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Curso Técnico em 
Segurança do Trabalho 
 
Gerenciamento de Riscos e 
Emergências 
Audennille Marinho de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Técnico em 
Segurança do Trabalho 
 
Gerenciamento de Riscos e 
Emergências 
Audennille Marinho de Almeida 
Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Educação a Distância 
 
Recife 
 
1.ed. | setembro 2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação e Normalização 
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129) 
 
Diagramação 
Jailson Miranda 
 
Coordenação Executiva 
George Bento Catunda 
Renata Marques de Otero 
Kátia Karina Paulo dos Santos 
 
Coordenação Geral 
Maria de Araújo Medeiros Souza 
Maria de Lourdes Cordeiro Marques 
 
Secretaria Executiva de 
Educação Integral e Profissional 
 
Escola Técnica Estadual 
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa 
 
Gerência de Educação a distância 
 
 
Professor Autor 
Audennille Marinho de Almeida 
 
Revisão 
Audennille Marinho de Almeida 
 
Coordenação de Curso 
Alcione Moraes de Melo 
 
Coordenação Design Educacional 
Deisiane Gomes Bazante 
 
Design Educacional 
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
Izabela Pereira Cavalcanti 
Jailson Miranda 
Roberto de Freitas Morais Sobrinho 
 
Descrição de imagens 
Helisangela Maria Andrade Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
Introdução .................................................................................................................................... 6 
1.Competência 01 | Identificar Riscos e Estabelecer Procedimentos de Segurança nas Operações 
com Máquinas e Equipamentos ..................................................................................................... 7 
1.1 Conceitos e definições de termos envolvidos no processso de Gerenciamento de Riscos ....................... 7 
1.1.1 Risco ....................................................................................................................................................... 7 
1.1.2 Perigo ou Fator de Risco Ocupacional .................................................................................................... 9 
1.1.3 Probabilidade ....................................................................................................................................... 11 
1.1.4 Severidade ............................................................................................................................................ 12 
1.1.5 Matriz de risco ...................................................................................................................................... 12 
1.1.6 Ameaça e Vulnerabilidade ................................................................................................................... 14 
1.1.7 Segurança ............................................................................................................................................. 16 
1.2 Conhecendo, analisando e gerenciando os riscos ................................................................................... 17 
1.2.1 Identificação dos riscos ........................................................................................................................ 17 
1.2.2 Análise dos riscos ................................................................................................................................. 18 
1.2.3 Avaliação dos riscos .............................................................................................................................. 21 
1.2.4 Tratamento dos riscos (Eliminação e Mitigação) ................................................................................. 21 
2.Competência 02 | Estabelecer Medidas de Controle dos Riscos Profissionais, Aplicando os mais 
Adequados Procedimentos de Liberação de Serviços e Dispositivos de Proteção Individual e Coletiva
 ................................................................................................................................................... 24 
2.1 Procedimento Operacional Padrão (POP) ............................................................................................... 24 
2.2 Permissão de Trabalho (PT) ..................................................................................................................... 28 
3.Competência 03 | Conhecer e Aplicar Adequadamente os Procedimentos de Atendimento a 
Emergências nos Casos De Acidentes ........................................................................................... 34 
3.1 Planos de emergência ............................................................................................................................. 34 
3.2 Plano de Abandono de Área .................................................................................................................... 40 
3.3 Plano de Auxílio Mútuo ........................................................................................................................... 42 
4.Competência 04 | Planejar e Estruturar a Organização para Suportar Procedimentos de 
Emergência ................................................................................................................................. 48 
4.1 Construção dos planos de emergência ................................................................................................... 50 
4.1.1 Plantas de Emergência ......................................................................................................................... 51 
4.1.2 Rota de Fuga ......................................................................................................................................... 51 
4.2 Construção e fortalecimento de Planos de Auxílio Mútuo (PAM) .......................................................... 53 
4.2.1 Treinamentos de Simulação de Emergência e Evacuação .................................................................... 54 
4.2.2 Inspeção e Manutenção dos equipamentos de emergência ................................................................ 56 
4.2.3 Kits de Emergência ............................................................................................................................... 58 
4.3 Construção e fortalecimento de equipe treinada ................................................................................... 60 
4.3.1 Treinamento Complementar da Brigada de Emergência ..................................................................... 62 
 
 
 
 
 
 
4.3.2 Treinamentos para Leigos .................................................................................................................... 62 
4.3.3 Reuniões da Brigada ............................................................................................................................. 62 
4.4 Construção de Planos de Abandono ....................................................................................................... 64 
5. Competência 05 | Controlar as Perdas Acidentais que Envolvam Colaboradores, Parceiros, 
Fornecedores, Clientes, Comunidade e a Propriedade ................................................................. 69 
5.1 Comunicação ........................................................................................................................................... 72 
5.1.1 Comunicação Externa ........................................................................................................................... 73 
5.1.2 Comunicação Interna ........................................................................................................................... 73 
5.1.2.1 Comunicação aos Investidores .......................................................................................................... 73 
5.1.2.2 Comunicação à Gerência Geral .........................................................................................................74 
5.1.2.3 Comunicação à População Fixa e Flutuante ...................................................................................... 74 
5.1.2.4 Conferência de informações para solicitação de ajuda externa ....................................................... 74 
5.1.2.5 Relatório de Investigação de Emergências ........................................................................................ 74 
5.1.3 Canais de Comunicação ........................................................................................................................ 75 
Conclusão .................................................................................................................................... 80 
Referências ................................................................................................................................. 81 
Minicurrículo do Professor .......................................................................................................... 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Introdução 
Estimado estudante, 
Seja bem-vindo à disciplina de Gerenciamento de Riscos e Emergências! 
O processo de gerenciamento de riscos envolve etapas de identificação dos riscos, 
análise, avaliação, monitoramento, comunicação, tratamento dos riscos e a prevenção de acidentes. 
Também visa propor formas de combater qualquer ação que represente uma ameaça, considerando 
assuntos relacionados à segurança do trabalhador. 
Sendo assim, nesta disciplina, você irá estudar processos e técnicas que visam aumentar 
a segurança dos processos através da antecipação das condições inseguras por meio de técnicas de 
identificação, análise e avaliação dos riscos. 
E como acontecerá este estudo? 
Na 1ª semana (Competência 1), você terá a oportunidade de Identificar Riscos e 
Estabelecer Procedimentos de Segurança nas Operações com Máquinas e Equipamentos; na 2ª 
semana (Competência 2) irá aprender como Estabelecer Medidas de Controle dos Riscos 
Profissionais, Aplicando os mais Adequados Procedimentos de Liberação de Serviços e Dispositivos 
de Proteção Individual e Coletiva; na 3ª semana (Competência 3) poderá Conhecer e Aplicar 
Adequadamente os Procedimentos de Atendimento a Emergências no Caso de Acidentes; na 4ª 
semana (Competência 4) irá saber como Planejar e Estruturar a Organização para Suportar 
Procedimentos de Emergência. Por fim, na 5ª semana (Competência 5) verá como Controlar as Perdas 
Acidentais que Envolvam Colaboradores, Parceiros, Fornecedores, Clientes, Comunidades e a 
Propriedade. 
 
Portanto, bons estudos! 
 
Ah, não esquece de acessar a sala do estudante e sala de acolhimento 
para baixar o Guia do Estudante, assim como o calendário escolar, etc, 
eles te darão um apoio nas demandas do curso. 
 
 
 
 
 
 
 
7 
1.Competência 01 | Identificar Riscos e Estabelecer Procedimentos de 
Segurança nas Operações com Máquinas e Equipamentos 
Nesta 1ª competência abordaremos alguns conceitos básicos e essenciais ao processo do 
gerenciamento de riscos, como por exemplo, a diferença entre perigo e risco; o que é severidade; 
mapa de risco; as etapas de identificação, análise, avaliação e tratamento dos riscos; dentre outros. 
 
A segurança do trabalho de um modo geral, é um conjunto de medidas de prevenção 
adotadas para proteger os trabalhadores de uma empresa e minimizar os riscos de acidentes de 
trabalho e doenças ocupacionais. Sendo assim, os profissionais que atuam na segurança do trabalho 
devem ter o foco em manter um ambiente livre de riscos de acidentes e doenças ocupacionais, 
sempre em caráter preventivo, evitando possíveis e futuros danos ao empregado e que também 
possam afetar a própria empresa. 
Sendo assim, vamos conhecer alguns conceitos relevantes para que possamos prosseguir 
com os estudos sobre o processo de gerenciamento de riscos. 
 
1.1 Conceitos e definições de termos envolvidos no processso de Gerenciamento de 
Riscos 
Neste tópico, iremos conhecer alguns dos principais conceitos e definições utilizados para 
entender o processo de Gerenciamento de Riscos. 
 
1.1.1 Risco 
Antes de iniciar o estudo sobre o risco, é imprescindível diferenciarmos o risco do perigo, 
para que, conhecendo os perigos, possamos encontrar maneiras de controlar as situações de risco. 
Estudante, antes de prosseguir com a leitura desta competência, confere lá o 
nosso podcast sobre o que vai rolar nesta semana, ok?!! 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Figura 1 – Risco 
Fonte: https://pmkb.com.br/artigos/riscos-de-projeto-por-que-evita-los/ 
Descrição: Uma superfície de uma mesa branca, contendo uma calculadora, uma caneta cor prata e papéis. Ao centro 
da mesa, um desenho em formato de losango escrito a palavra “riscos” no seu interior e partindo deste losando, duas 
setas. A seta à direita, indica sim e a seta apontando para baixo, indica não. 
 
 
 
De acordo com alguns autores, o risco é a probabilidade de um evento adverso (contrário) 
poder afetar negativamente a capacidade de uma determinada empresa de alcançar seus objetivos. 
Desta forma, podemos dizer que o risco é considerado, portanto, um evento indesejável. 
O risco tem potencial necessário para causar danos como lesões pessoais, danos a 
equipamentos e instalações, danos ao meio-ambiente, perda de material em processo ou redução da 
capacidade de produção. 
Ah, o risco pode significar ainda: 
• a incerteza quanto á ocorrência de um determinado evento (acidente e/ou falha); 
• a chance de perda ou perdas que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente 
ou série de acidentes. 
Vale ressaltar que existem algumas normas sobre o gerenciamento dos riscos e perigos, 
sendo uma delas, a ISO 45001:2018, antiga OHSAS 18001:2007, que é uma importante ferramenta 
de controle e otimização do sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional que passa, então, 
a permitir que uma organização possa ter conhecimento de todos os perigos relevantes e que sejam 
resultantes de suas atividades de rotina e, assim, melhorar seu desempenho. 
A norma tem ainda por finalidade a avaliação periódica e a análise crítica de seu Sistema 
de Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho (SST), de forma que possa melhorar a eficiência e, 
consequentemente, reduzir acidentes e a perda de tempo de produção. 
De acordo com a ISO 45001:2018, os riscos são conceituados da seguinte forma: 
Mas afinal, o que é risco? 
 
 
 
 
 
 
9 
 “combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas 
relacionadas aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde que 
podem ser causados pelo(s) evento(s) ou exposição(ões)”. 
Veja abaixo algumas situações de atividades desempenhadas por trabalhadores e os 
riscos associados a elas. 
SITUAÇÃO RISCO ASSOCIADO 
TRABALHO COM CHAPA AQUECIDA QUEIMADURAS 
TRABALHO EM ALTURA QUEDA FATAL 
TRABALHO EM AMBIENTE RUIDOSO REDUÇÃO DA CAPACIDADE 
AUDITIVA 
INTERVENÇÃO EM REDE ELÉTRICA 
DESENERGIZADA 
ELETROCUSSÃO 
Quadro 1 – Situação X Risco 
Fonte: A autora, 2022. 
 
1.1.2 Perigo ou Fator de Risco Ocupacional 
Conforme a Norma Regulamentadora NR-1, o perigo ou o fator de risco ocupacional, é a 
fonte com o potencial de causar lesões ou agravos à saúde. Elemento que isoladamente ou em 
combinação com outros tem o potencial intrínseco de dar origem a lesões ou agravos à saúde. 
 
Figura 2 – Diferença entre perigo e risco 
Fonte: Apostila Braga & Bouwman 
Descrição: A imagem ilustra dois homens levantando uma caixa cada um. O homem do lado esquerda da figura veste 
calça e camisa na cor amarela e levanta a ciaxa de forma que sua coluna se mantêm ereta e na posição corretamente 
ergonômica. Já ao lado direito da imagem, há um homem que também veste calça e camisa na cor amerela e levanta a 
caixa todo curvado, fazendo com que sua coluna sofre danos. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
Simplificando um pouco para você! 
O risco é o efeito ocasinado pela fonte geradora (local onde se origina o risco), já o 
perigoé a própria fonte do problema (equipamento\atividade, por exemplo). Por exemplo, uma 
atividade que é realizada com um andaime, o perigo é o andaime (fonte geradora do risco) e o risco 
é a probabilidade ou chance de lesão, dano ou morte (queda fatal) do trabalhador deste andaime. 
 
Figura 3 – Trabalhadores em andaimes 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/andaime-constru%c3%a7%c3%a3o-trabalhador-14253/ 
Descrição: A imagem ilustrada apresenta um andaime de ferro montado em uma faixada de um edifício em construção, 
onde há dois homens trabalhando em cima dele. Um dos homens veste roupa azul e capacete vermelho, já o outro está 
um pouco mais acima e veste roupa verde e capacete vermelho. 
 
O quadro abaixo traz alguns exemplos práticos sobre a diferença de Perigo e Risco. 
PERIGO (FONTE GERADORA) 
RISCO (ASSOCIADO AO EQUIPAMENTO OU 
SITUAÇÃO) 
FURADEIRA DE BANCADA 
MANUSEIO DA FURADEIRA DE BANCADA 
(EFEITOS OU DANOS: CORTE; LESÕES; ETC) 
ELETRICIDADE 
CONTATO COM SUPERFICIE ENERGIZADA 
(EFEITOS OU DANOS: CHOQUE; MORTE) 
SUPERFÍCIE QUENTE 
CONTATO COM SUPERFICIE QUENTE (EFEITOS 
OU DANOS: QUEIMADURA; ETC) 
CALOR 
EXPOSIÇÃO AO CALOR (EFEITOS OU DANOS: 
DESIDRATAÇÃO; SUDORESE INTENSA; ETC) 
 
Quadro 2 - Diferença de Perigo e Risco 
Fonte: A autora, 2022. 
 
E agora, ficou claro a diferença entre risco e perigo? 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
A partir do exemplo citado acima, de que forma as medidas de prevenção podem estar 
associadas ao nível de perigo existente? 
Vejamos agora! 
PERIGO DA ATIVIDADE: VAPORES 
DO SOLVENTE 
RISCO DA ATIVIDADE: 
INTOXICAÇÃO 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO NÍVEL DE PERIGO 
NENHUMA ALTO 
USO DE MÁSCARA FILTRANTE MODERADO à BAIXO 
LIMITAÇÃO DO TEMPO DE 
EXPOSIÇÃO 
BAIXO 
AUTOMATIZAÇÃO DO PROCESSO PRATICAMENTE NULO 
 
Quadro 3 – Situação prática de perigo e risco 
Fonte: A autora, 2022. 
 
 
1.1.3 Probabilidade 
É a chance de alguma ameaça se concretizar. Pode ser por meio de um equipamento ou 
pode ser ainda através de uma falha humana, ou seja, é uma chance percentual de acontecer. 
Portanto, quanto maior for a probabilidade, maior será a possibilidade de o risco se consolidar. 
Veja abaixo o nível de probabilidade e qual a chance dela ocorrer. 
 GRAU DE PROBABILIDADE DESCRIÇÃO 
ALTA CHANCE DA AMEAÇA SE 
CONCRETIZAR EM 1 (UM) ANO 
MÉDIA POSSIBILIDADE DA AMEAÇA SE 
Que tal mais exemplos práticos? 
Situação: trabalho em desengraxamento de peças utilizando solvente 
Ah, acessa este link e assista a um vídeo bem legal sobre como diferenciar o 
risco do perigo ok. 
https://www.youtube.com/watch?v=yHnj7TLauzc 
 
 
 
 
 
 
12 
CONCRETIZAR NO PRÓXIMO ANO 
BAIXA DIFICILMENTE A AMEAÇA 
OCORRERÁ NO PRÓXIMO ANO 
 
Quadro 4 – Exemplificando medição qualitativa da probabilidade 
Fonte: PELTIER, 2004. 
 
