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extinção da pessoa natural • Somente com a morte real termina a existência da pessoa natural. • Critério de identificação da morte → através do atestado de morte encefálica Normas do CFM estabelece quando uma pessoa efetivamente morreu = ausência de atividade neural. • Morte presumida → quando não tem cadáver. EFEITOS DO EVENTO MORTE > Cessação da personalidade jurídica (direitos da personalidade Art. 12 do CC). > Mutação subjetiva nas relações jurídicas patrimoniais que passam a ser titularizadas pelos seus sucessores (art. 1.784 CC) → Direitos e deveres do falecido mudam para os sucessores através do espolio que representa os interesses dos herdeiros (inventariante), nas relações patrimoniais. > Extinção do poder familiar → seja quem recebe ou quem exerce. > Extinção dos contratos intuito personae → obrigações individuais. > Extinção da obrigação de alimentos → o espolio responde por dívida anterior. > Extinção do casamento e união estável. > PERMANECE > Vontade manifestada em testamento (registrada em cartório - instrumento público) ou codicilo (decisão de última vontade feita em instrumento particular). > Manifestação sobre o destino do cadáver (art. 14CC). > Direitos da personalidade (Art. 12 CC) → Direito de imagem, direito a honra, direito a nome etc.. Alguns direitos da personalidade permanecem. . art. 6º do Código Civil → “a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva”. OBS → Os cônjuges não são herdeiros diretos, só são herdeiros em casos específicos. Vocação hereditárias são os filhos, os pais, os avos e depois os parentes de 3º graus. Cônjuge dependendo do regime de comunhão de bens. Os cônjuges entram no inventario na condição de meeiro, porque com a morte se extinguir o casamento. Os bens do cônjuge são passados a ele de acordo com o regime do casamento, aqueles bens não entram no inventário, pois eles são do cônjuge vivo mesmo e não do morto passando para ele CLASSIFICAÇÃO DE ÓBITO > MORTE REAL → existência de cadáver. Óbito declarado por profissional da medicina. > MORTE PRESUMIDA → inexistência de cadáver Óbito declarado pelo juiz. A morte presumida pode ser com ou sem declaração de ausência. Presume-se a morte, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva (CC, art. 6º, 2ª parte). O art. 37 permite que os interessados requeiram a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória. Pode-se, ainda, requerer a sucessão definitiva, provando-se que o ausente conta 80 anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele (art. 38). CIRCUSTÂNCIA DO ÓBITO > MORTE REAL → Certidão de óbito (art. 80 da Lei nº 6.015 de 1973 – LRP) • A morte real é apontada no art. 6º do Código Civil como responsável pelo término da existência da pessoa natural. A sua prova faz-se pelo atestado de óbito ou por ação declaratória de morte presumida, sem decretação de ausência (art. 7º), podendo, ainda, ser utilizada a justificação de óbito prevista no art. 88 da Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/73), quando houver certeza da morte em alguma catástrofe, não sendo encontrado o corpo do falecido. • A morte real → que ocorre com o diagnóstico de paralisação da atividade encefálica, segundo o art. 3º da Lei n. 9.434/97, que dispõe sobre o transplante de órgãos – extingue a capacidade e dissolve tudo (mors omnia solvit), não sendo mais o morto sujeito de direitos e obrigações. Acarreta a extinção do poder familiar, a dissolução do vínculo matrimonial, a abertura da sucessão, a extinção dos contratos personalíssimos, a extinção da obrigação de pagar alimentos, que se transfere aos herdeiros do devedor (CC, art. 1.700) etc. > MORTE REAL SEM CADÁVER → morte presumida sem declaração de ausência. I. Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida (art. 7º, I CC); II. Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra – esgotamento de buscas (art. 7º, II, p.u. CC); ATESTADO MÉDICO Duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. Duas testemunhas que tiverem assistido o falecimento ou funeral que puderem atestar a identidade do cadáver. Procedimento de justificação de óbito. Assento de óbito III. Consideram-se mortas pessoas detidas por agente público e desaparecida em razão da (acusação de) participação em atividades políticas entre 02.09.1961 e 05.10.1988 (Lei nº 9.140 de 1995). Ditadura > COMORIÊNCIA → quando se presume a simultaneidade de óbitos. • A comoriência é prevista no art. 8º do Código Civil. Dispõe este que, se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião (mesmo lugar distintos), não se podendo averiguar qual deles morreu primeiro, “presumir-se-ão simultaneamente mortos”. Efeitos → impedimento de transmissão de direitos entre comorientes. • Só fala em comoriência quando se tratar de morte de pessoas sucessíveis. → quando duas pessoas morrem em determinado acidente, somente interessa saber qual delas morreu primeiro se uma for herdeira ou beneficiária da outra. Do contrário, inexiste qualquer interesse jurídico nessa pesquisa. • O principal efeito da presunção