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As tradições rabínicas sobre os fariseus antes de 70 (Partes I, II e III)

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AS TRADIÇÕES RABÍNICAS 
SOBRE OS FARISEUS 
ANTES DE 70 
PARTE I 
OS MESTRES
AS TRADIÇÕES RABÍNICAS 
SOBRE OS FARISEUS 
ANTES DE 70 
PARTE I 
OS MESTRES 
POR 
JACOB NEUSNER 
Professor de Estudos Religiosos 
Brown University 
LEIDEN 
EJ BRILL 
1971
Copyright 1971 por E. j. Brill, Leiden, Holanda 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida 
ou transmitida de qualquer forma por impressão, fotoimpressão , microfilme, 
microficha ou qualquer outro meio sem a permissão por escrito do editor. 
IMPRESSO NA HOLANDA 
Para Morton Smith 
OTK3 xbx wia 'moH tòi... 
Q'3 W3XK
ÍNDICE 
Prefácio ................................................................................................... xin 
PARTE UM 
OS MESTRES 
Lista de abreviaturas .............................................................................. xiv 
Transliterações ...................................................................................... xvi 
I. INTRODUÇÃO .......................................................................... 1 
II. AS CADEIAS DA TRADIÇÃO FARISAICA ................................ 11 
i. Para impor as mãos ............................................................... 11 
ii. Decretos ............................................................................... 13 
iii. Apoftegmas Morais ............................................................. 15 
iv. Conclusão ............................................................................ 22 
III. SlMEON, O JUSTO ....................................................................................................... 24 
i. Tradições .............................................................................. 24 
ii. Sinopses ............................................................................... 44 
iii. Conclusão ............................................................................ 57 
IV. ANTÍGONO DE SOKHO. YOSI B. YO C EZER E YOSI B. 
YOHANAN .................................................................................... 60 
i. Antígono de Sokho ................................................................ 60 
ii. Tradições de Yosi b. Yo c ezer e Yosi b. Yohanan. 61 
iii. Sinopses .............................................................................. 77 
iv. Conclusão ............................................................................ 81 
V. JOSHUA B. PERAHIAH E NlTTAI O ARBELITA. JUDÁ 
B. TABBAI E SIMEÃO B. SHETAH .................................................... 82 
i. Josué b. Perahiah e Nittai, o Arbelita ..................................... 82 
ii. Tradições de Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah 86 
iii. Sinopses ............................................................................ 122 
iv. Conclusão .......................................................................... 137 
VI. SHEMA C IAH E ABTALION ............................................................ 142 
i. Tradições ............................................................................ 142 
ii. Sinopses ............................................................................. 155 
iii. Conclusão ......................................................................... 158
VII. YOHANAN, O SUMO SACERDOTE, HONI , O CLRCLER, E OUTROS 
MENCIONADOS EM CONEXÃO COM O FARISAÍSMO 
ANTES DE HILLEL .................................................................................................... 160 
VIII TABLE OF CONTENTS 
 
i. Yohanan, o Sumo Sacerdote ................................................ 160 
ii. Honi, o Círculo ................................................................... 176 
iii. Outros ................................................................................ 182 
VIII. MENAHEM. SHAMAI ................................................................... 184 
i. Menaém .............................................................................. 184 
ii. Tradições de Shammai ........................................................ 185 
iii. Sinopses ............................................................................. 204 
iv. Conclusão .......................................................................... 208 
IX. HILEL ........................................................................................ 212 
i. Tradições ............................................................................ 212 
ii. Sinopses ............................................................................. 280 
iii. Conclusão .......................................................................... 294 
X. SHAMMAI E HILLEL .................................................................... 303 
i. Tradições ............................................................................ 303 
ii. Sinopses ............................................................................. 333 
iii. Conclusão .......................................................................... 338 
XI. GAMALIEL ................................................................................. 341 
i. Tradições ............................................................................ 342 
ii. Sinopses ............................................................................. 370 
iii. Conclusão ........................................................................... 373 
XII. SIMEÃO B. GAMALIEL ................................................................. 377 
i. Tradições ............................................................................ 377 
ii. Sinopses ............................................................................. 384 
iii. Conclusão ........................................................................... 386 
XIII. OUTROS FARISEUS ANTES DE 70 ................................................ 389 
i. Mencionado em Conexão com Shammai ............................. 389 
1. Dositeu de Kefar Yatmah .............................................. 389 
2. Babá b. Buta ................................................................. 389 
3. Yo c ezer Tsh HaBirah ................................................... 391 
4. Sadoq ........................................................................... 392 
5. Yohanan, o hauranita .................................................... 392 
ii. Mencionado em Conexão com Hillel ................................... 392 
1. Bené Bathyra .................................................392 See More 
2. Gedya ........................................................................... 392 
3. Ben Hé Hé e Ben Bag Bag ........................ ...... 392 
4. Sebna .............................................................................393 
5. Jônatas b. c Uziel ............................................ 393 See More 
iii. Mencionado em Conexão com Gamaliel I ......................394 
1. Admon e Hanan .............................................................394 
2. Hanina b. Dosa ..............................................................394 
TABLE OF CONTENTS IX 
 
3. Yohanan, o Escriba ........................................................396 
iv. Outros .................................................................................396 
1. Honi, o Circulador, neto de Honi, o Circulador (Àbba 
Hilqiah) .................................................................................396 
2. Josué b. Gamala ..............................................................396 
3. “Rabino” Ismael b. Phiabi e Eleazar b. Harsom 397 
4. Hananias Prefeito dos Sacerdotes .....................................400 
5. Naum, o Medo, e Hanan, o Egípcio. . . 413 
6. Zecarias b. Qevutal e Zekhariah b. HaQassav 414 
7. Mesa, Naum, o Escriba, Simeão de Mispá, Judá b. Bathyra, 
"Aqavyah b. Mehallel, Hananiah b. Hezeqiah b. Gorion, Abba 
Yosi b. Hanan eYohanan b. Gudgada ..............................415 
PARTE DOIS 
AS CASAS 
Lista de abreviaturas .......................................................................................... xm 
Transliterações ............................................................................................... xv 
XIV. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1 
XV. MIDRASHIM TANAÍTICO .............................................................................. 6 
i. Mekhilta de R. Ismael ...................................................................... 6 
ii. Mekhilta de R. Simeon b. Yohai ....................................................... 9 
iii. Sifra .............................................................................................. 11 
iv. Sifré .............................................................................................. 30 
v. Midrash Tannaim ........................................................................... 39 
XVI. MISHNÁ-TOSEFTA E ALGUNS Beraitot ........................................... 41 
i. Zeraim ........................................................................................... 41 
ii. Mo'ed .......................................................................................... 120 
iii. Nashim ........................................................................................ 190 
iv. Neziqin ........................................................................................ 234 
v. Qodashim .................................................................................... 239 
vi. Toharot ........................................................................................ 253 
vii. Coleções de Casas-Disputas na Mishná-Tosefta ............................ 324 
viii. Tabelas ...................................................................................... ....... 
PARTE TRÊS 
CONCLUSÕES 
Lista de abreviaturas .......................................................................................... xiv 
Transliterações ................................................................................................... xvi 
XVII. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1 
XVIII. UNIDADES INTERMEDIÁRIAS DE TRADIÇÃO: TIPOS E FORMAS ..................... 5 
i. Tradições legais .............................................................................. 5 
X TABLE OF CONTENTS 
 
A. Formulário Jurídico Padrão ....................................................... 5 
B. Testemunhos .......................................................................... 14 
C. Debates .................................................................................. 16 
D. Narrativas ............................................................................... 23 
1. Informações Históricas na Forma Jurídica Padrão... 24 
2. Epístolas ........................................................................... 25 
3. Ordenanças ....................................................................... 25 
4. Cadeias e listas ................................................................. 27 
5. Precedentes ....................................................................... 28 
6. Contextos ......................................................................... 31 
7. Contas de primeira pessoa ................................................. 33 
8. Ilustrações e Provas ........................................................... 35 
9. Histórias das Leis .............................................................. 38 
E. Exegeses Legais .................................................................... 39 
1. Referências Bíblicas .......................................................... 39 
2. Exegeses ........................................................................... 40 
3. Textos-prova ..................................................................... 42 
4. Da Exegese à Cría ............................................................. 42 
ii. Tradições Agádicas ....................................................................... 43 
A. Histórias ................................................................................. 43 
1. Alusões a Histórias ............................................................ 43 
2. Breves Referências Biográficas ......................................... 45 
3. Histórias Biográficas e Históricas ......................... 47 
B. Provérbios .............................................................................. 55 
1. “Eu”-Provérbios ................................................................ 56 
2. Provérbios que não estão em um ambiente narrativo ........... 56 
3. Apoftegmas ...................................................................... 59 
4. “Ai” - Provérbios .............................................................. 61 
5. Provérbios formulados ...................................................... 61 
C. Exegeses Agádicas .................................................................. 62 
1. Referências Bíblicas .......................................................... 62 
2. Exegeses ........................................................................... 62 
3. Textos-Prova .................................................................... 63 
4. Da exegese à fábula ........................................................... 64 
iii. Resumo de Formas e Tipos ............................................................ 64 
iv. Algumas Comparações .................................................................. 69 
v. História das Formas ....................................................................... 89 
XIX. PEQUENAS UNIDADES DE TRADIÇÃO E OUTROS PADRÕES MNEMÔNICOS. . 101 
i. Introdução ................................................................................... 101 
ii. Pericopae sem Fórmulas ou Padrões ............................................. 106 
iii. Pericopae com fórmulas ou padrões ............................................. 114 
iv. Pequenas Unidades de Tradição .................................................... 119 
1. Opostos Fixos ....................................................................... 119 
a. Responsáveis vs. Gratuitos ................................................ 120 
b. Impuro vs. Limpo .............................................................. 120 
c. Proibir vs. Permitir ............................................................ 122 
d. Inadequado vs. Adequado .................................................. 122 
e. Midras vs. Temé-Met ......................................................... 123 
f. Dentro x Fora; Passado vs. Futuro; Acima vs. Abaixo. 123 
2. Saldo do Medidor .................................................................. 124 
3. Saldo de Medidor e Mudança de Carta ................................... 125 
v. Mudanças Sintáticas e Morfológicas Equivalentes em Função 
para Pequenas Unidades de Tradição ............................................ 126 
TABLE OF CONTENTS XI 
 
