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2 DIRETORA GERAL Odília Dantas Moliterni DIRETORA ACADÊMICA Iracema Rebeca de Medeiros Fazio COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA Paulo Benigno Pena Batista ASSESSORIA PEDAGÓGICA DO CURSO DE MEDICINA Profa. Cleyse Dagmar Santos Araújo Bianchi Profa. Sheyla Maria de Almeida Couto Pastori PROFESSORES Cristiane Santos Nascimento Emanuelle De Souza Santos Everton Tenório De Souza Isis Fernandes Magalhães Santos Jorgas Marques Rodrigues Jose Cupertino Nogueira Neto Magda Oliveira Seixas Carvalho Maili Correia Campos Maria Clara Diniz De Oliveira Mariana Ferreira Leite Melissa Moura Costa Abbehusen Michele Castro Montoya Flores Patrícia Aparecida Da Silva Valadão Rafael Araujo Gomes Junior Sandra Assis Brasil Tatiane Santana Sales Theolis Bessa Vanessa Karine De Almeida Assunção Viviana Nilla Olavarria Gallazzi 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 4 ARVORE TEMÁTICA ................................................................................................ 5 OBJETIVOS DO MÓDULO ....................................................................................... 6 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO ............................................................................... 6 DISCIPLINAS PARTICIPANTES............................................................................... 7 CARGA HORÁRIA DO MÓDULO ............................................................................. 8 ATIVIDADES ............................................................................................................. 8 CARGA HORÁRIA .................................................................................................... 8 TBL ............................................................................................................................ 8 LPI ............................................................................................................................. 8 CRONOGRAMA DO MÓDULO ................................................................................. 8 CONSULTORIAS DO MÓDULO ............................................................................... 8 LABORATÓRIO DE MORFOFUNCIONAIS (LMF) .................................................... 9 PALESTRAS ........................................................................................................... 11 AUSÊNCIA NO TBL ................................................................................................ 12 SESSÕES DE TBL .................................................................................................. 13 SESSÃO 1 .............................................................................................................. 14 SESSÃO 2 .............................................................................................................. 17 SESSÃO 4 .............................................................................................................. 23 SESSÃO 6 .............................................................................................................. 30 SESSÃO 8 .............................................................................................................. 35 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: ....................................................................... 38 4 INTRODUÇÃO CARTA DA TERRA A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade, da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado. Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis. A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas. (COMISSÃO DA CARTA DA TERRA, 2000 – GRIFOS NOSSOS). Bem-vindos a mais uma viagem no processo de Aprendizagem! Doenças Resultantes da Agressão ao Meio Ambiente – UNIME - Caderno do Discente – 2022.2 5 ARVORE TEMÁTICA Condições de vida e de trabalho Acesso aos serviços básicos Condições ambientais Disponibilidade de recursos Níveis de contaminação Crescimento populacional Desenvolvimento econômico PROCESSO SAÚDE/DOENÇA Bem estar Morbidade Mortalidade VIGILÂNCIA EM SAÚDE MELHORAMENTO DO AMBIENTE POLÍTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS 6 OBJETIVOS DO MÓDULO • Caracterizar os aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e clínicos da agressão à saúde humana causada por intoxicações exógenas e doenças emergentes e reemergentes com maior impacto na Bahia; • Descrever os modelos de saúde doença; • Classificar o modelo da História Natural da Doença (HND) e os níveis de aplicação das medidas preventivas; • Identificar doenças e agravos à saúde relacionados ao ambiente de trabalho, assim como alguns desafios na implementação das ações na Vigilância à Saúde do Trabalhador; • Conhecer o papel do médico na notificação, rastreamento e vigilância dos acidentes e óbitos por intoxicações exógenas e por condições ocopacionais. • Descrever a morfologia do crânio, do telencéfalo e do diencéfalo. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Situação epidemiológica, fontes oficiais de informação de intoxicação por produtos químicos e acidentes por animais peçonhentos e a atuação dos serviços de saúde com ênfase no Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox-BA). 2. Intoxicações exógenas por agrotóxicos: classificação toxicológica, epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento. 3. Acidentes pro animais peçonhentos: serpentes, aranhas e escorpiões de importância médica na Bahia - epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento. 4. Doenças emergentes e reemergentes: vigilância em saúde, epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento. 5. Epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamento, vigilância e controle de enteroparasitoses. 