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A Importância da Contação de Histórias na Educação Infantil

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 GABRIELA JESUS TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LITERATURA INFANTIL 
CONTAÇÃO DE HISTORIA EM MODO LÚDICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 GOIANIRA-GO 
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
GABRIELA JESUS TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍTULO: LITERATURA INFANTIL 
CONTAÇÃO DE HISTORIA EM MODO LÚDICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOINAIRA - GO 
2022
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
PEDAGOGIA 
Universidade Paulista – Polo de GOIANIRA - GO 
Orientação: nome do orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a). 
 
Jesus Teixeira, Gabriela. 
....Literatura Infantil : Contação de historia em modo Lúdico / 
Gabriela Jesus Teixeira. - 2022. 
....31 f. 
 
....Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao 
curso de Pedagogia da Universidade Paulista, Goianira, 2022. 
 
....Orientadora: Prof.ª Celina . Nascimento. 
 
....1. Literatura Infantil. 2. Lúdico. 3. Historia. I. . Nascimento, Celina 
(orientadora). II. Título. 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
Em primeiro lugar, а Deus, qυе fez com que meus objetivos 
fossem alcançados, durante todos os meus anos de 
estudos. 
Aos meus pais, que me incentivaram nos momentos 
difíceis e compreenderam a minha ausência enquanto eu 
me dedicava à realização deste trabalho. 
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me 
permitiram apresentar um melhor desempenho no meu 
processo de formação profissional ao longo do curso. 
À instituição de ensino UNIP, essencial no meu processo 
de formação profissional, pela dedicação, e por tudo o que 
aprendi ao longo dos anos do curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A Literatura Infantil é uma prática interdisciplinar que está relacionada com outros modos de expressão 
(o movimento, a imagem, a música) que formam a bagagem comunicativa da criança desde os seus 
primeiros anos. Este trabalho traz como tema “A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL” e tem como objetivo compreender a importância da contação de histórias na Educação 
Infantil como incentivo a leitura, auxílio na aprendizagem e no desenvolvimento integral da criança. É 
importante para a formação de qualquer criança ouvir histórias, pois suscita o imaginário infantil, 
estimula o intelecto e a formulação de hipóteses desenvolvendo assim, o potencial e as habilidades da 
criança. A contação de histórias infantis, utiliza de literatura como um recurso metodológico e também 
em atividades lúdicas, pois as crianças adoram estes momentos de interação com livros. Trabalhar 
com história, traz atenção e a curiosidade das crianças para o que esta sendo contado, e 
consequentemente se interessem nas atividades seguintes, demonstrando prazer em executá-las, 
além de aguçar o seu imaginário e desenvolver a sua oralidade deixando as aulas sempre mais 
instigantes. A partir de leituras realizada , construí a pergunta central deste trabalho interrogando, 
“COMO A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS CONTRIBUI PARA A CRIANÇA?”, pois acredito que a criança 
necessita ouvir histórias infantis para desenvolver sua personalidade em todas as etapas do seu 
desenvolvimento. Para fundamentar o tema escolhido busquei referencias em Abramovich, Áries, 
Lajolo, entre outros. Este estudo se caracteriza por uma pesquisa qualitativa, de embasamento teorico 
bibliográfico tendo como foco a contração de histórias na Educação Infantil. Os dados obtidos através 
de leituras de livros e artigos diversos. Com base nos estudos, nas questões levantadas, constata-se 
que a conotação de história vai muito além de ouvir histórias. É viajar pelo mundo dos livros e da 
imaginação, encantando e despertando no aluno a curiosidade e o desejo por novas descobertas e 
aprendizagens. 
 
 
Palavras-chave: Educação Infantil, Historia, Livros, Lúdico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Children's Literature is an interdisciplinary practice that is related to other modes of expression (movement, 
image, music) that form the communicative baggage of children from their earliest years. This work has 
as its theme "STORY TELLING IN CHILDHOOD EDUCATION" and aims to understand the importance 
of storytelling in Early Childhood Education as an incentive to reading, aid in learning and in the integral 
development of the child. It is important for the formation of any child to hear stories, as it raises the child's 
imagination, stimulates the intellect and the formulation of hypotheses, thus developing the child's potential 
and skills. Children's storytelling uses literature as a methodological resource and also in recreational 
activities, as children love these moments of interaction with books. Working with history, brings children's 
attention and curiosity to what is being told, and consequently they are interested in the following activities, 
showing pleasure in executing them, in addition to sharpening their imagination and developing their 
orality, making the classes always more exciting. . From readings carried out and , I built the central 
question of this work asking, "HOW STORY TELLING CONTRIBUTES TO CHILDREN?", because I 
believe that children need to hear children's stories to develop their personality at all stages of their 
development. To support the chosen theme, I looked for references in Abramovich, Aries, Lajolo, among 
others. This study is characterized by a qualitative research with a case study, as it investigates the 
experience lived in the internship, focusing on storytelling in Early Childhood Education. The data obtained 
through readings of books and various articles. Based on the studies, on the issues raised, it appears that 
storytelling goes far beyond listening to stories. It is traveling through the world of books and imagination, 
enchanting and awakening in the student the curiosity and desire for new discoveries and learning. 
 
 
Keywords: Early Childhood Education, History, Books, Playful 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 6 
CAPÍTULO I – Referencial Curricular Nacional e a Leitura infantil .......................... 9 
 1.1 A HORIGEM DA LITERATURA INFANTIL..............................................11 
1.2 A CHEGADA DA LITERATURA NO BRASIL..........................................12 
1.3 A contação de histórias como meio pedagógico na educação infantil .............14 
 
CAPÍTULO II – MÉTODO ................................................................................................... 34 
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO ....................................................................... 36 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 38 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 40 
 
6 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A literatura está diretamente ligada à formação do ser humano e ao seu 
desenvolvimento intelectual, resultando em cidadãos mais conscientes e críticos. Em 
abordagem ao tema Literatura infantil destaca - se como o modo lúdico influencia na 
aprendizagem das crianças em fase inicial de desenvolvimento cognitivo. 
Considerando a importância da literatura, ressalta-se que sua essência é instrumento 
motivador e desafiador, sendo capaz de transformar um indivíduo em sujeito ativo, 
reflexivo eque sabe compreender o contexto em que se vive e modificá-lo quando 
necessário, desempenhando um aspecto social. 
Segundo Rego "Na literatura as palavras funcionam como matéria-prima da 
criação artística nos seus mais diferentes gêneros (1995, p.10)" nesse sentido, 
compreende se que a literatura amplia o conhecimento de mundo das crianças e que 
nessa fase pode se trabalhar com o lúdico assim despertando interesse e curiosidade. 
Por conseguinte, nos explica Caldin (2003) nos últimos anos do século XX, a 
ideia acerca da necessidade e relevância da literatura infantil na formação de 
pequenos leitores se consolidou, passando a fazer parte das discussões concernentes 
às políticas públicas de educação e cultura. Nos dias atuais pode se notar a falta de 
incentivo à literatura e a distância entre os livros e as crianças. 
Sabendo dessa situação e refletindo sobre possibilidades de ampliação do 
conhecimento, buscamos como objetivo geral elevar a qualidade e o incentivo à leitura 
para as crianças, com isso deve se reconhecer a importância da contação de histórias 
para crianças para que haja interação entre eles e o livro. Para objetivos específicos 
deve - se promover contação de histórias por meio de fantoches, personagens, 
musicalização, apresentar e interagir com eles deixando-os usufruir dos livros nos 
sentidos de tocar, manusear e se envolver, apresentar aspectos teóricos sobre a 
história infantil na educação infantil, ressaltar o papel do professor na formação de 
futuros leitores, apresentar aspectos concretos sobre a importância das histórias 
infantis no desenvolvimento integral da criança. Desenvolve a capacidade de atenção 
e curiosidade e até repetir frases ditas na história. 
Abramovich cita que: 
 
7 
 
É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções 
importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem estar, o medo, 
a alegria, o pavor a insegurança, a tranquilidade e tantas outras mais, 
e viver profundamente tudo que as narrativas provocam em quem a 
ouve, com toda a sua amplitude, significância e verdade que cada uma 
dela faz (ou não) brotar. Pois ouvir, sentir e enxergar com os olhos do 
imaginário (2006, p.17) 
 
