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Imunoterapia Antitumoral Veterinária

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ALUNAS: Amanda Caroline, Ana Luise Teixeira, Laura Sebba, Maria Luiza Campos, Sarah Araújo 
 
Imunoterapia antitumoral em medicina veterinária 
 
A imunoterapia foi uma alternativa encontrada na busca por tratamentos de tumores sem que 
houvessem tantos efeitos adversos. Ela consiste na manipulação do sistema imune do paciente, para 
que ele seja capaz de identificar e eliminar células neoplásicas. 
Esse tipo de tratamento tem apresentado resultados favoráveis tanto na medicina humana quanto na 
veterinária, como, por exemplo, o aumento na sobrevida do paciente ou no tempo de remissão do 
tumor; tudo isso sem grandes efeitos colaterais. 
 
Classificação dos imunoterapeuticos: 
 Imunoterapia passiva: Métodos preparados em ex vivo e posteriormente administrados no 
paciente, não acontecendo ativação do sistema imune receptor. 
 Imunoterapia ativa: É a ativação do sistema imune do paciente, com a síntese e proliferação 
dos próprios anticorpos ou linfócitos efetores. 
 
Quanto a especificidade, as imunoterapias subdividem-se em: 
 Inespecífica: Administração de produtos que vão estimular a resposta imune 
 Específica: Administração de substâncias capazes de induzir uma resposta imune específica 
contra determinados antígenos. 
 
Existem múltiplos recursos que podem ser aplicados no tratamento de tumores. 
 
Anticorpos monoclonais 
 
Os anticorpos monoclonais agem contra as células ou microambiente tumoral. A morte das células-
alvo acontece através da atividade antagonista ou agonista dos receptores. Porém, também pode ser 
que a morte das células-alvo seja pelo aumento da fagocitose, a citotoxicidade mediada por 
anticorpos ou a ativação do sistema complemento. 
 
Transferência de linfócitos T 
 
É possível alterar geneticamente as células T para que elas passem a expressar receptores que 
reconheçam os antígenos tumorais ou então isolar as células T específicas do tumor com 
subsequente expansão clonal (por estímulo externo) e refundida no paciente, com fins terapêuticos. 
Seu efeito varia de acordo com a capacidade de direcionamento ao ambiente tumoral, de suas 
funções efetoras e sua persistência no ambiente. 
 
Vacinação terapêutica 
 
São usadas para melhorar a resposta imune à tumores; elas visam expandir as células apresentadoras 
de antígenos autólogas ex vivo; ou modificar as células tumorais ao ativar a expressão ou secreção de 
citocinas que melhorem a ação das APCs. Nos dois casos as células são inoculadas no paciente para 
induzir a ativação da imunidade. 
No entanto, as vacinas de antígenos tumorais usam uma proteína específica expressa pelo tumor e 
que induz a imunidade antitumoral específica. 
A vacinação fornece ao paciente a habilidade de gerar uma resposta imune contra o tumor e retarda o 
desenvolvimento de neoplasia ou a mantém sob controle de crescimento. 
 
Terapia mediada por citocinas 
 
As terapias mediadas por citocinas podem ser usadas in vitro, para intensificar a resposta imune do 
paciente. Também pode ser empregada na expansão clonal in vitro. A união desse tratamento com a 
técnica cirúrgica demonstrou um aumento na sobrevida dos animais, com qualidade de vida, controle 
da doença e de metástases, poucos efeitos colaterais e baixo custo. 
 
Modulação de sinais imunes 
 
A modulação de sinalização imunológica é o aumento da ativação imunológica através da 
manipulação de células tumorais para a expressão de moléculas coestimuladoras; e o bloqueio de 
células/ receptores imunes inibitórios que podem ocasionar imunossupressão. 
 
Ativação de células inatas 
 
A ativação de células inatas pode ac 
ontecer através da ativação de ex vivo que citocinas, tratamento in vivo com ligantes TLR ou 
anticorpos direcionados para antígeno (terapia imunomoduladora ativa). Outra forma é que ela ocorra 
naturalmente, após a morte das células tumorais por rádio ou quimioterapia. 
 
 
Imunoterápico da pitiose 
 
 
A pitiose ocorre nos equinos que é causada por um pseudofungo aquático que atinge a pele e 
subcutâneo, sendo assim formando feridas com massas granulomatosas ulcerativas e presença de 
secreção. A pitiose atinge várias espécies, cães, gatos, mas é mais comum em cavalos e éguas. Essa 
doença não é uma zoonose (não passa do animal para o humano), e não passa de animal para animal 
de uma forma direta. 
 
O Brasil tem uma certa predisposição a essa doença por causa das altas temperaturas e áreas 
pantanosas, o pantanal é o lugar que mais tem animais com pitiose no mundo. Os primeiros sinais que 
o animal tem são minúsculos focos simples ou múltiplos de necrose que evoluem rapidamente. 
A pitiose tem o diagnóstico baseado em: anamnese como espécie animal, época do ano, regiões 
alagadas, aspecto da lesão, suas características clínicas e histopatológicas, e o isolamento e 
identificação do agente. 
 
O seu tratamento é bem complicado, dependendo da severidade das lesões necessita de cirurgia, 
utilização de antifúngicos e o tratamento imunoterápico. 
 
No artigo foi relatado um caso sobre um equino adulto, macho, sem raça definida, peso 410 kg, com o 
histórico de aparecimento de ferida. Foi feito um radiograma onde se viu um aumento de volume de 
tecidos moles e também foi feito uma biopsia confirmando que ele tinha pitiose. O tratamento 
começou com o imunoterápico, apresentando grande capacidade de melhora, outra forma de 
tratamento que fizeram foi por via oral de iodeto de potássio por um período de 30 dias. 
 
Os casos de pitiose tem cada vez mais aumentado e com isso cresce o avanço nas pesquisas e 
tratamentos. Podemos ver pelo caso relatado que a imunoterapia teve ótimos resultados mas seria 
bem melhor se houvesse uma vacina.

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