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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA CONECTADO SEGURANÇA PÚBLICA SERGIO FERNANDES DE SOUSA PROJETO INTERDISCIPLINAR LIMOEIRO 2022 SERGIO FERNANDES DE SOUSA PROJETO INTERDISCIPLINAR Trabalho de projeto interdisciplinar apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito para a obtenção de média semestral. LIMOEIRO 2022 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................... 5 a) Etapa 1 ............................................................................................................................... 5 b) Etapa 2 ............................................................................................................................... 6 c) Etapa 3 ................................................................................................................................ 6 d) Etapa 4 ............................................................................................................................... 7 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 10 4 INTRODUÇÃO Abordaremos nessa produção acadêmica a relevância da tecnologia em segurança pública em um caso prático. A Produção Textual Individual (PTI), base para elaboração e resolução das questões levantadas, será: “População carcerária brasileira: possíveis implicações de um cenário caótico”. Partindo desse contexto, faremos a correlação entre os conhecimentos adquiridos através das disciplinas abordadas durante todo o semestre e as situações apresentadas pela Situação Geradora de Aprendizagem (SGA). 5 DESENVOLVIMENTO a) Etapa 1 01. O conflito é natural e inevitável nas relações humanas, ele acontece no campo das ideias quando duas partes têm incompatibilidade de valores, necessidades, opiniões e desejos. O conflito muitas vezes é desejável tendo em vista que promove o crescimento mutuo. Porém grande parte das pessoas vivenciam situações de conflito e adotam formas extremas de lidar com tais situações, agindo de forma agressiva e destrutiva, resultando assim no que conhecemos como confrontos. As rebeliões nos presídios são um exemplo nítido desses confrontos, grupos opostos que ultrapassam os limites racionais das divergências ideológicas e partem para o atrito físico, resultando em barbáries. 02. Dentre as estratégias escolhidas utilizaria a escuta ativa, essa técnica aumenta a disposição para o diálogo, uma vez que a parte percebe o interesse na exposição e se sente mais à vontade para relatar os acontecimentos. Um dos principais trabalhos do mediador é esclarecer os conflitos utilizando uma técnica específica para ouvir os fatos expostos por cada litigante. Interesses: Anseios expostos pelos detentos, como melhores condições para cumprimento da pena; Alas separadas presos filiados a facções; Possibilidade de trabalhar como forma de redução da pena e ter uma fonte de renda. Dados e Informações: levantas se existem membros de facções rivais dividindo os mesmos pavilhões. Informações sofre tipo de condenações e sentenças atribuídas aos detentos. Propostas: Organizar os presos filiados a facções em pavilhões separados dos demais; Triagem dos presos condenados por crimes contra vida, bem aqueles que aguardam julgamentos; Implantação de programas que visem a profissionalização dos detentos para que possam ter condições de mudar de vida ao sair do sistema carcerário. 6 Critérios de legitimidade da Proposta: Reuniões com os representantes dos detentos com a administração do complexo penitenciário para firmação dos acordos e propostas. Comunicação: Comunicação clara e objetiva, visando melhor entendimento por todos, além de canais abertos de comunicação dos detentos com a administração carcerária. b) Etapa 2 A população carcerária brasileira é uma das maiores do mundo e já carrega um estigma que o sistema não reeduca, não reabilita e não reintegra os presos a sociedade, daí a importância da implementação de programas sociais junto a essa parcela da sociedade tão marginalizada, os órgãos responsáveis pela administração carcerária podem buscar parcerias com a iniciativa privada afim de custear a implementação de programas de profissionalização e educação para os jovens e adultos que se encontram cumprindo pena. A pena aplicada não deve ter apenas caráter punitivo, ela deve ir além mostrar ao indivíduo que ele transgrediu as regras socialmente impostas, mas que ele tem condições de se reerguer e se integrar novamente com a sociedade trazendo para ela contribuições e se encontre como membro colaborador da mesma. Afim de mitigar a reincidência na delinquência e criminalidade. c) Etapa 3 O monitoramento eletrônico foi implantado no Brasil pela primeira vez em 2007 na cidade de