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Portfolio I - Saude Publica

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FACULDADE INTEGRADA NORTE DO PARANÁ 
 
 
 
ANA FLÁVIA BATISTA WOICIZACK 
 
 
 
 
PORTFÓLIO DE ENFERMAGEM DE SAÚDE PÚBLICA, 5° PERÍODO 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA – PR 
2022 
ANA FLÁVIA BATISTA WOICIZACK 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO DE ENFERMAFEM DE SAÚDE PÚBLICA, 5° PERÍODO 
 
 
 
 
Portifólio referente aos estudos realizados na matéria 
de Saúde Pública do 5° Período de Enfermagem 
Noturno 
Professor(a): Marciana Rodrigues Cavalcante 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA – PR 
2022 
DATA: 09/08/2022 
 
Portfólio I 
 
No dia 09 de agosto de 2022 foi realizada a primeira aula da matéria de Saúde 
Pública com o intuito de fazer a apresentação da importância da Saúde Pública para 
o trabalho de Enfermagem e alguns assuntos que será abordado na matéria como 
conceitos simples sobre a saúde pública ate a complexa e conhecer as principais 
características da Saúde Coletiva no Brasil e compreender, principalmente, políticas 
nacionais voltadas para a saúde como o SUS e seus princípios. 
 
 
DATA: 16/08/2022 
 
Estratégia Saúde da Família (ESF) 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) visa à reorganização da atenção básica no 
País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério 
da Saúde e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, 
qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do 
processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e 
fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de 
saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo-
efetividade. 
Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional 
(equipe de Saúde da Família – ESF) composta por, no mínimo: médico generalista ou 
especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade, enfermeiro 
generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico de enfermagem; 
e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição 
 
os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em 
Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 
Vigilância em Saúde 
 Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de 
coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre eventos 
relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de 
saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e 
determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, 
prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. 
 
Referência 
 
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para a 
reorientação do modelo assistencial. Brasília, DF, 1997. 
 
2. COSTA, E. M. A.; CARBONE, M. H. Saúde da Família: uma abordagem 
multidisciplinar. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2009. 
 
3. GOHN, M. G. Empoderamento e participação da comunidade em 
políticas sociais. Saúde e Sociedade, v. 13, n. 2, p. 20-31, mai./ago. 
2004. 
 
 
 
 
 
 
 
DATA: 23/08/2022 
Saúde Pública 
 
A Saúde Coletiva propõe um novo modo de organização do processo de trabalho 
em saúde que enfatiza a promoção da saúde, a prevenção de riscos e agravos, a 
reorientação da assistência a doentes, e a melhoria da qualidade de vida, privilegiando 
mudanças nos modos de vida e nas relações entre os sujeitos sociais envolvidos no 
cuidado à saúde da população. 
Portanto, a saúde coletiva privilegia nos seus modelos ou pautas de ação quatro 
objetos de intervenção: políticas (formas de distribuição do poder); práticas 
(mudanças de comportamentos; cultura; instituições; produção de conhecimentos; 
práticas institucionais, profissionais e relacionais); técnicas (organização e regulação 
dos recursos e processos produtivos; corpos/ambientes); e instrumentos (meios de 
produção da intervenção). 
 