Visto o conceito de probabilidade, vamos a um outro termo importante que está 
associado ao risco, a Severidade! 
 
1.1.4 Severidade 
Severidade está associada ao nível de consequência e gravidade da lesão ou dano que o 
risco pode causar, assim sendo, quanto maiores forem as consequências negativas causadas por 
determinado risco, maior será a severidade. Ou seja, a gradação da severidade das lesões ou agravos 
à saúde deve levar em conta além da magnitude da consequência, o número de trabalhadores 
possivelmente afetados. 
Sendo assim estudante, risco é basicamente a exposição ao perigo (probabilidade X 
severidade). E o perigo é uma situação com probabilidade de causar dano. 
 
1.1.5 Matriz de risco 
O risco pode ser classificado em pequeno, médio ou alto, mas para isto, é necessário 
interpretar corretamente a matriz de riscos. 
Você já ouviu falar neste termo Matriz de Risco? Pois bem, é através de uma Matriz de 
Risco que podemos identificar a magnitude do risco e dimensionar as devidas ações para controle do 
mesmo. Ela é uma forma usual de se avaliar o risco. Através dela, podemos combinar a probabilidade 
da ocorrência do evento com a severidade das lesões que podem ser causadas. 
Com ela, procuramos identificar a combinação entre probabilidade e severidade não 
apenas no indivíduo, mas também no patrimônio da empresa e ao meio ambiente. Desta forma, a 
utilização da matriz de risco deve ser basicamente analisar o cruzamento entre probabilidade X 
severidade, lógica de aplicação usada pela maioria das matrizes de risco. E, o resultado encontrado 
deste cruzamento será nível do risco. 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Veja, numa situação hipotética (não real), a atividade realizada é a troca de uma luminária 
em que o trabalhador está situado a uma altura de 4 metros. Utilizando a matriz de risco abaixo, 
analise os perigos e os riscos para esta situação. 
 
Figura 4 - Matriz de riscos 
Fonte: https://descomplicasms.com.br/index.php/2017/10/13/diferenca-entre-perigo-e-risco/ 
Descrição: Matriz de Risco apresentando cores em destaques verde, laranja e vermelho. 
 
Resolução: analisando a situação e tendo em vista que a atividade exige do trabalhador 
o uso de uma escada para alcançar o local onde deve ser realizada a troca da luminária, constata-se 
como perigo, a queda da escada. 
Considerando que nesta atividade existe a possibilidade de queda, e considerando a 
matriz acima descrita, a probalidade é 3 do risco de queda. Com relação a severidade de uma queda 
de até 4 metros e observando-se a utilização de medidas de proteção coletivas e individuais, poderia 
ser definida como 4, e precisaria de atendimento hospitalar. Ao multiplicarmos o número 3 da 
Vamos exercitar um pouco? 
 
 
 
 
 
 
14 
probabilidade com o número 4 da severidade, encontramos o número 12, o que significa que o risco 
é alto. 
Vale salientar que todas as possibilidades devem ser analisadas, e as medidas de controle 
a serem tomadas, devem ser conforme as ações que oferecerem maior risco. 
E, para que possamos entender ainda mais sobre os riscos, é extremamente importante 
estudarmos outros dois aspectos, a vulnerabilidade e as ameaças, as quais nos fazem enxergar os 
impactos e os potenciais efeitos gerados pelos riscos. 
 
1.1.6 Ameaça e Vulnerabilidade 
Primeiro entenda que ameaça e vulnerabilidade são duas coisas distintas, ok? 
As ameaças servem para identificar os agentes que podem vir a ameaçar a empresa. Elas 
normalmente são situações externas, e não podemos controlá-las, sendo possível apenas a sua 
identificação. 
Já as vulnerabilidades (situações internas) são falhas ou fraqueza de procedimento, 
design, implementação, ou controles internos de um sistema que possa ser acidentalmente ou 
propositalmente explorada, resultando em uma brecha de segurança ou violação da política de 
segurança do sistema. 
Desse modo, a ameaça é a possibilidade de desastre ou dano, enquanto a vulnerabilidade 
refere-se a capacidade (da empresa) de resistir, ou não, as várias ameaças. 
Tipos de Vulnerabilidade 
• Espionagem; 
• Crimes; 
• Empregados insatisfeitos; 
• Empregados “doentes”; 
• Empregados desonestos; 
• Vandalismo; 
• Terrorismo. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
Figura 5 – Ladrão 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/assaltante-criminoso-ladr%c3%a3o-roubo-4925202/ 
Descrição: Uma ilustração de personagem de desenho de um ladrão usando máscara nos olhos, carregando nas costas 
um saco grande preto e uma lanterna acesa na mão. 
 
A imagem acima remete a uma situação de crime. Já pensou que uma ameaça pode 
acontecer tanto na segurança patrimonial de uma empresa ou até mesmo na sua residência? Pois 
bem, ela se caracteriza e se expressa pela existência de uma indicação, circunstância, evento ou 
indivíduo com capacidade de causar perdas ou danos a empresa ou a sua casa. Por exemplo, quando 
as ameaças são naturais, ou seja, decorrentes da natureza, tais como, fogo, enchentes e terremotos, 
podem provocar danos aos ativos (pessoas, infra-estrutura, informações, dentre outros). Já as 
ameaças de cunho internacional, podemos citar as fraudes, invasões e roubo de informações. 
Nestesentido, caro estudante, as ameaças necessitam de um acompanhamento 
constante, pois em algum momento poderão torna-se um risco para segurança patrimonial da 
empresa ou da sua residência. 
No caso da vulnerabilidade ou pontos fracos, podemos tratar como sendo as falhas ou 
fraqueza no sistema de segurança quando falamos em segurança patrimonial da empresa ou de uma 
residência. Existindo ainda as vulnerabilidades naturais que são aquelas que envolvem condições 
naturais, podendo trazer riscos para os equipamentos e as informações de uma determinada 
empresa. Podemos citar como este tipo de vulnerabilidades as seguintes: locais propensos a 
inundações, ambientes sem a devida proteção contra incêndio, terremotos, furacões ou maremotos. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
1.1.7 Segurança 
É um compromisso acerca de uma relativa proteção da exposição aos riscos. 
Normalmente representa a ideia de “estar ou sentir-se seguro perante ameaças ou perigos” (Booth, 
2005: p.13). 
Poderia ser pensada como sendo a isenção dos riscos, mas sabemos que é praticamente 
impossível a eliminação completa de todos os riscos, ou seja, é a redução de grande parte dos riscos. 
Podemos dizer que: Segurança = Controle de perdas acidentais. 
É também entendida como sendo a garantia de um estado de bem-estar físico e mental, 
traduzido por saúde, paz e harmonia. No âmbito da segurança do trabalho, é a garantia do estado de 
bem-estar físico e mental do colaborador em seu ambiente de trabalho, e, se possível, fora dele 
também. 
 
 
Figura 6 – Prática de esporte equestre 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/vaqueira-cavalo-passeio-cavalgando-419084/ 
Descrição: A imagem ilustra uma mulher de cabelos soltos com um chapéu de vaqueira, montada em cima de um cavalo 
de cor marrom e um sinal branco em sua face. 
 
A imagem acima trata de uma pessoa que pratica esportes equestres. Neste tipo de 
esporte, é muito comum os riscos de fraturas e lesões dos membros superiores (punhos, cotovelos e 
ombros, por exemplo) e membros inferiores (joelho, pernas, tornozelos e pé, por exemplo). Outro 
tipo de lesões retratadas e que são bastante graves, são as que estão ligadas aos traumas encefálicos 
e vertebrais. Porém, algumas ações podem ser tomadas na prática desta atividade por parte do 
Vamos exercitar um pouco? 
 
 
 
 
 
 
17 
esportista, como por exemplo, a adoção dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Um EPI 
extremamente importante, é o capacete, que deve ser utilizado sempre que o cavaleiro estiver 
montado, bem ajustado e com, a cinta presa. E, em caso de ocorrer algum impacto, ele deve ser 
trocado. 
Sendo assim, alguns perigos podem ser minimizados ou mitigados, a fim de que haja uma 
menor probabilidade de ocorrência dos riscos e com isso seja garantida a prática segura desta 
atividade. 
 
1.2 Conhecendo, analisando e gerenciando os riscos 
O processo de gerenciamento de riscos consiste na (1) identificação de riscos, (2) análise 
de riscos e (3) avaliação de riscos. Porém, vale salientar que o conhecimento na “gestão de riscos” 
para a elaboração e a implantação de medidas e procedimentos, técnicos e administrativos, têm por 
objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos como também manter uma instalação operando 
dentro de padrões de segurança considerados toleráveis ao longo de sua vida útil. 
Uma excelente colocação sobre a gestão de riscos, está na frase dita pelo autor William 
Edwards Deming: 
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define 
o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”. 
Então, estimado estudante, vejamos os passos que devem ser seguidos para realizar uma 
execelente gestão de riscos. 
 
1.2.1 Identificação dos riscos 
O objetivo da identificação de riscos é encontrar, reconhecer e descrever riscos que 
porventura venham a contribuir ou impedir que uma empresa alcance seus objetivos. Para tal, é 
importante que se tenham informações precisas, apropriadas e atualizadas para o sucesso da 
identificação de riscos. Neste sentido, a empresa pode usar uma infinidade de técnicas para 
identificar as incertezas que possam atrapalhar um ou mais dos seus objetivos. 
 
 
 
 
 
 
18 
Sendo a primeira etapa e considerada por alguns autores como a mais importante, é nela 
em que devemos realizar os registros de incidentes, as quase perdas, o monitoramento da saúde e 
os resultados de inspeções que possam ajudar na identificação dos riscos. 
Vale ressaltar que todo e qualquer tipo de acidentes e incidentes de trabalho, devem ser 
investigados para identificar qualquer risco e para que seja tomado o seu adequado controle. Pois, a 
empresa deve identificar os riscos, independentemente de suas fontes estarem ou não sob seu 
controle. Além de que ela deve considerar que na identificação de riscos, pode haver mais de um tipo 
de resultado, o que pode resultar em uma variedade de consequências tangíveis ou intangíveis. 
Uma ótima forma de identificar os riscos presentes no ambiente de trabalho, é através da 
comunicação direta com os trabalhadores, tendo em vista que estes conhecem precisamente suas 
atividades e podem fornecer detalhes sobre os processos. Sendo assim, o profissional em segurança 
do trabalho, terá melhores condições de identificar os riscos ali presentes. 
Agora estudante, identificado todos os riscos, é hora de analisarmos. 
 
1.2.2 Análise dos riscos 
O objetivo da análise de riscos é entender a natureza do risco e suas características, e 
quando houver, incluir o nível deste risco. A análise de riscos compreende todas as incertezas, fontes 
de risco, consequências, probabilidade, eventos, cenários, controles e sua eficácia. Um determinado 
evento, por exemplo, pode ter várias causas e consequências e pode afetar diversos objetivos. A 
análise de riscos pode ser feita a um grau de detalhamento e complexidade bem elevado, tudo irá 
depender do propósito desta análise, da disponibilidade e confiabilidade das informações, e dos 
recursos disponíveis. As técnicas de análise podem ser qualitativas, quantitativas ou uma combinação 
destas, dependendo das circunstâncias e do uso pretendido. Porém, independente da técnica 
escolhida, uma análise de riscos deve considerar fatores como: 
• Probabilidade de eventos e consequências; 
• Natureza e magnitude das consequências; 
• Complexidade e conectividade; 
• Fatores temporais e volatilidade; 
• Eficácia dos controles existentes; 
 
 
 
 
 
 
19 
• Sensibilidade e níveis de confiança. 
 
É importante que você saiba, que existem diferentes ferramentas ou técnicas de gestão 
de riscos que podem ser utilizadas visando evitar os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, 
por exemplo, o Hazop, FEMEA, APR (Análise Preliminar de Risco), dentre outras. 
 
HAZOP 
Tem como objetivo identificar os perigos e problemas existentes num processo 
operacional. Pode ser utilizado na fase de projeto ou em instalações já existentes ou que necessitem 
de alterações. É um dos métodos mais eficientes e eficaz, fazendo com que possam ser introduzidas 
enormes melhorias de prevenção. 
Aplicação: deve criar uma tabela contendo um equipamento a ser analisado e fazer uma 
análise crítica de todo o processo deste equipamento. 
Vantagens: consegue identificar as possíveis causas, desvios, consequências e ações 
necessárias para a segurança do sistema/operação estudada. 
Desvantagens: método demorado; em novos projetos deve ser completado com outras 
ferramentas; deve-se ter muitas informações sobre o projeto, ou seja, uma maior riqueza de detalhes 
do projeto. 
 
FEMEA 
Tem como objetivo identificar as consequências dos possíveis modos de falhas causados 
por equipamentos, por exemplo, válvulas de controle, bombas, motores, etc. 
Aplicação: Definição de medidas de eliminação do risco ou preventivas de correção. 
Vantagens: Muito eficiente em sistemas/operações simples. 
Desvantagens: Mais recomendadopara indústria de processo. 
 
Vamos conhecer um pouco mais sobre o método Hazop? 
Segue link: 
https://www.youtube.com/watch?v=qnocXFpnZdk&t=115s 
 
 
 
 
 
 
20 
 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) 
 
Consiste num estudo de forma antecipada e detalhada de um sistema operacional desde 
o seu início visando identificar os prováveis riscos. Esta técnica permite uma revisão geral dos riscos 
que podem estar presentes nas fases operacionais, categorizando-os para priorização de ações 
preventivas e/ou corretivas. 
É uma técnica simples, porém muito utilizada, tendo em vista a sua importância na 
investigação de sistemas inovadores e/ou pouco conhecidos, ou seja, quando a experiência em riscos 
na sua operação é carente ou deficiente. É uma análise do tipo qualitativa e pode ser usada em locais 
que já se encontram em fase de operação, de modo que permite, nesse caso, a realização de uma 
revisão dos aspectos de segurança existentes. A melhor forma de controle das medidas 
recomendadas pela APR é através de uma lista de verificação. 
É importante ressaltar que a APR deve ser sempre desenvolvida e colocada ao 
conhecimento dos trabalhadores envolvidos, antes da realização de qualquer atividade, seja ela 
realizada pela própria empresa ou por empresas terceirizadas. 
De um modo geral, as análises de riscos fornecem uma entrada para a avaliação de riscos, 
para decisões sobre se o risco necessita ser tratado e como ser tratado, e sobre a estratégia e os 
métodos mais apropriados para o tratamento de riscos. Os resultados favorecem a tomada de 
decisões, em que escolhas estão sendo feitas e as opções envolvem diferentes tipos e níveis de risco. 
 
Vamos conhecer um pouco mais sobre o método do FMEA na Segurança do 
Tabalho? 
https://www.youtube.com/watch?v=6vDvVaadx1s 
Vamos conhecer na prática sobre a APR na Segurança do Tabalho? 
Segue link: 
https://www.youtube.com/watch?v=gFw4mN5Zyec 
 
 
 
 
 
 
21 
1.2.3 Avaliação dos riscos 
O objetivo da avaliação de riscos é apoiar decisões. A avaliação de riscos envolve a 
comparação dos resultados da análise de riscos com os critérios de riscos estabelecidos para 
determinar onde é necessária ação adicional. 
Porém, a avaliação de risco deve ser implementada em casos que houver: 
• Uma incerteza se o risco vai resultar em lesões ou doença ocupacional; 
• Quando o trabalho envolve um número variado e diferente de riscos; 
• Se houver uma falta de conhecimento sobre os riscos e estes puderem produzir novos 
ou maiores riscos; 
• Quando houver mudanças no local de trabalho com probabilidade de alterar a 
efetividade da medida de controle. 
 
