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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES AIN 07 – TIREOTOXICOSE E CRISE TIREOTOXICA 1. Paciente, 25 anos, feminino, apresenta quadro de hipotireoidismo há 2 anos. Foi realizado USG de tireoide o qual evidenciou nódulo de 4,2mm. Pelo tamanho e características do mesmo foi solicitado PAAF, a qual veio como Bethesda IV. Qual a melhor conduta neste caso: a) Realizar nova PAAF em 6 meses pois se trata de um adenoma folicular b) Realizar apenas acompanhamento com USG de tireoide c) Realizar istemectomia ou lobectomia da tireoide devido paciente com suspeita de nódulo maligno d) Realizar tireoidectomia total devido paciente apresentar risco de tumor maligno de tireoide 2. Sobre o tratamento do hipertiroidismo podemos afirmar: a) O PTU é a medicação de escolha para o tratamento por apresentar menor índice de efeitos colaterais b) Para acompanhamento e resposta do tratamento devemos fazer a dosagem de TSH após 4 a 6 semanas c) O tratamento cirúrgico é principal escolha em paciente com hipertiroidismo associado a bócios de volume acima de 100g d) O tratamento com Propanolol e Atenolol não deve ser utilizado associado a sintomas cardiovasculares como palpitação e taquicardia 3. A doença de Graves é a principal patologia do hipertioidismo, sobre o Graves podemos afirmar: a) Podemos confirmar o diagnóstico em pacientes com hipertiroidismo e oftalmopatia infiltrativa ou o mixademia pré- tibial b) Devemos ter o TRAb positivo para confirmar o diagnóstico de Graves c) A doença de Graves inicia-se com quadros de hipercalcemia, nódulo solitário hiperfuncionante e posteriormente o paciente apresenta com hipertiroidismo d) O diagnóstico pode ser confirmado com bócio, ptose palpebral e dermatite atópica associada ao hipertiroidismo 4. São causas de hipertiroidismo com bócio difuso: a) RN de mãe com doença tireoidiana autoimune, Basedow-Graves e resistência periférica aos hormônios tireoidianos b) Ingestão de iodo, Basedow-Graves e resistência central aos hormônios tireoidianos c) Mutação ativadora do receptor do TSH, resistência periférica aos hormônios tireoidianos e S. McCune-Albright d) Resistência central aos hormônios tireoidianos, ingestão de tiuréias e Basedow-Graves 5. Menina de 10 anos apresenta bócio de pequeno volume e sintomas sugestivos de hipertireoidismo referidos há 1 semanas a) Introduzir fármaco antitireoidiano (metimazol ou PTU) por pelo menos 1 ano antes da indicação de radioiodoterapia b) O tratamento com radioiodo deve ser preferido à cirurgia em virtude do bócio de volume reduzido c) A ausência de exoftalmia afasta a possibilidade de doença de Graves d) Devido à faixa etária, o uso de propranolol deve ser evitado NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 e) A presença de anticorpos antiTPO e ausência de exoftalmo pode sugerir o diagnóstico de tireoidite de Hashimoto como causa do processo 6. Assinale a alternativa correta: a) A cintilografia da tireoide não é uma boa maneira de distinguir tumores foliculares funcionantes dos não funcionantes b) Praticamente todos os nódulos hipofuncionantes são malignos c) A ecografia tem boa sensibilidade para bócios mergulhantes d) Microcalcificações, margens borradas e aspecto hipoecóico são dados que levantam a suspeita de malignidade de um nódulo e) A ecografia é um excelente método para diagnóstico de tireoide ectópica 7. A doença de Graves representa a causa mais comum de hipertireoidismo. Sobre essa doença é correto afirmar: a) A doença de Graves tem origem autoimune e a dosagem do anticorpo antirreceptor do TSH (TRAb) é necessária para confirmar seu diagnóstico b) A doença de Graves pode se manifestar com um quadro súbito de paralisia flácida e hipocalemia c) Durante os primeiros meses de tratamento com Tapazol, o monitoramento da função tiroidiana deve ser feito apenas com dosagem de TSH sérico d) A oftalmopatia de Graves precede o hipertireoidismo em 80% dos casos 8. Os achados ultrassonográficos que sugerem malignidade em um nódulo de tireoide são: a) Lesão puramente cística com halo irregular e fino b) Lesão cística com vegetação interior com halo periférico fino e bem definido c) Lesão hipoecóica com halo definido e calcificação periférica em “casca de ovo” d) Lesão hipoecóica, halo espesso e calcificação central e) Lesão hiperecóica, halo espesso e calcificação periférica 9. Mulher de 30 anos apresenta queixas de emagrecimento com apetite preservado associado à intolerância ao calor, diarreia, irritabilidade e sudorese há algumas semanas. No exame físico, encontra-se agitada, taquicárdica e com tremor de extremidades. Os exames laboratoriais mostram TSH ultrassensível baixo e T4 livre elevado. Pensando em hipertireoidismo em sua causa mais comum, os achados específicos dessa patologia são: A) exoftalmia, paralisia periódica e mixedema pré-tibial B) paralisia periódica, mixedema pré-tibial e acropatia C) acropatia, exoftalmia