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AS TRADIÇÕES RABÍNICAS 
SOBRE OS FARISEUS 
ANTES DE 70 
PARTE I 
OS MESTRES
AS TRADIÇÕES RABÍNICAS 
SOBRE OS FARISEUS 
ANTES DE 70 
PARTE I 
OS MESTRES 
POR 
JACOB NEUSNER 
Professor de Estudos Religiosos 
Brown University 
LEIDEN 
EJ BRILL 
1971
Copyright 1971 por E. j. Brill, Leiden, Holanda 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida 
ou transmitida de qualquer forma por impressão, fotoimpressão , microfilme, 
microficha ou qualquer outro meio sem a permissão por escrito do editor. 
IMPRESSO NA HOLANDA 
Para Morton Smith 
OTK3 xbx wia 'moH tòi... 
Q'3 W3XK
ÍNDICE 
Prefácio ................................................................................................... xin 
PARTE UM 
OS MESTRES 
Lista de abreviaturas .............................................................................. xiv 
Transliterações ...................................................................................... xvi 
I. INTRODUÇÃO .......................................................................... 1 
II. AS CADEIAS DA TRADIÇÃO FARISAICA ................................ 11 
i. Para impor as mãos ............................................................... 11 
ii. Decretos ............................................................................... 13 
iii. Apoftegmas Morais ............................................................. 15 
iv. Conclusão ............................................................................ 22 
III. SlMEON, O JUSTO ....................................................................................................... 24 
i. Tradições .............................................................................. 24 
ii. Sinopses ............................................................................... 44 
iii. Conclusão ............................................................................ 57 
IV. ANTÍGONO DE SOKHO. YOSI B. YO C EZER E YOSI B. 
YOHANAN .................................................................................... 60 
i. Antígono de Sokho ................................................................ 60 
ii. Tradições de Yosi b. Yo c ezer e Yosi b. Yohanan. 61 
iii. Sinopses .............................................................................. 77 
iv. Conclusão ............................................................................ 81 
V. JOSHUA B. PERAHIAH E NlTTAI O ARBELITA. JUDÁ 
B. TABBAI E SIMEÃO B. SHETAH .................................................... 82 
i. Josué b. Perahiah e Nittai, o Arbelita ..................................... 82 
ii. Tradições de Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah 86 
iii. Sinopses ............................................................................ 122 
iv. Conclusão .......................................................................... 137 
VI. SHEMA C IAH E ABTALION ............................................................ 142 
i. Tradições ............................................................................ 142 
ii. Sinopses ............................................................................. 155 
iii. Conclusão ......................................................................... 158
VII. YOHANAN, O SUMO SACERDOTE, HONI , O CLRCLER, E OUTROS 
MENCIONADOS EM CONEXÃO COM O FARISAÍSMO 
ANTES DE HILLEL .................................................................................................... 160 
VIII TABLE OF CONTENTS 
 
i. Yohanan, o Sumo Sacerdote ................................................ 160 
ii. Honi, o Círculo ................................................................... 176 
iii. Outros ................................................................................ 182 
VIII. MENAHEM. SHAMAI ................................................................... 184 
i. Menaém .............................................................................. 184 
ii. Tradições de Shammai ........................................................ 185 
iii. Sinopses ............................................................................. 204 
iv. Conclusão .......................................................................... 208 
IX. HILEL ........................................................................................ 212 
i. Tradições ............................................................................ 212 
ii. Sinopses ............................................................................. 280 
iii. Conclusão .......................................................................... 294 
X. SHAMMAI E HILLEL .................................................................... 303 
i. Tradições ............................................................................ 303 
ii. Sinopses ............................................................................. 333 
iii. Conclusão .......................................................................... 338 
XI. GAMALIEL ................................................................................. 341 
i. Tradições ............................................................................ 342 
ii. Sinopses ............................................................................. 370 
iii. Conclusão ........................................................................... 373 
XII. SIMEÃO B. GAMALIEL ................................................................. 377 
i. Tradições ............................................................................ 377 
ii. Sinopses ............................................................................. 384 
iii. Conclusão ........................................................................... 386 
XIII. OUTROS FARISEUS ANTES DE 70 ................................................ 389 
i. Mencionado em Conexão com Shammai ............................. 389 
1. Dositeu de Kefar Yatmah .............................................. 389 
2. Babá b. Buta ................................................................. 389 
3. Yo c ezer Tsh HaBirah ................................................... 391 
4. Sadoq ........................................................................... 392 
5. Yohanan, o hauranita .................................................... 392 
ii. Mencionado em Conexão com Hillel ................................... 392 
1. Bené Bathyra .................................................392 See More 
2. Gedya ........................................................................... 392 
3. Ben Hé Hé e Ben Bag Bag ........................ ...... 392 
4. Sebna .............................................................................393 
5. Jônatas b. c Uziel ............................................ 393 See More 
iii. Mencionado em Conexão com Gamaliel I ......................394 
1. Admon e Hanan .............................................................394 
2. Hanina b. Dosa ..............................................................394 
TABLE OF CONTENTS IX 
 
3. Yohanan, o Escriba ........................................................396 
iv. Outros .................................................................................396 
1. Honi, o Circulador, neto de Honi, o Circulador (Àbba 
Hilqiah) .................................................................................396 
2. Josué b. Gamala ..............................................................396 
3. “Rabino” Ismael b. Phiabi e Eleazar b. Harsom 397 
4. Hananias Prefeito dos Sacerdotes .....................................400 
5. Naum, o Medo, e Hanan, o Egípcio. . . 413 
6. Zecarias b. Qevutal e Zekhariah b. HaQassav 414 
7. Mesa, Naum, o Escriba, Simeão de Mispá, Judá b. Bathyra, 
"Aqavyah b. Mehallel, Hananiah b. Hezeqiah b. Gorion, Abba 
Yosi b. Hanan eYohanan b. Gudgada ..............................415 
PARTE DOIS 
AS CASAS 
Lista de abreviaturas .......................................................................................... xm 
Transliterações ............................................................................................... xv 
XIV. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1 
XV. MIDRASHIM TANAÍTICO .............................................................................. 6 
i. Mekhilta de R. Ismael ...................................................................... 6 
ii. Mekhilta de R. Simeon b. Yohai ....................................................... 9 
iii. Sifra .............................................................................................. 11 
iv. Sifré .............................................................................................. 30 
v. Midrash Tannaim ........................................................................... 39 
XVI. MISHNÁ-TOSEFTA E ALGUNS Beraitot ........................................... 41 
i. Zeraim ........................................................................................... 41 
ii. Mo'ed .......................................................................................... 120 
iii. Nashim ........................................................................................ 190 
iv. Neziqin ........................................................................................ 234 
v. Qodashim .................................................................................... 239 
vi. Toharot ........................................................................................ 253 
vii. Coleções de Casas-Disputas na Mishná-Tosefta ............................ 324 
viii. Tabelas ...................................................................................... ....... 
PARTE TRÊS 
CONCLUSÕES 
Lista de abreviaturas .......................................................................................... xiv 
Transliterações ................................................................................................... xvi 
XVII. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 1 
XVIII. UNIDADES INTERMEDIÁRIAS DE TRADIÇÃO: TIPOS E FORMAS ..................... 5 
i. Tradições legais .............................................................................. 5 
X TABLE OF CONTENTS 
 
A. Formulário Jurídico Padrão ....................................................... 5 
B. Testemunhos .......................................................................... 14 
C. Debates .................................................................................. 16 
D. Narrativas ............................................................................... 23 
1. Informações Históricas na Forma Jurídica Padrão... 24 
2. Epístolas ........................................................................... 25 
3. Ordenanças ....................................................................... 25 
4. Cadeias e listas ................................................................. 27 
5. Precedentes ....................................................................... 28 
6. Contextos ......................................................................... 31 
7. Contas de primeira pessoa ................................................. 33 
8. Ilustrações e Provas ........................................................... 35 
9. Histórias das Leis .............................................................. 38 
E. Exegeses Legais .................................................................... 39 
1. Referências Bíblicas .......................................................... 39 
2. Exegeses ........................................................................... 40 
3. Textos-prova ..................................................................... 42 
4. Da Exegese à Cría ............................................................. 42 
ii. Tradições Agádicas ....................................................................... 43 
A. Histórias ................................................................................. 43 
1. Alusões a Histórias ............................................................ 43 
2. Breves Referências Biográficas ......................................... 45 
3. Histórias Biográficas e Históricas ......................... 47 
B. Provérbios .............................................................................. 55 
1. “Eu”-Provérbios ................................................................ 56 
2. Provérbios que não estão em um ambiente narrativo ........... 56 
3. Apoftegmas ...................................................................... 59 
4. “Ai” - Provérbios .............................................................. 61 
5. Provérbios formulados ...................................................... 61 
C. Exegeses Agádicas .................................................................. 62 
1. Referências Bíblicas .......................................................... 62 
2. Exegeses ........................................................................... 62 
3. Textos-Prova .................................................................... 63 
4. Da exegese à fábula ........................................................... 64 
iii. Resumo de Formas e Tipos ............................................................ 64 
iv. Algumas Comparações .................................................................. 69 
v. História das Formas ....................................................................... 89 
XIX. PEQUENAS UNIDADES DE TRADIÇÃO E OUTROS PADRÕES MNEMÔNICOS. . 101 
i. Introdução ................................................................................... 101 
ii. Pericopae sem Fórmulas ou Padrões ............................................. 106 
iii. Pericopae com fórmulas ou padrões ............................................. 114 
iv. Pequenas Unidades de Tradição .................................................... 119 
1. Opostos Fixos ....................................................................... 119 
a. Responsáveis vs. Gratuitos ................................................ 120 
b. Impuro vs. Limpo .............................................................. 120 
c. Proibir vs. Permitir ............................................................ 122 
d. Inadequado vs. Adequado .................................................. 122 
e. Midras vs. Temé-Met ......................................................... 123 
f. Dentro x Fora; Passado vs. Futuro; Acima vs. Abaixo. 123 
2. Saldo do Medidor .................................................................. 124 
3. Saldo de Medidor e Mudança de Carta ................................... 125 
v. Mudanças Sintáticas e Morfológicas Equivalentes em Função 
para Pequenas Unidades de Tradição ............................................ 126 
TABLE OF CONTENTS XI 
 
