensou 75% dos integrantes dele – os 25% restantes foram alocados em 
outras áreas. Outra empresa, que enfatiza que os empregados são o seu maior patrimônio, 
demitiu por e-mail dez funcionários, alegando reestruturação. Na mensagem, o seguinte 
texto: “A partir desta data não precisamos mais dos seus serviços e você não pertence mais 
à empresa. Favor dirigir-se ao RH”. Por fim, outra empresa, aproveitando as mobilizações 
de combate ao racismo, preparou e lançou uma campanha defendendo que todos são 
iguais: “Cor e raça importam sim! Diga não ao racismo”. Entretanto, no seu grupo de 100 
funcionários, apenas quatro são negros – nenhum deles em cargo de supervisão ou de ge-
rência.
 Outro atributo relevante é a disposição para o diálogo. Apesar de ser um aspecto 
inerente à comunicação, muitas vezes é negligenciado. Isso se deve, provavelmente, a uma 
https://bit.ly/3wIi8Ck
14
herança do passado em que a comunicação era uma via de mão única, e não havia interes-
se numa aproximação de fabricantes de produtos com os consumidores senão para se efe-
tuarem as transações. Isso ocorria, de modo geral, por meio de peças de publicidade que 
informavam as qualidades do que estava sendo oferecido.Situação semelhante ocorria na 
relação entre as empresas e os empregados, cuja tônica era uma comunicação verticaliza-
da e com pouco ou nenhum espaço para a interação.
 Os tempos mudaram, o cenário se alterou, as pessoas se empoderaram – graças ao 
advento das Tecnologias de Informação e Comunicação –, e as organizações se viram obri-
gadas a rever sua conduta. Novos paradigmas ganharam força, levando-as a buscar um 
jeito diferente de se fazer presentes entre os stakeholders. Nesse sentido, é condição in-
dispensável a abertura ao diálogo, tanto no âmbito interno quanto no externo. Vale a pena 
observar o que diz Gonçalves (2016, p. 153):
O diálogo deve ser competência de liderança e precisa 
estar presente no dia a dia da organização. Hoje, os em-
pregados estão muito mais conectados, desconfiados e 
buscam respostas e relacionamentos com a organização 
muito mais profundos e significativos. Portanto, é papel 
da comunicação sensibilizar o gestor a promover uma 
comunicação de mão dupla, que gere uma relação de 
valor e ajude o líder a entender o que faz sentido para o 
empregado.
 No âmbito externo, essa nova postura não somente tem potencial de tornar as orga-
nizações mais próximas das pessoas como isso pode significar ganhos para os negócios, 
seja melhorando a qualidade dos produtos (por meio de relatos de experiências de uso), 
seja testando-os antes de ser lançados no mercado. Como já foi dito, o protagonismo das 
pessoas as torna cocriadoras de conteúdo, conferindo-lhes autoridade e espaço para opi-
nar, discordar, reforçar e difundir conceitos e ideias.
As Tecnologias de Informação e Comunicação, com suas ferramentas, impõem novos para-
digmas em relação ao tempo e ao espaço, eliminando barreiras, por um lado, e tornando as 
pessoas imediatistas, por outro. Que desafios este novo tempo traz às empresas, sob o ponto 
de vista da comunicação?
VAMOS PENSAR?
 Tudo isso leva à compreensão de que o diálogo – que implica a escuta – não significa 
tão somente uma possibilidade ou opção; trata-se, sim, de um pressuposto para a comuni-
cação das organizações.
 Por fim, merece destaque a comunicação integrada como um atributo essencial às 
organizações. Não há mais espaços para compartimentalizações na comunicação, em que 
se criam guetos de jornalistas, de publicitários, de relações-públicas, de designers, de pro-
fissionais de marketing etc. e em que cada um se coloca como o mais importante. 
 A complexidade e a diversidade que caracterizam a comunicação empresarial estão 
a exigir maior profissionalização dos setores que cuidam dela, tornando-se assim um tra-
balho multidisciplinar. Conforme ressalta Kunsch (2016, p. 31):
15
As ações isoladas de comunicação de marketing e de 
relações públicas são insuficientes para fazer frente aos 
novos mercados competitivos e para os relacionamen-
tos com os públicos e/ou interlocutores dos mais diver-
sos segmentos. Estes estão cada vez mais exigentes e 
cobram responsabilidade social, atitudes transparentes, 
comportamentos éticos, respeito à preservação do pla-
neta etc., e nesse contexto a comunicação passa a ser es-
tratégica e a sua gestão tem de ser vista sob uma nova 
visão de mundo e numa perspectiva interdisciplinar.
 Evidentemente haverá situações em que determinadas expertises serão mais de-
mandadas do que outras. Isso significa, por exemplo, que uma pesquisa de mercado ou de 
clima organizacional vai envolver mais diretamente os profissionais de marketing ou de in-
teligência; ou que a construção de pautas e o contato com editores, repórteres, colunistas e 
blogueiros com a finalidade de dar maior visibilidade à empresa na imprensa vão mobilizar 
os jornalistas; e assim por diante. Entretanto, na perspectiva estratégica, as ações precisam 
estar concatenadas entre si, visando alcançar os objetivos institucionais. Iniciativas isoladas 
podem significar desperdício de tempo e de recursos, além de comprometer os esforços 
de tornar coerentes e consistentes as mensagens a serem transmitidas e a comunicação 
como um todo.
 Está claro que nesse conjunto de atributos, que não se esgotam nos aqui analisa-
dos, há uma “regra de ouro” – a coerência. Aqui reforçamos o que já foi dito: o trabalho de 
comunicação empresarial vai refletir o modo de atuação da organização; portanto, a esta 
cabe entregar o que promete, utilizando a linguagem mercadológica. Certamente, nos 
apropriando da linguagem religiosa, o melhor testemunho é a prática daquilo que prega 
ou ensina.
Para aprofundar as reflexões sobre as mídias sociais no contexto da comunica-
ção organizacional, vale a pena conferir o livro “Estratégias de comunicação nas 
mídias sociais” organizado por Bueno (2015). A obra, que reúne o pensamento de 
estudiosos e especialistas que tratam o tema numa perspectiva interdisciplinar, 
está disponível na Minha Biblioteca Única e pode ser acessada pelo seguinte link: 
https://bit.ly/3vINUPG. Acesso em: 20 mar. 2021. 