1.2.4 Tratamento dos riscos (Eliminação e Mitigação) 
Os riscos identificados devem ser eliminados. Para isso deve-se saber se a medida é 
razoável ou praticável, caso não seja possível, devemos buscar minimizá-lo de forma tecnicamente 
aceitável. 
Sabemos que nem sempre os riscos podem ser eliminados, existindo casos em que 
algumas empresas convivem com eles durante toda sua existência, devido aos seus processos de 
produção, armazenamento, transporte e distribuição. 
 
Pois bem, se você respondeu que não é possível a sua eliminação, a empresa deverá 
tomar medidas que minimizem estes riscos, é o que chamamos de mitigação. 
 
 
Vamos refletir um pouco! 
Você acha que é possível para uma empresa conviver com os riscos em seus 
processos operacionais sem eliminá-los? 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Se não, fique por dentro agora! A palavra “mitigar” significa atenuar, enfraquecer ou 
diminuir. Portanto, a “Mitigação” é um termo que expressa o esforço para tornar-se um risco 
aceitável\tolerável. São vários processos que na prática ajudará a diminuir a probabilidade e a 
severidade do risco. 
Um plano de mitigação de riscos tem como objetivo diminuir o impacto e a probabilidade 
de ameaças numa atividade a ser executada. Ele deve integrar a estratégia geral e estar aliado à 
política adotada pela empresa no que diz respeito à prevenção de riscos. 
Vale salientar, que um plano de mitigação se destina, principalmente, a reduzir os efeitos 
negativos que não são possíveis de serem eliminados por completo. Conseguiu compreender? Espero 
que sim! 
Para finalizar, devemos fazer uma revisão de controle dos riscos, com o intuito de 
assegurar a saúde e a integridade física e psicosocial de todos os trabalhadores, pois os processos 
podem sofrer mudanças. Desta forma, os controles de riscos devem ser revisados regularmente de 
forma a assegurar que eles ainda são efetivos. 
 
É isto estudante, estes foram os conceitos, definições e etapas iniciais pertinentes ao 
processo de gerenciamento de riscos. 
 
Você já ouviu falar neste termo Mitigação? 
Tendo em vista o conteúdo estudado até aqui, assista ao vídeo indicado e 
analise cuidadosamente para verificar qual a sua percepção sobre os riscos 
apresentados. 
https://www.youtube.com/watch?v=2SaFfsCxXmg 
E, agora que você já estudou a competência 1, assista a vídeoaula desta 
competência, para aprofundar seus conhecimentos neste assunto. 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Bons estudos!!!! 
Não esqueça de tirar suas dúvidas no fórum de dúvidas da disciplina e da 
competência e de também compartiplhar seus conhecimentos com seus 
colegas no fórum! 
 
 
 
 
 
 
24 
2.Competência 02 | Estabelecer Medidas de Controle dos Riscos 
Profissionais, Aplicando os mais Adequados Procedimentos de Liberação 
de Serviços e Dispositivos de Proteção Individual e Coletiva 
Ao estudar a competência 1, você pôde verificar os procedimentos de identificação, 
análise, avaliação e tratamento dos riscos com o objetivo de tornar o processo de gerenciamento de 
riscos mais eficiente e eficaz. Porém, agora é hora de conhecer como podemos realizar o controle 
destes riscos, utilizando para isso alguns procedimentos e protocolos. 
 
Existem vários tipos de procedimentos, protocolos, e boas práticas de segurança que uma 
empresa pode adotar para controlar seus riscos. Lembrando que estas ações se extendem não só as 
atividades de trabalho, mas também aos trabalhos especialmente perigosos. 
Sendo assim, vamos ao que interessa. Você irá conhecer a partir de agora, alguns 
procedimentos como o POP (Procedimento Operacional Padrão) e a PT (Permissão de Trabalho), 
muito utilizados para padronizar atividades e processos operacionais de uma empresa. E, no caso da 
PT, a sua adoção poderá ser exigida conforme estabelecido em algumas Normas Regulamentadoras 
de acordo com a atividade a ser executada. 
 
2.1 Procedimento Operacional Padrão (POP) 
O POP é um documento utilizado pela empresa, onde estão resumidos várias instruções 
e descrições minuciosas de atividades que documentam uma rotina, um passo a passo ou atividade 
do dia a dia, que são indispensáveis aos processos operacionais desta organização. 
 
E quais são estes protocolos e procedimentos que podemos utilizar para controlar os 
riscos? 
Ah estudante, mas antes de proseguir com o estudo desta competência, 
confere lá o nosso podcast sobre o vai rolar nesta semana ok?! 
 
 
 
 
 
 
25 
 
O POP pode ser encontrado com outras nomenclaturas, por exemplo, para o autor Araújo 
(2010) ele se chama procedimento ou instrução de trabalho; e para os autores Maranhão & Macieira 
(2010) chama-se protocolo. Porém, independente do nome que se dê a ele, deve ser um documento 
que auxilie a execução das tarefas diárias, manutenção, calibração e utilização de equipamentos, 
análises, procedimentos de segurança e tantas outras aplicações. Ah, vale lembrar que cada POP é 
único de uma empresa, pois esta possui sua própria atividade e seus próprios processos, então ele 
terá uma aplicação própria a esta instituição. 
 
Para a construção de um POP, alguns aspectos devem ser considerados como: 
• Responsável pela execução e listagem dos equipamentos; 
• Peças e materiais utilizados na realização da tarefa; 
• Descrição dos procedimentos que devem ser executadosnas atividades críticas, ou 
seja, o modo de operação e as possíveis restrições quanto a execução, o que pode ou 
não ser feito nessas atividades; 
• Roteiro de inspeções periódicas dos equipamentos de produção; 
• Linguagem compreensível para que todos os colaboradores entendam; 
• Preferência por modelos com passo a passo e checklist, pois quanto mais intuitivo, 
mais perto de atingir o resultado o POP estará; 
• Fluxogramas são também ótimas alternativas para ilustrar o processo em questão. 
 
Em suma, o POP deve conter informações suficientes para que os colaboradores possam 
utilizá-lo como referência, bem como, na hipótese de incerteza, saibam onde procurar mais 
informações ou a quem consultar. 
É importante você saber que o POP deverá ser aprovado, assinado, datado e revisado 
periodicamente ou de acordo com a necessidade do processo. Veja abaixo o modelo de cabeçalho de 
um POP geralmente utilizado nas empresas. 
 
 
Entendendo melhor o POP! 
Como deve ser elaborado um POP? 
 
 
 
 
 
 
26 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP 
Suporte de TI, Infraestrutura e Redes 
CÓDIGO 
POP - 
0000 
DATA DA 
EMISSÃO 
20/05/2022 
DATA DA 
ATUALIZAÇÃO 
VERSÃO 
1.0 
 
Elaborado por: Atualizado por: 
Assunto: Procedimentos de atendimento 
Categoria: Todas Área: Suporte TI 
Nível: 1 Estado: 
 
Quadro 1 – Modelo de cabeçalho de um POP 
Fonte: Adaptado de https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pop0000capa.jpg 
Descrição: O quadro contém informações que devem estar presentes num Procedimento Operacional Padrão (POP). 
São exemplos de informações que estão neste quadro: código; data de emissão; versão; elaborado por; atualizado por; 
assunto; dentre outras. 
 
 
 
Uma padaria, por exemplo, tem como uma de suas atividades a higienização das 
instalações, móveis e equipamentos após serem utilizados ou ao fim do expediente. Sendo assim, 
para a padronização dessa atividade de higienização, deve-se criar um POP contendo os seguintes 
passos: 
1. Natureza da superfície a ser higienizada; 
2. Método de higienização; 
3. Princípio ativo selecionado e sua concentração; 
4. Tempo de contato dos agentes químicos e ou físicos utilizados na operação de 
higienização; 
5. Temperatura e outras informações que se fizerem necessárias; e 
6. Quando aplicável, o POP deve contemplar a operação de desmonte dos 
equipamentos. 
 
Vamos praticar um pouco! 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Você já parou para pensar como um Big Mac pode ter o mesmo sabor e qualidade em 
mais 34.000 mil restaurantes da McDonald’s espalhados ao redor do mundo todo? Pois bem, ele 
prepara seus lanches de maneira padronizada e rápida (leva apenas um minuto e meio pro Big Mac 
ficar pronto). 
Agora imagina o que aconteceria se o lanche de cada loja do McDonald's fosse feito de 
maneira diferente, com insumos de fornecedores diferentes. Como poderia a franquia definir 
e garantir a qualidade, o sabor, a eficiência e a segurança de todo o processo? Aí que entra o POP. O 
documento foi criado pelo chef da empresa de forma a definir cada ingrediente e a maneira como 
deve ser feito o sanduíche, para que passados tantos anos, em cada lugar do mundo o Big Mac possa 
ter o mesmo sabor e a mesma qualidade. 
 
 
Além de ser um documento responsável para facilitar o acompanhamento e a 
padronização dos processos, ele traz inúmeras vantagens como: 
• Definição de um padrão para os mais diversos procedimentos; 
• Aumento e otimização da qualidade dos produtos, dada a sistematização dos 
processos; 
• Garantia da qualidade; 
• Facilitação dos processos de capacitação e treinamento dos colaboradores; e 
• Redução de falhas de comunicação e acidentes. 
 
Ah, depois de estudar o POP, chegou a hora de conhecer a Permissão de Trabalho, que 
tem ligação com os procedimentos de segurança e tem por finalidade evitar ou mitigar os riscos. 
Vamos ver um exemplo de um POP de sucesso? 
E quais os benefícios de um POP? 
Para fomentar ainda mais sua aprendizagem sobre os POPs, faça uma pequena 
parada na leitura deste caderno e assista ao breve vídeo disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=Aq-8RRHGpGg 
 
 
 
 
 
 
28 
2.2 Permissão de Trabalho (PT) 
De acordo com a Norma Regulamentador NR-34, a Permissão de Trabalho (PT), é um 
documento composto por medidas de controle com o intuito de assegurar a realização do trabalho 
seguro, e também de ações de emergência e resgate. 
A Permissão de Trabalho autoriza a execução das atividades em locais de risco por um 
tempo estimado, e apenas as pessoas indispensáveis na realização da atividade devem entrar nesta 
área, com isso, ela evita que outras pessoas sofram acidentes ou venham a ficar doentes devido o 
contato com os agentes de riscos ambientais. 
A Permissão de Trabalho deve ser emitida pela empresa ou prestadoras de serviços, 
quando aplicável. A sua obrigatoriedade consta em algumas Normas Regulamentadoras para 
assegurar que as atividades sejam realizadas de forma segura em ambientes industriais, por exemplo, 
de modo a impedir que acidentes de trabalho aconteçam. 
 
 
A Permissão de Trabalho deve ser emitida em várias atividades ocupacionais a exemplo 
de: 
• Áreas com trabalho a quente (soldagem e qualquer tipo de corte em peças 
metálicas); 
Aqui estão algumas Normas Regulamentadoras em que é recomendado o 
uso da PT: 
• NR 35 – Trabalho em Altura (item 35.2.1 letra “b”, item 35.4.7, 35.4.7.1; 
35.4.8; etc.); 
• NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria de 
Construção e Reparação Naval (item 34.2.1 letra “d”, item 34.4.2, etc.); 
• NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinado (item 
33.2.1 letra “f”, item 33.3.3 letra “e”, etc.). Nesta Norma, 
especificamente, ela aparece com o nome de Permissão de Entrada e 
Trabalho. 
 
Em quais atividades ou serviços devemos emitir a PT? 
 
 
 
 
 
 
29 
• Áreas com trabalho em altura; 
• Áreas de trabalho com produtos químicos; 
• Áreas com trabalho em espaço confinado; 
• Áreas com trabalho em escavações, demolições e perfuração; 
• Trabalho em alta tensão; 
• Áreas de trabalho com gases ou explosivos; e outras que considerar necessário. 
 
Conforme a Norma Regulamentadora NR-34, a Permissão de Trabalho deve considerar os 
seguintes aspectos: 
“a) ser emitida em três vias, para: afixação no local de trabalho, entrega à chefia 
imediata dos trabalhadores que realizarão o trabalho, e arquivo de forma a ser 
facilmente localizada; 
 b) conter os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos e, 
quando aplicável, às disposições estabelecidas na APR; 
c) ser assinada pelos integrantes da equipe de trabalho, chefia imediata e profissional 
de segurança e saúde no trabalho ou, na inexistência desse, pelo responsável pelo 
cumprimento desta Norma; 
 d) ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno de trabalho, 
podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não 
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho. (alterada 
pela Portaria MTE n.º 1.897, de 09 de dezembro de 2013)” 
 
De acordo com a NR-35, a emissão da PT deverá ser aplicada a atividades em altura não 
rotineiras, como por exemplo, na figura abaixo. Este tipo de trabalho, possui riscos significativos, por 
esse motivo cercar a atividade por todos os lados com segurança é essencial para evitar acidentes de 
trabalho e que podem ser fatais. 
O que deve ter a PT? 
Vamos entender melhor o uso da PT?! 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Figura 7 – Trabalho em altura 
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/artes%c3%a3os-constru%c3%a7%c3%a3o-andaime-19584/ 
Descrição: A imagem ilustra trabalhadores vestidos em uniforme na cor branca, execendo atividade em cima de um 
andaime montado na frente de uma faixada de um prédio na cor marrom. 
 
De modo a assegurar à saúde e a integridade física do trabalhador, a NR-35 define como 
a PT deve ser: 
35.4.8 - A Permissão de Trabalho deve ser emitida,aprovada pelo responsável pela 
autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao 
final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade. 
35.4.8.1 - A Permissão de Trabalho deve conter: 
os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos; 
as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco; 
a relação de todos os envolvidos e suas autorizações. 
35.4.8.1 - A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, 
restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação 
nas situações em que não ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na 
equipe de trabalho. 
Todos os aspectos considerados na NR-35 com relação a PT, são extremamente 
importantes e devem ser levados em consideração, pois a Permissão de Trabalho deve ser elaborada 
com base no ambiente de trabalho, sempre respeitando especialmente as características deste 
ambiente. Lembrando ainda que a PT pode ser utilizada tanto para limitar o acesso a áreas de riscos, 
 
 
 
 
 
 
31 
como limitar o acesso a equipamentos ou qualquer situação de trabalho que apresente risco 
acentuado. 
 
Algumas medidas devem ser seguidas para a elaboração de uma Permissão de Trabalho. 
1. O primeiro passo a ser realizado pelo trabalhador ao início da atividade deve ser: 
o Ir até o ambiente onde serão realizados os serviços e descrever quais os 
riscos estão presentes; 
o Preencher o fichário (análise de risco) in loco, ou seja, no ambiente onde 
será realizada a atividade, com o auxílio dos membros da equipe que irão 
executá-las, de modo que todos os detalhes sejam contemplados; 
2. Deve descrever de forma clara todos os passos da atividade; 
3. Verificar os perigos e as ações preventivas que devem ser adotadas; 
4. Solicitar que os membros da equipe executora da atividade e supervisores assinem o 
documento; 
5. Elaborar a Permissão de Trabalho, de modo que contemple as informações 
necessárias para a atividade a ser desenvolvida. 
 