1. Tempo e Número ................................................................... 126 
2. Distinção vs. Sem distinção {E vs. Ou) .................................. 126 
3. Inversão da Ordem das Palavras ............................................. 128 
4. Declaração da lei +/— Negativa ............................................ 129 
5. Declaração Negativa + Permissão .......................................... 132 
6. 'P no Segundo Lema .............................................................. 134 
vi. Diferenças na Escolha de Palavras ................................................ 134 
vii. Número-Sequências .................................................................... 136 
viii. Casas-Disputas não em equilíbrio preciso.................................... 138 
ix. Resumo de Pequenas Unidades de Tradição e Outros Mnemônicos 
Padrões ........................................................................................ 140 
x. Transmissão Oral: Definindo o Problema ...................................... 143 
xi. Tradições Orais ............................................................................ 163 
XX. VERIFICAÇÕES ....................................................................................... 180 
i. Introdução .................................................................................... 180 
ii. Pericopae sem verificações antes de ca. 200 DC (Mishná- 
Toseftá) ....................................................................................... 175 
iii. Verificações de Yavneh ............................................................... 199 
1. Eliézer b. Hircano .................................................................. 199 
2. Josué b. Hananias .................................................................. 200 
3. Eliezer + josué ....................................................................... 201 
4. Eliezer + 'Aqiba ..................................................................... 201 
5. Abba Saul ............................................................................. 202 
6. Gamaliel II ............................................................................ 202 
7. Eleazar b. R. Sadoq ............................................................... 203 
8. Eleazar b. 'Azariah ................................................................ 203 
9. Eleazar b. 'Azarias e Josué ..................................................... 204 
10. Eleazar b. 'Azarias e Ismael ................................................... 204 
11. Tarfon .................................................................................. 204 
12. Tarfon + 'Aqiba .................................................................... 204 
13. 'Aquiba ................................................................................ 205 
14. 'Aqiban Exegeses em Casas-Disputas .................................... 207 
15. Yohanan b. Nuri ................................................................... 208 
16. Jônatas b. Bathyra ................................................................. 208 
17. Abba Yosi b. Hanan ............................................................. 208 
18. Ilai ........... * ....................................................................... 208 
19. Dosa b. Harkinas .................................................................. 208 
20. Ismael . ....... ........................................................................ 208 
iv. Verificações de Usha ................................................................... 209 
1. Usha em geral ....................................................................... 209 
2. Judá b. Babá .......................................................................... 210 
3. Judá b. Bathyra ..................................................................... 210 
4. Eliézer b. Shammu'a .............................................................. 211 
5. Eliézer b. Jacó ....................................................................... 211 
6. Dosetai b. Yannai .................................................................. 211 
7. Yosi b. Halafta ...................................................................... 211 
8. Yosi b. Halafta e Judá b. ............................................. Ilai 
 213 
9. Yosi b. Halafta e Meir ........................................................... 213 
10. Yosi b. Halafta e Simeão b. Yohai .................................... 213 
11. Simeão b. Yohai .................................................................. 214 
12. Meir . . . . ' ........................................................................... 215 
XII TABLE OF CONTENTS 
 
13. Meir e Judá b. Ilai ................................................................ 215 
14. Judá b. Ilai ........................................................................... 217 
15. Simeão b. Gamaliel .............................................................. 218 
16. Nathan ................................................................................ 219 
v. Verificações do Círculo de Judá, o Patriarca ................................. 220 
1. O Círculo de Judá, o Patriarca em Geral ................................. 220 
2. Simeão b. Eleazar .................................................................. 220 
3. Outros ................................................................................... 222 
vi. Os fariseus pré-70 em Yavneh ..................................................... 223 
vii. Os fariseus pré-70 em Usha ........................................................ 231 
viii. Conclusão ................................................................................. 234 
XXI. HISTÓRIA DAS TRADIÇÕES ...................................................................... 239 
i. As Tradições Perdidas ................................................................. 239 
ii. A história rabínica do farisaísmo: os primeiros mestres. . 239 
iii. A Questão de Hilel ...................................................................... 255 
iv. Gamaliel e Simeão. Yohanan b. Zacai .......................................... 272 
v. O Estrato Yavneano ..................................................................... 281 
vi. O Estrato Ushan .......................................................................... 282 
vii. As Leis ....................................................................................... 286 
XXII. RESUMO: AS TRADIÇÕES RABÍNICAS SOBRE OS FARISEUS ANTES DE 70 ...... 301 
APÊNDICE: REFLEXÕES BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 320 
ÍNDICES 
I. BÍBLIA 
II. APÓCRIFOS, PSEUDEPÍGRAFOS, ESCRITOS QUMRANIANOS 
III. JOSEPHUS 
IV. MISHNÁ 
V. TOSEFTA 
VI. MEKHILTA, SIFRA, SIFRÉ, MIDRASH TANNAIM 
VII. TALMUDE PALESTINO 
VIII. TALMUDE BABILÔNICO 
IX. MIDRASHIM E OUTRAS COMPILAÇÕES 
X. ÍNDICE GERAL
PREFÁCIO 
Meus agradecimentos vão para o American Council of Learned Societies 
por uma bolsa de pesquisa em 1970-1 e para a Brown University por uma bolsa 
de estudos de verão e licença sabática no mesmo ano acadêmico. , preparando 
índices e inúmeras outras despesas de pesquisa. 
Meus alunos, David Goodblatt, Robert Goldenberg, Gary Porton, Shamai 
Kanter, William Scott Green, meus amigos, Brevard S. Childs, Wayne Sibley 
Towner, Robin J. Scroggs e Wayne A. Meeks, e meus colegas, Horst R. 
Moehring e Ernest S. Frerichs, todos leram o manuscrito e fizeram sugestões 
importantes. O esforço de sistematizar e generalizar os resultados, no volume 
III, foi sugerido pelos professores Childs, Towner e Meeks. Meu professor 
Morton Smith merece muito do crédito por qualquer sucesso que este projeto 
 
possa ter alcançado. A Sra. Marion Craven datilografou o manuscrito com 
cuidado e paciência necessários. A contribuição do meu editor, EJ Brill, é 
evidente. A todos expresso sincero apreço. 
Somente eu assumo a responsabilidade por erros de fato ou julgamento. 
Providência, Rhode Island JACOB NEUSNER 
23 de dezembro de 1970 
25 Kislev 5731 
O décimo aniversário da morte do meu pai. 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
Ah. = Ailote Ker. = Keritot 
'Arakh. = 'Arakhin Kil. = Kila'im 
ARN = Avot deRabbi Natan Lev. = Levítico 
AZ = 'Avodah Zarah M. = Mishná 
b. = Ba vii, Talmude Babilônico MQ = Mo c ed Qatan 
b. = ben EM = Ma c aser Sheni 
BB = Bava Batra MT = Midrash Tanna'im 
BM = Bava MeçPa' MT = Texto Massorético 
BQ = Bava Qamma Ma. = Ma'asserot 
Ber. = Berakhot Mak. = Makkot 
Ser§. = Beçah Maksh. = Makshirin 
bicicleta = Bikurim Mal. = Malaquias 
cron. = Crônicas Meg. = Meguilá 
Dan. = Daniel Meg. Tá. = Meguilát Ta'anit 
Dem.= Demai Mekh. = Mekhilta 
Desenvolvimento = Desenvolvimento de 
uma lenda: 
Homens. = Menahot 
Estudos sobre as Tradições Relativas Meio. = Ponto médio 
Yohanan ben Zakkai (Leiden, 1970) Miq. = Miqva'ot 
Deut. = Deuteronômio naz. = Nazir 
' Ed. = 'Eduyyot Ned. = Nedarim 
Epstein, Mevó*ot — JN Epstein, Neg. = Nega'im 
Mevó*ot leSifrut HaTanna*im (Jeru Nez. = Nezirot 
Salém, 1957) Nid. = Niddah 
Epstein, Mishná = JN Epstein, Mavo Num. = Números 
le Nusah HaMishná (Jerusalém, Oh. = Ohalote 
1964 2 ) 'Orl. = 'Orlá 
'Eruv. = 'Eruvin Par. = Pará 
Ex. = Êxodo Pes. = Pesahim 
Ez. = Ezequiel Prov. = Provérbios 
Finkelstein, Mavo = Mavo le Massekhet Obs. = Salmos 
Avot veAvot deR. Nathan (NY Qid. = Qiddushin 
1950) Qoh. = Qohelet 
Gen. = Gênesis R. = Rabá 
Git. = Gittin R. = rabino 
Bruxa. = Hagigá RH = Rosh Hashaná 
Hal. = Hallah Sam. = Samuel 
Halivni, Meqorot = David Weiss Sanh. = Sinédrio 
Halivni, Meqorot uMesorot (Tel Shab. = Shabat 
Aviv, 1968) Shav. = Shavu c ot 
Hor. = Horaiote Sheq. = Sheqalim 
Hos. = Oséias Shev. = ShevPit 
Hui. = Hullin Canção = Cântico dos Cânticos 
É. = Isaías Sof. = Sotá 
JE = Enciclopédia Judaica Suk. = sucá 
Jr. = Jeremias Tá. = Ta'anit 
Josh. = Josué Tem. = Temurah 
Juiz. = Juízes Ter. = Terumot 
Kel. = Kelim Toh. = Toharot 
LIST OF ABBREVIATIONS XV 
 
Para% 
s. 
= Tosefta Yad. = Yadaim 
TY == Tevul Yom Sim. = Yevamot 
'Úqs. = c Uq§in Zab. = Zabim 
y. = Yerushalmi, palestino Zech. = Zacarias 
talmude Zer. = Zera < im 
YT = Yom Tov Zev. = Zevahim 
 
TRANSLITERAÇÕES 
k __ > 0 » = M 
□ = B P = N 
 = G 0 = á 
T =D V __ c 
n = H Õ = p 
eu = W r* = S 
T = Z p = Q 
n = H 
 