1. Tempo e Número ................................................................... 126 
2. Distinção vs. Sem distinção {E vs. Ou) .................................. 126 
3. Inversão da Ordem das Palavras ............................................. 128 
4. Declaração da lei +/— Negativa ............................................ 129 
5. Declaração Negativa + Permissão .......................................... 132 
6. 'P no Segundo Lema .............................................................. 134 
vi. Diferenças na Escolha de Palavras ................................................ 134 
vii. Número-Sequências .................................................................... 136 
viii. Casas-Disputas não em equilíbrio preciso.................................... 138 
ix. Resumo de Pequenas Unidades de Tradição e Outros Mnemônicos 
Padrões ........................................................................................ 140 
x. Transmissão Oral: Definindo o Problema ...................................... 143 
xi. Tradições Orais ............................................................................ 163 
XX. VERIFICAÇÕES ....................................................................................... 180 
i. Introdução .................................................................................... 180 
ii. Pericopae sem verificações antes de ca. 200 DC (Mishná- 
Toseftá) ....................................................................................... 175 
iii. Verificações de Yavneh ............................................................... 199 
1. Eliézer b. Hircano .................................................................. 199 
2. Josué b. Hananias .................................................................. 200 
3. Eliezer + josué ....................................................................... 201 
4. Eliezer + 'Aqiba ..................................................................... 201 
5. Abba Saul ............................................................................. 202 
6. Gamaliel II ............................................................................ 202 
7. Eleazar b. R. Sadoq ............................................................... 203 
8. Eleazar b. 'Azariah ................................................................ 203 
9. Eleazar b. 'Azarias e Josué ..................................................... 204 
10. Eleazar b. 'Azarias e Ismael ................................................... 204 
11. Tarfon .................................................................................. 204 
12. Tarfon + 'Aqiba .................................................................... 204 
13. 'Aquiba ................................................................................ 205 
14. 'Aqiban Exegeses em Casas-Disputas .................................... 207 
15. Yohanan b. Nuri ................................................................... 208 
16. Jônatas b. Bathyra ................................................................. 208 
17. Abba Yosi b. Hanan ............................................................. 208 
18. Ilai ........... * ....................................................................... 208 
19. Dosa b. Harkinas .................................................................. 208 
20. Ismael . ....... ........................................................................ 208 
iv. Verificações de Usha ................................................................... 209 
1. Usha em geral ....................................................................... 209 
2. Judá b. Babá .......................................................................... 210 
3. Judá b. Bathyra ..................................................................... 210 
4. Eliézer b. Shammu'a .............................................................. 211 
5. Eliézer b. Jacó ....................................................................... 211 
6. Dosetai b. Yannai .................................................................. 211 
7. Yosi b. Halafta ...................................................................... 211 
8. Yosi b. Halafta e Judá b. ............................................. Ilai 
 213 
9. Yosi b. Halafta e Meir ........................................................... 213 
10. Yosi b. Halafta e Simeão b. Yohai .................................... 213 
11. Simeão b. Yohai .................................................................. 214 
12. Meir . . . . ' ........................................................................... 215 
XII TABLE OF CONTENTS 
 
13. Meir e Judá b. Ilai ................................................................ 215 
14. Judá b. Ilai ........................................................................... 217 
15. Simeão b. Gamaliel .............................................................. 218 
16. Nathan ................................................................................ 219 
v. Verificações do Círculo de Judá, o Patriarca ................................. 220 
1. O Círculo de Judá, o Patriarca em Geral ................................. 220 
2. Simeão b. Eleazar .................................................................. 220 
3. Outros ................................................................................... 222 
vi. Os fariseus pré-70 em Yavneh ..................................................... 223 
vii. Os fariseus pré-70 em Usha ........................................................ 231 
viii. Conclusão ................................................................................. 234 
XXI. HISTÓRIA DAS TRADIÇÕES ...................................................................... 239 
i. As Tradições Perdidas ................................................................. 239 
ii. A história rabínica do farisaísmo: os primeiros mestres. . 239 
iii. A Questão de Hilel ...................................................................... 255 
iv. Gamaliel e Simeão. Yohanan b. Zacai .......................................... 272 
v. O Estrato Yavneano ..................................................................... 281 
vi. O Estrato Ushan .......................................................................... 282 
vii. As Leis ....................................................................................... 286 
XXII. RESUMO: AS TRADIÇÕES RABÍNICAS SOBRE OS FARISEUS ANTES DE 70 ...... 301 
APÊNDICE: REFLEXÕES BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 320 
ÍNDICES 
I. BÍBLIA 
II. APÓCRIFOS, PSEUDEPÍGRAFOS, ESCRITOS QUMRANIANOS 
III. JOSEPHUS 
IV. MISHNÁ 
V. TOSEFTA 
VI. MEKHILTA, SIFRA, SIFRÉ, MIDRASH TANNAIM 
VII. TALMUDE PALESTINO 
VIII. TALMUDE BABILÔNICO 
IX. MIDRASHIM E OUTRAS COMPILAÇÕES 
X. ÍNDICE GERAL
PREFÁCIO 
Meus agradecimentos vão para o American Council of Learned Societies 
por uma bolsa de pesquisa em 1970-1 e para a Brown University por uma bolsa 
de estudos de verão e licença sabática no mesmo ano acadêmico. , preparando 
índices e inúmeras outras despesas de pesquisa. 
Meus alunos, David Goodblatt, Robert Goldenberg, Gary Porton, Shamai 
Kanter, William Scott Green, meus amigos, Brevard S. Childs, Wayne Sibley 
Towner, Robin J. Scroggs e Wayne A. Meeks, e meus colegas, Horst R. 
Moehring e Ernest S. Frerichs, todos leram o manuscrito e fizeram sugestões 
importantes. O esforço de sistematizar e generalizar os resultados, no volume 
III, foi sugerido pelos professores Childs, Towner e Meeks. Meu professor 
Morton Smith merece muito do crédito por qualquer sucesso que este projeto 
 
possa ter alcançado. A Sra. Marion Craven datilografou o manuscrito com 
cuidado e paciência necessários. A contribuição do meu editor, EJ Brill, é 
evidente. A todos expresso sincero apreço. 
Somente eu assumo a responsabilidade por erros de fato ou julgamento. 
Providência, Rhode Island JACOB NEUSNER 
23 de dezembro de 1970 
25 Kislev 5731 
O décimo aniversário da morte do meu pai. 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
Ah. = Ailote Ker. = Keritot 
'Arakh. = 'Arakhin Kil. = Kila'im 
ARN = Avot deRabbi Natan Lev. = Levítico 
AZ = 'Avodah Zarah M. = Mishná 
b. = Ba vii, Talmude Babilônico MQ = Mo c ed Qatan 
b. = ben EM = Ma c aser Sheni 
BB = Bava Batra MT = Midrash Tanna'im 
BM = Bava MeçPa' MT = Texto Massorético 
BQ = Bava Qamma Ma. = Ma'asserot 
Ber. = Berakhot Mak. = Makkot 
Ser§. = Beçah Maksh. = Makshirin 
bicicleta = Bikurim Mal. = Malaquias 
cron. = Crônicas Meg. = Meguilá 
Dan. = Daniel Meg. Tá. = Meguilát Ta'anit 
Dem.= Demai Mekh. = Mekhilta 
Desenvolvimento = Desenvolvimento de 
uma lenda: 
Homens. = Menahot 
Estudos sobre as Tradições Relativas Meio. = Ponto médio 
Yohanan ben Zakkai (Leiden, 1970) Miq. = Miqva'ot 
Deut. = Deuteronômio naz. = Nazir 
' Ed. = 'Eduyyot Ned. = Nedarim 
Epstein, Mevó*ot — JN Epstein, Neg. = Nega'im 
Mevó*ot leSifrut HaTanna*im (Jeru Nez. = Nezirot 
Salém, 1957) Nid. = Niddah 
Epstein, Mishná = JN Epstein, Mavo Num. = Números 
le Nusah HaMishná (Jerusalém, Oh. = Ohalote 
1964 2 ) 'Orl. = 'Orlá 
'Eruv. = 'Eruvin Par. = Pará 
Ex. = Êxodo Pes. = Pesahim 
Ez. = Ezequiel Prov. = Provérbios 
Finkelstein, Mavo = Mavo le Massekhet Obs. = Salmos 
Avot veAvot deR. Nathan (NY Qid. = Qiddushin 
1950) Qoh. = Qohelet 
Gen. = Gênesis R. = Rabá 
Git. = Gittin R. = rabino 
Bruxa. = Hagigá RH = Rosh Hashaná 
Hal. = Hallah Sam. = Samuel 
Halivni, Meqorot = David Weiss Sanh. = Sinédrio 
Halivni, Meqorot uMesorot (Tel Shab. = Shabat 
Aviv, 1968) Shav. = Shavu c ot 
Hor. = Horaiote Sheq. = Sheqalim 
Hos. = Oséias Shev. = ShevPit 
Hui. = Hullin Canção = Cântico dos Cânticos 
É. = Isaías Sof. = Sotá 
JE = Enciclopédia Judaica Suk. = sucá 
Jr. = Jeremias Tá. = Ta'anit 
Josh. = Josué Tem. = Temurah 
Juiz. = Juízes Ter. = Terumot 
Kel. = Kelim Toh. = Toharot 
LIST OF ABBREVIATIONS XV 
 
Para% 
s. 
= Tosefta Yad. = Yadaim 
TY == Tevul Yom Sim. = Yevamot 
'Úqs. = c Uq§in Zab. = Zabim 
y. = Yerushalmi, palestino Zech. = Zacarias 
talmude Zer. = Zera < im 
YT = Yom Tov Zev. = Zevahim 
 
