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Etapa 1 – Escolha da Área 
Para escolha de onde atuar foi levada em consideração o tamanho da área (59.630,27 
m²) e a proximidade com outros fragmentos que possuem vegetação natural para a facilitar a 
capacidade dispersiva de espécies da fauna e flora minimizando os efeitos de fragmentação dos 
habitats. Essa ligação poderá diminuir o efeito de borda dos fragmentos, pois quanto menor (e 
mais isolado) o fragmento, maior o efeito de borda. 
A proximidade com os corpos d’agua também é um ponto importante pois a água é um 
fator condicionante da dinâmica física, química e biológica dos fragmentos. Além de poder ser 
utilizada para as técnicas de restauração. 
Na área há uma pequena elevação. Isso é um fator importante, pois em algumas técnicas 
de restauração é possível usar o relevo para restauração. 
Imagem 1: Caracterização da área. 
 
Fonte: Google Maps, 2022. 
 
CURSO: Ciências Biológicas 
DISCIPLINA: Ecologia Aplicada (SDE4470) 
ATIVIDADE PRÁTICA ÚNICA 
TÍTULO DA ATIVIDADE: Elaboração de um Plano de Recuperação de Área 
Degradada (PRAD). 
DISCENTE: Luize Dias Braga 
MATRÍCULA: 201902369483 
 
Etapa 2 - Elaboração de Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas 
1. Caracterização da área degradada e entorno 
A área escolhida se encontra no município de Cachoeiras de Macacu o qual está na 
Bacia Hidrográfica do Rio Guapi-Macacu. O rio Macacu é o principal rio que deságua na Baía 
de Guanabara contribuindo atualmente com o abastecimento de água para vários municípios 
fluminenses (RODRIGUES; MACHADO, 2020). 
Essa Bacia abrange uma área que vem sofrendo ao longo dos anos intervenções 
antrópicas crescentes. Além disso, o uso do solo na bacia é predominantemente rural, com 
cultivos agrícolas, pastagens e áreas de vegetação natural (MAGALHÃES, 2010). 
A área escolhida para o cultivo é próxima a Rodovia João Goulart o que caracteriza uma 
interferência antrópica, além disso, há outras formas de intervenção, como casas, fazendas e 
também uma companhia de mineração, a Onitauá Mineradora (Imagem 1). 
Imagem 2: Entorno da área escolhida. 
 
Fonte: Google Maps, 2022. 
 
Uma das formas de degradação do solo mais comum é através da criação de gado ao 
longo dos anos, que gradativamente influência na transformação da vegetação natural em 
pastagens degradadas. Ainda hoje há criação de gados de corte e de leite em Cachoeiras de 
Macacu, além de produção de banana, inhame, coco, maracujá, goiaba (CARDOSO, 2019). 
 
2. Definição dos parâmetros a serem recuperados 
Os parâmetros a serem recuperados nessa área envolve: recuperação e proteção do solo 
com o controle da erosão; restauração da dinâmica hídrica pois no entorno dos corpos hídricos 
não há cobertura vegetal e recuperação da cobertura e riqueza vegetal. 
Assim, engloba-se outros fatores como a área basal, pois é um parâmetro importante da 
densidade do povoamento, esse fator pode indicar que o ambiente sofreu impactos. Por 
exemplo, a diminuição da área basal e densidade dos indivíduos nas classes que possuem 
diâmetro maiores, ocasiona uma diminuição na área basal total, esse fato é mais comum em 
trechos em sucessão secundária quando comparada com uma área de referência (florestas 
maduras). 
 
3. Modelo de recuperação 
O modelo de recuperação a ser escolhido será a utilização estratégica de nucleação com 
plantio através de mudas no modelo sucessional de plantios em módulos. 
O plantio de mudas será aplicado principalmente em áreas mais sensíveis, como no 
entorno dos cursos d’água, para a proteção sua proteção. E também na parte mais elevada da 
área. Essa utilização justifica-se, pois, a utilização de muda é a técnica mais eficaz já que essas 
possuem mais chance de pegamento na área e por se desenvolverem mais rápido que o plantio 
por semente, ajudando a proteger rapidamente o solo contra a erosão, garantindo o aceleramento 
e sucesso da recuperação. Nesse caso, indica-se que o viveiro seja montado próximo ao local 
de plantio, o que facilita a logística e o custo. 
Nas demais áreas para a minimizar o custo financeiro do projeto, será aplicado o grupo 
de técnicas que propõe uma mínima interferência local, mas que se utiliza de ilhas de 
diversidade na área (nucleação). Essas ilhas de disseminação de propágulos são responsáveis 
pelo aumento de diversidade de uma área em processo de recuperação. No projeto será utilizado 
poleiros artificiais para animais dispersores em pontos estratégicos da área. 
Também será necessário a transposição do banco de sementes, juntamente com a 
serapilheira, de uma área em estádio de sucessão mais avançada e levá-las para faixas ou ilhas 
na área degradada. Com essa técnica, espera-se que, com o tempo, essas faixas ou ilhas tornem-
se núcleos de alta diversidade de espécies, desencadeando o processo sucessional na área como 
um todo (SOARES, 2010). 
 