= R 
D = T 
 
= s 
•» = Y pés? = s 
 
= K n = T 
 
= L 
 
 
CAPÍTULO UM 
INTRODUÇÃO 
Embora várias gerações de estudiosos tenham produzido histórias do 
judaísmo e do judaísmo palestinos no período do Segundo Templo, nenhum 
deles analisou sistematicamente a partir de perspectivas formais, redacionais, 
sinóticas ou comparativas e críticas literárias as tradições farisaico-rabínicas 
abundantemente citadas na composição de essas histórias. Conseqüentemente, 
as tradições rabínicas sobre os fariseus são citadas como se soubéssemos como 
elas foram moldadas e transmitidas, até que ponto podem ser confiáveis para 
informações históricas precisas, onde e quando foram dadas na forma em que 
as temos agora. . Mas não temos essa informação. Aqui proponho não fornecer 
um novo relato do farisaísmo, mas apenas trazer para as tradições rabínicas 
sobre os mestres farisaicos do período do Segundo Templo algumas das 
técnicas críticas comuns no estudo de outras fontes pertencentes à história de a 
mesma hora e lugar. 
A utilidade deste empreendimento é facilmente perceptível. Poucas histórias 
do período tentam mais do que uma análise primitiva e pré-crítica do material 
farisaico-rabínico pertinente, e isso apesar das conquistas consideráveis da 
erudição em outros aspectos do estudo da literatura judaica e cristã antiga. Os 
estudiosos do Novo Testamento costumam dar atenção cuidadosa às 
considerações críticas ao usar materiais do Novo Testamento para fins 
históricos. Mas eles citam histórias talmúdicas como relatos históricos 
contemporâneos, de primeira mão e precisos . Eles não pensariam, ao discutir 
uma história sobre Jesus, em negligenciar seus sinais internos de 
desenvolvimento ou em ignorar várias versões da mesma história em sua 
tentativa de descobrir o que, se é que algo, pode ser dito sobre eventos reais. 
No entanto, eles citam histórias rabínicas sobre o que os rabinos disseram e 
fizeram como se considerações críticas importantes nos estudos do Novo 
Testamento simplesmente não se aplicassem. Nisso, eles são auxiliados por 
historiadores judeus que, em um espírito pseudo-ortodoxo, mantêm a pretensão 
de que onde quer que ou quando uma história foi finalmente escrita, seja na 
Babilônia do século III ou na Itália do século X, essa história relata de maneira 
precisa e confiável os detalhes exatos do que aconteceu. realmente aconteceu 
no tempo de que fala. A partir do momento em que um mestre farisaico ou 
sábio rabínico disse ou fez algo, supõe-se, um processo 
Neusner, As tradições rabínicas sobre os fariseus antes de 70, 1
2 INTRODUCTION 
 
automaticamente foi colocado em movimento oralmente para registrar, então 
oralmente para transmitir, um relato histórico detalhado exato do ditado ou do 
evento. A relação entre o evento e a história que pretende preservá-lo nunca é 
investigada; é simplesmente uma correspondência perfeita. 
A questão histórica, portanto, predominou com exclusão do estudo crítico 
das tradições; mas o estudo crítico é uma prioridade para formular, depois 
encontrar e avaliar as respostas para questões históricas. Não podemos 
especular, por exemplo, sobre quem foi Simeão, o Justo ou Hillel, se antes de 
tudo não consideramos se e como sabemos alguma coisa sobre Simeão, o Justo 
ou Hillel. Certamente não podemos amalgamar inocentemente as histórias 
farisaico-rabínicas com aquelas derivadas de outras fontes, por exemplo, 
Josefo, Ben Sira e os Evangelhos Sinópticos, nem chegar a uma “vida” 
harmoniosa de um homem cujo nome ocorre de várias maneiras em vários 
conjuntos de histórias. materiais, ou com um relato de um evento, instituição 
ou prática aludido neles. 
Aqui questões históricas não serão levantadas de forma alguma. Em nenhum 
caso pretendo especular sobre qual ditado ou evento pode ter originalmente 
dado origem à tradição rabínica “original”, cujos remanescentes ou 
desenvolvimentos posteriores estão agora em nossas mãos. Essas perguntas 
incluem: quando e por que surgiram os fariseus? Qual era o contexto histórico 
deles? o curso de sua evolução e desenvolvimento? a natureza e proveniência 
de suas doutrinas e instituições distintas? (Veja Ellis Rivkin, 
“Prolegomenon,”/W^/jw and Christianity, ed. WOE Oesterly, H. Loewe e EIJ 
Rosenthal [Repr. NY> 1969], p. xii). Não faremos nenhum esforço para definir 
o que geralmente se quer dizer com “fariseus” ou “farisaísmo”. Provérbios 
anônimos e aqueles atribuídos a mestres após os 70 anos sobre condições 
anteriores aos 70 não são considerados, a menos que os mestres nomeados ou 
as Casas de Shammai e Hillel sejam diretamente referidos. 
A difícil questão do significado de perushim em M. Hag. 2 : 7 > b. Sof. 22b, 
b. BB 60b, Tos. Ber. 3:25, M. Yad. 4: 6-7, Tos. Yad. 2:20, 4:8, b. Yoma 19b, 
y. Yoma 1: 5, Tos. Bruxa. 3:35, b. Nid. 33b, Tos. Yoma 1:8, M. Mak. 1:6, Sifré 
Deut. 190, e em vários outros textos examinados por Ellis Rivkin em “Defining 
the Pharisees” (Hebrew Union College Annual 40-41,1969-70, pp. 205-249) 
não é levantada. A análise cuidadosa de Rivkin sobre as formas como o 
perushim é usado me parece impecável em todos os aspectos, exceto dois. 
Primeiro, ele não distingue entre os textos diante dele de acordo com as 
autoridades a quem os ditos são atribuídos e as compilações em que ocorrem, 
nem analisa as qualidades literárias e formais desses textos. Ele assume que 
todos os textos descrevem com precisão o que realmente foi dito e feito. 
Em segundo lugar, sua discussão, portanto, tende a cruzar a linha entre a 
INTRODUCTION 3 
 
análise filológica, por um lado, e o julgamento histórico, por outro, produzindo 
a impressão de uma abordagem menos crítica e mais fundamentalista do que se 
afirma explicitamente no início. . A partir de uma análise geralmente persuasiva 
do uso de PR$ em vários textos, Rivkin passa a fazer afirmações “históricas” 
infundadas, por exemplo, “Os faris sés não fizeram as leis de pureza ritual 
rigorosas para si mesmos, mas para os sacerdotes”. No entanto, tendo excluído 
de início as evidências pertinentes a tais declarações derivadas de outras 
tradições e coleções, ele me parece sem justificativa para chegar a quaisquer 
conclusões históricas. 
Em uma página, por exemplo, ele se refere à construção “da definição 
tanaítica dos fariseus a partirdos textos que atenderam aos critérios de 
autenticidade” (p. 246). Sem nos dizer o que significa “autenticidade”, ele 
passa, na página seguinte, a oferecer não um relato da definição tanaítica, mas 
o seguinte julgamento manifestamente histórico: 
Os fariseus eram uma classe erudita dedicada à supremacia da dupla Lei, 
a Escrita e a Não Escrita. Eles se opunham ativamente aos saduceus que 
reconheciam apenas a Lei Escrita como autoridade, e buscavam meios 
dramáticos para proclamar sua autoridade suprema. Suas leis não 
escritas... operavam em todos os domínios: culto, propriedade, 
procedimentos judiciais, festivais, etc. Os fariseus eram líderes ativos que 
executavam suas leis com vigor e determinação. Eles marcam a data para 
o corte do 'omer. Eles estabeleceram procedimentos para a queima da 
novilha vermelha e obrigaram o consolo sacerdotal. Eles insistiam que o 
Sumo Sacerdote realizasse seu ato mais sagrado do ano de acordo com 
seus regulamentos. Eles determinaram o procedimento judicial, os 
herdeiros legítimos da propriedade, a responsabilidade dos escravos por 
danos, o estado de pureza das Sagradas Escrituras. 
Em nenhum lugar deste parágrafo, ou nos adjacentes, encontro uma ressalva 
clara de que o que precede é suposto ser um resumo de uma composição de 
fontes referentes a perushim, fontes de autoridades espalhadas por um século 
ou mais e derivadas de vários documentos tardios. . Rivkin claramente pretende 
que o precedente seja uma declaração histórica e descritiva sobre os fariseus 
históricos, e não um resumo do ponto de vista de alguns rabinos posteriores 
sobre eles. A declaração adicional confirma esta visão: 
Os fariseus, uma vez liberados do uso limitado, circunscrito e raro de 
prusim e identificados como hakhamim sofrim, podem reivindicar sua 
identidade como aquela classe erudita que criou o conceito da Lei dupla, 
levou-a à vitória triunfante sobre os saduceus e tornou operativo na 
sociedade (p. 248). 
Rivkin então cita rapidamente Josefo, Antiguidades 13:297, 408, Filipenses 
3:5,6, Gálatas 1:14, Mateus 23:2 e Marcos 7:5, 9, e conclui: 
4 INTRODUCTION 
 
As fontes até então discordantes são agora vistas como concordantes. 
Josefo, Paulo, os Evangelhos e a literatura tanaítica concordam que os 
fariseus eram a classe erudita da dupla Lei, nada mais, nada menos. 
Já nos afastamos muito da alegação de que nosso problema é apenas estudar o 
uso de perushim em alguns materiais tannaíticos. 
Deve-se, portanto, enfatizar que nosso propósito é examinar as tradições -
sobre mestres pré-70 e as Casas de Shammai e Hillel, não para compor uma 
história dos povos e movimentos referidos nessas tradições. No final, para ter 
certeza, ofereço alguns julgamentos sobre o que essas tradições podem nos 
dizer sobre o movimento histórico a que se referem, mas aí o esforço principal 
é sugerir uma perspectiva sobre a natureza das próprias tradições. 
Para fazer mais do que isso, é preciso prestar atenção não apenas aos 
materiais díspares em que os fariseus aparecem, mas também àqueles em que 
eles estão ausentes. O problema então é construir uma imagem de todo o 
judaísmo palestino. Tal construção pode lançar dúvidas sobre a proposição 
inicial de Rivkin (p. 205): 
Os fariseus desempenharam um papel decisivo na história dos judeus e no 
desenvolvimento do judaísmo. Todas as fontes contemporâneas — 
Josephus, o Novo Testamento e a literatura tanaítica — atestam esse fato. 
Uma vez que importantes fontes contemporâneas produzidas por judeus, como 
os escritos de Qumranian, Philo, coleções apócrifas e pseudepigráficas e 
escritos contemporâneos de não-judeus que sabiam algo sobre a Palestina, por 
exemplo, Tácito, Plínio, não sabem nada sobre os fariseus, muito menos sobre 
seus “papel decisivo” na história do judaísmo, deve-se perguntar até que ponto 
esse fato é atestado. Além disso, os dois testemunhos extra-rabínicos 
mencionados por Rivkin vêm de autoridades que afirmavam ter sido fariseus, 
Josefo e Paulo, ou de círculos evidentemente afetados pela presença de fariseus 
e envolvidos em debates com eles, a história sinóptica. caixas. Portanto, 
podemos prontamente concordar que, para os herdeiros rabínicos dos fariseus, 
por um lado, e para as pessoas que afirmavam ter feito parte de seu grupo, ou 
para círculos confrontados pela crítica farisaica ou rabínica, por outro lado, o 
farisaísmo realmente desempenhou um papel decisivo. Todos produziram 
registros mostrando a importância do farisaísmo para sua própria situação. O 
fato que está bem atestado, portanto, não é aquele introduzido no início. Esse 
fato também pode ser verdade. Resta ser investigado. Mas, repito, o único 
interesse aqui é estudar a forma e a estrutura de algumas tradições rabínicas. 
Meu propósito é fornecer uma pequena parte das informações que os 
historiadores precisam para uma consideração mais aprofundada da história do 
judaísmo farisaico pré-70 em seu cenário histórico. 
Visto que nossa preocupação não é reconstruir a história do fariseu pré-70 , 
INTRODUCTION 5 
 