6. Modelos de Saúdee Doença. 7. História Natural da Doença (HND): da tríade epidemiológica às medidas de prevenção. 7 8. Vigilância em Saúde do Trabalhador: perfil de morbimortalidade pelas principais causas na nossa região e ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes; notificação compulsória. 9. Epidemiologia: conceitos de pandemia, epidemia, surto e endemia; indicadores de saúde - incidência, prevalência e letalidade. 10. Papel do médico na notificação, rastreamento e vigilância dos acidentes e óbitos por intoxicações exógenas e por condições ocopacionais. 11. Encaminhamentos legais do óbito. 12. Morfologia: anatomia óssea do crânio, anatomia do telencéfalo e do diencéfalo e morfologia do tecido nervoso. DISCIPLINAS PARTICIPANTES 1. Anatomia 2. Fisiologia 3. Histologia 4. Imunologia 5. Parasitologia 6. Microbiologia 7. Farmacologia 8. Patologia 9. Saúde Coletiva 10. Medicina Legal 11. Administração em saúde 12. Epidemiologia 13. Saúde do trabalhador 14. Ciências sociais e do comportamento 15. Psicologia Médica 16. Medicina geral da criança e do adolescente 17. Bioética 8 CARGA HORÁRIA DO MÓDULO ATIVIDADES CARGA HORÁRIA TBL 32 horas Palestras 06 horas LPI 08 horas Morfofuncionais 12 horas Consultorias 10 horas Estudo Autodirigido (EAD) 32 horas TOTAL DO MÓDULO 100 horas CRONOGRAMA DO MÓDULO ATIVIDADES DATA 1. Abertura do Módulo 31/10/2022 2. Período do Módulo 31/10/2022 a 06/12/2022 3. Último TBL 24/11/2022 4. Devolutiva da prova 28/11/2022 CONSULTORIAS DO MÓDULO As Consultorias ocorrerão ao final das sessões de TBL nas seguintes datas: 31/10, 14/11 e 28/11. 9 LABORATÓRIO DE MORFOFUNCIONAIS (LMF) O Laboratório de Morfofuncionais é composto por as aulas práticas de Anatomia Humana, práticas de Histologia e as aulas práticas do Laboratório de Práticas Integradas (LPI). Os conteúdos discutidos nestas aulas contemplam Anatomia, Histologia, Fisiologia, Embriologia, Fisiopatologia, Imaginologia, Imunologia, Microbiologia, Parasitologia, Bioquímica básica e Bioquímica clínica. As aulas práticas acontecem nos laboratórios de Anatomia Humana e LMF e nos laboratórios de Microscopia Óptica e Microbiologia. LABORATÓRIO DE MORFOFUNCIONAIS (LMF) Docentes da Anatomia: Eulália Pinheiro, Marcelo Oliveira e Tiago Cadidé Docentes da Histologia: Maria Clara Oliveira e Taise Peneluc. Coordenadora do 1º Ano do LMF: Profª MsC Naiara Pimentel Coordenadora Geral do LMF: Profª. MsC. Simone Cucco ✓ As aulas práticas de anatomia e de histologia ocorrerão de maneira espelhada em seus respectivos laboratórios com toda a turma distribuída entre os mesmos. ✓ Os dias de quarta e quinta feiras são destinados ao estudo da disciplina devendo ser respeitado o cronograma de realização das atividades e o seu respectivo professor alocado. ✓ Devem ser respeitadas todas as regras/orientações para a realização das aulas práticas; nos dias de estudo e revisão de prova. Cronograma Data Tema da aula 27/10/2022 Anatomia: Neurocrânio Histologia: Córtex cerebral 02/11/2022 FERIADO 03/11/2022 Anatomia: Viscerocrânio Histologia: Plexo coróide e epêndima 10/11/2022 Anatomia: Telencéfalo Histologia: --- 17/11/2022 Anatomia: Diencéfalo Histologia: --- 24/11/2022 Anatomia: Estudo Histologia: ---- 10 01/12/2022 Anatomia: Prova Histologia: Prova 05/12/2022 Anatomia: Revisão de prova Histologia: Revisão de prova . LABORATÓRIO DE PRÁTICAS INTEGRADAS (LPI) Docentes: Edvana Ferreira, Gustavo Miranda, Jorge Ribas, Rafael Gomes, Tatiane Sales, Vanessa Riesz. Coordenadora Geral do LMF: Pfa. MsC. Simone Cucco ✓ As aulas práticas de práticas integradas ocorrerão de maneira espelhada em seus respectivos laboratórios com toda a turma distribuída entre os mesmos. ✓ Devem ser respeitadas todas as regras/orientações para a realização das aulas práticas. Cronograma Data Tema da aula 01/11/2022 Identificação e associação clínica dos principais animais peçonhentos (Serpentes e Aracnídeos) de ocorrência na Bahia 08/11/2022 Ação proteolítica dos venenos 22/11/2022 Identificação e diagnóstico do agente etiológico e vetor associado a Leishmaniose Visceral e Tegumentar 29/11/2022 Principais helmintoses e protozooses resultantes da agressão ao meio ambiente 06/12/2022 Avaliação Prática – LPI OBSERVAÇÃO: As aulas para as turmas práticas A, B, C, D, E e F serão realizadas às terças-feiras das 16h00 às 17h40. 11 PALESTRAS Palestra: Agrotóxicos e Intoxicações exógenas: o caso do envenenamento com chumbinho. • Objetivo: Conhecer as classes de agrotóxicos e as intoxicações exógenas provocadas por eles, com ênfase no envenenamento por chumbinho. • Palestrante: Prof.ª Me. Taíse Peneluc • Data: 08/11/2022, terça feira, 17:30 Palestra: Os Impactos das Leishmanioses Tegumentar e Visceral no Estado da Bahia. • Objetivo: Descrever a situação epidemiológica e a fisiopatologia da leishmaniose tegumentar e visceral no município de Lauro de Freitas e estado da Bahia. • Palestrante: Prof.ª Dr.ª Melissa Abbehusen • Data: 10/11/2022, quinta feira, 11:30h Palestra: Principais parasitoses associadas às precárias condições ambientais. • Objetivo: Caracterizar as enteroparasitoses mais prevalentes na Bahia e sua relação com as condições do ambiente. • Palestrante: Prof. Me. Jorge Ribas • Data: 22/11/2022, terça feira, 17:30 12 AUSÊNCIA NO TBL Na ausência do Discente será atribuída nota zero na Sessão de TBL. Nas situações de doença comprovada por atestado médico ou impedimento de ordem jurídica também comprovado devem seguir o quanto estipula o regimento ou regulamento de avaliação e notas do curso de medicina o qual o(a) aluno(a) tem o dever de conhecer. 