e paralisia periódica D) mixedema pré-tibial, exoftalmia e acropatia 10. O bócio difuso tóxico é a causa mais comum de hipertireoidismo e é conhecido como: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 A) doença de Graves B) tireoidite de Riddle C) doença de Chammas D) tireoidite de Hashimoto 11. Em relação à tireotoxicose, está INCORRETO afirmar que: A) Intolerância ao calor, fadiga e diminuição do apetite são sintomas de tireotoxicose. B) Tireoidite subaguda e amiodarona são causas de tireotoxicose sem hipertireoidismo. C) Entre as principais causas de tireotoxicose, está o hipertireoidismo causado pela doença de Graves. D) Aumento da sudorese, fraqueza muscular e retração palpebral são sinais de tireotoxicose 12. A tireoide tem um papel importante na regulação de numerosos processos metabólicos de todo o corpo. Nos distúrbios da tireoide é correto afirmar: A) O hipotireoidismo congênito é hereditário e se apresenta na maioria dos casos, com retardo no desenvolvimento mental e físico, que já é visível ao nascimento. As crianças com hipotireoidismo congênito nascem pequenas para a idade gestacional e com os reflexos mais lentos. B) A tireoide de Hashimoto ou tireoidite linfocítica crônica é rara antes da adolescência e a presença de bócio descarta o diagnóstico. C) Na tireoidite linfocítica crônica, a glândula tireoide geralmente está diminuída, com consistência firme e indolor à palpação. D) O hipertireoidismo resulta da secreção excessiva de hormônio tireoidiano durante a infância e geralmente é causado pela Doença de Graves. 13. O iodo é um elemento fundamental para síntese dos hormônios tireoidianos, sendo a captação de iodo um excelente indicador da função tireoidiana. O item com erro é: A) A taxa de captação de iodo pela tireoide pode ser avaliada utilizando- se iodo radioativo (131I ou 123I) e permite diferenciar as causas de tireotoxicose associadas ao aumento da captação (hipertireoidismo) daquelas com captação baixa ou ausente. B) A captação de iodo é geralmente baixa em pacientes com doença de Graves - DG ou bócio multilnodular tóxico (BMNT), estando praticamente ausente nas tireoidites ou na tireotoxicose factícia. C) A captação também diminui em indivíduos que usaram contrastes radiológicos iodados nos 30 a 60 dias prévios ou que possuem dieta muito rica em iodo (alimentos como algas marinhas). D) A captação de iodo pode estar presente em usuários de amiodarona, apesar de a droga ser altamente iodada. 14. Mulher, 45 anos, refere quadro de perda de peso, palpitação e insônia há 1 mês. Nega antecedentes patológicos. Nega uso de medicamentos. Ao exame físico: bom estado geral, sem alterações oftalmológicas, normotensa, taquicárdica, nódulo palpável em lobo direito da tireoide, sem outras alterações. Assinale a alternativaCORRETA quanto à conduta e à hipótese diagnóstica. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 A) Dosagens de TSH, T4 livre e cintilografia da tireoide. Doença de Plummer. B) Dosagens de TSH, T4 livre e anti TPO. Doença de Graves. C) Dosagens de TSH, TRAb e ultrassonografia da tireoide. Tireoidite de Hashimoto. D) Dosagens de TSH, T4 livre e antiTPO. Tireoidite de Hashimoto. E) Dosagens de TSH, TRAb e ultrassonografia da tireoide. Doença de Graves 15. Uma paciente de 39 anos, branca, secretária executiva em uma multinacional, refere alteração nos olhos após viagem ao exterior, a trabalho. Refere antecedente de tireoidopatia tratada há mais de 3 anos e não sabe referir o medicamento utilizado na época, mas nega uso de radioiodo e cirurgia na região tireoidiana. Além das alterações oculares, refere estar com insônia, irritação e palpitações. Sem outras queixas e sem outros antecedentes patológicos, refere tabagismo, mas nega etilismo e uso de medicações no momento. Ao exame físico: exoftalmo discreto bilateral, lagoftalmo bilateral, tremores de pálpebras e extremidades, bócio difuso, PA = 160x70 mmHg, FC = 120 bpm, mais nada digno de nota. Trouxe exames laboratoriais solicitados pelo médico do trabalho: TSH suprimido com T4 livre elevado, hemograma e funções renal e hepática dentro da normalidade. Assinale a alternativa correta: A) o hipertireoidismo subclínico que a paciente apresenta deve ser tratado com radioiodoterapia seguida pelo uso de tireia, pois já apresentou esse quadro B) o diagnóstico de hipotireoidismo deve ser pensado, pois a paciente já apresentou um quadro anterior e a recorrência justifica o seu tratamento imediato C) no momento, a conduta inicial pode ser feita com o emprego de medicações da classe das tioureias ou tionamidas e solicitação de exames de controle D) o tratamento com levotiroxina deve ser iniciado imediatamente, pois a paciente apresenta sintomatologia e exames laboratoriais alterados E) o quadro clínico e laboratorial sugere o diagnóstico de doença de Basedow-Graves e necessita de tratamento imediato com levotiroxina sódica e propranolol, seguido por cirurgia para o