TRANSLITERAÇÕES 
k __ > 0 » = M 
□ = B P = N 
 = G 0 = á 
T =D V __ c 
n = H Õ = p 
eu = W r* = S 
T = Z p = Q 
n = H 
 
= R 
D = T 
 
= s 
•» = Y pés? = s 
 
= K n = T 
 
= L 
 
 
CAPÍTULO UM 
INTRODUÇÃO 
Embora várias gerações de estudiosos tenham produzido histórias do 
judaísmo e do judaísmo palestinos no período do Segundo Templo, nenhum 
deles analisou sistematicamente a partir de perspectivas formais, redacionais, 
sinóticas ou comparativas e críticas literárias as tradições farisaico-rabínicas 
abundantemente citadas na composição de essas histórias. Conseqüentemente, 
as tradições rabínicas sobre os fariseus são citadas como se soubéssemos como 
elas foram moldadas e transmitidas, até que ponto podem ser confiáveis para 
informações históricas precisas, onde e quando foram dadas na forma em que 
as temos agora. . Mas não temos essa informação. Aqui proponho não fornecer 
um novo relato do farisaísmo, mas apenas trazer para as tradições rabínicas 
sobre os mestres farisaicos do período do Segundo Templo algumas das 
técnicas críticas comuns no estudo de outras fontes pertencentes à história de a 
mesma hora e lugar. 
A utilidade deste empreendimento é facilmente perceptível. Poucas histórias 
do período tentam mais do que uma análise primitiva e pré-crítica do material 
farisaico-rabínico pertinente, e isso apesar das conquistas consideráveis da 
erudição em outros aspectos do estudo da literatura judaica e cristã antiga. Os 
estudiosos do Novo Testamento costumam dar atenção cuidadosa às 
considerações críticas ao usar materiais do Novo Testamento para fins 
históricos. Mas eles citam histórias talmúdicas como relatos históricos 
contemporâneos, de primeira mão e precisos . Eles não pensariam, ao discutir 
uma história sobre Jesus, em negligenciar seus sinais internos de 
desenvolvimento ou em ignorar várias versões da mesma história em sua 
tentativa de descobrir o que, se é que algo, pode ser dito sobre eventos reais. 
No entanto, eles citam histórias rabínicas sobre o que os rabinos disseram e 
fizeram como se considerações críticas importantes nos estudos do Novo 
Testamento simplesmente não se aplicassem. Nisso, eles são auxiliados por 
historiadores judeus que, em um espírito pseudo-ortodoxo, mantêm a pretensão 
de que onde quer que ou quando uma história foi finalmente escrita, seja na 
Babilônia do século III ou na Itália do século X, essa história relata de maneira 
precisa e confiável os detalhes exatos do que aconteceu. realmente aconteceu 
no tempo de que fala. A partir do momento em que um mestre farisaico ou 
sábio rabínico disse ou fez algo, supõe-se, um processo 
Neusner, As tradições rabínicas sobre os fariseus antes de 70, 1
2 INTRODUCTION 
 
automaticamente foi colocado em movimento oralmente para registrar, então 
oralmente para transmitir, um relato histórico detalhado exato do ditado ou do 
evento. A relação entre o evento e a história que pretende preservá-lo nunca é 
investigada; é simplesmente uma correspondência perfeita. 
A questão histórica, portanto, predominou com exclusão do estudo crítico 
das tradições; mas o estudo crítico é uma prioridade para formular, depois 
encontrar e avaliar as respostas para questões históricas. Não podemos 
especular, por exemplo, sobre quem foi Simeão, o Justo ou Hillel, se antes de 
tudo não consideramos se e como sabemos alguma coisa sobre Simeão, o Justo 
ou Hillel. Certamente não podemos amalgamar inocentemente as histórias 
farisaico-rabínicas com aquelas derivadas de outras fontes, por exemplo, 
Josefo, Ben Sira e os Evangelhos Sinópticos, nem chegar a uma “vida” 
harmoniosa de um homem cujo nome ocorre de várias maneiras em vários 
conjuntos de histórias. materiais, ou com um relato de um evento, instituição 
ou prática aludido neles. 
Aqui questões históricas não serão levantadas de forma alguma. Em nenhum 
caso pretendo especular sobre qual ditado ou evento pode ter originalmente 
dado origem à tradição rabínica “original”, cujos remanescentes ou 
desenvolvimentos posteriores estão agora em nossas mãos. Essas perguntas 
incluem: quando e por que surgiram os fariseus? Qual era o contexto histórico 
deles? o curso de sua evolução e desenvolvimento? a natureza e proveniência 
de suas doutrinas e instituições distintas? (Veja Ellis Rivkin, 
“Prolegomenon,”/W^/jw and Christianity, ed. WOE Oesterly, H. Loewe e EIJ 
Rosenthal [Repr. NY> 1969], p. xii). Não faremos nenhum esforço para definir 
o que geralmente se quer dizer com “fariseus” ou “farisaísmo”. Provérbios 
anônimos e aqueles atribuídos a mestres após os 70 anos sobre condições 
anteriores aos 70 não são considerados, a menos que os mestres nomeados ou 
as Casas de Shammai e Hillel sejam diretamente referidos. 
A difícil questão do significado de perushim em M. Hag. 2 : 7 > b. Sof. 22b, 
b. BB 60b, Tos. Ber. 3:25, M. Yad. 4: 6-7, Tos. Yad. 2:20, 4:8, b. Yoma 19b, 
y. Yoma 1: 5, Tos. Bruxa. 3:35, b. Nid. 33b, Tos. Yoma 1:8, M. Mak. 1:6, Sifré 
Deut. 190, e em vários outros textos examinados por Ellis Rivkin em “Defining 
the Pharisees” (Hebrew Union College Annual 40-41,1969-70, pp. 205-249) 
não é levantada. A análise cuidadosa de Rivkin sobre as formas como o 
perushim é usado me parece impecável em todos os aspectos, exceto dois. 
Primeiro, ele não distingue entre os textos diante dele de acordo com as 
autoridades a quem os ditos são atribuídos e as compilações em que ocorrem, 
nem analisa as qualidades literárias e formais desses textos. Ele assume que 
todos os textos descrevem com precisão o que realmente foi dito e feito. 
Em segundo lugar, sua discussão, portanto, tende a cruzar a linha entre a 
INTRODUCTION 3 
 
análise filológica, por um lado, e o julgamento histórico, por outro, produzindo 
a impressão de uma abordagem menos crítica e mais fundamentalista do que se 
afirma explicitamente no início. . A partir de uma análise geralmente persuasiva 
do uso de PR$ em vários textos, Rivkin passa a fazer afirmações “históricas” 
infundadas, por exemplo, “Os faris sés não fizeram as leis de pureza ritual 
rigorosas para si mesmos, mas para os sacerdotes”. No entanto, tendo excluído 
de início as evidências pertinentes a tais declarações derivadas de outras 
tradições e coleções, ele me parece sem justificativa para chegar a quaisquer 
conclusões históricas. 
Em uma página, por exemplo, ele se refere à construção “da definição 
tanaítica dos fariseus a partirdos textos que atenderam aos critérios de 
autenticidade” (p. 246). Sem nos dizer o que significa “autenticidade”, ele 
passa, na página seguinte, a oferecer não um relato da definição tanaítica, mas 
o seguinte julgamento manifestamente histórico: 
Os fariseus eram uma classe erudita dedicada à supremacia da dupla Lei, 
a Escrita e a Não Escrita. Eles se opunham ativamente aos saduceus que 
reconheciam apenas a Lei Escrita como autoridade, e buscavam meios 
dramáticos para proclamar sua autoridade suprema. Suas leis não 
escritas... operavam em todos os domínios: culto, propriedade, 
procedimentos judiciais, festivais, etc. Os fariseus eram líderes ativos que 
executavam suas leis com vigor e determinação. Eles marcam a data para 
o corte do 'omer. Eles estabeleceram procedimentos para a queima da 
novilha vermelha e obrigaram o consolo sacerdotal. Eles insistiam que o 
Sumo Sacerdote realizasse seu ato mais sagrado do ano de acordo com 
seus regulamentos. Eles determinaram o procedimento judicial, os 
herdeiros legítimos da propriedade, a responsabilidade dos escravos por 
danos, o estado de pureza das Sagradas Escrituras. 
Em nenhum lugar deste parágrafo, ou nos adjacentes, encontro uma ressalva 
clara de que o que precede é suposto ser um resumo de uma composição de 
fontes referentes a perushim, fontes de autoridades espalhadas por um século 
ou mais e derivadas de vários documentos tardios. . Rivkin claramente pretende 
que o precedente seja uma declaração histórica e descritiva sobre os fariseus 
históricos, e não um resumo do ponto de vista de alguns rabinos posteriores 
sobre eles. A declaração adicional confirma esta visão: 
Os fariseus, uma vez liberados do uso limitado, circunscrito e raro de 
prusim e identificados como hakhamim sofrim, podem reivindicar sua 
identidade como aquela classe erudita que criou o conceito da Lei dupla, 
levou-a à vitória triunfante sobre os saduceus e tornou operativo na 
sociedade (p. 248). 
Rivkin então cita rapidamente Josefo, Antiguidades 13:297, 408, Filipenses 
3:5,6, Gálatas 1:14, Mateus 23:2 e Marcos 7:5, 9, e conclui: 
4 INTRODUCTION 
 