não devemos nos preocupar com as infindáveis teorias dos historiadores sobre 
as relações históricas reais entre os fariseus e outros mencionados por Josefo, 
por um lado, e os fariseus e outros antes. 70 referidos na literatura talmúdica, 
por outro; da mesma forma entre os fariseus da tradição rabínica e aqueles na 
literatura comumente acusados de serem farisaicos, compostos antes de 70 e 
agora preservados em outras línguas além do hebraico e do aramaico. Assim, 
por exemplo, podemos ignorar os esforços para identificar Baba b. Buta com 
os filhos de Baba (Josephus, Antiquities XV, 260-6), de G. Allon, {Mehqarim 
beToledot Yisra^elX [Tel Aviv, 1957], p. 39), e os esforços ainda mais 
complicados para identificar Pollion, o fariseu, com Abtalion ou Hilel 
{Antiguidades 15:3-4, 370) e Samaias {Antiguidades 14:172-4, 175-6), o 
discípulo de Pollion, o fariseu (15:3-4, 370) com Shemafiah, Shammai, Simeão 
b. Shetah, e praticamente qualquer outra pessoa que possa ser encontrada nas 
tradições rabínicas pertencentes ao primeiro século aC Esses esforços me 
parecem primitivos e sem sentido, mas não é nosso problema corrigi-los. 
Qualquer um que consulte a vasta literatura secundária relativa ao farisaísmo 
pré-70 encontrará muitas surpresas maravilhosas. Ele descobrirá que depois de 
Hillel, Simeon e Jonathan b. c Uziel eram chefes da corte farisaica; que Ben Hê 
Hê foi o convertido que Hillel conquistou enquanto se apoiava em um pé só; e 
inúmeras outras maravilhas. Em geral, encontrei poucos pontos de congruência 
formal ou substantiva, muito menos de contato, entre as tradições rabínicas -
sobre os fariseus pré-70 e outras literaturas pertencentes a eles. Pode-se muito 
bem levantar a hipótese de que se tais obras não rabínicas geralmente atribuídas 
ao farisaísmo são de fato farisaicas, então as tradições rabínicas em geral não o 
são. Mas essa hipótese requer investigação por aqueles competentes para fazê-
lo; aqui espero meramente examinar parte da documentação rabínica. 
Este trabalho dá continuidade à investigação iniciada em Development of a 
Legend: Studies on the Traditions Concerning Yohanan ben Zakkai (Leiden, 
1970). Tendo examinado as tradições sobre o primeiro herói farisaico-rabínico 
depois de 70, decidi estudar o material sobre os mestres farisaicos antecedentes 
antes de prosseguir para os problemas subseqüentes. Os primeiros mestres 
diferem muito daqueles que seguem Yohanan. Mas ainda mais importante, as 
condições para a redação, preservação e transmissão dos ditos dos mestres 
antes de 70 diferem radicalmente das condições prevalecentes depois. Não 
temos em hebraico ou aramaico nenhum documento farisaico finalmente 
redigido antes de 70, e naqueles vindos depois é difícil localizar e verificar as 
perícopas que provavelmente receberam a forma final antes da destruição. As 
tradições sobre os mestres pré-70 não contêm o menor indíciode que as 
palavras exatas dos ditos agora diante de nós foram formuladas oralmente e 
passadas de mestre para discípulo. A imagem muda com Gamaliel I. Embora 
6 INTRODUCTION 
 
ele e seu filho Simeão nunca se refiram a Hillel, Gamaliel II se refere a Simeão, 
e temos algumas lembranças confiáveis, vindo depois de 70, de Gamaliel I 
também. Ora, nenhum dos mestres anteriores a Gamaliel I era pessoalmente 
conhecido pelas autoridades pós-70. Portanto, ninguém depois dos 70 anos 
poderia alegar ter ouvido exatamente o que eles disseram. Conseqüentemente, 
o fato de termos tão poucos lemas confiáveis e ainda menos histórias sobre eles 
indica duas coisas: primeiro, que a esmagadora maioria dos ditados e histórias 
que temos veio de professores pós-70; em segundo lugar, esses professores não 
inventaram livremente material sobre os primeiros professores, mas, na 
maioria das vezes , relataram o que ouviram. Parece, portanto, que a guerra de 
66-73 e a destruição de Jerusalém levaram a uma ruptura radical em quaisquer 
processos de transmissão de tradições que floresceram anteriormente. Algumas 
autoridades farisaicas morreram na guerra. As condições políticas da vida 
farisaica mudaram muito depois disso. Quase todas as perícopas antes de nós 
derivam em sua forma atual dos anos posteriores a 70, muitas daquelas 
posteriores a 140 ou mesmo posteriores. Em face disso, portanto, o valor 
histórico das tradições rabínicas do farisaísmo pré-70 não deve ser 
considerável. Como veremos, os rabinos posteriores freqüentemente 
desenvolveram o que tinham, e às vezes inventaram o que precisavam, em 
conformidade com sua imaginação de assuntos anteriores a 70, e esses fatos 
tornam ainda mais difícil recuperar muito, se houver, histórico utilizável. Em 
formação. Tudo isso não diminui o interesse histórico das tradições, mas é 
provável que o período que elas testemunham com precisão seja posterior ao 
período de que afirmam falar. No entanto, parece-me importante fornecer um 
relato completo de materiais pertencentes a homens e instituições no período 
anterior à destruição, antes de prosseguir para as camadas de tradições que são 
capazes de produzir dados muito mais confiáveis. Talvez esses resultados 
pareçam principalmente, embora não totalmente, negativos, mas uma 
contribuição útil pode consistir em delinear o alcance de nossa ignorância e 
levantar vários tipos de questões ainda sem resposta. 
Tentarei analisar criticamente as tradições. Mais tarde, os estudiosos podem 
distinguir aquelas perícopas que refletem a vida interior do farisaísmo de 
histórias sobre heróis criados retrospectivamente ou anacronicamente adotados 
pelos fariseus como seus. Aqui, como eu disse, não buscaremos nenhuma 
definição do que se quer dizer com “fariseu” e “farisaico”. Dos materiais 
podem emergir várias definições provisórias, a serem posteriormente testadas 
contra todo o corpo de evidências. Por enquanto, apenas começamos a buscar 
uma maneira de caracterizar e compreender tradições complicadas preservadas 
na literatura rabínica sobre homens e heróis do farisaísmo antes de 70. 
Meus comentários sobre as perícopas dos mestres citados (Parte I) estão 
INTRODUCTION 7 
 
divididos em três partes: 1. Classificação: legal, moral, teológica, narrativa, 
biográfica; 2. Enquadramento: o documento em que se conserva uma história, 
a escola responsável pela sua compilação, os mestres posteriores que a contam 
ou a ela se referem, fornecendo assim um terminus ante quem; 3. Análise de 
conteúdo: a história ou dito é unitário ou composto? Se for o último, quais são 
as unidades da composição? Detectamos uma tendência peculiar refletindo 
problemas ou preocupações posteriores? Ao final de cada unidade, uma sinopse 
permitirá a comparação das diversas versões de uma mesma história ou ditado, 
e serão investigadas as mudanças ocorridas após a primeira aparição da 
perícope. Em histórias que aparecem em coleções anteriores e depois citadas 
posteriormente, meu único interesse pertence ao contexto da citação posterior. 
Apenas nas sinopses discuto variações de leituras e de detalhes nas várias 
versões sucessivas de uma mesma história. 
A questão principal nos estudos sinóticos da parte I é esta: as várias versões 
da mesma perícope surgiram separadamente ou uma depende da outra? A 
questão é importante, pois se as versões surgiram separadamente, então não 
podemos dizer que os detalhes em uma, mas não na outra, foram 
necessariamente adicionados posteriormente e, portanto, são fictícios mesmo 
em termos do relato original. Se, por outro lado, uma conta claramente 
dependia de outra, então os detalhes adicionados na conta dependente 
certamente não ocorriam na versão anterior. Onde parece possível explicar 
variantes em perícopas que aparecem em compilações sucessivas, tento fazê-
lo. 
As traduções existentes que me parecem satisfatórias foram copiadas, 
embora com muitas alterações. Minhas próprias traduções são tão literais 
quanto eu poderia fazê-las, às custas da felicidade estilística, às vezes até da 
clareza perfeita. Onde me afasto do hebraico literal para fornecer uma tradução 
idiomática, incluo uma transcrição consonantal ou uma tradução literal, para 
que o texto hebraico possa ser prontamente construído. Dei as consoantes 
hebraicas para palavras fora do comum, particularmente onde elas variam de 
uma versão para outra. Minhas traduções não devem, portanto, ser 
consideradas à parte do propósito prático a que se destinam. Traduções 
talmúdicas babilônicas que não são minhas são atribuídas ao tradutor pelo 
nome; todos eles foram extraídos da tradução da Soncino Press; Eu uso a 
reimpressão da edição de Londres, 1938. Mas eu fiz mudanças por toda parte. 
Eu comparei o texto Mishná de Albeck Icom MS Kaufmann, e geralmente 
registro as diferenças onde elas parecem importantes. Os estudos sinóticos 
invariavelmente não se baseiam em traduções, mas nos textos hebraicos. Em 
 