É primordial que todos estes passos sejam realizados corretamente para um bom 
andamento das atividades, assim como verificar que o ambiente de trabalho esteja totalmente 
isolado e sinalizado corretamente e que a Permissão de Trabalho esteja acessível aos supervisores. 
Não mais importante, porém de suma relevância, é que todos os procedimentos sejam 
repassados de forma oral aos trabalhadores; assim como, o recolhimento das assinaturas dos 
participantes; e esclarecer as possíveis dúvidas antes da execução dos serviços. A partir de então, o 
responsável deverá certificar se todas as recomendações e procedimentos foram seguidos e caso 
ocorra algum contratempo durante a execução do serviço, este deverá ser interrompido e relatado a 
todos os membros da equipe, com a finalidade de apresentar os erros e as ações de prevenção de 
modo a impedir sua reincidência. 
A emissão da Permissão de Trabalho, normalmente, é realizada pelos colaboradores 
membros do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) 
Passos para se elaborar uma PT! 
 
 
 
 
 
 
32 
ou por membros do corpo de bombeiros da organização, quando existir, juntamente com algum 
trabalhador responsável pela área ou setor na qual a atividade será realizada. Lembrando que estes 
funcionários só poderão emitir e assinar a PT, mediante autorização prévia por escrito, conforme o 
tipo de atividade. 
Ao final da realização dos serviços, o responsável pela emissão da PT deverá realizar uma 
inspeção completa, e solicitar a retirada de todo o material que possa ter restado da execução do 
serviço, como por exemplo, resíduos metálicos; peças e estruturas desprendidas; materiais 
inflamáveis; ferramentas; dentre outros. E, finalizado todo o processo, o responsável pela atividade 
deverá entregar a PT para arquivamento na área de Segurança do Trabalho. 
Então é isso estudante, como você pôde verificar, a Permissão de Trabalho é uma das 
ferramentas adotadas para a execução de diversas atividades (altura; espaço confinado; etc) como 
forma de assegurar a saúde e integridade física dos trabalhadores. Sendo assim, estima-se que você 
possa ter compreendido a importância deste documento. 
 
 
 
 
 
Agora, para conhecer melhor o uso e a finalidade de uma PT, veja um modelo 
adotado por uma determinada empresa: 
https://www.youtube.com/watch?v=6Ailc7ORVA8 
Sim, não esquece de assistir a vídeoaula desta competência 2, para 
aprofundar seus conhecimentos neste assunto. 
 
 
 
 
 
 
33 
 
Desta forma, concluímos a segunda competência da disciplina de Gerenciamento de 
Riscos e Emergências. 
Bons estudos! 
Oh, também não deixa de tirar suas dúvidas no fórum de dúvidas e discussão 
da disciplina e compartiplhar seus conhecimentos com os colegas no fórum! 
 
 
 
 
 
 
34 
3.Competência 03 | Conhecer e Aplicar Adequadamente os Procedimentos 
de Atendimento a Emergências nos Casos De Acidentes 
Olá! 
Estimado estudante, neste momento você está iniciando a terceira semana de estudos, 
ou seja, a competência 3. Nela, serão abordados os conceitos básicos de alguns procedimentos de 
emergências que devem ser adotados pelas empresas, como por exemplo, os planos de emergências; 
plano de abandono de área; e plano de auxílio mútuo. 
Eles, levarão a você, saber como se portar diante de situações de emergências, como por 
exemplo, o que fazer primeiro? quem acionar? quais procedimentos adotar? e quem vai 
resolver a ocorrência? Pois, quando um acidente acontece, quanto mais rápido o tempo de resposta, 
menor serão os impactos ao patrimônio da empresa, à população e ao meio ambiente. 
 
Agora eu te pergunto: você já ouviu falar sobre planos de emergência? Planos de 
abandono de área? E, planos de auxílio mútuo? 
Não? 
Não se preocupe, pois nessa competência você irá saber o que eles são; qual a sua função; 
e suas principais características. 
Sigamos em frente! 
 
3.1 Planos de emergência 
É comum que determinados ambientes de trabalho ofereçam riscos ocupacionais para os 
trabalhadores, tanto em viturde das atividades executadas, quanto do próprio local de trabalho. 
Sendo assim, podemos citar como riscos implícitos e explícitos os trabalhos em altura, siderúrgica, 
espaços confinados, dentre outros. 
Ah, mas antes de proseguir com o estudo desta competência, confere lá o 
nosso podcast sobre o que vai rolar nesta semana, ok?! 
 
 
 
 
 
 
35 
Mediante estas situações apresentadas, se faz necessário a adoção de medidas para o 
enfrentamento de um evento perigoso, tanto durante quanto depois, e para isto, elaboramos um 
documento que chamamos de plano de emergência. 
Um plano de emergência é um documento onde devem estar descristas todas as 
prováveis situações de emergência que precisam de uma atuação imediata e organizada de um grupo 
de pessoas com formação e informação específica para tal evento perigoso. Ele deve está em 
constante atualização, incluindo novos riscos mediante a evolução da empresa, da equipe de trabalho 
e de novos processos, por exemplo. Com isso, os riscos maiores são evitados e os acidentes graves e 
fatalidades minimizados e, em alguns casos, zerado. 
De um modo geral, os eventos que trazem mais preocupações as empresas são os 
incêndios. Então, é bastante comum encontrarmos planos de emergência focados no seu controle e 
prevenção. Os Planos de Emergência Contra Incêndio são guiados por algumas Normas Técnicas 
Brasileiras, por exemplo, a NBR 15219/2005, em que se sobressaem como pontos capitais a 
identificação do princípio de incêndio, a disponibilização e utilização dos agentes extintores 
adequados e o treinamento da equipe de pronta resposta. 
Após a implementação do plano de emergência, todos os colaboradores devem ser 
comunicados e treinados, inclusive quando houver atualização do mesmo. 
O plano de emergência tem como principal objetivo a segurança dos trabalhadores,e 
quando bem elaborado e conduzido pode reduzir os danos causados por sinistros como, por exemplo, 
um incêndio. Vale ressaltar que, não basta a elaboração do plano de emergência, é primordial que sejam 
realizadas ações de prevenção que, necessariamente, deverão ser tomadas em caso de uma 
emergência. 
Para o atendimento às emergências, várias são as exigências legais em relação à 
existência de um Plano de Emergência ou Plano de Resposta a Emergência nas empresas. Existem 
algumas normas regulamentadoras que estabelecem a sua existência de acordo com os riscos, as 
características e as circunstâncias das atividades. São exemplos de Normas Regulamentadoras as 
seguintes: NR – 1 (Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais); NR – 20 (Segurança e 
saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis); e NR – 35 (Trabalho em altura). 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
NR – 1 
O item 1.5.6 que se refere à preparação para emergências descreve que a empresa deve 
estabelecer, implementar e manter procedimentos de respostas aos cenários de emergências, de 
acordo com os riscos, as características e as circunstâncias das atividades (1.5.6.1). 
Estes procedimentos de respostas aos cenários de emergências devem prever: 
1) os meios e recursos necessários para os primeiros socorros, encaminhamento de 
acidentados e abandono; 
2) e as medidas necessárias para os cenários de emergências de grande magnitude, 
quando aplicável. 
 
NR – 20 
Tendo em vista a existência de produtos que são classificados como inflamáveis e 
combustíveis e que têm características que os tornam mais perigosos, podendo causar grandes 
acidentes, a Norma Regulamentadora NR – 20, em seu item 20.15.1, prêve que o empregador 
elaborare e implemente um plano de resposta à emergência que contenham ações específicas a 
serem tomadas em caso de vazamentos ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, 
incêndios ou explosões. 
 
NR – 35 
A NR – 35, em seu item 35.6, o qual relata sobre os procedimentos de emergência e 
salvamento, prêve que o empregador disponibilize uma equipe para as prováveis emergências nos 
trabalhos em altura. Podendo ser essa equipe composta por indivíduos específicos para esta função, 
tanto pessoas da própria empresa quanto externos; ou pelos próprios trabalhadores que realizam o 
trabalho em altura. 
Lembrando que todos os membros envolvidos na equipe de emergência nos trabalhos em 
altura, devem ser especialistas para esta função, como por exemplo, os bombeiros civis. 
Ah, estudante, vale ressaltar que temos ainda a Instrução Técnica Nº 16 / 2019 – 
Gerenciamento de riscos de incêndio, do Corpo de Bombeiros, e também a Portaria 108 / 2019, que 
institui o Modelo Nacional de Regulamento de Segurança Contra Incêndios do Ministério da Justiça e 
Segurança Pública. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
Voltando a falar sobre o plano de emergência, ressalto que ele pode ser elaborado por 
setor ou de forma que contemple toda a empresa, ou seja, setores críticos ou que tenham riscos 
especiais podem ter planos específicos de atendimento a emergências, no entanto são normalmente 
de caráter geral abrangendo todos os departamentos do empreendimento. Ele deve ainda, envolver 
tanto a capacitação quanto o preparo dos colaboradores para enfrentamento de um sinistro, como 
os recursos para fazê-lo. 
 
Vamos conhecer um pouco sobre a profissão do Bombeiro Civil? 
 
O Bombeiro Civil tem como objetivo proteger pessoas e patrimônios contra 
riscos de acidentes, como por exemplo, incêndios e vazamentos. Pode atuar no 
salvamento de vida de pessoas em terra, água, alturas e prestar os primeiros 
socorros quando necessário. Ele também poderá realizar inspeção e testes em 
equipamentos de segurança e treinar equipes que atuem em situações de 
emergência. 
O bombeiro Civil não segue a carreira militar, portanto ele não tem a função de 
um bombeiro militar. Em determinadas situações, ele é responsável por 
controlar a situação até a chegada dos bombeiros militares ou da polícia. 
Para se tornar um bombeiro civil, é preciso ter ensino médio completo e concluir 
um curso de formação de bombeiros civis. 
Agora, vamos conhecer as principais diferenças entre os bombeiros civis e 
militares? 
 
Para conhecer essas diferenças, acesse este link: 
https://www.youtube.com/watch?v=akCfcKx96T8 
Até este ponto ficou claro o que é um Plano de Emergência? Ainda não? 
Então, volta um pouco na leitura e revisa o conteúdo antes de prosseguir, ok?! 
 
 
 
 
 
 
38 
Vamos conhecer um pouco mais sobre o Plano de emergência? 
 
 
Estudante, é importante que fique claro que para cada tipo de risco há uma forma de 
combatê-lo, ou seja, uma estratégia a ser utilizada. Porém, os objetivos de um plano de emergência 
são praticamente os mesmos, ou seja, é capacitar seus trabalhadores para atuarem corretamente em 
uma situação inesperada. 
Além disso, o plano de emergência deve apresentar, por exemplo, a planta de risco que 
irá facilitar o acesso ao local para as equipes de emergência. Ele também deve conter informações 
como: 
• Especificações da construção; 
• Natureza da ocupação; 
• Indivíduos que ocupam o espaço, total, por setor, área e andar (em caso de edifícios); 
• Como funciona o empreendimento; 
• A existência ou não de indivíduos portadores de necessidades especiais; 
• A disponibilidade de recursos humanos e materiais disponíveis. 
 
Primeiramente iremos começar com quem deve e pode elaborar o plano de emergência, 
ok?! 
O Plano de emergência poderá ser elaborado por equipes da própria empresa, como por 
exemplo, os membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção à Acidentes de Trabalho) e do SESMT 
(Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) ou ainda por 
consultores especializados (Engenheiro de Segurança do Trabalho, por exemplo). 
Tendo em vista a complexidade do plano de emergência, a sua forma de elaborar pode 
variar. Porém, de maneira geral, segue algumas etapas básicas que você verá através da figura abaixo. 
Quais são mesmos os objetivos e o que deve conter o plano de emergência? 
E agora, já parou para pensar como elaborar e implantar o plano de 
emergência? 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
Figura 8 – Fluxograma de etapas para elaboração do plano de emergência 
Detecção e análise de 
riscos
• Reconhecer os riscos para identificar os tipos de emergências.
• Identificado o risco, deve-se estabelecer ações de mitigação caso 
ocorra situações de emergências.
Estabelecimento dos 
recursos
• Definição dos recursos que serão necessários para implementar as 
medidas de prevenção.
• Exemplo de recursos: mudanças no ambiente; uso de equipamentos 
de proteção coletiva e individual; maquinários e ferramentas.
Transposição do plano 
de emergência para 
uma planta baixa
• A planta baixa deve conter informaçãoes como: saídas de 
emergências; localização dos brigadistas; etc.
• Toda a equipe deve ser treinada e instruída sobre os pontos 
fundamentais para as ações de emergências.
Acionamento do plano 
de emergência
• Após a elaboração, treinamento e instrução sobre o plano de 
emergência, deve-se definir como será o seu acionamento em caso de 
emergência.
• Pois, todos os colaboradores devem saber o que está acontecendo e 
saber o que fazer.
Revisão e atualização 
do plano
• Revisão periódica incluindo novos riscos ou mesmo para constatar 
que não há mudanças necessárias.
 
 
 
 
 
 
40 
Fonte: A autora, 2022. 
Descrição: A imagem ilustra um fluxagrama em setas indicando as etapas do plano de emergência. A primeira seta 
indica a “detecção e análise de riscos” e ao seu lado, há a descrição desta etapa. A segunda seta indica 
“estabelecimento dos recursos” com sua descrição ao lado. A terceira seta indica “transposição do plano de emergência 
para uma planta baixa, tendo sua descrição ao lado. A quarta seta indicando “acionamento do plano de emergência”, 
com sua descrição ao lado. E por fim, a quinta seta indicando“revisão e atualização do plano” e sua descrição ao lado. 
 
 
Para finalizarmos este tópico sobre o plano de emergência, não podemos esquecer de 
citar algumas vantagens sobre ele, não é mesmo? 
Vejamos algumas destas vantagens: 
• Atendimento à legislação; 
• Preservação das vidas dos colaboradores; 
• Demonstração de atenção e cuidado com os funcionários; 
• Redução de danos e sua extensão; 
• Conscientização dos colaboradores para a segurança. 
 
Sendo assim, a elaboração e implementação de um plano de emergência deve ser 
orientada e linear, de modo a não perder aspectos essenciais de sua criação. Lembrando sempre que 
seu foco central será permanentemente a proteção da vida dos trabalhadores que atuam na empresa. 
 
3.2 Plano de Abandono de Área 
Estudante, podemos encontrar algumas nomenclaturas diferentes para designar o termo 
Plano de Abandono de Área, como por exemplo, Plano de Evasão e Plano de Abandono de 
Edificação, porém o que os diferenciam são os contextos nos quais estão inseridos. 
O plano de abandono de área compreende uma série de medidas para padronizar o 
comportamento de evacuação de um local. De acordo com Becker (2011), o principal objetivo de um 
plano de abandono é fazer com que as pessoas se evadam de uma área de risco e dirijam-se à um 
lugar seguro de forma organizada, rápida, sem atropelos ou pânico. O treinamento dos colaboradores 
tem papel primordial objetivando o esclarecimento das responsabilidades de cada trabalhador; os 
riscos a que estão expostos; as ações programadas em caso de emergência; aos procedimentos de 
Ah, você verá mais detalhes da elaboração do plano de emergência na próxima 
competência ,ok?! 
 
 
 
 
 
 
41 
abandono, de conferência de pessoal; e a familiarização com os equipamentos ao dispor para a 
extinção de incêndio. Sem dúvidas, para os especialistas no assunto, a conscientização das pessoas é 
o maior desafio na aplicação de um plano de abandono. A importância de um treinamento depende 
muito do comportamento de quem está na gerência, que influencia na atitude dos demais 
colaboradores. 
Para simplificarmos um pouco sua compreensão sobre o que é um plano de abandono de 
área, ele é nada mais que uma ação de desocupação de uma edificação ou local, e que tem por 
objetivo principal minimizar e prevenir o máximo possível a ocorrência de acidentes que possam 
provocar danos pessoais. 
 
