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IBMR_Economia Industrial_Unidade 2

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11/28/22, 3:25 PM Economia industrial, da tecnologia e inovação
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Introdução
Autoria: Carolina Freitas - Revisão técnica: André Abdala
Economia industrial, da tecnologia e inovação
UNIDADE 2 - SEGUNDA E TERCEIRA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E
CRESCIMENTO ECONÔMICO
11/28/22, 3:25 PM Economia industrial, da tecnologia e inovação
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Caro (a) estudante, você já sabe que o início da
industrialização se deu com a Primeira
Revolução Industrial, com destaque para as
mudanças que ocorreram na Grã-Bretanha.
Nesta unidade, vamos continuar com a inovação
no ramo industrial. Em um primeiro momento,
vamos estudar quais foram as causas e as
consequências que levaram a inovação no
processo produtivo mundial tanto da Segunda Revolução Industrial quanto da Terceira
Revolução Industrial. Para esse assunto, é necessário responder a algumas
questões, como: qual foi a importância da Segunda Revolução Industrial para o
mundo? E quais as consequências da Terceira Revolução Industrial para o cenário
mundial? Como foram essas revoluções industriais em si? Qual o processo produtivo
que impactou esses dois marcos importantes? É importante ressaltar que as três
revoluções industriais foram fundamentais para a tecnologia e a inovação que temos
acesso hoje.
Em seguida, veremos o novo cenário mundial na visão da economia industrial, nos
questionando como a globalização e a produção seguiram posteriormente, a posição
diante das revoluções industriais, das mudanças de produção, seja em uma ótica da
oferta e demanda, além de como as inovações levaram os países a manterem maior
contato entre si. A globalização levou a uma maior transação entre os países, seja de
matérias-primas ou de bens e serviços finalizados. Por último, vamos estudar a
indústria por uma ótima das políticas governamentais, ou seja, como o governo lida
com o setor industrial, destacando o cenário no Brasil.
Bons estudos!
2.1 Causas e consequências da Segunda e
Terceira Revolução Industrial
Em resposta à continuidade do processo industrial e de inovação ocorrido na Primeira
Revolução Industrial, que representou um crescimento exorbitante com as máquinas,
superando o trabalho humano, no século XIX, se iniciou a Segunda Revolução Industrial.
Vamos lembrar alguns pontos importantes? A Primeira Revolução Industrial aconteceu no
período do século XVIII e quando os acontecimentos entre as revoluções são expostos em uma
linha do tempo, podemos dizer que houve grandes mudanças. No século XIX, as pessoas
atravessaram oceanos e mares em barcos a vapor, e as mercadorias transportadas com maior
facilidade por ferrovias.
Uma grande parcela da população ocidental passou a se comunicar e a se locomover com
maior facilidade, viagens que antes eram raras e demoradas, se tornaram cada vez mais
possíveis e rápidas. Na Segunda Revolução Industrial, diferente da primeira, outros países
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também participaram desse processo revolucionário, entre eles: França, Alemanha, Estados
Unidos, Bélgica, Holanda e Japão.
#PraCegoVer: foto, em preto e branco, traz uma locomotiva, mostrada de frente, em uma
estação. Há neve no chão, entre os trilhos, e a fumaça na locomotiva está se dispersando.
Em um curto espaço de tempo, países e famílias passaram de uma produção apenas para um
número pequeno de agentes para uma produção em larga escala. Matérias-primas eram
descobertas e exploradas, como, por exemplo, o aço e o petróleo (novo mecanismo para
produção de combustíveis) (DATHEIN, 2003).
Porém, nem sempre as consequências do surgimento de novas riquezas e progresso científico
têm resultado positivo, concorda? Pois, neste mesmo século de expansão da inovação,
produção e tecnologia, o mundo presenciou o aumento de problemas relacionados à
desigualdade. Essa situação ia contra um arcabouço teórico de que quanto mais aumentava “a
proporção do bolo, haveria maiores fatias a serem distribuídas”, pois, de forma empírica, foi
demonstrado que a crescente riqueza mundial levou a uma condizente desigualdade.