Desta forma, queremos compreender a atual situação das escolas, no que diz 
respeito ao desenvolvimento de ações que possam difundir o prazer pela Literatura 
infantil contando com a contribuição das ideias de autores como Regina Zilberman 
(1985), Nelly Novaes Coelho (2000), Fanny Abramovich (1995), entre outros, que 
defendem o despertar o gosto pela leitura desde muito pequenos através do seu uso 
pedagógico e artístico. 
Por conseguinte, acredita - se que é muito importante para a formação de 
qualquer criança ouvir muitas histórias, pois possibilita desenvolver o imaginário 
infantil, responder perguntas, encontrar e criar novas ideias, estimular o intelecto, 
descobrir o mundo, sentir emoções desenvolvendo assim, todo o potencial da criança, 
levando a pensar, questionar, duvidar. 
Com relação aos questionamentos dos autores e ao tema abordado levanta se 
a questão "COMO A CONTAÇÃO DE HISTÓRIA EM MODO LÚDICO CONTRIBUI 
PARA A CRIANÇA?" a criança por sua grande capacidade de afetividade e por sua 
facilidade de converter o fantástico em real, necessita ouvir histórias infantis, 
implicando em toda a sua personalidade o afetivo, o cognitivo que estão plenamente 
unidos em todas as etapas do desenvolvimento. 
 Ademais, há muitos impasses e discussões acerca deste tema, pois a 
Educação infantil foi por muito tempo negligenciada e tratada com indiferença, onde 
não se trabalhava com o desenvolvimento da criança, somente sendo cuidadas e 
alimentadas para que os pais pudessem trabalhar. 
Para fundamentar o tema em questão busquei referências de autores das 
literaturas tais como Fanny Abramovich, Regina Zilberman, Nelly Coelho, Lucia Rego, 
Clarice Caldin entre outros, tais que influenciam e trazem contextos relevantes sobre 
a contação de história, alguns livros também utilizados para pesquisa foram O Lúdico 
na prática pedagógica, pedagogia do movimento, universo lúdico no contexto 
pedagógico entre outros. 
8 
 
Esta monografia traz se caracterizada por ser uma pesquisa bibliográfica de 
modo qualitativo, que estuda pensamentos de vários autores e artigos. Tendo como 
foco a literatura infantil e a contação de histórias em modo lúdico. Segundo Andrade 
(2017), é uma espécie de trabalho que objetiva discussões acerca de um tema, isto é, 
elaborar um ajuntamento de conhecimentos reunidos de obras de toda natureza, no 
almejo de conduzir o futuro leitor a compreender determinado assunto de maneira 
mais ampliada. 
Para melhor entendimento do texto delineou -se alguns títulos que consistem 
em capítulos assim apresentados. 
No primeiro capítulo apresentamos o Referencial Curricular Nacional para a 
Educação Infantil, a origem da literatura infantil, a chegada da literatura no Brasil e a 
contação de história como meio pedagógico na educação infantil. Assim podendo 
descrever como é a literatura pela visão da BNCC, como ela surgiu e chegou até o 
Brasil e como hoje usamos ela como meio de ensinar. 
 No capítulo dois pode se ver foco que o trabalho levou e a quem a pesquisa 
foi direcionada, onde citamos os alunos, opiniões e comentários de autores referente 
a pesquisa utilizada e como ela já se desenvolveu. 
No capítulo três há uma leitura sobre um contexto geral do trabalho com texto 
e citações de autores sobre o tema em geral para as análises, teorizando os 
resultados que obtivemos após as leituras obtidas. 
Essa pesquisa tem por finalidade investigar as contribuições da literatura 
infantil e como a contação de história em modo lúdico. influenciam no processo de 
aquisição da leitura nos anos inicias. 
 
 
 
 
 
9 
 
 
CAPÍTULO I – Referencial Curricular Nacional e a Leitura infantil 
 
 
 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil tem como objetivo 
auxiliar na realização do trabalho educativo diário junto às crianças, nos CMEI’s, 
creches, pré-escolas e entidades equivalentes. Segundo este documento “A educação 
infantil é considerada a primeira etapa da educação básica [...] tendo como finalidade 
o desenvolvimento integral da criança”. (BRASIL, 1998a, p. 11). 
 Tal documento foi concebido, portanto, de maneira a servir como meio de 
orientação sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais 
que atuam com crianças pequenas. O Referencial é constituído por eixos de trabalho: 
Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade 
e Matemática. A Literatura Infantil está inserida dentro do eixo linguagem oral e escrita. 
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI, 
esses eixos são guias para a construção de diferentes linguagens pelas crianças e 
para as ligações com os objetos de conhecimento: 
Referente à Literatura Infantil, destacamos de forma especial o eixo: 
 
linguagem oral e escrita, que é considerado de suma 
importância para as crianças desenvolverem maior participação nas 
diferentes práticas sociais: A Linguagem oral está presente no 
cotidiano e na prática das Instituições de Educação Infantil à 
medida que todos que dela participam crianças e adultos, falam se 
comunicam entre si, expressando sentimentos e ideias. As diversas 
instituições concebem a linguagem e a maneira com as crianças 
aprendem de modos bastante diferentes. (BRASIL, 1998b, p. 119). 
 
No ambiente escolar cabe ao professor dar a devida importância para esse ato, 
realizando com antecedência uma seleção da história que irá contar, trabalhando com 
dedicação tanto a riqueza do texto quanto o encanto das ilustrações, instigando na 
criança a curiosidade pelo livro. O professor também deverá organizar um ambiente 
agradável para a leitura, nesse ambiente a criança deverá manipular e “ler” os livros 
em momentos dirigidose espontâneos. Assim, este ato deve ser estimulado e 
incentivado, constantemente. 
10 
 
 
Deixar as crianças levarem um livro para casa, para ser lido 
junto com seus familiares, é um fato que deve ser considerado. As 
crianças, desde muito pequenas, podem construir uma relação 
prazerosa com a leitura. Compartilhar essas descobertas com seus 
familiares é um fator positivo nas aprendizagens das crianças, dando 
sentido mais amplo para a leitura. (BRASIL, 1998b, p. 135). 
 
 Com os diversos pontos positivos, é necessário ressaltar que a leitura provoca 
de diversas formas em especial o conhecimento do mundo principalmente para as 
crianças. 
 A leitura de histórias é um momento em que a criança pode 
conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, 
costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros 
tempos e lugares que não o seu. A partir daí ela pode estabelecer 
relações com a sua forma de pensar e o modo de ser do grupo social 
ao qual pertence. As instituições de educação infantil podem resgatar 
o repertório de histórias que as crianças ouvem em casa e nos 
ambientes que frequentam, uma vez que essas histórias se constituem 
em rica fonte de informação sobre as diversas formas cultuais de lidar 
comas emoções e com as questões éticas, contribuindo na construção 
da subjetividade e da sensibilidade da criança. (BRASIL, 1998b, p. 
143). 
 
A leitura e a contação de histórias são de grande importância na educação 
infantil, pois abordam além das questões já apontadas, pontos essenciais como a 
imaginação, a magia, as emoções, o faz de conta e o prazer pela leitura. 
 
Ter acesso à boa leitura é dispor de uma informação cultural 
que alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. A intenção 
de fazer com que as crianças, desde cedo, apreciem o momento de 
sentar para ouvir histórias exige que o professor, como leitor, 
preocupa-se em lê-la com interesse, criando um ambiente agradável 
e convidativo à escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, 
permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história 
é lida. (BRASIL, 1998b, p. 143). 
 
11 
 
O RCNEI, por sua vez, ajuda a enriquecer essa questão (literatura Infantil), 
fornecendo ideias que possam contribuir para todos aqueles que estejam envolvidos 
na educação infantil. 
 
1.1 A Origem da literatura infantil 
 
 
Segundo Áries (1981, p. 17), a arte mostra que na idade média, se desconhecia 
a infância e a criança era vista como um adulto em miniatura 10 acompanhando a vida 
social dos adultos, sendo diferenciada muitas vezes apenas pelo seu tamanho e não 
pela sua idade. “Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância 
ou não tentava representá-la. É difícil crer que essa ausência se devesse à 
incompetência ou a falta de habilidade.” Sem diferenciações de idade não havia, 
portanto, quase nunca livros voltados especialmente para as crianças. Sobre a 
datação do surgimento da infância Batista e Moreno (2005, p. 8), apontam a seguinte 
afirmativa: 
 
Nos séculos XVII e XVIII, movimentos culturais e religiosos, como o 
Iluminismo e Protestantismo, deram lugar ao descobrimento da 
infância, considerando-a como etapa diferente da idade adulta e 
tratada diferencialmente. À medida em que concepções fatalistas e 
predeterminastes da vida foram desaparecendo as pessoas sentiam-
se mais protagonistas da própria existência e passaram a atribuir um 
papel importante a educação das crianças. 
 