As fontes até então discordantes são agora vistas como concordantes. 
Josefo, Paulo, os Evangelhos e a literatura tanaítica concordam que os 
fariseus eram a classe erudita da dupla Lei, nada mais, nada menos. 
Já nos afastamos muito da alegação de que nosso problema é apenas estudar o 
uso de perushim em alguns materiais tannaíticos. 
Deve-se, portanto, enfatizar que nosso propósito é examinar as tradições -
sobre mestres pré-70 e as Casas de Shammai e Hillel, não para compor uma 
história dos povos e movimentos referidos nessas tradições. No final, para ter 
certeza, ofereço alguns julgamentos sobre o que essas tradições podem nos 
dizer sobre o movimento histórico a que se referem, mas aí o esforço principal 
é sugerir uma perspectiva sobre a natureza das próprias tradições. 
Para fazer mais do que isso, é preciso prestar atenção não apenas aos 
materiais díspares em que os fariseus aparecem, mas também àqueles em que 
eles estão ausentes. O problema então é construir uma imagem de todo o 
judaísmo palestino. Tal construção pode lançar dúvidas sobre a proposição 
inicial de Rivkin (p. 205): 
Os fariseus desempenharam um papel decisivo na história dos judeus e no 
desenvolvimento do judaísmo. Todas as fontes contemporâneas — 
Josephus, o Novo Testamento e a literatura tanaítica — atestam esse fato. 
Uma vez que importantes fontes contemporâneas produzidas por judeus, como 
os escritos de Qumranian, Philo, coleções apócrifas e pseudepigráficas e 
escritos contemporâneos de não-judeus que sabiam algo sobre a Palestina, por 
exemplo, Tácito, Plínio, não sabem nada sobre os fariseus, muito menos sobre 
seus “papel decisivo” na história do judaísmo, deve-se perguntar até que ponto 
esse fato é atestado. Além disso, os dois testemunhos extra-rabínicos 
mencionados por Rivkin vêm de autoridades que afirmavam ter sido fariseus, 
Josefo e Paulo, ou de círculos evidentemente afetados pela presença de fariseus 
e envolvidos em debates com eles, a história sinóptica. caixas. Portanto, 
podemos prontamente concordar que, para os herdeiros rabínicos dos fariseus, 
por um lado, e para as pessoas que afirmavam ter feito parte de seu grupo, ou 
para círculos confrontados pela crítica farisaica ou rabínica, por outro lado, o 
farisaísmo realmente desempenhou um papel decisivo. Todos produziram 
registros mostrando a importância do farisaísmo para sua própria situação. O 
fato que está bem atestado, portanto, não é aquele introduzido no início. Esse 
fato também pode ser verdade. Resta ser investigado. Mas, repito, o único 
interesse aqui é estudar a forma e a estrutura de algumas tradições rabínicas. 
Meu propósito é fornecer uma pequena parte das informações que os 
historiadores precisam para uma consideração mais aprofundada da história do 
judaísmo farisaico pré-70 em seu cenário histórico. 
Visto que nossa preocupação não é reconstruir a história do fariseu pré-70 , 
INTRODUCTION 5 
 
não devemos nos preocupar com as infindáveis teorias dos historiadores sobre 
as relações históricas reais entre os fariseus e outros mencionados por Josefo, 
por um lado, e os fariseus e outros antes. 70 referidos na literatura talmúdica, 
por outro; da mesma forma entre os fariseus da tradição rabínica e aqueles na 
literatura comumente acusados de serem farisaicos, compostos antes de 70 e 
agora preservados em outras línguas além do hebraico e do aramaico. Assim, 
por exemplo, podemos ignorar os esforços para identificar Baba b. Buta com 
os filhos de Baba (Josephus, Antiquities XV, 260-6), de G. Allon, {Mehqarim 
beToledot Yisra^elX [Tel Aviv, 1957], p. 39), e os esforços ainda mais 
complicados para identificar Pollion, o fariseu, com Abtalion ou Hilel 
{Antiguidades 15:3-4, 370) e Samaias {Antiguidades 14:172-4, 175-6), o 
discípulo de Pollion, o fariseu (15:3-4, 370) com Shemafiah, Shammai, Simeão 
b. Shetah, e praticamente qualquer outra pessoa que possa ser encontrada nas 
tradições rabínicas pertencentes ao primeiro século aC Esses esforços me 
parecem primitivos e sem sentido, mas não é nosso problema corrigi-los. 
Qualquer um que consulte a vasta literatura secundária relativa ao farisaísmo 
pré-70 encontrará muitas surpresas maravilhosas. Ele descobrirá que depois de 
Hillel, Simeon e Jonathan b. c Uziel eram chefes da corte farisaica; que Ben Hê 
Hê foi o convertido que Hillel conquistou enquanto se apoiava em um pé só; e 
inúmeras outras maravilhas. Em geral, encontrei poucos pontos de congruência 
formal ou substantiva, muito menos de contato, entre as tradições rabínicas -
sobre os fariseus pré-70 e outras literaturas pertencentes a eles. Pode-se muito 
bem levantar a hipótese de que se tais obras não rabínicas geralmente atribuídas 
ao farisaísmo são de fato farisaicas, então as tradições rabínicas em geral não o 
são. Mas essa hipótese requer investigação por aqueles competentes para fazê-
lo; aqui espero meramente examinar parte da documentação rabínica. 
Este trabalho dá continuidade à investigação iniciada em Development of a 
Legend: Studies on the Traditions Concerning Yohanan ben Zakkai (Leiden, 
1970). Tendo examinado as tradições sobre o primeiro herói farisaico-rabínico 
depois de 70, decidi estudar o material sobre os mestres farisaicos antecedentes 
antes de prosseguir para os problemas subseqüentes. Os primeiros mestres 
diferem muito daqueles que seguem Yohanan. Mas ainda mais importante, as 
condições para a redação, preservação e transmissão dos ditos dos mestres 
antes de 70 diferem radicalmente das condições prevalecentes depois. Não 
temos em hebraico ou aramaico nenhum documento farisaico finalmente 
redigido antes de 70, e naqueles vindos depois é difícil localizar e verificar as 
perícopas que provavelmente receberam a forma final antes da destruição. As 
tradições sobre os mestres pré-70 não contêm o menor indíciode que as 
palavras exatas dos ditos agora diante de nós foram formuladas oralmente e 
passadas de mestre para discípulo. A imagem muda com Gamaliel I. Embora 
6 INTRODUCTION 
 
ele e seu filho Simeão nunca se refiram a Hillel, Gamaliel II se refere a Simeão, 
e temos algumas lembranças confiáveis, vindo depois de 70, de Gamaliel I 
também. Ora, nenhum dos mestres anteriores a Gamaliel I era pessoalmente 
conhecido pelas autoridades pós-70. Portanto, ninguém depois dos 70 anos 
poderia alegar ter ouvido exatamente o que eles disseram. Conseqüentemente, 
o fato de termos tão poucos lemas confiáveis e ainda menos histórias sobre eles 
indica duas coisas: primeiro, que a esmagadora maioria dos ditados e histórias 
que temos veio de professores pós-70; em segundo lugar, esses professores não 
inventaram livremente material sobre os primeiros professores, mas, na 
maioria das vezes , relataram o que ouviram. Parece, portanto, que a guerra de 
66-73 e a destruição de Jerusalém levaram a uma ruptura radical em quaisquer 
processos de transmissão de tradições que floresceram anteriormente. Algumas 
autoridades farisaicas morreram na guerra. As condições políticas da vida 
farisaica mudaram muito depois disso. Quase todas as perícopas antes de nós 
derivam em sua forma atual dos anos posteriores a 70, muitas daquelas 
posteriores a 140 ou mesmo posteriores. Em face disso, portanto, o valor 
histórico das tradições rabínicas do farisaísmo pré-70 não deve ser 
considerável. Como veremos, os rabinos posteriores freqüentemente 
desenvolveram o que tinham, e às vezes inventaram o que precisavam, em 
conformidade com sua imaginação de assuntos anteriores a 70, e esses fatos 
tornam ainda mais difícil recuperar muito, se houver, histórico utilizável. Em 
formação. Tudo isso não diminui o interesse histórico das tradições, mas é 
provável que o período que elas testemunham com precisão seja posterior ao 
período de que afirmam falar. No entanto, parece-me importante fornecer um 
relato completo de materiais pertencentes a homens e instituições no período 
anterior à destruição, antes de prosseguir para as camadas de tradições que são 
capazes de produzir dados muito mais confiáveis. Talvez esses resultados 
pareçam principalmente, embora não totalmente, negativos, mas uma 
contribuição útil pode consistir em delinear o alcance de nossa ignorância e 
levantar vários tipos de questões ainda sem resposta. 
Tentarei analisar criticamente as tradições. Mais tarde, os estudiosos podem 
distinguir aquelas perícopas que refletem a vida interior do farisaísmo de 
histórias sobre heróis criados retrospectivamente ou anacronicamente adotados 
pelos fariseus como seus. Aqui, como eu disse, não buscaremos nenhuma 
definição do que se quer dizer com “fariseu” e “farisaico”. Dos materiais 
podem emergir várias definições provisórias, a serem posteriormente testadas 
contra todo o corpo de evidências. Por enquanto, apenas começamos a buscar 
uma maneira de caracterizar e compreender tradições complicadas preservadas 
na literatura rabínica sobre homens e heróis do farisaísmo antes de 70. 
Meus comentários sobre as perícopas dos mestres citados (Parte I) estão 
INTRODUCTION 7 
 