Estudante, através deste vídeo, pode-se perceber que a eficiência de um simulado de 
abandono de uma edificação é fator tão importante que, muitas vezes, acaba por determinar as 
perdas humanas, notadamente em edifícios de vários pavimentos e locais de reunião de público, tais 
como hospitais, escolas, creches, teatros, cinemas, centros de eventos, entre outros. 
 Sendo assim, o Plano de Abandono e suas simulações são de suma importância, pois 
objetiva preparar todos os colaboradores no caso de uma empresa por exemplo, para atuar de modo 
seguro numa situação em que haja a necessidade de saída emergencial da edificação/empresa, 
chegando a níveis de segurança comparáveis aos dos países mais desenvolvidos. Desse modo, a 
eficiência de um abandono faz com que haja uma redução de perdas humanas, principalmente em 
edifícios de vários pavimentos, tais como creches, hospitais, escolas e qualquer estabelecimento em 
que haja um número considerável de pessoas fixas ou circulantes. 
Uma outra imformação ainda muito importante sobre o plano de abandono de área é que 
ele é um plano complementar ao Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI), sendo assim, cada 
instituição deverá montar o seu. E, lembramos que o principal objetivo de um plano de abandono de área 
é preservar a vida, proteger o patrimônio físico e o meio ambiente, adotando medidas que 
Através do vídeo indicado a seguir, um simulado de um incêndio em uma sala 
de cinema de um shopping, você terá conhecimento de quais os 
procedemintos para um plano de evacuação do local. 
https://www.youtube.com/watch?v=3sPocLFvXVY&t=8s 
 
 
 
 
 
 
42 
possibilitem a rápida e eficiente atuação das pessoas que compõem a brigada de incêndio e de 
abandono em situações de emergência. 
 
 
Além da própria Norma Regulamentadora NR – 23 (Proteção Contra Incêndios), temos a 
Norma Regulamentadora NR – 26 (Sinalização de Segurança), a NBR 14.276:2020 (Brigada de Incêndio 
e emergência – requisitos e procedimentos), e a NBR 15.219:2020 ( Plano de emergência — 
Requisitos e procedimentos). 
 
 
3.3 Plano de Auxílio Mútuo 
O Plano de Auxílio Mútuo (PAM) é celebrado por duas ou mais empresas, privadas ou 
públicas e órgãos municipais, estaduais e federais, com o compromisso de ajudar de forma cooperada 
e efetiva em caso de emergências ou desastres e também na resposta a emergências nas instalações 
das empresas que integram o PAM e respectiva área de atuação, mediante a utilização de recursos 
humanos e materiais de cada empresa ou instituição integrante (BRASIL, 2020). De forma geral, o 
PAM deve treinar e formar equipes especializadas em socorro, resgate, combate a incêndio, 
vazamentos de produtos perigosos e auxílios aos feridos. 
Para saber quais devem ser os procedimentos de proteção contra incêndios e 
aprofundar seus estudos nesta área, acesse a Norma Regulamenadora NR – 
23. 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-
trabalho/normas-regulamentadoras/nr-23.pdf 
Acessou e leu a NR – 23? Ficou alguma dúvida? Vejamos abaixo mais algumas 
outras normas que tratam da proteção em casos de sinistros com incêndio. 
Tudo certo até aqui? Vamos ver agora um outro procedimento de emergência, o 
Plano de Auxílio Mútuo! 
 
 
 
 
 
 
43 
Vale ressaltar que a união de várias empresas que estejam próximas ou dentro do mesmo 
território onde ocorra um sinistro, por exemplo, terá uma eficácia maior no controle deste evento 
perigoso do que apenas o esforço da empresa sinistrada. Pois, por meio da elaboração de protocolos 
próprios, as empresas dividem equipamentos e pessoal habilitado para socorrer as instalações de 
qualquer um dos membros, multiplicando o poder de resposta em casos extremos. Portanto, o 
treinamento conjunto, o conhecimento de todas as plantas fabris e comerciais, o comprometimento 
com a resposta rápida e parceria nas decisões colegiadas é fundamental dentro desse processo. 
Através do PAM é possível formar uma força tarefa capaz de oferecer atendimento rápido 
e preciso a qualquer ocorrência anormal que venha a acontecer. Veja abaixo, de forma simplificada, 
o que quer dizer cada parte do PAM: 
 
Figura 9 – Conceito do PAM. 
Fonte: A autora, 2022. 
Descrição: A imagem ilustra um fluxagrama em setas sobre o que quer dizer as palavras Plano, Auxílio e Mútuo. O 
retângulo na cor azul representa a palavra Plano e diz que é planejamento das ações, ou seja, o conjunto dessas ações 
para atingir o objetivo. Já o retângulo na cor verde com a palavra Auxílio, representa assistência, ajuda, subsídio e 
socorro. O último retângulo na cor laranja com a palavra Mútuo, representa recíproco. 
 
O PAM tem como objetivo principal reunir recursos e assegurar maior eficiência e 
conhecimento técnico no atendimento de emergências dentro de uma determinada região, como 
também definir ações eficientes, rápidas e coordenadas para o atendimento nos casos de 
emergência, assim como proporcionar aprimoramento técnico, promovendo integração entre os 
participantes, troca de informações e conhecimento dos riscos potenciais de desastres na região de 
abrangência. 
Plano
• Planejamento das ações, ou seja, o conjunto 
dessas ações para atingir o objetivo.
Auxílio • Assistência, ajuda, subsídio, socorro.
Mútuo •Recíproco.
 
 
 
 
 
 
44 
A importância de se ter um Plano de Auxílio Mútuo ficou bem evidenciada durante a 
ocorrência de alguns acidentes que marcaram a história do Brasil, por exemplo. Veja abaixo alguns 
exemplos deocorrências/desastres em território Nacional: 
• Vazamento de petróleo de grandes proporções em que resultou num enorme 
incêndio na cidade de Cubatão, SP, em 1984. Este sinistro vitimou diversas pessoas e 
causou um desastre ambiental irreversível (SINDIPETRO LP,2020); 
• Outro grande vazamento de óleo utilizado para refino, ocorreu em Araucária, PR, em 
2000. Cerca de 25 mil barris, contaminou a bacia dos rios Iguaçu e Barigui (FOLHA DE 
SÃO PAULO, 2020); 
• Um incêndio em uma boate conhecida como Boate Kiss, ocorreu no Rio Grande do 
Sul, em 2013 e deixou um grande número de jovens mortos e uma grande quantidade 
de feridos (WIKIPEDIA, 2020); 
• Já em 2015, o rompimento da barragem do Fundão ocorrido em Mariana, MG, deixou 
inúmeros mortos e milhares de desabrigados, além de destruir uma cidade histórica. 
O impacto ambiental foi tão grande que atingiu vários estados, dizimando o 
ecossistema, fauna, flora, contaminando lençóis freáticos e rios (WIKIPEDIA, 2020); 
• Em 2018, no Museu Nacional, RJ, ocorreu um incêndio de grandes proporções, onde 
o prédio foi totalmente destruído e, portanto, queimando um acervo histórico de 
mais de 200 anos (BBC NEWS, 2020). 
• Em 2019, tivemos o rompimento da barragem do córrego do feijão, na cidade de 
Brumadinho, MG, deixando diversas vítimas e que algumas delas, até hoje não 
apareceram. Além dos danos humanos, este acontecimento deixou uma devastação 
e um grande impacto ambiental em toda região causado pelo grande volume de lama 
que atingiu a flora e fauna daquela região sem precedentes (FOLHA DE SÃO PAULO, 
2020). 
• 2022, início do ano, fortes chuvas atingem a cidade de Petrópolis, RJ, deixando mais 
de 200 pessoas mortas e centenas de desabrigados. Tragédia esta já ocorrida a 10 
anos atrás pelas mesmas causas (Portal G1, 2022). 
 
 
 
 
 
 
45 
 
Figura 10 – Bombeiros realizando remoção do corpo de vítima da tragédia de Petrópolis 
Fonte: Portal G1, 2022 
Descrição: Equipe de corpo de bombeiros em cima dos destroços deixados pelas fortes chuvas, a procura de vítimas. 
 
Diante de todos esses cenários, fica notável a falta ou mesmo o pequeno investimento 
em manutenções nas estruturas e equipamentos que ajudam a prevenir esses tipos de tragédias. 
Sendo assim, é necessário que ações eficazes para prevenção de acidentes e atendimento às vítimas 
tornem-se prioridade em todas as instutições. 
Todos estes sinistros, nos mostram que os acidentes e as tragédias acontecem, e não 
sinalizam muitas vezes o momento que podem acontecer. E, na maioria das vezes é imprescindível 
estar preparado para conter os possíveis danos no momento e o PAM é uma dessas ferramentas. 
Um bom exemplo de um PAM, é o de SUAPE, no Estado de Pernambuco. Ele é composto 
por empresas privadas, órgãos públicos como Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária, no litoral Sul 
e o PAM - Curado em Jaboatão dos Guararapes e regulamentado pela NR - 29, a qual trata da 
segurança e saúde no trabalho portuário. O PAM – SUAPE, constitui um plano de segurança, que visa 
à prevenção, controle e mitigação de emergências que possam ocorrer nas empresas do porto, 
incentivando a atuação cooperativa e de forma organizada. As suas revisões ocorrem a cada 02 anos 
ou conforme demanda, sendo as modificações realizadas mediante aprovação de representantes das 
empresas e das instituições que participam do PAM. 
É importante deixar aqui para você, quais as etapas que devem estar presentes para que 
se possa colocar em operação o PAM, veja abaixo: 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Figura 11 – Etapas para operacionalizar o PAM 
Fonte: A autora, 2022 
Descrição: A imagem mostra um fluxoagrama em círculos coloridos. O primeiro círculo na cor azul contém a informação 
de “articulação para formar o PAM”; o segundo círculo na cor turquesa contém a informação “estabelecer estatuto 
próprio”; o terceiro círculo na cor verde escuro contém a informação “definir coordenação do PAM”; o quarto círculo na 
cor verde musgo contém a informação “reuniões periódicas”; o quinto círculo na cor verde claro contém a informação 
“planejar ações”; o sexto círculo na cor contém a informação “realizar capacitação e treinamento”; e o sétimo e último 
círculo na cor laranja contém a informação “realizar simulado”. 
 
 
Articulação 
para formar 
o PAM
Estabelecer 
estatuto 
próprio
Definir 
coordenação 
do PAM
Reuniões 
periódicas
Planejar 
ações
Realizar 
capacitação 
e 
treinamento
Realizar 
simulados
Sim, não esquece de assistir a vídeoaula desta competência 3, para 
aprofundar seus conhecimentos neste assunto. 
Oh, também não deixa de tirar suas dúvidas no fórum de dúvidas e discussão 
da disciplina e compartiplhar seus conhecimentos com os colegas no fórum! 
 
 
 
 
 
 
47 
Então é isso estudante, chegamos ao fim de mais uma competência e agora você já sabe 
o que são, para que servem e a importância de: um Plano de Emergência, um Plano de Abandono de 
Área e um Plano de Auxílio Mútuo. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
4.Competência 04 | Planejar e Estruturar a Organização para Suportar 
Procedimentos de Emergência 
Estudante, neste momento damos início a quarta competência. Nela serão aprofundados 
conceitos e técnicas, assim como exemplificadas situações relacionadas aos procedimentos de 
atendimento em casos de emergências. Serão apresentadas ainda, ações que as 
Organizações/Empresas devem se estruturar para a implementação e manutenção das mesmas, 
mantendo assim a priorização da saúde e segurança dos trabalhadores e da população. 
 
 
Pois bem estudante, as ações planejadas de um Plano de Prevenção e Controle de 
Emergência fundamentam-se nas Normas e Leis abaixo mencionadas como forma de garantir ao 
empreendimento o cumprimento de suas obrigações em conformidade com as legislações vigentes 
as quais destacamos abaixo: 
• República Federativa do Brasil, CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, CAPÍTULO 
V - DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO. Brasil: Casa Civil, 1978. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 5461 - Iluminação. Rio de 
Janeiro: ABNT, 1991. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 14561 - Veículos para 
atendimento a emergências médicas e resgate. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 13714 – Sistema de hidrantes 
e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro: ABNT, 2000. 
Ah, mas antes de prosseguir com o estudo desta competência, confere lá o 
nosso podcast sobre o que vai rolar nesta semana, ok?! 
Lembra que você viu o que é um Plano de Emergência, pra que serve e como 
ele deve ser realizado? 
 
 
 
 
 
 
49 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 12779 - Mangueira de 
incêndio - Inspeção, manutenção e cuidados. Rio de Janeiro: ABNT, 2009. 
• Ministério do Trabalho e Previdência, NR 23 – Proteção contra incêndios. Brasil: SIT, 
2011. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 10898 – Sistema de 
Iluminação de Emergência. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR ISO/CIE 8995-1 - Iluminação 
de ambientes de trabalho (Interior). Rio de Janeiro: ABNT, 2013. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 12962 – Extintores de 
incêndio — Inspeção e manutenção. Rio de Janeiro: ABNT, 2016. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 14276 - Brigada de incêndio - 
Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 9050 - Acessibilidade a 
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 
2020. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 14608 – Bombeiro civil – 
Requisitos e Procedimentos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020. 
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 16820 - Sistemas de 
sinalização de emergência — Projeto, requisitos e métodos de ensaio . Rio de 
Janeiro: ABNT, 2021. 
Ufa!!! 
Você percebeuque são muitas as Normas que um Plano de Emergência deve seguir, que 
cada uma delas é específica para determinada atividade, equipamento, etc, não é mesmo? Porém, 
não mais importante que seguir todas as Normas estabelecidas por Lei, é que este deve ser um 
documento de livre acesso a todos os trabalhadores da empresa podendo conter mapas e desenhos 
de fácil entendimento de acordo com as diversas situações vivenciadas dentro do ambiente de 
trabalho. Essas ações acompanhadas com treinamentos podem ajudar, por exemplo, na hora da 
evacuação de uma área durante uma situação de emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
50 
Agora vamos entender quais os passos que as empresas devem trilhar para a construção 
do seu plano de emergência, do seu plano de auxílio mútuo, de como construir e treinar sua equipe 
e também o seu plano de abandono. 
 
4.1 Construção dos planos de emergência 
Dentre os objetivos que uma empresa deve conter no seu Plano de Emergências podemos 
destacar os seguintes: 
1. Proporcionar uma resposta rápida e eficaz face à ameaça ou ocorrência de incêndios 
e acidentes em geral, de forma a minimizar os danos para o ambiente, bem como o 
impacto sobre os bens econômicos e sociais das populações situadas na sua 
proximidade; 
2. Contextualizar, de forma resumida, as principais características das instalações da 
Empresa em questão em termos de localização, características construtivas, riscos 
específicos da Empresa, dentre outras; 
3. Apresentar as medidas de controle de emergência existentes; 
4. Definir os procedimentos básicos de emergência contra incêndio; 
5. Definir e organizar as ações da Brigada de Emergência da Empresa; 
6. Levantar e criar as ações de mitigação para os principais cenários acidentais da 
Empresa; 
7. Definir e programar as ações de melhoria das condições de segurança da Empresa. 
 
Um Plano de Emergência a depender do empreendimento, deverá contemplar 
informações como, por exemplo, âmbito de aplicação, descrição da planta (características da 
localidade e vizinhança), classe de ocupação, características construtivas, população (fixa e flutuante), 
horário de funcionamento, pessoas portadoras de necessidades especiais, riscos específicos 
inerentes às atividades, riscos externos às atividades (sismos, enchentes e alagamentos, atos de 
terrorismo, sabotagem e manifestação de populares, raios, tentativas de suicídio), meios de ajuda 
externa (corpo de bombeiros, SAMU, etc.). 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
4.1.1 Plantas de Emergência 
A Planta de Emergência contempla a localização dos equipamentos e kits de emergência, 
além das rotas de fuga e pontos de encontro. As plantas de emergências, devem ser sempre mantidas 
atualizadas e serem afixadas em local visível no acesso às principais edificações da empresa. 
 