4. Detalhamento das técnicas e ações a serem adotadas para a recuperação: 
No primeiro momento é importante garantir que a área esteja isolada fatores físicos ou 
biológicos que possam dificultar ou impedir sua consolidação e desenvolvimento, então deverá 
ser feita a análise de solo para adequar as condições nutricionais da área para receber os plantios. 
Nas áreas mais elevadas, em que for realizado o plantio de mudas, esse deverá ser feito 
em nível, uma técnica que ajuda na conservação do solo, evitando a erosão. Para tanto, o modelo 
de plantio adotado será o “plantio em módulos”, em que uma muda de espécie secundária tardia 
é rodeada por mudas de espécies secundárias iniciais, que vão auxiliar o seu crescimento, 
enquanto uma muda de espécie clímax, cujo desenvolvimento se dá completamente em 
condições de sombreamento, é rodeada por mudas de pioneiras (imagem 3). 
Imagem 3: Modelo sucessional de plantio de árvores nativas em módulo. Legenda: P 
= pioneiras; I = secundárias iniciais; T = secundárias tardias; C = 
clímaxes. 
 
Fonte: De Moraes et al., 2013 
 
Para as escolhas das espécies é importante que em um primeiro momento as essas devam 
possuir resistência ao ambiente degradado, além de serem adaptadas ao clima da região. Dessa 
forma, será utilizada espécies arbóreas nativas com potencial de uso na restauração na Mata 
Atlântica, elencadas na tabela a seguir. 
Estágio de 
sucessão 
Espécies 
Característica 
Nome comum Nome científico 
Pioneiras 
Embaúba 
vermelha 
Cecropia glaziovi Visitada por abelhas e aves. 
Maricá Mimosa 
bimucronata 
Forma agrupamentos densos em 
solos úmidos e brejosos; é 
visitada por abelhas. 
Urucum Bixa orellana Arbustiva de crescimento rápido, 
rústica, que se adaptada aos mais 
variados tipos de solo da região 
tropical. 
Pata-de-vaca Bauhinia 
forficata 
Planta rústica e ótima para 
utilização em programas de 
reflorestamentos. 
Secundárias 
Guapuruvu Schizolobium 
parahyba 
Pode formar agrupamentos 
densos em clareiras florestais; é 
visitada por abelhas. 
Cedro Cedrela fissilis Secundária tardia; visitada por 
abelhas. 
Jequitibá 
branco 
Cariniana 
estrellensis 
Apresenta grande longevidade; 
compõe as florestas clímax. 
Jacatirão de 
copada 
Miconia 
cinnamomifolia 
Secundária inicial; ocorre em 
encostas mais íngremes; é 
visitada por espécies de abelhas 
sem ferrão. 
Climax 
Palmiteiro Euterpe edulis Apresenta grande frequência e 
densidade, possui maior 
concentração onde a presença de 
água é acentuada, e é visitada por 
aves, roedores e mamíferos. 
Guanandi Celophyllum 
brasiliense 
ocorre em áreas úmidas e às 
margens dos rios; apresenta 
regeneração abundante na 
sombra. 
Pau-brasil Paubrasilia 
echinata 
Espécie arbórea, perenifólia, 
possui madeira densa; ocupa o 
estrato médio da floresta. É 
árvore longeva, atingindo cerca 
de 300 anos de idade. 
maçaranduba Manilkara 
subsericea 
É uma espécie arbórea, de 
comportamento sempre-verde ou 
perenifólio de mudança foliar. 
observa-se, intensa regeneração 
natural. 
Fonte: KALIL FILHO,N. A. et al. 2002; Plataforma Portal Brasileiro de Dados 
Abertos, 2022; GASPAROTTO; SCHROTH, 1997; NETO; DE JESUS; DA SILVA, 
2021 e CARVALHO, 2010. 
 
A escolha de algumas espécies foi baseada no estágio sucessional, no benefício de 
ciclagem de nutrientes e também pela conexão entre fauna e flora, utilizando espécies que 
promovam a atração de animais dispersores, com o objetivo de facilitar a sucessão ou plantio 
de espécies. Além disso, por apresentarem maior facilidade para a produção de mudas e bom 
crescimento em plantios de campo. 
Além das técnicas de plantio e escolhas das espécies, é importante o planejamento de 
atividades como análise de solo, calagem, planejar a conformação espacial calculando o 
espaçamento entre covas, o tamanho e profundidade dessas covas, fazer o controle de fogo 
(caso necessário) e capinar a área para controlar a competição. 
 
