Prévia do material em texto
3 19 PLANO DE REFLORESTAMENTO DE ÁREA DEGRADADA (PRAD) Sub-bacia do rio Guapiaçu, localizada na bacia do rio Macacu em área rural do Rio de Janeiro - Área 1 Aluno: Matrícula: Polo: Turma: Cidade – Estado LISTA DE SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente EPI Equipamento de Proteção Individual IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis PRAD Plano de Recuperação de Áreas Degradadas LISTA DE IMAGENS IMAGEM 1 – localização da área degradada a ser restaurada .........................................04 IMAGEM 2 – Locais para instalação das armadilhas fotográficas......................................07 IMAGEM 3 – Áreas dos viveiros.........................................................................................08 IMAGEM 4 – Área de restauração Viveiro Mudar e percurso entre os dois.......................09 IMAGEM 5 – Disposição das mudas Pioneiras, Secundárias e Climax.............................12 IMAGEM 6 – Croqui da área...............................................................................................12 MAPA Município de Cachoeiras de Macacu sinalizado de vermelho no mapa do Estado do Rio de Janeiro...........................................................................................................................05 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO..............................................................................................................03 2 - DESCRIÇÃO DO LOCAL ............................................................................................04 3 - DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES..................................................................................05 4 - APRESENTAÇÃO DOS IMPACTOS............................................................................05 5 - TÉCNICA ADOTADA....................................................................................................05 6 - MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO...................................................................................06 6.1 - SOLO..........................................................................................................................06 6.2 - CONTROLE DE FORMIGAS.....................................................................................06 6.3 - INSTALAÇÃO DE CERCAS E ABERTURA DE ACEIROS......................................07 6.4 - ANÁLISE DA ÁGUA..................................................................................................07 6.5 - IDENTIFICAÇÃO DA FAUNA ...................................................................................07 7 - PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO MÉTODO DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL....................................................................................08 7.1 - IMPLANTAÇÃO DE VIVEIROS.................................................................................08 7.2 - COMPRAS E TRANSPORTE DE MUDAS ...............................................................09 7.3 - ESPÉCIEIS USADAS NA RESTAURAÇÃO.............................................................09 7.3.1 - PIONEIRAS............................................................................................................09 7.3.2 – SECUNDÁRIAS INICIAIS ....................................................................................10 7.3.3 - SECUNDÁRIAS TARDIAS.....................................................................................11 7.3.4 - CLÍMAX ..................................................................................................................11 7.4 – CARACTERÍSTICAS DAS MUDAS..........................................................................11 7.5 - TIPO DE PLANTIO ....................................................................................................12 8 - MONITORAMENTO......................................................................................................13 