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Resumo de Paula Galletti FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO DO MACHO · Anatomia e fisiologia O sistema genital masculino é composto pelo pênis, bolsa escrotal, testículos, túbulos retos, túbulos eferentes, epidídimo, vasos deferentes, glândulas acessórias (ampola, próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais). · Testículo e bolsa escrotal É uma gônada dupla, que possui nervos e forma de ovoide, de localização extra-abdominal, no interior de uma bolsa cutânea. · Função: Exócrina> produção de espermatozoides (células germinais). Endócrina> produção de testosterona (dão características ao indivíduo do sexo masculino). Essas duas funções ocorrem nos túbulos seminíferos. - O tamanho varia conforme a idade e raça - A remoção dos testículos implica no aumento da gônada remanescente (aumento de até 80% do peso) - 80% do volume testicular é formado por túbulos seminíferos. As células Leydig, que se situam entre os túbulos seminíferos, secretam hormônios masculinos (testosterona e outros hormônios como progesterona, estrógeno e colesterol) nas veias testiculares e nos vasos linfáticos. As células espermatogênicas dos túbulos dividem-se e diferenciam-se para formar os espermatozoides. Pouco antes da puberdade, as células de sustentação (sertoli) do túbulo formam uma barreira (barreira hematotesticular) que isola as células germinativas em diferenciação da circulação geral. · Vantagens da castração Modificar o comportamento agressivo do macho e eliminar qualidades indesejáveis da carcaça. · Migração testicular Os testículos migram da cavidade abdominal para a bolsa escrotal devido a secreção de testosterona. Cães e cavalos são os campeões em criptorquidismo, sendo esse hereditário. Testículos na cavidade abdominal ou inguinal devem ser retirados, pois podem evoluir para tumores. As hérnias escrotais são comuns em suínos, onde alguma víscera abdominal penetra no escroto durante a descida testicular. Descida testicular na gestação: - Equinos > 9 a 11 meses - Suínos > 60 a 90 dias - Ovinos e caprinos > 80 a 90 dias · Migração interrompida Acontece quando as necessidades térmicas dos testículos e epidídimo não são supridas, porém a função endócrina não é prejudicada. - Ectopia testicular ou Criptorquida: descida parcial ou ausência da descida do testículo para a bolsa escrotal, antes do nascimento. - Machos criptorquídicos bilaterais mostram desejo sexual discreto, mas são estéreis. · Maturidade sexual - Touro > 150 semanas (3 anos) - Carneiro > 24 semanas (a partir dos 6 meses) - Varrão > 30 semanas (7 meses) - Garanhão > 90 a 150 semanas (2 a 3 anos) O animal chega na puberdade quando começa a produzir hormônios. · Parênquima testicular Consiste de túbulos seminíferos e tecido intersticial, que contém vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. Os túbulos seminíferos são compostos por células espermatogênicas, junto com células de suporte (sertoli), e é cercado por uma cápsula denominada túnica. · Termorregulação dos testículos - Estruturas envolvidas: músculo dartus, músculo cremáster, plexo pampiniforme, glândulas sudoríparas Acontece através do mecanismo do plexo pampiniforme do cordão espermático. Ocorre troca de calor por contra-corrente entre o sangue venoso resfriado que sobe, e o arterial na temperatura corporal que desce. Os testículos devem ser mantidos em uma temperatura mais baixa que o corpo (4 a 7 graus). A pele escrotal é dotada de glândulas sudoríparas adrenérgicas. A ação dos m. cremaster externos que aproximam (quando contraem nas baixas temperaturas) ou afastam (quando relaxam nas altas) os testículos da parede abdominal. A túnica dartus promove o enrugamento e espessamento da bolsa. · Desenvolvimento pós-natal - Cada componente do trato reprodutivo cresce em tamanho relativo ao volume corpóreo total, e passa por diferenciação histológica. - O tamanho testicular varia durante o ano nos reprodutores estacionais (carneiro, garanhão, camelo) · Túnica vaginal Parte do revestimento peritoneal que desceu junto com o testículo durante sua migração para a bolsa escrotal. · Albugínea Tecido conjuntivo espesso e resistente que envolve a massa testicular e envia septos para o seu interior, dividindo testículo em compartimentos. Anotações da aula - Estroma testicular: espaço entre os túbulos seminíferos - Tecido conectivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, essenciais para o movimento dos hormônios e nutrientes (para dentro e para fora dos testículos) - Possui células de Leydig (produtora de testosterona) e células livres (fibroblastos, macrófagos, linfócitos e mastócitos). · Túbulos seminíferos Apresenta-se na forma de um pequeno tubo, com luz interna (luz dos túbulos) contendo espermatozoides. · Função Produção espermática, que aumenta de acordo com a idade no período pós-puberdade. - Formado por uma lâmina basal, abaixo das células de sertoli e células da linhagem germinativa (espermatogônias, espermatócitos I e II, espermátides e espermatozoides). - As células de leydig estão situadas fora do túbulo seminífero, no