Reforma Sanitária no Brasil e o Sistema Único de Saúde (SUS) 
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, 
no início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de 
ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área 
da saúde. Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor 
saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população. 
Grupos de médicos e outros profissionais preocupados com a saúde pública 
desenvolveram teses e integraram discussões políticas. Este processo teve como 
marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. Entre os 
políticos que se dedicaram a esta luta está o sanitarista Sergio Arouca. 
As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do 
direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do 
Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
Princípios do SUS 
Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de 
organização, sendo que é definido como único na Constituição um conjunto de 
elementos doutrinários e de organização do sistema de saúde, os princípios da 
universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização e da participação 
popular. 
Podemos entender o SUS da seguinte maneira: um núcleo comum, que 
concentra os princípios doutrinários, e uma forma e operacionalização, os princípios 
organizativos. 
Princípios Doutrinários 
• Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e 
cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e 
serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de 
sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. 
• Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de 
todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais 
e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade 
significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência 
é maior. 
• Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, 
atendendo a todas as suas necessidades. 
Princípios Organizativos 
Estes princípios tratam, na realidade, de formas de concretizar o SUS na prática. 
• Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em 
níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área 
geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos, e com definição 
e conhecimento da população a ser atendida. 
• Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e 
responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde, 
descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o 
controle e a fiscalização por parte dos cidadãos. 
• Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. 
Para isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, 
que visam formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política 
de saúde. 
Modelos Assistenciais de Saúde 
Modelos assistenciais são a forma como a assistência à saúde é organizada. 
Eles podem variar muito ao longo do tempo e espaço em que estão inseridos, de 
acordo com as mudanças que ocorrem na sociedade como um todo. 
Modelos Hegemônicos: Este modelo privilegia as demandas espontâneas da 
população com atendimento médico unicamente. Tem como características 
principais: individualismo, saúde/doença da mercadoria, a história da prática médica, 
medicalização dos problemas, privilégio da medicina curativa, estímulo ao 
consumismo médico. 
Modelo Sanitarista: Essencialmente constituído de campanhas de saúde, 
programas especiais e vigilâncias. Tem como principais exemplos de sua 
atividade: vacinação, controle de epidemias e erradicação de endemias. 
Modelo Médico Assistencial Privatista: Esse modelo é centrado também na 
demandaespontânea, porém baseado em procedimentos e serviços especializados 
e na clínica. Ainda é o mais prestigiado na sociedade. 
Modelo da Atenção Gerenciada: O presente modelo está fundamentado a 
partir da análise de custo – benefício e custo –, efetividade e na medicina baseada em 
evidências. Tem como principais áreas a epidemiologia clínica, a informática e a 
bioestatística. Como principais aspectos temos a retomada do aspecto saúde/doença 
como mercadoria, o biologismo e a subordinação do consumidor. 
 
 
História Natural da Doença 
A história natural da doença pode ser aplicada a qualquer tipo de doença ou 
agravo à saúde, permitindo ordenar o conhecimento existente e promover novas 
descobertas através da pesquisa. Esse processo, portanto, tem início com a 
exposição a fatores capazes de causar a doença e seu desenvolvimento, se não 
houver a intervenção médica, culminará com a recuperação, incapacidade ou morte. 
 
Referências: 
1. NEGRI, Barjas. Profissionalização de Auxiliares de Enfermagem. 
Brasília – DF, 2002. 140p. ISBN 85-334-0549-9. 
 
2. FLUMINENSE, Universidade Federal. Fundamentos de Saúde Coletiva. 
Apostila de Estudo. Niterói, 2019. 
 
3. Ministério da Saúde. Política Nacional de Vigilância em Saúde. Gov.br. 
Publicado em 20/11/2020. 
 
4. MELDAU, Débora Carvalho. Conheça o SUS e seus Princípios 
Fundamentais. CES.rj. Conselho Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. 
Categoria: Notícias. Publicado em 10/01/2018. 
 
5. WENDHELL, Macks. História Natural da Doença. Pontifícia 
Universidade Católica de Goiás. Escola de Ciências Agrárias e Biológicas. 
Publicado em 22/10/2019 
 
 
 