13 SESSÕES DE TBL CRONOGRAMA SESSÃO DO TBL DATA SESSÃO 01 31/10 SESSÃO 02 03/11 SESSÃO 03 07/11 SESSÃO 04 10/11 SESSÃO 05 14/11 SESSÃO 06 17/11 SESSÃO 07 21/11 SESSÃO 08 24/11 14 SESSÃO 1 TEXTO BASE Marina e Fernando, acadêmicos de Medicina e Biologia, respectivamente, participaram de um Projeto de Extensão Universitária sobre Saúde e Ambiente com a comunidade dos municípios de Simões Filho e Candeias. Durante as atividades de campo, ao longo do ano, visitaram feiras livres, Unidades de Saúde, domicílios e escolas e escutaram de residentes locais que no ano anterior houve um surto de leptospirose. Os agentes de saúde confirmaram esta informação e acrescentaram que neste verão ocorreu um elevado número de casos de chikungunya, que até então só havia sido notificada em alguns idosos. Segundo eles, até as zoonoses endêmicas, como a leishmaniose, tem se comportado de forma diferente nessas regiões. A Vigilância Ambiental foi acionada para avaliar as condições do solo, da água e do ar. Marina e Fernando ficaram bastante interessados em conhecer as taxas de morbidade e a distribuição destas doenças por ciclo de vida na população ao longo dos meses e anos. Daí lembraram: “Podemos investigar os boletins epidemiológicos da Vigilância e comparar com os dados ambientais e populacionais que coletamos no projeto!”. Objetivos de Aprendizagem: 1. Definir: prevalência, incidência, sazonalidade, surto, epidemia, endemia, pandemia. 2. Caracterizar as doenças emergentes e reemergentes no Brasil e na Bahia. 3. Descrever o perfil de morbidade e a sazonalidade das principais doenças emergentes e reemergentes no Brasil a partir da literatura estudada. 4. Caracterizar zoonoses e as respectivas estratégias de vigilância, prevenção e controle. 5. Elencara importância e as estratégias da vigilância na saúde pública. 6. Relatar as atribuições, estrutura e características da Vigilância em Saúde Ambiental. Conteúdo Pedagógico: 1. Epidemiologia: prevalência, incidência, sazonalidade, surto, epidemia, endemia, pandemia. 15 2. Doenças emergentes e reemergentes: conceito, características, fatores associados, epidemiologia. 3. Zoonoses – vigilância, prevenção e controle. 4. Vigilância como prática da saúde pública. 5. Vigilância em Saúde Ambiental. Referências Básicas: 1. ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à Epidemiologia. 4ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 282 p. Cap. 7 – Indicadores Epidemiológicos - págs. 128 a 162. 2. BARRETO, M.L. et al. Sucesso e fracassos no controle de doenças infecciosas no Brasil: o contexto social e ambiental, políticas, intervenções e necessidades de pesquisa. The Lancet: Séries The Lancet Brazil 2011: 47-60. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_saude_brasil_3.pdf 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses: normas técnicas e operacionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 121 p. Págs 8 a 11. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il. Págs. 66 a 76. 5. FAÇANHA, M.C.; CAVALCANTI, L.M.G. Doenças Emergentes e Reemergentes. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol: Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018. 752 p.:il. Cap. 12, págs. 217-238. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_saude_brasil_3.pdf 16 6. LUNA, E.J.A. A emergência das doenças emergentes e as doenças infecciosas emergentes e reemergentes no Brasil. Rev Bras Epidemiol 5(3): 229- 243, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/m9MYsBMfVB4zTkdJ3tBx9SG/?format=pdf&lang=pt 7. MEDRONHO, Roberto de Andrade et al. (Ed.). Epidemiologia. 2ª. Ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 685 p. Cap. 4 – Distribuição das Doenças no Espaço e no Tempo – págs. 83 a 102. 8. WALDMAN, Eliseu Alves. Vigilância como prática de saúde pública. In: CAMPOS, G.W.S. et al. (org). Tratado de Saúde Coletiva. 2ª ed. Revista e Aumentada. Hucitec/Fiocruz: Rio de Janeiro, 2012. Cap. 15. Págs. 487-528. https://www.scielo.br/j/rbepid/a/m9MYsBMfVB4zTkdJ3tBx9SG/?format=pdf&lang=pt 17 SESSÃO 2 TEXTO BASE João, acadêmico de medicina da UNIME, está ansioso para iniciar seu primeiro plantão no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) como estagiário. Recebe o plantão com o relato dos casos ocorridos: dois pacientes adultos foram vítimas de intoxicações exógenas – um deles, cuidando da sua plantação de laranja na fazenda, e o outro trabalhando na limpeza do seu quintal. Assumindo seu plantão, recebe seu primeiro caso: J.A.S., 16 anos, sexo feminino, com história de tentativa de suicídio, apresenta vômito, cefaleia, fraqueza, suor, salivação, visão turva, cãibras e convulsão. Ao se aprofundar mais no estudo desses casos, verificou que outra menina foi à óbito por esta mesma situação, no dia anterior. A sua família estivera hoje no hospital, pedindo liberação para enterrar a filha, sem querer que o cadáver fosse encaminhado para o IML. O pai, arrasado, dizia: “Por que fazer necrópsia se vocês já sabem a causa do óbito? Me deixem enterrar a minha filhinha...” Objetivos de Aprendizagem: 1. Verificar a ocorrência das intoxicações exógenas por agrotóxicos (produtos de uso domiciliar) no Brasil e na Bahia e as medidas de vigilância e controle. 2. Caracterizar as classes e as manifestações toxicológicas dos agrotóxicos, relacionando a fisiopatologia com os sintomas. 3. Descrever o protocolo de atendimento precoce e tardio às intoxicações exógenas provocada por agrotóxicos e outros produtos de uso domiciliar. 4. Verificar se as mortes por intoxicações exógenas se enquadram nas situações de óbito em que o cadáver deverá ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e/ou ao Serviço de Verificação do Óbito (SVO). Conteúdo Pedagógico: 1. Situação epidemiológica, vigilância e controle das intoxicações exógenas (enfoque nos agrotóxicos de uso domiciliar). 