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1 REDE DE ENSINO DOCTUM – JUIZ DE FORA ARQUITETURA E URBANISMO ESPAÇO LIVRE E PAISAGEM PROF.: Hudson Gonçalves Martins 31/08/20222 Paola Lávia de Carvalho ESPAÇOS ABERTOS E ESPAÇOS LIVRES: UM ESTUDO DE TIPOLOGIAS Evy Hannes. Arquiteta e urbanista, especialista em Arquitetura da Paisagem e Desenho Ambiental pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Mestranda da área de concentração Paisagem e Ambiente do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP). Docente de Projeto Urbano e Paisagismo na Universidade Paulista (UNIP). evyhannes@yahoo.com O artigo disserta sobre às tipologias de espaços abertos e de espaços livres, de modo a conceitua- los em relação às esferas privada e pública. Apresenta as diferentes funções com relação ao urbano, social, estético, ecológico e recreativo. Os espaços livres são definidos como qualquer espaço sem edificações ou urbanização, sendo destinados ao trabalho arquitetônico, já a esfera pública corresponde, segundo Habermas (1984), às relações da sociedade, à discussão pública, ou seja, o espaço onde ocorre o convívio público. Em contrapartida, a esfera privada correlaciona-se com as necessidades e interesses privados dos cidadãos e, por sua vez, o espaço privado pertence à uma pessoa física ou uma instituição e pode ou não ser aberto ao público. As tipologias abordadas são a rua, primordial e principal elemento do espaço urbano, o calçadão, uma via de uso exclusivo de pedestres, uma nova tipologia conhecida como woonerf, conceito holandês que surgiu na década de 70, sendo uma quadra, ou uma rua onde pedestres, automóveis e ciclistas compartilham de modo harmônico o espaço, o pátio, espaço interno aberto conhecido historicamente através das mais diversas civilizações, a praça que remonta da ágora grega, como um espaço de convivência pública e cívico da sociedade, hoje corresponde ao espaço urbano para lazer, permanência, convivência de acesso exclusivo para pedestres, o pocket park, conceito que surgiu em NY em 67 como pequenas áreas de lazer inseridas no espaço urbano que desafogam o caos urbano, o parque urbano, nome dado aos complexos voltados para o lazer, como parques de diversão, aquáticos, zoológicos, botânicos e demais variações, sendo privados ou públicos, por fim a autora apresenta os espaços informais de apropriação pública, exemplificados através de muretas ou canteiros que são utilizados como bancos, escadas que viram salas, parques que viram locais de prática esportiva, bancos que são utilizados para manobras de skates e variações afins. O artigo elucida de modo coerente os conceitos de espaço, bem como a diferença entre as esferas, exemplificando com citações de outros autores, que através desse texto complementam-se, trazendo as mais variadas tipologias de espaço com ilustrações que enriquecem o texto. A abordagem da autora foi clara e objetiva, o que leva uma reflexão sobre história, conceitos e usos dos espaços de modo geral. Todo estudante de arquitetura, não só da disciplina relacionada ao paisagismo, bem como todo leitor que se interessar por temas diversificados, deveria conhecer esse artigo para enriquecimento profissional e pessoal, pois ao apresentar novos conceitos e retomar conceitos antigos, a autora apresenta uma nova visão sobre espaços comuns que muitas vezes são ignorados devido à rotina acelerada da sociedade. Dessa forma, a leitura do texto é simplificada e esclarecedora, não necessitando de conhecimentos prévios complexos para compreensão principal do contexto apresentado.
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