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GESTÃO DE OPERAÇÕES DE CÂMBIO APRESENTAÇÃO #CURRÍCULO LATTES# Carolina Freitas Mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE (2019). Especialista em Tecnologias Aplicadas ao Ensino à Distância pelo Centro Universitário Cidade Verde. Graduada em Ciências Econômicas pelo Centro Universitário Cidade Verde (2016). Atualmente é Tutora Educacional T44 do Centro Universitário Cidade Verde (UniFCV). Possui experiência na área de Economia Internacional e Desenvolvimento Econômico, atuando principalmente nos temas: Investimento Estrangeiro Direto e Desigualdade Salarial. INFORMAÇÕES RELEVANTES: • Graduada em Ciências Econômicas pela Centro Universitário Cidade Verde • Especialista em Tecnologias Aplicadas no Ensino a Distância pelo Centro Universitário Cidade Verde • Mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná • Tutora da Centro Universitário Cidade Verde • Lattes: http://lattes.cnpq.br/9821590216362576 #CURRÍCULO LATTES# APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Seja muito bem-vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), na nossa disciplina de Gestão de Operações de Câmbio iniciamos uma jornada a fim de abrir os nossos horizontes no campo econômico e financeiro, seja está ao envolvimento teórico dos modelos cambiais como também, as operações e mercado brasileiro. Convido você a construir um maior entendimento das diferentes operações de câmbio existentes. Neste material abordaremos os conceitos de operações de câmbio. Você pode estar se questionando quais são esses conceitos. Esses estão ligados a uma definição de câmbio, paridade de poder de compra, modelos de câmbio (fixo e flutuante), o que são as minidesvalorizações, quem são os arbitradores e os especuladores. Como também os conceitos estão ligados às operações (futuras, prontas, Swap e simbólicas) e as arbitragens de câmbio e juros. Isto posto, na Unidade I, você estudará uma introdução sobre a taxa de câmbio e a moeda. Na Unidade II, vamos compreender os tipos de câmbio existentes e o que os agentes de mercado fazem e como agem. Na sequência, a Unidade III tem como abordagem as operações de câmbio (operações e arbitragens). Na nossa unidade IV finalizaremos com um estudo do mercado de câmbio no mercado brasileiro. Espero que você aproveite a leitura do material confeccionado com muito cuidado. Espero contribuir com o seu conhecimento profissional e também pessoal. Bons estudos! #APRESENTAÇÃO DA APOSTILA# UNIDADE I TAXA DE CÂMBIO E MOEDA Professora Ma. Carolina Freitas Plano de Estudo ● Oferta e demanda de moedas estrangeiras; ● Taxa de Câmbio e preços relativos; ● Moedas Conversíveis; ● Paridade do Poder de Compra; ● Definição de Câmbio; ● Preços Domésticos e Estrangeiros. Objetivos de Aprendizagem ● Analisar a oferta e demanda de moedas estrangeiras; ● Entender o que é a taxa de câmbio; ● Estudar as moedas conversíveis. INTRODUÇÃO Olá, caro(a) Estudante! Seja bem vindo(a) a nossa primeira unidade da apostila, em que veremos conceitos importantes para as operações de câmbio. Entre os principais estudos da economia está a troca de bens e serviços entre países, que nos levam às funções da moeda, no que diz respeito aos meios de troca, reserva de valor e unidade de conta. O conhecimento das funções da moeda nos levam a uma compreensão da importância da existência da taxa de câmbio, como também o que é um preço relativo, visto a presença de unidades monetárias diferentes entre países. Além disso, a compreensão conceitual da taxa de câmbio nos leva a nos questionar a fundamentalidade das moedas conversíveis. A partir dos conceitos de taxa de câmbio e moeda, estudaremos também a Paridade de Poder de Compra (PPC) em que aprenderemos através de exemplos a compreender esta teoria tão significativa para a economia internacional. Por fim, vamos compreender a definição de taxa de câmbio real e nominal, como também a demanda e oferta de preços domésticos e estrangeiros. Bons estudos! 1 OFERTA E DEMANDA DE MOEDAS ESTRANGEIRAS Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/stack-money-coin-trading-graph-financial- 1389723656 Podemos compreender que o surgimento da moeda é composto por três funções: meio de troca de valor, conversibilidade da moeda e reserva internacional. Sabemos que também cada país possui uma moeda para a economia, sendo necessário um meio de transferência de recursos entre países. Como citado anteriormente, a moeda como função o meio de troca, entende- se como então o intermediário para as transações econômicas, facilitando a aquisição de mercadorias e serviços. Com isso, a moeda torna-se parte do nosso dia a dia, seja essa nos meios de transações comerciais internas ou externas. (BORGES, 2018). Agora que compreendemos que a existência da moeda acontece devido a determinadas funções, podemos compreender que a taxa de câmbio é o preço de uma moeda doméstica para uma unidade de moeda estrangeira. Em outras palavras, a definição de taxa de câmbio é o preço de uma moeda nos termos de outra. Devido ao fato do arcabouço constituído as funções da moeda e também o que é a taxa de câmbio, a mesma possui demanda e oferta assim como os demais produtos. Quando a taxa de câmbio é flexível, a demanda e a oferta definirão por um determinado período o valor da taxa de câmbio. Primeiramente, vamos estudar o lado da oferta em relação a taxa de câmbio: A oferta é dependente do volume de exportações que um país realiza, pois a moeda estrangeira obtida pelas vendas entre países dispõem de troca para a moeda nacional. Além disso, as entradas de capitais externos objetivam a troca por moeda nacional. Isto posto, podemos concluir que quando um exportador realiza sua venda de bens e serviços para outros países, o comprador (importador) irá remeter divisas (na moeda internacional), o Banco Central dessa forma ficará com os dólares e pagará ao exportador o valor do contrato na moeda nacional. Vamos olhar o lado da demanda. A demanda da taxa de câmbio é dependente do volume de importações, visto que os importadores precisam do valor da moeda estrangeira para pagar suas compras realizadas em outros países. Outro fator importante para a demanda da taxa de câmbio são as saídas de capitais externos, que acontecem em forma de amortizações de empréstimos, pagamentos dos juros e também remessas de lucros e dividendos. Agora, vamos conhecer os preços relativos e a taxa de câmbio?! 2 TAXA DE CÂMBIO E PREÇOS RELATIVOS Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/wallet-coins-on-wooden-table-close-1918786676 Para compreendermos o arcabouço de preços relativos, precisamos que a análise possa ocorrer em um mercado isoladamente, levando a uma suposição de que os demais mercados são constantes. Em outras palavras, o mercado em análise não é afetado e nem poderá afetar outras variáveis. Mas, quais são as vantagens ao analisarmos o mercado dessa forma? Assim, é possível apurar os efeitos que uma variável pode gerar isoladamente, sem os efeitos que outras variáveis podem vir a provocar. O nome dessa hipótese é ceteris paribus, e a mesma nos levam a um conhecimento de variáveis que possam vir a influenciar compradores e vendedores. Então, o que é um preço relativo? É a análise do preço de um bem em relação a outras mercadorias. Vamos seguir um exemplo? Caso o preço da margarina caia 20% e também o preço da manteiga venha a decair 20%, a demanda dessas mercadorias nada iria acontecer (considerando que as outras variáveis continuem constantes). Porém, agora vamos considerar se o preço da manteiga cair 20% eo da margarina continuar inalterado, e tudo o mais constante, podemos esperar um aumento da procura por manteiga. Agora, vamos considerar os preços relativos aplicados a uma taxa de câmbio. Levamos em consideração que a moeda é a expressão do valor de uma mercadoria, em um mundo globalizado e de economias abertas, uma moeda nacional possui um preço quando relacionada às demais moedas. Ao pensarmos que a taxa de câmbio é a expressão de uma quantidade de moeda para adquirir outra, o câmbio se tornou um instrumento que nos permite comparar os preços relativos de moedas diferentes. (KRUGMAN, 2015). Isso se dá basicamente por que a taxa de câmbio não pode ser vista de uma forma unilateral, dado que a mesma nos leva a uma comparação no valor de duas unidades monetárias. Devemos assim realizar a expressão da taxa de câmbio como real/euro, dólar/euro, real/dólar e outros e não por “taxa de câmbio americana”. Vamos a um exemplo? Maria precisa optar quanto gastar em casacos norte americano e quanto gastar em biquínis brasileiros, traduzindo os preços de ambas as mercadorias em uma moeda comum (dólar) para calcular os preços dos biquínis em termos de casacos. Supõe-se que a taxa de câmbio seja US$2,00 por real. Isso significa que Maria paga nos Estados Unidos US$200,00 por biquíni que custa R$100 no Brasil. O preço de um casaco norte-americano é US$150, o preço de um biquíni em termos a um casaco é de US$200,00 (unidade de biquíni)/US$150 (unidade de casado) = 1,33 biquíni por casaco. Assim, o brasileiro enfrentará um preço relativo de R$100,00 (unidade de biquíni)/US$75 (unidade de casaco) = 1,33. Conforme Krugman (2015, p. 273) com todo o resto igual, uma valorização da moeda de um país aumenta o preço relativo de suas exportações e diminui o preço relativo de suas importações. De forma contrária, uma depreciação diminui o preço relativo das exportações de um país e aumenta o preço relativo de suas importações. 