divididos em três partes: 1. Classificação: legal, moral, teológica, narrativa, 
biográfica; 2. Enquadramento: o documento em que se conserva uma história, 
a escola responsável pela sua compilação, os mestres posteriores que a contam 
ou a ela se referem, fornecendo assim um terminus ante quem; 3. Análise de 
conteúdo: a história ou dito é unitário ou composto? Se for o último, quais são 
as unidades da composição? Detectamos uma tendência peculiar refletindo 
problemas ou preocupações posteriores? Ao final de cada unidade, uma sinopse 
permitirá a comparação das diversas versões de uma mesma história ou ditado, 
e serão investigadas as mudanças ocorridas após a primeira aparição da 
perícope. Em histórias que aparecem em coleções anteriores e depois citadas 
posteriormente, meu único interesse pertence ao contexto da citação posterior. 
Apenas nas sinopses discuto variações de leituras e de detalhes nas várias 
versões sucessivas de uma mesma história. 
A questão principal nos estudos sinóticos da parte I é esta: as várias versões 
da mesma perícope surgiram separadamente ou uma depende da outra? A 
questão é importante, pois se as versões surgiram separadamente, então não 
podemos dizer que os detalhes em uma, mas não na outra, foram 
necessariamente adicionados posteriormente e, portanto, são fictícios mesmo 
em termos do relato original. Se, por outro lado, uma conta claramente 
dependia de outra, então os detalhes adicionados na conta dependente 
certamente não ocorriam na versão anterior. Onde parece possível explicar 
variantes em perícopas que aparecem em compilações sucessivas, tento fazê-
lo. 
As traduções existentes que me parecem satisfatórias foram copiadas, 
embora com muitas alterações. Minhas próprias traduções são tão literais 
quanto eu poderia fazê-las, às custas da felicidade estilística, às vezes até da 
clareza perfeita. Onde me afasto do hebraico literal para fornecer uma tradução 
idiomática, incluo uma transcrição consonantal ou uma tradução literal, para 
que o texto hebraico possa ser prontamente construído. Dei as consoantes 
hebraicas para palavras fora do comum, particularmente onde elas variam de 
uma versão para outra. Minhas traduções não devem, portanto, ser 
consideradas à parte do propósito prático a que se destinam. Traduções 
talmúdicas babilônicas que não são minhas são atribuídas ao tradutor pelo 
nome; todos eles foram extraídos da tradução da Soncino Press; Eu uso a 
reimpressão da edição de Londres, 1938. Mas eu fiz mudanças por toda parte. 
Eu comparei o texto Mishná de Albeck Icom MS Kaufmann, e geralmente 
registro as diferenças onde elas parecem importantes. Os estudos sinóticos 
invariavelmente não se baseiam em traduções, mas nos textos hebraicos. Em 
 
IH. Albeck, Sifah Sidré Mishnah (Jerusalém, 1954 et. seq., vols I-VI). 
8 INTRODUCTION 
 
geral, porém, tento preservar traduções consistentes das mesmas palavras em 
diferentes versões, para facilitar comparações sinóticas. As palavras fornecidas 
na tradução que não aparecem no original estão entre colchetes. As 
transliterações de palavras hebraicas estão entre parênteses. 
As coleções são categorizadas da seguinte maneira: 
I. Midrashim tanaítico 
i. Escola de R. Ismael 
ii. Escola de R.c Aqiba See More 
II. O Círculo de Judá, o Patriarca i. Mishná 
11. Tosefta 
III. Materiais atribuídos a Tanaim na Gemarot da Palestina e Babilônia 
1. Tradições talmúdicas palestinas atribuídas a Tannaim ii. 
Tradições talmúdicas babilônicas atribuídas a Tannaim (Beraitof) 
IV. Tradições Amoraicas 
i. Provérbios amoraicos no Talmude Palestino 
ii. Provérbios amoraicos no Talmude Babilônico 
V. Avot deRabbi Natan 
VI. Coleções posteriores 
i. Genesis Rabbah 
ii. Lamentações Rabbati iii. Levítico Rabá 
4. Pesiqta deRav Kahana v. Pesiqta Rabbati 
vi. tanhuma 
vii. Qohelet Rabbah 
viii. Números Rabbah 
ix. Deuteronômio Rabá x. Cântico dos Cânticos Rabbah xi. 
Midrash em Salmos 
xii. Outras coleções 
Assim, no caso de Simeão, o Justo, Sifré Num. 22 é marcado I. i. 1, = Uma 
fonte em um Midrash Tannaítico (I), produzido na escola de R. Ishmael (i), 
primeiro na sequência de fontes naquela coleção pertencente ao mestre em 
questão (1). 
As tabelas sinóticas seguem estas convenções: 
„ » » = idêntico à versão primária à esquerda; 
 -------- = omitido em uma versão posterior; 
assim = palavras em itálico são fornecidas em uma versão posterior ou alteradas 
em uma versão posterior da escolha de palavras na versão 
principal. 
INTRODUCTION 9 
 
As duas primeiras partes do trabalho fornecem análises das tradições. Na 
terceira são oferecidas algumas generalizações e conclusões. Também serão 
encontradas algumas observações sistemáticas, reunindoas sugestões e 
hipóteses dispersas desenvolvidas no contexto das análises de pericópias 
discretas. Pareceu-me melhor analisar as fontes antes de fazer uma introdução 
a elas, e espero que o leitor siga a mesma ordem. Discutir “método” à parte das 
fontes me pareceu um método pobre, pois é preciso desenvolver o método – o 
conjunto de questões, procedimentos, investigações trazidas para qualquer 
perícope – fonte por fonte e problema por problema. É um erro sistematizar os 
resultados experimentais, freqüentemente intuitivos, da análise da matéria 
discreta em uma afirmação geral do que sempre deve ser assim; tal 
sistematização inevitavelmente distorce esses resultados. Impõe-lhes um 
caráter permanente e definitivo de modo algum pretendido no início da 
investigação. Além disso, sujeita-os a testes para os quais não estão preparados. 
Nesse aspecto, os críticos britânicos da crítica da forma alemã tendem a 
reivindicar mais resultados da crítica da forma do que os autores originalmente 
pretendiam, do que a desafiar esses resultados artificialmente sistematizados e 
inflados. Aqui não ofereço regras e pretendo nada mais do que apresentar 
alguns fatos intrigantes, fazer algumas perguntas modestas, talvez para ampliar 
o leque de dúvidas. Uma declaração sistemática de “método” serviria mal aqui 
ao nível primitivo do presente trabalho. Até que um relato histórico crítico da 
formação dos principais elementos de toda a tradição talmúdica até 600 dC 
esteja disponível, podemos esperar investigar alguns dos fenômenos 
persistentes revelados pelo todo e formular algumas “leis” descritivas pelas 
quais o trabalho adicional pode ser guiado e o trabalho anterior pode ser 
refinado e corrigido.
 
CAPÍTULO DOIS 
AS CADEIAS DA TRADIÇÃO FARISÁICA 
Temos três correntes da tradição farisaica, listando as autoridades do partido 
e atribuindo-lhes apotegmas morais, decretos de pureza ou decisões sobre um 
aspecto menor da conduta do culto sacrificial. Essas cadeias seguem em ordem 
provável. 
1. Para IMPOR AS MÃOS 
A. Yosi b. Yo c ezer diz ('WMR) [em um dia de festival] para não colocar 
(LSMK) [mãos na oferta antes de ser abatida]. Yosi b. Yohanan diz para impor 
[as mãos]. 
Josué b. Perahiah diz para não impor [as mãos], Nittai, o arbelita, diz para 
impor [as mãos]. 
Judá b. Tabbai diz para não impor [as mãos], Simeão b. Shetah diz para 
impor [as mãos]. 
Shema c iah diz para impor [as mãos]. Abtalion diz para não impor [as mãos]. 
Hillel e Menahem não diferiram, mas Menahem saiu e Shammai entrou. 
Shammai diz para não impor [as mãos]. Hillel diz para impor [as mãos]. 
B. Os primeiros eram nasis^ e os últimos pais da corte ('BWT BYT DYN). 
(M. Ag. 2:2) 
As opiniões estão no discurso indireto, “diz para deitar”, “diz para não 
deitar”. Normalmente “diz” é seguido de discurso direto. 
Alguém forneceu a assinatura (B) de que os primeiros nomeados eram nasis, 
os segundos, chefes do tribunal, considerações que não figuram no corpo da 
perícope e são irrelevantes para o seu conteúdo. Mas o padrão não é exato; o 
primeiro nome sempre deve dizer, não impor as mãos, No entanto, enquanto 
Yosi b. Yo c ezer, Joshua b. Perahiah e Judá b. Tabbai, diga para não fazer isso, 
Shemafiah tem uma opinião errada sobre sua posição na lista. O pequeno grupo 
no final, Hillel-Menahem, depois Shammai-Hillel, também é difícil. Hillel-
Menahem quebra o padrão; o lema é uma inserção posterior. Na verdade, Hillel 
deveria dizer para não impor as mãos , já que ele deveria ter sido nasi. Nós 
devemos
12 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
veja uma história sobre este ponto, na qual Hillel é representado seguindo a 
prática de Shammai. 
Claramente, na perícope diante de nós, presume-se que Hillel seja nasi, 
apesar da opinião errada. Mas se abandonarmos a interpolação de Hillel-
Menahem, encontraremos o que a forma exige, meramente: Shammai/ Hillel: 
não colocar/colocar, e essa é certamente a leitura autêntica de acordo com o 
padrão anterior. (Finkelstein, Mavo, p. 15, chega à mesma conclusão por razões 
bastante diferentes.) Portanto, a lista original tinha Shammai como nasi, Hillel 
como chefe do tribunal. A troca com Menahem (de outra forma desconhecido) 
permite colocar Hillel em primeiro lugar, portanto, torna-o nasi, de acordo com 
a assinatura, tornando-se Hillel-Menahem-Shammai-Hillel. 
Não consigo imaginar por que a opinião de Shemaciah foi invertida. 
Em Tos. Hag., R. Meir fornece uma solução muito melhor para o problema 
de fazer Hillel nasi nas tradições que originalmente o têm como pai da corte. 
Para% s. Bruxa. 2:8 (ed. Lieberman, p. 382-3, linhas 40-44) é o seguinte: 
Eles diferiam apenas na imposição das mãos. 
“São cinco pares. Os três primeiros pares que disseram para não impor 
as mãos, e os dois últimos pares que disseram para impor as mãos foram 
nasis. Os segundos [mencionados] eram chefes do tribunal”, disse R. 
Meir. 
R. Judah disse: “Simeão b. Shetah [era] nasi, Judá b. Tabbai [era] chefe 
do tribunal”. 
Meir tem assim cinco pares: 
1. Nasi (para não colocar) + cabeça de corte (para colocar) 
2. Nasi (para não colocar) + cabeça de corte (para colocar) 
3. Nasi (para não colocar) + cabeça de corte (para colocar) 
4. Nasi (para colocar) + cabeça de corte (não para colocar) 
5. Nasi (para colocar) + cabeça de corte (não para colocar) 
A lista de Meir é a mesma de M. Hag. 2:2 até ShemaTah e Abtalion. Ele 
provavelmente não mencionou Hillel-Menahem, pois isso faria de Hillel-
Shammai um sexto par. Mas para o último par ele teve um “to lay” – Nasi em 
primeiro lugar. Foi Shammai ou Hillel? Provavelmente Hillel, uma vez que a 
antítese “não colocar”/“colocar” é primária para a tradição, e não parece haver 
nenhuma razão forte para mudar as atribuições. Portanto, temos duas formas de 
lista, uma que pode ser reconstruída a partir de M. Hag. 2:2, o outro do relatório 
de Meir. Eles concordam nos primeiros quatro pares; para o primeiro, a forma 
atrás de M. Hag. 2:2 não tinha Shammai, Hillel para; enquanto Meir teve 
Hillel, Shammai não. A tradição de Meir pode ser explicada como um 
desenvolvimento secundário da outra, motivada pelo desejo dos Hillelitas de 
representar Hillel como chefe do governo, nasi. O que foi feito para o M. Hag. 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 13 
 