8.1 - TABELA 1: INDICADORES ECOLÓGICOS PARA MONITORAMENTO DA ÁREA..........................................................................................................................13 8.2 - TABELA 2: CRITÉRIOS E PONTUAÇÕES ESTABELECIDO PARA CADA INDICADOR ...............................................................................................................14 8.3 – INDICADORES PARA LIMPEZA DA ÁREA............................................................14 8.4 – INDICADORES PREPARO DO SOLO ....................................................................15 8.5 – INDICADORES PARA PLANTIO..............................................................................16 8.6 – INDICADORES PARA MANUTENÇÃO....................................................................17 9 – CRONOGRAMA DAS AÇÕES.....................................................................................17 9.1 - PLANO DE AÇÕES..................................................................................................17 9.2 – MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO...............................................................................18 10 – AVALIAÇÃO FINANCEIRA.......................................................................................18 10.1 – AVALIAÇÃO FINANCEIRA DAS MUDAS .............................................................18 10.1.1 - ESPÉCIES PIONEIRAS .......................................................................................18 10.1.2 - ESPÉCIES SECUNDÁRIAS INICIAIS..................................................................19 10.1.3 - ESPÉCIES SECUNDÁRIAS TARDIAS................................................................19 10.1.4 - ESPÉCIES CLIMAX..............................................................................................20 10.2 – OUTRAS DESPESAS ............................................................................................20 11 – CONCLUSÃO ............................................................................................................21 12 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................22 1 - INTRODUÇÃO O PRAD é um programa de recuperação de áreas degradadas que tem como objetivo principal criar um roteiro sistemático contendo informações e determinações técnicas organizadas em etapas lógicas para indicar a melhor tecnologia de recuperação para áreas que sofreram degradação. Este, pode ter caráter preventivo ou corretivo. Sendo considerado um instrumento de planejamento, execução e avaliação. O programa teve sua origem no artigo 225, da Constituição Federal de 1988 e no Decreto-Lei nº 97.632/89, que regulamentou a Lei nº 6.938/81. Pode ser exigido pelo órgão ambiental. Segundo a instrução normativa IBAMA nº 4 de 2011, o programa deve reunir informações, diagnósticos, levantamentos e estudos que permitam a avaliação da degradação ou alteração e a consequente definição de medidas adequadas à recuperação da área. No Brasil, muitas causas passadas e presentes induziram o surgimento de áreas degradadas. Todas elas resultaram na dramática destruição de habitats necessários à manutenção da fauna e flora, além de causar outros danos ambientais, como a perda do solo, o assoreamento de cursos d`água, a contaminação das águas superficiais e subterrâneas, a poluição do ar etc. Além das perdas de vidas provocadas por cheias, deslizamentos ou grandes desmoronamentos outras perdas menos evidentes também acabam ocorrendo, entre as quais a do potencial de matérias-primas da biodiversidade que foi destruída. O cuidado com a conservação e recuperação de ecossistemas nativos deverá representar no século XXI um importante diferencial econômico para instituições e proprietários que souberem manter e/ou recuperar ecossistemas nativos e tirar bom proveito disso. O crescimento acelerado da população atrelado a falta de planejamento agrícola e ambiental na abertura de novas áreas agrícolas levou, e ainda leva,ao desmatamento irregular das áreas protegidas na legislação ambiental e ao desmatamento desnecessário de áreas de baixa aptidão agrícola, que possuem reduzido retorno produtivo. Um importante instrumento para a recuperação destas áreas é o PRAD, sendo empregado em vários tipos de atividades antrópicas. Sobretudo aquelas que envolvem desmatamentos, terraplenagem, exploração de jazidas e disposição de resíduos sólidos urbanos diretamente no solo. O presente trabalho tem por objetivo a apresentação de um PRAD que busca reflorestar uma área localizada na bacia do rio Guapiaçu em área rural do Rio de Janeiro. 