2. Agrotóxicos – fungicidas, herbicidas e inseticidas – organoclorados, piretróides, carbamatos, organofosforados, cumarínicos e amitraz. (Enfoque nos de uso 18 domiciliar): classificação toxicológica; fisiopatologia e quadro clínico; protocolo de atendimento precoce e tardio. 3. Encaminhamentos legais do óbito. Referências Básicas: 1. BAHIA, Secretaria Estadual de Saúde. Vigilância em Saúde. Serviço de Verificação de Óbito. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/svo/ 2. BAHIA, Secretaria Estadual de Saúde. Vigilância em Saúde. Vigilância e Atenção à Saúde da População Exposta à Agrotóxico (VSPEA). Boletim VSPEA - Ba nº 01 - dezembro 2020. 8 págs. Disponível em: https://online.fliphtml5.com/jecmd/cscy/#p=1 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. Diretrizes Brasileiras para o Diagnóstico e Tratamento de Intoxicações Agudas por Agrotóxicos [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020. 127 p. il. Caps. 1, 2, 3 e 5. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 294, DE 29 DE JULHO DE 2019. Dispõe sobre os critérios para avaliação e classificação toxicológica, priorização da análise e comparação da ação toxicológica de agrotóxicos, componentes, afins e preservativos de madeira, e dá outras providências. Art. 39, pág. 14; Anexo IV, Seção 1, págs. 27 e 28. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em http://www.saude.ba.gov.br/suvisa/svo/ https://online.fliphtml5.com/jecmd/cscy/#p=1 19 Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il. Págs. 1065 a 1077. 6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. Declaração de Óbito: manual de instruções para preenchimento [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 67 p.: il. Págs. 9 a 17; 26 a 30; 36 e 37; 40 a 46. 7. HERNANDEZ, EMM; RODRIGUES, RMR; TORRES, TM (Org.) Manual de Toxicologia Clínica: Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas. SÃO PAULO (Cidade). Secretaria Municipal de Saúde. Coordenadoria de Vigilância em Saúde. Divisão de Vigilância Epidemiológica. Núcleo de Prevenção e Controle das Intoxicações, 2017, 465p. Caps. 1, 3, 9, 10, 11 e 12. 20 SESSÃO 3 TEXTO BASE Na semana seguinte, João acompanhou o atendimento de dois casos de acidentes por animais peçonhentos (AAP). A.S.S., um menino de seis anos, procedente de Amargosa, Bahia, foi picado em seu quintal por um“escorpião amarelo” ao mexer com os “tijolos do papai” e M.F.S., também menor, com quatro anos, se acidentou ao pegar em uma cobra coral, quando brincava no jardim de sua casa, em um condomínio de luxo, em Salvador. A.S.S. estava internado há dois dias e iniciando a melhora de seu quadro geral, classificado como moderado ao dar entrada no HGRS. Já M.F.S., apesar de chegar mais precocemente ao HGRS, teve seu quadro classificado como grave e estava na UTI desde a sua entrada ao hospital, há 16 horas. João ficou assustado, pois não imaginava que existissem tantos AAP assim na Bahia e foi em busca dos prontuários do CIATox e das notificações na SUVISA para compreender melhor a situação epidemiológica desses acidentes. Objetivos de Aprendizagem: 1. Verificar quais as principais espécies de serpentes, aranhas e escorpiões de importância médica, sua distribuição geográfica e a morbimortalidade dos acidentes na Bahia. 2. Diferenciar a fisiopatologia dos envenenamentos pelas principais espécies causadoras de acidentes na Bahia. 3. Identificar as formas de classificação quanto à gravidade dos acidentes e soroterapia recomendada. 4. Descrever o protocolo de atendimento de emergência dos AAP a partir dos seguintes critérios: tempo decorrido entre a picada e a chegada para atendimento, gravidade na avaliação clínica inicial, local da picada, idade e condição de saúde do paciente antes do acidente, tipo de agente etiológico. 5. Apresentar as funções do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox-BA) – antigo CIAVE - na orientação, diagnóstico clínico e laboratorial, tratamento e prevenção de intoxicações. 21 Conteúdo Pedagógico: 1. Acidentes por animais peçonhentos (AAP): ofidismo – botrópico (Bothrops), crotálico (Crotalus), elapídico (Micrurus) e laquético (Lachesis); escorpionismo – Tityus serrulatus, T. bahiensis e T. stigmurus; araneísmo – foneutrismo (Phoneutria); latrodectismo (Latrodectus) e loxoscelismo (Loxosceles). 2. Fisiopatologia, diagnóstico diferencial, tratamento, prognóstico; magnitude dos acidentes e distribuição geográfica – aspectos clínico-epidemiológicos; incidência e letalidade dos acidentes. 3. Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox-BA) – antigo CIAVE (Centro de Informações Antiveneno): orientação, diagnóstico, tratamento e prevenção de intoxicações. 4. Morbimortalidade dos acidentes por animais peçonhentos na Bahia. Referências Básicas: 1. BAHIA. Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia – CIATOX-BA. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/atencao-a- saude/comofuncionaosus/centros-de-referencia/ciatox/ 2. BAHIA. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE. VIGILÂNCIA À SAÚDE. Boletim Epidemiológico Acidentes por Animais Peçonhentos. Bahia. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/08/boletim- epidemiologico-animais-pe%C3%A7onhentos_agosto2019-V_3.pdf 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il. Págs. 1019 a 1036. 4. CARDOSO, J.L.C. et al. Animais Peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2ª ed. São Paulo: SARVIER, 2009. 540p. Caps. 2, 6 a 9, 13 a 17, 19 e 20, 39 e 40. http://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/comofuncionaosus/centros-de-referencia/ciatox/ http://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/comofuncionaosus/centros-de-referencia/ciatox/ http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/08/boletim-epidemiologico-animais-pe%C3%A7onhentos_agosto2019-V_3.