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SISTEMA COMPLEMENTO Acadêmicos: Andréia Ribeiro Emanuelle Cristina Gabriel Ismael Geyssiane Mirelly Guimaraes Regina Moreira Definição O Sistema Complemento é um sistema de proteínas funcionalmente ligadas que interagem umas com as outras de uma forma altamente regulada Sistema Complemento Esse conjunto é formado aproximadamente de 30 proteínas sintetizadas por hepatócitos e macrófagos e células epiteliais do intestino e tem início no primeiro trimestre de vida fetal Sistema Complemento Essas proteínas são enzimas proteolíticas inativas (zimogênios) e que se tornam sequencialmente ativadas a partir do momento em que são clivadas O Complemento é um sistema que contribui para as defesas do hospedeiro, para inflamação e danos tissulares e pode disparar anafilaxia. E tem outras funções… Funções do Sistema Complemento Ativar e lisar células Fornecer opsoninas para a fagocitose Eliminar imunocomplexo Fornecer fatores quimiotáticos que ativam a migração de células inflamatórias e participar das reações de auto-imunidade e hipersensibilidade Ativação do Sistema Complemento É em cascata, e pode ocorrer em três diferentes vias: Via Clássica Via Alternativa Via da Lectina Sistema Complemento: Via Clássica Primeira via a ser descoberta Essa forma de ativação em cascata é ativada pela interação entre o antígeno e o anticorpo, formando o complexo antígeno–anticorpo. Esse complexo provoca uma mudança conformacional na molécula do anticorpo, permitindo a ligação do primeiro componente do complemento denominado C1 (composto de três subunidades C1q-C1r2-C1s2) Essa ligação requer pelo menos uma molécula de IgM ligada ao antígeno ou no mínimo duas moléculas de IgG SISTEMA COMPLEMENTO: VIA ALTERNATIVA Mais específico em imunidade inata A via alternativa é ativada continuamente na fase fluida em pouca intensidade, ou seja, o C3 não é clivado apenas no processo iniciado por C1, sendo clivado em pequena escala o tempo inteiro na nossa corrente sanguínea. Na presença de um ativador exógeno, esta via alternativa é amplificada Para essa clivagem em larga escala é formada uma C3 convertase, a partir do C3b ligado à membrana do microrganismo junto com uma proteína chamada de Bb. Esse Bb advém da clivagem do Fator B pelo Fator D em Ba e Bb. Como usualmente ocorre nas vias do complemento, Bb fica na via e Ba sai. Formada a C3 convertase (C3bBb), há uma clivagem em larga escala de C3 em C3a e C3b C3a deixa a via e vai promover a inflamação, enquanto C3b opsoniza mais microrganismos e leva às etapas finais da ativação, ao formar a C5- convertase na superfície celular Sistema Complemento: Via Lectina Esta via de ativação é considerada parecida com à via clássica Não necessita da formação do complexo antígeno–anticorpo e nem dos componentes iniciais C1, C4 e C2 Dessa via participam as lectinas do soro, que são ligantes de resíduos de manose da superfície de alguns patógenos Essas são chamadas de MBL (Ma- nose Binding Proteins), que se ligam aos resíduos de carboidratos na superfície da bactéria ou outra substância e passam por uma mudança conformacional Dessas proteínas, as chamadas MASP1 e MASP2 (Manose Binding Associated Proteins) tornam-se ativadas e clivam C4 e C2 (ou seja, mimetizam C1r e C1s) para formar C4b2b Sistema Complemento: Via Alternativa A via alternativa é uma das três vias do sistema complemento que opsonizam e matam os patógenos É ativada continuamente na fase fluida em pouca intensidade, o C3 não é clivado apenas no processo iniciado por C1, sendo clivado em pequena escala o tempo inteiro na nossa corrente sanguínea Na presença de um ativador exógeno, esta via alternativa é amplificada Para essa clivagem em larga escala é formada uma C3 convertase, a partir do C3b ligado à membrana do microrganismo junto com uma proteína chamada de Bb. Esse Bb advém da clivagem do Fator B pelo Fator D em Ba e Bb. Como usualmente ocorre nas vias do complemento, Bb fica na via e Ba sai. Formada a C3 convertase (C3bBb), há uma clivagem em larga escala de C3 em C3a e C3b C3a deixa a via e vai promover a inflamação, enquanto C3b opsoniza mais microrganismos e leva às etapas finais da ativação, ao formar a C5- convertase na superfície celular Deficiências do Sistema Complemento Podem ser genéticas, porém, mesmo em indivíduos normais também podem ter alguma deficiência As deficiências genéticas podem ser em nível de C1q, C1r, C4, C2, C3, properdina e Fator D A deficiência de C3 pode ser muito grave e estar associada com infecções bacterianas piogênicas que podem ser fatais As deficiências dos primeiros componentes do complemento podem estar associadas com doenças autoimunes como lúpus eritematoso sistêmico Regulação do Sistema Complemento Uma ativação descontrolada do complemento pode levar à formação do CLM no próprio tecido e a uma formação excessiva de mediadores da inflamação A ativação é regulada por várias proteínas plasmáticas e outras ligadas à membrana celular com funções específicas, mantendo um controle rigoroso da ativação Além disso, as C3 e C5-convertases se dissociam rapidamente e C4b, C3b e C5b7 manifestam uma capacidade apenas transitória para a ligação à superfície-alvo O complemento de dada espécie é ineficiente para causar a lise de células autólogas Graças a esses mecanismos de regulação existe um delicado equilíbrio entre a ativação e a inibição da cascata do SC, o que previne a lesão de células e tecidos próprios, mas permite a destruição efetiva de organismos estranhos Propriedades das proteínas reguladoras Receptores de membrana para complemento e suas principais funções O SC é uma cascata protéica com função importante na defesa humoral inespecífica. Para um funcionamento normal do mesmo, todos os componentes da cascata devem estar presentes em níveis plasmáticos normais e com uma função fisiológica adequada. A ativação do SC ocorre por duas vias, o que permite a resposta eficiente a diversos processos agressores. O dano provocado no tecido autólogo é controlado por mecanismos de regulação competentes. Referências ABBAS, Abul K; LICHTMAN, Andrew H; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e molecular. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. TIZARD, I.R.; Sistema complemento. Imunologia Veterinária.5° Ed. Editora Roca LTDA. São Paulo. p.196-206, 1998. https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-sistema-complemento https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-11012012-092626/publico/VIVIANAGALIMBERTIARRUK.pdf https://uab.ufsc.br/biologia/files/2020/08/Imunologia.pdf https://doi.org/10.1590/S0104-42302001000100029
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