2 – DESCRIÇÃO DO LOCAL A Gleba Nova Ribeira, está localizada em uma bacia hidrográfica real, a sub-bacia do rio Guapiaçu, no município de Cachoeiras de Macacu em área rural do Rio de Janeiro. Tem as coordenadas geográficas 22º31'24"S 42º44'16"W,perímetro 1.025,37 m. e área 59.630,27 m². (aproximadamente 6 hectares). Não possui vegetação remanescente, entretanto na borda da área a ser restaurada, ao Leste, encontra-se um fragmento florestal de 1,91 Km de tamanho e largura em seu menor ponto 300m e em seu maior ponto 700m Possui um açude contornando sua borda desde a região norte até o oeste em forma de foice. O acesso se dá pela BR-122 (estrada Rio-Friburgo) próximo ao Km 30 e com 248m de estrada de chão até o ponto onde servirá de sede para as atividades de reflorestamento. O clima da região é quente e úmido, sem uma estação marcadamente seca, correspondendo ao tipo Af, na classificação de Koppen(1948). As normais climatológicas indicam uma temperatura média anual de 21,9ºC, sendo janeiro o mês mais quente (25,3ºC) e julho o mês mais frio (17,9ºC). A precipitação tem médias mensais que variam de 337,8mm (fevereiro) a 59,3mm (julho), com um total anual de 2050mm. O período que compreende os meses mais frios (maio a outubro) também é o de maior pluviosidade (KURTZ & ARAUJO apud FINOTTI, 2012). A área da bacia do rio Guapiaçu pertence ao domínio morfoclimático denominado “mares de morros florestados” (AB´SABER apud FINOTTI, 2012). Os morrotes do tipo meia-laranja possuem solos pertencentes à classe dos Latossolos Vermelho-Amarelo e a formação vegetacional característica é a Floresta Ombrófila Densa Submontana (IBGE apud FINOTTI, 2012). Imagem 1 – Localização da Área Degradada a ser restaurada Mapa 1 - Município de Cachoeiras de Macacu sinalizado em vermelho no mapa do Estado do Rio de Janeiro 3– DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES Desde o século XVI e XVII a bacia do rio Macacu , que engloba e sub-bacia do rio Guapiaçu, a floresta é derrubada tanto para dar lugar as plantações como para uso de madeira em construções e produção de lenha. No século XVIII as florestas serviam de importantes fontes de fibra vegetal , sendo cenário de intensa atividade extrativista de madeira (CABRAL apud FINOTTI, 2012). 4 –APRESENTAÇÃO DOS IMPACTOS A propriedade possui um histórico de atividades antrópicas que geraram grande impacto ao meio ambiente. com consequente perda de biodiversidade , emissão de gases do efeito estufa, deterioração, erosão, e compactação do solo. 5 – TÉCNICA ADOTADA Levando em consideração a avaliação feita por imagem do Google Earth todo o “horizonte O” do solo foi retirado sem potencial de aproveitamento inicial a regeneração natural (baixa resiliência) mesmo sendo próximo a um fragmento florestal, fazendo-se necessário que toda a área necessite de intervenção. Definiu-se que a Restauração é a melhor técnica a ser implementada através do plantio de mudas em área total em linhas. Após ser feita uma análise (hipotética) no fragmento florestal localizado ao lado da área a ser restaurada e verificar quais são as espécies mais abundantes dentro da sucessão ecológica foi definida as espécies a serem utilizadas (Item 6.3). 