 
DATA: 30/08/2022 
 
Política Nacional de Promoção da Saúde 
A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) baseia-se no conceito 
ampliado de saúde e apresenta a promoção da saúde como um conjunto de 
estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo com 
responsabilidades para os três entes federados. 
Objetivo: Promover a equidade e a melhoria das condições e dos modos de viver, 
ampliando a potencialidade da saúde individual e coletiva e reduzindo 
vulnerabilidades e riscos à saúde decorrentes dos determinantes sociais, econômicos, 
políticos, culturais e ambientais. 
Objetivos específicos: 
Estimular a promoção da saúde como parte da integralidade do cuidado na Rede 
de Atenção à Saúde, articulada às demais redes de proteção social. 
II. Contribuir para a adoção de práticas sociais e de saúde centradas na 
equidade, na participação e no controle social, a fim de reduzir as desigualdades 
sistemáticas, injustas e evitáveis, respeitando as diferenças de classe social, de 
gênero, de orientação sexual e a identidade de gênero; entre gerações; étnico-raciais; 
culturais; territoriais; e relacionadas às pessoas com deficiências e necessidades 
especiais. 
III. Favorecer a mobilidade humana e a acessibilidade; o desenvolvimento 
seguro, saudável e sustentável. 
IV. Promover a cultura da paz em comunidades, territórios e municípios. 
V. Apoiar o desenvolvimento de espaços de produção social e ambientes 
saudáveis, favoráveis ao desenvolvimento humano e ao bem-viver. 
VI. Valorizar os saberes populares e tradicionais e as práticas integrativas e 
complementares. 
VII. Promover o empoderamento e a capacidade para a tomada de decisão, e 
também a autonomia de sujeitos e de coletividades, por meio do desenvolvimento de 
habilidades pessoais e de competências em promoção e defesa da saúde e da vida. 
VIII. Promover processos de educação, de formação profissional e de 
capacitação específicos em promoção da saúde, de acordo com os princípios e os 
valores expressos nesta Política, para trabalhadores, gestores e cidadãos. 
IX. Estabelecer estratégias de comunicação social e de mídia direcionadas tanto 
ao fortalecimento dos princípios e das ações em promoção da saúde quanto à defesa 
de políticas públicas saudáveis. 
X. Estimular a pesquisa, a produção e a difusão de conhecimentos e de 
estratégias inovadoras no âmbito das ações de promoção da saúde. 
XI. Promover meios para a inclusão e a qualificação do registro de atividades de 
promoção da saúde e da equidade nos sistemas de informação e de inquéritos, 
permitindo a análise, o monitoramento, a avaliação e o financiamento das ações. 
XII. Fomentar discussões sobre os modos de consumo e de produção que 
estejam em conflito de interesses com os princípios e com os valores da promoção da 
saúde e que aumentem vulnerabilidades e riscos à saúde. 
XIII. Contribuir para a articulação de políticas públicas inter e intrassetoriais com 
as agendas nacionais e internacionais. 
 
Diretrizes: Compreendidas como linhas que fundamentam as ações e explicitam 
as suas finalidades, são diretrizes da PNPS: 
 I. O estímulo à cooperação e à articulação intrassetorial e intersetorial para 
ampliar a atuação sobre determinantes e condicionantes da saúde. 
II. O fomento ao planejamento de ações territorializadas de promoção da saúde 
com base no reconhecimento de contextos locais e no respeito às diversidades, a Hm 
de favorecer a construção de espaços de produção social, ambientes saudáveis e a 
busca da equidade, da garantia dos direitos humanos e da justiça social. 
III. O incentivo à gestão democrática, participativa e transparente para fortalecer 
a participação, o controle social e as corresponsabilidades de sujeitos, coletividades, 
instituições e de esferas governamentais e da sociedade civil. 
IV. A ampliação da governança no desenvolvimento de ações de promoção da 
saúde que sejam sustentáveis nas dimensões política, social, cultural, econômica e 
ambiental. 
V. O estímulo à pesquisa, à produção e à difusão de experiências, 
conhecimentos e evidências que apoiem a tomada de decisão, a autonomia, o 
empoderamento coletivo e a construção compartilhada de ações de promoção da 
saúde. 
VI. O apoio à formação e à educação permanente em promoção da saúde para 
ampliar o compromisso e a capacidade crítica e reflexiva dos gestores e trabalhadores 
de saúde, bem como o incentivo ao aperfeiçoamento de habilidades individuais e 
coletivas para fortalecer o desenvolvimento humano sustentável. 
VII. A incorporação das intervenções de promoção da saúde no modelo de 
atenção à saúde, especialmente no cotidiano dos serviços de atenção básica em 
saúde, por meio de ações intersetoriais. 
VIII. A organização dos processos de gestão e de planejamento das variadas 
ações intersetoriais, como forma de fortalecer e promover a implantação da PNPS na 
Rede de Atenção à Saúde (RAS), de modo transversal e integrado, compondo 
compromissos e corresponsabilidades para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à 
saúde vinculados aos determinantes sociais. 
 