Esse aumento produtivo e expansivo da indústria levou ao êxodo rural e, consequentemente, a
um aumento da população urbana. Cidades que muitas vezes já eram urbanizadas, cresceram
em exponencial, resultando em aglomerações de pessoas vivendo em condições precárias.
Vamos a um exemplo. A Inglaterra desde a Primeira Revolução Industrial apresentava êxodo
rural e forte produção de bens e serviços, o que resultou em um crescimento da produção,
aumento da população nas cidades e, assim, forte desigualdade. Os trabalhadores desses
espaços urbanos passaram a ser conhecidos como proletários, caracterizados como a mão de
obra que recebia salário para manter o sustento apenas da família.
A Segunda Revolução Industrial deu continuidade às péssimas condições de trabalho que
existiam nos ambientes de trabalho da Primeira Revolução Industrial. Homens, mulheres e
crianças eram empregados em fábricas, muitas das quais em condições insalubres, cumprindo
horas inesgotáveis de trabalhos e recebendo pouco, e ainda com diferença salarial, tudo para
gerar renda à família. Não havia opção: ou o proletariado trabalhava nessas condições ou
padecia pela miséria.
A situação desumana levou os trabalhadores a reivindicarem melhores condições de trabalho,
pois até então a burguesia vivia em uma situação bem cômoda, uma vez que obtinha lucros
exorbitantes. A resposta, então, veio com revoltas e quebra de máquinas.
Figura 1 - A Segunda Revolução Industrial facilitou o transporte de mercadorias por meio de ferrovias
Fonte: Ugis Riba, Shutterstock, 2021.
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#PraCegoVer: foto, em tons de marrom, mostra um ambiente de uma fábrica, com dois longos
e estreitos corredores. Nesse espaço há maquinários e rolos de fios, um ao lado do outro,
organizados em fileiras. Há trabalhadores, vestidos com uniforme, em pé ou sentados no
espaço entre os corredores.
 
Essa relação capitalista de produção gerou muitos estudos, entre os mais famosos os de Karl
Marx e Friedrich Engels. Ambos estudavam a situação depreciativa do proletariado e a
ascendência da burguesia. Vale relembrar que burguesia é o nome dado aos donos dos meios
de produção, enquanto proletariado são homens, mulheres e crianças que trabalhavam em
condições subumanas para sobreviver, ou seja, vendiam a força de trabalho para a burguesia
em troca de valores monetários.
Com o passar do tempo, a expressão de ideias, como as de Marx e Engels, e a inalterabilidade
da situação de trabalho que a burguesia oferecia, trouxeram como consequência o surgimento
de sindicatos, grupos organizados de trabalhadores com o objetivo de lutar por melhores
condições de trabalho. Dessa forma foi possível o início de uma mudança nas situações de
jornada de trabalho (assunto que ainda está em processo) com, por exemplo, a
regulamentação. Esse movimento trabalhista tomou força também em outros países, levando
condições justas de trabalho para o resto do mundo. Como consequência da Segunda
Revolução Industrial surgiram correntes de pensamento, dentre elas o socialismo científico, o
anarquismo e o liberalismo. As duas primeiras tinham como objetivo a defesa da classe
trabalhadora, enquanto a burguesia, consequentemente, defendia a corrente do liberalismo e
da livre concorrência.
Figura 2 - Homens, mulheres e crianças eram a mão de obra de fábricas durante a Segunda Revolução Industrial
Fonte: Everett Collection, Shutterstock, 2021.
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#PraCegoVer: foto, em preto e branco, de Karl Marx: homem com cabelo cumprido, bigode,
barba, que veste terno preto com camisa branca.
 
Uma das grandes consequências da Segunda Revolução Industrial que gerou mudanças para a
economia mundial foi o imperialismo. As transformações industriais e os métodos de produção
levaram também à mudança na comunicação e nos transportes. Essa expansão ocorreu pela
busca de novas matérias-primas, já que a quantidade ofertada de produtos estava em estado
crescente. O continente africano foi entre os lugares que mais sofreram com o imperialismo. A
desculpa de que os países atrasados, como os da África, deveriam ser civilizados, apenas
aumentou a desigualdade e miséria no continente.
Figura 3 - Karl Marx, um dos estudiosos do socialismo científico
Fonte: Everett Collection, Shutterstock, 2021.