tratamento definitivo 16. Em relação ao tratamento da Doença de Graves, assinale a alternativa INCORRETA: A) Nos casos de Doença de Graves associada a nódulos suspeitos, a tireoidectomia deve ser indicada como tratamento. B) A agranulocitose é um raro efeito colateral e está relacionada tanto ao propiltiouracil quanto ao metimazol. C) As tionamidas utilizadas no tratamento da Doença de Graves podem apresentar reações alérgicas de forma cruzada. D) No tratamento da Doença de Graves, a indicação para o emprego terapêutico do Iodo 131 deve sempre ser precedido do preparo prévio do paciente com betabloqueador e tionamidas 17. Mulher, 45 anos, apresentando quadro de irritabilidade, alopecia, intolerância ao calor, taquicardia, proptose palpebral, foi submetida à avaliação laboratorial. Qual resultado melhor se encaixa ao quadro clínico? A) TSH elevado, T4 livre elevado, T3 diminuído. B) THS elevado, T4 livre diminuído, T3 diminuído C) TSH suprimido, T4 livre diminuído, T3 diminuído. D) TSH suprimido, T4 livre aumentado, T3 aumentado. E) TSH elevado, T4 livre diminuído, T3 aumentado. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 18. São considerados sinais e sintomas devido as alterações cardiovasculares do hipertireoidismo: A) Palpitações e dor torácica tipicamente muscular. B) Dispnéia e edema periférico. C) Bradicardia e dispneia. D) Bradicardia e hipertensão diastólica. 19. Paciente sexo feminino, 40 anos, apresenta nódulo de tireoide. Não tem exames prévios. Assinale a alternativa INCORRETA: A) Se o quadro é acompanhado de tireotoxicose, suspeitar de adenoma tóxico (nódulo hiperfuncionante), e solicitar cintilografia. B) É necessário perguntar sobre histórico pessoal de irradiação cervical terapêutica e histórico familiar de neoplasia medular de tireoide. C) Achado ultrassonográfico de bordas irregulares e microcalcicações aumenta chance de malignidade. D) Incidência de doenças da tireoide é maior em mulheres, paciente já deveria ter realizado ultrassonografia de rotina, independente de queixas ou alterações ao exame físico 20. Com relação ao Adenoma Tireoidiano Tóxico é CORRETO afirmar que: A) É um bócio caracterizado por múltiplos nódulos tireoidianos autonomamente funcionantes. B) É um nódulo da tireóide solitário e autonomamente funcionante que produz hormônio tireoidiano. C) É uma adenoma hipofisiário secretor de TSH. D) É um adenoma hipofisário secretor de TSH e hormônios tireoidianos. 21. As doenças tireoidianas autoimunes são extremamente comuns na população. A Tireoidite de Hashimoto (TH) é a principal causa de hipotireoidismo adquirido e pode ser facilmente manejada pelo médico generalista. A Doença de Graves (DG), entretanto, é mais difícil de ser conduzida pelo clínico geral, porém, seu reconhecimento/diagnóstico é fundamental para evitar complicações potencialmente fatais como taquiarritmias. Em relação às Doenças Autoimunes da Tireoide, assinale a resposta incorreta. A) Os principais anticorpos tireoidianos são antitireoglobulina (anti-Tg), antitireoperoxidase (anti-TPO), e os contra o receptor do TSH (TRA). B) TRAb é responsável direto da Doença de Graves. Apresenta baixa sensibilidade, o que inviabiliza seu uso frequente na prática clínica. C) O hipertireoidismo, geralmente, leva à perda de peso significativa. D) O hipotireoidismo, geralmente, não leva a ganho de peso expressivo. E) A tireoide é responsável pela produção de hormônios que aumentam o metabolismo corpóreo, sendo que a estimulação para maior ou menor produção vem em resposta ao TSH (hormônio produzido pela adeno- hipófise). 22. Paciente 30 anos, apresentando perda de peso (6 kg, em 40 dias), palpitações, exoftalmia, bócio, pele úmida, tremores de extremidades. Sobre essa patologia, assinale a alternativa CORRETA. A) A solicitação do anticorpo TRAB, para fazer o diagnóstico, é essencial. B) O uso de beta-bloqueador e drogas anti-tireoidianas, como tapazol e propiltiuracil, é necessário para o manejo clínico inicial dessa doença. C) A paciente tem indicação de tireoidectomia de emergência. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 D) A paciente tem indicação de realização de radioiodo, especialmente, se for tabagista e com altos níveis de anticorpos TRAB. E) Presença de prurido com uso de tapazol, contraindica o uso de drogas anti-tireoidianas, sendo necessária dose ablativa com radioiodo 23. Mulher de 56 anos procura atendimento médico ambulatorial queixando- se de diarreia de início há 3 meses, perda de peso, calafrios e tremores sem causa aparente. Nega febre aferida. Queixa-se também de baixa acuidade visual. Nega alteração de hábitos rotineiros, alimentares e introdução/suspensão de drogas de uso contínuo. Notou que há aumento de seu pescoço, relatado como “inchaço”. Na investigação apresentou tireóide aumentada difusamente à palpação, níveis de T4 elevado, TSH suprimido e anticorpos anti-tireoideanos não detectáveis. Ecografia de tireóide evidenciou glândula difusamente aumentada. A cintilografia com iodo 131 evidenciou uma área autônoma funcional bem localizada e restante da glândula suprimida (não captante). A principal hipótese diagnóstica é: A) Doença de Plummer. B) Doença de Graves. C) Doença de Paget. D) Arterite de Takayasu. 