IH. Albeck, Sifah Sidré Mishnah (Jerusalém, 1954 et. seq., vols I-VI). 
8 INTRODUCTION 
 
geral, porém, tento preservar traduções consistentes das mesmas palavras em 
diferentes versões, para facilitar comparações sinóticas. As palavras fornecidas 
na tradução que não aparecem no original estão entre colchetes. As 
transliterações de palavras hebraicas estão entre parênteses. 
As coleções são categorizadas da seguinte maneira: 
I. Midrashim tanaítico 
i. Escola de R. Ismael 
ii. Escola de R.c Aqiba See More 
II. O Círculo de Judá, o Patriarca i. Mishná 
11. Tosefta 
III. Materiais atribuídos a Tanaim na Gemarot da Palestina e Babilônia 
1. Tradições talmúdicas palestinas atribuídas a Tannaim ii. 
Tradições talmúdicas babilônicas atribuídas a Tannaim (Beraitof) 
IV. Tradições Amoraicas 
i. Provérbios amoraicos no Talmude Palestino 
ii. Provérbios amoraicos no Talmude Babilônico 
V. Avot deRabbi Natan 
VI. Coleções posteriores 
i. Genesis Rabbah 
ii. Lamentações Rabbati iii. Levítico Rabá 
4. Pesiqta deRav Kahana v. Pesiqta Rabbati 
vi. tanhuma 
vii. Qohelet Rabbah 
viii. Números Rabbah 
ix. Deuteronômio Rabá x. Cântico dos Cânticos Rabbah xi. 
Midrash em Salmos 
xii. Outras coleções 
Assim, no caso de Simeão, o Justo, Sifré Num. 22 é marcado I. i. 1, = Uma 
fonte em um Midrash Tannaítico (I), produzido na escola de R. Ishmael (i), 
primeiro na sequência de fontes naquela coleção pertencente ao mestre em 
questão (1). 
As tabelas sinóticas seguem estas convenções: 
„ » » = idêntico à versão primária à esquerda; 
 -------- = omitido em uma versão posterior; 
assim = palavras em itálico são fornecidas em uma versão posterior ou alteradas 
em uma versão posterior da escolha de palavras na versão 
principal. 
INTRODUCTION 9 
 
As duas primeiras partes do trabalho fornecem análises das tradições. Na 
terceira são oferecidas algumas generalizações e conclusões. Também serão 
encontradas algumas observações sistemáticas, reunindoas sugestões e 
hipóteses dispersas desenvolvidas no contexto das análises de pericópias 
discretas. Pareceu-me melhor analisar as fontes antes de fazer uma introdução 
a elas, e espero que o leitor siga a mesma ordem. Discutir “método” à parte das 
fontes me pareceu um método pobre, pois é preciso desenvolver o método – o 
conjunto de questões, procedimentos, investigações trazidas para qualquer 
perícope – fonte por fonte e problema por problema. É um erro sistematizar os 
resultados experimentais, freqüentemente intuitivos, da análise da matéria 
discreta em uma afirmação geral do que sempre deve ser assim; tal 
sistematização inevitavelmente distorce esses resultados. Impõe-lhes um 
caráter permanente e definitivo de modo algum pretendido no início da 
investigação. Além disso, sujeita-os a testes para os quais não estão preparados. 
Nesse aspecto, os críticos britânicos da crítica da forma alemã tendem a 
reivindicar mais resultados da crítica da forma do que os autores originalmente 
pretendiam, do que a desafiar esses resultados artificialmente sistematizados e 
inflados. Aqui não ofereço regras e pretendo nada mais do que apresentar 
alguns fatos intrigantes, fazer algumas perguntas modestas, talvez para ampliar 
o leque de dúvidas. Uma declaração sistemática de “método” serviria mal aqui 
ao nível primitivo do presente trabalho. Até que um relato histórico crítico da 
formação dos principais elementos de toda a tradição talmúdica até 600 dC 
esteja disponível, podemos esperar investigar alguns dos fenômenos 
persistentes revelados pelo todo e formular algumas “leis” descritivas pelas 
quais o trabalho adicional pode ser guiado e o trabalho anterior pode ser 
refinado e corrigido.
 
CAPÍTULO DOIS 
AS CADEIAS DA TRADIÇÃO FARISÁICA 
Temos três correntes da tradição farisaica, listando as autoridades do partido 
e atribuindo-lhes apotegmas morais, decretos de pureza ou decisões sobre um 
aspecto menor da conduta do culto sacrificial. Essas cadeias seguem em ordem 
provável. 
1. Para IMPOR AS MÃOS 
A. Yosi b. Yo c ezer diz ('WMR) [em um dia de festival] para não colocar 
(LSMK) [mãos na oferta antes de ser abatida]. Yosi b. Yohanan diz para impor 
[as mãos]. 
Josué b. Perahiah diz para não impor [as mãos], Nittai, o arbelita, diz para 
impor [as mãos]. 
Judá b. Tabbai diz para não impor [as mãos], Simeão b. Shetah diz para 
impor [as mãos]. 
Shema c iah diz para impor [as mãos]. Abtalion diz para não impor [as mãos]. 
Hillel e Menahem não diferiram, mas Menahem saiu e Shammai entrou. 
Shammai diz para não impor [as mãos]. Hillel diz para impor [as mãos]. 
B. Os primeiros eram nasis^ e os últimos pais da corte ('BWT BYT DYN). 
(M. Ag. 2:2) 
As opiniões estão no discurso indireto, “diz para deitar”, “diz para não 
deitar”. Normalmente “diz” é seguido de discurso direto. 
Alguém forneceu a assinatura (B) de que os primeiros nomeados eram nasis, 
os segundos, chefes do tribunal, considerações que não figuram no corpo da 
perícope e são irrelevantes para o seu conteúdo. Mas o padrão não é exato; o 
primeiro nome sempre deve dizer, não impor as mãos, No entanto, enquanto 
Yosi b. Yo c ezer, Joshua b. Perahiah e Judá b. Tabbai, diga para não fazer isso, 
Shemafiah tem uma opinião errada sobre sua posição na lista. O pequeno grupo 
no final, Hillel-Menahem, depois Shammai-Hillel, também é difícil. Hillel-
Menahem quebra o padrão; o lema é uma inserção posterior. Na verdade, Hillel 
deveria dizer para não impor as mãos , já que ele deveria ter sido nasi. Nós 
devemos
12 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
veja uma história sobre este ponto, na qual Hillel é representado seguindo a 
prática de Shammai. 
Claramente, na perícope diante de nós, presume-se que Hillel seja nasi, 
apesar da opinião errada. Mas se abandonarmos a interpolação de Hillel-
Menahem, encontraremos o que a forma exige, meramente: Shammai/ Hillel: 
não colocar/colocar, e essa é certamente a leitura autêntica de acordo com o 
padrão anterior. (Finkelstein, Mavo, p. 15, chega à mesma conclusão por razões 
bastante diferentes.) Portanto, a lista original tinha Shammai como nasi, Hillel 
como chefe do tribunal. A troca com Menahem (de outra forma desconhecido) 
permite colocar Hillel em primeiro lugar, portanto, torna-o nasi, de acordo com 
a assinatura, tornando-se Hillel-Menahem-Shammai-Hillel. 
Não consigo imaginar por que a opinião de Shemaciah foi invertida. 
Em Tos. Hag., R. Meir fornece uma solução muito melhor para o problema 
de fazer Hillel nasi nas tradições que originalmente o têm como pai da corte. 
Para% s. Bruxa. 2:8 (ed. Lieberman, p. 382-3, linhas 40-44) é o seguinte: 
Eles diferiam apenas na imposição das mãos. 
“São cinco pares. Os três primeiros pares que disseram para não impor 
as mãos, e os dois últimos pares que disseram para impor as mãos foram 
nasis. Os segundos [mencionados] eram chefes do tribunal”, disse R. 
Meir. 
R. Judah disse: “Simeão b. Shetah [era] nasi, Judá b. Tabbai [era] chefe 
do tribunal”. 
Meir tem assim cinco pares: 
1. Nasi (para não colocar) + cabeça de corte (para colocar) 
2. Nasi (para não colocar) + cabeça de corte (para colocar) 
3. Nasi (para não colocar) + cabeça de corte (para colocar) 
4. Nasi (para colocar) + cabeça de corte (não para colocar) 
5. Nasi (para colocar) + cabeça de corte (não para colocar) 
A lista de Meir é a mesma de M. Hag. 2:2 até ShemaTah e Abtalion. Ele 
provavelmente não mencionou Hillel-Menahem, pois isso faria de Hillel-
Shammai um sexto par. Mas para o último par ele teve um “to lay” – Nasi em 
primeiro lugar. Foi Shammai ou Hillel? Provavelmente Hillel, uma vez que a 
antítese “não colocar”/“colocar” é primária para a tradição, e não parece haver 
nenhuma razão forte para mudar as atribuições. Portanto, temos duas formas de 
lista, uma que pode ser reconstruída a partir de M. Hag. 2:2, o outro do relatório 
de Meir. Eles concordam nos primeiros quatro pares; para o primeiro, a forma 
atrás de M. Hag. 2:2 não tinha Shammai, Hillel para; enquanto Meir teve 
Hillel, Shammai não. A tradição de Meir pode ser explicada como um 
desenvolvimento secundário da outra, motivada pelo desejo dos Hillelitas de 
representar Hillel como chefe do governo, nasi. O que foi feito para o M. Hag. 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 13 
 