espaço intersticial. - Representa 80% do volume testicular. · Células de sertoli As células de sertoli (células de suporte) são elementos essenciais para a realização das funções testiculares. Possuem formato piramidal e envolvem as células da linhagem espermatogênica (barreira hematotesticular). · Estrutura A barreira hematotesticular é formada por junções gap (junção de oclusão ou junção de aderência) que possibilita a troca iônica e química entre as células. Ela divide o túbulo seminífero no compartimento basal (região externa do túbulo, em contato com o sangue e a linfa) e no compartimento adlumial (região interna do túbulo, isolada do sangue e da linfa). · Função - Nutrição e suporte dos espermatozóides em seu último estágio de desenvolvimento - Proteção dos espermatozoides contra ataques imunológicos - Secretar fluido na direção dos ductos genitais, usado para transporte de espermatozoides - Concentrar testosterona nos túbulos seminíferos (secretam uma proteína ligante de andrógeno) - Secretar inibina, que supre a síntese e a liberação de FSH pela hipófise. - Podem converter testosterona em estradiol - Produção do hormônio antimulleriano (glicoproteína que age durante o desenvolvimento embrionário) Epitélio germinativo do testículo 1. Lâmina basal, 2. Espermatogônias, 3. Espermatócito primário, 4. Espermatócito secundário, 5. Espermatídeo, 6. Espermatídeo maturo, 7. Células de sertoli, 8. Junção da oclusão (barreira hematotesticular). Anotações da aula - Células de sertoli possuem receptores do hormônio FSH. - Tanto as células de sertoli quanto as germinativas estão localizadas dentro do túbulo seminífero. - Células de leydig produzem testosterona, são estimuladas pelo LH. - As células de sertoli mandam substâncias para as células germinativas por comunicação parácrina, não possuem células sanguíneas. · Vias espermáticas: epidídimo, vasos deferentes e uretra Condutos que permitem a excreção do sêmen. - Túbulos retos: intratesticular, comunicam os túbulos seminíferos com a rete testis (fazem o transporte dos espermatozoides dos túbulos seminíferos para os ductos eferentes) - Uretra (porção pélvica peniana): cercada por tecido vascular cavernoso Epidídimo Duto longo e espiralado, formado no interior da bolsa escrotal, que transporta as células espermáticas em direção ao duto deferente, estes que se fundem ao epidídimo. · Função É o local onde ocorre o transporte, maturação e armazenamento dos espermatozóides. · Estrutura A parede do duto do epidídimo possui camadas de fibras musculares, circulares e um epitélio pseudo-estratificado de células colunares. É dividido em 3 partes: cabeça, corpo e cauda. Na cabeça (localizados 36% dos espermatozoides) e corpo (localizados 18% dos espermatozoides) ocorrem o transporte e maturação dos espermatozóides. A cauda tem função de reservar os mesmos. Ela armazena 45% a 70% dos espermatozoides produzidos diariamente, e ali permanecem até seremejaculados. A passagem do espermatozoide através do epidídimo, esta que acontece através das contrações do duto, dura cerca de 10 dias no bovino. Os que não forem ejaculados, serão absorvidos e excretados pela urina. Anotações da aula - No Potro, a união entre o epidídimo e o testículo é bastante frouxa. - Os espermatozóides armazenados no epidídimo retém a capacidade fertilizante por várias semanas - Ocorre reabsorção dos espermatozóides anormais · Glândulas acessórias: ampola, próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais As glândulas acessórias são responsáveis pelo volume de sêmen e por dar um ambiente bioquímico apropriado para a sobrevivência dos espermatozóides. · Função Fornecer o veículo líquido para o transporte e nutrição dos espermatozóides. Vesículas seminais São duas bolsas que secretam um líquido viscoso , composto por frutose, prostaglandina e outras proteínas, que fornecem nutrição para os espermatozóides. Localizam-se nos ductos deferentes. · Função Emitir plasma seminal, onde contém 99% do sêmen, para dentro da uretra na ejaculação. Próstata É uma glândula exócrina, que produzem fluído que faz parte do sêmen, a substância que é emitida durante a ejaculação como parte da resposta sexual do macho. · Função - Produzir o fluído (líquido alcalino) que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-os mais líquidos. - Essa alcalinidade também ajuda a neutralizar a acidez (ph) da vulva, prolongando o tempo de vida dos espermatozoides - Aumentar o volume de sêmen Glândulas bulbouretrais Presente em todos os machos, exceto no cão, são estruturas pares encontradas na extremidade da pelve. · Função - Contribuir para a formação da substância gelatinosa do sêmen (forma um tampão na vagina das fêmeas cobertas). - Secretam muco que lubrifica extremidade do pênis e o revestimento da uretra (diminuindo a quantidade dos espermatozoides danificados durante a ejaculação). Glândulas reprodutivas acessórias. Comparação entre as espécies domésticas comuns (vistas dorsais). A. Garanhão B. Touro C. Varrão · Pênis É um órgão copulador, formado por raízes, corpo e glande. O corpo é formado pela túnica albugínea, corpos cavernosos, vasos e uretra. · Função - Expulsão da urina e a deposição do sêmen no aparelho genital da fêmea. Em ruminantes e suínos se encontra flexura segmóide, o ‘’S’’ peniano, que se distende para relaxação dos m. retratores do pênis durante a ereção, e volta com a contração desses músculos. A glande é diferente em cada espécie, é rica em terminações sensitivas. 