tradição inserindo o par Hillel-Menahem antes de Shammai e Hillel foi feito na 
tradição de Meir simplesmente invertendo a ordem costumeira e colocando 
Hillel antes de Shammai. Isso é claro e pode estar correto, mas nos deixa com 
um segundo problema sem resposta: quem era Menahem e como ele entrou? A 
possibilidade de que o último dos pares de Meir pode ter sido, Hillel disse para 
colocar, Menahem disse para não colocar, e pode não ter havido nenhuma 
referência a Shammai - o que seria compreensível se tivéssemos uma lista 
antiga da Casa de Hillel – não pode ser totalmente excluído. Nesse caso, a lista 
de Meir seria mais antiga e M. Hag. representaria uma revisão pós-70, quando 
os shammaitas e os hillelitas, para o bem da sobrevivência, combinaram suas 
forças, os termos do compromisso (aqui) sendo que o nome de Shammai teria 
precedência, mas a lei em geral seguiria Hillel. 
Judá [b. Ilai] difere apenas com referência a Judá b. Tabbai e Simeão b. 
Shetah. O último, diz ele, era nasi. 
A lista de M. Hag., Excluindo Menahem e a assinatura, não poderia ter sido 
formada depois da época de Meir e Judá, pois ambos se referem a ela. Judá, o 
Patriarca, segue Meir, portanto tem como nasis Yosi b. Yocezer , Josué, Judá, 
Shemaciah e Hillel . Uma vez que ele pensava que descendia de Hillel e se referia 
aos Bené Bathyrans desistindo de sua posição para Hillel e tornando-o nasi, era 
natural explicar as coisas como ele fez na assinatura. Mas a assinatura em M. 
Hag. 2:2 não pode vir antes de Meir-Judá, que não o cita textualmente. Parece 
o resumo de Judá, o Patriarca, do comentário de Meir; observe Epstein, Mishná,pp. 133-4. 
II. DECRETOS 
DTNY>: (1) Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém 
decretou (GZR) [a capacidade de receber] impureza (TWM 5 H) sobre a terra 
dos povos e sobre os vidros. 
(2) Simeão b. Shetah ordenou (TQN) um contrato de casamento para a 
esposa e decretou (GZR) [a capacidade de receber] impureza sobre utensílios 
de metal. 
(3) Shammai e Hillel decretaram (GZR) impureza nas mãos. 
(b. Shab. 14b) 
Não R. Ze'ira b. Abuna em nome de R. Jeremiah diz: “Yosef b. Yc/ezer de 
Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou impureza sobre a terra dos 
povos e sobre os utensílios de vidro”. 
R. Yonah [Var.: Yuda] disse: “Rabino Judah b. Tabi. 
R. Yosi disse: “Rabino Judah b. Tabbai e Simeão b. Shetah decretou 
14 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
impureza em utensílios de metal. 
“Hillel e Shammai decretaram sobre a limpeza das mãos.” y. Shab. 1:4 (= y. 
Pes. 1:6, y. Ket. 8:11) 
A beraita babilônica é uma lista de decretos. Presumo que Simeão b. O dito 
de Shetah foi contaminado pela referência à ordenança (TQN) sobre o contrato 
de casamento, ausente em y., que está fora de lugar aqui, pois todos são decretos 
e dizem respeito à impureza. Judá b. Tabbai está ausente - seguindo assim Judá 
b. Ilai - e a versão palestina fornece seu nome, fazendo a lista Yosi + Yosi, Judá 
+ Simeão e Hillel + Shammai, em todas as três instâncias com o nasi primeiro, 
seguindo Meir em Tos. Hag., e (é claro) colocando Hillel no nas? s posição. A 
ausência de Josué b. Perahiah-Nittai, o arbelita, está curioso. A adição dos 
locais de origem dos Yosi sugere que isso pode vir depois de M. Hag., então eu 
também deveria ter esperado a inclusão dos mestres ausentes. Talvez ninguém 
tivesse tradições sobre decretos de impureza para atribuir aos homens. Essa 
suposição depende da presunção de que, sem motivação considerável, as 
pessoas não inventaram o que não tinham. Mas com frequência o faziam, como 
observaremos repetidas vezes (por exemplo, ditos atribuídos a Simeão b. 
Gamaliel I/Gamaliel II, na verdade são inventados por Meir-Judá, abaixo, 
Capítulo Doze). 
A representação de Shammai como nasi, Hillel depois dele, é congruente 
com as histórias da predominância (temporária) da Casa de Shammai e da 
ascensão (posterior) da Casa de Hillel ao poder. Também explica por que a 
forma das Casas quase sempre coloca a Casa Shammaita à frente da Hillelita, 
em conformidade com a ordem de M. Hag. Os mestres posteriores, vindos 
muito depois de a hegemonia Hillelita ter sido bem estabelecida pelo 
patriarcado, adulteraram apropriadamente os materiais anteriores das maneiras 
que se tornaram evidentes. 
Esta explicação, no entanto, aceita duas alegações dos Tannaim posteriores, 
primeiro, que Yohanan b. Zakkai substituiu Shammai e Hillel e foi o herdeiro 
de HilleP; segundo, que o patriarca Yavnean Gamaliel era descendente de 
Hillel. Mas a alegação de que Yohanan b. Zakkai foi o continuador de HilleP 
que ocorre pela primeira vez em M. Avot, que, como veremos, vem depois da 
cadeia de M. Hag. Nenhuma autoridade tanaítica ou amoraica antiga se refere 
a Yohanan b. Zakkai como discípulo de HilleP, e é principalmente nas tradições 
altamente desenvolvidas de ARN que o discipulado de Yohanan para Hillel 
desempenha um papel considerável. O beraitot de b. Suk. = b. BB 
(Development, pp. 216-221), que fazem algo desse fato, tendem a ser 
posteriores e baseados em Avot, portanto, não mudam de assunto. 
Mais impressionante ainda, em todas as tradições de Gamaliel - pertencentes 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 15 
 
à primeira ou à segunda - não encontramos a menor alusão ao relacionamento 
familiar entre Gamaliel e Hillel. Ao contrário, os materiais de Gamaliel II 
alegam persistentemente que Simeão b. Gamaliel I seguiu as regras de 
Shammaite, certamente uma situação extraordinária para o “neto” (ou bisneto) 
do próprio Hillel. É ainda mais notável que Simeão b. Gamaliel e Gamaliel I 
nunca ocorrem nas Casas-materiais. Os herdeiros de Hillel (Yohanan b. Zakkai, 
Gama liel) e a Casa de Hillel aparentemente não têm nada a ver um com o outro. 
Portanto, pode ser anacrônico supor que os Hillelitas predominaram porque 
Yohanan b. Zakkai e Gama liel II foram o maior aluno e o bisneto de Hillel, 
respectivamente. Parece que as coisas foram ao contrário. Eles receberam um 
relacionamento com Hillel porque chegaram ao poder em um ponto em que a 
Casa Hillelita predominava, e a alegação de que ambos eram Hillelitas era a 
condição de sua liderança em Yavneh. Surpreendentemente, embora essa 
alegação posteriormente tenha sido importante, ninguém se deu ao trabalho de 
inventar histórias em que qualquer autoridade citasse "meu mestre" ou "meu 
pai" Hillel. Como eu disse, nenhuma autoridade nomeada de Hillel a Yavneh 
jamais cita Hillel. Mas a predominância dos Hillelitas em Yavneh é muito bem 
atestada e pode ser considerada um axioma. Nada no estrato tanaítico de 
Yohanan b. Zakkai-materials o coloca em relacionamento com a Casa de 
Shammai ou a Casa de Hillel. Yohanan cita “meus professores” de volta a 
Moisés, mas nunca menciona Hillel, desde Eliezer b. Hircano (M. Yad. 4:3). 
Isso me parece provativo de que os círculos dos discípulos imediatos de 
Yohanan não tinham tradições relacionando Yohanan a Hillel. Da mesma 
forma, Gamaliel II repetidamente recebe referências à “casa do pai”, 
significando Simeão b. Gamaliel I, mas nenhum para Hillel, direta ou 
inferencialmente. 
m. APOFTEGMAS MORAIS 
1. A. Moisés recebeu a Torá do Sinai e a entregou a Josué, Josué aos Anciãos, 
os Anciãos aos Profetas; e os Profetas o entregaram aos homens da Grande 
Assembléia (KN$T). 
B. Eles disseram três coisas: “Seja deliberado no julgamento, levante muitos 
discípulos e faça uma cerca ao redor da Torá”. 
2. Simeão, o Justo, era um dos remanescentes da Grande Assembléia. 
Ele costumava dizer: “O mundo se sustenta em três coisas: na Torá, no 
Serviço [Ternple-] e nas ações de bondade amorosa”. 
3. Antígono de Sokho recebeu de Simeão, o Justo. 
Ele costumava dizer: “Não sejam como escravos que ministram ao mestre 
para receber uma recompensa, mas sejam como escravos que ministram ao 
16 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
mestre não para receber uma recompensa; e que o temor do céu esteja sobre 
você. 
4. Yosi b. Yo c e2er de (>Y§) Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém 
recebeu deles [j&]. 
Yosi b. Yocezer diz : “Deixe sua casa ser uma casa de reunião para os Sábios, 
e sente-se no pó de seus pés, e beba com sede em suas palavras”. 
5. A. Yosi b. Yohanan de Jerusalém diz: “Que sua casa seja amplamente 
aberta; e deixe os necessitados serem membros de sua casa; e não fale muito 
com uma mulher.” 
B. Eles disseram isso da própria esposa de um homem: quanto mais da 
esposa de seu próximo! Por isso os Sábios disseram: “Aquele que fala muito 
com as mulheres traz o mal sobre si mesmo e negligencia o estudo da Lei e, no 
final, herda a Gehenna”. 
6. Josué b. Perahiah e Nittai, o arbelita, receberam deles. 
Josué b. Perahiah diz: “Faça para si um mestre (RB), e consiga um 
companheiro (HBR) [-discípulo]; e julgue qualquer homem com a balança a 
seu favor. 
7. Nittai, o arbelita, diz: “Mantenha-se longe de um vizinho perverso, não 
se associe com um vizinho perverso e não se desespere com a retribuição”. 
8. Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah recebeu deles. 
Judá b. Tabbai diz: “Não se faça como aqueles que influenciariam os juízes; 
e quando os pretendentes estiverem diante de ti, que eles sejam aos teus olhos 
como homens perversos; e quando eles partirem de diante de você, deixe-os ser 
inocentes aos seus olhos, assim que aceitarem o julgamento. 
9. Simeão b. Shetah diz: “Examine abundantemente as testemunhas; e seja 
cauteloso em suas palavras, para que não aprendam com elas a jurar falsamente. 
10. Shemafiah e Abtalion receberam deles. 
Shemafiah diz: “Ame o trabalho; e odeie o domínio (RBNWT), e não busqueconhecimento do poder governante (R§WT).” 
11. Abtalion diz: “Sábios, prestem atenção às suas palavras, para que você 
não incorra na pena de exílio e seja exilado para um lugar de águas malignas, e 
os discípulos que vierem depois de você beberem e morrerem, e o nome do Céu 
seja profanado”. 
12. Hillel e Shammai receberam deles. 
Hillel diz: “Seja um dos discípulos de Aaron, amando a paz e buscando a 
paz, amando a humanidade e trazendo-a para perto da Torá”. 
13. Ele costumava dizer: 66 Um nome engrandecido é um nome destruído, e 
aquele que aumenta não diminui, e aquele que não aprende é digno de morte, 
e aquele que faz uso mundano da coroa perece. 
14. Ele costumava dizer: “Se eu não for por mim, quem será por mim? E 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 17 
 