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/08/boletim-epidemiologico-animais-pe%C3%A7onhentos_agosto2019-V_3.pdf 22 5. LEIS, Livia Batista; CHEBABO, Alberto. Diretrizes Diagnósticas de Acidentes com Animais Peçonhentos. Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Págs. 1 a 20. Disponível em: https://docplayer.com.br/20019902-Diretrizes-diagnosticas-de-acidentes-com- animais-peconhentos.html 6. PARANÁ. GOVERNO DO ESTADO. Nota Técnica no. 14, 2021 - CIATOX- PR-DVVZI-CVIA-DAV-SESA. Acidentes ofídicos de interesse no Paraná – Botrópico, crotálico e elapídico. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2021- 11/Nota%20t%C3%A9cnica%20n%C2%BA%2014-2021%20CIATOX-PR-DVVZI- CVIA-DAV-SESA%20Acidentes%20of%C3%ADdicos.pdf https://docplayer.com.br/20019902-Diretrizes-diagnosticas-de-acidentes-com-animais-peconhentos.html https://docplayer.com.br/20019902-Diretrizes-diagnosticas-de-acidentes-com-animais-peconhentos.html https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2021-11/Nota%20t%C3%A9cnica%20n%C2%BA%2014-2021%20CIATOX-PR-DVVZI-CVIA-DAV-SESA%20Acidentes%20of%C3%ADdicos.pdf https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2021-11/Nota%20t%C3%A9cnica%20n%C2%BA%2014-2021%20CIATOX-PR-DVVZI-CVIA-DAV-SESA%20Acidentes%20of%C3%ADdicos.pdf https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2021-11/Nota%20t%C3%A9cnica%20n%C2%BA%2014-2021%20CIATOX-PR-DVVZI-CVIA-DAV-SESA%20Acidentes%20of%C3%ADdicos.pdf 23 SESSÃO 4 TEXTO BASE Juliano, em férias na sua casa de praia em Jauá, notou que seu cão encontrava-se mais magro, mucosas pálidas, com ferimento na ponta das orelhas e onicogrifose. Dias depois, recebeu a visita do agente de endemias em sua residência, que informou sobre a possível doença do seu animal e que a mesma se trata de uma zoonose. Retornando das férias, ainda refletindo sobre a doença de seu cão, Juliano vai à USF em que estagia no PINESC pois, ao estudar esse assunto, lembrou-se de sua paciente Paula que ele acompanhou no semestre passado: no atendimento, ela havia relatado estar há três semanas contínuas com febre, bastante pálida e com abdômen volumoso e dolorido. Assim, ficou se questionando se poderia ser a mesma doença do seu cão, pois se lembrou que Paula havia informado que o seu cachorro tinha os mesmos sintomas do cão de Juliano. E foi verificar quais municípios das regiões de saúde de Salvador e Camaçari apresentam maior registro de ocorrência desta. Objetivos de Aprendizagem: 1. Descrever o ciclo biológico dos vetores e do agente etiológico das leishmanioses (LTA e LV). 2. Caracterizar as leishmanioses quanto à: etiologia, epidemiologia, patogenia, diagnóstico e tratamento. 3. Apresentar a situação epidemiológica da leishmaniose visceral e cutânea na Bahia. 4. Identificar as estratégias de ação na prevenção e no combate às leishmanioses desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) e as dificuldades encontradas no controle das doenças (desequilíbrio ambiental, adaptação urbana, controle químico). Conteúdo Pedagógico: 1. Leishmanioses: ciclos biológicos do vetor e do agente, etiologia, epidemiologia, patogenia, diagnóstico clínico e laboratorial e tratamento. 2. Situação epidemiológica das leishmanioses na Bahia. 24 3. Estratégias de ação na prevenção e no combate à leishmaniose desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) e as dificuldades encontradas no controle das leishmanioses. Referências Básicas: 1. BAHIA. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE. VIGILÂNCIA À SAÚDE. Boletim Epidemiológico da Leishmaniose Visceral no Estado da Bahia. Agosto - 2020, nº 1. 8 págs. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp- content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicaLeishmanioseViceralAgo2020.pdf 2. BAHIA. SECRETARIA ESTADUALDE SAÚDE. VIGILÂNCIA À SAÚDE. Boletim Epidemiológico da Leishmaniose Tegumentar no Estado da Bahia. Outubro - 2020, nº1. 11 págs. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp- content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicoLeishmanioseTegumentarOut2020.p df 3. BAHIA. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE. VIGILÂNCIA À SAÚDE. Cenário Epidemiológico da Bahia. Leishmanioses. Págs. 37 a 45. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/03/Cen%C3%A1rio- Epidemiol%C3%B3gico-da-Bahia.pdf 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p.:il. Págs. 803 a 838. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Leishmaniose visceral: recomendações clínicas para redução da letalidade. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 78 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicaLeishmanioseViceralAgo2020.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicaLeishmanioseViceralAgo2020.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicoLeishmanioseTegumentarOut2020.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicoLeishmanioseTegumentarOut2020.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidimiologicoLeishmanioseTegumentarOut2020.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/03/Cen%C3%A1rio-Epidemiol%C3%B3gico-da-Bahia.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/03/Cen%C3%A1rio-Epidemiol%C3%B3gico-da-Bahia.pdf 25 6. BRASIL. Ministerio da Saude. Secretaria de Vigilancia em Saude. Departamento de Vigilancia das Doencas Transmissiveis. Manual de vigilancia da leishmaniose tegumentar [recurso eletronico] / Ministerio da Saude, Secretaria de Vigilancia em Saude, Departamento de Vigilancia das Doencas Transmissiveis. – Brasilia: Ministerio da Saude, 2017. 189 p.: il. 7. DUARTE, M.I.S.; BADARÓ, R.S. Leishmaniose Visceral: calazar. In: FOCACCIA, Roberto. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 2 volumes. 2.489p. il. Cap. 94, págs. 1859 a 1887. 