1. glande; 2. processo uretral; 3. prepúcio; 4. bulbo peniano; 5. Espículas Prepúcio É uma dobra de pele que sobre a extremidade livre do pênis em estado de repouso. Consiste em uma lâmina externa e outra interna, as quais são contínuas no óstio prepucial. No equino, possui uma característica que apresenta uma prega adicional, permitindo o alongamento considerável do pênis durante a ereção. Ele pode ser retraído e projetado por meio de músculos estriados. Os músculos prepuciais são encontrados apenas nos ruminantes. No touro e no cachaço. Óstio prepucial = abertura em que ocorre a exteriorização do pênis Glande = ponta do pênis onde está a entrada da uretra. Ereção Ela acontece por meio da contração dos músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso, que comprimem a veia dorsal do pênis contra o arco isquiático, formando o lento retorno venoso. Esse mecanismo acontece por meio de estímulos visuais, olfativos e locais do pênis. Mecanismo: Excitação sexual - bombeamento do sangue pelo músculo isqueocavernoso – aumento do tônus muscular (vênulas fecham, aprisionando o sangue no pênis) – pressão da veia dorsal do pênis contra o arco isquiático. Ejaculação É a expulsão do sêmen, resultado de contrações peristálticas do epidídimo, ducto deferente e uretra associada a sincrônica das glândulas acessórias. Emissão = movimento do fluido espermático ao longo do duto deferente para a uretra pélvica (contração muscular das ampolas e dutos deferentes), onde mistura-se com secreções das glândulas acessórias. · Endocrinologia da reprodução O controle da reprodução animal é ligado pelo sistema porta-hipotálamo-hipofisário coordenando as funções das gônadas. Glândulas endócrinas Estruturas envolvidas: hipotálamo, hipófise, gônadas, glândula pineal. · Hormônios São sintetizados pelas glândulas endócrinas e transportados pela circulação sanguínea. Estimulam, interagem ou inibem a ação de órgãos-alvo específicos, acarretando em resposta fisiológica. · Hormônios da reprodução Hipotálamo = produção de GNRH Hipófise anterior = produção de FSH e LH Gônadas (testículos) = produção de andrógenos. A testosterona e os hormônios gonadotróficos FSH e LH atuam juntos na ativação da espermatogênese. · Folículo estimulante (FSH) - Glicoproteína: age nas células de sertoli nos túbulos seminíferos dos testículos - Na espermatogênese: age até a fase dos espermatócitos secundários · Túbulo seminífero - Células germinais: darão origem aos espermatozoides - Células de sertoli: possuem a função de nutrir as células germinais e outros hormônios esteroides Hormônios luteinizantes · Glicoproteína Estimula as células intersticiais (leydig) dos testículos · Inibina É um hormônio proteico, regulador da secreção de FSH, produzido nas células de sertoli · Ativina Libera FSH · Prostaglandina É secretada por quase todos os tecidos orgânicos, derivada do ácido araquidônico (ácido graxo essencial). Função de ereção, ejaculação e transporte espermático. Hormônios esteroides Várias enzimas regulam a biossíntese dos hormônios esteroides a partir do colesterol nas glândulas endócrinas (testículo) · Andrógenos - Testosterona: produzidos nas células de leydig nos testículos. O córtex adrenal possui quantidade limitada - Propriedades: indução e manutenção da diferenciação dos tecidos masculinos, indução dos caracteres masculinos nos machos, suporte da espermatogênese, influência no comportamento sexual e agressivo dos machos e fêmeas · Equinos - Túbulos seminíferos e epidídimos também produzem testosterona - Alto nível de andrógenos: prolonga a vida dos espermatozoides epididimários · Proteína transportadora de andrógeno (ABP) - Promove o acúmulo de testosterona e diidrotestosterona em altas concentrações dentro dos túbulos seminíferos e no interstício - Facilita o transporte de andrógenos do testículo para o epidídimo - Facilita o trânsito epididimal e posterior maturação dos espermatozoides Mecanismos endócrinos do comportamento sexual - Secreção de andrógenos não é constante - Macho: vários picos dentro de 24h - Influencia na liberação pulsátil de gonadotrofinas hipofisária - A quantidade é constante no dia a dia Controle endócrino da função testicular Testículo: - LH: se liga a receptores da membrana da célula de leydig; acontece a conversão de colesterol em testosterona - Andrógenos sintetizados: se difundem para o sangue - acontece o desenvolvimento das características sexuais secundárias - após, o desenvolvimento e manutenção do trato reprodutivo masculino - se ligam a proteínas transportadoras de andrógenos (ABP), produzidas nas células de sertoli. - Testosterona: secretada dentro do túbulo seminífero (manutenção da espermatogênese) · Células de sertoli Possuem: - Receptores da membrana para FSG - Receptores nucleares e citoplasmáticos