de morte simultânea é que, não tendo havido tempo ou oportunidade para a transferência de bens entre os comorientes, um não herda do outro. Não há, pois, transferência de bens e direitos entre comorientes. • EX: se morrem em acidente casal sem descendentes e ascendentes, sem se saber qual morreu primeiro, um não herda do outro. Assim, os colaterais da mulher ficarão com a meação dela, enquanto os colaterais do marido ficarão com a meação dele. PROCEDIMENTO DE AUSÊNCIA A declaração de ausência, ou seja, de que o ausente desapareceu de seu domicílio sem dar notícia de seu paradeiro e sem deixar um representante, produz efeitos patrimoniais, permitindo a abertura da sucessão provisória e, depois, a definitiva. >MORTE DECLARADA JUDICIALMENTE EM PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA • Presunção de morte = trânsito em julgado da decisão que reconhece a abertura da sucessão definitiva. AUSÊNCIA > 1ª FASE → Curadoria dos bens do ausente FASES Curadoria dos bens do ausente (art. 22 a 25 CC); Sucessão provisória (art. 26 a 36 CC); Sucessão definitiva (art. 37ª 39 CC). CONTEXTO (arts. 22 e 23 CC) A. Desaparecimento de uma pessoa do seu domicílio sem deixar notícias; B. Não foi deixado representante ou curador para administração de seus bens; C. Mandatário não quer ou não pode exercer o mandato, ou seus poderes são insuficientes. → Nomeação do curador pelo juiz, com fixação de seus poderes e atribuições (art. 24 CC) ORDEM DE PREFERÊNCIA (Art. 25 CC) 1. cônjuge (comp. – EN. 97 – CJF); 2. pais; 3. descendentes (mais próximos); 4. Pessoa nomeada pelo juiz. > 2ª FASE → Sucessão provisória – a requerimento dos OBS → Não havendo interessados, competência do Ministério Público (art. 28) > 30 dias após o trânsito em julgado da sentença que mandar abrir a sucessão provisória → Herança jacente ou vacante. > Efeitos da sentença → após 180 dias depois de publicada pela imprensa > A partir do trânsito em julgado: → Abertura do testamento; → Inventário e partilha; OBS → Caso identificado o momento exato do falecimento, considerar-se-á aberta a sucessão nesta data para fins de identificação dos herdeiros (art. 35). > Salvaguarda dos bens e tutela de posse Substituição dos bens móveis (deterioração ou extravio) por bens imóveis ou títulos da União antes mesmo da partilha (art. 29 CC); Imissão na posse condicionadaa garantia (penhor ou hipoteca) equivalente ao seu quinhão respectivo, EXCETO para ascendentes, descendentes e cônjuge quando provada a sua qualidade de herdeiro (art. 30 CC); Aquele que não puder prestar garantia será excluído (poderá requerer que lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria), mantendo-se os bens sob a administração do curador ou de outro herdeiro designado pelo juiz que preste a garantia. Alienação ou hipoteca sobre imóveis condicionada a autorização judicial para lhe evitar a ruína (art. 31 CC); Sucessores provisórios se tornam representantes do ausente: contra eles correrão as ações pendentes e futuras (art. 32 CC); CONTEXTO (art. 26 CC) A. Decorrido o prazo de um ano da arrecadação dos bens do ausente; B. Se deixou procurador ou representante, passados três anos; Interessados: • Cônjuge não separado judicialmente; • Herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; • Titulares de direitos sobre os bens do ausente dependente de sua morte; • Credores de obrigações vencidas e não pagas (art. 27 CC). Acesso aos frutos e rendimentos (art. 33 CC) • Descendentes, ascendentes e cônjuge: São seus todos os frutos e rendimentos; • Demais sucessores deverão capitalizar metade dos frutos e prestar contas anualmente ao juiz. > 3ª FASE → Sucessão definitiva > Levantamento das cauções prestadas. OBS → Após os 10 anos não houve requerimento da sucessão definitiva e o ausente não reapareceu, os bens arrecadados passarão o Município DF ou União (Território Federal) – Art. 39, parágrafo único CC. CONSEQUÊNCIA DO APARECIMENTO DO AUSENTE > NA 1ª FASE → retorno ao estado anterior; > NA 2ª FASE → Recebimento dos bens no estado em que se encontrarem + levantamento da caução prestada em caso de aparecimento + indenização pelas benfeitorias realizadas (art. 36 CC) OBS: Ausência voluntária e injustificada: perderá sua parte nos frutos e rendimentos. > NA 3ª FASE → Recebimento dos bens no estado em que se encontrem ou os bens nele sub-rogado, SALVO retorno após 10 anos da sentença que declarou aberta a sucessão definitiva nesse caso não recebe mais nada. (art. 39 CC). Prescreve, com efeito, o aludido dispositivo legal que “o casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente”. Se este estiver vivo e aparecer, depois de presumida a sua morte e aberta a sucessão definitiva, com a dissolução da sociedade conjugal, e seu cônjuge houver contraído novo matrimônio, prevalecerá o último. CONTEXTO A. 10 anos após o trânsito em julgado da sentença que concedeu a abertura da sucessão provisória (art. 37 CC) B. prova de que o ausente conta com 80 anos de idade e as últimas notícias datam de cinco anos (art. 38 CC).
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