 Com o surgimento do sentimento de infância, a Literatura popular, começa a 
dar lugar a uma leitura apropriada também para as crianças, como “[...] as Fábulas e 
La Fontaine, editadas entre 1668 e 1694 [...] os Contos da Mamãe Gansa que Charles 
Perrault publicou em 1697 [...]” (LAJOLO; ZILBERMAN, 2003, p. 15), porém mesmo 
podendo ser caracterizada como leitura para os pequenos essas obras foram escritas 
em um período em que inexistia o gênero “literatura infantil”. Sobre a transformação 
da literatura popular em uma literatura para a infância, Cademartori (1987, p. 33) faz 
a seguinte afirmativa “No século XVII, o francês Charles Perrault (Cinderela, 
Chapeuzinho Vermelho) coleta contos e lendas da idade Média e adaptados, 
constituindo os chamados contos de fadas.” Através de suas adaptações de contos 
12 
 
folclóricos e lendas, destinados até então aos adultos, Perrault responsável pelo 
primeiro surto da Literatura infantil, Lajolo e Zilberman (2003), constitui um novo 
gênero literário, com direcionamento também as crianças. Convertendo uma produção 
popular e de circulação oral em leitura infantil, com adaptação pedagógica, e relatos 
moralizantes: 
 
 O trabalho de Perrault é o de um adaptador. Parte de um tema 
popular trabalha sobre ele e acresce-o de detalhes que respondem ao 
gosto da classe à qual pretende endereçar seus contos: a burguesia. 
Além dos propósitos moralizantes, que não tem a ver com a camada 
popular que gerou seus contos, mas com os interesses pedagógicos 
burgueses. (CADEMARTORI, 1987, p. 36). 
 
 A Literatura infantil, portanto, começa a apresentar-se, segundo Cunha (1990), 
a partir do momento em que os ideais burgueses atingiram seu auge no século XVIII, 
ideais de uma classe social que se consolidou causando mudanças na sociedade, 
como o modelo familiar burguês e a reorganização da escola. 
 
 
 
1.1 A CHEGADA DA LITERATURA NO BRASIL 
 
No Brasil, a história da literatura infantil é bem mais recente; data apenas do 
século XIX, em que encontramos alguns especialistas escrevendo esta literatura 
popular (FARIA, 2004) ou uma literatura totalmente engajada com um direcionamento 
pedagógico e escolar, sem características ou preocupações estéticas. 
 Somente, nos anos 20, do século XX, que aparecerá um escritor e, 
principalmente, uma obra literária genuinamente compromissada com a infância e 
suas especificidades, isto é, a literatura infantil brasileira passa a surgir em um cenário 
importante quando Monteiro Lobato publica “A menina do Narizinho Arrebitado”, em 
1921, e, com isso, nos presenteia com o sítio do Pica-Pau Amarelo, uma 
caracterização do que é escrever para crianças. 
Como dissemos anteriormente, no Brasil, quem abre as portas para essa nova 
literatura(moderna) é Monteiro Lobato, que segundo Siqueira: 
 
13 
 
[...] é um visionário que acreditou no livro como meio eficaz de 
modificar a percepção do leitor iniciante. Ele possibilitou à criança as 
possibilidades para imaginar, criar e recriar, sem o medo da opressão. 
Em suas obras este autor sempre deixa um espaço para a interlocução 
com seu destinatário, estimulando a formação da consciência crítica. 
(2008, p. 66 e 67). 
 
 Monteiro Lobato destaca-se com a publicação, em 1921, de sua grande obra 
“A menina do narizinho arrebitado”, que se tornou um sucesso nacional para as 
crianças e, sem dúvida, o crescimento das vendas deste livro ocorreu devido à 24 
maneira como o autor fazia referência à realidade comum e familiar da criança, através 
das narrativas do livro, onde ele misturava o imaginário com o cotidiano real. 
Lobato acreditava que os pequenos leitores eram capazes de adquirir o senso 
crítico através de palavras simples, que eram facilmente compreendidas pela criança. 
Por isso, usando uma linguagem criativa e instigante, para que o pequeno leitor 
compreendesse melhor, o autor rompe com o padrão tradicional culto e introduz a 
oralidade na fala dos personagens e do narrador, o que permitiu que o leitor se 
emocionasse durante a leitura de suas histórias e se sentisse motivado a ler outras 
histórias (SANTOS, 2009). 
Sendo assim, aos poucos, os livros deixam de ter apenas um caráter moralista 
(narrativas tradicionais) e passam a ter um caráter emancipatório (narrativas 
modernas) que possibilita o leitor ampliar seus conhecimentos através da imaginação, 
criação e reconstrução do conhecimento. 
 As narrativas literárias,por sua vez, têm como função facilitar a compreensão 
do meio que o cerca e assim emancipar-se dos dogmas que a sociedade lhe impõe e 
isto é possível através da reflexão proporcionada por leituras; literatura, portanto, 
torna-se, uma experiencia para o mundo. Acredita se nesse momento que a literatura 
infantil assume o papel de desenvolver nas crianças o senso crítico e analítico, 
tornando-a mais consciente, competente, com sensibilidade e imaginação. 
A partir dessa circunstancia a literatura tem dimensão social, provoca e 
enriquece o conhecimento do leitor, contribuindo de forma ímpar na formação da 
criança. 
 
 
 
14 
 
 
 
1.3 A contação de histórias como meio pedagógico na educação infantil 
 
 
Frantz (2001), acredita que: “A literatura infantil é 
também ludismo, é fantasia, é questionamento, e dessa forma 
consegue ajudar a encontrar respostas para as inúmeras 
indagações do mundo infantil, enriquecendo no leitor a 
capacidade de percepção das coisas” (FRANTZ, 2001, p. 16) 
 
Por conseguinte, pode-se dizer que os adultos são mediadores no processo de 
crescimento das crianças e fornecem equipamentos para se adaptar ao 
conhecimento. Portanto, os adultos, como portadores da responsabilidade de cuidar 
e treinar crianças como adultos, devem-se influenciar com contação de histórias e 
mostrar como o mundo literário pode ser inspirado. 
 
Ouvir história é recuperar a herança empírica do homem, seus 
medos, descobertas e desejos. As crianças sabem muito bem 
o que é essa herança empírica no turbilhão de sentimentos 
que vivenciam, é onde entra a figura do professor/contador de 
histórias como mediador deste processo de aprendizagem de 
lidar com as emoções (SOUZA; BERNARDINO, 2011, p. 242). 
 
 Para tanto, as crianças precisam ser agregadas ao mundo da leitura, 
especialmente pelos pais leitores, que estimulam a envoltura, interesse e condições 
auspiciosas para a aprendizagem. Ademais, a bagagem cultural e social, que os pais 
fornecem no momento inicial, são de muita importância. 
Abramovich (1988) explica que os pais possuem um ofício solene de fornecer 
a aproximação com a leitura de maneira significativa e profícua, possibilitando o 
ingresso no qual o docente desenvolverá com a leitura. Sendo assim, quando os pais 
auxiliam e orientam os filhos desde o começo de sua vida, seja em qual for a atividade, 
proporcionam que ela obtenha uma atenção social mediada, pois a aprendizagem 
obtém significado e colabora para a afável desempenho da criança na sua vida 
escolar. 
 Além do âmbito familiar, a escola também tem grande responsabilidade de 
inserir o ensino de literatura infantil, pois como discorrido por inúmeros autores, como 
15 
 
Barros (2013), a este ambiente compete a tarefa de formar alunos leitores. É essencial 
que o aprendiz para além de decodificar letras, saiba compreender e reproduzir de 
maneira crítica o que foi lido. Isso é de extrema importância, pois praticamente todas 
as informações que irão adquirir no decorrer da visão serão por meio da leitura. Como 
ensina Cagliari (2009), a leitura necessita ser compreendida para além de uma 
atividade de decodificação, mas como uma atividade complexa que envolve questões 
relacionadas a contextos culturais, ideológicos e filosóficos. 
Esclarecendo melhor, Barros (2013) ensina que 
 
 Quando se fala de literatura, fala-se de uma relação bastante 
estreita entre leitor e leitura. O leitor, no momento da leitura, 
ativa sua memória, relaciona fatos e experiências e entra em 
conflito com seus valores. Nesse aspecto a Literatura Infantil 
torna-se uma grande aliada da escola em suas várias 
possibilidades: divertindo, estimulando a imaginação, 
desenvolvendo o raciocínio e compreendendo o mundo 
(BARROS, 2013, p. 21). 
 
A Literatura, sobretudo a infantil, é um meio de mostra os sentimentos e 
palavras, que direcionam o aprendiz para o desenvolvimento intelectual, de sua 
personalidade, atendendo suas necessidades e elevando sua competência crítica. 
Por mais, acrescenta Barros: 
 
 A importância da Literatura Infantil se dá no momento em que 
a criança toma contato oralmente com ela, e não somente 
quando se tornam leitores. Dessa forma, ouvir 
histórias tem uma importância que vai além do prazer. É 
através dela que a criança pode conhecer coisas novas, para 
que seja iniciada a construção da linguagem, da oralidade, de 
ideias, valores e sentimentos, os quais ajudarão na sua 
formação pessoal (BARROS, 2013, p. 22) 
 
Ao ter contato com as histórias despertam a curiosidade da criança a si própria 
querer ler um livro, diversificando as leituras, com o propósito de deslumbra-las e 
despertar-lhes o prazer, favorece o hábito de leitura, permitindo que o aprendiz gere 
e reconte estória que ouvem. 
16 
 
Com isso, Abramovichi (2003) diz que: 
 
 É através duma história que se podem descobrir outros 
lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra 
ética, outra ótica... È ficar sabendo História, Geografia, 
Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar 12 saber o nome 
disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... 
Porque se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e 
passa a ser didática, que é outro departamento (não tão 
preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo) 
(ABRAMOVICH, 2003, p.17). 
 