para andrógenos · Função - Produção de proteínas ligadas à andrógeno (ABP) - Conversão de testosterona em diidrotestosterona e estrógeno - Estímulo da espermatogênese: faz síntese e secreção de inibina e ativina e, síntese e secreção de substâncias que estão envolvidas na transferência de nutrientes para as células germinativas Células germinativas possuem receptores para FSH e testosterona; os sinais hormonais são traduzidos pelas células de sertoli Fatores parácrinos As células germinativas possuem uma interação altamente coordenada com as células de sertoli, podem se comunicar por interações mediadas por receptores ou fatores parácrinos -Comunicação parácrina: os produtores das células se difundem através do fluido extracelular para afetar as células vizinhas Anotações - Vitaminas A e E: estimulam as atividades das células de sertoli - Deficiência de vitamina A: causa diminuição de fertilidade - Vitamina E: influência na secr4eção da ABP Barreira hemato-testicular - Túbulos seminíferos: não são penetrados por vasos sanguíneos ou linfático - Células germinativas em desenvolvimentos são protegidas das transformações químicas sanguíneas por uma barreira · Constituição Camada mióide – membrana basal (circundam os túbulos seminíferos); camada de células mióides contráteis (não é bem desenvolvida no touro, carneiro ou varrão); · Junção das células de sertoli Principal barreira sanguíneo-testicular, junção situadas próximo à base celular, com múltiplas zonas de aderência · Variação de permeabilidade Manutenção de ambiente apropriado para a função espermatogênica, impede a entrada e saída (ABP, inibina e enzimas) Inibina Alta atividade espermatogênica + Alta atividade de célula de sertoli - Produção de inibina = baixa FSH · Espermatogênese O processo da espermatogênese acontece através da divisão de células germinativas diploides (espermatogônia tronco) por mitose e, posterior, meiose para dar origem à espermátides haploides, que são liberadas como espermatozoides. Endocrinologia da puberdade A puberdade no macho é a época em que atinge a capacidade para fertilizar a fêmea, já possui o número suficiente de espermatozoides fecundantes e o comportamento sexual que permite a cópula. - No período pós-puberdade os testículos continuam a crescer e o nº de espermatozoides/ejaculado aumenta até a idade de 18-24 meses · Onda espermática É um mecanismo que funciona como liberação constante de espermatozoide, reduz a congestão tubular, assegura constante liberação de fluido para manter o transporte dos espermatozoides no túbulo seminífero e hormônios constantes para facilitar a maturação dos espermatozoides. - Machos: os espermatozoides são produzidos continuamente - Fêmea: onde a produção de gametas é cíclica (de forma periódica) · Túbulos seminíferos São longos e numerosos, possuem uma luz para onde vão os espermatozoides (luz tubular) - Espermatogênese: ocorre no epitélio germinativo ou seminífero Duração da espermatogênese Porco: 9 dias Carneiro: 10 dias Cavalo: 12 dias Touro: 14 dias Bovinos: 60 dias Acontece em 3 eventos: espermatocitogênese (mitose), meiose e espermiogênese. Estruturas: - Túbulos seminíferos: células de sertoli e células germinativas em desenvolvimento - Células germinativas: sofrem divisões celulares e modificações de desenvolvimento - Espermatogônias: dividem-se antes de formarem espermatócitos 1. Espermatocitogênese Conhecido como período de multiplicação, a espermacitogênese acontece através da multiplicação das espermatogônias tronco, por mitose. É a forma masculina dos gametas. Ela acontece dentro dos túbulos seminíferos, e é relativamente lenta até a puberdade, depois se torna intensa. 2. Meiose Conhecido como período de crescimento, as espermatogônias aumentam o tamanho e duplicam seus cromossomos, passando a ser chamadas de espermatócitos primários ou espermatócitos I (2n). 3. Espermiogênese Conhecido como período de maturação. As espermátides recém-formadas e arredondadas continuam a se diferenciar sem se dividir para formas os espermatozoides. Acontece em 4 fases: Fase de Golgi: formação de grânulos acrossomais dentro do aparelho de golgi, aderência do grânulo acrossoma ao envelope nuclear, estágio primário do desenvolvimento da cauda, centríolo proximal: migra de forma uma base para união da cauda a cabeça. Fase da capa: difusão dos grânulos acrossomais sobre o núcleo da espermátide. Fase do acrossomo: modificação dos núcleos, modificação para núcleo alongado e achatado, acrossoma se alonga, modificações morfológicas, citoplasma vai para a região caudal e concentração das mitocôndrias, formando a bainha da cauda. Fase da maturação: transformação das espermátides alongadas em espermatozoides, grânulos de cromatina sofrem condensação. · Espermiação Liberação das espermáticas alongadas para a luz dos túbulos seminíferos - Células de sertoli: fagocitam os corpos residuais do processo espermatogênico e células germinativas em degeneração - O processo espermatogênico é ineficiente, ocorre a degeneração de células espermáticas antes de se tornarem espermatozoides. · Secreção de fluidos Espermátides produzidas (fase final da espermiogênese) são liberadas dentro da luz dos túbulos seminíferos como espermatozoides imaturos. Células espermáticas imóveis são varridas dos túbulos pela secreção das células de Sertoli; · Trânsito epididimário O epidídimo transporta os espermatozoides, auxiliado pelas secreções da rete testis e pelos cílios delineando os ductos eferentes, através das contrações na parede do ducto do epidídimo. O tempo de trânsito pode ser reduzido com o aumento na frequência da ejaculação. · Maturação espermática Os espermatozoides adquirem a habilidade de fertilizar os oócitos. Modificações que ocorrem durante o trânsito dos espermatozoides pelo epidídimo: - Desenvolvimento do potencial para manter a motilidade progressiva - Maturação de várias organelas celulares - Perda de água - Perda de gota citoplasmática - Alteração de estrutura da cauda - Modificações na cromatina nuclear e na superfície da membrana plasmática - No acrossoma: recobre a cabeça e contém enzimas hidrolíticas necessárias para a penetração no oócito - Na peça intermediária: contém mitocôndrias que fornecem a energia para que os microtúbulos da cauda se movam, produzindo movimento. Fatores que interferem na espermatogênese - Fatores hormonais (hormônios hipotalâmicos e hipofisários) - Temperatura - Deficiência nutricional - Ação de agentes físicos (radiação), químicos (drogas) e biológicos (toxinas) · Capacitação espermática, fertilização e clivagem Transporte espermático no trato feminino · Fertilização Importância: perpetuação da espécie em individuais de reprodução sexuada; Gameta masculino (n) + gameta feminino (n) = novo ser (2n); Ocorre na ampola da tuba uterina e depende do sincronismo de transporte no trato reprodutivo feminino. É transportada por vários fluidos (testicular, fluido epididimário, plasma seminal, fluido vaginal, muco cervical, fluido uterino, fluido tubário). · Espécies - Bovinos e ovinos: sêmen é ejaculado ao redor da cérvix - Equinos e suínos: depositado para dentro do útero; Distribuição espermática no trato reprodutivo feminino O transporte é rápido. Após a inseminação, os epermatozoides penetram nas micelas do muco cervical. Alguns são transportados através do canal cervical, facilitado pela atividade contrátil do miométrio durante o coito. · Colonização de reservatórios espermáticos Espermatozoides ficam aprisionados nas pregas mucosas das criptas cervicais. As micelas do muco cervical ajudam a dirigir eles para as criptas cervicais. Existe menor quantidade de leucócitos nas secreções cervicais, assim, a cérvix faz menor fagocitose de espermatozoides. Quanto mais espermatozoides entrarem para o reservatório cervical: maior a chance de atingirem a trompa; Quanto maior o reservatório: maior a população adequada de espermatozoides; Cérvix A Mucosa endocervical é composta por fendas, estrias e criptas. · Funções (cérvix e suas secreções) - Receptiva à penetração espermática, durante ou próximos à ovulação; - Inibe a migração em outras fases do ciclo; - Reservatórias espermático; - Protege os espermatozoides do ambiente hostil da vagina e da fagocitose; - Subministra as necessidades energéticas aos espermatozoides; - Filtra os espermatozoides defeituosos e imóveis; · Muco cervical Composto por açúcares (glicose, maltose e manose) e aminoácidos; Proteínas e enzimas; Padrão de penetração espermática no muco: varia duração o ciclo estral· Capacitação Ocorre durante o trânsito pelos órgãos femininos genitais. Os espermatozoides devem permanecer no trato reprodutivo feminino antes da penetração do oócito. Capacitação espermática: ocorre na região do istmo do oviduto · Componentes da superfície dos espermatozoides - Modificados pelas secreções do trato genital - Desestabilização da camada fosfolipídica permitindo a ativação do acrossomo · Reação do acrossomo Envolve a fusão da membrana plasmática do espermatozoide com a membrana externa do acrossomo O acrossomo libera enzimas hidrolíticas (hialuronidase e acrosina), que estão implicadas na penetração do oócito · Características do espermatozoide capacitado - Hipermotilidade - Exposição de sítios ativos - Ligação com a zona pelúcida - Reação acrossoma - Fusão com oócito Mecanismos de fertilização · Espermatozóide – zona pelúcida Proteínas da zona pelúcida: específicas ZP3: receptor de glicoproteína da superfície dos espermatozoides – indução da reação acrossômica ZP2: ligação secundária – membrana acrossômica interna ZP1: ação estrutural – manutenção da integridade da ZP · Reação acrossômica É a fusão ordenada da membrana plasmática do espermat. com a membrana acrossoma externa - Permite a penetração da zona pelúcida - Expõe a região equatorial da cabeça do espermat. para posterior fusão com a membrana plasmática do oócito Fusão: membrana plasmática do espermat. E membrana externa do acrossoma Vesiculação: liberação de enzimas e proteínas acrossomais Meu resumo: Quando o espermat. chega na corona radiata, é disparado o primeiro processo da capacitação (reação acrossômica). 