sendo para mim mesmo, o que sou eu? Se não agora, quando?" 
15. Shammai diz: “Faça seu [estudo de] Torá [um] fixo [hábito]. Fale pouco 
e faça muito. E receba todos os homens com um semblante alegre”. 
16. Rabban Gamaliel diz: “Faça para si um mestre (RB) [= Josué b. dizendo 
de Perahiah, acima]; e mantenha-se distante da dúvida; e não dê o dízimo por 
adivinhação”. 
17. Simeon, seu filho, diz: “Todos os meus dias cresci entre os sábios e não 
encontrei nada melhor para a pessoa (GWP) do que o silêncio; e a exposição 
não é o princípio, mas a ação; e aquele que multiplica as palavras ocasiona o 
pecado.” 
18. Raban Simeon b. Gamaliel diz: “Em três coisas o mundo se firma: na 
verdade, no juízo e na paz, como está escrito: Execute o julgamento da verdade 
e da paz (Zacarias 8:16).” 
M. Avot 1:1-18 (Compare trans. Danby, pp. 
446-7; no. 13 ital. = Aramaico) 
O formulário do n. 4 a não. 12 é fixo: os nomes dos dois que receberam a 
Torá acima, então apotegmas atribuídos a cada um, em ordem. Os apotegmas 
são sempre triplicados; cada um diz fWMR) três coisas. 
A lista é fortemente glosada. Em não. 5, por exemplo, recebemos um qal 
vehomer, que então produz um ditado dos sábios. Em não. 8, assim que eles 
aceitarem especifica o que já foi pressuposto quando eles partiram. Seu 
propósito é descartar a possível objeção: “E se eles não aceitaram o 
julgamento?” — um tipo típico de sofisma talmúdica. O dito de Abtalion não é 
triplicado, mas as três más consequências compensam a ausência de três ditos 
separados. O nº 3 é expandido pela revisão afirmativa e a glosa, portanto, três. 
Os números 13 e 14 são adicionados ao ditado de HilleF, não um glossário, mas 
uma interpolação considerável de materiais, alguns em aramaico, ocorrendo em 
outro lugar. Agora é usado para dizer (HYH 'WMR) como nos nos. 2-3. 
Surpreendentemente, com Hillel e Shammai os pares cessam. Também não 
se diz que Gamaliel, estando sozinho, “recebeu” de Hilel/Shammai, nem 
Simeão de Gamaliel. O ditado de Gamalie segue a forma anterior. O de Simeão 
não, pois é glosado por todos os meus dias... Eu descobri, fazendo um 
apotegma, “Não há nada melhor” em um comentário autobiográfico. Mas o 
resto do ditado está de acordo com o padrão anterior. Então não. 18, Simeon, 
seu filho , torna -se Rabban Simeon b, Gamaliel e recebe uma declaração 
incongruente com a forma anterior. Esse ditado é uma contraparte de Simeão, 
o Justo, embora a especificação das “três coisas” mude, e é glosado com um 
texto de prova das Escrituras. O que chama a atenção é a persistência da forma 
18 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
das “três coisas” nos ditos intermediários. O nº 18 foi adicionado à lista anterior 
para fechar com um paralelo ao nº. 2. 
O ditado de Simeão, o Justo, é paralelo a Simeão b. GamalieFs, que 
representa claramente uma revisão pós-135 do nº. 2: a Torá agora é verdade, 
uma tendência filosofal; o serviço do templo é agora substituído pela justiça; e 
atos de bondade são substituídos por paz. Morton Smith observa que a base do 
“mundo” não é mais a coerente “irmandade de Israel”, mas a pax Romana . 2, 
e não o dito no n. 1, sugere fortemente que não. 2 foi originalmente o primeiro 
ditado da lista, e que o ditado no no. 1 é uma adição posterior, colocando no 
topo de toda a lista os princípios fundamentais da academia rabínica como uma 
forma social. 
Mas o fato de que não. 18 foi adicionado ao saldo no. 2 levanta o problema 
do n. 2 em si: era parte integrante da lista? Vimos que a forma fixa característica 
da lista (“A -f- B recebeu deles; A disse [três ditos]; B disse [três ditos]”) 
começa apenas com não. 4. Assim, por motivos formais, há fortes razões para 
pensar que os n. 2 e 3 foram acréscimos secundários e, como as tradições 
rabínicas não tinham material legal substancial de Simeão, o Justo e Antígono 
- na verdade, ignoraram Antígono e trataram Simeão principalmente por meio 
de lendas - o caso é claro. A lista original começou exatamente como começou 
a tradição legal rabínica: com os dois YosFs. O apelo a Simeão, o Justo, talvez 
conhecido de Ben Sira, foi motivado pelo desejo de anexar essa tradição legal 
ao último grande membro do sacerdócio legítimo de Jerusalém antes de sua 
queda. A função de Simeão é, portanto, a mesma de Moisés etc. - ele faz parte 
do stemma bíblico (e Ben Sira) da tradição da lei. Antígono foi colocado para 
preencher a lacuna temporal entre Simeon e os Yosi - um século inteiro! De 
onde eles o conseguiram? Não temos ideia. 
Outro mistério é o início do n. 4: os dois Yosi receberam deles y quando o 
solitário Antígono os precedeu. Isso provavelmente é a confirmação de nossa 
conjectura de que Simeão e Antígono foram acrescentados. O referente original 
deles terá sido “os homens da grande sinagoga” – um único mitologumenon 
que preencheu a lacuna entre os profetas e os fariseus. A lista original era, 
portanto, IA, 4, 5A, 6, 7, 8, 9,10,11,12 e 15. Que essa elegante estrutura foi 
quebrada para inserir Simeão e assim reivindicar conexão com o último do 
sacerdócio legítimo, e também para fazer a representação de que o sacerdócio 
colocou a lei à frente do serviço do templo, indica que a inserção foi feita 
quando a rivalidade com o sacerdócio ilegítimo era importante, ou seja, antes 
de 70, e essa indicação é confirmada pelo fato de que o serviço do templo é 
ainda concebido como um dos fundamentos do mundo. Então não. 2 foi 
adicionado antes de 70, e não. 3 podem ter vindo ao mesmo tempo. Seu 
desenvolvimento após 70 foi duplo, como pode ser visto em M. Avot 2. 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 19 
 