Temas Transversais 
Os temas transversais são referências para a formulação de agendas de 
promoção da saúde e para a adoção de estratégias e temas prioritários, operando em 
consonância com os princípios e os valores do SUS e da PNPS. 
I. Determinantes Sociais da Saúde (DSS), equidade e respeito à 
diversidade: Significa identificar as diferenças nas condições e nas oportunidades de 
vida, buscando alocar recursos e esforços para a redução das desigualdades injustas 
e evitáveis, por meio do diálogo entre os saberes técnicos e populares. 
II. Desenvolvimento sustentável: Refere-se a dar visibilidade aos modos de 
consumo e de produção relacionados ao tema priorizado, mapeando possibilidades 
de intervir naqueles que sejam deletérios à saúde, adequando tecnologias e 
potencialidades de acordo com as especificidades locais, sem comprometer as 
necessidades futuras. 
III. Produção de saúde e cuidado: Representa incorporar o tema na lógica de 
redes que favoreçam práticas de cuidado humanizadas, pautadas nas necessidades 
locais, de modo que reforcem a ação comunitária, a participação e o controle social, 
e que promovam o reconhecimento e o diálogo entre as diversas formasdo saber 
(popular, tradicional e científico), construindo práticas pautadas na integralidade do 
cuidado e da saúde. 
IV. Ambientes e territórios saudáveis: Significa relacionar o tema priorizado 
com os ambientes e os territórios de vida e de trabalho das pessoas e das 
coletividades, identificando oportunidades de inclusão da promoção da saúde nas 
ações e atividades desenvolvidas, de maneira participativa e dialógica. 
V. Vida no trabalho: Compreende interrelacionar o tema priorizado com o 
trabalho formal e não formal e com os distintos setores da economia (primário, 
secundário e terciário), considerando os espaços urbano e rural e identificando 
oportunidades de operacionalização na lógica da promoção da saúde para ações e 
atividades desenvolvidas nos distintos locais, de maneira participativa e dialógica. 
VI. Cultura da paz e direitos humanos: Consiste em criar oportunidades de 
convivência, de solidariedade, de respeito à vida e de fortalecimento de vínculos, 
desenvolvendo tecnologias sociais que favoreçam a mediação de conflitos diante de 
situações de tensão social, garantindo os direitos humanos e as liberdades 
fundamentais, reduzindo as violências e construindo práticas solidárias e da cultura 
de paz. 
 
 
 
Eixos Operacionais 
Eixos operacionais são estratégias para concretizar ações de promoção da 
saúde, respeitando os valores, os princípios, os objetivos e as diretrizes da PNPS. 
I. Territorialização: 
A regionalização é uma diretriz do SUS e um eixo estruturante com o Hm de 
orientar a descentralização das ações e dos serviços de saúde e de organizar a Rede 
de Atenção à Saúde. O processo de regionalização considera a abrangência das 
regiões de saúde e sua articulação com os equipamentos sociais nos territórios. 
Também observa as pactuações interfederativas, a definição de parâmetros de escala 
e de acesso e a execução de ações que identifiquem singularidades territoriais para o 
desenvolvimento de políticas, programas e intervenções, ampliando as ações de 
promoção à saúde e contribuindo para fortalecer as identidades regionais. 
II. Articulação e cooperação intrassetorial e intersetorial: 
Compartilhamento de planos, de metas, de recursos e de objetivos comuns entre 
os diferentes setores e entre diferentes áreas do mesmo setor. 
III. Rede de Atenção à Saúde: 
Transversalizar a promoção na Rede de Atenção à Saúde, favorecendo práticas 
de cuidado humanizadas, pautadas nas necessidades locais, na integralidade do 
cuidado, articulando-se com todos os equipamentos de produção da saúde do 
território, como atenção básica, redes prioritárias, vigilância em saúde, entre outros. 
Articular a Rede de Atenção à Saúde com as demais redes de proteção social, 
vinculando o tema a uma concepção de saúde ampliada, considerando o papel e a 
organização dos diferentes setores e atores que, de forma integrada e articulada, por 
meio de objetivos comuns, atuem na promoção da saúde. 
IV. Participação e controle social: 
Ampliação da representação e da inclusão de sujeitos na elaboração de políticas 
públicas e nas decisões relevantes que afetam a vida dos indivíduos, da comunidade 
e dos seus contextos. 
 