4.1.2 Rota de Fuga 
As rotas de fuga e saídas de emergência encontram-se determinadas na Planta de 
Emergência, devendo permanecer sempre desobstruídas e sinalizadas, visando garantir a eficácia na 
evacuação e minimizar o tempo de resposta em caso de emergências (Ver Figuras abaixo). 
Entendeu como deve ser a Construção dos Planos de Emergência? Tudo certo 
até aqui? 
Se não, revise o conteúdo antes de prosseguir com a leitura. 
Vamos lá ... estudaremos agora sobre Plantas de Emergência e Rotas de Fuga ... 
 
 
 
 
 
 
52 
 
Figura 12 - Plano de Evacuação 
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/signs-evacuation-plan-building-case-fire-509461135 
Descrição: A figura tem como título o nome Plano de Evacuação. A figura se divide em duas partes: o lado esquerdo, no 
canto superior tem uma placa vermelha com um nome escrito na cor branca em inglês Ecacuation Plan e logo abaixo 
tem uma mini planta de um ambiente com indicações de placas de sinalizações e setas indicativas de um plano de 
abandono de área. No lado direito da figura tem doze placas de sinalizações que podem ser utilizadas numa planta de 
abandono de área. 
 
 
Figura 13 – Evacuação de uma edificação 
Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/evacuacao-de-alunos-da-ilustracao-em-vetor-cor-lisa-predio-escolar-
alunos-e-funcionarios-saindo-de-emergencia-criancas-seguem-a-rota-de-fuga-de-personagens-de-desenhos-animados-
em-2d-com-instalacoes-educacionais-ao-
fundo_21940966.htm#query=evacua%C3%A7%C3%A3o%20de%20%C3%A1rea&position=41&from_view=search 
Descrição: A figura ilustra uma situação de evacuação de uma edificação onde, mostra uma mulher usando uma saia 
azul na altura do joelho, camisa branca mangas curtas e sapato branco. A mulher está em frente a uma porta aberta e 
indica a saída para as outras pessoas que estão no local onde há presença de fumaça. 
 
 
 
 
 
 
53 
 
As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente, de 
acordo com a NBR ISO/CIE 8995-1: 2013 - Iluminação de ambientes de trabalho (Interior) e NBR 
5461: 1991 Iluminação. Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente durante o dia, 
é indispensável a iluminação artificial noturna para situações de emergência. 
As populações fixas e flutuantes da empresa devem ser orientadas quanto às rotas de 
fuga, saídas de emergência, ponto de encontro e sinalização de emergência. 
 
 
4.2 Construção e fortalecimento de Planos de Auxílio Mútuo (PAM) 
Você viu na competência 3 que o PAM é um plano assinado por duas ou mais empresas 
privadas ou públicas, com o compromisso de se ajudarem em caso de emergências ou desastres. 
Porém, as empresas possuem suas obrigações para poderem participarem do PAM, vejamos algumas 
delas: 
I. Adquirir e manter em boas condições de uso o kit mínimo do PAM; 
II. Possuir Licença de Operação (LO), ou Ajustamento de Conduta Ambiental - 
Fornecido pelo Instituto Ambiental do Estado a qual esteja instalada; 
III. Possuir Certificado de vistoria aprovado pelo Corpo de Bombeiros local; 
IV. Estar instalada ou operar em área de abrangência do PAM; 
Você sabe o que é população fixa e flutuante? Não? Então segue a dica. 
A população fixa é composta por funcionários próprios com posto de trabalho 
fixo na Empresa, os quais permanecem regularmente na Empresa. 
 
A população flutuante é composta, fundamentalmente, por clientes, 
independentemente do tempo de permanência, e visitantes durante eventos 
de negócios ou a lazer. 
 
Também faz parte da população flutuante motoristas e entregadores de 
mercadorias como: verduras, frutas, alimentos, materiais de limpeza, 
equipamentos, bebidas, flores para ornamentação, dentre outras a depender 
do ramo da atividade da Empresa. 
 
 
 
 
 
 
54 
V. Dispor de plano de ação de emergência individual nos moldes preconizados pela 
legislação e pelas boas práticas de Engenharia de Segurança; 
VI. Participar e promover treinamentos simulados de emergência; 
VII. Dispor de dispositivo de comunicação; 
VIII. Estabelecer Plano de Atendimento a Emergências (ou Plano de Contingências) 
para os cenários acidentais identificados nas suas instalações, prevendo a 
participação do PAM e designando pessoas com autoridade para compor o 
Comando Unificado juntamente com a autoridade pública. 
 
Agora que você sabe das obrigações das empresas para participarem do PAM, veja 
também os procedimentos que elas devem seguir para o fortalecimento dele. 
 
4.2.1 Treinamentos de Simulação de Emergência e Evacuação 
Todos os Procedimentos Básicos de Emergência deverão ser testados através de 
simulações periódicas. Veja, você futuro TST deve conhecer cada detalhe do que vai ser dito e qual 
será seu papel neste processo. 
Os simulados serão preparados e realizados pelo Setor de Segurança, Meio Ambiente e 
Saúde – SMS em conjunto com a Gerência Geral da empresa. E, em algumas situações, sob a 
coordenação de consultoria especializada. 
Caberá ao Setor de SMS, em conjunto com a Gerência Geral da empresa, a escolha das 
áreas e dos cenários de emergência para os simulados. 
 
 
 
 
Ah, cada Estado deverá ter seu próprio regimento, então,alguns desses 
tópicos podem diferenciar um pouco, mas no geral seguem o mesmo padrão. 
 
 
 
 
 
 
55 
a) Preparação do Simulado 
Na fase de preparação do simulado, deve-se definir dentre os membros da Brigada de 
Emergência uma Equipe de Avaliação de Simulado para analisar junto à consultoria especializada o 
relatório do Simulado e traçar o Plano de Ação. A equipe deverá ser formada por, no mínimo, 03 (três) 
participantes, dentre eles: 
a) Gerente Geral; 
b) Chefe da Brigada; 
c) Membro do setor de SMS. 
 
I. Comunicação do Simulado 
A comunicação dos Simulados de Emergência e Evacuação deverá se dar da seguinte 
forma: 
• As primeiras simulações deverão ser realizadas com comunicação prévia à população 
da Empresa e demais autoridades competentes; 
• Todo simulado deverá ser organizado pelo Setor de SMS, mediante autorização da 
Gerência Geral da Empresa, e comunicado ao Corpo de Bombeiros; 
• Com base nos resultados das avaliações do Simulado e dos demais treinamentos, será 
definido o momento a partir do qual os simulados serão realizados sem comunicação 
prévia à população da Empresa, a saber: todos os empregados e terceiros, Membros 
da Brigada, SESMT de terceirizadas, Supervisores, Gerentes e Coordenadores, 
inclusive de terceirizadas. 
 
II. Relatório do Simulado 
Todo simulado, após sua realização, será criticamente analisado pela Equipe de Avaliação 
de Simulado, e deverá ser emitido um relatório. 
 
A partir de agora, estudaremos sobre Inspeção e Manutenção dos 
equipamentos de emergência... 
 
 
 
 
 
 
56 
4.2.2 Inspeção e Manutenção dos equipamentos de emergência 
O planejamento de inspeção e manutenção dos equipamentos de combate a incêndio e 
de primeiros socorros deverá ser realizado de forma preditiva e preventiva como forma de minimizar 
as possibilidades de falhas destes durante a ação da Brigada em contenção de acidentes e 
emergências. 
a) Extintor 
Os extintores devem ser inspecionados visualmente pela Brigada de Emergência, com 
periodicidade mínima trimestral, considerando que mensalmente a Brigada desenvolverá a atividade 
para uma amostragem mínima de 33 % (trinta e três por cento) da quantidade total de extintores. 
Para registro das inspeções de extintores pela Brigada de Emergência deverá ser criado 
um documento chamado Anexo – Inspeção de Extintores. 
Em atendimento à NBR 12962:2016 – Inspeção, manutenção e recarga em extintores de 
incêndio, deverá ser realizada inspeção por profissional habilitado com a frequência de 06 (seis) 
meses para extintores de incêndio com carga de gás carbônico e cilindros para o gás expelente, e de 
12 (doze) meses para os demais extintores. Caberá ao profissional habilitado emitir relatório 
contemplando no mínimo as seguintes informações: data da inspeção e identificação do executante; 
identificação do extintor; localização do extintor; nível de manutenção executado, discriminado de 
forma clara e objetiva. 
As manutenções, recargas e testes hidrostáticos deverão ser realizados por profissional 
habilitado de empresa contratada em local externo à Unidade, respeitando as determinações da NBR 
12962:2016 – Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio e considerando que todos 
os extintores coletados serão substituídos temporariamente pela contratada durante o período em 
que o serviço for realizado. 
 
b) Sistema de Hidrantes 
Conforme determinações da NBR 13714:2000 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos 
para combate a incêndio, as inspeções deverão ser realizadas com as seguintes periodicidades: 
 
 
 
 
 
 
 
57 
• Primeira: Após a conclusão da instalação do sistema ou de reformas: Realizada por 
profissional habilitado para garantir a aceitação do sistema instalado em 
conformidade com o Projeto de Incêndio da Empresa. 
 
Ao término da Inspeção, deverá ser emitido parecer que contemple os resultados de 
inspeção visual (conformidade dos equipamentos e acessórios instalados), ensaio de estanqueidade 
das tubulações dos sistemas e dos reservatórios, ensaio de funcionamento de todos os pontos de 
hidrantes e/ou mangotinhos, análise da conformidade das tubulações executadas, bem como análise 
do registro das modificações introduzidas pelo instalador no projeto (com aprovação do projetista). 
• Segunda: Inspeções Periódicas: Realizada trimestralmente pelos membros da 
Brigada de Emergência, visando garantir que o sistema esteja inteiramente ativo e 
em estado de prontidão para imediata utilização. A vistoria contempla inspeção 
visual e identificação do pessoal da Brigada envolvido com a preservação e a 
utilização do sistema, e deve ser levado em consideração. 
Para registro das inspeções do Sistema de Hidrantes pela Brigada de Emergência deverá 
ser utilizado o Anexo – Inspeção de Sistema de Hidrantes, o qual especificará as condições da Brigada 
de Emergência e da instalação do sistema. 
 
c) Plano de Manutenção 
Caberá à Brigada de Emergência montar o Plano de Manutenção de todos os 
equipamentos de combate a incêndio e de primeiros socorros, de modo a garantir a melhor 
preservação de todos os componentes da instalação, constando também as providências a serem 
tomadas para execução da manutenção preventiva e preditiva, assim como da corretiva, a qual não 
deve ultrapassar o prazo máximo de 01 (um) ano. 
 
Responsáveis pelas inspeções: 
• A inspeção dos equipamentos de combate a incêndio deverá ser realizada pelo setor 
de Manutenção da Empresa e a Brigada de Emergência deverá fiscalizar a atividade 
e emitir um relatório mensalmente, onde o mesmo será entregue ao setor de SMS 
da Empresa. 
 
 
 
 
 
 
58 
Cabe ao Plano de Manutenção garantir: 
• Bom estado de conservação do corpo das válvulas angulares e de abertura rápida da 
válvula com relação à corrosão e vedação completa quando fechadas; 
• Bom estado de conservação das válvulas de controle seccional, inclusive com relação 
a vazamentos no corpo, castelo ou juntas; 
• Cumprimento da NBR 12779:2009 - Mangueira de incêndio - Inspeção, manutenção 
e cuidados, quanto à inspeção de mangueiras de incêndio, manutenção e 
acondicionamento adequado; 
• Uso adequado de esguichos e verificação da capacidade de manobra; 
• A integridade física dos abrigos; 
• Tubulações e instalações hidráulicas pintadas sem qualquer dano, inclusive com 
relação aos suportes empregados; 
• Sinalização conforme o especificado; 
• Eficácia e funcionamento dos dispositivos de controle da pressão usados no interior 
das tubulações; 
• Eficácia e funcionamento de bombas, motores e tanque de armazenamento de água; 
• Eficácia e funcionamento do sistema de iluminação de emergência. 
 
4.2.3 Kits de Emergência 
Deverá existir nas instalações da Empresa KIT’s DE EMERGÊNCIA a serem alocados em 
pontos estratégicos das instalações da Empresa, acondicionados dentro de compartimentos de 
material não inflamável, adequadamente sinalizados, e com lacre de fácil ruptura, a serem utilizados 
em situações de emergência ou de simulações. 
Veja nos quadros abaixo, exemplos de Kit’s de Emergências para alguns locais específicos 
de um hotel. 
Tipo de Kit – PROTEÇÃO INDIVIDUAL CONTRA INCÊNDIO ( 4 unidades) 
Locais de Instalação: 2 subsolo; 1 no 10º andar; 1 cobertura. 
 
 
 
 
 
 
59 
Material Quantidade 
(em cada Kit) 
Material Quantida
de (em 
cada Kit) 
Balaclava 04 Capacete de Combate a Incêndio 
com Protetor Facial e Pala 
Protetora de Nuca 
04 
Bota de Combate a Incêndio 04 pares Luva de Combate a Incêndio 04 pares 
Capa de Aproximação 04 ---- ---- 
 
Quadro 01 - Componentes dos Kit’s de Emergência 
Fonte: A autora, 2022. 
 
Tipo de Kit – PRIMEIROS SOCORROS ( 4 unidades) 
Locais de Instalação: 2 subsolo; 1 no 10º andar; 1 cobertura. 
Material 
Quantidade 
(em cada 
Kit) 
Material 
Quantidade 
(em cada Kit) 
Água Oxigenada 01 Manta Térmica Aluminizada 01 
Álcool Etílico a 70% em Gel 01 Máscara Descartável para RCP 02 
Algodão hidrófilo 01 Povidineou similar 01 
Atadura de Crepe de 30 cm 05 Soro Fisiológico 0,9% em Tubos 
de 250ml 
01 
Colar Cervical 01 Jogo de Tala Aramada 
para Imobilização Vários 
Tamanhos 
01 Jogo 
Esparadrapo 01 Tesoura Multi Uso 01 
Gaze Esterilizada 05 Tesoura Ponta Romba 01 
Luva Esterilizada 10 Pares Óculos de Segurança Ampla 
Visão 
06 
Desfibrilador (Lobby) * Prancha Rígida 01 
 
 
 
 
 
 
60 
 
NOTA: 
Desfibrilador: É um equipamento utilizado na parada cardiorrespiratória com objetivo de 
restabelecer ou reorganizar o ritmo cardíaco. Tem o propósito de ser utilizado por público leigo, 
com recomendação que o operador faça curso de Suporte Básico em parada cardíaca. Não há 
consenso na utilização de crianças com menos de 30 kg. 
O DEA, Desfibrilador Automático Externo, é equipamento capaz de efetuar desfibrilação com 
leitura automática, independente do conhecimento prévio do operador. 
* Disponibilizar apenas 01 (um) desfibrilador no Lobby. 
 
Quadro 02 - Componentes dos Kit’s de Emergência 
Fonte: A autora, 2022. 
 