O que é imperialismo
Ano: 1981
Autor: Afrânio Mendes Catani
Comentário: para aprender um pouco da história
mundial e do período do imperialismo, este livro retrata
como as grandes economias no final do século XIX
Você quer ler?
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Logo após o período da Segunda Guerra Mundial, até a crise no petróleo na segunda metade
do século XX, o mundo presenciou um marco histórico no capitalismo, a chamada idade de
ouro, que ascendeu sob a sustentação dos Estados Unidos e culminou em um maior
crescimento das economias no sistema de produção com sustento na tecnologia (FARAH
JÚNIOR, 2000).
Dando continuidade ao nosso estudo, vamos agora tratar da Terceira Revolução Industrial,
período no qual o desenvolvimento industrial se deu em metalúrgicas, siderúrgicas e setor
automobilístico.
Além disso, tiveram destaque na conjuntura da inovação a ciência genética, as
telecomunicações, a informática e, principalmente, os eletrônicos. O crescimento eletrônico
aumentou cada vez mais no valor agregado, no emprego e na renda das economias capitalistas
desenvolvidas (COUTINHO, 2016). Segundo Coutinho (2016), dois aspectos levaram a atenção
no setor eletrônico.Veja quais são.
praticamente dividiram a África em colônias. O livro
também traz como é exposta a visão da ideologia
imperialista.
A Terceira Revolução Industrial: uma nova e radical
economia de partilha (2018), do economista Jeremy
Rifkin, exibe as ideias que levaram a um novo cenário
econômico: a Terceira Revolução Industrial. O
documentário mostra também as infraestruturas de
novas tecnologias e como o novo arcabouço digital
transformou e movimentou a vida econômica. Por outro
lado, você verá também os contras dessa pujança
tecnológica, como as alterações climáticas no planeta,
além da mudança constante de políticas e ideologias. 
Acesse (https://video.vice.com/pt/video/vice-the-
third-industrial-revolution-a-new-story-for-the-
human-family/5a79c759f1cdb34df33d5811)
Você quer ver?
A maior diversificação e o grau de integração do complexo eletrônico na estrutura
industrial.
A aproximação do arcabouço técnico dos sistemas de bens de capital (industriais,
equipamentos e máquinas).
 
https://video.vice.com/pt/video/vice-the-third-industrial-revolution-a-new-story-for-the-human-family/5a79c759f1cdb34df33d5811
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Agora que citamos o que levou à Terceira Revolução Industrial, vamos estudar as
consequências refletidas no setor industrial e no mundo. Os impactos da inovação tecnológica,
consequentemente, geraram uma transformação e difusão acelerada da base eletromecânica e
automação industrial.
O processo dessa evolução eletrônica apresentou efeitos positivos, como a continuação da
produção, com o desenvolvimento de controladores, sensores, medidores digitais e sistemas
computadorizados, que otimizaram bases e levaram a uma maior eficiência. As características
de produção em linhas de montagem, como a do fordismo, foram substituídas para, por
exemplo, os segmentos repetitivos de operações manuais diretas a robôs (COUTINHO, 2016).
Filha de imigrantes poloneses e nascida nos Estados
Unidos, Stephanie Kwolek (1923-2014) foi uma das grandes
mulheres que revolucionaram o campo industrial. Formou-se
aos 23 anos, em 1946, em química e biologia. Alguns anos
depois, dedicou-se ao curso de medicina. Em 1960, fez
história ao descobrir o polímero “Kevlar”, uma fibra
resistente e utilizada na produção de muitas mercadorias,
como coletes à prova de balas, aviões, telefone e pneus.
Essa invenção lhe rendeu vários prêmios e
reconhecimentos. Além disso, ficou reconhecida por ser um
ícone feminino da ciência e no incentivo de mulheres no
palco da pesquisa. Faleceu aos 90 anos e continua uma
figura importante para a ciência e indústria (SAVIGNANO,
2020).
Você o conhece?
Teste seus conhecimentos
(Atividade não pontuada)
As revoluções industriais tiveram forte impacto na economia mundial, transformando o processo produtivo. Em relação a esse contexto, leia o texto a
seguir.