Depois do n. 18, M. Avot 2 começa com as adições ainda posteriores do 
círculo do patriarca, Rabi e Rabban Gamaliel III (M. Avot 2:1, 2:2ss), e então 
uma coleção de ditos de Hillel, suposto ancestral do patriarcal casa, e então em 
Avot 2:8 vem uma adição anterior à lista: Rabban Yohanan b. Zakkai recebeu 
[a Torá] de Hillel e Shammai. Isso, que tem a forma das entradas anteriores, é 
claramente o que foi deslocado pelo material patriarcal interveniente (inserido). 
A lista pré-70 foi, portanto, ampliada por seus alunos antes de ser assumida 
pelo patriarcado. A partir do material que segue M. Avot 2:8 (os alunos de 
Yohanan e seus ditos), podemos ver como isso foi desenvolvido em sua escola, 
em contraste com o desenvolvimento patriarcal. A Mishná combina as duas 
tradições. 
Os nomes nas listas são comparados da seguinte forma 
M. Hag. 2:2 b. Shab. 14b = y. Shab. M. Avot 1:1 -7 8 
1:4 
Moisés 
Josué 
Anciãos 
profetas 
Homens da Grande Sinagoga 
Simeão, o Justo 
Antígono de Sokho 
Yosi b. Yo'ezer Yosi b. Yo c ezer de 
Seredah 
Yosi b. Yo^zer de 
Seredah 
Yosi b. Yohanan 
Josué b. Perahiah Nittai, 
o Arbelita 
Yosi b. Yohanan de 
Jerusalém 
Yosi b. Yohanan de 
Jerusalém 
Josué b. Perahiah Nittai, 
o Arbelita 
Judá b. Tabbai [s.: Judá b. Tabbai Judá b. Tabbai 
Simeão b. Shetah 
Shema'iah 
Abtalion 
e] Simeão b. Shetah Simeão b. Shetah 
Shema^ah 
Abtalion 
Hillel-Menahem Shamai Hilel 
Shammai-Hillel Hilel 
[s.: Hillel e Shammai] 
Shamai 
Gamaliel [omite: recebeu] Simeão b. Gamaliel [omite: recebeu] 
[2:8: Yohananb. Zakkai 
recebido de Hillel e 
Shammai] 
Os segundos nomes nos dois primeiros pares, Yosi b. Yohanan e Nittai, o 
arbelita, em outros lugares não recebem nenhum dito independente. Eles 
ocorrem apenas no contexto dos primeiros nomes mencionados, Yosi b. Yo c 
ezer e Joshua b. Perahiah. Além disso, Shemafiah e Abtalion raramente são 
20 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
separados, mas, exceto em Avot, normalmente aparecem como um par, com 
notavelmente poucos lemas independentes atribuídos a um ou a outro. Eles 
recebem ancestralidade comum. Os dois primeiros Yosi não são fornecidos 
com locais de origem em M. Hag. 
M. Avot corresponde a M. Hag. onde os dois coincidem, exceto nas adições 
dos locais de origem dos YosPs, e na reversão da ordem para Hillel-Shammai, 
tornando Hillel nasi\ a assinatura de M. Hag. serve para o mesmo fim. A versão 
babilônica das listas de decretos de limpeza não está de acordo. 
Os nomes adicionados à lista Avot obviamente servem para completar a 
história de Moisés, por um lado, e 170 DC, por outro. Gamaliel é feito herdeiro 
da Torá de HilleP. O Simeon mencionado no beraita em b. Shab. 15a é 
ignorado; talvez o compilador da lista Avot não conhecesse esse beraita. 
É surpreendente que, com exceção de HilleFs (no. 13), nenhum dos 
apotegmas no M. Avot-list é discutido ou mesmo referido por Tanaim ou em 
coleções tanaíticas. Em contraste, os materiais em M. Hag. são retrabalhados 
por Judá b. Ilai e Meir. Com base nisso, dificilmente se pode propor para os 
Avot-apoftegmas uma data anterior a Judá, o Patriarca (se então). Isso é 
congruente com o fato de que Hillel, tanto como ancestral do patriarcado 
quanto como mestre de Yohanan b. Zakkai aparece pela primeira vez na lista 
Avot e se torna importante depois disso. 
Uma vez que, como eu disse, nenhum material existente tem Simeon b. 
Gamaliel ou Gamaliel I referindo-se a Hillel, podemos supor que a 
reivindicação de Hillel como ancestral pelo patriarcado veio algum tempo 
depois da destruição do Templo. Meu palpite é que foi alegado pela primeira 
vez muito tempo depois. Judá, o círculo do Patriarca, provavelmente é 
responsável pelas adições de Gamaliel e Simeão b. Gamaliel à lista Avot. Uma 
vez que esse mesmo círculo também produziu a genealogia ligando Hillel a 
Davi - presumivelmente porque o exilarca da Babilônia fez o mesmo - a ligação 
entre Gamaliel I e Hillel pode ter surgido algum tempo antes de Judá, o 
Patriarca, que é o primeiro patriarca a se referir a Hillel como seu antepassado. 
A ligação deve ser traçada até o ponto em que o patriarcado fez as pazes com a 
crescente predominância da Casa Hillelita, algum tempo depois da destruição 
do Templo. Antes disso, os shammaitas aparentemente predominavam no 
farisaísmo, e Simeão b. Gamaliel provavelmente foi um deles, o que explica a 
supressão de praticamente todas as suas tradições legais. O primeiro ponto em 
que uma reivindicação Hillelita teria servido ao patriarcado, portanto, foi a 
época de Gamaliel II. Mas, uma vez que Gamaliel II é representado como 
seguindo a lei de Shammaite (por exemplo, Yev. 15b), não faz referência a 
Hillel, não desempenha nenhum papel no Hillel-pericopae ou nos materiais da 
HilleFs House, como eu disse, e conta como seu pai Simeon seguiu Shammai 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 21 
 
De acordo com as regras, a ascendência Hillelita para o patriarcado fundado 
por Gama liel II pode não ter sido estabelecida até ca. 150, altura em que parece 
estar resolvido. Esse é o ponto em que Meir teve que revisar a forma da lista 
anterior para fazer Hillel nasi. 
Yosi b. Halafta, contemporâneo de Meir, nada sabia sobre b. Shab. 14b, e 
disse que o decreto sobre a impureza da vidraria e da terra dos povos estava de 
fato em vigor (sem autoridade dada) oitenta anos antes da destruição do 
Templo. Os mestres certamente reconheceram que os dois YosFs eram muito 
anteriores a Hillel e Shammai . Portanto Yosi b. A tradição de Halafta era 
separada e contradita, b. Shab. Ele presumivelmente não conhecia nenhum 
outro. Portanto, pode ser que esse beraita venha bem depois de ca. 150, como 
sugerem os nomes das autoridades palestinas do Talmud. 
4. CONCLUSÃO 
A cadeia mais antiga da tradição farisaica provavelmente consistia nos 
seguintes nomes: 
1. Yosi b. Yo c ezer 
2. Yosi b. Yohanan 
3. Josué b. Perahiah 
4. Nittai, o Arbelita 
5. Judá b. Tabbai 
6. Simeão b. Shetah 
7. Shema c iah 
+ 
8. Abtalion 
9. Shamai 
10. Hilel 
11. Yohanan b. Zakkai 
12. discípulos de Yohanan 
Substituído por 
13. Gamaliel 
14. Simeão b. Gamaliel 
Do anterior, os n. 2 e 4 existem nas tradições apenas em associação com os n. 
1 e 3; nºs 7 e 8 estão sempre conectados. Como veremos, ainda, as relações 
entre os n. 5 e 6 são extremamente complexos, e parece que tradições separadas 
dos dois mestres podem ter sido reunidas para uma explicação pós- fado da 
22 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
união de dois círculos de discípulos originalmente não relacionados. 
Vamos agora considerar em sequência as tradições de cada um dos mestres 
da lista. O julgamento de EJ Bickerman é verificado em todos os lugares: “Un 
oubli général couvrit les siècles qui s'étaient écoulés entre Alexandre et 
Auguste, parce que personne n'avait plus intérêt à s'en souvenir.” IIPara os 
posteriores continuadores rabínicos dos fariseus, o que aconteceu teve que ser 
revisado para o que deveria ter acontecido. Eles tinham um grande interesse no 
período intermediário, mas os fatos prováveis da questão - as origens recentes 
do partido farisaico, provavelmente no segundo século aC, e a predominância 
shammaita no partido no primeiro século dC até a destruição do Templo - não 
eram palatáveis, então novos fatos tiveram que ser inventados tanto para 
melhorar a imagem quanto para preencher seus espaços em branco.
 
IIElie Bickerman, “La chaine de la tradição pharisienne,” Revue biblique 59, 1952, 
pp. 44-54; pp. 45-6. 
 
CAPÍTULO TRÊS 
SIMEÃO O JUSTO 
eu. TRADIÇÕES 
Iil [Quando um homem ou uma mulher faz um voto especial, o voto de um 
na^irita] de separar-se para o Senhor (Números 6:2)... 
O rabino Simeon, o Justo, disse: “Eu comi a oferta pela culpa do nazireado 
(NZRWT), mas um, quando alguém veio do sul, de belos olhos, aparência 
adorável, com seus cabelos cacheados. Eu falei com ele (N^M), 'Rapidamente 
deve alguém (MHR >YT) [deve ser: MH R>YT = O que você viu, por que 
você] destruiu o cabelo bonito?' 
“E ele disse (N'M) para mim, Eu era um pastor na minha cidade. Fui buscar 
água na nascente. Olhei para minha sombra. Meu coração ficou orgulhoso 
(PHZ). Procurou me remover do mundo. Eu disse a ele, 'Wicked (RS C )! EIS 
que você se orgulha do que não é seu. Pertence ao pó, ao verme e ao verme. 
Vejam, eu raspo vocês por causa do Céu.' 
“Imediatamente inclinei minha cabeça e beijei sua cabeça e disse a ele: 'Que 
[pessoas] como você, que fazem a vontade do Onipresente, aumentem em 
Israel. Sobre você ( C LYK) é cumprida a Escritura, Quando um homem ou uma 
mulher faz um voto especial, o voto de um na^irita, para separar-se para o 
Senhor. 9 ” 
(Sifré Num. 22, ed. Friedman, pp. 7a-b) 
Comentário: Mais tarde (IV.ii.3) citado para mostrar que Simeão não 
aprovava os nazireus, esta perícope pode ser categorizada como uma 
narrativa em forma autobiográfica (Simeão disse, I Da narrativa nenhum 
princípio legal é aqui derivado ou ilustrado (…) A regra moral de que não 
se deve orgulhar-se de belas aparências é ilustrada pelo meritório ato de 
raspar a cabeça do jovem como nazireu. 
A ambientação em Sifré não tem relação com o que precede ou segue . 
É um relato literário unitário. Além de algumas dificuldades na escolha de 
palavras e dicção, resolvidas em versões posteriores, a perícope é suave e 
flui com facilidade. A bênção padrão no final, com certeza, é vaga, pois 
qual ação específica o jovem tomou para fazer a vontade de Deus não é 
especificada, apenas

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