6 – MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO: 6.1 - SOLO: Devido ao histórico de uso intenso com ausência da camada mais superficial (horizonte O) essa atividade tem como objetivo melhorar as qualidades físicas, químicas e biológicas . Construção de terraços de base larga e nivelados (solo latossolo) para reduzir os processos erosivos e instalação de paliçadas nos sulcos de erosão (fixação de toras de madeira justapostas, que interceptam a enxurrada) Descompactação do solo, ou seja, aumentar a porosidade do solo melhorando a qualidade física e facilitando o crescimento das raízes. Deve ser feita por meio do uso de subsolador ou outro tipo de implemento com ação semelhante, em profundidade mínima de 80 cm. Deve ser feita avaliação da fertilidade do solo , que consiste em uma análise feita em laboratório para medir a quantidade e a disponibilidade dos nutrientes minerais no solo, com o objetivo de verificar a necessidade e a dosagem de adubação mineral e orgânica para melhorar o desenvolvimento das espécies. Obs.: Após a avaliação laboratorial e possível remediação do solo através da adição de calcário, micro e macronutrientes , com especial destaque ao fósforo será necessário realizar novas análises laboratoriais para verificar a qualidade do mesmo. 6.2 – CONTROLE DE FORMIGAS: As formigas cortadeiras dos gêneros Atta (saúvas) e Acromymex (quenquéns) causam danos ao desenvolvimento das mudas, plantas jovens e regenerantes, sendo recomendado seu controle. Deve ser feita uma avaliação em toda área e verificar se existem folhas sendo devoradas por formigas. Recomenda-se que a busca seja realizada logo pela manhã ou ao cair da tarde, com o objetivo de registrar o pico de atividade das formigas. Caso seja observado, o controle pode ser realizado de forma química, orgânica, mecânica, entre outros, por meio de iscas granuladas, formicidas ou produtos naturais. 6.3– INSTALAÇÃO DE CERCAS E ABERTURA DE ACEIROS: Ao redor da área a ser restaurada é necessária a construção de aceiros com o objetivo de proteção contra incêndios e cercas de arame liso para eliminar a possibilidade da entrada de animais, principalmente bovinos e equinos. 6.4 – ANÁLISE DA ÁGUA: Deve ser feita uma análise na água do açude para possível extração com intuito de irrigar as mudas dos viveiros. 6.5 – IDENTIFICAÇÃO DA FAUNA: O levantamento de fauna tem como objetivo fazer uma amostragem das espécies que habitam a área através de armadilhas fotográficas (imagem 2) e entrevistas com moradores locais para entender as relações ecológicas do local. Imagem 2 – Locais para instalação de armadilhas fotográficas. 7 – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PARA IMPLANTAÇÃO DO MÉTODO DE RESTAURAÇÃO FLORESTAL 7.1–IMPLANTAÇÃO DE VIVEIROS: O viveiro será do tipo temporário destinado a produção de mudas em um período específico não necessitando obedecer à Lei nº 10.711, Decreto nº 5.153. A mudas serão coletadas no fragmento florestal ao lado de onde será instalado o viveiro. A maioria das mudas será adquirida do Viveiro Mudar – Mudas para Reflorestamento da Mata Atlântica, localizado em Cachoeiras de Macacu a 1,5 Km da área de restauração com isso não será necessário período de aclimatação das mudas e o viveiro servirá apenas como estoque até o plantio. Além de evitar poluição genética. Imagem 3 – Áreas dos viveiros Viveiro de Espera – Mudas trazidas do Viveiro Mudar. Viveiro Temporário – Sementes e mudas retiradas do fragmento florestal para ajudar na restauração e diminuir os custos. Obs.: O local dos viveiros deve possuir leve inclinação para evitar o acúmulo de água das chuvas e do excesso de irrigação, ficando no sentido leste oeste, garantindo um ambiente totalmente ensolarado na maior parte do tempo. Outro ponto importante é a implantação de quebra-ventos (arbusto de crescimento rápido), que contribuirão para a diminuição do ressecamento do solo e da transpiração das mudas. sendo este plantado perpendicular à direção dominante do vento. 7.2 – COMPRAS E TRANSPORTE DE MUDAS: As mudas serão compradas no Viveiro Mudar, localizado no Sítio Além do Horizonte, Cachoeiras de Macacu - RJ, a distância é aproximadamente 3,70 Km por estrada asfaltada e 937 metros de estrada de chão, onde as condições estão adequadas para o transporte.Imagem 4 – Área de Restauração , Viveiro Mudar e percurso entre os dois. 7.3 –ESPÉCIES USADAS NA RESTAURAÇÃO: · ESPÉCIES PIONEIRAS: Família Espécies Nome Popular Quantidade Urticaceae Cecropiahololeuca Embaúba-prateada 272 Fabaceae Chamaecristaensiformis Pau-ferro. 