Complementando, Porto e Porto (2012) explicam que as contações de histórias 
despertam o interesse dos aprendizes pela leitura à maneira que possibilita a 
curiosidade das crianças acerca dos personagens e enredo, incitando a imaginação 
por meio da edificação de imagens, uma vez que a criação de como são os 
personagens são trabalhados, por exemplo, tratando-se de uma tarefa que envolve 
tanto o ouvir quanto o ler um livro. Além do mais, as histórias possibilitam o 
entendimento de situações variadas e conflitos, além do reconhecimento das histórias 
ao ambiente de quem as escuta, assiste ou lê. Melhor complementando, 
 
 A partir de histórias simples, a criança começa a 
reconhecer e interpretar sua experiência da vida real. 
Pode, a partir de uma experiência relatada na história, 
identificar-se com a situação narrada, compreender 
melhor o universo em que se situa, refletir sobre a 
história ficcional que pode se aproximar da realidade 
vivida. Nessa interpretação das histórias contadas, é 
importante o papel desempenhado pelo contador para 
que haja de fato estimulação à leitura e prazer ao se 
ter contato com a narrativa (PORTO; PORTO, 2012, 
p. 119). 
 
 Apresentar a literatura de maneira prazerosa não quer dizer que não deva ser 
levada a sério, pois como método fundamental para formar novos leitores, além de 
divertir, deve educar para a formação crítica, fluente e pensante, seja através de 
contos de fadas, gibis, mitos, fabulas e/ou lendas. Daí a precisão do docente preparar 
17 
 
e aperfeiçoar suas aulas, embalando o aluno em atividades lúdicas e prazerosas, 
fazendo-o um adulto/leitor idôneo, que não considere a leitura como obrigação. Assim 
nos diz Barros: 
 
Fica evidente que a escola se torna fator fundamental 
na aquisição do hábito de leitura e formação do leitor, 
pois ela é o espaço destinado ao aprendizado da 
leitura. Deste modo, as atividades literárias 
diferenciadas no contexto educacional são muito 
importantes para o bom desempenho da criança 
(BARROS, 2013, p. 22). 
 
Formar leitores é papel complexo que desafia os educadores em geral, 
principalmente nesta era da comunicação de massa, ocasionada pela televisão e 
internet. Sendo assim, incitar a ler deve ocorrer, também, através de exemplos - o 
professor precisa ser um leitor dedicado. 
Essa bagagem o permitirá fazer escolhas adequadas para oferecer livros 
destoantes, elaborar leitura em voz alta, contar histórias, mostrar livros, nomes de 
autores, etc. 
Ao respeitar a faixa etária do educando e conhecer os processos adequados a 
cada fase, desenvolverápráticas de leitura que os ensinará a ler e, ao mesmo tempo, 
incitará para o interesse pela leitura. Existem estratégias que tem ajudado a alçar o 
sucesso dentro da leitura, como os “projetos literários” e o “cantinho da leitura”. Uma 
biblioteca diversificada, em gêneros, conteúdos e suportes, também é um quesito 
necessário para a edificação de um leitor. Enfim, é preciso atenção e preparo do 
docente/contador de histórias, a saber: 
 
1. Saber escolher o que vai contar, levando em 
consideração o público e com qual objetivo; 2. 
Conhecer detalhadamente a história que contará; 
3. Preparar o início e fim no momento da contação 
e narrá-la no ritmo e tempo que cada narrativa 
exige; 4. evitar descrições imensas e com muitos 
detalhes, favorecendo o imaginário da criança; 5. 
Mostrar à criança que o que ouviu está ilustrado 
no livro, trazendo-a para o contato com o objeto 
18 
 
do livro e, por consequência, o ato de ler; 6. e por 
último, saber usar as possibilidades da voz 
variando a intensidade, a velocidade, criando 
ruídos e dando pausas para propiciar o espaço 
imaginativo (SOUZA; BERNARDINO, 2011, p. 
245). 
 
 Contar estórias contribui para o despertar do aprendiz a um mundo de 
possibilidades, encantamento, impasses, soluções, descoberta de mundo e, 
principalmente, imaginário que os irão fazer ver o mundo de inúmeras formas, além 
de estimulá-lo a querer aprender a ler. O professor necessita angariar conhecimentos 
de que a motivação e criatividade são essências, daí a precisão de se trabalhar o 
lúdico, por exemplo. 
 Sabendo que a leitura é quem maior contribuirá para a formação de alunos 
leitores críticos, por isso é que se faz necessário que a escola também tenha a 
concepção da indispensabilidade de espaços para a prática de contação de histórias, 
criando ambientes para isso, para todos os envolvidos, alunos, professores, família 
etc. Sobre, Souza e Bernardino (2011) explicam que: 
 
 O horário adequado é aquele onde as crianças estão 
relaxadas, para pensar sobre a história que viram ou 
escutaram mostrar o livro a criança e deixar que está 
o manuseie é importante para a interação com o 
objeto, antes do recreio ou almoço ou ao final do dia 
são os melhores momentos para a contação. Quando 
ao espaço físico, sugere ambientes fechados, que 
evitem a dispersão, como a sala de aula, o bom é criar 
um ambiente de aconchego e a proximidade 
mantendo as crianças próximas em círculo (SOUZA; 
BERNARDINO, 2011, p. 247). 
 
Ao escutar histórias, as crianças manifestam sentimentos de alegria, medo, 
tristeza, etc. são estas experiências que alicerçam suas interpretações, suas opiniões 
acerca do que foi lido, elaborando seus acervos formativos de informações que o 
tornarão um ser autônomo de pensamento. Enfim, a literatura possui um dever, 
também, no desenvolvimento cognitivo da criança. 
19 
 
Essa prática de contar e escutar histórias não deve partir apenas na escola, 
com os professores, deve ocorrer em suas rotinas domiciliares, com os pais. Ao ouvir 
e manusear o livro, a criança despertará um interesse que colabora para a formação 
dele enquanto leitor e oferecerá uma visão mais abrangente do espaço que faz parte. 
Zilberman (2003) diz ao respeito do trabalho do professor que, o professor leitor 
não é somente mais uma pessoa letrada, é um leitor que sabe usufruir de um grande 
número de variedades de leituras, como ler jornais, revistas, bulas de remédio, 
romances, gibis etc. e que sabe ensinar/transmitir isso a seus alunos com prazer, 
demonstrando gosto e entendendo o que estimula seus alunos, para assim aplicar 
uma melhor estratégia literária. 
 Para explicitar essas discussões em prática, como Simplício (2015), aplicar e 
descrever algumas atividades envolvendo o uso de histórias infantis utilizadas com 
aprendizes no nível do ensino infantil. Entre os enredos, a autora utilizou em uma das 
oficinas a famosa história de Chapeuzinho Vermelho. Optando assim pela utilização 
de história de fadas, pois um dos seus objetivos é ensinar que: 
 
[...] a vida é com frequência desconcertante para a 
criança, ela necessita mais ainda que lhe seja dada a 
oportunidade de entender a si própria nesse mundo 
complexo com a qual deve aprender a lidar. Para que 
possa fazê-lo, precisa que a ajudem a dar um sentido 
coerente ao seu turbilhão de sentimentos. Necessita 
de ideias sobre como colocar ordem na sua casa 
interior, e como base nisso poder criar ordem na sua 
vida. Necessita de uma educação moral que, de modo 
sutil, a conduza às vantagens do comportamento 
moral, não por meio de conceitos éticos, abstratos, 
mas daquilo que lhe parece tangivelmente correto e, 
portanto, significativo (BETTELHEIM, 2007 apud 
SIMPLÍCIO, 2015, p. 42). 
 
Para Simplício (2015) utilizar fantoches para os dedos para contar a história a 
turma. De maneira dramatizada, as crianças foram incitadas a recontar a história 
juntas, cada uma interpretando seu personagem. Assim para que os alunos pudessem 
recriar situações imaginativas que agregassem com os personagens da história, 
cooperando para a formação de um sujeito complexo, indivíduo da unidade emoção-
20 
 
cognição-imaginação. Além do mais, a dramatização é essencial para o 
desenvolvimento emocional e social das crianças, além de oportunizar que façam 
experimentos acerca de como diferentes tipos de sujeitos da sociedade se Inter 
relacionam entre si. 
 