V. Gestão: 
Priorização de processos democráticos e participativos de regulação e controle, 
de planejamento, de monitoramento, de avaliação, de financiamento e de 
comunicação. 
VI. Educação e formação: 
Incentivo à atitude permanente de aprendizagem sustentada em processos 
pedagógicos problematizadores, dialógicos, libertadores, emancipatórios e críticos. 
VII. Vigilância, monitoramento e avaliação: 
Utilização de múltiplas abordagens na geração e na análise de informações 
sobre as condições de saúde de sujeitos e de grupos populacionais para subsidiar 
decisões, intervenções, e para implantar políticas públicas de saúde e de qualidade 
de vida. 
VIII. Produção e disseminação de conhecimentos e saberes: 
Estímulo a uma atitude reflexiva e resolutiva sobre problemas, necessidades e 
potencialidades dos coletivos em cogestão, compartilhando e divulgando os 
resultados, de maneira ampla, com a coletividade. 
IX. Comunicação social e mídia: 
Uso das diversas expressões comunicacionais, formais e populares para 
favorecer a escuta e a vocalização dos distintos grupos envolvidos, contemplando 
informações sobre o planejamento, a execução, os resultados, os impactos, a 
eficiência, a eficácia, a efetividade e os benefícios das ações. 
 
Referências 
 
1. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). 
Revisão da Portaria MS/GM n°687, de 30 de março de 2006. Brasília – Df, 
2015. ISBN 978-85-334-2244-5. 
 
DATA: 06/09/2022 
 
Bases Legais e os Princípios Doutrinários do SUS 
O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 20 anos em 2008. Sua criação foi 
resultado de um processo social marcado por uma luta política, e seus princípios 
coincidem com as bandeiras levantadas pelo movimento de redemocratização do 
país. Assim, não é por acaso que sua implantação reflete fortemente o processo de 
descentralização política e a abertura de espaços de participação democrática após 
1988. 
O SUS é criado no texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, 
mais especificamente na Seção II – da Saúde, Capítulo II – da Seguridade Social, 
Título VIII – da Ordem Social. 
O texto final aprovado incorporou as grandes demandas do movimento sanitário, 
tais como: 
• A saúde entendida amplamente como resultado de políticas econômicas 
e sociais; 
• A saúde como direito de todos e dever do Estado; 
• A relevância pública das ações e dos serviços de saúde; 
• A criação de um sistema único de saúde, organizado pelos princípios da 
descentralização, do atendimento integral e da participação da 
comunidade. 
A Lei N° 8.080/90 
A Lei Orgânica da Saúde – Lei º 8.080 de 19 de setembro de 1990 foi elaborada 
para regulamentar o SUS, criado na Constituição Federal. Esta lei dispõe sobre as 
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e outras providências. 
De acordo com essa lei, são objetivos do Sistema Único de Saúde: 
• A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes 
da saúde; 
• A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos 
econômico e social, as condições indispensáveis ao pleno exercício da 
saúde; 
• A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção 
e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações 
assistenciais e das atividades preventivas. 
Responsabilidades das esferas de gestão 
Competência Federal: Promover a articulação com os estados para apoio à 
implantação e supervisão das ações referentes às ações de promoção da saúde, 
desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação das ações de promoção 
da saúde para instrumentalização de processos de gestão e definir ações de 
promoção da saúde intersetoriais e pluriinstitucionais de abrangência nacional que 
possam impactar positivamente nos indicadores de saúde da população. 
Competência Estadual: Realizar apoio institucional às Secretarias Municipais 
e às regiões de saúde no processo de implantação, implementação e consolidação 
da PNPS; apoiar e elaborar materiais de divulgação visando à socialização da 
informação e à divulgação de programas, planos, projetos e ações de promoção da 
saúde e promover cooperação, espaços de discussão e trocas de experiências e de 
conhecimentos sobre a promoção da saúde. 
Competência Municipal: Identificar e promover canais de participação no 
processo decisório para o desenvolvimento e a sustentabilidade das ações de 
promoção da saúde e apoiar e promover, de forma privilegiada, a execução de 
programas, planos, projetos e ações diretamente relacionados à promoção da saúde, 
considerando o perfil epidemiológico e as necessidades do seu território. 
Conselho de SaúdeÉ um órgão colegiado, deliberativo e permanente do Sistema Único de Saúde 
(SUS) em cada esfera de governo. Faz parte da estrutura das secretarias de saúde 
dos municípios, dos estados e do governo federal e deve funcionar mensalmente, ter 
ata que registre suas reuniões e infraestrutura que dê suporte ao seu funcionamento. 
Faz parte desse órgão colegiado representantes do governo, dos usuários, dos 
profissionais de saúde e dos prestadores de serviços e atua na formulação de 
estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, analisando e aprovando o plano de saúde e relatório de 
gestão e informa a sociedade sobre a sua atuação. 
Conferências de Saúde 
A Conferência de Saúde é um espaço democrático previsto na Lei 8.142/90. 
Deve ser realizada a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos 
sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da 
política de saúde em cada nível de governo. Cabe ao Poder Executivo convocar a 
Conferência de Saúde, mas na sua omissão cabe extraordinariamente ao Conselho 
de Saúde sua convocação. 
 