259 Myrtaceae Eugenia villanovae Grumixama-açu 283 Fabaceae IngaIanceifolia Ingá de Macaco 50 Bignoniaceae Jacarandamacrantha Caroba 315 Celastraceae Maytenuscommunis ------- 280 Melastomataceae Miconia cinnamomifolia Jacatirão-açu 283 Melastomataceae Miconia prasina Sabiazeira 262 Euphorbiaceae Pogonophoraschomburgkiana ------- 254 Fabaceae Stryphnodendronpolyphyllum Barbatimão 250 Melastomataceae Tibouchina granulosa Quaresmeira 258 TOTAL 2.766 · ESPÉCIES SECUNDÁRIAS INICIAIS: Família Espécies Nome Popular Quantidade Anacardiácea Astroniumgraveolens Guaritá 255 Moraceae Brosimumlactescens Pinheiro-do- Paraná 50 Myrtaceae Eugenia brasiliensis Grumixama 243 Myrtaceae Myrciapubipetala Araçá 265 Annonaceae Oxandranitida ------- 250 Euphorbiaceae Sapiumglandulosum Pau-de-leite 275 Elaeocarpaceae Sloanea hirsuta Carrapicho-de-árvore 287 Solanaceae Solanumpseudoquina Quina-de-São-Paulo 295 TOTAL 1.920 · ESPÉCIES SECUNDÁRIAS TARDIAS Família Espécies Nome Popular Quantidade Euphorbiaceae Algernoniariedelii ------- 240 Sapindaceae Allophyluspetiolulatus Vacum-folha-larga 254 Nyctaginaceae Andradaceafloribunda Perema 298 Meliaceae Cedrelaodorata Cedro-cheiroso 80 Moraceae Ficuspulchella Figueira caxinguba 247 Meliaceae Guareaguidonia Carrapeta-verdadeira 290 Monimiaceae Mollinedia glabra ------- 274 TOTAL 1.683 · ESPÉCIES CLIMAX Família Espécies Nome Popular Quantidade Arecaceae Euterpe edulis Palmito doce 150 Lecythidaceae Carinianalegalis Jequitibá rosa 160 Clusiaceae Garciniagardneriana Bacupariu 190 Myristicaceae Virola oleifera Bicuíba 120 Fabaceae Piptadeniagonoacantha Pau-jacaré 250 TOTAL 870 _______________________________________________________________________ Total de mudas 7.772 7.4 – CARACTERÍSTICAS DAS MUDAS: As mudas para plantio devem possuir 50 cm de altura e serem plantadas a uma distância de 3x 2m ( Imagem 02 ), com profundidade no berço variando entre 20 e 60 cm, de acordo com a espécie. 7.5 – TIPO DE PLANTIO: O tipo de plantio será em linhas, que alternam espécies Pioneiras, Secundárias (iniciais e tardias) e Clímax, conforme mostrado na imagem a seguir. Imagem 5 – Disposição das mudas Pioneiras, Secundárias e Clímax Imagem 6 - Croqui da área Área de restauração Quatro terraços para redução do comprimento da rampa diminuindo a velocidade de escoamento das águas da chuva. Zoom mostrando a disposição das mudas Cerca seguida de aceiro Mudas Pioneiras Platô Mudas Secundárias e clímax (alternando entre as linhas de plantio). 8 – MONITORAMENTOS DA RESTAURAÇÃO AMBIENTAL: 8.1 – TABELA 1 –INDICADORES ECOLÓGICOS PARA MONITORAMENTO DA ÁREA CARACTERÍSTICAS INDICADORES ESTRUTURA Altura do dossel Número de estratos verticais Presença de Indivíduos emergentes Densidade total de indivíduos Cobertura (projeção de copas ou gramíneas sobre o terreno) COMPOSIÇÃO Formas de vida (presença e proporção entre árvores, arbustos, ervas e trepadeiras). Grupo sucessional (pioneiras, secundárias iniciais e tardias). Grupo de plantio (recobrimento e diversidade). Riqueza de espécies nativas regionais Riqueza de espécies Invasoras e não invasoras. FUNCIONAMENTO Taxa de recrutamento e mortalidade. Taxa de fixação de Carbono Restabelecimento da fauna 8.2 – TABELA 2 - CRITÉRIOS E PONTUAÇÕES ESTABELECIDOS PARA CADA INDICADOR GRAU DE IMPORTÂNCIA INDICADORES CRITÉRIO PESO ALTO Riqueza de espécies; Diversidade; Cobertura de copa; Cobertura de gramíneas; Mortalidade de mudas plantadas; Presença de espécies exóticas invasora; Distribuição ordenada das mudas no campo por meio de grupos de plantio Podem comprometer todo o plantio em curto prazo e são de difícil correção 3 MÉDIO Presença de espécies exóticas não invasoras; Altura das mudas plantadas Podem comprometer o plantio da área em médio prazo e ser corrigidos 2 BAIXO Presença de espécies incluídas em algum nível de ameaça de extinção Não comprometem o plantio, mas são indicado-res positivo 1 8.3 – INDICADORES