“No século XIX, por volta de 1860, a Revolução Industrial assumiu novas características e
uma incontida dinâmica, impulsionada por inovações técnicas, como a descoberta da
eletricidade, a transformação de ferro em aço, o surgimento e o avanço dos meios de
transporte e, mais tarde, dos meios de comunicação, o desenvolvimento da indústria química
e de outros setores.
Nascia, assim, a Segunda Revolução Industrial e, com ela, na busca de maiores lucros em
relação aos investimentos feitos, levou-se ao extremo a especialização do trabalho; ampliou-
se a produção, passando-se a produzir artigos em série, o que barateava o custo por
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unidade produzida. Surgiram as linhas de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam
as partes do produto a ser montado, de modo a agilizar a produção” (SILVA; GASPARIN,
2006, p. 6).
SILVA, M. C. A.; GASPARIN, J. L. A Segunda Revolução Industrial e suas influências sobre a
educação escolar brasileira. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS
“HISTÓRIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO NO BRASIL”, 7., 2006, Campinas. Anais [...].
Campinas: HISTEDBR, Unicamp, 2006. p. 2-20.
Conforme o que é retratado no texto, assinale a alternativa que traz a corrente de
pensamento que trata das questões sobre as condições de trabalho do proletariado no
período da Segunda Revolução Industrial.
a. Anarquismo.
b. Socialismo Científico.
c. Liberalismo.
d. Comunismo.
e. Democracia.
Verificar 
2.2 O novo cenário
mundial
Logo após o período da Segunda e da Terceira Revolução Industrial, o mundo presenciou uma
forte globalização, em que as economias passaram a transacionar mercadorias, serviços,
tecnologia e capital. E o que destaca a globalização como um processo importante desse novo
cenário mundial? Veja a resposta, segundo Almeida (2001). 
Nessa nova tendência mundial, um conjunto das grandes potências econômicas mundiais
surgiu, conhecido, atualmente, como bloco do G7, como também surgiram processos
financeiros semelhantes à junção de cartéis no final do século XIX e a pujança de empresas
multinacionais no século XXI (ALMEIDA, 2001).
A globalização foi marcada por uma linha do tempo de saltos
tecnológicos, mudança de moedas, crises financeiras e uma nova
corrente de liberalização econômica.
Globalização 
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O século XX foi marcado pela fase crescente do sistema produtivo e de novas formas de
transmitirinformação à sociedade, em que a terra, o capital e o trabalho são mediados por uma
nova economia inteligente. Além disso, o valor de algumas matérias-primas de bens duráveis foi
desvalorizado, o valor da inteligência humana inserido no produto final subiu, seja para design,
concepção, propriedade, materiais compostos, patentes, marketing, publicidade ou know-how.
Vale lembrar que a ascendência da globalização se iniciou no período do pós-Segunda Guerra
Mundial, com a rápida expansão do comércio internacional entre as economias, característica
do comércio que estava em ascensão, e de investimentos externos, para que ocorresse o
aumento da oferta de bens e serviços em níveis mundiais.
#PraCegoVer: imagem traz metade de um globo terrestre. Ícones de pessoas e de localização
estão espalhados, ligados uns aos outros por linhas pontilhadas.
As indústrias, muitas vezes, são vistas como vilãs por conta de suas
atividades e o efeito no meio ambiente. Por isso, existem normas e
leis para cada tipo de atividade industrial. Algumas empresas também
possuem projetos de controle de resíduos e realizam atividades
voltadas à preservação do meio ambiente. Como exemplo, podemos
citar, no Brasil, a lei nº 6.938/1981, sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, que traz diretrizes com o objetivo de orientar a ação da
União, estados, distrito federal e municípios quanto às atividades
empresariais, públicas ou privadas, que devem exercer a busca por
“qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico“ (BRASIL,
1981). 
Você sabia?
Figura 4 - O novo cenário mundial é marcado pela globalização, a conexão rápida entre as diversas partes do mundo
Fonte: nopporn, Shutterstock, 2021.