3 MOEDAS CONVERSÍVEIS Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/flat-view-pennies-united-states-currency- 626430617 Krugman (2015) afirma que uma economia única ao aceitar uma moeda nacional vem a eliminar custos. Com o intuito de tornar eficaz o comércio internacional, o Fundo Monetário Internacional (FMI) buscou promover as moedas nacionais conversíveis quando possível. Então, o que podemos compreender o que é moeda conversível? É aquela moeda que pode ser trocada de forma livre por outras moedas estrangeiras, por exemplo, a moeda norte-americana (dólar) se tornou conversível em 1945. Outra moeda conversível é a moeda canadense (dólar canadense) em 1945 também. Em outras palavras, a moeda conversível significa que uma pessoa que mora no Canadá pode adquirir dólar e usá-los para fazer compras nos Estados Unidos, e também pode vender a mesma moeda no mercado de câmbio no Canadá ou para o Banco do Canadá. Agora você pode se perguntar o que aconteceria se houvesse a inconversibilidade da moeda. Caso houvesse uma inconversibilidade, o comércio internacional seria grandemente difícil. Vamos pensar em uma hipótese: um brasileiro pode se recusar a vender mercadorias para um argentino em troca de pesos argentinos inconversíveis, pois esses pesos poderiam apenas ser utilizados de acordo com as determinações do governo da Argentina. Ao olhar brasileiro, sem o mercado em reais conversível, o argentino não é capaz de obter a moeda brasileira para então comprar mercadorias brasileiras. Ao compreendermos essa hipótese, a resolução para meios de troca entre países seria a do escambo, prática utilizada de troca direta de mercadorias por outras mercadorias. Visto os benefícios da moeda conversível, a Europa seguiu o exemplo norte-americano e canadense restaurando a conversibilidade até o final 1958 e o Japão em 1964. Fatores relevantes para a economia mundial e marco da conversibilidade foi o dólar norte-americano com a sua posição especial do Sistema de Bretton Woods (veremos na nossa Unidade II) e o domínio político do país fez com que o dólar torna- se a moeda chave no período pós-guerra. Com isto, o comércio internacional seguiu a tendência de faturar em dólares, os acordos entre importadores e exportadores aconteciam em dólares, levando ao dólar a uma moeda internacional em um meio universal de compra, unidade de conta e reserva de valor. Muitos bancos centrais acreditavam na vantagem de manter suas reservas internacionais em forma de ativos de dólar remunerados. (KRUGMAN, 2015). A partir do momento em que a Europa tomou a restauração da conversibilidade da moeda, a natureza das limitações de políticas monetárias começaram a mudar. Quanto mais o comércio da moeda se expandia, mais os mercados financeiros em diversos países tornavam-se integrados. Levando ao início da criação do mercado de câmbio dos dias atuais. Neste contexto mundial, as oportunidades vieram a crescer para o movimento dos fundos através das fronteiras. Além de que, as taxas de juros nacionais se tornaram profundamente ligadas umas às outras, como também maior velocidade de mudanças políticas para ganhar ou perder reservas internacionais. A partir de 1958, os bancos centrais começaram a atentar-se às condições financeiras estrangeiras para que não houvesse o risco de perder reservas súbitas (para não ficar sem os recursos necessários para atrelar a taxa de câmbio). 4 PARIDADE DE PODER DE COMPRA Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/penny-stacks-280025948 Conforme Krugman (2015), a teoria que compõe a Paridade de Poder de Compra (PPC) tem como base a confirmação de que a taxa de câmbio entre as unidades monetárias de dois países é igual à razão dos níveis de preços desses países. Mas antes de compreender o que é a paridade de poder de compra entre países, vamos compreender o conceito de poder de compra nacional da moeda. O mesmo é refletido no nível de preços de bens e serviços do país, no preço do dinheiro de uma determinada cesta de mercadorias e serviços. A PPC prediz que uma quebra do poder de compra da moeda em um país está associada a uma depreciação correspondente da moeda no mercado de câmbio estrangeiro. De modo inverso, a PPC prevê que um aumento no poder de compra nacional da moeda está ligado a uma valorização proporcional da moeda. Vamos analisar a PPC através de símbolos, podemos compreender que 𝑃𝐵𝑅 é o preço do real de uma cesta de mercadorias vendida no Brasil e 𝑃𝑈𝑆𝐴 é o preço em dólares dessa mesma cesta nos Estados Unidos. A paridade de poder de compra visa uma taxa de câmbio através da seguinte expressão: 𝐸𝐵𝑅/𝑈𝑆𝐴 = 𝑃𝐵𝑅 𝑃𝑈𝑆𝐴 Vamos a um exemplo? Caso essa cesta de mercadoria custe R$500,00 no Brasil e nos Estados Unidos custe US$120,00, a PPC irá prever através da fórmula acima uma taxa de câmbio Brasil/Estados Unidos de R$4,17 por dólar. (R$500,00/US$120,00). Caso o preço da cesta brasileira duplicasse (de R$500,00 para R$1000,00), então o preço em real para dólar também duplicaria, a PPC corresponderia então por uma taxa de câmbio de R$8,33 (R$1000,00/US$120). Em outras palavras, podemos interpretar a equação da seguinte forma: 𝑃𝐵𝑅 = 𝐸𝐵𝑅/𝑈𝑆𝐴 ∗ 𝑃𝑈𝑆𝐴 A equação acima é uma forma de compreendermos o que é a PPC absoluta. Além da PPC absoluta, iremos conhecer também a PPC relativa. A PPC relativa implica que a mudança percentual na taxa de câmbio entre duas unidades monetárias entre países sobre um período de tempo é igual à diferença entre as mudanças percentuais nos níveis nacionais de preços (KRUGMAN, 2015). É possível afirmar que a PPC relativa tem como a mudança de preços e taxa de câmbio como uma maneira de preservar a relação dos poderes de compra da moeda nacional e estrangeira. Vamos a um exemplo? Supõe-se que o nível de preços brasileiro sobe em 15% enquanto o do americano sobe10%. A PPC relativa irá prever uma desvalorização de 5% do real em relação ao dólar. A depreciação anula os % aos qual a inflação brasileira supera a norte americano, deixando o poder de compra relativo nacional e estrangeiro das duas moedas inalteradas. Podemos descrever conforme a seguinte equação: (𝐸 𝐵𝑅 𝑈𝑆𝐴 ,𝑡 − 𝐸 𝐵𝑅 𝑈𝑆𝐴 ,𝑡−1 ) 𝐸 𝐵𝑅 𝑈𝑆𝐴 ,𝑡−1 = 𝜋𝐵𝑅,𝑡 − 𝜋𝑈𝑆𝐴,𝑡 Em que 𝜋 corresponde à taxa de inflação, t o período atual e t-1 do período passado. 5 DEFINIÇÃO DE CÂMBIO Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/pennies-falling-against-black-background- 1233295396 Após compreender o conceito que contempla a teoria da Paridade de Poder de Compra (PPC), vamos neste tópico compreender o arcabouço que envolve a taxa de câmbio real. Conforme Krugman (2015), a taxa de câmbio real acontece entre duas unidades monetárias de dois países, sendo uma medida ampla de resumo dos preços de bens e serviços de uma nacionalidade em relação à outra. Em suma, a taxa de câmbio real é fundamental para analisar as condições macroeconômicas devido a sua demanda e oferta agregada em economias abertas. Para compreendermos o que é a taxa de câmbio real precisamos separar as seguintes informações, temos então 𝑃𝐵𝑅 como o preço em real de uma cesta básica no Brasil (para famílias e empresas no país). Da mesma forma, temos 𝑃𝑈𝑆𝐴 temos como o preço em dólares de uma cesta básica nos Estados Unidos (para famílias e empresas no país). Vamos descrever a taxa de câmbio real/dólar será representada por 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$, como também o preço em real da cesta norte-americana em relação à cesta brasileira. Podemos representar a taxa de câmbio real como a expressão abaixo: 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$ = (𝐸 𝑅$ 𝑈𝑆$ 𝑥 𝑃𝑈𝑆𝐴) 𝑃𝐵𝑅 Vamos a um exemplo, imagine que a cesta norte americana custe US$100, a cesta brasileira custe R$150,00 e a taxa de câmbio nominal seja 𝐸𝑅$/𝑈𝑆$= 3,50 por dólar. Então, podemos representar a taxa de câmbio real (real/dólar): 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$ = (3,50 𝑥 100) 150 = 2,33 Podemos afirmar que a taxa de câmbio real será de 2,33 cestas brasileiras por uma cesta norte-americana. Caso houvesse um aumento na taxa de câmbio real (depreciação real do real em relação ao dólar), uma de suas justificativas é a transformação de uma queda do poder de compra do real dentro dos Estados Unidos em relação ao poder de compra dentro do Brasil. De forma reversa, quando acontecer uma valorização real da moeda brasileira em relação ao dólar o mesmo indicará uma diminuição do preço relativo das mercadorias compradas nos Estados Unidos ou um aumento no poder de compra americano do real comparado com o mesmo no Brasil. 