8. FALQUETO, A.; SESSA, P.A. Leishmaniose Tegumentar Americana. In: FOCACCIA, Roberto. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 2 volumes. 2.489p. il. Cap. 93, págs. 1841 a 1858. 26 SESSÃO 5 TEXTO BASE Juliano está acompanhando a triagem na USF e resolve seguir o caso de Ana, que apresenta febre, dor no corpo, vômito e cefaleia intensa há cinco dias e prova do laço positiva. Ana é a quarta pessoa que veio hoje à Unidade com estes sintomas e nas duas últimas semanas chegaram muitos casos semelhantes. Desde o dia anterior, Ana começou a apresentar convulsões tônico-clônicas, alterações sensoriais e hematúria, ao que os familiares a trouxeram à emergência. A ressonância magnética (RM) do cérebro mostrou anormalidade e edema difusos nas diferentes regiões do córtex cerebral, no hipocampo, no corpo amigdaloide e no tálamo. Notaram-se focos de hemorragia no córtex frontal lateral esquerdo e no corpo amigdaloide esquerdo e encefalite. Os familiares informam que vivem em uma área descoberta que não apresenta rede de água e esgoto e, assim, precisa armazenar água. Reclamam também que tem muita “muriçoca” na sua casa e vizinhança. Juliano ficou preocupado com a situação de saúde da área de abrangência da USF, pois, ao estudar os dados epidemiológicos do Estado, notou que a incidência está alta e a letalidade é mais alta quando há determinadas manifestações clínicas. Quatro semanas após a alta, a RM mostrou redução nas lesões bilaterais no tálamo e na região do sulco lateral direito. Ana não apresentava mais déficits neurológicos além de ligeira ataxia. Objetivos educacionais: 1. Descrever as principais estruturas anatômicas do telencéfalo e do diencéfalo e as suas funções gerais. 2. Diferenciar nas arboviroses – dengue, Zika e chikungunya: etiologia, patogenia, diagnóstico clínico e laboratorial e tratamento. 3. Explicar a fisiopatologia da dengue e as possíveis complicações. 4. Descrever o protocolo de atendimentos e encaminhamentos no SUS nos casos de dengue, de acordo com os sinais e sintomas apresentados pelos usuários. 5. Discorrer sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti. 27 6. Caracterizar o perfil epidemiológico da dengue, Zika e chikungunya no Estado de acordo com o sexo e ciclo de vida dos acometidos. 7. Demonstrar os aspectos epidemiológicos das doenças neuroinvasivas por arbovírus na Bahia. 8. Identificar as estratégias de ação na prevenção e no combate às arboviroses desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) e as dificuldades encontradas no controle das doenças (desequilíbrio ambiental, adaptação urbana, controle químico). Conteúdo Pedagógico: 1. Anatomia do telencéfalo e do diencéfalo. 2. Fisiopatologia, aspectos laboratoriais e epidemiológicos da dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. 3. Fluxograma de atendimentos e encaminhamentos no SUS nos casos de dengue. 4. Dengue, Zika e chikungunya: etiologia, epidemiologia, patogenia, diagnóstico e tratamento diferenciais. 5. Epidemiologia das doenças neuroinvasivas por arbovírus. 6. Ciclo de vida do Aedes aegypti. 7. Estratégias de ação na prevenção e no combate à dengue, Zika e chikungunya e desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde (SESAB) e as dificuldades encontradas no controle dessas doenças. Referências Básicas: 1. BAHIA. Secretaria Estadual de Saúde. Superintendência de Vigilância à Saúde. Cenário Epidemiológico das Doenças Transmissíveis Por Vetores. Págs. 1 a 19; 58 a 63. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp- content/uploads/2019/04/2019-Cenario-Epidemiologico-das-doen%C3%A7as- transmissiveis-por-vetores.-Bahia.pdf 2. BAHIA. Secretaria Estadual de Saúde. Superintendência de Vigilância à Saúde. Boletim Epidemiológico das Neuroinvasivas - Nº 03 | julho | 2022. http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/04/2019-Cenario-Epidemiologico-das-doen%C3%A7as-transmissiveis-por-vetores.-Bahia.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/04/2019-Cenario-Epidemiologico-das-doen%C3%A7as-transmissiveis-por-vetores.-Bahia.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2019/04/2019-Cenario-Epidemiologico-das-doen%C3%A7as-transmissiveis-por-vetores.-Bahia.pdf 28 Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp- content/uploads/2017/11/boletimEpidemiologicoNeuroinvasivasNo03_jul2022-1.pdf 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico - Casos graves e óbitos por dengue no Brasil, 2019 a 2022. Vol. 53. No. 20. Maio – 2022. Págs. 1 a 9. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de- conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim- epidemiologico-vol-53-no20/view 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il. Págs. 685 a 750. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança.5ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 58 p.: il. 6. BRASIL. Ministério da Saúde. DENGUE - Classificação de Risco e Manejo do paciente. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de- conteudo/publicacoes/publicacoes- svs/dengue/dengue_classificacao_risco_manejo_paciente.pdf/view 7. FONSECA, B.A.L.; FIGUEIREDO, L.T.M. Dengue. In: FOCACCIA, Roberto. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 2 volumes. 2.489p. il. Cap. 13, págs. 427 a 442. 8. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 341p. Cap. 7 – Anatomia Macroscópica do Telencéfalo – pág. 57-70. http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidemiologicoNeuroinvasivasNo03_jul2022-1.pdf http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/boletimEpidemiologicoNeuroinvasivasNo03_jul2022-1.pdf https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no20/view https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no20/view https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2022/boletim-epidemiologico-vol-53-no20/view https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/dengue/dengue_classificacao_risco_manejo_paciente.pdf/view https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/dengue/dengue_classificacao_risco_manejo_paciente.pdf/view https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/dengue/dengue_classificacao_risco_manejo_paciente.pdf/view 29 9. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 341p. Cap. 6 – Anatomia Macroscópica do Diencéfalo – pág. 53-55. 10. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 344p. Cap. 22 – Estrutura e funções do hipotálamo – pág. 217-225. 11. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 344p. Cap. 23 – Estrutura e funções do tálamo, subtálamo e epitálamo – pág. 228-234. 12. VASCONCELOS, P.F.C. et al. Arboviroses. In: FOCACCIA, Roberto. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 2 volumes. 2.489p. il. Cap. 10, págs. 377 a 392. 30 SESSÃO 6 TEXTO BASE No final de uma semana movimentada de trabalho na USF Caji Vida Nova, decorrente da chegada, por demanda espontânea, de vários casos de mal estar generalizado, alguns associados a diarreia e vômitos, outros com relato de febre, cansaço generalizado e dores musculares, e alguns, ainda, com pele e olhos amarelados, Juliano, agora Interno, resolve analisar mais à miúde estas situações. Ao verificar os prontuários, percebe que há dois padrões nos sintomas: um padrão mais comum entre as crianças e outro mais frequente entre os adultos. Nota ainda que quase todos os casos são residentes da área descoberta. Assim, põe-se a refletir sobre os modelos de saúde e doença e, em especial, sobre a história natural das doenças (HND) associadas à má qualidade da água e do solo, uma vez que aquela área apresenta precárias condições de saneamento e presença das comunidades tradicionais. Assim, Juliano começa a “desenhar” a tríade epidemiológica e como pode, enquanto Médico de Família e Comunidade, desenvolver estratégias legítimas e oportunas nos diferentes níveis de prevenção e aplicação de medidas assistenciais para a comunidade dessa área. Objetivos educacionais: 1. Descrever a Tríade Epidemiológica (HND) no contexto das doenças associadas à falta de saneamento básico. 2. Caracterizar os níveis de prevenção de acordo com o modelo da HND no contexto das doenças associadas à falta de saneamento básico. 3. Exemplificar estratégias e medidas assistenciais em saúde para vigilância e controle de doenças associadas à falta de saneamento básico, tais como leptospirose e rotavírus. 4. Relatar etiologia, epidemiologia, profilaxia e controle da leptospirose e do rotavírus. 5. Aplicar os modelos de saúde e doença na explicação da ocorrência de doenças virais e bacterianas associadas à ausência de saneamento. 31 Conteúdo Pedagógico: 1. Doenças causadas por vírus e bactérias devido à ausência de saneamento ambiental mecanismos de infectividade (Tríade Epidemiológica). 2. Modelos de Saúde Doença e as doenças infecciosas. 3. História Natural da Doença (HND): a tríade epidemiológica, os níveis de prevenção e a aplicação de medidas assistenciais. 4. Leptospirose e rotavírus: etiologia, epidemiologia, profilaxia e controle. 5. Aplicação de estratégias e medidas assistenciais em saúde para vigilância e controle de doenças associadas à falta de saneamento básico, tais como leptospirose e rotavírus. Referências Básicas: 1. ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zélia. Introdução à Epidemiologia. 4ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 282 p. Cap. 3, págs. 32 a 72. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il. Págs. 195 a 206; 953 a 974. 3. DIAMENT, D. et al. Leptospiroses. In: FOCACCIA, Roberto. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 2 volumes. 2.489p. il. Cap. 73, págs. 1519 a 1524; 1534 (Profilaxia). 4. LINHARES, A.C. et al. Rotavirose e outras infecções por vírus entéricos. In: FOCACCIA, Roberto. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 2 volumes. 2.489p. il. Cap. 27, págs. 845 a 853; 857-862 (Controle e Profilaxia). 32 5. MOTA, F.S.B. Saúde Ambiental. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol: Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018. 752 p.:il. Cap. 19, págs. 361-375. 6. ROUQUAYROL, M.Z. et al. Epidemiologia, História Natural, Determinação Social, Prevenção de Doenças e Promoção da Saúde. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol: Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018. 752 p.:il. Cap. 2, págs. 9-23. 33 SESSÃO 7 TEXTO BASE Na semana seguinte, Juliano e seu preceptor, dr. Maurício, resolveram visitar a área descoberta com a sua equipe para realizar investigação e busca ativa dos casos. Os técnicos da Vigilância, que tinha sido acionada por dr. Maurício na semana anterior, fizeram coleta da água da caixa d’água que abastece a área, das residências (por amostragem) e também coleta de amostra de fezes para realização do parasitológico dos residentes (por amostragem). Ao mesmo tempo, a equipe de Juliano fazia o inquérito epidemiológico e notaram o relato de outros sintomas, tais como perda de apetite e diarreia com sangue. As mães, inclusive, reportaram que o rendimento escolar e o ganho de peso das crianças estavam afetados. Alguns adultos referiram dificuldade de se concentrar no trabalho ou muita indisposição para trabalhar. Ao juntar os resultados do inquérito com os achados da Vigilância, os profissionais da equipe foram desenvolver os planos terapêuticos apropriados. RESULTADOS DA VIGILÂNCIA: Análise da água: Pesquisa de coliformes totais, coliformes termotolerantes, Escherichia coli e cistos de Giardia spp. e oocistos de Cryptosporidium spp. • Residências: água não potável, ensaios insatisfatórios de acordo coma Portaria