4.3 Construção e fortalecimento de equipe treinada 
A capacitação de trabalhadores para contenção de emergências deve se dar, inicialmente, 
através do Treinamento de formação de Membros de Brigada de Emergência, com conteúdo 
programático e carga horária determinada pela NBR 14276:2020 – Brigada de Incêndio – Requisitos. 
Veja um exemplo prático de um hotel. Segue abaixo as informações do cronograma de 
treinamento da Brigada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
 
Quadro 03 - Cronograma de treinamento para Membros da Brigada de Emergências. 
Fonte: A autora, 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo de 
Ocupação 
Descrição Divisão Grau 
De 
Nível de 
Treinamento 
Carga Horária de 
Formação 
Nº Mínimo 
de 
 Risco Indicado Inicial Complementar Brigadistas 
Serviço de 
Hospedag
em 
Destinado 
a 
Hotéis, 
motéis, 
pensões, 
hospedari
as, 
pousadas, 
albergues, 
casas de 
cômodos 
e 
divisão A3 
com 
mais de 
16 
leitos. 
B-1 Mé
dio 
 
Intermediá
rio 
2
0
h 
4
0
h 
26 
 
NOTA: 
● O dimensionamento do quantitativo de Brigadistas deve estar detalhado num documento criado a 
parte chamado: Anexo - Dimensionamento da Brigada de Emergência; 
● A carga horária de formação INICIAL deverá ser composta por: 
Carga horária Teórica: Combate a Incêndio (04 horas); Primeiros Socorros (08 horas) = Total de 
12 horas; 
Carga horária Prática: Combate a Incêndio (04 horas); Primeiros Socorros (04 horas) = Total de 
08 horas; 
 
 
● A carga horária de Formação COMPLEMENTAR deverá ser composta por: 
Carga horária Teórica: Sistema de Controle de Incidentes (01 hora); Resgate de Vítimas em 
Espaços Confinados (04 horas); Resgate em Vítimas em altura (04 horas); Proteção Respiratória 
(01 hora); e Emergências Químicas e Tecnológicas (04 horas) = Total de 14 horas; 
 
 
 
 
 
 
 
62 
4.3.1 Treinamento Complementar da Brigada de Emergência 
Após a realização do treinamento de formação de Membros de Brigada de Emergência, 
deverão ser realizados treinamentos complementares com conteúdo programático e carga horária 
determinada pela NBR 14276:2020 – Brigada de Incêndio – Requisitos, que deverá ser definido num 
anexo à parte chamado Anexo – Cronograma de Ações. 
 
4.3.2 Treinamentos para Leigos 
Além do treinamento de formação da Brigada de Emergência, os procedimentos de 
contenção de emergência e de evacuação adotados deverão ser divulgados nas seguintes ocasiões: 
• Integração para população fixa e flutuante (trabalhadores, terceiros, prestadores de 
serviços, clientes e visitantes); 
• Na aplicação de Ordens de Serviço; 
• Periodicamente e sempre que houver mudança na Empresa ou no desenvolvimento 
de atividades que impliquem na alteração dos cenários de emergência; 
• Periodicamente para capacitação e reciclagem dos membros de Brigada de 
emergência; 
• De acordo com o Anexo – Cronograma de Ações, definido no Plano de Prevenção e 
Controle de Emergência; 
• Simulação de Sinistros e Emergências. 
 
4.3.3 Reuniões da Brigada 
As reuniões da equipe de brigada podem e devem acntecer de duas formas: reuniões 
ordinárias ou reuniões extraordinárias. 
 
Vamos entender a diferença entre elas abaixo?! 
	
 
 
 
 
 
 
 
 
63 
a) Reunião Ordinária 
Como ação de manutenção de um Plano de Prevenção e Controle de Emergência, cabe à 
Brigada de Emergência estabelecer um calendário anual de Reuniões Ordinárias, onde deverão ser 
discutidos e acompanhados os seguintes itens: 
• Cronograma do Plano de Prevenção e Controle de Emergência; 
• Cumprimento das responsabilidades de cada membro da Brigada e do Grupo de 
Apoio dentro do PPCE; 
• Inspeção, Manutenção e Condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio 
e de primeiros socorros; 
• Apresentação dos problemas relacionados à prevenção de incêndios, encontrados 
nas inspeções, para que sejam feitas propostas corretivas; 
• Atualização de técnicas e táticas de combate a incêndios; 
• Outros assuntos de interesse. 
 
b) Reunião Extraordinária 
As reuniões extraordinárias devem ser realizadas sempre que: 
• Ocorrer um exercício simulado; 
• Ocorrer um sinistro; 
• Ocorrer acidente de média ou alta gravidade na Empresa; 
• For identificado um risco iminente; 
• Ocorrer uma alteração significativa dos processos operacionais, de área ou layout; 
• Houver a previsão de execução de serviços que possam gerar risco significativo. 
 
Lembrando que todos devem conhecer as rotas de fugas e pontos de encontro, conhecer 
as checagens que devem ocorrer antes de iniciar o abandono e possuir um senso de coletividade que 
distenda as preocupações de sobrevivência com os colegas e comunidade do entorno. 
 
 
Vamos lá ... ainda não acabou ... estudaremos agora sobre Construção de Planos 
de Abandono... 
 
 
 
 
 
 
64 
4.4 Construção de Planos de Abandono 
Um Plano de Abandono de Área tem como objetivo definir uma série de procedimentos 
em situações de emergência, de modo a garantir uma evacuação segura e rápida dos trabalhadores 
e outras pessoas que estejam utilizando uma determinada área. Sendo assim, veja agora um exemplo 
prático de abandono de área em escolas: 
Os professores são os primeiros responsáveis pela evacuação da sala de aula. 
 
Normas de evacuação 
 
1. Ao sinal de alarme, seguir as instruções do professor(a); 
2. O aluno próximo à porta deve pegar a placa de 
identificação da sala e sair para que os demais alunos o sigam em fila indiana; 
3. Esta placa deve ser entregue ao brigadista no destino estipulado; 
4. Não se preocupar com o material escolar. Deixá-los sobre as mesas e sair; 
5. Seguir as setas de saída e as indicações dos sinaleiros, em silêncio, sem gritos nem 
algazarras; 
6. Não correr, mas sair em passos apressados; 
7. Descer as escadas em fila indiana e encostado à parede e sempre segurando no 
corrimão, e mão no ombro do aluno à frente; 
8. Não voltar para trás; 
9. Não parar nas portas de saída, pois estas devem estar livres; 
10. Dirigir-se para o local que o professor(a) indicar “ponto de encontro", local pré-
estabelecido, para conferir se não falta ninguém; 
11. Manter-se no ponto de encontro até receberem novas orientações. 
 
 
 
 
 
 
65 
 
 
 
Figura 13 - Sala de aula 
Fonte: ETEC de Heliópolis, 02/2018, 4ª Edição. 
Descrição: A figura tem como título sala de aula. Ela mostra um esquema de uma sala de aula, onde, tem-se um 
retângulo que no lado esquerdo no canto inferior é a porta; no lado direito no canto superior e pegando parte central é 
a janela; em um dos lados centrais do retângulo está lousa; dentro do retângulo, estão enumeradas as poltronas de 1 à 
16 com indicações de setas para que dessa forma sigam em fila indiana na hora do abandono da sala de aula. 
 
Em caso de sinistro em uma sala de aula, você sabe como proceder? Não? 
Então presta atenção nas instruções a seguir! 
 
Ao comando do professor, o aluno que se encontra na fila mais próxima e na 
cadeira ao lado da porta é o primeiroa sair e os alunos da mesma fila o 
seguem conforme esquema abaixo (1,2,3,...). Ao sair o último aluno desta fila, 
procede-se da mesma forma com as filas seguintes. Veja, através da figura 
abaixo um exemplo deste tipo de situação. 
 
 
 
 
 
 
66 
 
Uma outra situação muito comum também no nosso dia a dia é o uso de elevadores. E 
como devemos utilizá-lo de forma correta em casos de emergências? Veja alguns casos abaixo: 
 
É muito importante sempre orientar as pessoas para que: 
	
• Nunca abrir a porta do elevador sem verificar se ele já esteja parado no andar; 
• Nunca tente fechar a porta do elevador com as mãos ou objetos; 
• Nunca fumar ou está fumando ao entrar no elevador; 
• Nunca forçar a porta do elevador para abri-la (Figura abaixo); 
• Nunca chamar vários elevadores ao mesmo tempo. 
 
É direito seu, peça ao síndico do prédio, que o local de acesso à porta do elevador seja 
bloqueado quando ele estiver em manutenção ou revisão técnica. Afinal, segurança em primeiro 
lugar! 
 
Figura 14 - Forçar a abertura da porta do elevador 
Fonte: https://www.duasequatrorodas.com.br/blog/o-que-fazer-quando-o-elevador-trava/ 
Descrição: A figura tem como título forçar a abertura da porta do elevador. A imagem mostra duas mãos femininas com 
unhas pintadas de vermelho, forçando a abertura da porta do elevador. 
 
 
Que tal assistir o vídeo e ver na prática o Plano de Evacuação em Escolas. 
https://www.youtube.com/watch?v=vm2J2N03mhI 
 
 
 
 
 
 
67 
 
Cuidando das Crianças! 
Nunca deixem que crianças utilizem o elevador sozinhas (Figura abaixo) ou 
acompanhadas apenas de outras crianças. 
O elevador é local de transporte de pessoas e cargas e não é um lugar para brincadeiras, 
sendo assim, seus pais, responsáveis ou demais, devem orientá-las a usar o elevador com segurança, 
recomendando-as a: 
• Nunca ligar os botões sem necessidade e quando estiverem sozinhas; 
• Nunca saltar ou pular dentro do elevador; 
• Nunca colocar as suas mãozinhas na porta; 
• Nunca entrar antes de um adulto no elevador, assim que a porta se abre. 
 
Figura 15 - Crianças desacompanhadas esperando o elevador 
Fonte: https://matematicaressucat.wordpress.com/2009/08/24/exercicio-para-o-7%C2%BA-ano/ 
Descrição: A figura tem como título crianças desacompanhadas esperando o elevador. A imagem mostra várias crianças 
desacompanhadas por adulto em frente a porta do elevador aguardando ele chegar para poder entrar. 
 
Muita atenção nesses casos!!! 
Em caso de incêndio, nunca utilize os elevadores. 
O abandono da edificação sempre deve ser feito pelas escadas, obedecendo ao plano de 
abandono. 
 
 
 
 
 
 
68 
 
Devemos manter a calma, pois o perigo não é imediato; Veja o que você deve fazer: 
1. Você deverá ligar o botão de alarme e/ou acionar o interfone para pedir ajuda, ok; 
2. Agora você, deverá chamar o zelador, se for o caso, e, se necessário, ou o Corpo 
de Bombeiros (disque 193); 
3. Pronto, agora é só manter a calma e aguardar. 
 
Bons estudos!! 
 
 
Mas, e se eu estiver dentro do elevador e o elevador parar?? Já pensou? 
Nada de pânico!!! Veja as dicas a seguir. 
Enfim, agora que você leu um pouco sobre como as Empresas/Organizações 
devem proceder para a construção e fortalecimento de seu Plano de 
Emergência, Plano de Auxílio Mútuo, sua Equipe e seu Plano de Abandono, 
respire um pouco e depois assista com calma a videoaula e faça a atividade 
semanal e aula atividade, assim como participe das outras atividades 
disponibilizadas ao longo desta semana. 
 
 
 
 
 
 
69 
5. Competência 05 | Controlar as Perdas Acidentais que Envolvam 
Colaboradores, Parceiros, Fornecedores, Clientes, Comunidade e a 
Propriedade 
Ao longo destas semanas, tivemos a oportunidade de verificar quais os procedimentos 
que devem ser adotados pelas empresas em casos de emergências e sinistros, porém chegou o 
momento em que as instituições devem tentar administrar as consequências indesejáveis ocorridas 
das emergências. 
 
Para darmos início ao nosso estudo sobre como administrar as consequências danosas 
causadas pelos sinistros, vejamos um breve histórico sobre o prevencionismo no Mundo. 
 
Os primeiros indícios de ações prevencionistas iniciaram após o nascimento da revolução 
industrial, por volta de 1860. 
Em meados do século XIX, na Inglaterra, ocorreu a união de trabalhadores e homens 
públicos para a concretização das bases da política prevencionista, surgindo após a Segunda Guerra 
Mundial na Europa. Nos EUA foi sustentada e aprimorada pela ação conjunta de empresários, 
trabalhadores e organizações governamentais. 
No Brasil, foi introduzido pelas filiais de empresas multinacionais com o objetivo de 
reduzir os custos relativos ao pagamento de seguros e, ao mesmo tempo, aumentar a proteção do 
patrimônio e dos trabalhadores. 
Apenas no final da década de 80 é que iniciou a divulgação e utilização por um número 
maior de empresas. 
No ano de 1928, o American Engineering Councill já fazia referência à relação existente 
entre os custos indiretos (não segurados) e os custos diretos (segurados) dos acidentes. 
Ah, mas antes de proseguir com o estudo desta competência, confere lá o 
nosso podcast sobre o que vai rolar nesta semana, ok?! 
 
 
 
 
 
 
70 
Concedia aos custos indiretos o pagamento de salários improdutivos, as perdas 
financeiras, a redução de rendimento da produção, e as falhas no cumprimento de prazos de entrega 
de produtos, etc. 
Veja agora de forma mais clara, através do fluxograma abaixo, como se deu a evolução 
dos fatos históricos da prevenção na área da saúde do trabalho. 
 
 
Figura 16 - Fluxograma fatos históricos 
Fonte: A autora, 2022. 
Descrição: A imagem tem como título fluxograma fatos históricos. É composta por oito setas coloridas que indicam um 
fato histórico diferente. A primeira seta refere-se a “revolução industrial”; A segunda seta, refere-se a “Mudanças nas 
relações entre homem e trabalho”; A terceira seta, refere-se a “Surgimento dos riscos e acidentes de trabalho”; A 
quarta seta trata sobre “Exigência de melhores condições de trabalho e proteção ao trabalhador”; A quinta seta refere-
se a “Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho dão os primeiros passos”; A sexta seta refere-se a “Evolução de 
conceitos: Ramazzini (Pai da Medicina do Trabalho); Heinrich, Fletcher, Bird, Hammer, etc.”; A sétima seta trata de 
“Acidentes passam a se tornar eventos indesejáveis e de causas conhecidas e evitáveis”; A oitava e última seta, refere-
se à Busca pela filosofia de que o homem é a maior riqueza da empresa e que investir em segurança é um ótimo 
negócio”. 
 
 
 1º Fato 
 
Revolução Industrial 
 2º Fato 
 
Mudanças nas relações entre homem e trabalho 
 3º Fato 
 
Surgimento dos riscos e acidentes de trabalho 
 4º Fato 
 
Exigência de melhores condições de trabalho e proteção ao trabalhador 
 5º Fato 
 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho dão os primeiros passos 
 6º Fato 
 Evolução de conceitos: Ramazzini (Pai da Medicina do Trabalho); Heinrich, Fletcher, 
Bird, Hammer, etc. 
 7º Fato 
 
Acidentes passam a se tornar eventos indesejáveis e de causas conhecidas e evitáveis 
 8º Fato 
 Busca pela filosofia de que o homem é a maior riqueza da empresa e que investir em 
segurança é um ótimo negócio 
 
 
 
 
 
 
71 
É muito importante saber como se deu todo esse processo de evolução de ações 
prevencionistas e que sem dúvida, a prevenção a emergências é a melhor escolha, por isso, 
enfatizamos durante as semanas iniciais como as organizações e trabalhadores devem proceder em 
tais casos. Porém, uma vez concretizado o sinistro, fingir que ele não aconteceu é o pior dos 
procedimentos. 
 
Veja agora alguns importantes acidentes que impactaram o mundo: 
 
a) REDUC (Refinaria Duque de Caxias) 
No Brasil, precisamente no Estado do Rio de Janeiro, em 1972, uma indústria de GLP (Gás 
Liquefeito de Petróleo), registra acidente onde a causa divulgada foi o congelamentoda válvula de 
drenagem da esfera de GLP, após a passagem de gás pela mesma e o mesmo veio a deixar 42 vítimas 
fatais. Medidas foram adotadas após o acidente como, por exemplo, a adoção de dupla válvula de 
drenagem como forma de diminuir a frequência de ocorrência de um novo acidente deste tipo. 
 
b) Refinaria de Cubatão 
Em Cubatão (SP) no ano de 1984, na Vila Socó, hoje Vila São José, moradores de palafitas, 
região onde passa tubulação de oleodutos da PETROBRAS, perceberam o vazamento de gasolina que 
logo se espalhou e causou incêndio das palafitas em menos de duas horas e chegou em números 
oficiais a deixar 93 vítimas e extraoficiais mais de 500 e causar destruição parcial da vila. 
 
c) REGAP (Refinaria Gabriel Passos) 
Um incêndio ocorrido em 27 de dezembro de 1998 às 11h30min na refinaria de petróleo 
da Petrobras (REGAP) em Betim (MG) provocou a morte de um operário e queimaduras em outros 
11 que trabalhavam em uma unidade de querosene. Foi informado que houve um vazamento de 
nafta que era utilizada para colocar em operação a unidade de hidrotratamento de querosene, que 
estava em manutenção. A nafta pode ter incendiado por vários motivos, entre eles o simples fato de 
haver algum ponto quente nas tubulações em função da luz solar. 
 