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/3vINUPG
16
1. A comunicação empresarial se caracteriza por ter uma dimensão multidisciplinar, 
razão por que as organizações vêm pouco a pouco mudando determinados paradigmas 
com vistas a entender esse conceito. Por isso, ao longo dos anos vem ganhando espaço a 
comunicação integrada, cujo objetivo é favorecer os esforços feitos pela organização para 
se relacionar com os diferentes públicos.
As características a seguir estão relacionadas à comunicação integrada, EXCETO:
a) Sinergia.
b) Competição.
c) Cooperação.
d) Eliminação de guetos.
e) Fim da departamentalização.
2. Para que qualquer processo de comunicação funcione, é preciso que leve em conta 
seus elementos essenciais: emissor, receptor, mensagem, canal, código e referente. Alguns 
estudiosos incluem ainda o ruído e o feedback. Conhecer cada um deles e as respectivas 
características permite estabelecer ações comunicacionais eficientes. Assinale a alternativa 
que define corretamente o que é o referente.
a) Diz respeito aos instrumentos que fazem a mensagem sair do emissor e chegar ao 
receptor.
b) Está associado ao emissor, que é o referente da comunicação a ser transmitida.
c) É o contexto com o qual a mensagem está relacionada.
d) Consiste no conjunto de códigos utilizados pelo receptor para dar o feedback.
e) Trata-se do instrumento cujo uso favorece a ocorrência de ruídos.
3. Leia com atenção o trecho a seguir.
“Dentro dos contextos de globalização e de mudanças da modernidade – caracterizada pelos 
avanços da informática e das telecomunicações –, a comunicação empresarial assume uma 
dimensão estratégica. Não é por acaso que as mais bem-sucedidas companhias internacionais [...] 
desenvolvem a comunicação empresarial e forma integrada, permanente e sistêmica”.
MATOS, G. G. Comunicação Empresarial sem complicação. São Paulo: Manole, 2014. p. 92.
Assinale a alternativa que indica corretamente por que a comunicação é importante no 
contexto das empresas.
a) Prioriza a comunicação unilateral e vertical entre a empresa e os seus empregados.
b) Favorece a divulgação de produtos e serviços da empresa.
c) Ajuda a controlar o que os empregados dizem e puni-los quando as ideias forem 
divergentes do que pensam os gestores.
d) A influência na consolidação da imagem e da reputação não passa pela comunicação 
FIXANDO O CONTEÚDO
17
empresarial.
e) Permite identificar os melhores talentos e oferecer a eles promoções e aumento de 
salários.
4. De acordo com Kunsch (2017, p. 43), “a comunicação organizacional envolve todos os 
processos comunicativos e todos os seus elementos constitutivos. Nesse contexto, faz-se 
necessário ver a comunicação inserida nos processos simbólicos e com foco nos significados 
dos agentes envolvidos, dos relacionamentos interpessoais e grupais, valorizando as práticas 
comunicativas cotidianas e as interações nas suas mais diversas formas de manifestação e 
construção social”.
KUNSCH, M. K. Comunicação organizacional: aportes teóricos e metodológicos. In: MARQUES, A. C. S.; 
OLIVEIRA, I. L.; LIMA, F. P. (ed.).III Seminário Internacional de Comunicação Organizacional.
 Vertentes conceituais e metodológicas. Belo Horizonte: UFMG, 2017. p. 41-53.
Considerando-se o papel e a importância da comunicação empresarial, analise as 
afirmações a seguir e marque V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( ) O protagonismo dos cidadãos como criadores de conteúdo exerce pouca ou nenhuma 
influência na forma como as empresas se comunicam.
( ) A coerência é uma “regra de ouro” para as organizações, ou seja, o discurso tem que 
estar espelhado na prática cotidiana.
( ) Os públicos externos, especialmente os clientes e consumidores, devem ser priorizados 
pela comunicação, pois geram lucros para a empresa.
( ) A abertura ao diálogo caracteriza as organizações modernas e lhes dá a chance de ouvir 
o que os stakeholders têm a dizer, contribuindo nos negócios delas.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) F – V – F – V.
b) V – F – F – F.
c) F – V – V – F.
d) F – V – F – F.
e) V – F – V – V.
5. Dois atributos fundamentais se sobressaem quando se pensa em comunicação 
empresarial: ética e diálogo. A primeira tem a ver com valores e princípios que sustentam 
o comportamento e as atitudes das pessoas; no âmbito das organizações, está a serviço 
da imagem e da reputação institucionais. Já o diálogo diz respeito ao esforço em balizar o 
relacionamento com os diferentes stakeholders por meio da escuta atenta às opiniões e 
percepções deles. 
Considerando o cenário apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta 
entre elas.
I. A abertura ao diálogo consiste em um processo que acontece de fora para dentro das 
empresas a fim de estimular os empregados a dialogarem entre si.
PORQUE
18
II. O diálogo favorece a imagem das empresas quando a interlocução resulta em um clima 
interno saudável e em uma aproximação com os consumidores.
Assinale a alternativa correta.
a) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
b) As asserções I e II são proposições falsas.
c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
6. Nassar e Figueredo (2017, p. 12) usam a expressão empresas analfabetas para definir 
determinadas organizações que podem ser hostilizadas e até mesmo preteridas diante de 
uma decisão de consumo, ou seja, seus serviços e/ou produtos serem rejeitados por clientes 
e consumidores cada vez mais exigentes graças ao empoderamento que alcançaram com 
as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
NASSAR, P.; FIGUEIREDO, R. O que é Comunicação Empresarial? São Paulo: Hérida, 2017.
Sob o ponto de vista da comunicação empresarial, o termo empresas analfabetas está 
associado a
a) empresas que não entendem sobre o segmento em que estão inseridas.
b) empresas que desconsideram a importância de capacitar seus funcionários.
c) empresas que leem de forma equivocada as tendências da economia.
d) empresas que demitem funcionários analfabetos ou semialfabetizados.
e) empresas que não aprenderam a falar, ouvir e dialogar com o ambiente em que atuam.