tradição inserindo o par Hillel-Menahem antes de Shammai e Hillel foi feito na 
tradição de Meir simplesmente invertendo a ordem costumeira e colocando 
Hillel antes de Shammai. Isso é claro e pode estar correto, mas nos deixa com 
um segundo problema sem resposta: quem era Menahem e como ele entrou? A 
possibilidade de que o último dos pares de Meir pode ter sido, Hillel disse para 
colocar, Menahem disse para não colocar, e pode não ter havido nenhuma 
referência a Shammai - o que seria compreensível se tivéssemos uma lista 
antiga da Casa de Hillel – não pode ser totalmente excluído. Nesse caso, a lista 
de Meir seria mais antiga e M. Hag. representaria uma revisão pós-70, quando 
os shammaitas e os hillelitas, para o bem da sobrevivência, combinaram suas 
forças, os termos do compromisso (aqui) sendo que o nome de Shammai teria 
precedência, mas a lei em geral seguiria Hillel. 
Judá [b. Ilai] difere apenas com referência a Judá b. Tabbai e Simeão b. 
Shetah. O último, diz ele, era nasi. 
A lista de M. Hag., Excluindo Menahem e a assinatura, não poderia ter sido 
formada depois da época de Meir e Judá, pois ambos se referem a ela. Judá, o 
Patriarca, segue Meir, portanto tem como nasis Yosi b. Yocezer , Josué, Judá, 
Shemaciah e Hillel . Uma vez que ele pensava que descendia de Hillel e se referia 
aos Bené Bathyrans desistindo de sua posição para Hillel e tornando-o nasi, era 
natural explicar as coisas como ele fez na assinatura. Mas a assinatura em M. 
Hag. 2:2 não pode vir antes de Meir-Judá, que não o cita textualmente. Parece 
o resumo de Judá, o Patriarca, do comentário de Meir; observe Epstein, Mishná,pp. 133-4. 
II. DECRETOS 
DTNY>: (1) Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém 
decretou (GZR) [a capacidade de receber] impureza (TWM 5 H) sobre a terra 
dos povos e sobre os vidros. 
(2) Simeão b. Shetah ordenou (TQN) um contrato de casamento para a 
esposa e decretou (GZR) [a capacidade de receber] impureza sobre utensílios 
de metal. 
(3) Shammai e Hillel decretaram (GZR) impureza nas mãos. 
(b. Shab. 14b) 
Não R. Ze'ira b. Abuna em nome de R. Jeremiah diz: “Yosef b. Yc/ezer de 
Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou impureza sobre a terra dos 
povos e sobre os utensílios de vidro”. 
R. Yonah [Var.: Yuda] disse: “Rabino Judah b. Tabi. 
R. Yosi disse: “Rabino Judah b. Tabbai e Simeão b. Shetah decretou 
14 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
impureza em utensílios de metal. 
“Hillel e Shammai decretaram sobre a limpeza das mãos.” y. Shab. 1:4 (= y. 
Pes. 1:6, y. Ket. 8:11) 
A beraita babilônica é uma lista de decretos. Presumo que Simeão b. O dito 
de Shetah foi contaminado pela referência à ordenança (TQN) sobre o contrato 
de casamento, ausente em y., que está fora de lugar aqui, pois todos são decretos 
e dizem respeito à impureza. Judá b. Tabbai está ausente - seguindo assim Judá 
b. Ilai - e a versão palestina fornece seu nome, fazendo a lista Yosi + Yosi, Judá 
+ Simeão e Hillel + Shammai, em todas as três instâncias com o nasi primeiro, 
seguindo Meir em Tos. Hag., e (é claro) colocando Hillel no nas? s posição. A 
ausência de Josué b. Perahiah-Nittai, o arbelita, está curioso. A adição dos 
locais de origem dos Yosi sugere que isso pode vir depois de M. Hag., então eu 
também deveria ter esperado a inclusão dos mestres ausentes. Talvez ninguém 
tivesse tradições sobre decretos de impureza para atribuir aos homens. Essa 
suposição depende da presunção de que, sem motivação considerável, as 
pessoas não inventaram o que não tinham. Mas com frequência o faziam, como 
observaremos repetidas vezes (por exemplo, ditos atribuídos a Simeão b. 
Gamaliel I/Gamaliel II, na verdade são inventados por Meir-Judá, abaixo, 
Capítulo Doze). 
A representação de Shammai como nasi, Hillel depois dele, é congruente 
com as histórias da predominância (temporária) da Casa de Shammai e da 
ascensão (posterior) da Casa de Hillel ao poder. Também explica por que a 
forma das Casas quase sempre coloca a Casa Shammaita à frente da Hillelita, 
em conformidade com a ordem de M. Hag. Os mestres posteriores, vindos 
muito depois de a hegemonia Hillelita ter sido bem estabelecida pelo 
patriarcado, adulteraram apropriadamente os materiais anteriores das maneiras 
que se tornaram evidentes. 
Esta explicação, no entanto, aceita duas alegações dos Tannaim posteriores, 
primeiro, que Yohanan b. Zakkai substituiu Shammai e Hillel e foi o herdeiro 
de HilleP; segundo, que o patriarca Yavnean Gamaliel era descendente de 
Hillel. Mas a alegação de que Yohanan b. Zakkai foi o continuador de HilleP 
que ocorre pela primeira vez em M. Avot, que, como veremos, vem depois da 
cadeia de M. Hag. Nenhuma autoridade tanaítica ou amoraica antiga se refere 
a Yohanan b. Zakkai como discípulo de HilleP, e é principalmente nas tradições 
altamente desenvolvidas de ARN que o discipulado de Yohanan para Hillel 
desempenha um papel considerável. O beraitot de b. Suk. = b. BB 
(Development, pp. 216-221), que fazem algo desse fato, tendem a ser 
posteriores e baseados em Avot, portanto, não mudam de assunto. 
Mais impressionante ainda, em todas as tradições de Gamaliel - pertencentes 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 15 
 
à primeira ou à segunda - não encontramos a menor alusão ao relacionamento 
familiar entre Gamaliel e Hillel. Ao contrário, os materiais de Gamaliel II 
alegam persistentemente que Simeão b. Gamaliel I seguiu as regras de 
Shammaite, certamente uma situação extraordinária para o “neto” (ou bisneto) 
do próprio Hillel. É ainda mais notável que Simeão b. Gamaliel e Gamaliel I 
nunca ocorrem nas Casas-materiais. Os herdeiros de Hillel (Yohanan b. Zakkai, 
Gama liel) e a Casa de Hillel aparentemente não têm nada a ver um com o outro. 
Portanto, pode ser anacrônico supor que os Hillelitas predominaram porque 
Yohanan b. Zakkai e Gama liel II foram o maior aluno e o bisneto de Hillel, 
respectivamente. Parece que as coisas foram ao contrário. Eles receberam um 
relacionamento com Hillel porque chegaram ao poder em um ponto em que a 
Casa Hillelita predominava, e a alegação de que ambos eram Hillelitas era a 
condição de sua liderança em Yavneh. Surpreendentemente, embora essa 
alegação posteriormente tenha sido importante, ninguém se deu ao trabalho de 
inventar histórias em que qualquer autoridade citasse "meu mestre" ou "meu 
pai" Hillel. Como eu disse, nenhuma autoridade nomeada de Hillel a Yavneh 
jamais cita Hillel. Mas a predominância dos Hillelitas em Yavneh é muito bem 
atestada e pode ser considerada um axioma. Nada no estrato tanaítico de 
Yohanan b. Zakkai-materials o coloca em relacionamento com a Casa de 
Shammai ou a Casa de Hillel. Yohanan cita “meus professores” de volta a 
Moisés, mas nunca menciona Hillel, desde Eliezer b. Hircano (M. Yad. 4:3). 
Isso me parece provativo de que os círculos dos discípulos imediatos de 
Yohanan não tinham tradições relacionando Yohanan a Hillel. Da mesma 
forma, Gamaliel II repetidamente recebe referências à “casa do pai”, 
significando Simeão b. Gamaliel I, mas nenhum para Hillel, direta ou 
inferencialmente. 
m. APOFTEGMAS MORAIS 
1. A. Moisés recebeu a Torá do Sinai e a entregou a Josué, Josué aos Anciãos, 
os Anciãos aos Profetas; e os Profetas o entregaram aos homens da Grande 
Assembléia (KN$T). 
B. Eles disseram três coisas: “Seja deliberado no julgamento, levante muitos 
discípulos e faça uma cerca ao redor da Torá”. 
2. Simeão, o Justo, era um dos remanescentes da Grande Assembléia. 
Ele costumava dizer: “O mundo se sustenta em três coisas: na Torá, no 
Serviço [Ternple-] e nas ações de bondade amorosa”. 
3. Antígono de Sokho recebeu de Simeão, o Justo. 
Ele costumava dizer: “Não sejam como escravos que ministram ao mestre 
para receber uma recompensa, mas sejam como escravos que ministram ao 
16 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
mestre não para receber uma recompensa; e que o temor do céu esteja sobre 
você. 
4. Yosi b. Yo c e2er de (>Y§) Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém 
recebeu deles [j&]. 
Yosi b. Yocezer diz : “Deixe sua casa ser uma casa de reunião para os Sábios, 
e sente-se no pó de seus pés, e beba com sede em suas palavras”. 
5. A. Yosi b. Yohanan de Jerusalém diz: “Que sua casa seja amplamente 
aberta; e deixe os necessitados serem membros de sua casa; e não fale muito 
com uma mulher.” 
B. Eles disseram isso da própria esposa de um homem: quanto mais da 
esposa de seu próximo! Por isso os Sábios disseram: “Aquele que fala muito 
com as mulheres traz o mal sobre si mesmo e negligencia o estudo da Lei e, no 
final, herda a Gehenna”. 
6. Josué b. Perahiah e Nittai, o arbelita, receberam deles. 
Josué b. Perahiah diz: “Faça para si um mestre (RB), e consiga um 
companheiro (HBR) [-discípulo]; e julgue qualquer homem com a balança a 
seu favor. 
7. Nittai, o arbelita, diz: “Mantenha-se longe de um vizinho perverso, não 
se associe com um vizinho perverso e não se desespere com a retribuição”. 
8. Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah recebeu deles. 
Judá b. Tabbai diz: “Não se faça como aqueles que influenciariam os juízes; 
e quando os pretendentes estiverem diante de ti, que eles sejam aos teus olhos 
como homens perversos; e quando eles partirem de diante de você, deixe-os ser 
inocentes aos seus olhos, assim que aceitarem o julgamento. 
9. Simeão b. Shetah diz: “Examine abundantemente as testemunhas; e seja 
cauteloso em suas palavras, para que não aprendam com elas a jurar falsamente. 
10. Shemafiah e Abtalion receberam deles. 
Shemafiah diz: “Ame o trabalho; e odeie o domínio (RBNWT), e não busqueconhecimento do poder governante (R§WT).” 
11. Abtalion diz: “Sábios, prestem atenção às suas palavras, para que você 
não incorra na pena de exílio e seja exilado para um lugar de águas malignas, e 
os discípulos que vierem depois de você beberem e morrerem, e o nome do Céu 
seja profanado”. 
12. Hillel e Shammai receberam deles. 
Hillel diz: “Seja um dos discípulos de Aaron, amando a paz e buscando a 
paz, amando a humanidade e trazendo-a para perto da Torá”. 
13. Ele costumava dizer: 66 Um nome engrandecido é um nome destruído, e 
aquele que aumenta não diminui, e aquele que não aprende é digno de morte, 
e aquele que faz uso mundano da coroa perece. 
14. Ele costumava dizer: “Se eu não for por mim, quem será por mim? E 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 17 
 