 
 
2 FAMÍLIA 
 
O termo família vem do latim “famulus” que significa um conjunto de servos e 
dependentes, de um chefe ou senhor, que vivem sobre o mesmo teto, já o seu 
significado no dicionário diz que família é: grupo de indivíduos, constituídos por 
consanguinidade, ou adoção, ou por descendência dum tronco ancestral comum. 
Ao longo do tempo o conceito de família vem se modificando conforme o 
andamento da sociedade em seus aspectos, político, social, econômico e cultural. Não 
há um conceito fixo, visto que a família sofre mudanças significativas ao longo do 
tempo, dessa forma seu conceito sempre está em constante reformulação. 
Antigamente nos fins do século XIX a família era composta pelo modelo 
patriarcal em que o pai era o chefe da casa tendo como seus dependentes esposa, 
filhos e agregados. Com o tempo a mãe vem ocupando este lugar. Hoje tem um 
percentual significativo de mulheres que desempenham seu papel no mercado de 
trabalho e que ainda são mães e chefe de casa, algumas são mães solteiras o que 
não as impede de ser o chefe da casa. 
É importante destacar que o conceito de família não está ligado somente a 
laços de sangue, a adoção é um exemplo nítido. Para Ferrari e Kaloustian (2008, p. 
11-12): 
A família é o espaço indispensável para a garantia da sobrevivência 
de desenvolvimento e da proteção integral dos filhos e demais 
membros, independemente do arranjo familiar ou da forma como vêm 
se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e 
sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos 
seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação 
formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores 
éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de 
solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas 
entre as gerações e são observados valores culturais. 
21 
 
 
Hoje temos a família como a base de tudo. É nela o primeiro espaço de 
socialização, de construção de valores e princípios, de conflitos, de afeto, é onde 
iniciamos o nosso primeiro contato com a cidadania. “A família é percebida não como 
o simples somatório de comportamentos, anseios e demandas individuais, mas sim 
como um processo interagente da vida e das trajetórias individuais de cada um de 
seus integrantes” (FERRARI; KALOUSTIAN, 2008, p. 13). 
Contudo para que a família possa desenvolver seu papel é necessário o apoio 
de políticas públicas, voltadas principalmente para as famílias debaixa renda e que 
vivem em extrema pobreza. A crescente violência praticada por menores e por adultos 
oriundos de famílias pobres vem sendo algo discutido em torno da desagregação 
familiar, da falta de uma estrutura familiar, que não soube dá o afeto eeducação para 
seus filhos, famílias que sofreram e sofrem a carência de uma assistência sócio-
política por parte das autoridades competentes. 
Isto significa que a família, tal qual a comunidade, precisa de apoios 
direcionados ao maior e melhor usufruto de bens e serviços indispensáveis à alteração 
da qualidade de vida e exclusão a que estão submetidas [...] O sucesso da atenção à 
saúde e à educação depende da conjugação de ações e apoios advindos das demais 
políticas e sobretudo de uma rede de apoio e envolvimento das famílias e 
comunidades no usufruto eficaz destas atenções básicas. (CARVALHO, 2008, p. 102-
103). 
Nogueira (1993) em seu livro Estatuto da Criança e do Adolescente comentado: 
Lei n. 8069 de 13 de julho de 1990, expõem a importância e o papel da família como 
instituição básica, essencial e indispensável à sociedade organizada, argumentando 
que os pais têm uma grande responsabilidade para a formação dos filhos. 
Para encerrar o capítulo faz-se necessário citar a constituição de 1988, que 
afirma ser a família a base da sociedade e que possui por lei proteção do estado, no 
artigo 226 diz ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e 
ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda 
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
 
3.1 Conceito de habitus 
22 
 
 
Um termo que já foi objeto de estudo por Aristóteles, para mencionar as 
características de corpo e alma adquiridas no processo de aprendizagem, e também 
pelo filosofo Émile Durkheim em sua obra “Evolução Pedagógica” (1995). Mas foi com 
os estudos de Pierre Bourdieu que o conceito de habitus teve destaque, em pesquisas 
realizadas na Argélia de 1950 a 1960. 
A amostra para o estudo foi observar o comportamento de camponeses 
acostumados em uma vida rural e por conseqüência do sistema capitalista submetidos 
à vida urbe sem qualquer amparo e referências. O objetivo de Bourdieu em 
desenvolver o conceito de habitus segundo Setton (2002) surge da necessidade de 
apreender as relações de afinidade dos agentes e as estruturas e condicionantes 
sociais. Em outras palavras é como a “estrutura social” influencia a subjetividade dos 
sujeitos, percepções de uma “matriz” que pode afetar os sujeitos, como o modo de 
pensar e de agir por exemplo. 
Para Bourdieu (1992, p. 180 apud Setton, 2002, p. 64) “Sendo produto da 
história, é um sistema de disposição aberto, que é incessantemente confrontado por 
experiências novas e, assim, incessantemente afetado por elas.” E nos parâmetros de 
Bourdieu, Setton, assim conceituou habitus: 
 
Concebo o conceito de habitus como um instrumento conceptual que me 
auxilia pensar a relação, a mediação entre os condicionamentos sociais 
exteriores e a subjetividade dos sujeitos. Trata-se de um conceito que, 
embora seja visto como um sistema engendrado no passado e orientando 
para uma ação no presente, ainda é um sistema em constante 
reformulação. Habitus não é destino. Habitus é uma noção que me auxilia a 
pensar as características de uma identidade social, de uma experiência 
biográfica, um sistema de orientação ora consciente ora inconsciente. 
Habitus como uma matriz cultural que predispõe os indivíduos a fazerem 
suas escolhas. Embora controvertida, creio que a teoria do habitus me 
habilita a pensar o processo de constituição das identidades sociais no 
mundo contemporâneo. (SETTON, 2002, p. 61). 
 
Esclarecendo que habitus não é destino ele pode ser durável, mas não fixo, ou 
seja, a interação das experiências passadas em confronto com as ações presentes e 
futuras dos sujeitos afetados. 
 
23 
 
3.1.1 Relação habitus, leitura e família 
 
Os conceitos acima discutidos sobre habitus pode ajudar na compreensão de 
que o ato de ler é um hábito, que poderá ou não ser construído socialmente, como 
apresentado por Bourdieu, assim, ninguém nasce com o costume de ler ou com o 
prazer de ler, embora talvez tenha que ser levado em conta que algumas pessoas 
possam ter características pessoais mais propensas a desenvolver o hábito da leitura, 
como a introspecção. 
A leitura pode ser despertada por agentes socializadores como a escola, a 
biblioteca e a família, podendo ou não ser trabalhados de modo simultâneos, porém, 
é importante que a leitura seja motivada a priori pela família, por ser esta o 
primeiro 
espaço de sociabilidade do individuo, onde ele venha a conhecer a leitura como 
um 
hábito já praticado no lar. 
Portanto, um indivíduo que nasce numa atmosfera familiar em que presencia 
o pai ou a mãe lendo um livro, observará que aquele objeto prende a atenção 
dos 
pais por alguns minutos ou horas, entenderá que é uma coisa boa, porque qua 
ndo 
crianças, temos referências por aquilo que os pais fazem e/ou gostam de fazer. 
O gosto pela leitura está diretamente associado aos estímulos que são 
proporcionados à criança desde muito cedo. O contexto familiar é de grande 
importância. Quando a criança cresce no meio de livros e vê, à sua volta, 
adultos lendo é despertado nela o hábito de ler, considerando que a 
formação de um leitor não se dá através de produtos, e sim, de estímulos. 
(NASCIMENTO; BARBOSA, 2006. p. 1). 
Por isso o hábito de ler deve ser praticado desde cedo, mesmo que a criança 
não saiba ler. O incentivo da família é imprescindível para que as coisas 
aconteçam, 
e várias pontes podem contribuir, como contar histórias ao dormir, canções de 
ninar, 
compras de livros e o próprio hábito dos pais de lerem na presença dos filhos, 
como 
24 
 
jornais, revistas e etc. 
Segundo Bourdieu habitus são disposições incorporadas pelos agentes 
sociais, atuando como um operador de estruturas que induzem a subjetividade 
do 
individuo. Relacionando o conceito de habitus por Bourdieu esse agente social 
funciona como a família que opera com suas experiências passadas para 
possíveis 
ações futuras dos sujeitos, ou seja, uma criança que cresce numa família de 
cultura 
letrada terá chances maiores de se tornar um leitor. E conviver com pais que 
apreciam um bom livro, uma boa leitura, que possuem livros em casa, que 
freqüentam livrarias e bibliotecas e que no dia a dia aplicam a leitura em seus 
lares. 
Para aprender a ler e desenvolver o gosto pela leitura, é fundamental 
estarmos integrados em comunidades leitoras e, dessa maneira, construir 
sempre novos sentidos e compartilhar significados com nossos pares. 
Assim, para continuarmos lendo pelo resto da vida, com a mesma emoção e 
mantendo a mesma curiosidade sobre o mundo dos escritos, é preciso 
conviver com outro para quem a relação com a literatura é também 
intensamente vivida. (SOUZA, 2004, p. 56). 
Os hábitos de leitura dos pais afetam a maneira como os filhos irão tratar o 
livro e a leitura, é um olhar diferente daqueles em que na família a leitura é 
tratada 
de maneira esporádica ou que não faça parte do cotidiano familiar. 
As estruturas e as condições sociais que a família possui, como colocar a 
disposição de variedades de livros em casa, a mediação da leitura pelos pais, 
atitudes de levarem os filhos para visitas a livrarias, bibliotecas e espaços que 
promovem a leitura no bairro ou em outro local, são formas que contribuem 
para que 
a leitura faça parte da vida deles. 
Se a leitura é um hábito a ser construído gradati vamente, então podemos 
afirmar que tal hábito é motivado por um comportamento do meio, na atmosferafamiliar geralmente os filhos são influenciados pelo que os pais praticam ou 
gostam 
25 
 