 
 
Referências 
 
1. ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA. Objeto de Aprendizagem. 
Bases Legais do SUS: Leis Orgânicas da Saúde. FIOCRUZ, Mato 
Grosso do Sul. 
 
2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Promoção da Saúde 
(PNPS). Revisão da Portaria MS/GM n°687, de 30 de março de 2006. 
Brasília – Df, 2015. ISBN 978-85-334-2244-5. 
 
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conselhos de Saúde: a responsabilidade do 
controle social democrático do SUS. Conselho Nacional de Saúde. 2° 
edição. Brasília – DF, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
DATA: 13/09/2022 
 
Normas Operacionais e os Princípios Organizativos do SUS 
 
Nas aulas anteriores foi estudado e apresentado os princípios do SUS que são 
a Universalidade, a Equidade e a Integridade. Eles devem se articular com algumas 
Diretrizes constituintes da base para a organização do nosso sistema de saúde. 
As diretrizes do SUS são, portanto, o conjunto de recomendações técnicas e 
organizacionais voltadas para problemas específicos, produzidas pelo Ministério da 
Saúde, com o concurso de especialistas de reconhecido saber na área de atuação, 
de abrangência nacional, e que funcionam como orientadores da configuração geral 
do sistema em todo o território nacional, respeitadas as especificidades de cada 
unidade federativa e de cada município. 
As diretrizes, apesar de parecerem uma coisa técnica demais, acabam tendo 
bastante influência no modo como os sistemas municipais de saúde são organizados, 
até mesmo porque, de uma maneira geral, elas são acompanhadas de recursos 
financeiros para a sua execução. 
 
Diretrizes do SUS 
 
A partir da análise da legislação do SUS e dos textos que tematizam sua 
organização, identificamos três diretrizes que devem se articular com os princípios do 
SUS: 
• Descentralização; 
• Regionalização e hierarquização; 
• Participação da comunidade; 
É por intermédio dessas diretrizes, tendo em vista o alicerce estrutural dos 
princípios da universalidade, equidade e integralidade, que o SUS deve se organizar. 
São estes os meios pelos quais escolhemos atingir os objetivos do sistema de saúde 
brasileiro. 
I. Diretriz da descentralização 
O debate entre centralização x descentralização é antigo e não pode ser tratado 
separadamente nem no sentido histórico e nem no sentido político, sob o risco de ser 
reduzido discussão de questões de cunho técnico ou ideológico. Se por um lado a 
completa centralização leva organização de um Estado totalitário; por outro, a 
completa e radical descentralização levaria dissolução da noção de Estado 
II. Diretriz da regionalização e hierarquização 
Essa diretriz diz respeito a uma organização do sistema que deve focar a noção 
de território, onde se determinam perfis populacionais, indicadores epidemiológicos, 
condições de vida e suporte social, que devem nortear as ações e serviços de saúde 
de uma região. 
Essa concepção aproxima a gestão municipal dos problemas de saúde, das 
condições de vida e da cultura que estão presentes nos distritos ou regiões que 
compõem o município. A lógica proposta é: quanto mais perto da população, maior 
ser a capacidade de o sistema identificar as necessidades de saúde e melhor ser a 
forma de gestão do acesso e dos serviços para a população. 
III. Diretriz da participação da comunidade 
A participação da comunidade tornou-se uma diretriz da forma de organização e 
operacionalização do SUS em todas as suas esferas de gestão, confundindo-se 
mesmo com um princípio, constando do texto constitucional como uma das marcas 
identitárias do sistema ao lado da universalidade, integralidade e descentralização. 
 