24. Paciente feminina, de 28 anos, relata ter percebido aparecimento de ""nodulação no pescoço"" há 4 meses, de crescimento progressivo e indolor. Ao se proceder ao exame, delimita-se, pela palpação da tireóide, um nódulo firme, de 3 cm de diâmetro aproximadamente, indolor à palpação. Dado esse quadro, qual exame complementar vocêescolheria levando em consideração seu maior poder de elucidação diagnóstica sabendo que o TSH da paciente está normal? A) Punção aspirativa com agulha fina. B) Ultrassonografia de tireóide. C) Cintilografia de tireóide. D) Dosagem de calcitonina e tireoglobulina. 25. Paciente feminina, de 53 anos, procura atendimento médico para check- up. Durante o exame físico, foi identificado nódulo móvel em lobo direito da tireoide. Foram solicitados exames laboratoriais e de imagem, cujos resultados foram: TSH=3,8 mU/L; T4=1,0 ng/dl; Anti TPO 200 U/ml. Ultrassonografia de tireoide mostrou glândula heterogênea, com presença de nódulo misto em polo superior da tireoide, medindo 9 mm, TIRADS 4A. Nesse caso, a melhor conduta será: A) Afastar nódulo hiperfuncionante e pedir cintilografia de tireoide B) Pela suspeita de câncer de tireoide, encaminhar a paciente para realizar tireoidectomia C) Por ser nódulo com alta suspeição de malignidade, deve ser solicitado PAAF D) Como o nódulo não suspeito, realizar ultrassonografia de tireoide periódica para acompanhamento 26. Mulher, 35 anos, foi encaminhada ao endocrinologista, para avaliar sua ultrassonografia de tireoide. Nega quaisquer sintomas e não apresenta comorbidades relevantes. Nega antecedente familiar conhecido de tireoidopatia ou câncer de tireoide. Exames laboratoriais mostram valores de TSH e de T4 livre normais. Ultrassonografia de tireoide com Doppler colorido: nódulo sólido, hipoecogênico, de contornos regulares, ovalado, sem microcalcificações, localizado no terço inferior do lobo direito, medindo 1,8 x 1,4 x 1,4cm, com fluxo periférico e central no Doppler e outro nódulo misto de contornos regulares, NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 predominantemente cístico, contendo pequena área sólida hipoecogênica, localizado no terço superior do lobo esquerdo, medindo 0,8 x 0,8 x 0,7cm, com fluxo periférico no Doppler. Restante do parênquima tireoidiano com ecotextura fina e discretamente heterogênea, apresentando discreto aumento da vascularização no Doppler, mais evidente à esquerda. Volume total da glândula: 6 cm³. Ausência de linfonodomegalias cervicais.” O resultado da punção aspirativa com agulha fina (PAAF) feita no nódulo do lobo direito foi compatível com Bethesda II. A MELHOR conduta para este caso é: A) Realizar terapia de supressão com levotiroxina para redução do tamanho do nódulo tireoidiano e redução de transformação maligna. B) Observação clínica dos nódulos tireoidianos. Nenhum exame complementar é necessário no momento. C) Solicitar PAAF do nódulo tireoidiano do lobo esquerdo, guiada por US. D) Indicar lobectomia direita ou tireoidectomia subtotal. 27. Os hormônios tireoidianos devem ser produzidos em quantidades ideais para suprir a demanda dos tecidos periféricos. Sobre a fisiologia tireoidiana descritos nas afirmativas a seguir, marque a incorreta. a- A delodinase tipo 3 faz a conversão periférica do T4 em t3 reverso que é metabolicamente inativo. b- A proteina pendrina é encontrada na porção apical da célula folicular, e seu efeito é facilitar o transporte do iodo para o coloide. c- T4 eT3 são transportados para o interior das células alvos por um processo passivo independente de transportadores de membrana. d- Precisamos de, no minimo, 100 mg de iodo por semana na dieta para evitar quadros de deficiência 28. Mulher de 27 anos com o diagnóstico de Doença de Graves, em tratamento com 20 mg de metimazol há cerca de 60 dias, vem á consulta com um diagnóstico de gravidez de 8 semanas. Marque a incorreta: a- Existem maior dificuldade de concepção e taxa maior de abortamento em mulheres com Doença de Graves. b- A medida do TRAb não tem valor para prever hipertireoidismo fetal e neonatal c- Considera-se boa a troca do metimazol pelo propiltiouracil na gravidez pelo risco de anomalias congênitas com o uso de metimazol d- Os níveis supressos de TSH podem ser considerados fisiológicos nesta etapa de gravidez pelo efeito da gonadotrofina coriônica humana. 