de fazer, como exemplo, pais que apreciam um estilo de música, 
provavelmente 
seus filhos terão o mesmo gosto musical, principalmente quando são 
influenciados 
desde cedo. 
Pode ser um esporte, um instrumento musical, uma profissão ou um modo de 
agir dos pais, em fim, são coisas que podem influenciar os filhos ao mesmo 
caminho 
que os pais. É o que acontece com a leitura, quando na família o hábito de ler 
se faz 
presente, as possibilidades dos filhos serem leitores são maiores ao comparar 
com 
famílias em que a leitura não faz parte na vida do lar. “A prontidão pela leitura 
é 
determinada, em grande parte, pela atmosfera literária e lingüística reinante na 
casa 
da criança”. (BAMBERGER, 1991, p. 71). 
A família que é conhecedora da importância que a leitura exerce em uma 
pessoa, sabe da responsabilidade que possui em contribuir de forma positiva, 
para 
que a leitura seja vista pelos filhos, como um mundo mágico, cheio de 
descobertas, 
fazer do livro o melhor amigo em bons e maus tempos. 
Como um bem indispensável e que é a base para qualquer ser humano a 
família tem o papel de ensinar valores e princípios que julgam serem corretos 
para 
elas e para sociedade. Tais valores e princípios são transmitidos para as 
gerações 
futuras, e a leitura é um bem que as famílias deveriam transmitir para suas 
novas 
gerações, algumas conhecem o valor da leitura outras nem tanto. 
Pais leitores, filhos leitores. Pelo menos é o que se espera numa família 
leitora, é claro que não bastaria apenas pais serem leitores e não contribuírem 
para 
26 
 
que seus filhos sejam também, e esse estímulo deve ser cultivado nas crianças 
antes delas conhecerem a decodificação dos signos. Porque conhecer a leitura 
pela 
decodificação, não é um modo nada convidativo, quando o objetivo é despertar 
o 
gosto pela leitura. 
Toda criança adora ouvir estórias, principalmente, quando são contadas pela 
mãe, pai ou avós, porque é mais que um estímulo e sim uma total relação de 
afeto. 
Um momento que deve ser compartilhado e praticado todos os dias. As 
canções de 
ninar são as primeiras historinhas contadas, ou melhor, cantadas pelos pais ou 
avós 
ao embalar filhos e netos para dormir, quem não lembra ou sabe de alguma 
canção? 
Podemos afirmar que as canções de ninar são o primeiro contato da criança 
com o universo da leitura, porém, elas não são o suficiente para despertar a 
leitura, 
pois formar leitores é um processo a longo prazo. Os pais devem manter o 
interesse 
pelos livros para que os filhos façam o mesmo, e não deixar essa importância 
desaparecer aos poucos, caso contrário os filhos deixaram também. Segundo 
Bamberger (1991, p. 72) descreve “Da mesma forma que os professores, a 
função 
dos pais como modelos é decisiva, isto é, se eles mesmo gostarem de ler, 
induzirão 
facilmente os filhos a ler regulamente.” 
O adulto que pega uma criança no colo e a embala com aquelas cantigas 
tradicionais, que brinca com o bebê usando as histórias, adivinhações, 
rimas e expressões do nosso folclore, que folheia uma revista ou um livro 
buscando as figuras conhecidas e pergunta o nome delas, está colaborando 
e muito! – para uma atividade positiva diante da leitura. (SANDRONE; 
MACHADO, 1991, p. 11) 
Todavia não se deve impor aos filhos a importância da leitura e sim estimular 
27 
 
o gosto, ou seja, mostrar o lado bom, como o da fantasia, do mágico, aguçar a 
curiosidade da criança por algo ainda desconhecido, sem injunção de 
obrigatoriedade, ou seja, tentar criar um ambiente saudável de leitura. 
Os livros com gravuras em que somente as imagens falam por si só são livros 
ideais para crianças que ainda não sabem ler. Os pais ao lerem tais livros 
podem 
interpretar e contar a estória, de um modo que a criança preste atenção, 
fazendo 
caras e bocas, com entonação dos sons como, por exemplo, o som do cachorro 
ao 
latir, elementos indispensáveis que um contador de estórias deve ter, a 
qualidade de 
entreter, o que seria o lúdico. Para Bamberger (1991, p. 50) afirma que “A 
criança 
entra em contato com a linguagem das gravuras antes da linguagem das letras. 
Uma 
vez que ela já aprendeu a entender o significado das figuras, é necessário que 
o 
material de leitura inicial as contenha em grande número.” 
Uma das primeiras coisas que as crianças devem pegar e ver são livros de 
gravuras. Antes mesmo que a criança seja realmente capaz de 
compreender o texto, os pais devem ler em voz alta e falar-se sobre o livro, 
contemplando com ela as gravuras e nomeando as coisas que nelas se 
vêem. (BAMBERGER, 1991, p. 71). 
Segundo Litton (1975) o gosto das crianças pela leitura varia de acordo com o 
crescimento físico e mental, então, os pais devem estar atentos quanto a isso. 
Respeitar o limite da criança é essencial para não sobrecarregar com estórias 
longas, com isso desmerecendo a leitura, assim, o indicado na faixa etária 
infantil 
são estórias curtas com bastantes gravuras. Os pais devem prezar pela 
qualidade 
da leitura, conquistar aos poucos sem pressão ou presa. 
Alguns pais cometem o erro de apresentar o livro somente quando a criança 
aprende a decifrar a palavra escrita, pensam em não comprar um livro porque 
28 
 
o filho 
ainda não sabe ler e que seria dinheiro em vão, comprar uma coisa que seria 
inútil. 
Acontece também alguns casos em que os pais desestimulam a curiosidade da 
criança, e quando ela vai pegar um livro e querer folhear, costumam dizer 
coisas do 
tipo “larga esse livro você não sabe ler” ou “não pegue você vai rasgar ou 
amassar o 
livro”, são situações que acontecem e que acabam criando uma barreira entre 
a 
criança e o livro, como o medo de mexer e alguém brigar ou mesmo de entender 
que o livro não é algo bom. 
No livro “Cobras em compostas” da escritora Ana Cristina Araújo Ayer de 
Oliveira, que possui o pseudônimo de Índigo, o Ministério da Educação que é 
a 
editora responsável pelo livro, fez uma pequena entrevista com a autora, 
disponível 
no final do livro, e na primeira pergunta indagou a escritora por qual motivo 
começou 
a gostar de ler, Ana Oliveira responde que: 
“Desde que me conheço por gente. Quando não sabia ler, pedia toda noite 
para minha mãe contar histórias. Em casa sempre tivemos muitos livros. 
Minha mãe não permitia extravagâncias com roupa, sapato e brinquedos, 
mas livros ela comprava sem pensar duas vezes.” (OLIVEIRA, 2006, p. 114) 
Têm casas onde os pais trancam seus livros nas estantes, ninguém pode 
tocá-los a não ser eles, ou porque foram caros ou porque é único e, por isso, 
deve 
mantê-lo longe das crianças. Contudo, como toda criança é curiosa os pais 
deveriam 
permitir o uso dos livros, pois, como esperam que seus filhos sejam leitores 
com 
essa atitude, anulando a curiosidade da criança em relação ao livro. Mesmo 
que 
elas sejam iletradas e que tais livros não sejam para suas idades é importante 
29 
 