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A ideia de produzir mais bens e serviços foi tão grande que muitas instituições reconhecidas
mundialmente apoiaram os países membros da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE). Por outro lado, também foi acentuada a integração de
países periféricos ao grupo de novos países industrializados, com a ideia de expandir esses
países a partir do trabalho e de corporações multinacionais. O complemento político para a
universalização do novo paradigma foi proporcionado pela desregulação, privatização e
desestatização, liberando os mercados não só para uma concorrência desenfreada das
corporações transnacionais, mas eliminando inúmeras pequenas e médias empresas. Entre as
características mais marcantes dessa nova configuração político-econômica internacional,
merece destaque a integração acelerada dos mercados financeiros nacionais e internacionais.
Assim, passaram a ser considerados no novo cenário econômico os países emergentes,
conhecidos como países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, que apresentam índices
econômicos prósperos e características sociais que diferenciam dos demais países
subdesenvolvidos, porém sem prosperidade de crescimento (o que caracteriza os periféricos).
Teste seus conhecimentos
(Atividade não pontuada)
“A globalização em curso na economia mundial vem provocando um conjunto de fenômenos
novos em toda a vida social da humanidade – na economia, na política, nas relações capital-
trabalho, na cultura e nas tradições dos povos. Portanto, trata-se de um processo que coloca
para todos os marxistas uma série de questões novas, bem como o desafio de procurar
compreender os dados dessa realidade de uma forma aberta, não dogmática, visando extrair
desse fenômeno as consequências analíticas e teóricas desta fase do capitalismo
contemporâneo.
A globalização representa hoje uma fase nova do capitalismo, período em que este modo de
produção atingiu plenamente seu amadurecimento e se transformou num sistema mundial
completo. Até o período anterior à globalização, o capitalismo era completo apenas em
relação a duas variáveis da órbita da circulação – o comércio mundial e a exportação de
capitais" (COSTA, 2007, p. 1). 
COSTA, E. A globalização e os clássicos do imperialismo. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL
MARX ENGELS, 5., 2007, Campinas. Anais [...]. Campinas: Cemarx, Unicamp, 2007.
Disponível em:
https://www.unicamp.br/cemarx/anais_v_coloquio_arquivos/arquivos/comunicacoes/gt
São ligados por redes de comunicação via satélite e apoiados por
poderosos sistemas informatizados, que permitem a perfeita mobilidade
do capital em suas operações, em um espaço-mercado global e a
formação de consórcios e de joint-ventures entre as corporações
transnacionais, de bases territoriais-nacionais diferentes.
Mercados
financeiros
nacionais e
internacionai
s
https://www.unicamp.br/cemarx/anais_v_coloquio_arquivos/arquivos/comunicacoes/gt1/sessao5/Edmilson_Costa.pdf
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1/sessao5/Edmilson_Costa.pdf
(https://www.unicamp.br/cemarx/anais_v_coloquio_arquivos/arquivos/comunicacoes/g
t1/sessao5/Edmilson_Costa.pdf). Acesso em: 28 jan. 2021.
A globalização foi essencial para o capitalismo. Entretanto, há países que estão em
desenvolvimento, porém não apresentam índices de crescimento com pujança econômica.
Assinale a alternativa que apresenta a denominação desses países.
a. Periféricos.
b. Desenvolvidos.
c. Capitalistas.
d. Socialistas.
e. Emergentes.
Verificar 
2.3 A indústria como componente da política
governamental
Agora, vamos estudar como o processo de industrialização induzido pelas revoluções
industriais chegou à economia brasileira. Para isso, vamos apresentar a indústria pela visão
governamental, ou seja, como as políticas governamentais lidam com a indústria. Segundo
Suzigan e Furtado (2010), as políticas governamentais de implementação à indústria e
tecnologia no Brasil são ineficazes. Isso se dá devido ao grande número de órgãos
governamentais com incerta capacidade de mover recursos, administrar instrumentos dispersos
e análise dos quadros técnicos com formação adequada. Outro fator exposto pelos autores é
que as instituições muitas vezes estão presas em práticas antigas. Além disso, muitas dessas
empresas foram construídas no período pós-guerra, quando a indústria buscava internalizar
setores por proteção e subsídios de produção. Na contemporaneidade, a indústria passou por
uma metamorfose, com algumas características. Veja quais são.