29. Julgue as afirmativas sobre a fisiologia tireoidiana: I - A secreção de TSH pela hipófise de forma linear e constante sem relação com ritmo circadiano. II - A tiroxina é mais presente na circulação sanguínea, porém em menor quantidade, sendo cerca de quatro vezes mais potente que a tri iodotironina. III - O TSH regula a síntese e liberação dos hormônios tireodianos e estes por sua vez fazem inibição do TSH. IV- A tireoglobulina é uma glicoproteina que atua como suporte para a lodação da tiroxina e sintese dos hormônios tireoidianos, bem como para o seu armazenamento. a- Todas as afirmativas estão corretas. b- As afirmativas II, III, IV estão corretas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 c- As afirmativas I e Il estão corretas d- As afirmativas III e IV estão corretas 30. . Sobre os hormônios tireoidianos, marque a errada. a- A meia vida do hormônio T3total é maior que a do T4 total, sendo portando o principal hormônio dosado na prática clínica é o T3 total. b- TRAB é um anticorpo importante na avaliação de hipertireoidismo autoimune c- Os hormônios tireoidianos em níveis normais, apresentam ações anabólicas, no crescimento linear e desenvolvimento cerebral durante o desenvolvimento fetal d- Em quadros hipertireoidismo ocorre o aumento do metabolismo basal, levando a vasodilata ção dos tecidos, aumentando o fluxo sanguíneo e débito cardiaco e catabolismo proteico, somatório que pode levar a insuficiência cardíaca. 31. Mulher de 22 anos de idade, procura Unidade Básica de Saúde com queixa de atraso menstrual, labilidade emocional, insônia e episódios de diarreia. A palpação da região cervical mostra presença de um nódulo ocupando quase todo o lobo esquerdo, pulso de 130 bpm, PA de 160 x 60 mmHg, o TSH sérico é indetectável. O exame mais indicado para definir o diagnóstico etiológico e a primeira escolha terapêutica são, respectivamente: a- T4 livre e metimazol. b- cintilografia de tireoide e metimazol c- cintilografia de tireoide e propranolol d- anticorpo anti receptor de tireotrofina e propiltiouracil. GABARITO: 1. D 2. C 3. D 4. B 5. E 6. D 7. B 8. D 9. D A causa mais comum de hipertireoidismo é a doença de Graves... Nela, O paciente apresenta sinais inespecíficos de tireotoxicose associados a sinais específicos de Graves, representados pela tríade: bócio difuso, oftalmopatia e dermopatia infiltrativa. O bócio tóxico, embora caracteristicamente simétrico e difuso, com textura de borracha, pode eventualmente ser assimétrico e lobular. A oftalmopatia ocorre em cerca de 40% dos casos da doença de Graves, se apresentando através de dois componentes: espástico (olhar fixo, amedrontado) e mecânico (proptose com plegia e oculopatia congestiva caracterizada por lacrimejamento fácil, sensação de areia nos olhos, fotofobia e diplopia). A dermopatia infiltrativa é encontrada em menos de 5% dos casos e, em geral, associada à oftalmopatia. Manifesta-se geralmente no dorso das pernas ou dos pés, sendo denominada mixedema pré-tibial, porém pode ocorrer em outras áreas, principalmente após trauma. Ocorre em pacientes com doença de Graves passada ou presente, não constituindo manifestação de hipertireoidismo. O baqueteamento dos dedos dos pés e das mãos, com alterações ósseas características (diferentes daquelas que ocorrem na osteoartropatia pulmonar hipertrófica), ocorre em menos de 1% dos casos de doença de Graves e em geral acompanha a dermopatia, num fenômeno geralmente autolimitado, denominado acropaquia da tireoide. No fim das contas, a chave desta questão era NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 saber que a paralisia periódica hipocalêmica tireotóxica é bem rara, tendo sido descritos pouquíssimos casos, e pode estarassociada a qualquer causa de tirotoxicose - assim, não pode ser considerada específica para Graves. 10. A "Bócio difuso tóxico" é outra alcunha para a doença de Graves. Entenda: "bócio difuso" é o aumento difuso da tireoide; o termo "tóxico" se refere à tireotoxicose, isto é, ao conjunto de sinais e sintomas decorrentes da exposição a quantidades excessivas dos hormônios da tireoide. Na tireoidite de Hashimoto, ocorre, via de regra, hipotireoidismo (D errada). Não há descrição de "doença de Chammas" na literatura, assim como de "tireoidite de Riddle" (B e C erradas). 11. A A tireotoxicose caracteriza-se por manifestações clínicas da estimulação metabólica do excesso de hormônios tireoidianos, incluindo as neuroadrenérgicas (insônia, irritabilidade, ansiedade, retração palpebral), musculoesqueléticas (fraqueza), cardiovasculares (hipertensão sistólica, taquicardia), cutâneas (sudorese, eritema) e gastrointestinais (perda de peso associada à HIPERFAGIA, isto é, aumento do apetite) - A incorreta; D correta. A principal causa de tireotoxicose (60-80%) é a doença de Graves, doença autoimune da tireoide caracterizada por hipertireoidismo, oftalmopatia e dermopatia - C correta. O termo “hipertireoidismo” só pode ser empregado quando há um aumento intrínseco na produção de hormônio tireoidiano; no caso das tireoidites subagudas ou uso de amiodarona, a tireotoxicose ocorre por lesão direta dos folículos, secundária a um agente infeccioso ou medicamento, respectivamente - B correta. 