7. Leia com atenção o trecho a seguir:
“As mídias sociais [ferramentas das TICs] têm exigido novas posturas das organizações, 
particularmente no que diz respeito ao desenvolvimento de estratégias adequadas de comunicação 
para dar conta do relacionamento com seus públicos de interesse (stakeholders), com impacto 
significativo nos negócios e nos seus principais ativos intangíveis (imagem, reputação, credibilidade, 
marcas etc.)”.
BUENO, W. Estratégias de comunicação para as mídias sociais. In: BUENO, W. (org.).
 Estratégias de comunicação nas mídias sociais. São Paulo: Manole, 2015. p. 123-144.
Considerando o cenário apresentado, analise as asserções a seguir e a relação proposta 
entre elas.
I. As TICs tornam possível que se criem caminhos para maior protagonismo dos 
consumidores.
PORQUE
II. Por meio das TICs, os consumidores se empoderam e se transformam em cocriadores 
de conteúdo.
Assinale a alternativa correta.
19
a) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
b) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
d) As asserções I e II são proposições falsas.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
8. Para que a comunicação aconteça, é preciso que haja troca e fluxo de informações 
de uma pessoa para outra e também de uma empresa para um grupo de pessoas, ou 
até mesmo de uma empresa para uma única pessoa. É fundamental que o receptor 
da informação entenda a mensagem que foi endereçada a ele. Portanto, o processo de 
comunicação implica a existência de elementos que incluem, além do emissor, do receptor 
e da mensagem já citados, canal, código, referente, ruído e feedback. Associe os elementos 
de comunicação a seguir com as respectivas descrições.
(1) Feedback
(2) Ruído
(3) Canal
(4) Código
(5) Referente
( ) Compromete a compreensão da mensagem.
( ) Signos para elaborar a mensagem.
( ) Contexto da mensagem.
( ) Recurso pelo qual a mensagem é transmitida.
( ) Retorno do emissor à mensagem recebida.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) 2 – 4 – 5 – 3 – 1.
b) 3 – 2 – 4 – 1 – 5.
c) 1 – 3 – 5 – 2 – 4.
d) 4 – 2 – 5 – 3 – 1.
e) 5 – 4 – 1 – 2 – 3.
20
COMUNICAÇÃO INTERNA UNIDADE
02
21
2.1 INTRODUÇÃO
 Você já deve ter ouvido falar – ou até mesmo dito – que os empregados são o maior 
patrimônio de uma organização, não é mesmo? Mas será que no dia a dia isso é verdade? 
Eles são realmente valorizados pelo trabalho que realizam, incentivados a se aperfeiçoarem 
cada vez mais, estimulados a expressarem opiniões e ideias e respeitados pelo modo de 
ser? São informados sobre fatos e notícias que envolvem a empresa na qual atuam? Para 
muitas organizações, tudo isso está presente no cotidiano e faz parte da identidade delas; 
para outras, constitui um desafio constante; e ainda para outras, representa um enorme 
incômodo.
 Nesta unidade, vamos nos debruçar sobre a comunicação interna, buscando identi-
ficar as suas principais características e seu funcionamento. Trataremos sobre os principais 
canais utilizados pelas empresas e abordaremos também acerca da rádio peão (ou rádio 
corredor) que povoa o universo de muitas delas e seus impactos no processo comunicacio-
nal.
 Pronto para começar? Então, mãos à obra e bons estudos!
2.2 COMUNICAÇÃO INTERNA E OS DIFERENTES PÚBLICOS
 Vamos começar nossa jornada de conhecimento sobre comunicação interna, defi-
nindo o termo. Originada do latim, cujo significado é communicare, a palavra comunica-
ção tem o sentido de partilhar, tornar algo comum. Ao pensarmos sob essa perspectiva no 
contexto das empresas, comunicação interna diz respeito ao resultado dos esforços em-
preendidos por elas para criar e estreitar o relacionamento com os empregados que fazem 
parte de seu corpo funcional.
 Ao considerá-los como o maior patrimônio – infelizmente essa percepção fica mui-
tas vezes limitada aos discursos e à teoria –, a organização busca estabelecer estratégias 
de se comunicar com eles, visando à criação de um ambiente de trabalho saudável e com 
qualidade no qual se sintam satisfeitos, confortáveis e minimamente seguros para que, 
em última instância, tenham bom desempenho e os resultados apareçam, gerando lucros. 
Nesse sentido, recorremos às palavras de Cerantola (2016, p. 212), segundo a quais “a co-
municação interna pode ser compreendida como todo o conjunto de esforços voltados a 
fluxos, redes formal e informal, canais e ferramentas de comunicação, que estabelecem as 
interações entre a organização e seus empregados”.
Acompanhe algumas reflexões sobre a importância da comunicação organiza-
cionalna obra “A comunicação como fator de humanização das organizações” 
apresentadas por diversos estudiosos do assunto. Entre diversas abordagens, 
está aquela que trata sobre comunicação interna e qualidade de vida. O livro, 
organizado por Kunsch (2019) está disponível em: https://bit.ly/3c0QZ5Q. Acesso 
em: 20 mar. 2021. 
BUSQUE POR MAIS
 https://bit.ly/3c0QZ5Q
22
 Esse mesmo autor propõe uma reflexão bastante interessante ao dizer que a co-
municação interna corresponde a uma moeda, portanto possui duas faces. De um lado, a 
dimensão de negócios tem a ver com aspectos como retenção de talentos, diminuição do 
turnover, capacidade de mudança e um clima organizacional favorável. Do outro lado, a di-
mensão humana, que “reflete-se pelo grau de trocas e interações entre pessoas, pelo forjar 
de confiança, pela tessitura do diálogo, pelo engajamento e pela construção de identidade 
e reputação corporativa” (CERANTOLA, 2016, p. 213). 
Turnover, que pode ser traduzido como “renovação”, se refere à rotatividade de empregados 
em uma organização. Dito de outro modo, é o movimento constante de ingresso e saída do 
quadro de funcionários. Pode ser provocado por várias razões, entre os quais condições de 
trabalho inadequadas, baixos salários, inadequação do empregado ao ambiente laboral ou 
mesmo a própria insatisfação dele.