Focos de inovações.
https://www.unicamp.br/cemarx/anais_v_coloquio_arquivos/arquivos/comunicacoes/gt1/sessao5/Edmilson_Costa.pdf
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Isso mostra que as políticas macroeconômicas governamentais voltadas para a industrialização
evoluíram para o novo cenário econômico mundial, porém com pouca renovação na parte
tecnológica.
Demografia em Empresas é um estudo que fornece valores,
taxas de entrada, saída e a sobrevivência de mercado de acordo
com o tamanho que a empresa apresenta na economia, assim
como informações gerais (sexo, escolaridade e outros) dos
funcionários e colaboradores. Segundo o IBGE (2021), esse
estudo é um padrão demográfico de empresas formais
brasileiras e de como elas sobrevivem no mercado. O estudo
teve início em 2005, obtendo dados do Cadastro Central de
Empresas (Cempre) do IBGE e da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (Cnae 1.0). A metodologia mudou em
2008, e passou a importar novos critérios para a seleção de
empresas ativas no Cempre, utilizando a Cnae 2.0, além de uma
série de indicadores de metodologias internacionais. Porém, os
resultados foram divulgados apenas até o ano de 2015, pois, a
partir de 2016, houve forte similaridade com outras bases de
Intensivos de conhecimentos.
Rápidas decisões.
Competição mundial.
Pronta implementação.
Caso
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dados utilizadas para o empreendedorismo e a estatística, além
da necessidade de otimização de recursos da instituição para o
desenvolvimento de análises, optando por permanecer os
estudos da Demografia das Empresas e estatísticas de
empreendedorismo (IBGE, 2021).
Políticas e dificuldades técnicas são obstáculos para as reformas nas instituições, mas é
necessário que as políticas governamentais tenham uma visão moderna e adotem um sistema
institucional, com um olhar específico para a industrialização, para os instrumentos e recursos
adequados, além de treinamento e qualificação para cada função de produção.
A industrialização transformou aos poucos o
processo de produção para que o capitalismo
chegasse ao cenário mundial atual. Mas o que dizer
desse processo entre estados e/ou entre os
municípios?
Acesse o site do IBGE, clique no menu Cidades e
Estados, e pesquise uma unidade de federação ou
município. Depois, faça um resumo sobre as
informações que o IBGE apresentou sobre sua
escolha.
Vamos Praticar!
Finalizamos mais uma unidade e aqui você pôde
compreender as causas e as consequências que levaram a
Segunda e a Terceira Revolução Industrial, marcos históricos
que geraram diversos impactos para a produção mundial.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
Conclusão
discutir os aspectos econômicos que levaram à Segunda e
à Terceira Revolução Industrial;
analisar as diferenças políticas, econômicas e industriais
entre os países desenvolvidos, emergentes e
subdesenvolvidos;
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avaliar as consequências da Segunda e da Terceira
Revolução Industrial;
compreender a política governamental brasileira em
relação à indústria.
ALMEIDA, P. R. de. A economia internacional no século XX:
um ensaio de síntese. Rev. Bras. Polít. Int., Brasília, v. 44, n.
1, p. 112-136, 2001. Disponível em:
(https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n1/a08v44n1.pdf)https://
www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n1/a08v44n1.pdf
(https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n1/a08v44n1.pdf). Acesso em: 28 jan. 2021.
A TERCEIRA Revolução Industrial: uma nova e radical economia de partilha. Direção:
Eddy Moretti. Produção: Shane Smith; Spike Jonze; Jeremy Rifkin. Nova York: Vice
Media Group, 2018. (104 min). Disponível em: (https://video.vice.com/pt/video/vice-
the-third-industrial-revolution-a-new-story-for-the-human-
family/5a79c759f1cdb34df33d5811)https://video.vice.com/pt/video/vice-the-third-
industrial-revolution-a-new-story-for-the-human-
family/5a79c759f1cdb34df33d5811 (https://video.vice.com/pt/video/vice-the-third-
industrial-revolution-a-new-story-for-the-human-
family/5a79c759f1cdb34df33d5811). Acesso em: 28 jan. 2021.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1981. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm). Acesso em: 4 fev. 2021.
CATANI, A. M. O que é imperialismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981. (Coleção
Primeiros Passos). 
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