1° evento: Exocitose (saída de moléculas pela fusão de vesículas com a membrana) 2/3 da membrana plasmática do espermat. se funde com a membrana externa do acrossoma, formando fenestras (poros) - fenestração. Esse conteúdo enzimatico/proteolítico é despejado para fora do espermatozoide, especificamente na corona radiata. Hialuronidase: enzima que degrada o ácido hialuronico da corona radiata. Esses blocos celulares ficam ‘’frouxos’’ e abrem caminho para o espermatozoide. 2° Evento: Ligação da ZP3 Quando o espermat. alcança a zona pelúcida, o receptor ZP3 da sua membrana (que agora está fusionado) se liga na parte da porção glicídica da própria ZP3, que faz parte da composição da zona pelúcida. Com isso, desestrutura a rede de glicoproteínas que formam a zona pelúcida. A ZP3 ativa a proteína acrosina (presente na membrana interna do acrossoma). Quando a ZP3 se liga na acrosina, ela torna-se ativa e se ancora a proteína ZP2. A zona pelúcida é desintegrada pela junção da ZP2 + acrosina. 3º Evento: fusão do espermatozoide com oócito. O 1/3 de membrana plasmática restante do espermat. ancora na membrana do oócito, por meio da proteína restante na membrana do espermat., a desintegrina. Ela promove a fusão da membrana do espermat. com a membrana do oócito. Ela provoca novas frenestas que se abrem no citoplasma do oócito permitindo que o núcleo do gameta masculino chegue lá dentro. 4° Evento: Reação cortical - Bloqueio da polispermia Também chamada de reação da zona. Grânulos corticais, resultantes da meiose, se movem para a periferia do citoplasma do oócito, impedindo que entre outro espermatozoide. Assim que o espermat. introduz seu genoma no citoplasma do oócito, o cálcio é sinalizado e induzido a formar vesículas, que contém grânulos de enzimas (estonas, RNAs, fatores morfogeneticos, cálcio citoplasmático, grãos corticais, desintegrina..). O cálcio induz essas vesículas a se aproximarem da membrana do oócito, se fundindo e passando para o lado de fora, liberando grânulos corticais. Eles possuem a capacidade de remover carboidratos da ZP3 (retiram a parte glicídica) e clivam parcialmente a ZP2, causando ‘’endurecimento’’ da zona pelúcida e impedindo a polispermia. Formação de pró-núcleos Conclusão da meiose II. Pró-núcleo é o núcleo haplóide de um espermatozoide durante o processo de fecundação, após o espermatozoide entrar no óvulo e antes de se difundirem. Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermat. aumenta para formar o pro núcleo masculino e feminino. Durante o crescimento, os pro núcleos replicam seu dna. Masculino: desintegração do envelope nuclear, descondensação da cromatina e novo envelope citoplasma do ovo. Feminino: formação do oócito maduro e o segundo corpo polar. - Aumento do Ca intracelular e remoção do MPF, final da meiose (liberação do 2° corpúsculo polar) e descondensação da cromatina. Eventos pós-fecundação - Migração dos pró-núcleos para o centro do oócito - Dispersão dos envelopes nucleares - Interação entre cromossomos Meu resumo: Após a segunda divisão meiótica, os núcleos haploides (1 do ovócito e 1 do espermat.), com 23 cromossomos cada, aumentam o tamanho, formando os pro-nucleos feminino e masculino. Após, acontece a interação entre eles (fecundação do óvulo pelo espermat) se fundindo, formando um só – o zigoto. Zigoto = possui núcleo diploide e 46 cromossomos, membrana plasmática e zona pelúcida. · Singamia É a fusão do DNA do macho e da fêmea, juntando citoplasma e núcleo. - Justaposição das membranas - Desintegração das partes em contato - Formação do fuso mitótico - Associação de lotes cromossomais - Reestruturação da membrana - Formação do zigoto = embrião · Ativação do óvulo Acontece modificações citoplasmáticas: - Aumenta cálcio do ph intracelular - Sintese de proteínas - Replicação do DNA = Desenvolvimento embrionário. Clivagem É o processo que ocorre no início do desenvolvimento embrionário, no qual o zigoto efetua uma série de divisões mitóticas consecutivas, dando origem a multicelularidade do embrião. Cada uma das células resultante da clivagem do zigoto é denominada blastômeros. · Depois do estágio do zigoto Embriões sofrem uma série de divisões mitóticas - Divisões: não possuem aumento da massa muscular - Início da clivagem: pequeno aumento no nível metabólico - Divisões iniciais da clivagem: mitóticas, ocorrem simultaneamente em todos os blastômeros, porém a sincronização é perdida. 1º clivagem- Separa o zigoto em 2 blastômeros iguais; ocorre 20 horas após a fertilização. Clivagem embrionária: embrião com 2 blastômeros – embrião com 4 blastômeros. - Ativação do genoma embrionário: início do desenvolvimento - Controle: produto do genoma materno sintetizados durante a ovogênese, estocados no ovócito e ativados durante a maturação meiótica e fertilização; - Acontece no decorrer do desenvolvimento embrionário Sem diferenças óbvias. Acontece a compactação: polarização dos blastômeros, mudanças membranárias. - Células superficiais: junções de oclusão (vedam a passagem para o interior da esfera - Células internas: junções comunicantes: permitem o transporte de moléculas e íons; I blastocisto: 2º estágio do desenvolvimento do embrião dos animais. - + de 64 células - Migração dos blastômeros para a periferia - Forma-se a cavidade central chamada de blastocelio. - Componentes do blastocisto: embrioblasto, zona pelúcida, troboblasto (forma placenta), blastocelio. - Troboblasto: células especializadas, achatadas com numerosas microvilosidades, ocupando 1/3 do volume embrionário. - Massa células interna: células esféricas e pequenas, de rápida divisão. Meu resumo: Zigoto, com célula única. 