12. D São feitas cinco afirmativas acerca dos distúrbios da tireoide. Vejamos: A - errada. Essa alternativa é pura armadilha... É justamente o contrário do que o senso comum nos faz pensar: a maioria dos casos de hipotireoidismo congênito não é hereditária – surge, na verdade, por alterações no desenvolvimento da tireoide, distribuídas entre ausência da glândula (35 a 40%), ectopia (35 a 40%) e hipoplasia (10%)... É claro que há casos familiares, muitas vezes relacionados a erros inatos na síntese dos hormônios tireoidianos – mas o fato é que a maioria se deve a disgenesias da tireoide. B e C - erradas. Na tireoidite de Hashimoto, a destruição das folículos leva ao hipotireoidismo, o que desencadeia, na hipófise, maior secreção de hormônio tireoestimulante (TSH). Este último exerce efeito trófico sobre a glândula, determinando bócio. A doença pode acontecer em qualquer idade. D - certa. Na faixa etária pediátrica, mais de 90% dos casos de hipertireoidismo decorrem da doença de Graves, condição de caráter autoimune caracterizada por hipertireoidismo, oftalmopatia e dermopatia. 13. B Do ponto de vista fisiopatológico, o hipertireoidismo resulta de dois mecanismos diferentes que podem ser distinguidos pelos achados da captação de iodo radioativo (131I ou 123I) por cintilografia: - Hipertireoidismo com captação alta (ou normal) de radioiodo indica síntese de hormônio novo a partir da glândula tireoide. É o caso da doença de Graves, bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico, adenoma hipofisário produtor de TSH, e doença trofoblástica gestacional. - Hipertireoidismo com baixa captação de radioiodo (quase ausente) indica inflamação e destruição do tecido tireoidiano com liberação do hormônio pré-formado na circulação ou uma fonte extratireoidiana do hormônio tireoidiano, como em pacientes com tireotoxicose fictícia e em pacientes com struma ovarii, em que o tecido tireoidiano em funcionamento está na pelve e não no pescoço. Os pacientes que foram expostos a grandes quantidades de iodo (por exemplo, contraste radiográfico intravenoso e amiodarona) também podem ter uma baixa captação radioativa. A maioria das tireoidites, incluindo a linfocítica, pós- parto e de De Quervain entram nessa categoria. Sendo assim, a assertiva incorreta é a LETRA B, pois a doença de Graves e o BMNT são condições que tipicamente cursam com aumento da captação de radioiodo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 14. A Temos uma paciente com quadro de perda de peso, palpitação e insônia e no exame apresenta taquicardia com nódulo palpável de tireoide. Ou seja, um quadro clássico de HIPERTIREOIDISMO (excluímos as letras C e D pois a Tireoidite de Hashimoto é uma forma de hipotireoidismo). Apesar da doença de Graves ser a causa mais comum do hipertireoidismo, o quadro está relativamente recente (1 mês) e pouco florido (não há acometimento ocular com exoftalmia e diplopia) para pensarmos em Graves. Além disso, temos a presença de um nódulo palpável em lobo direito da tireoide, o que nos fala mais a forma da Doença de Plummer, ou bócio multinodular tóxico. Ou seja, o diagnóstico provável do quadro é a Doença de Plummer. Outra forma de pensarmos a questão é: paciente com quadro de hipertireoidismo e nódulo de tireoide, a investigação inicial é com a dosagem de TSH, T4 livre e cintilografia da tireoide 15. C A paciente apresenta hipertireoidismo clinicamente manifesto (alternativas A e B incorretas), confirmado pela análise laboratorial com elevação do T4 livre e TSH suprimido. Apesar da etiologia mais comum ser a doença de Graves, como afirma a alternativa E, devemos realizar terapia para controle de sintomas e não reposição de mais hormônios tireoidianos (alternativas D e E incorretas). Assim, as tioureias e as tionamidas são drogas com ação anti tireoidiana, os betabloqueadores auxiliam no controle dos sintomas e os corticóides reduzem a conversão periférica de T4 em T3 16. D A abordagem do paciente com doença de Graves consiste no controle dos sintomas e na redução dos hormônios tireoidianos. Tendo em vista que parte dos sintomas de hipertireoidismo são causados pelo aumento do tônus beta-adrenérgico (palpitações, taquicardia, tremores, ansiedade e intolerância ao calor), o uso de um betabloqueador é eficaz para controle sintomático. Já para reduzir a síntese de hormônios tireoidianos, existem basicamente três alternativas: (1) Drogas antitireoidianas (DAT): É uma boa alternativa para os pacientes que precisam obter um eutireoidismo relativamente rápido, antes de uma terapia definitiva com iodo radioativo ou cirurgia. Cabe ressaltar que as DAT possuem um efeito imunomodulador e podem gerar a remissão do quadro. Dentre os efeitos adversos principais, o mais temido é a agranulocitose, que geralmente ocorre nos primeiros 90 dias de tratamento e pode acontecer tanto com o uso de propiltiouracil quanto de metimazol. Reações cruzadas dos dois agentes ocorrem tanto com a agranulocitose quanto em reações menores (ex: reações cutâneas, artralgia e sintomas gastrointestinais). (2) Radioiodoterapia: É menos oneroso, menos invasivo e possui menos complicações do que a cirurgia. Nos pacientes com hipertireoidismo leve, é possível realizar o tratamento com radioiodo logo após o diagnóstico. Porém, em casos graves ou em pacientes muito sintomáticos, sugere-se tratar com DAT para restaurar o eutireoidismo antes do tratamento definitivo. (3) Cirurgia: É preferida em pacientes com hipertireoidismo grave e bócio grande, pacientes alérgicos a DAT e naqueles que são incapazes ou que não querem receber radioiodo. A cirurgia também é indicada se houver nódulo tireoidiano suspeito (ou maligno) coexistente ou hiperparatireoidismo primário. 