nº 2.914/MS, de 12 de dezembro de 2011. • Caixa d´água que abastece o bairro: satisfatória, potável. • Resultado do parasitológico da amostragem da população: o Presença de ovos de Enterobius vermiculares (60% das amostras) o Presença de ovos de Ascaris lumbricoides e Ancylostoma spp. (40% das amostras) o Presença de cistos de Giardia lamblia e Entamoeba histolytica (30% das amostras) Objetivo Educacional: Descrever o ciclo biológico, a epidemiologia, a fisiopatologia, o quadro clínico, diagnósticos e tratamentos das enteroparasitoses relacionadas à contaminação da água e 34 solo – A. lumbricoides, A. duodenale, T. trichiura, E. vermicularis, S. stercoralis, G. lamblia, E. histolytica, S. mansoni. Conteúdo Pedagógico: Protozoários e helmintos relacionados à contaminação da água e do solo: características estruturais, ciclo de vida, fatores de virulência, epidemiologia, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico laboratorial, prevenção e tratamento. Referências Básicas: 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il. Págs. 873 a 895. 2. FOCACCIA, Roberto. Veronesi: Tratado de Infectologia. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. 2 volumes. 2.489p. il. Caps. 86, 91, 97, 99, 102, 103, 104 e 112. 35 SESSÃO 8 TEXTO BASE Mário, líder sindical de uma empresa, chegou em casa após um turno de 24 horas exausto e preocupado, pois houve um grave acidente de trabalho na obra. Seu colega, Alfredo, sofreu um acidente grave quando uma viga não segura o atingiu na face e ele chegou a perder a consciência por várias horas. O colega teve que ser levado ao hospital, com dor nas regiões maxilar e mandibular. A maxila estava móvel. Havia edema nas regiões nasal e periorbital, com equimose periorbital direita. A tomografia mostrou fraturas nos ossos nasais bilaterais; na parede anterior do seio maxilar esquerdo e paredes anterior e posterolateral do seio maxilar direito; no arco zigomático direito; no assoalho da órbita direita; nas placas pterigoideas medial e lateral direitas e no ramo direito da mandíbula. Apesar de uma laceração no região supraorbital, não foram observadas fraturas do osso frontal, do seio frontal ou de ossos da calvária. Mário acompanhou seu colega à emergência para atendimento médico e, durante o atendimento, ouviu a conversa entre o médico e um estudante de medicina, questionando como foi o fato, se o paciente estaria usando EPIs e se haveria alguma medida para evitar acidentes como esse no ambiente de trabalho. Mário então informou incomodado que os supervisores quiseram culpar Alfredo pelo acidente, mas que ele fora forçado pelo seu supervisor a substituir um colega que está de licença médica devido a problemas lombares e que não era treinado para a função que exercia no momento do acidente. Disse ainda que eles estariam com os EPIs “adequados”. Durante a alta de Alfredo, Mário pergunta ao médico se não deveria levar um relatório do médico do trabalho para ser entregue na empresa. Objetivos educacionais: 1. Diferenciar o viscerocrânio do neurocrânio quanto aos ossos componentes, principais acidentes anatômicos e suas funções. 2. Comparar acidentes de trabalho típico, de trajeto; doenças relacionadas ao trabalho e doenças ocupacionais. 3. Verificar quais os deveres e direitos dos trabalhadores em relação aos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. 36 4. Caracterizar a saúde do trabalhador e os processos de investigação do risco laboral. 5. Descrever as ações de Vigilância em Saúde do trabalhador e dos órgãos e sistemas de informação competentes – CEREST, CESAT, RENAST, CAT, SINAN etc. 6. Elencar os objetivos e estratégias da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. 7. Apresentar as normas do Conselho Federal de Medicina para os médicos que atendem o trabalhador de acordo com a resolução CFM nº 2.297/2021. Conteúdo Pedagógico: 1. Anatomia do viscerocrânio e do neurocrânio. 2. Conceitos de acidentes de trabalho típico, de trajeto; doenças relacionadas ao trabalho e doenças ocupacionais. 3. Deveres e direitos dos empregados. 4. Epidemiologia e Vigilância à Saúde do Trabalhador: promoção, proteção e recuperação da saúde; fatores de risco; indicadores e situação epidemiológica; notificação compulsória; ações de promoção da saúde e prevenção de doenças e acidentes; órgãos, serviços e sistemas de informação. 5. Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. 6. Dever médico nas situações de acidentes/doenças no ambiente de trabalho em diferentes cenários e contextos de recepção do trabalhador: empresa, médico do trabalho; emergência, médico plantonista; outra unidade de saúde, médico que realizou o atendimento. Referências Básicas: 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p.: il. Págs. 77 a 87; 1051 a 1056. 37 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012. Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html 3. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Resolução CFM nº 2.297/2021. Dispõe de normas específicas para médicos que atendem o trabalhador. 4. MEDRONHO, Roberto de Andrade et al. (Ed.). Epidemiologia. 2ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 685p. Cap. 31 – Epidemiologia e Saúde do Trabalhador – Tabela 31.1, pág. 551. 5. MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur f.; AGUR, Anne M. Anatomia Orientada para clínica. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011. 344p. Cap. 8 – cabeça – pág. 1224- 1245; 1359. 6. PIGNATI, W.A. et al. Saúde do Trabalhador. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia; SILVA, Marcelo Gurgel Carlos da. Rouquayrol: Epidemiologia & Saúde. 8. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2018. 752 p.:il. Cap. 18, págs. 337-360. 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