que 
aconteça esse contato. Mas os pais preferem repreender, dessa maneira 
induzindo 
a criança a pensar que o objeto livro não seja algo bom e/ou que não deva tocá 
-lo 
por medo de repreensão dos pais. Talvez não seja a priori um contato mais 
adequado, uma vez que podem ser livros que não convêm com as idades da 
criança, contudo o importante é permitir a curiosidade da criança com o objeto 
livro. 
Para Bamberger (1991, p. 50) “[...] a disponibilidade de livros, representa um 
papel 
decisivo no despertar interesses de leitura.”, porém não adianta crescer em um 
ambiente cercado de livros que são inatingíveis. 
O livro vai virando um santo no altar. Ou de um caroço de mamão: todo 
mundo diz que é muito bom, tem papaína, faz bem para o aparelho 
digestivo, mantêm a saúde, mas a primeira coisa que todomundo faz 
quando corta o mamão é jogar fora os caroços. Sadio demais e gostoso de 
menos. (SANDRONE; MACHADO, 1991, p. 134). 
É o caso também dos livros didáticos que as mães tem o maior cuidado de 
encapá-los, de escrever o nome do filho para não perder, em fim, medidas de 
conservação e segurança, e alertam os filhos quanto ao cuidado. É claro que é 
imprescindível que a criança ou adolescente aprenda os cuidados necessários 
para 
o bom uso do livro. Entretanto, as mães não recomendam que explorem o livro, 
as 
informações, as imagens, despertando a curiosidade em relação ao livro, 
ficando 
aquele contato somente quando o professor passa exercício ou em períodos 
de 
prova. 
A família que possui uma rotina de leitura pode contribuir e muito para a 
formação do hábito de leitura da criança. Conviver em um espaço letrado, onde 
os 
pais são vistos freqüentemente com livros, induz aos filhos o mesmo 
30 
 
comportamento. “[...] o fato de a criança está inserida numa cultura letrada tem 
uma 
influência positiva significativa em seu progresso em leitura [...]” (TERZI, 2001, 
p. 
14). 
Corroborando Sandrone e Machado (1991) afirmam que os pais que lêem e 
possuem hábitos de leitura desenvolvidos podem ficar tranqüilos que os filhos 
serão 
bons leitores. Argumentam que “Numa casa onde os pais gostam de ler, 
mesmo que 
não disponha de uma boa biblioteca, a criança cresce valorizando naturalmente 
aqueles objetos cheios de sinais que conseguem prender atenção das pessoas 
por 
tanto tempo” (SANDRONE; MACHADO, 1998, p. 12). O simples costume do 
pai aos 
domingos comprar o jornal da manhã e ler e a mãe lendo livros de receita ou 
mesmo 
as revistas de novelas, são ações observadas pelos filhos. 
Todavia, além do comportamento dos pais é preciso uma dedicação especial 
para incentivar o desenrolar do hábito, ou seja, estabelecer um meio favorável 
para 
à hora da leitura, onde pais e filhos estejam dispostos a compartilhar momentos 
únicos que a leitura proporciona. As estórias contadas antes de dormir é uma 
ótima 
opção de incentivo, após o momento da leitura os pais devem perguntar o que 
o filho 
achou da estória o que gostou e o que não gostou, ou seja, fazer a criança 
interagir. 
Estabelecer aos poucos uma rotina de leitura assim como a hora do estudo e 
do 
almoço. 
Se a mãe e o pai lerem os livros dos filhos de vez em quando, isso não só 
incentivará a ler como também como também proporcionará uma base para 
discussão. Os pais poderão compreender melhor os próprios filhos e a 
31 
 
significação dos livros para o seu desenvol vimento. (BAMBERGER, 1991, p. 
71). 
Alguns pais querem que seus filhos sejam bons alunos, mas para ser um 
bom aluno é preciso ser leitor, por isso os pais deveriam estar preocupados em 
estabelecer um hábito de estudo e quanto maior o tempo, melhor o filho será 
nos 
estudos. Mas estudar requer ler, e quando o filho não foi estimulado desde cedo 
a 
ler ou quando conheceu a leitura por obrigação nas escolas, é frustrante para 
criança ou adolescente ter que ler muito, repercutindo no desempenho escolar. 
A maneira como a leitura é desenvolvida no ambiente familiar vai determinar 
de modo positivo ou negativo para a formação do filho leitor, de maneira que 
há 
pais, que sabem da importância da leitura, porém não mostram o exemplo em 
casa, 
como ler na frente dos filhos, contar estórias, e outras maneiras de incentivo. 
São 
pais que impõem a leitura como uma obrigação, que acreditam que ler é 
importante 
apenas para os estudos, assim para se ter um bom emprego, deixando de lado 
a 
leitura de lazer, que para eles seria perda de tempo, dessa forma a criança ou 
o 
adolescente tem a leitura como uma frustração. 
“Se a leitura deve ser um hábito, deve ser também fonte de prazer, e nunca 
uma atividade obrigatória, cercada de ameaças e castigos e encarada como 
uma 
imposição do mundo adulto. Para se ler é preciso gostar de ler.” (SANDRONE; 
MACHADO, 1998, p. 11). 
O escritor Wagner Costa em seu livro “Quando meu pai perdeu o emprego” 
na parte que fala sobre “Autor e obra” ele comenta da influência do pai no 
incentivo 
da leitura no lar “[...] meu pai, o Zé Mineiro, sabia contar histórias de um jeito 
todo 
32 
 
especial, e eu viajava dos limites da realidade para os horizontes da fantasia.” 
(COSTA, 1993, p. 63). É fato que toda criança adora ouvir estórias, e a família 
faz 
parte da formação do leitor, porque ela é ou pelo menos deveria ser a primeira 
a 
incentivar o gosto pela leitura. O amor pelo livro não é coisa que aparece assim 
de repente. É preciso 
ajudar a criança a descobrir o que eles lhe podem oferecer. Cada livro pode 
trazer uma idéia nova, ajudar a fazer uma descoberta importante e ampliar o 
horizonte da criança. Aos poucos ela ganha intimidade com o objeto -livro. 
Uma coisa é certa: as histórias que os pais contam e os livros que pais e 
filhos vêem juntos formam a base do interesse a ler e a gostar dos livros. 
(SANDRONE; MACHADO, 1998, p. 16). 
Bamberger (1991, p. 72) cita algumas maneiras de como os pais podem 
incentivar a leitura para os filhos: a) contar histórias e ler em voz alta para os 
filhos 
com freqüência; b) organizar uma biblioteca de acordo com a idade e o gosto 
da 
criança; c) incentivar que o filho compre livros com a mesada; d) reservar um 
tempo 
para a leitura em que cada membro da família possa participar; e) participar do 
mundo literário do filho, conversar o que ele está lendo; f) mostrar ao filho o que 
a 
leitura pode trazer de bom para eles, que os livros dão segurança, luz e beleza 
às 
suas vidas. 
Não só levar os filhos aos parques, praças, shoppings, mas levar também nas 
bibliotecas e em espaços que promovam a leitura, livrarias e feiras de livros. 
Quando 
ainda são pequenos tem a alternativa da brinquedoteca, um local muito 
recreativo e 
lúdico, de grande estímulo de leitura para as crianças. Acompanhar e participar 
das 
atividades nesses locais junto com os filhos é imprescindível, ao observar os 
33 
 
pais 
realizando tais atividades a criança se mostra mais interessada, fora que o 
contato 
com outros adultos e crianças nesse universo letrado é um diferencial positivo.
34 
 
 
CAPÍTULO II – MÉTODO 
 
 
 
O metodo escolhido para realização do TC foi de pesquisa bibliografica de 
modo qualitativo afim de estudar diversos autores e artigos com o objetivo de ter 
varias falas e discuçoes a respeito de um mesmo tema, para ampliar o 
conhecimenro sobre o assunto em questão. 
O foco de pesquisa se direciona a alunos da Educação Infantil com o tema 
proposto de Literatura infantil – Contação de Historias em modo lúdico, como 
trabalhar com eles e como trazer a literatura para o dia a dia das crianças 
induzindo as a se tornarem adutos leitores e com isso ajudando também no seu 
desenvolvimento cognitivo e no imaginario infantil, despertando curiosidades e 
interesses. 
A pesquisa em questão foi desenvolvida no decorrer de tres meses com a 
leitura de varios artigos e livros sendo um deles o de Juracy A. Saraiva, Palavras 
Brinquedos e brincadeiras onde ela fala que: 
 
A importância da função simbólica que brinquedos 
e brincadeiras desempenham justifica sua introdução no 
âmbito escolar e, por um lado, elimina a falsa ideia de 
que o lúdico está dissociado de finalidades utilitárias; por 
outro, reafirma que as atividades pedagógicas podem 
constituir um prolongamento do mundo da infância e se 
orientar para a recuperação dos elos entre a 
aprendizagem e o riso. Por isso, propõe-se que a 
ludicidade não seja contraposta à aprendizagem 
sistemática, mas que com ela estabeleça uma estreita 
ligação para garantir às crianças, por meio de 
brinquedos, jogos e brincadeiras, a experiência do 
simbólico, a manutenção de vínculos com sua realidade 
sociocultural e o domíniode habilidades cognitivas, 
sobretudo aquelas relacionadas à leitura e à escrita. 
 