5. Proposta de monitoramento e avaliação da efetividade da recuperação 
O plano de manejo deverá ser monitorado através de um Relatório de Monitoramento, 
e nele deve incluir as características a serem acompanhadas de acordo com as técnicas de 
plantio. Dessa forma, devem ser traçados parâmetros de acompanhamento de acordo com os 
objetivos propostos, nesse caso é a recuperação ambiental de vegetação de Mata Atlântica 
recompondo a biodiversidade original. Dessa forma, podemos comparar com o ecossistema 
original. 
Assim, alguns parâmetros podem ser avaliados, como: regeneração natural (se há na 
área indivíduos de interesse que não foram plantados); se está havendo diversidade de espécies; 
avaliar a cobertura das copas; calcular o índice de mortalidade, acompanhar a profundidade e o 
peso da serrapilheira de determinada área; fazer o acompanhamento da fauna, e também da 
qualidade do solo através de sua composição química (teores nutricionais), de teores de matéria 
orgânica (um dos parâmetros que sofre maior transformação) e da composição física 
(densidade, porosidade e outros), entre outros. 
Também se faz necessário o acompanhamento das análises das características 
biométricas, como Diâmetro Acima do Peito (DAP) e altura de todos indivíduos com DAP ≥ 5 
cm. E realizar a densidade e área basal total. 
Tendo em base os parâmetros supracitados algumas atividades devem ser programadas 
de acordo com a necessidade observada, como: a capina manual, roçada, coroamento (capina 
manual com retirada da vegetação competidora ao redor das mudas). Acompanhamento para 
fazer replantio de mudas ou sementes, realizar adubação de cobertura, e manejar a serrapilheira 
com colocação de cobertura morta. 
6. Conclusão 
Neste Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (simplificado), foram abordados 
aspectos de escolha da área, bem como técnicas e métodos para a recuperação e seu 
perspectivo acompanhamento e monitoramento, funcionando como um manual para 
alcançar o objetivo de restaurar a área o mais próximo do bioma original (Mata Atlântica). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS 
CARDOSO, R. B. N. et al. A valorização da percepção ambiental: uma experiência docente em 
Cachoeiras de Macacu–RJ. 2019. 
CARVALHO, P.E.R. Maçaranduba: Manilkara subsericea. 2010. 
DE MORAES, L. F. D. Manual técnico para a restauração de áreas degradadas no Estado do 
Rio de Janeiro. Embrapa Agrobiologia-Livro técnico (INFOTECA-E), 2013. 
GASPAROTTO, I.; SCHROTH, Gõtz. Recuperação de áreas degradadas e abandonadas, 
através de sistemas de policultivo. EMBRAPA; CPAA, 1997. 
KALIL FILHO, N. A. et al. Espécies recomendadas para a restauração da Mata Atlântica. 
Restauração da Mata Atlântica em áreas de sua primitiva ocorrência natural. Embrapa, 
Colombo, Paraná, Brasil, p. 77-130, 2002. 
MAGALHÃES, S. F. C. de. Perda de solo e erosão fluvial na bacia hidrográfica do rio Macacu-
RJ. 2010. 
NETO, R. M. R.; DE JESUS, F. P.; DA SILVA, L. A. Semeadura direta de pata-de-vaca 
(Bauhinia ungulata L.) com sementes pré-germinadas para restauração florestal. Nativa, v. 9, 
n. 4, p. 438-441, 2021. 
PORTAL BRASILEIRO DE DADOS ABERTOS. Listagem de espécies arbóreas nativas com 
potencial para o uso em programas de restauração florestal em Unidades de Conservação 
estaduais do Rio de Janeiro. Disponível em: https://dados.gov.br/dataset/lista-de-especies-
arboreas-indicadas-para-restauracao-florestal. Aceso em: 10/05/2022. 
RODRIGUES, G. A.; MACHADO, G. E. M. Estado de ocupação das margens do Rio Macacu–
Rio de Janeiro (Brasil): diagnóstico preliminar. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da 
Natureza, v. 4, p. 26, 2020. 
SOARES, S. M. P. Técnicas de restauração de áreas degradadas. Juiz de Fora: Universidade 
Federal de Juiz de Fora, 2010. 
https://dados.gov.br/dataset/lista-de-especies-arboreas-indicadas-para-restauracao-florestal
https://dados.gov.br/dataset/lista-de-especies-arboreas-indicadas-para-restauracao-florestal

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