17. D Temos um quadro clínico de aumento da atividade simpática e das atividades metabólicas típico da tireotoxicose, mais especificamente um hipertireoidismo provocado pela doença de Graves, porque a proptose palpebral é um achado clínico específico da oftalmopatia de Graves. Quais são os achados laboratoriais esperados no hipertireoidismo? Supressão do TSH e aumento dos hormônios T4 e T3 livres 18. B Vamos revisar alguns pontos importantes sobre manifestações cardiovasculares no hipertireoidismo. O Hipertireoidismo é caracterizado pelo aumento da síntese e liberação dos hormônios tireoidianospela glândula tireoide. Sob o ponto de vista cardiovascular, pacientes com hipertireoidismo tem um aumento no débito cardíaco, devido tanto ao NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 aumento das necessidades de oxigênio na periferia quanto ao aumento da contratilidade cardíaca. A frequência cardíaca aumenta (opções C e D erradas) , a pressão de pulso aumenta e a resistência vascular periférica diminui. Podem ser observados: Palpitações, PA divergente (opção D errada), taquicardia sinusal, arritmias atriais (em especial fibrilação atrial), sopros sistólicos, hiperfonese de B1, ICC de alto débito, exarcebação de condições pré existentes, como angina (opcção A errada), dispnéia e edema de membros inferiores. Além da dispnéia podemos ter hiperventilação, capacidade vital reduzida(por fraqueza da musculatura respiratória) e atrito de MeansLerman (ruído sistólico sobre o segundo espaço intercostal esquerdo, durante a expiração, resultante do atrito entre a pleura normal e o pericárdio hiperdinâmico) 19. D As doenças tireoidianas, em geral, são mais comuns em mulheres. Apesar disso, a realização de exames de função tireoidiana ou ultrassonografia só está indicada na presença de clínica sugestiva - nunca como screening populacional. Após o achado de um nódulo tireoidiano, devem ser realizados: 1) Anamnese completa: dentre os dados de maior suspeição para malignidade estão a presença de irradiação cervical prévia e a história familiar de neoplasia de tireoide (sobretudo o subtipo medular em que 20% dos casos são familiares). 2) Avaliação da função tireoidiana: em caso de hipertireoidismo deve-se prosseguir com cintilografia de tireoide para avaliar se o nódulo é hiperfuncionante. Cabe ressaltar que os nódulos malignos são, em geral, frios (ou seja, não produzem hormônio). 3) Avaliação das características ultrassonográficas do nódulo: as características que evidenciam maior risco de malignidade em um nódulo tireoidiano são hipoecogenicidade marcada, margens irregulares, presença de microcalcificações, altura maior do que largura e calcificações da borda 20. B A existência de um adenoma tireoidiano tóxico caracteriza a doença de Plummer, ou seja, trata-se de um nódulo único na tireóide (alternativas A, C e D incorretas), hiperprodutor de hormônios tireoidianos, podendo causar hipertireoidismo clinicamente manifesto 21. B Vamos analisar as alternativas separadamente: (A) Correta. De fato, esses três anticorpos são os mais frequentes e importantes. O TRAb está mais associado à doença de Graves; o anti-TPO é positivo em quase todos os pacientes com tireoidite de Hashimoto; já o anti-Tg, também associado a esta doença, é importante no seguimento de indivíduos com carcinoma papilífero e folicular da tireoide. (B) Incorreta. O TRAb tem como alvo os receptores de TSH tireoidianos. Ao se ligarem a essas estruturas, passam a desempenhar a mesma função do TSH: estimular a síntese hormonal. Trata-se de um anticorpo com alta sensibilidade. (C) e (D) Corretas. A perda de peso pode ser importante no hipertireoidismo, mas o ganho ponderal não costuma ser tão significativo no hipotireoidismo. (E) Correta. Essa é mais tranquila das alternativas... TSH estimula a tireoide a produzir os hormônios tireoidianos, que “aceleram” o metabolismo 22. B O quadro clínico descrito pelo enunciado é típico de hipertireoidismo: bócio, perda ponderal, pele úmida, tremores de extremidades e palpitações. A idade do paciente e a presença de exoftalmia são dados importantes para a definição etiológica, uma vez que são comuns à doença de Graves. Exames complementares também podem