No texto ela mostra os beneficios da lúdicidade no dia a dia da criança e 
como isso a motiva a querer interagir e saber mais sobre o assunto, mostrando 
que brincar tambem e aprender. Pode se destacar também sobre o livro OS 
35 
 
JOGOS E O LÚDICO NA APRENDIZAGEM ESCOLAR onde os autores sitam 
que: 
 
 “O brincar é sério, uma vez que supõe atenção e 
concentração. Atenção no sentido de que envolve muitos 
aspectos inter-relacionados, e concentração no sentido 
de que requer um foco, mesmo que fugidio, para motivar 
as brincadei- ras. O brincar supõe também 
disponibilidade, já que as coisas mais importan- tes da 
vida da criança – o espaço, o tempo, seu corpo, seus 
conhecimentos, suas relações com pessoas, objetos e 
atividades – são oferecidas a uma situação na qual ela, 
quase sempre, é a única protagonista, a responsável 
pelas ações e fantasias que compõem essa atividade.” 
 
 
Pode -se entao sitar diversos altores renomados sobre o assunto onde trazem 
propostas parecidas com pensamentos diferentes tais como Fanny Abramovich, 
Flavia Muniz, Monteiro Lobato, Ana Maria Machado entre outros. 
Por conseguinte, não podemos falar de ludicidade sem sitar Jean Piaget . 
Piaget estudou os estágios de desenvolvimento de noções e operações, buscando 
analisar os esquemas utilizados pelas crianças em sua perspectiva própria, ou seja, 
desconsiderando o que aprendiam na escola. Para isso, adotou um método clínico ( 
Piaget et al., s.d.; Delval, 2002) em que propunha situações experimentais que 
permitiam observar os modos de as crianças compreenderem ou realizarem 
procedimentos em problemas de física ou matemática. Foi ele um grande nome da 
literatura infatil onde realizou diversos estudos e nos entregou varios artigos e livros 
sobre o assunto em questão sendo um grande nome da Pedagogia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO 
 
 
A ludicidade é primordial na infância em que deve ser vivenciada não só 
como uma mera distração, mas também com a finalidade de ampliar suas 
potencialidades, pois o conhecimento é construído por meio de suas interações 
e das trocas com o meio ao longo da vida. 
A partir do estudo realizado foi possível compreender a importância que 
lúdico pode trazer quando incluídos na educação infantil, proporcionando um 
desenvolvimento integral uma vez que estimulam diversas áreas no âmbito 
social, cognitivo, afetivo.. 
 Portanto é importante ressaltar que levar o lúdico para o âmbito escolar 
como proposta pedagógica pode ser uma atitude que requer uma reflexão por 
parte dos educadores com relação a sua finalidade, pensando em atividades que 
estimulem e desafiem os alunos, para que eles possam desenvolver o abto de 
leitura e o imaginario. 
Cunha expõe que, se literatura infantil e adulta se afastam na essência da 
literariedade, então não haverá literatura infantil, já que a mesma não será 
considerada literatura e, portanto, arte. Para que haja de fato uma literatura para 
crianças é necessário ser, antes de tudo, literatura e ter portanto, qualidades e 
características de um bom texto. 
Cunha, valendo-se de Andrade (1964) aponta a importância do texto para 
crianças. Este não deve ser uma literatura menor, de menos qualidade, mas provida 
de linguagem adequada e escrita com decência. Além disso, muitas vezes aliteratura 
infantil é infantilizada, ocasionando a deformação das palavras e da própria arte. 
Sendo assim, segundo a autora a literatura infantil são todas as obras 
realmente artísticas voltadas à criança e providas de características peculiares deste 
gênero. A literatura está em constante mudança, mas as boas obras continuam vivas. 
A literatura se faz presente nas brincadeiras, nas rodas cantadas, na arte e nos 
filmes infantis. Na educação infantil ela esta sempre articulada com as atividades 
lúdicas, pois a literatura promove o desenvolvimento da criança, além da imaginação, 
da criatividade, do seu senso crítico. 
Uma história pode entreter e despertar a curiosidade das crianças, mas pode 
37 
 
também enriquecer se estimular a imaginação, ajudar a desenvolver o intelecto, se 
estiver harmonizada com suas ansiedades e aspirações, de modo que possa auxiliar 
nas sugestões para os problemas que a perturbam. 
Como bem coloca Abramovich (2005): 
 
 [...] é importante para a formação de qualquer criança ouvir, muitas 
histórias...Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser 
leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de 
compreensão do mundo...(p.16) 
 
O contato da criança com os livros antes de aprender a ler auxilia a torná-lo 
significativo como um objeto que proporciona satisfação. Isto ocorre porque ao tocar, 
manusear, olhar,alisar o livro e brincar com as folhas e gravuras, a criança sente um 
prazer similar ao proporcionado pelo brinquedo. 
Historicamente, literatura infantil e escola estiveram e estão intimamente 
ligadas. Com certeza que as histórias contribuem em muitos momentos e em 
diferentes aspectos da escolaridade infantil, mas sabe-se que é principalmente na 
escola, na maioria das vezes que a criança entra em contato com as histórias que 
servirão de entretenimento e cultura.
38 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
 
A leitura está diretamente ligada à formação do ser humano e ao seu 
desenvolvimento intelectual, resultando em cidadãos mais conscientes e críticos. O 
livro tem o poder de ampliar o conhecimento, despertar a imaginação e os 
sentimentos, fazer refletir acerca de diferentes assuntos. Através da leitura os pais e 
educadores conseguem ajudar no desenvolvimento cognitivo e de habilidades e 
aprender a ler é apenas o primeiro estágio. 
Por isso, os livros devem ser apresentados à criança logo nos primeiros anos 
de vida. Além disso, é importante fazer com que o contato com a leitura se torne algo 
natural e tornar o ato de ler algo que dê prazer. Isso deve ser feito não apenas em 
casa pelos pais, mas também pelos professores, na escola. 
No caso dos pais, eles devem introduzir os livros de forma natural e sem 
pressão, por meio de atividades que estimulem o interesse dos filhos. Adotando 
algumas práticas como o hábito de lerem juntos, ler livros que sejam de um assunto 
que a criança se interesse, estimulando-a a fazer perguntas. Aqui a criatividade faz 
toda a diferença, desde criar um cantinho dos livros, que estimule o processo de 
leitura, até criar o hábito de ler todas as noites para a criança. 
Um aspecto interessante da leitura em família é que, além dos benefícios 
intelectuais, há também os emocionais, já que momentos de leitura e de contação de 
histórias aumentam “o vínculo dos pais com os filhos”. 
Já no caso das escolas, os professores devem adotar uma prática pedagógica 
que estimule o ato de ler. Eles devem introduzir a leitura de jornais, revistas e livros 
durante as aulas, como forma de estudar a língua portuguesa, aumentar o vocabulário, 
trabalhar a interpretação de textos. Estimule conversas em torno da história, deixe a 
criança fazer perguntas e torne a leitura uma atividade agradável. Respeitando 
sempre o limite, o tempo e a realidade de cada aluno. 
Ao ler, os alunos aumentam seu repertório, seu conhecimento a respeito de 
diversos assuntos, adquirem informação, aprendem e se tornam cidadãos mais 
críticos. Isso é fundamental na formação dos alunos e refletirá diretamente na sua vida 
adulta. 
39 
 
O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e prazeroso, pois 
enquanto está brincando, aprende os conteúdos de maneira mais leve, fugindo 
do método tradicional de ensino. O presente estudo mostrou como é importante 
o lúdico não só para vida escolar mas também para a vida pessoal das crianças, 
levando em consideração que contribui para a formação de cidadãos 
independentes, capazes de interagir com o outro, de respeitarregras, valores 
que devem ser tratados desde a infância para se tornarem adultos melhores. 
Usar atividade lúdica é uma maneira de ensinar, os conteúdos escolares 
de forma mais estimulante promovendo aulas com qualidade indo de encontro 
com os interesses e necessidades dos alunos. Portanto utilizar o lúdico como 
uma ferramenta nas dificuldades de aprendizagem pode trazer resultados 
positivos, pois a criança está envolvida emocionalmente na ação, ficando mais 
atenta e a aprendizagem pode se tornar mais significativa. É preciso que o 
professor assuma um papel de facilitador do conhecimento oferecendo 
momentos em que as crianças trabalhem de forma autônoma e ativa 
favorecendo a construção da sua própria aprendizagem. Além disso, faz com 
que os alunos se divirtam tornando mais agradável as aulas e consequentemente 
o processo de aprendizagem. 
 Podemos concluir então que o lúdico auxilia tanto na aprendizagem 
quanto no desenvolvimento pessoal, desenvolve o indivíduo como um todo, 
dessa forma incluílo na educação infantil durante sua prática docente resultará 
no desenvolvimento integral além de tornar as aulas mais dinâmicas e leves para 
os alunos. 
40 
 
 
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Acesso em: 15 DE ABRIL DE 2022 
 
 
 
	AGRADECIMENTOS
	RESUMO
	INTRODUÇÃO
	CAPÍTULO I – Referencial Curricular Nacional e a Leitura infantil
	CAPÍTULO II – MÉTODO
	CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO
	CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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