PARA LIMPEZA DA ÁREA ATIVIDADE CONDIÇÃO OPÇÃO TÉCNICA RENDIMENTO OPERACIONAL Controle Inicial de Espécie Invasora Árvores invasoras Gramíneas de grande porte Gramíneas de baixo porte Corte com machado Corte com motosserra Manutenção dos resíduos no local Remoção dos resíduos Foice Trator com pá carregadeira Roçagem tratorizada Roçagem com motorroçadeira costal Aplicação de herbicida com barra de pulverização Aplicação de herbicida com pulverizadores costais Baixo Alto -- Baixo Baixo Alto Alto Baixo Alto Médio 8.4 –INDICADORES PARA PREPARO DO SOLO ATIVIDADE CONDIÇÃO OPÇÃO TÉCNICA RENDIMENTO OPERACIONAL Recuperação do solo Solo degradado Remoção de impedimentos físicos e correção química Uso de adubação verde Baixo Baixo Controle de formigas-cortadeiras Sem necessidade de controle Isca granuladas Inseticida em pó ou líquido -- Médio Médio Abertura da cova ou linha do plantio Manual (cavadeira e/ou enxadão) Motocoveadora Subsolador/sulcador Baixo Moderado Alto Abertura da cova ou linha do plantio em relevo Relevo não declivoso Relevo declivoso Terreno com pedregosidade Alto Baixo Baixo Adubação Com calagem Sem calagem Adubação mineral Adubação orgânica Adubação de base na cova do plantio Adubação de base em covetas laterais -- -- Alto Baixo Alto Baixo 8.5 – INDICADORES PARA PLANTIO ATIVIDADE CONDIÇÃO OPÇÃO TÉCNICA RENDIMENTO OPERACIONAL Densidade de plantio 2m x 2m (2.500 indivíduos por há) 3m x 2m (1.667indivíduos por há) 3m x 3m (1.111 indivíduos por há) Baixo Médio Alto Tipo de Muda Sacos plásticos Tubetinho (26cm³) Tubetão (250cm³) Baixo Alto Médio Uso de Hidrogel Sem necessidade de uso Integrado a plantadeira Usado separadamente -- Alto Baixo Forma de Plantio Manual Com plantadeira Com chucho Baixo Alto Alto 8.6 – INDICADORES PARA MANUTENÇÃO ATIVIDADE CONDIÇÃO OPÇÃO TÉCNICA RENDIMENTO OPERACIONAL Irrigação Regador Motobomba Mangueiras acopladas a um tanque Baixo Alto Alto Coroamento Enxada Pulverização direcionada de herbicida Baixo Alto Limpeza de entrelinhas Sem limpeza Limpeza com roçadeira costal Limpeza com aplicação dirigida de herbicida -- Baixo Alto Replantio Média-alta mortalidade Baixa mortalidade Baixo Alto Adubação de cobertura Mineral Orgânico 9 – CRONOGRAMA DAS AÇÕES: 9.1 – PLANO DE AÇÕES AÇÃO ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Medidas de Recuperação 2023 Plantio de mudas 2023 2024 Regar as mudas 2023 2024 Aplicação dos Checklist 2023 a 2024 9.2 – MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO: AÇÃO ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Abertura de Aceiros 2023 Implantação de Cercas 2023 Controle de Formigas 2023 Análises Laboratoriais 2023 Preparo do solo 2023Implantação dos Terraços 2023 10 – AVALIAÇÃO FINANCEIRA : 10.1 – AVALIAÇÃO FINANCEIRA DAS MUDAS: 10.1.1 – MUDAS PIONEIRAS Família Espécies Custo Unitário (R$) Quantidade Custo Total (R$) Urticaceae Cecropiahololeuca R$ 19,90 172 R$ 3.422,80 Fabaceae Chamaecristaensiformis R$ 18,50 159 R$ 2.941,50 Myrtaceae Eugenia villanovae R$ 23,90 100 R$ 2.390,00 Fabaceae IngaIanceifolia R$ 35,90 50 R$ 1.750,00 Bignoniaceae Jacarandamacrantha R$ 9,90 395 R$ 3.910,50 Celastraceae Maytenuscommunis R$ 9,90 360 R$ 3.564,00 Melastomataceae Miconia cinnamomifolia R$ 19,90 272 R$ 5.412,80 Melastomataceae Miconia prasina R$ 19,90 259 R$ 5.154,10 Euphorbiaceae Pogonophoraschomburgkiana R$ 19,90 283 R$ 5.631,70 Fabaceae Stryphnodendronpolyphyllum R$ 9,90 266 R$ 2.633,40 Melastomataceae Tibouchina granulosa R$ 15,90 315 R$ 5.008,50 Valor Total Pioneiras R$ 41.819,30 Quantidade total de Mudas Pioneiras: 2.631 mudas 10.1.2 – MUDAS SECUNDÁRIAS INICIAIS Família Espécies Custo Unitário (R$) Quantidade Custo Total (R$) Anacardiácea Astroniumgraveolens R$ 19,90 255 R$ 5.074.50 Moraceae Brosimumlactescens R$ 36,90 50 R$ 1.845,00 Myrtaceae Eugenia brasiliensis R$ 22,80 243 R$ 5.540,40 Myrtaceae Myrciapubipetala R$ 19,90 265 R$ 5.273,50 Annonaceae Oxandranitida R$ 22,50 250 R$ 5.625,00 Fabaceae Piptadeniagonoacantha R$ 19,90 250 R$ 4.975,00 Euphorbiaceae Sapiumglandulosum R$ 19,90 275 R$ 5.472,50 Elaeocarpaceae