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Estudo dirigido Doencas da Tireoide (1) docx

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Arina Inglesa Barbosa-4508538
Ivan Aurélio Fortuna Kalil de Faria - 4509602
Luiza Lourenço de Oliveira-4507638
Rafaela Falcão- 4508371
Duque de Caxias, 24 de outubro de 2022
ESTUDO DIRIGIDO:
Doenças da tireóide (hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos e câncer)
O estudo será realizado em grupos de 10 participantes e terá valor de 1,0 (hum) ponto.
Objetivos:
1- trazer informações básicas para suspeição, formulação de hipóteses e diagnóstico das
principais patologias tireoideanas
2- uma vez feito o diagnóstico, com base na história clínica, exame físico e exames
laboratoriais/imagem, o clínico deverá ser capaz de iniciar o tratamento, posteriormente
encaminhando o paciente ao especialista.
Referência bibliográfica:
Endocrinologia Clínica - Lúcio Vilar 7ª edição (capítulos 23, 24, 28 e 29)
Bom estudo!
1) Dentre as causas de hipotireoidismo primário em adultos, cite a principal. Qual os
fatores de risco mais associados?
A principal causa de hipotireoidismo primário em adultos é a tireoidite de hashimoto.
Os fatores de risco consistem em: idade maior que 60 anos, sexo feminino, bócio,
doença nodular tireoidiana, história família de doença tireoidiana, história de
radioterapia para cabeça e pescoço, doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana,
fármacos (amiodarona, lítio, tionamidas e interferon alfa), baixa ingestão de iodo,
síndrome de down e síndrome de turner.
2) Liste os principais sinais e sintomas relacionados ao hipotireoidismo:
São os principais sintomas:
- cansaço;
- depressão;
- adinamia (falta de iniciativa);
- pele seca e fria;
- constipação;
- bradicardia;
- decréscimo da atividade cerebral;
- voz mais grossa como a de um disco de baixa rotação;
- mixedema (inchaço duro);
- diminuição do apetite;
- sonolência;
- reflexos mais vagarosos;
- intolerância ao frio.
3) Sabemos que valores alterados de TSH, acima do valor máximo de referência porém
inferiores a 10mU/l, com T4 livre normal, ou até mesmo TSH > 10 um/l ainda com T4
livre normal, caracterizam o que chamamos de hipotireoidismo subclínico ou disfunção
tireoideana mínima. Quais condições clínicas sugerem necessidade de tratamento com
Levotiroxina nestes casos?
É sugerido o início da reposição de L-T4 no hipoS persistente nas seguintes hipóteses:
- Diante da detecção de níveis de TSH ≥ 10 mU/l.
- Diante de níveis de TSH ≥ 7 mU/8 em pacientes sintomáticos, pacientes com doença
cardiovascular ou risco cardiovascular aumentado, pacientes com risco aumentado de
desenvolver hipotireoidismo franco (hipof).
- Eventualmente, nos pacientes com níveis de TSH entre 4,5 e 9,9 mU/e, se houver
pacientes com risco aumentado de desenvolver hipof. Obs.: considerar teste
terapêutico para sintomáticos.
4) O hipotireoidismo clínico confirmado por T4 livre baixo e TSH elevado (>10), tem
indicação de tratamento. Pela literatura, qual a dose diária ideal indicada para o
tratamento (em mcg/Kg/dia)? Qual a meta para considerarmos um bom controle em
pacientes mais jovens (<60 anos) e nos mais idosos (>70 anos)?
O hipotireoidismo caracterizado por T4 livre baixo e TSH elevado é classificado como
hipotireoidismo primário, devendo ser tratado com Levotiroxina 1,6 mcg/Kg/dia (100 a
150 mcg/dia), em jejum, pela manhã.
A dose recomendada da Levotiroxina para pacientes com menos de 60 anos é de 50 a
100 mcg/dia.
Em idosos ou em coronariopatas deve-se prescrever uma dose menor de Levotiroxina
12,5 a 25 mcg/dia.
Objetivo: manter os valores de TSH inferiores à metade dos níveis de referência dos
laboratórios (<1 a 2 mU/L)
Caso os valores de TSH não sejam alcançados, aumenta-se gradualmente a dose em
12,5 a 25 mcg/semana em pacientes com menos de 60 anos, e 12,5 a 25 mcg/mês em
pacientes idosos ou coronariopatas.
O valor do TSH sérico deve ser dosado a partir de 4 a 8 semanas do início do
tratamento, uma vez que a redução deste é lenta.