Normas Operacionais Básicas do SUS 
Definem as competências de cada esfera de governo e as condições 
necessárias para que Estados e Municípios possam assumir as responsabilidades 
dentro do Sistema. São instrumentos utilizados para a definição de estratégias a partir 
da avaliação periódica de implantação e desempenho do SUS. 
Estabelece condições de gestão do município a habilitação dos municípios às 
diferentes condições de gestão significa a declaração dos compromissos assumidos 
por parte do gestor perante os outros gestores e perante a população sob sua 
responsabilidade. A partir desta NOB, os municípios podem habilitar-se em duas 
condições: 
A. Gestão plena da atenção básica 
B. Gestão plena do sistema municipal 
As Normas Operacionais Básicas, por sua vez, a partir da avaliação do estágio 
de implantação e desempenho do SUS, se voltam, mais direta e imediatamente, para 
a definição de estratégias e movimentos táticos, que orientam a operacionalidade 
deste Sistema. 
 
Norma Operacional Básica 91 (NOB-SUS 91) 
A presente Norma Operacional Básica tem por objetivo fornecer instruções aos 
responsáveis pela implantação e operacionalização do Sistema Único de Saúde – 
SUS, elaborada de conformidade com as Leis n.º 8.074/90 e 8.080/90. São 
estabelecidas nesta Norma tanto os aspectos de natureza operacional como também 
aqueles intrinsecamente necessários ao gerenciamento dos serviços e ações de 
saúde estabelecidos pela Constituição de 1988, nos três níveis de governo, como 
também do controle, acompanhamento e fiscalização da aplicação dos recursos. 
Pretende-se que através do conhecimento e domínio total das instruções aqui 
contidas e da subsequente familiarização com o sistema de financiamento implantado 
possa ser adotada a política proposta, baseada na concessão de um crédito de 
confiança aos Estados e Municípios, sem prejuízo do acompanhamento a ser exercido 
pelos mecanismos de controle e avaliação que. estão sendo desenvolvidos. 
Objetiva a familiarização com o sistema de financiamento implantado, visando a 
adoção da nova política de financiamento do SUS, o orçamento do INAMPS, definido 
para o exercício de 1991, dividido em 5 itens: financiamento da atividade ambulatorial 
proporcional à população; recursos transferidos na forma de AIHs a cada unidade 
executora, proporcional à população; custeio da máquina administrativa do 
INAMPS/MS; custeio de Programas Especiais em saúde, e investimento. 
• Normatiza o SIH/SUS e SAI/SUS 
• Define o quantitativo de AIH para os estados 
• Define os critérios de transferências da UCA (unidade de cobertura 
ambulatorial) aos estados e municípios 
• Estados e Municípios têm caráter de prestadores de serviços 
 
Norma Operacional Básica 92 (NOB-SUS 92) 
A presente Norma Operacional Básica da Assistência à Saúde do Sistema Único 
de Saúde para 1992 (NOB – SUS/92), da Secretaria Nacional de Assistência à Saúde, 
tem como objetivos normalizar a assistência à saúde no SUS; estimular a implantação, 
o desenvolvimento e o funcionamento do sistema; e dar forma concreta e instrumentos 
operacionais à efetivação dos preceitos constitucionais da saúde. Saúde,entendida 
como direito de todo cidadão e dever do Estado, a ser garantido pelo acesso gratuito, 
universal e equânime a um conjunto de ações e serviços de saúde organizados e 
distribuídos de forma regionalizada e articulados de forma hierarquizada, constituindo 
um sistema único, com gestor único em cada esfera de governo, de execução 
municipalista em termos operacionais e gerenciais, com obrigatória participação da 
sociedade organizada no seu planejamento, execução, controle e avaliação. 
 