6 PREÇOS DOMÉSTICOS E ESTRANGEIROS Quando os valores de longo prazo da taxa de câmbio real não forem mantidos pela PPC, os preços de mercados serão equilibrados pelas condições exigidas da demanda e oferta. Porém, ao compreendermos no conceito de taxa de câmbio real que a mesma identifica as mudanças de preços das cestas de despesas dos dois países, as condições que esses países apresentam são relevantes. Com um leque avantajado de opções para a produção de mercado dos países, vamos analisar dois casos através de exemplos para compreender as mudanças de valores de longo prazo das taxas de câmbio reais. I. Uma mudança na demanda relativa mundial por produtos brasileiros: Suponha que o gasto mundial total de bens e serviços na economia brasileira aumentou quando comparado ao gasto mundial total de bens e serviços norte-americanos. Essa mudança de diversas maneiras, como por exemplo, uma modificação na demanda específica do Brasil e distante dos bens e serviços norte-americanos e em direção aos produtos brasileiros. Outro exemplo é a transformação semelhante na demanda particular estrangeira em direção aos bens e serviços brasileiros ou até mesmo um aumento da demanda do governo brasileiro diretamente ligado à produção nacional. Podemos afirmar que um aumento na demanda relativa mundial dos produtos brasileiros causa um excesso de demanda por eles a uma taxa de câmbio real anterior. Para que ocorra o equilíbrio o preço relativo da produção brasileira em termos de produção norte-americana terá que aumentar, de forma que os preços relativos de mercadorias não comercializáveis brasileiros se elevaram e os preços comercializáveis produtos no Brasil é altamente consumidos no país terão que expandir em relação aos preços dos bens comercializáveis produzidos nos Estados Unidos. De forma que, mudanças irão trabalhar para a que ocorra uma redução de 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$, que é o preço relativo das cestas norte americanas em termos das cestas brasileiras. No nosso exemplo I. podemos concluir que um aumento da demanda relativa mundial por produção brasileira gera uma valorização real do Real em relação ao dólar (decréscimo em 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$ ). Por outro lado, uma queda na demanda relativa mundial por bens e serviços brasileira causa uma depreciação real de longo prazo da moeda brasileira em relação ao dólar (expansão em 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$). II. Uma transformação na oferta de produção relativa por produtos brasileiros: Vamos supor que a eficiência de mão de obra e capital no Brasil venha a aumentar. Como os brasileiros gastam parte da sua renda expandida em mercadorias internacionais, as ofertas de todos os tipos de bens e serviços brasileiros aumentam em relação à demanda, o resultado será um excesso da oferta relativa da produção de bens e serviços brasileiros a uma taxa de câmbio real anterior. Quando houver uma queda no preço relativo de mercadorias brasileiro (comercializáveis e não comercializáveis) mudará a demanda em direção aos mesmos e eliminará o excesso da oferta. Essa alternância de preços é uma depreciação real da moeda brasileira em relação ao dólar (um aumento em 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$). Em contrapartida, uma expansão relativa da produção brasileira pode causar uma depreciação real de longo prazo da moeda brasileira em relação ao dólar (um aumento em 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$), sendo que uma expansão relativa da produção norte-americana pode vir a causar uma valorização real de longo prazo do Real perante o dólar (decréscimo em 𝑞𝑅$/𝑈𝑆$). CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) aluno(a), na Unidade 1 da apostila da disciplina de Gestão de Operações de Câmbio, estudamos o arcabouço da taxa de câmbio e da moeda. Pudemos compreender as três funções da moeda para assim compreender o conceito existente da taxa de câmbio. Sendo que, a taxa de câmbio é fundamental para o meio de trocas entre países, devido a mudança de unidade monetária e seu preço entre elas, sendo fundamental a conversibilidade da moeda. Ao mencionarmos o preço e sua diferença entre países, foi possível de compreensão o que é paridade de poder de compra. Vimos sobre a definição de câmbio (real e nominal) e suas diferenças de compreensão e cálculos. Por fim, pudemos finalizar a nossa unidade compreendendo a oferta e demanda de preços domésticos e estrangeiro. LEITURA COMPLEMENTAR Economia internacional e desenvolvimento econômico: a RBPI na vanguarda do pensamento brasileiro Autor: Paulo Roberto de Almeida A despeito do foco primordial inscrito em seu título, que poderia supostamente restringi-la aos temas vinculados à politologia acadêmica e à diplomacia profissional, a Revista Brasileira de Política Internacional tratou intensamente, durante toda a sua existência, de questões econômicas, com forte ênfase, como seria óbvio, nos problemas de economia internacional em geral, tendo ainda grande atenção — como também seria natural, em razão de um certo “determinismo” geográfico — aos diversos aspectos vinculados aos processos de desenvolvimento econômico e tecnológico do Brasil,em especial em sua interação com discussões e negociações internacionais em curso nos foros econômicos multilaterais e regionais. Leia mais em: https://www.scielo.br/j/rbpi/a/xGRHbqqNFMhfwpnBHCNYB5b/?lang=pt Fonte: DE ALMEIDA, Paulo Roberto. Economia internacional e desenvolvimento econômico: a RBPI na vanguarda do pensamento brasileiro. SCIELO BRASIL, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbpi/a/xGRHbqqNFMhfwpnBHCNYB5b/?lang=pt. Acesso em: 10 set. 2021. https://www.scielo.br/j/rbpi/a/xGRHbqqNFMhfwpnBHCNYB5b/?lang=pt LIVRO Título: Economia Autor: Judas Tadeu Grassi Mendes. Editora: Pearson. Sinopse: Baseados na premissa de que o ensino atual exige um processo flexível de construção do saber, os livros que compõem a Bibliografia Universitária Pearson são concisos sem serem rasos e simples sem serem simplistas. Para tanto, eles apresentam os principais conceitos dos temas propostos em uma estrutura didática única, com linguagem dialógica, diagramação diferenciada e hipertextos, entre outros elementos. Em Economia, isso não é diferente. Nele, tópicos como estrutura organizacional, sistemas gerenciais e layout - que, dependendo da abordagem, podem parecer complicados - são apresentados de um ponto de vista inusitado que, ao mostrar como as coisas funcionam na prática, possibilita ao leitor um processo intensivo (e real) de aprendizagem. FILME/VÍDEO Título: Missão: Moedas Ano: 2017 Sinopse: Coin Heist é um filme original do Netflix, escrito e dirigido por Emily Hagins, e baseado em um romance de jovens adultos escrito por Elisa Ludwig. Foi lançado mundialmente em 6 de janeiro de 2017. REFERÊNCIAS BORGES, Joni Tadeu. Câmbio: mercado e prática. Curitiba: InterSaberes, 2018. KRUGMAN, Paul R. Economia internacional. Pearson Universidades; 10ª edição, 2015. UNIDADE II TIPOS DE CÂMBIO E AGENTES NO MERCADO Professora Ma. Carolina Freitas Plano de Estudo ● O modelo cambial de Bretton Woods; ● Câmbio fixo; ● Câmbio flutuante; ● As minidesvalorizações; ● Bancos; ● Especuladores; ● Arbitradores. Objetivos de Aprendizagem ● Entender o modelo cambial de Bretton Woods; ● Analisar os modelos de câmbio fixo e flutuante; ● Estudar o que são os especuladores e arbitradores. INTRODUÇÃO Olá, Estudante! Bem-vindo(a) a nossa segunda unidade da apostila da disciplina de Gestão de Operações de Câmbio. Vamos destacar nesta unidade os tipos existentes de câmbio e como se deram, além também dos agentes de mercado (arbitragem e especulação). É fundamental a compreensão da importância da moeda norte-americana em circulação na economia mundial, devido a isso nosso primeiro tópico de estudo será o modelo cambial proposto em Bretton Woods. Logo depois, vamos estudar a importância do câmbio fixo e flutuante para as economias e como se dão. Além disso, vamos estudar as minidesvalorizações que ocorrem na economia Brasileira e seu impacto direto nas exportações. Para estudarmos os agentes no mercado, vamos compreender qual a relevância dos bancos em uma economia e como o mesmo é estruturado. Isto posto, nos últimos tópicos estudaremos os agentes de mercado, conhecidos como especuladores e arbitradores. Espero que aproveite muito a leitura desta unidade! Bons estudos. 1 O MODELO CAMBIAL DE BRETTON WOODS Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/gold-bars-on-dollar-bills-symbolic-178459013 Na cidade de Bretton Woods (Estados Unidos) em 1944, representantes de 44 países se reuniram para assinar o estatuto do Fundo Monetário Internacional (FMI). Esses países dado as ocorrências históricas dos períodos tinham como planejamento um sistema monetário internacional para fomentar o pleno emprego e estabilidade de preços, fazendo com que não houvesse restrições ao comércio internacional. O sistema fundado pelo acordo de Bretton Woods tinha como intenção requerer taxas de câmbio fixa contra o dólar americano e um preço do dólar igual em ouro. Nesta intenção, os países membros do acordo continuaram a manter suas reservas internacionais oficiais em forma de ouro ou em ativos em dólar, além do direito de vender dólares para a Reserva Federal por ouro a preço oficial. (KRUGMAN, 2015). Podemos afirmar que o sistema instituído era uma troca de câmbio do padrão- ouro, dispondo o dólar como a principal moeda de reserva. É constatado que os norte- americanos raramente interviriam no mercado de câmbio internacional, usualmente, os bancos centrais estrangeiros intercediam quando necessário para fixar taxas de Usuário Destacar câmbio do sistema, sendo que os Estados Unidos possuíam a responsabilidade (em teoria) pela fixação do preço do dólar em ouro. Agora vamos procurar compreender um pouco quais eram os objetivos e arcabouço do FMI. Os mesmos tinham como intenção não repetir os erros cometidos entreguerras, além de que uma das bases do acordo era a rigidez na gestão monetária de taxas de câmbio fixas ao dólar (que ligadas ao ouro), essa rigidez do acordo fazia com o banco central fosse impossibilitado de alcançar uma expansão monetária excessiva levando a perdas de reservas internacionais conseqüentemente incapazes de manter taxas de câmbio da sua