GLOSSÁRIO
 Vale a pena considerar um aspecto que, por sua sutileza, acaba passando desperce-
bido. Ele diz respeito à diferença entre comunicar e interagir. Se no rigor da etimologia os 
termos estabelecem entre si uma relação de proximidade, no cotidiano das organizações 
isso pode não ser tão claro, o que denota certa contradição. Vamos ver isso de perto.
 A compreensão de muitas organizações está baseada nos esforços de informar aos 
públicos internos as diretrizes e a conduta esperada deles, os fatos que sejam estratégicos 
de se tornar conhecidos, as orientações operacionais, as notícias de resultados positivos al-
cançados por elas etc. Está claro que tudo isso certamente tem importância, mas uma ca-
racterística pode preponderar: a da unilateralidade da comunicação. Dito de outro modo, 
estamos falando da comunicação de mão única.
 Já o esforço de interagir pressupõe abertura ao diálogo e a disposição em conhecer o 
que os empregados têm a dizer, ainda que as ideias não necessariamente coincidam com 
a de colegas, da gerência e assim por diante. O espaço para a interação abre oportunida-
des de valorizar a alteridade, respeitar a diversidade e exercitar a empatia, e as empresas 
devem estar atentas a isso. O grau de pertencimento do empregado e, consequentemen-
te, de motivação e comprometimento com o trabalho que realiza passa por essa dimensão.
É fundamental que o trabalhador seja ouvido, respeitado 
e se sinta seguro e à vontade para conseguir ser trans-
parente. Mas a organização precisa estar preparada para 
saber ouvi-lo para que isso não possa ser algo que o iniba. 
Pelo contrário, o funcionário precisa se sentir acolhido, 
precisa perceber que aquilo que diz é realmente compre-
endido por quem o ouve (SOUZA, 2016, p. 66).
 Dito isso, podemos avançar em nossa reflexão a respeito dos públicos internos de 
uma empresa. O primeiro alerta, ao nos debruçarmos sobre a questão, é perceber que o 
termo público se apresenta no plural. Na perspectiva da comunicação empresarial, é um 
equívoco pensar – e agir – como se houvesse um único público interno, com características, 
estilos, modos de pensar, formação e visões de mundo iguais.
 Vamos exemplificar, nos remetendo ao contexto de uma indústria. Ali, é possível 
identificar públicos bem diferentes: aqueles que se envolvem diretamente na produção, 
23
os que pertencem à área administrativa, os que se dedicam às vendas, os que estão em 
unidades espalhadas pelo país e mesmo fora dele, os terceirizados, a alta direção, os ge-
rentes e encarregados etc. Se quisermos avançar ainda mais, é possível verificar que até os 
que atuam em setores administrativos podem compor públicos com perfis diferentes. O 
que dizer, por exemplo, das características, estilo de trabalho e dinâmica de uma equipe da 
área jurídica, notadamente mais formal, e daquelas que compõem o universo do setor de 
comunicação, tido como mais despojado e descontraído?
 Esse cenário, que pode variar conforme o porte e a natureza da organização, repre-
senta um desafio interessante na perspectiva da comunicação. Inevitavelmente, vêm no-
vamente à tona os elementos que constituem o processo de comunicação. Como o as-
sunto já foi tratado anteriormente, não vamos nos deter nele, mas é preciso lembrar que 
o código, o canal, a mensagem e o referente podem sofrer variações a depender de quem 
são os emissores e os receptores. Vamos a mais um exemplo: uma estratégia equivocada 
de uma empresa é divulgar os resultados de um trimestre para todos os empregados uti-
lizando a mesma linguagem (e o mesmo canal, como veremos adiante). Certamente os da 
área de finanças e contabilidade estarão familiarizados com terminologias como Ebitda, 
fluxo de caixa, impacto no endividamento e valorização das ações na Bolsa de Valores, pois 
tais informações fazem parte do universo deles. Por outro lado, a comunicação pode não 
surtir o efeito desejado entre os que estão linha de frente da produção se esses números 
não vierem acompanhados de uma explicação a respeito dos impactos que podem pro-
vocar para a empresa e mesmo para a vida deles; no caso das corporações que utilizam o 
modelo de gestão de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), isso fica muito claro.
 É importante ressaltar que informações estratégicas da e para a empresa e seus em-
pregados devem ser comunicadas sempre – e para todos. A natureza de tais informações 
ou o grau de complexidade delas não exime as organizações de compartilhá-las com os 
seus públicos internos. O que está em jogo é a forma como isso ocorre. O cuidado de envol-
ver a todos é determinante para criar um ambiente organizacional favorável, pois expressa 
a importância dada a cada empregado no âmbito laboral e revela o esforço de integra-
ção. A esse respeito, Acocella (2016, p. 13) comenta: “A falta de comunicação formal – aque-
la produzida institucionalmente pela empresa–, além de causar prejuízos tangíveis, pode 
promover um sentimento de desconfiança e insegurança nos empregados [...], gerar uma 
sensação de desprestígio [...], causando a falta de engajamento”.
Cada organização possui os respectivos públicos internos, e isso varia conforme o segmento 
e o porte dela, bem como o modelo de negócios. Em algumas, predominam os jovens, tidos 
como mais ousados e inovadores; em outras, pessoas com perfil mais sênior. Há situações 
que se caracterizam por profissionais de diferentes nacionalidades e culturas, e outras em 
que o foco são trabalhadores locais; e assim por diante.
FIQUE ATENTO
 Apesar de haver compreensões distintas a respeito do que caracterizam os públicos 
internos, nós os definimos como o conjunto de pessoas que vivem o dia a dia das organi-
zações e as transformam por meio de seu trabalho ou produção. Nesse sentido, é possível 
identificá-los nos seguintes termos (Quadro 1), lembrando que há ainda públicos dentro de 
cada uma dessas “categorias”:
24
Público Descrição
Alta direção Presidentes, diretores-gerais, superintendentes-gerais
Gerência Gerentes e supervisores de áreas estratégicas conforme o modelo da orga-
nização (gerente financeiro, gerente jurídico, gerente de gestão de pessoas, 
supervisor de logística, supervisor de vendas etc.)