Tudo certo até aqui? Se não, revise o conteúdo antes de prosseguir com a leitura. 
 
 
 
 
 
 
72 
d) P-36 (Plataforma) 
No dia 15 de março de 2001, estavam 175 trabalhadores a bordo da P-36, quando, às 
0h22min, houve uma explosão. Por volta das 0h50min, nova explosão provocou a morte de 11 
brigadistas. No dia 20 de março submergiu completamente. Soube-se que não houve culpados 
e tudo se deu por um defeito em uma válvula. Mas várias investigações apontaram 
responsabilidade e atribuíram tanto a explosão quanto o afundamento da plataforma a falhas de 
procedimentos adotados mesmo antes da liberação da operação da P-36 como falhas no projeto, 
planejamento e gerenciamento de riscos. 
Com esses objetos, de forma a evitar acidentes como os expostos, a adesão das melhores 
práticas da indústria, em especial a inserção de um Sistema de Gestão de Segurança de Processos e 
um processo de Gerenciamento de Riscos torna-se essencial, inclusive para a sustentabilidade das 
empresas. 
 E agora, depois de ver alguns dos importantes acidentes que impactaram o mundo, você 
vai estudar como se dá a comunicação nas empresas diante das situações de emergências e 
acidentes. 
Lembre-se que, o primeiro passo a ser tomado nesses casos é a comunicação. Vejamos 
como se dá essa “comunicação”. 
 
5.1 Comunicação 
Precisamos lembrar que a nossa responsabilidade está essencialmente na manutenção 
das vidas, especialmente humanas dentro e fora da empresa. A principal questão a ser enfrentada 
nesses casos sem dúvida é a comunicação que pode ser interna e externa, que deve ser eficaz, mas 
não pedante. 
É evidente que as pessoas estejam em pânico e nervosas, em razão da insegurança gerada 
por uma emergência. Assim sendo, os gestores devem ser diretos e seguros, agindo com a 
tranquilidade necessária para eliminar o clima tenso. 
 
 
 
 
 
 
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5.1.1 Comunicação Externa 
Os procedimentos adotados pelas empresas podem variar de acordo com cada uma delas, 
mas alguns procedimentos devem ser seguidos de acordo com as legislações vigentes. Por exemplo, 
cabe exclusivamente à Gerência Geral da empresa, conferir a veracidade das informações referentes 
a Emergências e divulgá-las aos veículos de comunicação (escrita, falada ou televisionada), bem como 
para a comunidade local. 
Na ausência da Gerência Geral na Empresa no momento do sinistro, esta deverá designar 
formalmente o Subgerente ou Coordenador da Brigada para divulgação. 
Não deverá ser permitido o registro fotográfico e/ou filmagem das ações de emergência, 
bem como o repasse de informações a terceiros fora da Empresa, sem autorização prévia da Gerência 
Geral da empresa. 
Acidentes de Trabalho durante situações de emergência ou simulações deverão ser 
comunicados à Previdência Social no prazo de até 01 (um) dia útil após o evento, em atendimento ao 
artigo 22 da Lei 8.213/91, através da Emissão de Comunicação de Acidente - CAT. 
 
5.1.2 Comunicação Interna 
5.1.2.1 Comunicação aos Investidores 
Cabe à Gerência Geral manter comunicação com Investidores, mantendo-os informados 
sobre a ocorrência de acidentes e emergências, bem como sobre o andamento das ações de 
contenção e plano de ação estabelecido para prevenção de emergências futuras. 
 
Você já parou para pensar como deve ser a Comunicação Externa e Interna em 
caso de um sinistro? 
Vejamos a seguir... 
 
 
 
 
 
 
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5.1.2.2 Comunicação à Gerência Geral 
Cabe ao Chefe da Brigada manter comunicação com a Gerência Geral da empresa sobre 
a ocorrência de acidentes e emergências, bem como apresentar para aprovação o Plano de Ação para 
prevenção de emergências futuras. 
 
5.1.2.3 Comunicação à População Fixa e Flutuante 
É de responsabilidade da Gerência Geral da Unidade manter seus empregados, clientes e 
visitantes cientes dos fatos relevantes ocorridos na Empresa, ou autorizar o Coordenador Geral da 
Brigada para se encarregar de tal comunicação. 
 
5.1.2.4 Conferência de informações para solicitação de ajuda externa 
É de responsabilidade do Coordenador Geral da Brigada, sempre que necessária a 
solicitação de ajuda externa, conferir a veracidade da informação e os principais dados da emergência 
referentes à ocorrência antes da solicitação de reforço à uma instituição externa. 
 
5.1.2.5 Relatório de Investigação de Emergências 
É de responsabilidade do Coordenador Geral da Brigada promover a realização de 
Reunião Extraordinária da Brigada de Emergência, com a maior brevidade possível, visando garantir 
que todas as ocorrências sejam devidamente investigadas, a fim de identificar a sua causa e 
possibilitar a elaboração de planos de ação consistentes para se evitar reincidências. As ações 
planejadas deverão ser comunicadas a toda população da empresa (fixa e flutuante). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.1.3 Canais de Comunicação 
Visando garantir a eficácia na comunicação durante uma emergência, a Empresa deve se 
utilizar, por exemplo, de alguns canais de comunicação para tornar as ações efetivas e evitar os ruídos 
de comunicação. Veja um exemplo de um hotel e seus respectivos locais de comunicação no esquema 
abaixo. 
 
Figura 17 - Canais de comunicação 
Fonte: A autora, 2022. 
 
Veja estudante, independente do melhor planejamento, se porventura ocorra um 
incidente, é fundamental que a Força de Trabalho esteja preparada para executar as ações 
apropriadas. Dessa maneira, um Plano de Emergência deve ser desenvolvido e estabelecido (OSHA, 
2000). 
As perguntas que as empresas devem começar a se fazer são: Estamos preparados para 
reagir e responder a estes tipos de emergências caso sejamos afetados? Poderíamos reerguer as 
 
 Portaria de Serviços Quadro de avisos 
 Ramal 9 Telefone de Emergência 
 7804/7806/7807 Telefone da Recepção 
 Sala do Coordenador de Segurança Patrimonial Sistema de Alarme Sonoro 
 Setores e Aparelhos móveis Telefone Celular Corporativo 
Você já assistiu o desastre do Titanic? Não? Ele é um conto clássico, então vou 
deixar abaixo o link para você conhecer melhor esta história. 
Com o conhecimento dos fatos, surgiram muitos mitos e perguntas sobre 
como teria acontecido o desastre, e como ele poderia ter sido evitado. Um 
desses mitos é o de que houve falhas na comunicação entre o Titanic e o 
Californian, e também entre o comandante e os passageiros do navio. Essas 
falhas de comunicação, podem ter contribuído para a morte de 1.523 pessoas. 
Links: 
https://istoe.com.br/197714_AS+NOVAS+DESCOBERTAS+SOBRE+O+TITANIC/ 
https://www.youtube.com/watch?v=JN-upX13R3c 
 
 
 
 
 
 
76 
operações depois de uma emergência? Estamos organizados estrategicamente paraa tomada de 
decisões perante as emergências? 
Para que as empresas possam responder a estas perguntas, é necessário que tenham 
implementado e interiorizado alguns planos que já estudamos ao longo da disciplina. Portanto, no 
caso de uma emergência já deflagrada, na qual os instrumentos preventivos não foram capazes de 
evitar o sinistro, os objetivos principais passam a ser sem dúvida a atenção às vidas humanas 
envolvidas, e também o controle do acidente no menor perímetro possível. Sendo posto em ação a 
operacionalização do plano de combate e, se necessário, o abandono, a manutenção das instalações 
vitais à sobrevivência da empresa, a estabilização e retorno à normalidade e, por fim, as medidas de 
recuperação. 
Como foi visto, aconteceram diversos eventos que sacudiram o mundo e afetaram 
consideravelmente as empresas, não somente nos locais onde ocorreram, mas também muito além 
de suas fronteiras. 
 
A experiência mostra que as situações de emergências apresentam um grau de 
complexidade que torna necessário o envolvimento de especialistas de diferentes áreas. Esses 
especialistas devem reunir informações, criar soluções, colocá-las em prática e refiná-las à medida 
em que elas avançam. 
A Elisabeth Kubler-Ross foi uma psiquiatra suíço-americana, nascida no ano de 1926, que 
se especializou em cuidados paliativos e em situações próximas da morte. Depois de trabalhar 
durante anos em contato com pacientes em estado terminal, criou o famoso modelo Kubler-Ross, em 
que definiu as cinco fases do luto que são o da negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, pelos 
quais passam os pacientes diante de uma doença fatal ou que potencialmente ameace a vida. 
Agora, você pode estar se perguntando como as pessoas se comportam diante 
de situações de emergências? 
 
 
 
 
 
 
77 
 
É importante que você saiba, caro estudante, que o luto é um processo necessário e 
fundamental para preencher o vazio deixado por qualquer perda significativa não apenas de alguém, 
mas também de algo importante, tais como: objeto, viagem, emprego, ideia, etc. 
 
Os líderes devem promover a colaboração e a transparência em toda a rede de equipes. 
Uma maneira de fazer isso é demonstrando como as próprias equipes devem operar. Em uma 
situação de crise após a empresa passar por um caso de emergência ou sinistro, o instinto de um líder 
pode consolidar a autoridade de tomada de decisão e controlar as informações, fornecendo-as 
estritamente na necessidade de conhecimento. 
Outra parte importante do papel do líder é o de proporcionar a segurança psicológica 
para que os colaboradores possam discutir abertamente ideias, perguntas e preocupações sem 
medo de repercussões. 
O líder deve demonstrar empatia e lidar com a tragédia humana como primeira 
prioridade. Em situações de pós-emergência e sinistro, as mentes das pessoas se voltam primeiro 
para sua própria sobrevivência e outras necessidades básicas. 
 
Vamos conhecer os cinco estágios do luto elaborados por Elisabeth Kubler-
Ross? 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=TVDepfBO2Ro 
Você já parou para pensar como deve ser a atitude de um líder dentro desse 
cenário? 
Muitas perguntas são feitas nesse momento por todos os afetados. A empresa 
foi afetada, e serei afetado(a) pela crise também? A minha família vai sofrer 
alguma consequência? O que vai acontecer depois que a crise passar? E quem 
cuidará de nós nessa nova fase? 
 
 
 
 
 
 
78 
Os líderes não devem designar essa demanda para outras pessoas. É importante nessa 
etapa que os líderes da empresa mantenham um aspecto vital de seu papel, que vai fazer uma 
diferença positiva na vida dos colaboradores e das pessoas envolvidas. Portanto, investir tempo no 
bem-estar dos colaboradores e das pessoas envolvidas permitirá que os líderes mantenham sua 
eficácia ao longo dos dias, meses, e até anos que uma crise pode acarretar na empresa. 
 
 
É visto que em muitos casos, as despesas com indenizações e reconstrução ultrapassam 
os recursos da empresa, levando-a a falir e encerrar as suas atividades. Para minimizar o impacto dos 
prováveis eventos e recuperar a empresa de maneira eficiente, será preciso que os planos efetivos 
para gestão de crises estejam integrados na empresa, comunicados a todos os colaboradores para 
que estejam atentos às decisões dos responsáveis do Comitê de Gestão de Crises e que sejam 
interiorizados pelos responsáveis por reerguer processos críticos. 
A casos de emergências e sinistros que impõem exigências extraordinárias aos líderes nos 
negócios. De fato, casos de emergências e sinistros tem as características de uma crise de “grande 
escala”: um evento inesperado de grande proporção e velocidade devastadora que acaba em um alto 
grau de insegurança. Essa insegurança gera desorientação, e os sentimentos de controle e segurança 
das pessoas ficam ausentes diante do forte transtorno emocional dessa situação. 
Portanto, identificar uma crise e conseguir ter previsões sobre seus desdobramentos 
exige que os líderes superem o viés da normalidade, e o pensamento de que não é tão sério assim, 
pode levá-los a desconsiderar a gravidade de uma crise e o impacto que ela pode causar na empresa. 
Fique à vontade para tirar eventuais dúvidas nos Fóruns específicos desta 
Competência, certo?! 
Veja, um questionamento que pode surgir em você é sobre como liderar em 
meio a uma crise? Como gerenciar pessoas depois de uma situação de Perdas 
Acidentais? 
 
 
 
 
 
 
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Quando os líderes reconhecem uma crise como tal geradas por casos de emergências e 
sinistros, eles podem começar a montar uma resposta apropriada à situação. As respostas podem 
abranger uma ampla gama de ações, e não apenas movimentos temporários, mas também ajustes 
nos negócios em andamento. Essas ações podem inclusive serem mantidas em uma realidade pós-
crise. 
O que vai, realmente, diferenciar a empresa em meio a uma emergência ou sinistro é a 
rapidez e a assertividade com que os problemas são solucionados. Foi visto que profissionais 
capacitados têm maior tranquilidade para agir, esclarecer fatos, e apresentar soluções e sugerir 
iniciativas capazes de reduzir os impactos e consequências futuras. 
 
Bons estudos!!! 
 
 
Ah, agora, depois de ter visto todo o conteúdo do ebook referente a esta 
quinta e última competência, não esquece de acessar o AVA e assistir a 
videoaula ok! 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
Caro estudante, 
Durante essa disciplina de Gerenciamento de Riscos e Emergências, trilhamos uma 
importante caminhada de conhecimentos e trocas de experiências enriquecedoras, em que se 
discutiu o papel do Técnico de Segurança do Trabalho, no cenário da Gestão de Riscos e Emergências. 
O objetivo principal da disciplina foi de fornecer as informações importantes sobre o 
processo de identificação, avaliação e controle de riscos operacionais, visando a preservação da 
integridade física dos trabalhadores, dos equipamentos e do patrimônio das empresas, que você 
como futuro Técnico de Segurança do Trabalho precisa saber. 
Um processo de gerenciamento de riscos possibilita entendê-los, identificar possíveis 
cenários acidentais e avaliar suas probabilidades e consequências, de forma a ajudar na mitigação 
dos riscos. O principal objetivo no gerenciamento de riscos é conduzir a destinação equilibrada dos 
recursos para controlar e mitigar os riscos, limitando os riscos para níveis toleráveis e aceitáveis. 
Vale lembrar que você como futuro Técnico de Segurança do Trabalho precisa ter 
conhecimentos básicos de Gerenciamento a fim de desenvolver o seu papel que é o de garantir a sua 
integridade profissional, bem como dos demais sujeitos envolvidos seja no trabalho ou na vida, sendo 
este um dos objetivos desta disciplina. 
Desejamos muito sucesso na sua vida profissional. Até breve! 
 
 
 
 
 
 
81 
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Minicurrículo do Professor 
 
Audennille Marinho de Almeida 
Olá, sou Audennille Marinho de Almeida, Mestra em Engenharia Mineral pela 
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Pós-Graduada em Engenharia de Segurança do 
Trabalho pela Faculdade Joaquim Nabuco – FJN; e em Docência para a Educação Profissional e 
Tecnológica pelo IFES. Graduada em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Pernambuco 
– UFPE; e Graduanda em Licenciatura em Informática pela UNIASSELVI.

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