moeda fixa ao dólar. Visto que o crescimento exacerbado monetário dos Estados Unidos levaria a uma acumulação de dólares pelos bancos centrais estrangeiros, sendo a Reserva Federal em si restrita em suas políticas monetárias obrigadas a resgatar aqueles dólares por ouro. Segundo Krugman (2015), o preço oficial do ouro no acordo Bretton Woods era de US$35 a onça, que servia como um freio adicional para a política monetária dos Estados Unidos, contanto que este preço fosse empurrado para cima se houvesse uma multiplicação de dólares criados. As taxas de câmbio fixo se exibiam como um dispositivo para instituir disciplina monetária no sistema, pois as experiências anteriores dos períodos de guerras tinham levado à conclusão aos integrantes do FMI que taxas de câmbio flutuantes eram motivo de instabilidade especulativa e prejudicial ao comércio internacional. Essa experiência anterior também fazia com que acreditassem que governos nacionais não arriscariam a manter-se no livre comércio e taxas de câmbio fixo em virtude do desemprego doméstico de longa duração. Entre essas experiências anteriores está a Grande Depressão que os governos se viram responsáveis por manter o pleno emprego. Podemos assimilar de forma positiva o acordo com o FMI como uma tentativa de agregar a flexibilidade o suficiente para permitir que países conseguissem alcançar saldo externo de forma organizada, sem prejuízos internos e taxas de câmbio previsíveis. Krugman (2015) afirma que duas características do estatuto do FMI ajudaram a alavancar a flexibilidade no ajuste externo. Primeiro, os membros do FMI contribuíram com suas moedas e ouro para dar forma a um pool de recursos financeiros que o FMI poderia emprestar aos Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Máquina de Escrever tinha um Usuário Máquina de Escrever e era rigido no que diz respeito a Usuário Destacar países em necessidade. Segundo, embora as taxas de câmbio contra o dólar fossem fixas, essas paridades poderiam ser ajustadas com a autorização do FMI. (KRUGMAN, 2015, p. 436). Não é possível encontrar o que é o desequilíbrio fundamental exposto pelo FMI, porém o termo foi designado para países que experienciaram mudanças permanentes na demanda por seus bens e serviços de maneira que sem a desvalorização possuiriam um enfrentamento do desemprego e déficits externos. Entretanto, a taxa de câmbio flexível e ajustável não seria um recurso disponível para o dólar americano no sistema de Bretton Woods. O acordo BrettonWoods durou até meados da década de 1970. 2 CÂMBIO FIXO Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/money-696138958 Como estudamos anteriormente, a economia global no período de 1944 ao início da década de 1970 operou através do sistema de taxas de câmbio de dólar fixas por meio do acordo de Bretton Woods. Em que os Bancos centrais dos países do acordo negociavam a rotina das moedas estrangeiras para conservar suas taxas de câmbio em níveis acordados mundialmente. Conforme Krugman (2015), vamos estudar neste tópico quatro razões pela qual a taxa de câmbio fixa é tema relevante para a macroeconomia. I. Flutuação administrada: os bancos centrais muitas vezes podem vir a intervir no mercado monetário para influenciar a taxa de câmbio. Apesar de que as taxas de câmbio do dólar das moedas em países industrializados não sejam na contemporaneidade fixadas por seus governantes, a mesma não flutua à vontade da sua demanda e oferta. Também podemos nos referir a este sistema como flutuação suja, a sua diferença da flutuação limpa é de que os governos em uma flutuação limpa não procuram intervir ou influenciar diretamente os valores da moeda estrangeira. Krugman (2015, p. 389) afirma que “Como o atual sistema monetário é um híbrido Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Máquina de Escrever EXISTEM Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Post-it A flutuação suja, dirty float, câmbio administrado ou câmbio híbrido, é um termo utilizado para se referir às intervenções que o Banco Central do país realiza no câmbio. Essas ações e decisões do Banco Central impactam diretamente a taxa de câmbio do país. entre os sistemas de taxa fixa e flutuante “pura”, um entendimento das taxas de câmbio fixas nos dá um insight sobre os efeitos da intervenção cambial quando ocorre em taxas flutuantes” II. Regime de moeda regional: Na atualidade podemos observar países que pertencem a uma união cambial (como por exemplo, o Euro na União Européia), os membros dessas uniões concordam na correção de suas taxas de câmbio mútuas ao autorizar que suas moedas flutuem no valor em comparação às moedas de outros países não membros. Em exemplo podemos citar a Dinamarca, que possui sua moeda (Coroa dinamarquesa) ligada ao euro, no âmbito do Mecanismo de Taxa de Câmbio da União Européia. III. Países em desenvolvimento: Os países industriais que permitem a flutuação de suas moedas em relação ao dólar são responsáveis apenas por 1/6 dos países no mundo. Isto posto, tem-se a importância de analisar os países em desenvolvimento e sua relação cambial, esses países tentam ligar e administrar os valores de suas moedas em termos de dólar ou às vezes atrelar em termos de uma moeda estrangeira (que não o dólar) ou até mesmo em uma “cesta” de moedas escolhidas pelas autoridades governamentais. Um grande exemplo é o Marrocos que liga a sua moeda (Dirrã marroquino) a uma cesta ou Senegal que atrela sua moeda (Franco CFA ocidental) ao Euro. IV. Lições do passado para o futuro: No período da Primeira Guerra Mundial, entre 1920 e 1931 e também entre 1945 e 1973 as taxas de câmbio eram exibidas de forma fixa. No período atual, economistas observam de forma negativa a taxa de câmbio flutuante e levam a propostas para novos acordos a fim de ressurgir um sistema de taxas de câmbio fixas. 3 CÂMBIO FLUTUANTE Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/money-payment-line-icons-dollar-cash- 1195697791 Diferente do câmbio fixo, que é marcado por uma determinação governamental no seu valor, o câmbio flutuante possui um arcabouço marcado pela lei da oferta e demanda de mercado. Ou seja, países ao tomarem por opção a taxa de câmbio flutuante têm como base as condições da lei da demanda e oferta no seu mercado. (BORGES, 2018). Isto acontece quando as autoridades monetárias não buscam estabilizar as taxas de câmbio ou amenizar sua variação, sendo levadas pela oferta e demanda de moedas. Porém, muitos países que optam pela não intervenção de mercado tomam a decisão da intervenção na precificação e controle da moeda estrangeira (seja em alta ou menor intensidade). Alguns estudiosos como mencionado por Borges (2018) acreditam que na prática não há câmbio flutuante totalmente livre de intervenções, pois os governos atuam como agentes econômicos nos mercados de divisas para alcançar seus objetivos na economia. Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Máquina de Escrever A flutuação do cambio acontece Usuário Destacar Conforme Krugman (2015), às reivindicações principais do câmbio flutuante são: I. Autonomia da política monetária: Caso os bancos centrais não existissem a obrigação de interferir no mercado cambial para fixar as taxas de câmbio, os governos poderiam utilizar a política monetária para aproximar o equilíbrio interno e externo. Ademais, países não seriam forçados a importar a inflação de outros países. II. Simetria: As assimetrias existentes no acordo Bretton Woods desapareceriam ao optar pelo sistema de taxas flutuantes, além de que os Estados Unidos não teria sido capaz de definir as condições monetárias do mundo por si mesmo. Mas, os Estados Unidos disporiam da mesma oportunidade que outros países de influenciar a sua taxa de câmbio em relação a outras moedas estrangeiras. III. A taxa de câmbio vista como estabilizador automático: Embora não tenha uma política monetária ativa, uma acelerada adaptação das taxas de câmbio proposta pelo mercado ajudaria países a manter seu equilíbrio interno e externo devido às mudanças na demanda agregada. Krugman (2015, p. 445) afirma que “os períodos longos e agonizantes de especulação anteriores aos realinhamentos das taxas de câmbio sob as regras de Bretton Woods não ocorreriam com a flutuação”. IV. Taxas de câmbio e equilíbrio externo: Quando determinada pelo mercado, as taxas de câmbio mudam automaticamente para evitar possíveis altos déficits em contas correntes e excedentes. 4 AS MINIDESVALORIZAÇÕES Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/male-manager-hand-holding-tablet-ar-756159226 Podemos afirmar que a relação da exportação no Brasil, entre custos de produção no mercado interno e os preços no mercado mundial foram marcados pela estabilização devido ao sistema brasileiro de minidesvalorizações. A relação comercial brasileira com os demais países é identificada como uma estrutura de competição perfeita e uma demanda altamente elástica. Entre os anos de 1968 a 1990, a economia brasileira experimentou a política de minidesvalorizações no câmbio, com orientação relativa a Paridade de Poder de Compra (PPC) da moeda. (ALMEIDA e BACHA, 1999). Suplicy (1974) identifica que no ano de 1968, o cruzeiro (moeda brasileira da época) era desvalorizado a cada 12 a 15 meses, tinha como resultado as exportações não tradicionais que tinham como resposta preços (em dólares) em média estáveis com o preço internacional, sendo assim, o retorno em valor de cruzeiros se mantinham constantes por um grande período, além disso, os custos dos insumos e salários tinham crescimento abundante. Necessário, políticas cambiais surgiram para corrigir a situação de flutuações largas aos lucros de exportações. Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Agora você pode estar se questionando o que são as exportaçõesbrasileiras tradicionais, essas, são identificadas como o café, cacau, algodão e açúcar que se designam livremente no mercado mundial. Sabe-se que a suspensão do risco cambial (um dos motivos das flutuações nos preços em cruzeiro) era de fundamental relevância nas exportações dos produtos citados acima. Suplicy (1974) afirma que as minidesvalorizações beneficiaram aos níveis de estabilidade os incentivos aos exportadores. Esse sistema juntamente com um combo de incentivos fiscais, financeiros e governamentais foi responsável pelo forte crescimento das exportações brasileiras no período de 1968 até 1972. É notório que as minidesvalorizações em sua época enfática possuíam uma redução do risco empresarial, devido a permissão de previsões certeiras de lucratividade no campo das exportações. Além de que, a exportação em relação à política cambial brasileira era um sinal do arranjo governamental na promoção das exportações, em que a incerteza em relação às intenções do governo viriam a se reduzir. 5 BANCOS Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/bank-building-574713295 Neste tópico vamos aprender o que são os Bancos, instituição fundamental para o arcabouço monetário. Essa instituição financeira é especialista na intermediação do dinheiro entre os agentes econômicos (poupadores e pessoas que necessitam de empréstimos). Além disso, os bancos têm como função guardar o dinheiro de seus clientes, como também os serviços financeiros aos seus clientes como: saques, empréstimos e investimentos. (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2021). Os bancos possuem a supervisão advinda do Banco Central (Bacen) que busca e se esforça para que as regras, leis e regulações do Sistema Financeiro Nacional (SFN) sejam seguidas. Essa busca pela estabilidade da SFN e da economia do país faz com que o sistema bancário passe por regras determinadas pelo regulador. Usuário Destacar Usuário Destacar Figura 1 – Infográfico dos bancos no Sistema Financeiro Nacional Fonte: Banco Central do Brasil (2021). A estabilidade financeira advinda do Sistema Financeiro provida pelos bancos é um dos grandes motivos que garantem o crescimento econômico e bem estar social. Sendo necessário manter esse organizado e fiscalizado para que todos os agentes econômicos sintam-se protegidos e tenham acesso ao crédito. Usuário Destacar 6 ESPECULADORES Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hand-putting-coin-piggy-bank-1162266442 Podemos conceituar a especulação como a atividade em que se antecipa o comportamento do mercado, ou seja, os especuladores são agentes que buscam se antecipar as previsões de mercados projetando lucro em um determinado período de tempo, tendo em motivação as expectativas de ganhos de capitais. A definição de especulação ainda pode ser compreendida como a compra e venda de mercadorias visando a revenda ou recompra em uma data consecutiva, em que a motivação acontece com um adiantamento da mudança de preços devida a vantagem em resposta da transformação de mercado. As expectativas tomadas pela especulação acontecem devido às mudanças nos níveis de preços, em que se faz soberania até hoje nas correntes e pensamentos para análises econômicas. Farhi (1999) comenta que a especulação juntamente com a volatilidade dos níveis de preços de ativos, taxas de juros e taxa de câmbio na segunda metade do século XX levaram a uma generalização do “espírito especulativo” devido à metamorfose na junção das expectativas sobre o mercado financeiro em uma Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar necessidade indiscutível dos agentes econômicos para a condução de suas atividades. Partes das expectativas são formadas por famílias, cujo aplicam suas riquezas em fundos. Por fim, as formações das expectativas por parte dos agentes econômicos são conduzidas através do mercado financeiro ou de derivativos. Usuário Destacar 7 ARBITRADORES Farhi (1999) afirma que a arbitragem são operações compostas por duas pontas opostas em um mesmo ativo, porém em tempos diferentes. Os mesmos podem envolver derivativos diferentes, isto ainda em ativos distintos, mas com uma categoria de correlação nos movimentos de preços. A arbitragem tem como intenção lucrar através das distorções nas relações dos preços, porém, quando uma das pontas é liquidada e outra permanece em aberto, a operação é chamada de especulativa. A importância da arbitragem é dada através dos mercados de ativos financeiros e seus derivativos. Podemos comparar o tipo de operação de arbitragem a commodities, sendo mais acessível a realização de operações com ativos financeiros devido à acessibilidade ao mercado à vista e amplitude, além de que os preços praticados são confiáveis e o custo de estoque é limitado à taxa de juros cometida no mercado monetário no determinado período e as taxas de custódia cobradas pelas instituições financeiras credenciadas. Uma porcentagem representativa das operações e recursos informáticos das instituições financeiras (das conservadoras às liberais) é afamada pelas operações de arbitragem. A arbitragem na macroeconomia não deve ser subestimada, devido às suas operações se tornarem um dos fundamentais dirigentes para a unificação internacional dos preços de ativos financeiros de natureza igual, em um ajuste temporal e transmissão de um mercado para outros. Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) aluno(a), na nossa Unidade 2 da apostila pudemos compreender o fortalecimento do dólar americano diante do cenário mundial, e como isto pode impulsionar o câmbio fixo. Além disso, diferente do câmbio fixo, estudamos o câmbio flutuante e suas características. Além disso, a importância no histórico brasileiro das minidesvalorizações em relação à exportação. Vimos também a representação dos bancos e sua importância para o mercado financeiro, como também o que é a especulação e arbitragem financeira. LEITURA COMPLEMENTAR A Crise Econômica Mundial e seus Impactos na Economia Brasileira Autores: Wallace da Silva de Almeida e Denílson da Silva Araújo Resumo Este artigo busca analisar a partir de uma abordagem dialética os efeitos iniciais gerados a partir da crise financeira que eclodiu nos Estados Unidos da América no ano de 2008 e que afetaram, direta ou indiretamente, grande parte dos países do mundo provocando, desde então, modificações importantes no plano político- econômico internacional. Buscar-se-á realizar uma brevemente análise a cerca das ações tomadas pelo governo brasileiro a fim de minimizar os efeitos potencialmente negativos que a crise financeira poderia - não fosse uma efetiva atuação do Estado - ter gerado aos setores produtivos nacionais, deprimindo o nível de produção, emprego e renda do país. Diante de tal ambiente de incertezas criado a partir da conjuntura econômica mundial no período abriu-se espaço para que outros atores assumam papéis mais relevantes do plano político e econômico internacional. O BRICS é o mais notável exemplo disso. Os países membros do agrupamento passaram a assumir um espaço importante no processo de tomada de decisão em âmbito internacional. Apesar disto o grupo permanece mantendo relações assimétricas entre seus componentes, tanto no âmbito comercial como no âmbito dos investimentos, com grande predomínio chinês sobre os demais. Fonte: ALMEIDA, W. DA S. DE; ARAÚJO, D. DA S. A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL E SEUS IMPACTOS NA ECONOMIA BRASILEIRA. Revista de Economia Regional, Urbanae do Trabalho, v. 2, n. 2, 1 abr. 2016. LIVRO Título: Economia – Michael Parkin Autor: Michael Parkin. Editora: Pearson Universidades. Sinopse: Este livro apresenta as ideias centrais da economia por meio de um texto claro e agradável, explicações detalhadas, exemplos do mundo real e adaptações à realidade brasileira. Seu objetivo é desenvolver o pensamento crítico e o entendimento teórico d o estudante e ajudá-lo a aprofundar sua visão sobre como a economia funciona e como pode funcionar melhor. Escrita pelo emérito professor Michael Parkin, a obra proporciona uma cobertura profunda e completa das ciências econômicas, como apoio de diversos recursos didáticos. Cada capítulo é aberto por objetivos de aprendizado, uma situação do mundo real e uma breve apresentação. FILME/VÍDEO Título: Vivendo com um dólar Ano: 2013. Quatro amigos americanos viajam para a Guatemala com o objetivo de viver com um dólar por dia durante dois meses. Eles enfrentam fome, parasitas e um forte estresse financeiro enquanto tentam sobreviver no limite. REFERÊNCIAS BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2021. O que é banco (instituição financeira). Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/bancoscaixaseconomicas. Acesso em: 07 Jun. 2021. BORGES, Joni Tadeu. Câmbio: mercado e prática. Curitiba: InterSaberes, 2018. DE ALMEIDA, C; BACHA, C. Evolução da política cambial e da taxa de câmbio no Brasil, 1961-71. Pesquisa & Debate. Revista do Programa de Estudos Pós- Graduados em Economia Política, 10(2(16)). 2012. FARHI, M. Derivativos financeiros: hedge, especulação e arbitragem. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 8, n. 2, p. 93–114, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8643137. Acesso em: 8 jun. 2021. KRUGMAN, Paul R. Economia internacional. Pearson Universidades; 10ª edição, 2015. SUPLICY, Eduardo Matarazzo. Os efeitos das minidesvalorizações da taxa de câmbio sobre as exportações brasileiras. Revista de Administração de Empresas [online]. 1974, v. 14, n. 6 [Acessado 4 Junho 2021] , pp. 33-72. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-75901974000600003. Epub 12 Ago 2013. ISSN 2178- 938X. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-75901974000600003. Acesso em: 8 jun. 2021. UNIDADE II OPERAÇÕES DE CÂMBIO Professora Ma. Carolina Freitas Plano de Estudo ● Operações “prontas”; ● Operações “futuras”; ● Arbitragem de câmbio; ● Arbitragens de Juros; ● Operações de Swap; ● Operações Simbólicas. Objetivos de Aprendizagem ● Compreender o que são as operações prontas e futuras; ● Analisar a compreensão da arbitragem de câmbio e de juros; ● Estudar as operações de Swap e Simbólicas. Usuário Destacar INTRODUÇÃO Olá, Estudante! Seja bem-vindo(a) a nossa unidade III da apostila da disciplina de Gestão de Operações de Câmbio. Nesta nossa unidade vamos destacar conteúdos relevantes para as operações de câmbio, entre esses estão as operações prontas e futuras, como também a arbitragem de câmbio e arbitragem de juros. Por fim, também vamos nos aplicar aos estudos de operações de Swap e operações simbólicas. É fundamental que possamos compreender quais são as operações de câmbio existentes para então a tomada de decisão, seja ele através de uma operação pronta ou futura de câmbio. Além disso, vamos compreender o contexto histórico da arbitragem de juros nos anos 2000 entre o Japão e a Austrália. Espero que aproveite sua leitura da Unidade três! Bons estudos! 1 OPERAÇÕES “PRONTAS” Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/human-hand-stacking-coins-over-black- 1846995598 Neste tópico vamos compreender o que são as operações cambiais conhecidas como “prontas” e quais as duas vantagens. Podemos concordar que as transações cambiais estrangeiras acontecem quando as duas partes concordam realizar o depósito bancário. De forma, podemos conceituar que as operações prontas são transações cambiais de caráter internacional que acontecem à vista, ou seja, o acordo é executado de forma imediata. Krugman (2015) afirma que o câmbio pronto é uma operação de compra ou de venda da moeda internacional à vista e tem como fundamento a possibilidade do fluxo de caixa para pagamentos de obrigações ou recebimentos advindos do exterior. Em que se pode certificar que é uma operação em modalidade sem o risco de crédito, devido ao fato que ocorre por meio da contratação de câmbio para liquidação de no máximo dois dias úteis, em sua regulamentação é possui como órgão responsável o Banco Central. Agora, você pode estar se perguntando quais seriam as vantagens das operações de câmbio “pronto”. As vantagens da opção desta operação é a Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar contratação de câmbio pronto que possibilita que as taxas de conversão sejam mais competitivas em prática. Uma das maiores vantagens é em que a empresa pode vir a contratar a operação no momento que melhor lhe couber, em uma liquidação de até dois dias. 2 OPERAÇÕES “FUTURAS” Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/hand-asian-boy-pile-coins-stacking-483040636 Agora que pudemos compreender o que são as operações prontas, podemos compreender o outro lado, ou seja, as operações de transações cambiais futuras. De primeira, vamos nos questionar o que é o câmbio futuro. O câmbio futuro é uma modalidade de transação de moedas imaginada e atenta para muitas empresas que realizam a importação, exportação e prestadoras de serviços em geral. Essas operações têm como objetivo proteger as operações de câmbio, congelando a taxa no momento exato da contratação. (KRUGMAN, 2015). Pode-se dizer que as operações de câmbio futuras garantem o valor integral das operações e possíveis oscilações de mercado em uma liquidação superior há dois dias úteis. Vamos a um exemplo? Imaginem uma transação entre países futuros de 30 dias, as duas partes se comprometem no dia 05 de Julho uma troca à vista de US$50.000,00 por R$ 255.000,00 em 05 de Agosto. A taxa de câmbio futura de 30 Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar dias será de R$5,10 por dólar, essa, que geralmente é distinta da taxa spot e das taxas futuras aplicadas em outras datas. Ao concordar em vender dólares por reais em uma data futura através de uma taxa futura acordada no dia de hoje, você realizou uma venda de “dólares futuros” e comprou “reais futuros”. Krugman (2015) afirma que a data futura na qual as unidades monetárias quando trocadas são chamadas de data-valor. 3 ARBITRAGEM DE CÂMBIO Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/forex-chart-over-panoramic-new-york- 1912094440 Conforme estudamos na nossa Unidade 2, as operações de arbitragem ocorrem através de duas pontas opostas, sendo do mesmo ativo ou em um período de tempo diferente e em lugares diferentes, através de derivativos diferentes. Podemos classificar a arbitragem como um ganho ex-ante, ou seja, sob uma expectativa de eventos futuros. Compreendemos que as operações de arbitragem no câmbio são motivadas pela exploração das mudanças de preços entre dois mercados, e tem como base em duas operações sincrônicas, de sentido reverso, um em cada mercado. Em outras palavras, a arbitragem é a realização de uma operação de venda ou compra de uma moeda no mercado à vista e a sua venda – ou compra – no mercado futuro em valores iguais. Em teoria, a arbitragem é um estudo do ajuste da paridade cobertada taxa de juros, em que é proposta uma relação de variáveis conhecidas como a taxa de câmbio presente, a taxa de câmbio do mercado futuro e taxas de juros internacionais e domésticas. Em que, a taxa de câmbio futura representa a taxa de câmbio presente Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar com acréscimo de uma taxa correspondente à diferença entre as taxas de juros da moeda nacional e internacional. A arbitragem pode resultar na tomada de empréstimos no exterior, levando a uma troca de divisas por moeda doméstica no mercado à vista e aplicação dos recursos domésticos. Quando isso acontecer, tudo ficará mais constante, ocorrerá uma apreciação da moeda doméstica. De forma parecida, quando os agentes econômicos compram dívidas estrangeiras no mercado futuro, com contratação de câmbio para realizar o pagamento no exterior, irá gerar, tudo mais constante, uma depreciação da moeda no mercado em períodos seguintes. Para compensar o da paridade coberta da taxa de juros – arbitragem, essa tenderá a equilibrar-se no longo prazo com preços da taxa de câmbio à vista e futura. 4 ARBITRAGEM DE JUROS Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/wooden-blocks-percentage-sign-down-arrow- 1905995344 Para compreendermos o que é a arbitragem de juros, vamos conhecer a história do Japão e Austrália nos anos de 2000. Segundo Krugman (2015), na década de 2000 a moeda japonesa (Iene) tinha sua taxa de juros próxima de zero, em comparação, as taxas de juros australianas eram positivas, próximas de 7% a.a. em 2008. De primeira, você pode pensar que é interessante pegar emprestado a moeda japonesa e investi-los em dólar australiano, Porém, os agentes econômicos no mercado realizaram essa estratégia, isso moveu um investimento bilionário em dólares australianos, fazendo com que o valor da moeda movesse para cima, movimento contrário ao esperado (para baixo), em comparação ao Iene. Em suma, os investidores internacionais, usualmente, tomam empréstimos em moedas com baixas taxas de juros (financiamento) e compram moedas de altos juros (investimento) em que visam resultados lucrativos de longo prazo. Nós chamamos essa estratégia de arbitragem de juros, ou também carry trade. Agora, você pode estar se perguntando se a arbitragem de juros é a prova de que a paridade de juros está errada. Segundo Krugman (2015), a paridade de juros usualmente não é mantida em prática (devido aos fatores de risco e liquidez), muitos estudiosos procuram entender se a arbitragem de juros necessita de uma explicação adicional. Um risco a ser considerado do carry trade é de que caso as moedas de investimento passem por fortes quedas. Em resultado a experiência vivida na década de 2000, o investimento na moeda japonesa rendeu pouco, dado que os dólares australianos foram compensadores, não apenas por conta da alta taxa de juros mas também por conta da tendência do Iene a cair em relação ao dólar australiano no ano de 2008. Mostrando assim que a arbitragem de juros é de alto risco. De início compreende-se que a arbitragem de juros pode vir a aumentar as moedas de investimento conforme a pilhagem de moedas e a construção de uma depreciação da moeda de investimento. Quando essa acontece, ocorre uma queda maior ainda, de maneira que os investidores muitas vezes se atropelam no pagamento de seus empréstimos. Em resultado, o carry trade provoca uma forte volatilidade da taxa de câmbio, gerando grandes perdas na negociação em mercados de ações, mercados de títulos e empréstimos interbancários. 5 OPERAÇÕES DE SWAP Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Post-it Pelo conceito de swap, pode-se entender a operação em que há uma "troca" nas posições, em relação ao risco e à rentabilidade entre os investidores. As swaps podem ser do tipo cambial, de índices, de taxa de juros ou de commodities. Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/wooden-blocks-arrow-financial-growth-interest- 1818461834 Neste tópico vamos compreender o que é uma operação de Swap, ou seja, um Swap cambial estrangeiro. Krugman (2015) afirma que o swap cambial estrangeiro é a venda de uma moeda em combinação com uma recompra futura da mesma moeda. Vamos compreender através de um exemplo? Considere que a companhia de automobilísticos da Fiat tenha recebido o valor de US$3 milhões das vendas realizadas no Brasil e terá que pagar esses dólares para um fornecedor do Estado do Paraná a cada 5 (cinco) meses. O departamento especializado de gestão de ativos da Fiat, em determinado período de tempo, deseja investir 3 milhões de dólares em títulos de euro. Quando essas tomadas de decisão acontecem, um swap cambial de cinco meses de dólares por euros pode vir a suceder em menores taxas de corretagem do que ao compararmos as duas transações separadas, da venda de dólares por euros e a venda de euros por dólares no mercado futuro. Podemos compreender dessa forma que com a globalização, as operações de Usuário Destacar Swap possuem uma porcentagem importante e significativa das transações cambiais estrangeiras. 6 OPERAÇÕES SIMBÓLICAS Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/isometric-successful-business-collaboration- businessmen-shaking-1395064307 Neste tópico vamos compreender um pouco o que são as operações de câmbio simbólico e quais seus benefícios previstos pelo Banco Central. Primeiramente, vamos compreender que o conceito empregado às operações de câmbio simbólicas é uma operação que acontece por diferentes empresas, em especial por empresas cujo possuem operações financeiras em diversos países ou realizam negócios internacionais. Essas operações fazem com que as negociações e transações ocorram de forma oportunizada e alcançando uma melhor organização das demandas administrativas e fiscais de negócio. Agora que compreendemos o que é uma operação simbólica de câmbio, podemos entender quais os benefícios que essa operação leva a economia. Segundo Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Banco Central do Brasil (2017), as operações simbólicas transformam o Sistema Financeiro Nacional (SFN) em um sistema mais eficiente, esse pode ser dado devido alguns fatores, entre eles está: ● A intenção de expandir a eficiência das transações no mercado de câmbio, que tem como proposta o aperfeiçoamento das disposições sobre as operações simultâneas de câmbio. ● Algumas operações são solicitadas pela regulamentação para que seja possível viabilizar as apurações estatísticas de interesse do Banco Central e também amparar os processos de monitoramento do mercado cambial e de capitais externos. ● Algumas operações são contratadas para liquidação pronta, em outras palavras, essas operações ocorrem em até dois dias úteis, em que tem como arcabouço uma operação de câmbio de venda de moeda estrangeira e outra operação de compra (essa operação possui o mesmo valor, moeda, data de contratação e data de liquidação), quando ambas as operações possuem forma de entrega da moeda estrangeira classificada como “simbólica”. É importante lembrar que as operações simbólicas são consideradas como operações efetivas e devem ocorrer conforme os procedimentos operacionais previstos na regulamentação. ● As operações devem ocorrer no caso de conversão de haveres de não resistentes no País em modalidade de capital estrangeiro registrado pelo Banco Central, além das transferências entre modalidades de capital estrangeiro registrado e a renovação, repactuação e assunção de obrigação de operação de empréstimo externo submetido a registro (o contrato pode ocorrer de forma direta ou em emissão de títulos no mercado internacional). CONSIDERAÇÕES FINAIS UsuárioDestacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Caro aluno(a), finalizamos mais uma unidade da disciplina de gestão de Operações de Câmbio. Nesta Unidade pudemos compreender e analisar o que são as operações prontas e futuras e quão importantes as duas são para a economia global. Além disso, como pudemos estudar na nossa unidade 2 o que são arbitragens, nesta unidade pudemos compreender melhor o que é a arbitragem de câmbio e a de juros. Por fim, pudemos nos instruir sobre o que são as operações de câmbio simbólicas e de Swap. LEITURA COMPLEMENTAR A taxa de câmbio como instrumento do desenvolvimento econômico Autores: Lauro Mattei e Thaís Scaramuzzi Resumo: O artigo discute a importância da taxa de câmbio no processo de desenvolvimento econômico. Depois de fazer uma breve discussão do tema, apresenta-se um histórico sobre a política cambial brasileira após 1995 no âmbito do programa de estabilização macroeconômica. Neste caso, discutem-se os efeitos da política cambial sobre a indústria do país realçando-se o fato de que existem evidências empíricas que apontam para a desindustrialização. este aspecto, em grande medida, é explicado pelo comportamento dos dados sobre a intensidade tecnológica dos produtos exportados e importados. recentemente, observou-se uma expansão bastante expressiva dos produtos não industriais na pauta do comércio externo do país, indicador que pode estar sinalizando a existência de um processo de desindustrialização em curso. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rep/a/9nNysnDDfSvX8Cg6MZWqYzN/?lang=pt Fonte: A taxa de câmbio como instrumento do desenvolvimento econômico. SCIELO BRASIL, 2021. Disponível em: https://www.tuacarreira.com/consideracoes-finais-tcc/. Acesso em: 10 set. 2021. https://www.scielo.br/j/rep/a/9nNysnDDfSvX8Cg6MZWqYzN/?lang=pt LIVRO Título: Taxa de Câmbio e Política Cambial no Brasil: Teoria, Institucionalidade, Papel da Arbitragem e da Especulação Autor: Pedro Rossi. Editora: FGV Editora. Sinopse: este livro busca apresentar ao leitor uma abordagem sobre a taxa de câmbio que se debruça sobre seus aspectos institucionais. Trata-se de entender o funcionamento do mercado de câmbio brasileiro e da política cambial e qualificar o papel do capital financeiro. O comportamento da taxa de câmbio no Brasil e o impacto de políticas cambiais são analisados à luz do quadro regulatório, da operacionalidade do mercado de câmbio, das mediações entre os mercados à vista e futuro, da estratégia de investimento dos agentes, dos ciclos especulativos e da existência de canais de arbitragem. FILME/VÍDEO Título: Como ser Warren Buffett Ano: 2017. Tornando-se Warren Buffett é um documentário de 2017 sobre Warren Buffett e sua vida. O filme foi feito para a HBO. REFERÊNCIAS BANCO CENTRAL DO BRASIL. Voto 196/2017-BCB, de 17 de setembro de 2017. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadVoto.asp?arquivo=/Votos/BC B/2017196/Voto_1962017_BCB.pdf. Acesso em: 31 ago. 2021. KRUGMAN, Paul R. Economia internacional. Pearson Universidades; 10ª edição, 2015. UNIDADE IV MERCADOS DE CÂMBIO E MERCADO BRASILEIRO Professora Ma. Carolina Freitas Plano de Estudo ● Quanto à origem e ao destino das moedas; ● Quanto ao tipo de taxa de câmbio; ● Quanto ao prazo de liquidação das operações; ● Quanto à entrega de moeda estrangeira; ● Quanto à legalidade das operações; ● Principais características atuais. Objetivos de Aprendizagem ● Entender o tipo de taxa de câmbio no mercado brasileiro; ● Analisar a legalidade das operações; ● Compreender as principais características atuais do câmbio no Brasil. Usuário Destacar INTRODUÇÃO Olá, Estudante! Seja bem-vindo(a) a nossa última unidade da nossa disciplina de Gestão e Operações de Câmbio. Nesta unidade será pontuado impactos importantes do mercado de câmbio e do mercado brasileiro. Primeiramente, iremos estudar quanto a origem e ao destino das moedas no mercado brasileiro, tópico de ensino fundamental para compreender o arcabouço do mercado de câmbio brasileiro. Logo depois iremos compreender os tipos de taxa de câmbio que existiram no decorrer da economia brasileira nas últimas décadas, afinal, pudemos observar o conturbado histórico brasileiro na década de 1960 aos anos 2000. Fundamental também, a análise dos prazos de liquidação das operações, recapitulando os aprendizados na nossa Unidade 3 de estudo. Indispensável para a compreensão das operações cambiais no mercado brasileiro, nesta unidade também estudaremos a legalidade das operações, ou seja, como o Banco Central do Brasil lida com a legibilidade das trocas de moedas na economia internacional. Por último e muito importante, vamos estudar as principais características da economia brasileira voltada para o mercado brasileiro, ou seja, como o Real se comportou diante do cenário global. Desejo a você bons estudos! 