E m p r e g a -
dos
Atuam em setores administrativos, na produção (“chão de fábrica”), em ven-
das etc.
Sócios Têm parte na sociedade por meio de contrato e se dedicam a aplicar algum 
tipo de capital ao negócio
Acionistas Possuem ações da empresa 
Terceiros Profissionais de diversas áreas que prestam serviços à empresa, mesmo não 
sendo formalmente empregados dela
Quadro 1: Públicos internos de uma organização
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021).
2.3 RÁDIO PEÃO (OU RÁDIOCORREDOR) E SEU IMPACTO NA 
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
 A comunicação empresarial opera por meio de redes formais e informais. No primei-
ro caso, nos referimos ao conjunto de ferramentas e canais estabelecidos por iniciativa da 
organização com vistas a alcançar os objetivos propostos. Por meio deles, acontece o que 
se chama de “comunicação oficial”, que contém informações, orientações e diretrizes da 
alta direção voltadas a todo o corpo de empregados.
 Já as redes informais dizem respeito a uma forma de comunicação que, na maior 
parte dos casos, não possui caráter de oficialidade – portanto, não parte da liderança da 
organização –, mas tem como marca certa espontaneidade. Silva et al. (2018, p. 104) tomam 
emprestado de Robbins, Judge e Sobral (2010) a expressão rede de rumores para caracteri-
zá-las e indicar três pontos essenciais delas: “[...] não é controlada pela direção da empresa; 
é entendida pela maioria dos funcionários como mais confiável e fidedigna do que os co-
municados formais vindos da cúpula da organização; e é amplamente utilizada para servir 
aos interesses pessoais dos que a integram”.
 Sem medo de errar, a rede de rumores também pode ser chamada de rádio peão 
(ou rádio corredor). E os rumores (que podemos nominar também como informações ou 
boatos), como surgem? Esses autores sugerem que se trata de uma “reação a situações 
importantes para as pessoas, quando há ambiguidade e sob condições que despertam 
ansiedade. [...] o rumor se mantém enquanto os desejos e as expectativas que geram a in-
certeza não forem atendidos ou enquanto a ansiedade não for reduzida” (SILVA et al., 2018, 
p. 104).
 A rádio peão teve origem no Brasil na década de 1970, durante o fortalecimento das 
movimentações sindicais. À época, em plena ditadura militar, era muito difícil a entrada, 
nas fábricas, de boletins ou outros canais impressos dos sindicatos, razão por que a comu-
nicação oral (boca a boca) foi uma alternativa encontrada para que temas fossem inseridos 
na dinâmica social e de trabalho de operários.
 De lá para cá, o conceito ganhou outras características, ainda que carregue em sua 
essência a dimensão da comunicação (ou da falta dela). É possível dizer que a rádio peão 
encontra terreno fértil diante de determinadas situações, entre elas:
25
• Sonegação de informações por parte das empresas;
• Divulgação de notícias incompletas ou incorretas;
• Processo verticalizado da comunicação;
• Linguagem inadequada e às vezes inacessível aos empregados;
• Falta de investimento em ferramentas de comunicação;
• Falta de transparência da empresa;
• Ausência de diálogo entre a empresa e os empregados;
• Alijamento dos empregados no cotidiano organizacional.
 Conforme comenta Bueno (2009, p. 109), um processo de comunicação organizacio-
nal que fracassa abre caminho para o sucesso da rádio peão:
Uma organização que tem uma política de comunicação 
que prima pela agilidade, pela proatividade, pelo profis-
sionalismo, pela ética, pela transparência em geral cria 
embaraços terríveis para o pleno funcionamento da Rá-
dio Peão. Se as informações circulam rápida e democra-
ticamente, [...] a Rádio Peão não encontra com facilidade 
ouvintes interessados. Se os funcionários são bem aten-
didos pela comunicação oficial, [...] não precisam sinto-
nizar outros veículos, não precisam de outros apresenta-
dores de rádio para comunicar as boas e as más notícias.
 É difícil encontrar uma empresa em que a presença da rádio peão não se faça sentir, 
pois a comunicação é um processo inerente aos seres humanos, seja a intenção que for; o 
que é válido salientar é que o índice de audiência dela pode ser menor à medida que a alta 
direção identifique os gargalos e os ruídos que geram os rumores. Portanto, a rádio peão 
pode ser uma excelente oportunidade de melhoria na gestão e nos processos. Vamos ex-
plicar isso melhor.
 Existe uma estratégia utilizada por diversas organizações chamada auditoria de ima-
gem. Ela diz respeito aos esforços feitos no sentido de perceberem como são vistas pelos 
diferentes públicos de interesse (stakeholders). No campo mercadológico, por exemplo, 
questionários podem ser aplicados para identificar como determinado produto foi rece-
bido pelos consumidores; na dimensão institucional (com reflexos também na mercado-
lógica), pesquisa pode ser feita para identificar a reação da opinião pública em relação a 
um posicionamento diante de determinado assunto – combate ao racismo, respeito à al-
teridade, luta contra a corrupção etc. Certamente, os resultados encontrados servirão para 
tomadas de decisão por parte das empresas, seja ajustando as ações, seja fortalecendo o 
discurso.
 Essas auditorias de imagem também podem ser aplicadas no âmbito interno. Em 
algumas experiências, são chamadas de pesquisa de clima organizacional e servem para 
medir o humor de empregados em relação a temas que lhes interessam diretamente ou 
a outros que dizem respeito à organização de modo geral. Em outras palavras, é possível 
perceber como ela é vista e a imagem institucional que passa.
 O que é possível identificar em auditorias de imagem interna? Vamos elencar algu-
mas possibilidades:
• Como é o relacionamento entre as chefias e os empregados?
• Como é o ambiente de trabalho no que se refere às condições de segurança (por exem-
26
Será que a rádio peão (ou rádio corredor), objeto de permanente preocupação das organi-
zações, não é útil na medida em que traz à tona insatisfações ou dilemas que precisam ser 
olhadas com atenção, mas que muitas vezes passam despercebidas?