Sloanea hirsuta R$ 19,90 287 R$ 5.711,30 Solanaceae Solanumpseudoquina R$ 19,90 295 R$ 5.870,50 Valor Total Secundárias Iniciais R$ 40.313,00 Quantidade total de Mudas Secundárias Iniciais: 2.170 mudas 10.1.3 – MUDAS SECUNDÁRIAS TARDIAS Família Espécies Custo Unitário (R$) Quantidade Custo Total (R$) Euphorbiaceae Algernoniariedelii R$ 14,15 240 R$ 3.396,00 Sapindaceae Allophyluspetiolulatus R$ 13,50 254 R$ 3.429,00 Nyctaginaceae Andradaceafloribunda R$19,90 298 R$ 5.930,20 Meliaceae Cedrelaodorata R$25,00 80 R$2.000,00 Moraceae Ficuspulchella R$19,90 247 R$ 4.915,30 Meliaceae Guareaguidonia R$17,50 290 R$5.075,00 Total Secundárias Tardias R$ 24.523,20 Quantidade total de Mudas Secundárias Tardias: 1.409 mudas 10.1.4 – ESPÉCIES CLÍMAX Família Espécies Custo Unitário (R$) Quantidade Custo Total (R$) Arecaceae Euterpe edulis R$ 19,90 300 R$5.970,00 Lecythidaceae Carinianalegalis R$ 19,90 360 R$7.164,00 Clusiaceae Garciniagardneriana R$ 24,90 90 R$ 2.241,00 Myristicaceae Virola oleifera R$ 19,90 220 R$4.378,00 Total Climax R$ R$ 19.753,00 Quantidade total de Mudas Climax:970 mudas Valor Total de Mudas: R$ 126.408,50 10.2 - OUTRAS DESPESAS: PLANTIO PERÍODO Custo Mensal (R$) Quantidade Custo Total (R$) Funcionários MENSAL R$ 1.212,00 6 R$ 7.272,00 EPI MENSAL R$ 813,00 5 R$ 4.065,00 Compras de placas de sinalização -- R$ 714,00 9 R$ 6.426,00 Adubação -- R$ 67,04 20 R$ 1.340,00 Análises Laboratoriais -- R$ 300,00 3 R$ 900,00 Luz MENSAL R$ 500,00 R$ 500,00 Total: R$ 20.503,00 EPI´s:Protetor auricular (30 unidades), perneira (06 pares), bota cano alto (6 pares), luva pigmentada (24 pares) , chapéu (6 ) e abafador de ruído (1). Placas de:Somente Pessoas Autorizadas (01) , Pare (04) , 40 Km por hora. (3) e Uso Obrigatório de EPI. TOTAL GERAL DAS AÇÕES: R$ 146.911,50 11 – CONCLUSÃO O documento em questão tem por objetivo estabelecer um plano de ações afim de tornar a área restaurada. Para este fim o PRAD seguirá rigorosamente o cronograma planejado, sendo necessário o acompanhamento das atividades através de relatórios mensais entregues ao gestor ambiental da área e relatórios semestrais que deverão ser entregues ao órgão ambiental. Sendo que os custos e as medidas já descritas seguem um raciocínio pautado na análise real dos meios físico, biótico e socioeconômico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOLLINELI R. PRAD DE ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ,Torrinha , São Paulo, 2020. p. 17-18. AMBIENTAL J.D.J. PRAD DE ATERRO SANITÁRIO , Cruz das Almas – BA . p 13. MINISTÉRIO do Meio Ambiente, Roteiro de Apresentação para Plano de Recuperação de Área Degrada (PRAD) Terrestre. Parque nacional da Bocaina (PNSB) – 2013. BRANCALION P.H.S. Restauração Florestal, São Paulo , Oficina do Texto , ago 2015. Algernonia riedelii ,Ficha de Espécies do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Disponível em: <https://ferramentas.sibbr.gov.br/ficha/bin/view/especie/algernonia_riedelii>. Acesso em 15/10/2022 Sartori R. Guia Prático para Elaboração de Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) em APP. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/337051404_Guia_Pratico_para_Elaboracao_de_Projeto_de_Recuperacao_de_Areas_Degradadas_PRAD_em_APP . Acesso em 15/10/22 Kurtz, B. C.; Araújo, D. S. D. (2000). Composição florística e estrutura do componente arbóreo de um trecho de Mata Atlântica na Estação Ecológica Estadual do Paraíso, Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro, Brasil¹. Rodriguésia, 51, 69-112. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rod/a/HZMzfct5WFt7VjSW9tQq5Qf/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 23/10/2022 Finotti, R.; Kurtz, B. C.; Cerqueira, R.; Garay, I. (2012). Variação na estrutura diamétrica, composição florística e características sucessionais de fragmentos florestais da bacia do rio Guapiaçu (Guapimirim/Cachoeiras de Macacu, RJ, Brasil). Acta Botanica Brasilica, 26, 464-475. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abb/a/KPkLjPh9yBWLB9p8MbFVmKK/abstract/?lang=pt. Acesso em 23/10/2022