Guarabira/Paraíba, embora o governo de São Paulo já estudasse a adoção do monitoramento eletrônico. No entanto, apenas em 2010 o uso de monitoramento eletrônico foi reconhecido legalmente através da Lei nº 12.258/2010, a qual prevê a possibilidade de utilização do equipamento de vigilância indireta pelo condenado em algumas situações. A mencionada lei permite que o juiz se utilize do monitoramento 7 eletrônico quando autorizar a saída temporária no regime semiaberto e quando determinar a prisão domiciliar. O condenado será instruído dos cuidados a serem adotados com o equipamento eletrônico e deverá cumprir com os seguintes deveres: I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas orientações; II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça. Caso haja violação comprovada dos deveres do condenado, essa violação poderá acarretar, após ouvir o Ministério Público e a defesa do condenado, a critério do juiz de execução: I – regressão do regime; II - revogação da autorização de saída temporária; III – a revogação da prisão domiciliar; IV – advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas citadas. O monitoramento eletrônico também poderá ser revogado quando: I - se tornar desnecessária ou inadequada; II – o condenado/acusado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta grave. As vantagens para a utilização do monitoramento eletrônico seriam: a redução da população carcerária; diminuição de despesas para o Estado. As desvantagens para a utilização do monitoramento eletrônico: restrição na fiscalização do condenado; aumentar as chances de reincidência ao crime. d) Etapa 4 01. Sim, os direitos humanos são inerentes a todo e qualquer ser humano independente se ele está em liberdade ou sob a tutela do estado por ter cometido um crime. A Lei Nº 7.210, de 11 de julho de 1984, intitulada Lei de Execução Penal (LEP), é uma das mais completas do mundo e assegura, a partir do art. 10, os interesses do presidiário, dispondo sobre o dever estatal de prestar assistência a esse indivíduo nas seguintes áreas: Material, instalações higiênicas, vestuário e alimentação; Saúde: atendimento odontológico, farmacêutico e médico, tanto em caráter preventivo quantocurativo; Jurídica: àqueles que não puderem pagar advogado; Educacional: formação profissional e instrução escolar; Social: preparo para o retorno do preso à sociedade; Religiosa: liberdade de culto e posse de livros ligados à religião. 8 Ainda, o art. 3º da LEP prevê que “ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei”. Tratados internacionais dão um parâmetro mínimo ao tratamento dos presidiários, orientando o ordenamento jurídico de cada país. 02. Nossa população carcerária já é a terceira maior do mundo, atrás somente da China e dos Estados Unidos. Recorrentemente abrimos os noticiários e vemos relatos do total despreparo estatal em fornecer condições minimamente dignas aos presidiários. 9 CONCLUSÃO Ao finalizarmos esta produção acadêmica percebemos a importância do seu desenvolvimento para a competência e habilidade na atuação profissional. A segurança pública, em conjunto com os avanços das tecnologias, pode atuar não apenas na condução dos acontecimentos, como também lidar com o enfrentamento e prevenção, entre outras situações que ponham em risco a vida dos cidadãos, através do monitoramento e processamento das informações recolhidas. A fim de proteger as pessoas, o patrimônio e garantir a ordem pública. O objetivo dessa produção não foi esgotar os debates acerca do tema de tecnologias em segurança pública, contudo trazer uma nova perspectiva, de forma ampla e imparcial, de modo a possibilitar o debate e o senso crítico sobre os temas estudados. Os conteúdos apresentados no decorrer das disciplinas foram de extrema importância para a resolução das questões levantadas, fazendo a relação entre a teoria e a prática, e ajudando a ampliar nossa visão profissional. 10 REFERÊNCIAS BERNARDES, C. Sociologia Aplicada à Administração: o comportamento organizacional. 3ª ed. Revista e ampliada. São Paulo: Atlas, 1990. BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de Política. 12ª edição. Brasília: UnB, 2004 BRASIL. Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, 7 dez. 1940. DELGADO, M. G. Arbitragem, mediação e comissão de conciliação prévia no direito do trabalho brasileiro. Revista Ltr, São Paulo, v. 66, n. 6, jun. 2002. MUSZKAT, M. E. Guia Prático de mediação de conflitos em famílias e organizações. São Paulo: Summus Editorial, 2003. ROCHEBLAVE-SPENLÉ, A. M. Psicologia do Conflito. São Paulo: Duas Cidades, 1974. SOTO, E. Comportamento Organizacional – o impacto das emoções. Tradução Técnica de Jean Pierre Marras. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002.