VAMOS PENSAR?
plo, oferta de equipamentos de proteção individual – EPIs) e de trabalho (salas arejadas, 
equipamentos ergonomicamente adequados etc.)?
• Qual é o grau de transparência em relação os resultados econômico-financeiros alcan-
çados?
• Qual é o nível de informações às quais os empregados têm acesso?
• Como se dá o relacionamento da empresa com o(s) sindicato(s) e associação(ões) de 
classe que representam os empregados?
• Existe um tratamento igualitário a todos os empregados? 
• Como a empresa se comunica com os empregados?
• A empresa investe na capacitação e aperfeiçoamento profissional?
• É clara a política salarial (e de carreira, se houver) praticada pela empresa?
A informação retirada de uma auditoria permite identi-
ficar problemas como a falta de informação, o poder dos 
rumores, a falta de pontualidade na transmissão de infor-
mações, comunicação ascendente pobre, canais de co-
municação defeituosos, a falta de visão dos gestores de 
topo e reuniões improdutivas (CUNHA, 2018, p. 48).
 Fica claro que as respostas decorrentes desses e de outros aspectos podem indicar 
o estado de saúde da organização no que diz respeito à sua imagem sob a ótica dos em-
pregados. As lacunas ou falhas ali expostas têm enorme potencial para provocar rumores 
que vão ganhar importância na rádio peão. Diante de uma reflexão cuidadosa e honesta 
por parte das organizações, pode-se definir estratégias e ações com vistas a aperfeiçoar os 
processos, as operações e o tipo de relacionamento com os empregados, estabelecendo 
as melhores condições possíveis para que a rádio peão não traga prejuízos nem ameace o 
clima organizacional.
 Vale ressaltar que, a depender da situação, os rumores podem ultrapassar os muros 
da empresa, ocasionando prejuízos à imagem dela perante a sociedade, a opinião pública, 
a consumidores, a apoiadores, a acionistas e outros stakeholders. Em tempos de redes so-
ciais digitais, cujo conteúdo foge ao controle e cuja velocidade é enorme, não é difícil ima-
ginar que “pisar em falso” em relação a temas sensíveis à dinâmica interna pode provocar 
tombos e quedas doloridas e significar danos severos à marca, na medida em que lacunas 
e inconsistências observadas com constância pelos empregados e não merecedoras de 
cuidado e atenção ganhem publicidade.
 Portanto, a rádio peão pode se tornar uma aliada das empresas, pois indica situações 
que vão merecer um olhar atento delas. As “notícias” ali difundidaspodem sugerir que 
no ambiente interno há insegurança, incomunicação, falta de transparência, ausência de 
diálogo, processos escusos etc. O modo como as organizações agirão vai determinar a ca-
pacidade de ressonância dessa forma de comunicação.
27
2.4 FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO INTERNA
 Uma vez que tratamos de públicos internos, é necessário refletir a respeito das ferra-
mentas utilizadas pelas empresas – e também apropriadas pelos empregados – para que a 
comunicação se estabeleça. É sobre isso que vamos tratar nesta parte final da Unidade 2.
 Um primeiro aspecto a ser destacado é que é essencial que haja uma sintonia fina 
entre os objetivos institucionais e o modo pelo qual eles serão difundidos entre os públicos. 
Isso passa por uma linguagem certeira, um canal adequado e uma mensagem relevante. 
Esses ingredientes têm potencial para assegurar êxito em tal esforço; por outro lado, quan-
do são negligenciados, abre-se caminho para ruídos, o não diálogo e a não comunicação.
 Para se alcançar essa sintonia, a segmentação dos canais é essencial e leva a desta-
car dois cuidados importantes: culturas organizacionais diferentes sugerem ferramentas 
de comunicação diferentes; e públicos diferentes implicam ferramentas de comunicação 
específicas. Vamos conhecê-los brevemente a seguir.
 2.4.1. Para culturas organizacionais diferentes, são desejá-
veis ferramentas diferentes
 Ferramentas de comunicação precisam levar em conta a cultura da organização, a 
qual se constitui em crenças e hábitos evidenciados em valores, atitudes, normas e expec-
tativas e que envolvem os membros dela. Dito de outro modo, uma empresa que estabele-
ce relações mais formais com os empregados vai preferir modos de comunicação distintos 
dos usados por outra cuja cultura se caracterize por ser mais informal. Assim, uma empre-
sa com perfil mais tradicional provavelmente entenderá como adequados eventos do tipo 
“Café com o presidente”; por sua vez, um festival de rock durante o expediente poderá ser 
bem-vindo naquela cuja “cara” (leia-se cultura) seja mais descolada. Aqui, uma ressalva é 
necessária: não existem ferramentas melhores nem piores do que outras, pois o que está 
em jogo é a cultura da organização que as emprega e é isso o que vai determinar como a 
organização se utiliza dela. 
 2.4.2. Para públicos diferentes, são desejáveis ferramentas 
diferentes
 Mesmo que uma empresa desenvolva seus negócios com base na visão, missão e va-
lores e que isso deva ser compartilhado por todos quantos fazem parte dela, é preciso que 
tenhamos em mente que se trata de um conjunto de pessoas com características, perfis, 
modos de pensar, faixa etária, gênero e formação peculiares. Imagine uma grande mon-
tadora de veículos: ali trabalham mecânicos, engenheiros, montadores, profissionais de 
design, vendedores, advogados, gestores de pessoas etc. Serão que todos são iguais, têm 
os mesmos interesses e pensam o mundo de modo semelhante? Certamente não. Têm a 
mesma idade e formação escolar? Também não.
 Nesse sentido, a comunicação precisa se apropriar de ferramentas que atendam ao 
máximo possível a essa variedade de pessoas. Pouca chance existe para uma segmenta-
ção radical do tipo one-to-one, ou seja, uma comunicação individualizada, mas é inegável 
que é preciso definir estratégias que deem conta dessa diversidade e que as ferramentas 
de comunicação levem em consideração esse cenário. A esse propósito, Bueno (2011, on-
line) critica a prática de organizações que apostam em um jornal interno do tipo bombril, 
fazendo referência ao slogan “mil e uma utilidades”, para se comunicar com os emprega-
dos:
28
Se você deseja conhecer mais sobre os meios e ferramentas de comunicação in-
terna, uma boa sugestão é a obra “Comunicação Interna”, de Aguiar et. al (2019) 
disponível por meio do seguinte link: https://bit.ly/3uC9N1K. 