5) A principal etiologia de hipertireoidismo é a doença de Graves, condição
potencialmente grave caso não diagnosticada e tratada a tempo. Relate os principais
sinais e sintomas:
Nervosismo, insônia, emagrecimento (apesar da polifagia), taquicardia, palpitações,
intolerância ao calor, sudorese excessiva com pele quente e úmida, tremores, fraqueza
muscular, hiperdefecação ( sem diarreia)
6) O achado clínico de bócio difuso, dermopatia e oftalmopatia, juntamente com a
história clínica praticamente fecham o diagnóstico da Doença de Graves. Quais os
achados laboratoriais esperados e quais as principais medicações indicadas?
Os achados laboratoriais esperados são: TSH baixo, T4 alto, T3/T3 livre aumentado e
anticorpo TRAb positivo.
As medicações indicadas: Propiltiouracil e Metimazol.
7) A oftalmopatia de Graves tem como base fisiopatológica a ação de auto anticorpos
sobre a musculatura extraocular. Enumere as principais manifestações oculares no
hipertireoidismo.
Os sinais oculares incluem olhar arregalado, hiperemia conjuntival leve, retardo e
retração palpebral, e decorrem, em grande parte, do excesso de estimulação
adrenérgica. Em geral, há remissão com tratamento bem-sucedido. A oftalmopatia
infiltrativa, uma evolução mais grave, é específica da doença de Graves e pode
ocorrer anos antes ou depois do hipertireoidismo. Caracteriza-se por dor orbital,
lacrimejamento, irritação, fotofobia, aumento de tecido retro-orbital, exoftalmia e
infiltração linfocitária dos músculos extraoculares, provocando fraqueza da
musculatura ocular que, com frequência, causa visão dupla.
8) A incidência de nódulos tireoideanos vem aumentando nas últimas décadas e este
aumento deve-se, em grande parte, à realização de ultrassonografia de tireóide como
exame de “rotina” (incidentalomas). Sabendo-se que até 76% da população feminina
pode desenvolver nódulos após os 40 anos de idade, quais achados clínicos
aumentariam a suspeição de malignidade e levariam à necessidade de prosseguirmos
com a investigação com PAAF (punção aspirativa por agulha fina)?
Segundo o American College of Radiology recomenda-se a avaliação de nódulos por
um sistema de pontos chamado TIRADS (Trhyroid Imaging Reporting and Data System)
e atribui uma pontuação a cinco características ultrassonográficas (calculadora
TIRADS):
✓ Composição
✓ Forma
✓ Ecogenicidade
✓ Margens
✓ Focos ecogênicos
Moderada suspeição:
✓ idade < 20 anos ou > 70 anos
✓ sexo masculino
✓exposição à radiação de cabeça e pescoço
✓ nódulo > 4 cm
✓presença de sintomas compressivo
Alta suspeição:
✓ Hist. Familiar de Ca medular ou neoplasia endócrina múltipla (NEM-2)
✓Radioterapia de cabeça e pescoço
✓ Nódulos firmes ou endurecidos
✓ Nódulos fixos a estruturas adjacentes
✓ Paralisia de cordas vocais
✓Linfoadenomegalia satélite
✓ Metástase à distância
Outros critérios avaliados: margens e limites e calcificações
Características de suspeição:
✓Marcadamente hipoecóico
✓Margens irregulares e/ou limites mal definidos
✓ Microcalcificações
✓Vascularização intranodular intensa
✓Diâmetro anteroposterior >transverso
Na ausência de hipertireoidismo, todo nódulo sólido > 1 cm deve ser puncionado
(recomendação da ATA). Os nódulos <1 cm apenas com características de suspeição. As
categorias TR1 e TR2 não se recomenda FNA. A partir da categoria TR3, recomenda-se
FNA, conforme tabela adiante; a TR3, vale 3 pontos e é levemente suspeita, apresenta
risco de malignidade de 4,8% e segundo a diretriz, se ≥ 2,5 cm: FNA (Aspiração de
Agulha Fina) ≥ 1,5 cm: acompanhamento em 1,3,5 anos.
9) A PAAF representa o método mais sensível para diagnóstico etiológico dos nódulos
tireoideanos e está indicada de acordo com a nova classificação TIRADS (características
à ultrassonografia: composição, ecogenicidade, forma, margens e calcificações) para
nódulos com mais de 1 cm. Cite a classificação de Bethesda (citopatológica) para
nódulos tireoideanos. Utilizando-se estes parâmetros, quais os percentuais de risco de
malignidade correspondentes?
10) Sobre o carcinoma papilífero, tipo mais comum de neoplasia tireoideana,descreva
suas principais características (faixa etária de maior incidência, evolução, disseminação
e prognóstico).
O carcinoma papilífero representa mais de 80% dos casos de CA de tireóide, desenvolve-se
nas células foliculares e tem crescimento lento. O carcinoma papílifero acomete
principalmente mulheres, jovens (20-40 anos). É a neoplasia de tireóide de melhor
prognóstico. Tem como principal fator de risco a irradiação prévia e possui
disseminação linfática.

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