Norma Operacional Básica 93 (NOB-SUS 93) 
A presente Norma Operacional Básica tem por finalidade primordial promover e 
consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, 
da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes (Artigo 30, incisos V e 
VII, e Artigo 32, Parágrafo 1º, da Constituição Federal), com a consequente 
redefinição das responsabilidades dos Estados, do Distrito Federal e da União, 
avançando na consolidação dos princípios do SUS. 
Ao tempo em que aperfeiçoa a gestão do SUS, esta NOB aponta para uma 
reordenação do modelo de atenção à saúde, na medida em que redefine: 
a) os papéis de cada esfera de governo e, em especial, no tocante à direção 
única; 
b) os instrumentos gerenciais para que municípios e estados superem o 
papel exclusivo de prestadores de serviços e assumam seus respectivos 
papéis de gestores do SUS; 
c) os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e 
continuamente a remuneração por produção de serviços e ampliando as 
transferências de caráter global, fundo a fundo, com base em 
programações ascendentes, pactuadas e integradas; 
d) a prática do acompanhamento, controle e avaliação no SUS, superando 
os mecanismos tradicionais, centrados no faturamento de serviços 
produzidos, e valorizando os resultados advindos de programações com 
critérios epidemiológicos e desempenho com qualidade; 
e) os vínculos dos serviços com os seus usuários, privilegiando os núcleos 
familiares e comunitários, criando, assim, condições para uma efetiva 
participação e controle social. 
 
Norma Operacional Básica 96 (NOB-SUS 96) 
A NOB/SUS 96 - publicada no DOU de 6/11/96, por meio da portaria n.º 2.203 e 
alterada pela portaria 1882 de 18/12/97- foi resultado de amplo e participativo 
processo de discussão. O foco central da NOB é a redefinição do modelo de gestão, 
o que representa um importante marco no processo de consolidação do SUS e, por 
conseguinte, no efetivo cumprimento dos princípios e diretrizes que o orientam. 
O gestor municipal irá, por conseguinte, prover aos seus munícipes a atenção à 
saúde por eles requerida, com a devida cooperação técnica e financeira da União e 
dos estados, caracterizando um processo de transformação profunda, no qual se 
desloca poder - gestão, atribuições e decisões - para o nível mais local do Sistema. 
Na NOB 96 está definido que os gestores Federal e Estadual são os promotores 
da harmonização, modernização e integração do SUS, nas dimensões nacional e 
estadual, respectivamente. Essa tarefa acontece, especialmente, na Comissão 
Intergestores Bipartite - CIB -, no âmbito estadual, e na Comissão Intergestores 
Tripartite - CIT - no âmbito nacional. 
O desempenho dos papéis que cabem aos gestores concretiza-se mediante um 
conjunto de responsabilidades, que estão detalhadas na NOB, o que caracteriza a 
palavra-chave do novo modelo que é a responsabilização de cada gestor, de cada 
instância de governo. 
 
Referências 
1. MATTA, G. C. A. Construção da integralidade nas estratégias de 
atenção básica em saúde. In: EPSJV. (Org.). Estudos de Politecnia e 
Saúde. Rio de Janeiro: EPSJV, Fiocruz, 2006 
 
2. SCATENA, G. H. João. TANAKA, Y, Oswaldo. Os instrumentos 
Normalizadores (NOB) no processo de Descentralização da Saúde. 
Saúde e Sociedade 10(2):47-74, 2001 
 
3. SECRETARIA DE SAÚDE. Financiamento Sistema Único de Saúde 
SUS. Bahia, Governo do Estado. Salvador – fevereiro 2017. SUS 
 
4. AKEL, Ricardo. Resolução N°. 258 de 07 de Janeiro de 1991. Instituto 
de Assistência Médica da Previdência Social. Of. s/n° 
 
5. VIRTUAL, H. Norma Operacional Básica do SUS – NOB/96. 
Universidade Estadual de Campinas. Realização NIB. 1997. Material 
extraído da página www.saude.gov.br/descent/nob96.htm 
 
6. MINISTÉRIO DA SAÚDE. NOB – SUS 1996. Norma Operacional Básica 
do Sistema Único de Saúde – SUS. 1ª. Edição. 34 p. Brasília, 1997. 
 
 
http://www.saude.gov.br/descent/nob96.htm

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