30 horas após a fecundação, acontece o estágio de clivagem. 1º estágio: quando acontece a mitose. Estágio de 2 células, estágio de 4 células, estágio de 8 células e formação da mórula (12-32 células). Esse processo acontece a caminho do útero. Quando a mórula cai a caminho do útero, ela se transforma em blastocisto. O líquido do útero atravessa a zona pelúcida e concentra as células, fazendo elas se movimentarem e se organizar de outra forma. Um grupo de células vai formar uma espécie de envoltório, e outro grupo vai se concentrar em um polo. A cavidade ‘’vazia’’ é onde fica o líquido uterino, proveniente das glândulas. Ele começa a atravessar a zona e se espalha entre as células. A medida que o líquidovai entrando, a zona pelúcida vai desaparecendo. Trofoblasto Blastocele (líquido) Embrioblasto · Determinação sexual Em mamíferos é constituída pela constituição cromossômica sexual do zigoto. Cromossômica – gonadal – fenotípica Hormônio anti-mulleriano É produzido nas células do ovário, responsável por regular o desenvolvimento e o crescimento dos folículos. - Glicoproteína da superfamília do TGF - Cromossomo 19 - Células de sertoli - Faz regressão dos ductos de muller, e virilização do ducto de wolff, causando descida testicular e regula produção de andrógenos (menos expressão de genes de enzimas da t4) Desenvolvimento pré-natal Anormalidades na diferenciação e no desenvolvimento das gônadas e dos ductos podem resultar em diferentes graus de intersexualidade. · Desenvolvimento gonadal - É estabelecido mais tarde - Embriões: +- 30 dias no macho e +- 45 dias na fêmea · Pseudo-hermafroditas - Gônadas de um dos sexos e trato genital lembrando o sexo oposto - Classificação: conforme tecido gonadal presente - Pseudo-hermafrodita macho: testículos - Pseudo-hermafrodita fêmea: ovário · Hermafroditismo verdadeiro Caracterizado pela presença de tecidos ovariano e testicular no mesmo animal · Freemartismo Acontece em bovinos (raramente em ovinos e caprinos), é mais evidente na fêmea e faz anastomose entre as circulações fetais. Teoria: células hematopoiéticas do macho colonizam a fêmea, transportando consigo um antígeno capaz de converter células indiferenciadas em testículos (fator diferenciação testicular) - Ovários pouco desenvolvidos, túbulos seminíferos estéreis, presença de vesículas seminais, vestíbulo e vulva hipoplásicos e clitóris aumentado. O teste é feito com tubo de ensaio no vestíbulo vaginal. · Degeneração testicular Condição adquirida decorrente de fatores que afetam a homeostase testicular. - Causam alterações da termorregulação testicular (picos febris) - Classificados em grau I, II e III. Quanto maior o grau, maior a severidade. Podem ser de origem medicamentosa (anabolizantes e corticoides): - Prognóstico: bom, a não ser nos casos onde já houve perda de massa testicular e formação de tecido conjuntivo - Tratamento: retirada da causa e tempo mínimo de 60 dias. · Causas – falhas na termorregulação, aderências escrotais e distúrbios vasculares graves - Distúrbios nutricionais (deficiência de vitaminas A e zinco, balança energética negativa e subnutrição) - Alterações vasculares primárias (torção testicular, hidrocele, varicocele, hemorragia, tumores, intoxicações) - Trauma (edema e hemorragia escrotal, trauma testicular direto) - Distúrbios infecciosos (infecções locais - orquites – ou sistêmicas que resultem em febre Distúrbios obstrutivos (granuloma espermático, estenose epididimária, tumores) - Toxicidade direta (corticoterapia prolongada, anfoterecina B, gentamicina, quimioterápicos e antineoplásicos) · Parafimose É a exteriorização do pênis canino sem que volte para dentro da cavidade prepucial. - Reduz o orifício prepucial - Causa edema e prejuízos a irrigação (podendo causar necrose) - A exposição peniana prolongada pode causar trauma externo. Mais frequente em cães do que gatos. · Causas - Trauma - Problemas da musculatura do prepúcio - Tamanho reduzido do prepúcio - Neoplasias (TVT) - Alterações neurológicas - Pseudo-hermafroditismo - Cópula recente · Diagnóstico - Exame visual. - Estados iniciais: dor pode ser muito elevada - Uso de sedação ou anestesia para manipular o pênis e o prepúcio · Tratamento Se a condição for reconhecida precocemente: - Permitir que o pênis retorne à sua posição natural - Limpeza e lubrificação do pênis, com ajuda de óleos - Reverter a pele dobrada do orifício prepucial, permitindo que o órgão volte a sua posição inicial - Aplicação de medicamentos tópicos que reduzem a inflamação - Remoção de qualquer corpo estranho que esteja causando constrições ao pênis - Remoção de tumores Condição persistente ou grave: - Alargamento cirúrgico do orifício do prepúcio - Extração completa do pênis de este estiver sofrido