sendo para mim mesmo, o que sou eu? Se não agora, quando?" 
15. Shammai diz: “Faça seu [estudo de] Torá [um] fixo [hábito]. Fale pouco 
e faça muito. E receba todos os homens com um semblante alegre”. 
16. Rabban Gamaliel diz: “Faça para si um mestre (RB) [= Josué b. dizendo 
de Perahiah, acima]; e mantenha-se distante da dúvida; e não dê o dízimo por 
adivinhação”. 
17. Simeon, seu filho, diz: “Todos os meus dias cresci entre os sábios e não 
encontrei nada melhor para a pessoa (GWP) do que o silêncio; e a exposição 
não é o princípio, mas a ação; e aquele que multiplica as palavras ocasiona o 
pecado.” 
18. Raban Simeon b. Gamaliel diz: “Em três coisas o mundo se firma: na 
verdade, no juízo e na paz, como está escrito: Execute o julgamento da verdade 
e da paz (Zacarias 8:16).” 
M. Avot 1:1-18 (Compare trans. Danby, pp. 
446-7; no. 13 ital. = Aramaico) 
O formulário do n. 4 a não. 12 é fixo: os nomes dos dois que receberam a 
Torá acima, então apotegmas atribuídos a cada um, em ordem. Os apotegmas 
são sempre triplicados; cada um diz fWMR) três coisas. 
A lista é fortemente glosada. Em não. 5, por exemplo, recebemos um qal 
vehomer, que então produz um ditado dos sábios. Em não. 8, assim que eles 
aceitarem especifica o que já foi pressuposto quando eles partiram. Seu 
propósito é descartar a possível objeção: “E se eles não aceitaram o 
julgamento?” — um tipo típico de sofisma talmúdica. O dito de Abtalion não é 
triplicado, mas as três más consequências compensam a ausência de três ditos 
separados. O nº 3 é expandido pela revisão afirmativa e a glosa, portanto, três. 
Os números 13 e 14 são adicionados ao ditado de HilleF, não um glossário, mas 
uma interpolação considerável de materiais, alguns em aramaico, ocorrendo em 
outro lugar. Agora é usado para dizer (HYH 'WMR) como nos nos. 2-3. 
Surpreendentemente, com Hillel e Shammai os pares cessam. Também não 
se diz que Gamaliel, estando sozinho, “recebeu” de Hilel/Shammai, nem 
Simeão de Gamaliel. O ditado de Gamalie segue a forma anterior. O de Simeão 
não, pois é glosado por todos os meus dias... Eu descobri, fazendo um 
apotegma, “Não há nada melhor” em um comentário autobiográfico. Mas o 
resto do ditado está de acordo com o padrão anterior. Então não. 18, Simeon, 
seu filho , torna -se Rabban Simeon b, Gamaliel e recebe uma declaração 
incongruente com a forma anterior. Esse ditado é uma contraparte de Simeão, 
o Justo, embora a especificação das “três coisas” mude, e é glosado com um 
texto de prova das Escrituras. O que chama a atenção é a persistência da forma 
18 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
das “três coisas” nos ditos intermediários. O nº 18 foi adicionado à lista anterior 
para fechar com um paralelo ao nº. 2. 
O ditado de Simeão, o Justo, é paralelo a Simeão b. GamalieFs, que 
representa claramente uma revisão pós-135 do nº. 2: a Torá agora é verdade, 
uma tendência filosofal; o serviço do templo é agora substituído pela justiça; e 
atos de bondade são substituídos por paz. Morton Smith observa que a base do 
“mundo” não é mais a coerente “irmandade de Israel”, mas a pax Romana . 2, 
e não o dito no n. 1, sugere fortemente que não. 2 foi originalmente o primeiro 
ditado da lista, e que o ditado no no. 1 é uma adição posterior, colocando no 
topo de toda a lista os princípios fundamentais da academia rabínica como uma 
forma social. 
Mas o fato de que não. 18 foi adicionado ao saldo no. 2 levanta o problema 
do n. 2 em si: era parte integrante da lista? Vimos que a forma fixa característica 
da lista (“A -f- B recebeu deles; A disse [três ditos]; B disse [três ditos]”) 
começa apenas com não. 4. Assim, por motivos formais, há fortes razões para 
pensar que os n. 2 e 3 foram acréscimos secundários e, como as tradições 
rabínicas não tinham material legal substancial de Simeão, o Justo e Antígono 
- na verdade, ignoraram Antígono e trataram Simeão principalmente por meio 
de lendas - o caso é claro. A lista original começou exatamente como começou 
a tradição legal rabínica: com os dois YosFs. O apelo a Simeão, o Justo, talvez 
conhecido de Ben Sira, foi motivado pelo desejo de anexar essa tradição legal 
ao último grande membro do sacerdócio legítimo de Jerusalém antes de sua 
queda. A função de Simeão é, portanto, a mesma de Moisés etc. - ele faz parte 
do stemma bíblico (e Ben Sira) da tradição da lei. Antígono foi colocado para 
preencher a lacuna temporal entre Simeon e os Yosi - um século inteiro! De 
onde eles o conseguiram? Não temos ideia. 
Outro mistério é o início do n. 4: os dois Yosi receberam deles y quando o 
solitário Antígono os precedeu. Isso provavelmente é a confirmação de nossa 
conjectura de que Simeão e Antígono foram acrescentados. O referente original 
deles terá sido “os homens da grande sinagoga” – um único mitologumenon 
que preencheu a lacuna entre os profetas e os fariseus. A lista original era, 
portanto, IA, 4, 5A, 6, 7, 8, 9,10,11,12 e 15. Que essa elegante estrutura foi 
quebrada para inserir Simeão e assim reivindicar conexão com o último do 
sacerdócio legítimo, e também para fazer a representação de que o sacerdócio 
colocou a lei à frente do serviço do templo, indica que a inserção foi feita 
quando a rivalidade com o sacerdócio ilegítimo era importante, ou seja, antes 
de 70, e essa indicação é confirmada pelo fato de que o serviço do templo é 
ainda concebido como um dos fundamentos do mundo. Então não. 2 foi 
adicionado antes de 70, e não. 3 podem ter vindo ao mesmo tempo. Seu 
desenvolvimento após 70 foi duplo, como pode ser visto em M. Avot 2. 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 19 
 
Depois do n. 18, M. Avot 2 começa com as adições ainda posteriores do 
círculo do patriarca, Rabi e Rabban Gamaliel III (M. Avot 2:1, 2:2ss), e então 
uma coleção de ditos de Hillel, suposto ancestral do patriarcal casa, e então em 
Avot 2:8 vem uma adição anterior à lista: Rabban Yohanan b. Zakkai recebeu 
[a Torá] de Hillel e Shammai. Isso, que tem a forma das entradas anteriores, é 
claramente o que foi deslocado pelo material patriarcal interveniente (inserido). 
A lista pré-70 foi, portanto, ampliada por seus alunos antes de ser assumida 
pelo patriarcado. A partir do material que segue M. Avot 2:8 (os alunos de 
Yohanan e seus ditos), podemos ver como isso foi desenvolvido em sua escola, 
em contraste com o desenvolvimento patriarcal. A Mishná combina as duas 
tradições. 
Os nomes nas listas são comparados da seguinte forma 
M. Hag. 2:2 b. Shab. 14b = y. Shab. M. Avot 1:1 -7 8 
1:4 
Moisés 
Josué 
Anciãos 
profetas 
Homens da Grande Sinagoga 
Simeão, o Justo 
Antígono de Sokho 
Yosi b. Yo'ezer Yosi b. Yo c ezer de 
Seredah 
Yosi b. Yo^zer de 
Seredah 
Yosi b. Yohanan 
Josué b. Perahiah Nittai, 
o Arbelita 
Yosi b. Yohanan de 
Jerusalém 
Yosi b. Yohanan de 
Jerusalém 
Josué b. Perahiah Nittai, 
o Arbelita 
Judá b. Tabbai [s.: Judá b. Tabbai Judá b. Tabbai 
Simeão b. Shetah 
Shema'iah 
Abtalion 
e] Simeão b. Shetah Simeão b. Shetah 
Shema^ah 
Abtalion 
Hillel-Menahem Shamai Hilel 
Shammai-Hillel Hilel 
[s.: Hillel e Shammai] 
Shamai 
Gamaliel [omite: recebeu] Simeão b. Gamaliel [omite: recebeu] 
[2:8: Yohananb. Zakkai 
recebido de Hillel e 
Shammai] 
Os segundos nomes nos dois primeiros pares, Yosi b. Yohanan e Nittai, o 
arbelita, em outros lugares não recebem nenhum dito independente. Eles 
ocorrem apenas no contexto dos primeiros nomes mencionados, Yosi b. Yo c 
ezer e Joshua b. Perahiah. Além disso, Shemafiah e Abtalion raramente são 
20 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
separados, mas, exceto em Avot, normalmente aparecem como um par, com 
notavelmente poucos lemas independentes atribuídos a um ou a outro. Eles 
recebem ancestralidade comum. Os dois primeiros Yosi não são fornecidos 
com locais de origem em M. Hag. 
M. Avot corresponde a M. Hag. onde os dois coincidem, exceto nas adições 
dos locais de origem dos YosPs, e na reversão da ordem para Hillel-Shammai, 
tornando Hillel nasi\ a assinatura de M. Hag. serve para o mesmo fim. A versão 
babilônica das listas de decretos de limpeza não está de acordo. 
Os nomes adicionados à lista Avot obviamente servem para completar a 
história de Moisés, por um lado, e 170 DC, por outro. Gamaliel é feito herdeiro 
da Torá de HilleP. O Simeon mencionado no beraita em b. Shab. 15a é 
ignorado; talvez o compilador da lista Avot não conhecesse esse beraita. 
É surpreendente que, com exceção de HilleFs (no. 13), nenhum dos 
apotegmas no M. Avot-list é discutido ou mesmo referido por Tanaim ou em 
coleções tanaíticas. Em contraste, os materiais em M. Hag. são retrabalhados 
por Judá b. Ilai e Meir. Com base nisso, dificilmente se pode propor para os 
Avot-apoftegmas uma data anterior a Judá, o Patriarca (se então). Isso é 
congruente com o fato de que Hillel, tanto como ancestral do patriarcado 
quanto como mestre de Yohanan b. Zakkai aparece pela primeira vez na lista 
Avot e se torna importante depois disso. 
Uma vez que, como eu disse, nenhum material existente tem Simeon b. 
Gamaliel ou Gamaliel I referindo-se a Hillel, podemos supor que a 
reivindicação de Hillel como ancestral pelo patriarcado veio algum tempo 
depois da destruição do Templo. Meu palpite é que foi alegado pela primeira 
vez muito tempo depois. Judá, o círculo do Patriarca, provavelmente é 
responsável pelas adições de Gamaliel e Simeão b. Gamaliel à lista Avot. Uma 
vez que esse mesmo círculo também produziu a genealogia ligando Hillel a 
Davi - presumivelmente porque o exilarca da Babilônia fez o mesmo - a ligação 
entre Gamaliel I e Hillel pode ter surgido algum tempo antes de Judá, o 
Patriarca, que é o primeiro patriarca a se referir a Hillel como seu antepassado. 
A ligação deve ser traçada até o ponto em que o patriarcado fez as pazes com a 
crescente predominância da Casa Hillelita, algum tempo depois da destruição 
do Templo. Antes disso, os shammaitas aparentemente predominavam no 
farisaísmo, e Simeão b. Gamaliel provavelmente foi um deles, o que explica a 
supressão de praticamente todas as suas tradições legais. O primeiro ponto em 
que uma reivindicação Hillelita teria servido ao patriarcado, portanto, foi a 
época de Gamaliel II. Mas, uma vez que Gamaliel II é representado como 
seguindo a lei de Shammaite (por exemplo, Yev. 15b), não faz referência a 
Hillel, não desempenha nenhum papel no Hillel-pericopae ou nos materiais da 
HilleFs House, como eu disse, e conta como seu pai Simeon seguiu Shammai 
THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 21 
 