1 QUANTO À ORIGEM E AO DESTINO DAS MOEDAS Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/brazilian-coins-background-real-cent-money- 1519716212 Conforme aprendemos nas unidades anteriores, o câmbio tem como arcabouço uma operação em que acontece troca – compra ou venda – de moedas de uma economia para outra. No caso brasileiro, Borges (DATA), enfatiza que os casos de muitas companhias exportadoras brasileiras precisam vender os dólares recebidos dos importadores como pagamento pelos bens e serviços, a bancos autorizados a operar em câmbio pelo Banco Central do Brasil (Bacen), recebendo em troca os reais correspondentes. Também conforme aprendemos anteriormente, as operações de câmbio não são simples ou possuem a significância da troca de moeda nacional por estrangeira, é importante ressaltar que sua livre realização é proibida no Brasil, devido ao fato do mercado de câmbio ser controlado pelo Bacen, acontecendo a troca cambial apenas por estabelecimentos autorizados por órgãos competentes a operar em câmbio. Conforme determinado por lei, no Brasil não é permitido a realização das negociações de exportações com a moeda estrangeira, e também a impossibilidade de pagar as importações de mercadorias com moeda nacional, sendo então criado o mercado cambial, conhecido também como o mercado de dívidas, esses em que ocorre compra e venda de moedas. Podemos afirmar então que o mercado de câmbio tem como finalidade facilitar as operações de exportações e importações. A expressão de mercado de câmbio ou conhecido também como mercado cambial é dada no sentido abstrato, pois possui significado ao contato sistemático Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar entre os compradores e vendedores que realizam as transações cambiais. Esses contratos cambiais podem ser realizados de diversas maneiras, entre elas está o telefone ou até mesmo pela internet, evitando o contato físico entre negociadores. Podemos pontuar os motivos que levam os agentes econômicos (empresas, governos e pessoas físicas) a tomarem a decisão de comprar e vender moedas estrangeiras. O motivo primordial é a existência de diferentes moedas dos mais diferentes países, e também a regra de aceitação da moeda de um país em outro território. Devemos ressaltar a globalização e internacionalização do comércio (importação e exportação de mercadorias) e em conjunto a movimentação livre de capitais, como por exemplo: empréstimos internacionais, investimentos diretos e outros. Não somente as regras propostas pelo Bacen sãofundamentais para as operações cambiais como também as modificações constantes propostas pela Câmara de Comércio Internacional, em que são enfatizados diversos tratados internacionais, usos e costumes de mercados de câmbio – incluído o brasileiro. 2 QUANTO AO TIPO DE TAXA DE CÂMBIO Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/currency-icons-dollar-euro-yuan-other- 1075465502 Conforme aprendemos na unidade II existem duas formas de câmbio para atuação em um país, o câmbio fixo e o câmbio flutuante. No período de 1961 a 1997, a economia brasileira apresentou quatro regimes de taxa de câmbio, entre esses está o sistema de taxa de câmbio nominal fixa com minidesvalorizações esporádicas, o sistema de minidesvalorizações cambiais, o sistema de taxa de câmbio com flutuação suja e o sistema de taxa de câmbio limitadamente flexível. Para uma melhor compreensão da separação desses regimes cambiais conforme o período, é possível visualizar no Quadro 1 qual regime correspondeu a cada período. Quadro 1 - Regimes de câmbio separados por período de 1961 - atualidade Regime de câmbio Período Usuário Destacar Usuário Destacar Sistema de taxa de câmbio nominal fixa com maxidesvalorizações cambiais esporádicas Março de 1961 a julho de 1968 Sistema de minidesvalorizações cambiais Agosto de 1968 a fevereiro de 1990 Sistema de taxa de câmbio com flutuação suja Março de 1990 a junho de 1994 Sistema de taxa de câmbio limitadamente flexível Julho de 1994 - presente Fonte: Elaborado pela autora. Na história brasileira, em 1961 foi realizada uma reforma de câmbio transformando o sistema de taxas múltiplas de câmbio (no caso eram cinco para importações e duas para as exportações) para um sistema rígido e unificado. Esse novo sistema teve como definição duas taxas de câmbio, ocorrendo uma desvalorização de 100% do cruzeiro (moeda brasileira da época), uma delas ocorreu para as exportações de café e cacau e outra para as demais importações e exportações. Logo depois podemos recapitular as minidesvalorizações cambiais, essa que pudemos também compreender na Unidade II. No Brasil, essas medidas tinham como objetivo evitar as especulações contra a moeda nacional, em que ocorria até então um estímulo pela política de maxidesvalorizações, como também proteger as receitas de exportações de mercadorias de uma deterioração. Destacam-se três elementos fortes e característicos do período: os intervalos curtos entre as desvalorizações, o baixo percentual em uma das desvalorizações e a suspensão e retomadas seguidas. Sabe-se que entre 1968 a 1983 essas desvalorizações ocorriam entre 3 a 10 dias (ALMEIDA; BACHA, 1999). Ainda conforme Almeida e Bacha (1999), a economia brasileira a partir de 1990 ingressou no sistema de taxa de câmbio com flutuação suja, essa que permaneceu até 1994. No período foram aplicadas duas taxas de câmbio: a taxa administrada (conhecida como dólar comercial) e também a taxa de câmbio flutuante (compra e venda de moeda para turismo). Em teoria, o dólar comercial que anteriormente era fixado pelo Bacen passou a ser determinado pela demanda e oferta de mercado, contudo, o Bacen sempre que necessário, em qualquer período, poderia vir a intervir no mercado de dívidas – vendendo ou comprando unidades monetárias estrangeiras. Usuário Destacar É importante ressaltar que o Bacen deixava a obrigação de fixar a taxa de câmbio. Em 1994, deu-se início a correção da variação de preços através da Unidade Real de Valor (URV), em que o preço máximo de venda de cada dólar americano passou a ser igual a uma URV. Em outras palavras, o valor da URV passou a ser determinado pelo Bacen de forma fixa a paridade máxima de 1URV = US$ 1. A intervenção do mercado de divisas advindo do Bacen ocorria no sentido de tentar assegurar a estabilidade à taxa de câmbio real, essa operação perdurou a partir de março a junho de 1994. A partir de Julho de 1994, com a instauração do Plano Real, a política cambial conseqüentemente sofreu alterações, o Banco Central tomou como decisão abandonar a meta da estabilidade à taxa de câmbio real e levando ao mercado decidir a oferta e demanda do nível da taxa de câmbio. Sabe-se que no dia 30 de Junho a moeda brasileira era CR$ 2.750,00, com a paridade tornou-se 1URV = CR$ 2.750,00 = R$1,00. Isto posto, o Bacen tomou o compromisso formal de vender as dividas no mercado de câmbio no limite máximo de paridade R$ 1 = US$ 1 fosse atingido. Contudo, não foi determinado de forma explícita o limite mínimo da taxa de câmbio a partir do qual o atuaria no mercado como comprador. 3 QUANTO AO PRAZO DE LIQUIDAÇÃO DAS OPERAÇÕES Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/real-brl-money-brazil-dinheiro-brasil-1919701832 Pudemos estudar as operações de câmbio, a modalidade dos câmbios e muitas informações. Agora vamos entender o que é a liquidação das operações. A mesma é descrita como o episódio que ocorre após a realização da compra e venda, ou seja, é o processo no qual acontece a transferência da propriedade de títulos e o pagamento ou recebimento do montante financeiro acordado. Conforme Assaf-Neto (2018) as liquidações das operações de câmbio (compra e venda) ocorrem através da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). Como estudamos anteriormente na Unidade III, as liquidações de câmbio podem ocorrer em operações prontas ou em operações futuras. Sendo cada uma dessas presentes características e determinadas suas liquidações de câmbio. 4 QUANTO À ENTREGA DE MOEDA ESTRANGEIRA Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Usuário Destacar Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/real-currency-money-brazil-dinheiro-reais- 1836131203 Conforme pudemos aprender, a taxa de câmbio é a forma de troca de unidade monetárias entre países, assim, a moeda estrangeira necessariamente está registrada diante aos órgãos reguladores em sua entrada e saída. Segundo o Banco Central do Brasil (2021), a entrega de moeda estrangeira é representada pela teletransmissão, em espécie e cheques de viagem, cartões pré-pagos, conta de depósito, operações simbólicas, cheques, carta de crédito (à vista e a prazo) e títulos e valores. Podemos observar abaixo a entrada de moedas estrangeiras no Brasil em 2018 conforme a Tabela abaixo: Usuário Destacar Tabela 1 - Registros de câmbio por forma de entrega de moeda estrangeira (FEME) VALOR (USD milhões) Descrição Jan-2018 Fev- 2018 Mar-2018 Abr-2018 Mai-2018 Jun-2018 Jul-2018 Ago- 2018 Set- 2018 Out-2018 TOTAL ANO 65 - Teletransmissão 104.258,3 73.552,9 102.044,0 94.765,6 104.703,8 99.430,6 82.349,1 100.265,8 77.618,8 102.329,9 941.318,8 20 - Conta de depósito 13.591,5 12.696,7 14.406,3 13.879,5 15.291,0 13.919,3 12.108,9 14.559,5 9.924,0 20.344,5 140.721,2 90 - Simbólica 5.865,5 9.347,7 12.367,1 9.474,3 8.348,4 12.187,2 15.060,3 14.524,3 7.483,5 16.527,6 111.186,0 50 - Em espécie e/ou cheques de viagem 797,6 504,9 551,9 588,0 619,8 591,2 656,8 495,8 418,6 679,2 5.903,9 15 - Carta de crédito - a prazo 110,9 117,8 148,2 127,1 111,0 85,7 103,7 99,8 115,4 140,3 1.159,9 55 - Cartão pré-pago 80,0 50,0 54,0 56,5 57,0 59,2 62,9 47,5 40,6 53,2 560,8 10 - Carta de crédito - à vista 47,9 34,3 47,2 41,0 39,5 31,4 58,5 65,9 46,4 33,7 445,8 75 - Títulos e valores 12,9 5,3 1,8 6,8 23,6 2,4 15,0 1,4 61,6 3,0 133,9 30 - Cheque 4,1 29,8 7,0 9,5 5,0 5,2 4,1 7,1 3,6 5,6 81,0 Total Geral 124.768,6 96.339,4 129.627,6 118.948,2 129.199,1 126.312,3 110.419,3 130.067,2 95.712,5 140.117,0 1.201.511,2 Fonte: Banco Central do Brasil (2021). 5 QUANTO À LEGALIDADE DAS OPERAÇÕES Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/real-currency-money-brazil-dinheiro-brasil-
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