Acesso em: 20 mar. 2021. 
BUSQUE POR MAIS
Quase sempre, embora existam inúmeros públicos inter-
nos, os veículos e os canais de relacionamento continu-
am se reduzindo a um só, que é encaminhado para todo 
mundo. [...] há, nesse caso, uma chance enorme deste ve-
ículo não satisfazer a nenhum dos públicos, já que não foi 
concebido com “a cara” de nenhum deles em particular, 
mas como se fosse uma média de todos.
 Outro aspecto que merece atenção diz respeito à intencionalidade da comunicação 
interna. O que motiva as empresas a investirem nessa estratégia? Podemos listar as princi-
pais razões:
• Divulgar os valores, a missão e a visão;
• Integrar os empregados aos objetivos institucionais;
• Estabelecer e estreitar o relacionamento com e entre os empregados;
• Informar acerca de fatos e eventos realizados;
• Promover/favorecer o diálogo com e entre os empregados;
• Alinhar e unificar o discurso entre todos os integrantes.
 Em todos esses objetivos devem estar presentes alguns elementos. O primeiro de-
les é a constância com que essa comunicação ocorre. Dito de outro modo, significa que o 
esforço nessa dimensão comunicativa deve ser permanente. Há empresas que aderem a 
esse cuidado, suprindo com muita frequência os empregados com informações e man-
tendo o diálogo constantemente aberto. Por outro lado, outras ignoram essa preocupação, 
recorrendo à comunicação de forma puramente instrumental e até oportunista. Nessa si-
tuação, incluem-se, por um lado, as posturas de total silêncio e nenhum diálogo com o 
corpo de empregados em um contexto de crise – tanto interna quando do mercado – e, por 
outro, a enxurrada de informações, comunicados e campanhas voltados para aumentar a 
produção ou melhorar os resultados, mesmo que às custas de enormes sacrifícios dos tra-
balhadores. Ou seja, de acordo com essa perspectiva, em algumas situações o processo de 
comunicação é essencial, e em outros, pode ser negligenciado.
 O outro elemento tem a ver com a real disposição da empresa ao diálogo. Confor-
me já abordado anteriormente, não há mais espaço para uma comunicação unilateral ou 
vertical. Quando abraça a ideia de manter os empregados integrados, informados e com-
prometidos, a empresa precisa compreender que essa postura impõe a necessidade de 
estabelecer e manter canais que permitam a expressão de opiniões, a livre manifestação 
do pensamento, a exposição de ideias etc. Se isso pode eventualmente evidenciar conflitos 
ou vozes dissonantes – nesses casos, a empresa precisa ter sabedoria para administrar tais 
situações –, há certamente uma enorme riqueza em conviver com a diversidade que, além 
de favorecer o clima organizacional, abre espaço para a inovação.
https://bit.ly/3uC9N1K. 
29
Considerando esse conjunto de apontamentos, finalizamos a Unidade 2, apresentando no 
Quadro 2 os principais canais de comunicação a serem utilizados pelas empresas. 
Canal Descrição
Caixa de sugestões
Ferramenta voltada para identificar ideias, sugestões e críticas dos 
empregados quanto ao cotidiano da organização; implica o esforço 
para dar a devolutiva para que o canal não perca credibilidade
E-mail
Possui como principal característica a agilidade na informação sobre 
fatos mais urgentes, na convocação e agendamento de reuniões e 
em comunicados mais rápidos. Destaca-se entre os setores adminis-
trativos 
Intranet
Torna disponíveis informações e treinamentos e compartilha fatos re-
levantes e de interesse da organização e dos empregados. Fácil aces-
so e alcance de todos são os atributos mais significativos. A lingua-
gem pode ser específica conforme as áreas da organização
Jornal
Trata de assuntos da empresa que sejam do interesse dos públicos 
que os leem; a segmentação é bem-vinda. Pode apresentar versões 
diferentes – a digital vem ganhando relevância
Mural
Usado para lembretes e convites específicos aos empregados. Em 
algumas empresas, se divide em notícias de caráter institucional e 
em espaços para divulgar materiais de interesse dos membros delas 
(classificados, por exemplo)
Rádio Alcance a diversos ambientes da empresa, com linguagem específi-
ca; plataformas digitais permitem a utilizaçãode versão digital
Rede social digital 
corporativa
Propicia o engajamento de empregados; pode também envolver to-
das as pessoas da organização
Aplicativos de 
mensagem instan-
tânea (WhatsApp, 
Telegram e outros)
Com a criação de grupos dos quais fazem parte pessoas de determi-
nado setor/departamento, tornam-se possíveis ganhos em rapidez, 
agilidade e objetividade nas discussões e tomadas de decisão
Revista
Implica investimentos para assegurar boa qualidade gráfica, o que 
torna a segmentação um desafio significativo. Requer que a pauta 
abranja, o máximo possível, assuntos que se aproximem do interesse 
dos públicos. Versões digitais representam menores custos e maior 
alcance
TV
Utilizada tanto em espaços comuns de convivência (como refeitórios, 
salas de “descompressão”, centros de convivência) quanto em plata-
formas digitais; uso de linguagem clara, objetiva e direta é requisito 
essencial. Requer maiores investimentos
Videoconferência
Útil em situações de empresas que possuem escritórios ou unidades 
em diversos locais; favorece a atualização e o alinhamento dos em-
pregados, além de divulgar decisões institucionais. Promove reuni-
ões e debates sobre algum tema específico (apresentação de proje-
tos, análise de relatórios etc.)
Quadro 2: Principais canais de comunicação utilizados por empresas
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021).
 Vale reforçar que a cultura organizacional, o porte, o segmento e outras variáveis 
também vão determinar quais são os meios de comunicação mais adequados.
30
1. Duas características são marcantes quando se trata da comunicação interna nas 
empresas e devem estar inseridas entre os cuidados relativos ao relacionamento com os 
empregados. Estamos nos referindo a “comunicação” e “interação”. 