uma necrose grave · Patologias do sistema reprodutivo do macho Prepúcio Balanopostite (formigueiro) Inflamação do pênis (bálano) e prepúcio (postite) · Fatores predisponentes -Prepúcio longo (comum em nelores, gir, guzerá e tabapuã) - Orifício prepucial estreito Estes fatores predispõem a lesões: - Em pastagens - Durante a cópula · Consequências - Lesões traumáticas no pênis e prepúcio - Infecções secundárias - Grande quantidade de microorganismos patogênicos presentes no prepúcio - Infecção tem sido associada ao Herpes Vírus Bovino tipo I (BVH-I) · Traumatismos podem causar: - Bactérias (infecções locais) - Formação de feridas ou escaras - Edema - Exposição da mucosa prepucial - Hiperemia - Secreção purulenta - Aumento da temperatura inicial - Diminuição do orifício prepucial · Presença do tecido necrosado - Animais acometidos ficam impossibilitados de efetuar a monta - Afeta índices reprodutivos diminuem (taxa de prenhez, índice de natalidade em bezerros) · Tratamento - Antibióticos e anti-inflamatórios - Duchas de água fria e gelo na região prepucial inflamada - Cirúrgico: retirada do tecido inflamado (imagens no slide) · Pós-operatório - Antibióticos, anti-inflamatórios sistêmicos e medicação tópica - Higiene do prepúcio e uso de duchas frias - Bandagens, ataduras e fitas adesivas em torno da extremidade prepucial - Sonda - Repouso sexual · Exame do pênis - Palpação e inspeção - Verificar a presença de hematomas, aderências e sensibilidade Alterações penianas Podem causar: - Queda da fertilidade - Interfere na realização da cópula e transtornos de ejaculação - Hipospadias ou epispadias - Abertura da uretra não alcança a glande - Ejaculação fora da cavidade vaginal · Encurtamento do músculo retrator Não relaxamento do S peniano e desvio ventral do pênis · Ausência ou insuficiência de ereção Dificuldades para a realização da cobertura · Persistência no frênulo Frênulo: feixe de tecido conjuntivo unindo prepúcio á parte ventral da glande. É presente ao nascimento. - Desprendido com 4 semanas de idade - Separação completa: 8 a 11 meses - A persistência dessa estrutura além dos 11 meses é patológica · Caráter genético Impede a protusão do pênis no momento da cobertura · Hematoma do pênis Consequências dos desvios do pênis no momento do salto. - Ruptura: quando ocorre, é geralmente no S peniano - Tumefação dolorosa e edematosa na região. A formação de hematomas: impede a ereção, causa prolapso do prepúcio e dificuldade de locomoção e impotência por causa da dor. -Prognóstico: favorável se a cirurgia for praticada de imediato, antes que ocorram aderências; - Tratamento Hemorragias pequenas: repouso sexual por algumas semanas · Neoplasias - Verruga: causada pelo papilomavírus. Acomete principalmente animais jovens Na bolsa escrotal: - Avaliar simetria, lesões de pele, temperatura e cicatrizes · Distúrbios da termorregulação Causas: - Traumatismos, sarna, carrapatos, queimaduras do sol, frio e calor, banhos com agentes clorados. - Neoplasias: mastocitoma, carcinoma de células escamosas · Exames dos testículos Avaliar: - Simetria - Alterações de tamanho e forma - Palpação: presença mobilidade, consistência, dimensões · Alterações genéticas - Monorquidismo, anorquidismo, criptorquidismo e hipoplasia testicular Criptorquidismo - Pode ser uni ou bilateral - Gene dominante em equinos - Baixa fertilidade - Predispõe a neoplasia · Alterações adquiridas - Degeneração testicular: principal causa da redução da fertilidade nos machos. Mais encontrada nos toros de origem europeia do que nos zebuínos. Testículos Neoplasias (cães idosos) · Sertolioma (tumor de células de sertoli) - Firme, branca e lobulada - Funcionais (alto estrógeno) - Mais prevalente em criptórquios - Invasivo e metastáticos - 3º mais comum em cães Outras neoplasias: teratomas · Seminona (tumor das células germinativas) - 2° mais comum em cães - Firmes, esbranquiçados ou cinza - Invasivo localmente - Geralmente afuncionais- Prevalentes em criptórquios - Mais comum em equinos e cães · Leydigoma (tumor das células de leydig) - Mais comuns em cães e touros - Benignos, circunscritos e nodulares - Coloração amarelada - Eventualmente funcionais (mais testosterona Vídeo da testosterona Testículo – LH age nas células de leydig – convertendo colesterol em testosterona. Parte dessa testosterona se liga no receptor de andrógeno (proteína ABP) e cai na corrente sanguínea, fazendo a regulação das gonadotrofinas: - Testosterona alta =LH baixo - Auxilia de maneira indireta a espermatogênese - Diferenciação sexual (formação das gônadas, estimulação do ducto de wolff) A outra parte dessa testosterona é convertida em estradiol, ele se liga ao receptor, cai na corrente sanguínea e atinge testículo, ossos e sistema nervoso. A outra parte dessa testosterona sofre a ação da enzima 5-alfa redutase, e forma a di-hidrotestosterona, que se liga no receptor de androgênio e faz manutenção funcional dos órgãos sexuais e caracteres sexuais secundários: - Desenvolvimento de próstata - Maturação sexual na puberdade - Órgãos acessórios e pele da região genital
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