ser realizados para o diagnóstico diferencial como marcadores de autoimunidade (principalmente o TRAB), ultrassonografia de tireoide e cintilografia de tireoide com captação em 24h. A abordagem inicial do quadro deve ser feita com o controle dos sintomas para, posteriormente, avaliar a necessidade de tratamento definitivo (com dose terapêutica de iodo ou tireoidectomia total). Sendo assim, utilizamos beta-bloqueadores para redução dos sintomas adrenérgicos e drogas anti-tireoidianas (tapazol ou propiltiouracil) para redução da síntese de hormônios tireoidianos. Em caso de eventos adversos menores (ex: reações cutâneas, artralgia e sintomas gastrointestinais) com o uso de droga anti- NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 tireoidiana (DAT) pode-se tentar tratamento sintomático ou a mudança de uma DAT para outra. Posterioremente, caso opte-se por terapia definitiva, a decisão entre tireoidectomia total e dose terapêutica de iodo vai ser baseada em dados clínicos. Neste contexto, é preciso saber que a realização de radioiodo pode gerar um aumento transitório nos níveis de TRAB com consequente piora da oftalmopatia. O tabagismo também é um fator de risco para oftalmopatia. 23. A Primeira pergunta… O quadro clínico dessa paciente fala a favor de que? Basta juntarmos as peças: diarréia há 3 meses; perda de peso; calafrios; tremores; aumento do pescoço; T4 elevado e TSH suprimido! Estamos portante diante de um HIPERTIREOIDISMO. Resta saber agora o que está causando isso… Bem, a cintilografia mostrou uma “área autônoma funcional bem localizada e restante da glândula suprimida”. Isso é bem característico de um adenoma tóxico (ou bócio nodular tóxico). Doença mais conhecida pelo nome do autor que a descreveu em 1913! Doença de PLUMMER. 24. A Gente, questão sobre a conduta perante à presença de um nódulo tireoideano maior que 1 cm e TSH normal. Vamos relembrar: A Punção aspirativa com agulha fina (PAAF) em nódulos tireoidianos é o exame mais acurado para se distinguir a natureza maligna ou benigna dos referidos nódulos. Pacientes com nódulo maior que 1 cm e função tireoidiana normal devem ter seu nódulo puncionado. Nódulos menores que 1 cm deverão ser puncionados se apresentarem sinais de suspeita de malignidade à ultrassonografia. 25. D Considerando a investigação de nódulos tireoidianos, a primeira medida na investigação é determinar se existe hipertireoidismo associado. No caso da paciente, podemos descartar que trate-se de um nódulo hiperfuncionante (nódulo de Plummer), uma vez que os níveis de TSH e T4 livre encontram-se normais. Em caso de TSH suprimido, poderíamos utilizar a cintilografia para avaliar a captação de iodo do nódulo e determinar se o nódulo é ou não hipercaptante (hiperfuncionante). Considerando um nódulo “frio”, os aspectos ultrassonográficos podem predizer o risco de malignidade e a necessidade de realização de punção aspirativa por agulha fina para análise citológica. Por tratar-se de um nódulo de moderada suspeição (TIRADS 4) e menor que 1,5 cm, apenas a ultrassonografia de seguimento deve ser realizada. 26. B Todo paciente com nódulo de tireoide palpável deve ter avaliação da função tireoidiana e deve realizar um ultrassom de tireoide. Em caso de TSH suprimido, o nódulo pode ser hiperfuncionante e deve-se complementar a avaliação com cintilografia de tireoide. Cabe ressaltar que os nódulos hiperfuncionantes dificilmente são malignos. Com relação às características ultrassonograficas do nódulo: hipoecogenicidade, microcalcificação, vascularização central, margens irregulares, halo incompleto, nódulo mais alto do que largo e aumento de tamanho documentado do nódulo são achados que sugerem malignidade. De acordo com a ATA, devem ser puncionados os nódulos de risco alto ou intermediário maiores do que 1 cm e os nódulos de risco baixo maiores do que 1,5cm. A paciente da questão possui 2 nódulos, ambos com risco intermediário, porém somente o maior possui critérios de PAAF (punção aspirativa com agulha fina) pelo tamanho. Após a punção, os achados citopatológicos são classificados pelo sistema Bethesda da seguinte forma: Bethesda I: amostra citologicamente inadequada; conduta é repetir a PAAF em 4-6semanas. Bethesda II: benigno; é recomendado realizar ultrassonografia de controle a cada 12- 24 meses apenas. Bethesda III: lesão/atipia folicular de significado indeterminado; pode-se repetir a PAAF, realizar testes moleculares ou realizar cirurgia. Bethesda IV: neoplasia folicular de significado indeterminado; pode-se repetir a PAAF, realizar testes moleculares ou realizar cirurgia. Bethesda V: características sugestivas mas não definitivas de carcinoma papilífero; é indicação de cirurgia. Bethesda VI: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 diagnóstico definitivo de neoplasia tireoidiana. Como a citologia da paciente é benigna, devemos realizar apenas o acompanhamento dos nódulos. 27. A 28. C 29. D 30. A 31. A