Considerando o que foi estudado nesta unidade, analise as asserções a seguir e a relação 
proposta entre elas.
I. No contexto da comunicação interna, inexiste diferença entre os conceitos de comunicar 
e interagir.
PORQUE
II. O conceito de comunicar se sustenta em uma via de mão única, e o de interagir está 
associado à abertura ao diálogo.
Assinale a alternativa correta.
a) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
b) As asserções I e II são proposições falsas.
c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta 
da I.
2. Cada vez mais as empresas vão se dando conta da importância de um relacionamento 
“de dentro para fora”, ou seja, valorizar a relevância de se aproximar dos empregados, 
abrindo espaços para dialogar com eles. A compreensão inclui o fato de que essas pessoas 
têm enorme potencial para divulgar a organização em que trabalham.
A respeito da intencionalidade da comunicação interna, analise os itens a seguir e marque 
V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( )Transmitir aos consumidores e clientes os valores que estão presentes nos serviços e 
produtos da empresa.
( )Promover o diálogo entre empregados e clientes, visando ao aumento de vendas e ao 
lucro.
( )Favorecer o alinhamento dos discursos entre todos os membros da empresa.
( ) Manter empregados informados sobre fatos e acontecimentos da empresa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V – F – F – V.
b) F – V – V – V.
c) V – V – F – V.
d) F – F – F – V.
e) F – F – V – V.
FIXANDO O CONTEÚDO
31
3. Leia com atenção o trecho a seguir:
“Atualmente, um dos grandes desafios das empresas é estabelecer a comunicação com (e entre) 
empregados. As buscas contínuas por estratégias competitivas no cenário global já não são mais 
suficientes para manter uma empresa perene e com saúde financeira diante da concorrência. 
Acima disso, é essencial olhar para dentro da organização, as relações de trabalho, concentrando 
esforços e investimentos no desenvolvimento e valorização do capital humano – os empregados, 
que são as engrenagens vitais para o bom ou mal funcionamento da empresa”.
MAXIMO, C. A comunicação interna eficiente e de caráter apreciativo nas organizações. In: MANSI, V.; 
CARRAMENHA, B. (org.). Comunicação com líderes e empregados. 
São Paulo: Casper Líbero, 2016. v. 1. p. 27-34.
Considerando-se o trecho apresentado e o que foi estudado nesta unidade, são 
características da comunicação interna, EXCETO:
a) A existência das dimensões de negócios e humana.
b) A unilateralidade da comunicação.
c) Uso de canais para favorecer a integração entre empresa e empregado.
d) Potencial para retenção de talentos.
e) Possibilidade de diminuir turnover.
4. Uma estratégia organizacional se volta para identificar como a empresa é vista pelos 
diversos stakeholders. Ela pode verificar como determinada postura foi recebida pela 
sociedade. Também é utilizada para investigar o que está sendo dito a seu respeito por 
meio das notícias divulgadas pela imprensa. Os resultados encontrados têm potencial 
para auxiliar nas tomadas de decisão, seja ajustando as ações, seja fortalecendo o discurso. 
Estamos falando de
a) Reuniões de feedback.
b) Caixa de sugestões.
c) Rádio peão.
d) Benchmarking.
e) Auditoria de imagem.
5. Cada vez mais cresce a compreensão das empresas sobre a necessidade de segmentar 
as ferramentas de comunicação. Ainda assim, para algumas isso permanece como um 
desafio, pois o que se vê é o trabalho concentrado em um único canal, o qual é destinado 
a todos os empregados, apesar da diversidade e da multiplicidade de públicos.
Considerando-se a segmentação dos canais de comunicação interna, analise as afirmações 
a seguir e marque V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( ) As ferramentas digitais de comunicação são sempre melhores do que as ferramentas 
impressas.
( ) A comunicação one-to-one está cada vez mais presente nas empresas modernas.
( ) Um único canal de comunicação é o ideal para uma empresa de porte médio, pois dá 
conta da tarefa e reduz custos.
32
( ) “Café com o presidente” é um tipo de evento que combina mais com empresas de perfil 
mais tradicional.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) F – V – F – V.
b) V – F – V – F.
c)F – F – F – V.
d) F – F – V – V.
e) V – F – F – V.
6. Estratégias, intencionalidade e recursos, entre outros, são fatores que ajudam a definir os 
canais de comunicação a serem utilizados pelas empresas. Sejam quais forem as escolhas, 
o que deve sempre conduzir as decisões é o esforço por estreitar o relacionamento com 
os empregados, divulgando informações oficiais dela e ao mesmo tempo abrindo espaço 
para o diálogo e a interação.
Com base nesse contexto, relacione os canais de comunicação interna a seguir com as 
respectivas descrições.
(1) TV
(2) Aplicativo de mensagem instantânea
(3) Jornal
(4) Caixa de sugestões
(5) Videoconferência
( ) Permite que empregados apresentem ideias, comentários e críticas.
( ) Pode apresentar versões impressas e eletrônicas.
( ) Favorece a agilidade e a rapidez na troca de informações.
( ) Serve para reuniões, encurta distâncias e otimiza o tempo.
Presente em espaços de convivência, requer mais investimentos em equipamentos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) 4 – 3 – 2 – 5 – 1.
b) 1 – 5 – 4 – 3 – 2.
c) 1 – 4 – 3 – 5 – 2.
d) 4 – 3 – 2 – 1 – 5.
e) 3 – 4 – 5 – 2 – 3.
7. Leia com atenção o trecho a seguir:
“Por mais simples que pareça, todo canal que permita a criação de um espaço ou perfil para divulgar 
informações oficiais da empresa serve como ferramenta de comunicação interna”.
COMUNICAÇÃO interna: o que é, objetivos e estratégias de sucesso. FIA, 27 out. 2020. 
Disponível em: <https://fia.com.br/blog/comunicacao-interna/>. Acesso em: 8 abr. 2021.
33
Está clara a importância das ferramentas de comunicação, e conforme estudado nesta 
unidade, são várias as utilizadas pelas empresas. Considerando-se essas informações, 
analise as afirmações a seguir:

Outros materiais