De acordo com as regras, a ascendência Hillelita para o patriarcado fundado 
por Gama liel II pode não ter sido estabelecida até ca. 150, altura em que parece 
estar resolvido. Esse é o ponto em que Meir teve que revisar a forma da lista 
anterior para fazer Hillel nasi. 
Yosi b. Halafta, contemporâneo de Meir, nada sabia sobre b. Shab. 14b, e 
disse que o decreto sobre a impureza da vidraria e da terra dos povos estava de 
fato em vigor (sem autoridade dada) oitenta anos antes da destruição do 
Templo. Os mestres certamente reconheceram que os dois YosFs eram muito 
anteriores a Hillel e Shammai . Portanto Yosi b. A tradição de Halafta era 
separada e contradita, b. Shab. Ele presumivelmente não conhecia nenhum 
outro. Portanto, pode ser que esse beraita venha bem depois de ca. 150, como 
sugerem os nomes das autoridades palestinas do Talmud. 
4. CONCLUSÃO 
A cadeia mais antiga da tradição farisaica provavelmente consistia nos 
seguintes nomes: 
1. Yosi b. Yo c ezer 
2. Yosi b. Yohanan 
3. Josué b. Perahiah 
4. Nittai, o Arbelita 
5. Judá b. Tabbai 
6. Simeão b. Shetah 
7. Shema c iah 
+ 
8. Abtalion 
9. Shamai 
10. Hilel 
11. Yohanan b. Zakkai 
12. discípulos de Yohanan 
Substituído por 
13. Gamaliel 
14. Simeão b. Gamaliel 
Do anterior, os n. 2 e 4 existem nas tradições apenas em associação com os n. 
1 e 3; nºs 7 e 8 estão sempre conectados. Como veremos, ainda, as relações 
entre os n. 5 e 6 são extremamente complexos, e parece que tradições separadas 
dos dois mestres podem ter sido reunidas para uma explicação pós- fado da 
22 THE CHAINS OF PHARISAIC TRADITION 
 
união de dois círculos de discípulos originalmente não relacionados. 
Vamos agora considerar em sequência as tradições de cada um dos mestres 
da lista. O julgamento de EJ Bickerman é verificado em todos os lugares: “Un 
oubli général couvrit les siècles qui s'étaient écoulés entre Alexandre et 
Auguste, parce que personne n'avait plus intérêt à s'en souvenir.” IIPara os 
posteriores continuadores rabínicos dos fariseus, o que aconteceu teve que ser 
revisado para o que deveria ter acontecido. Eles tinham um grande interesse no 
período intermediário, mas os fatos prováveis da questão - as origens recentes 
do partido farisaico, provavelmente no segundo século aC, e a predominância 
shammaita no partido no primeiro século dC até a destruição do Templo - não 
eram palatáveis, então novos fatos tiveram que ser inventados tanto para 
melhorar a imagem quanto para preencher seus espaços em branco.
 
IIElie Bickerman, “La chaine de la tradição pharisienne,” Revue biblique 59, 1952, 
pp. 44-54; pp. 45-6. 
 
CAPÍTULO TRÊS 
SIMEÃO O JUSTO 
eu. TRADIÇÕES 
Iil [Quando um homem ou uma mulher faz um voto especial, o voto de um 
na^irita] de separar-se para o Senhor (Números 6:2)... 
O rabino Simeon, o Justo, disse: “Eu comi a oferta pela culpa do nazireado 
(NZRWT), mas um, quando alguém veio do sul, de belos olhos, aparência 
adorável, com seus cabelos cacheados. Eu falei com ele (N^M), 'Rapidamente 
deve alguém (MHR >YT) [deve ser: MH R>YT = O que você viu, por que 
você] destruiu o cabelo bonito?' 
“E ele disse (N'M) para mim, Eu era um pastor na minha cidade. Fui buscar 
água na nascente. Olhei para minha sombra. Meu coração ficou orgulhoso 
(PHZ). Procurou me remover do mundo. Eu disse a ele, 'Wicked (RS C )! EIS 
que você se orgulha do que não é seu. Pertence ao pó, ao verme e ao verme. 
Vejam, eu raspo vocês por causa do Céu.' 
“Imediatamente inclinei minha cabeça e beijei sua cabeça e disse a ele: 'Que 
[pessoas] como você, que fazem a vontade do Onipresente, aumentem em 
Israel. Sobre você ( C LYK) é cumprida a Escritura, Quando um homem ou uma 
mulher faz um voto especial, o voto de um na^irita, para separar-se para o 
Senhor. 9 ” 
(Sifré Num. 22, ed. Friedman, pp. 7a-b) 
Comentário: Mais tarde (IV.ii.3) citado para mostrar que Simeão não 
aprovava os nazireus, esta perícope pode ser categorizada como uma 
narrativa em forma autobiográfica (Simeão disse, I Da narrativa nenhum 
princípio legal é aqui derivado ou ilustrado (…) A regra moral de que não 
se deve orgulhar-se de belas aparências é ilustrada pelo meritório ato de 
raspar a cabeça do jovem como nazireu. 
A ambientação em Sifré não tem relação com o que precede ou segue . 
É um relato literário unitário. Além de algumas dificuldades na escolha de 
palavras e dicção, resolvidas em versões posteriores, a perícope é suave e 
flui com facilidade. A bênção padrão no final, com certeza, é vaga, pois 
qual ação específica o jovem tomou para fazer a vontade de Deus não é 
especificada, apenasinferida; isso seria fornecido mais tarde. A história é 
obra de uma única mão. 
A inclusão do título de rabino é um anacronismo óbvio, evidência prima 
facie de que a história vem depois de 70 DC.
SIMEON THE JUST — ILi.l 25 
 
foi inserido posteriormente e não pode ser usado para datar a composição 
original da perícope. Portanto, não temos uma ideia clara de quando e onde 
a história foi contada pela primeira vez ou como foi transmitida. 
Como veremos, Simeão, o Justo, é uma figura sombria e lendária. 
Acrescentar seu nome ao que pode ser uma versão judaizada da história de 
Narciso é perfeitamente natural, assim como Simeão, o Justo, que 
representa os judeus perante Alexandre da Macedônia. Mas certamente 
não podemos especular sobre quem originalmente teria feito de Narciso 
um nazireu ou o que teria provocado recontar a história em uma estrutura 
judaica. 
Ver David Weiss Halivni, Meqorot, pp. 272-275. 
ILi.lA Quem os preparou [as primeiras ofertas de novilha vermelha]? 
“Moisés preparou o primeiro, Esdras preparou o segundo e cinco [foram 
preparados] depois de Esdras”, palavras de R. Meir. 
Mas os sábios dizem: “Sete desde Ezra”. 
B. E quem os preparou? Simeão, o Justo, e Yohanan, o Sumo Sacerdote, 
prepararam dois cada um, e Elieho c enai b. Haqqof e Hanamel, o egípcio, e 
Ismael b. Phiabi preparou um para cada um. 
(M. Par. 3:5, trans. Danby, p. 700.) 
Comentário: Esta perícope “histórica” contém uma referência a um feito 
de Simeão (entre outros). O que ele realmente fez não é especificado, uma 
vez que se supõe que as leis gerais que descrevem o sacrifício da novilha 
vermelha também foram realizadas por ele. Em outro lugar (Vl.iv.l), é 
especificado que ele fez uma nova rampa para cada oferta; esse detalhe é 
omitido na Mishnah subsequente (3:6), onde deveria pertencer. A 
passagem Mishnaica diante de nós, portanto, não contém material de 
interesse legal. 
O terminus ante quem fica claro pela referência a Meir, daí meados do 
século II. A diferença entre Meir e os sábios é se Simeão, o Justo, e 
Yohanan, o Sumo Sacerdote, fizeram uma ou duas dessas oferendas. Judá 
o Patriarca fólio dos sábios, com dois atribuídos a cada um, um aos outros 
três. Na verdade, os Tannaim não poderiam ter tradições muito firmes 
sobre o assunto (ver meu Life of Yohanan ben Zakkai, [Leiden, 1970 2 ], 
pp. 77-80). 
A perícope é uma composição, interrompida por “de acordo com...” Se 
fosse um relato unitário, teria lido: “Quem os preparou? Moisés o primeiro, 
Esdras o segundo, e cinco/sete depois de Esdras, mais nomes.” O segundo 
(B) e quem os preparou fornece continuidade quebrada pelo relato do 
desentendimento. 
O primeiro que os havia preparado fólio faz referência à possibilidade 
de que o sumo sacerdote não pudesse encontrar restos dos sacrifícios de 
seus predecessores: “Se ele não encontrasse [restos das cinzas] dos sete, 
eles poderiam fazer uso de seis, cinco, quatro, três, dois, um.” Então vem: 
“E quem os fez?” É improvável que uma perícope tenha circulado à parte 
da pergunta “Quem os fez”, por exemplo, na seguinte linguagem: “Moisés 
26 SIMEON THE JUST — ILii.l 
 
fez o primeiro, Esdras, o segundo...” Tal perícope, sem uma frase 
explicativa para deixar claro que está em discussão a história do sacrifício 
da novilha vermelha, não teria sentido. A forma diante de nós, portanto, 
está no idioma fornecido pela geração responsável pelo texto como o 
temos, a saber, o de Meir, ou pelo imediatamente seguinte. Não sabemos 
como Meir ou sua oposição sabiam quantas novilhas foram preparadas e 
quem as havia feito. Mas não temos vestígios de qualquer tradição original 
a que Meir se referiu. Temos apenas uma referência ao conteúdo de tal 
perícope (se é que alguma realmente existiu). 
Não consigo pensar em nenhuma razão pela qual a geração de Meir teria 
tido um interesse especial na cerimônia da novilha vermelha, ou por que 
Judá, o patriarca, teria se esforçado para listar os nomes dos sumos 
sacerdotes responsáveis pelos sacrifícios anteriores. Quaisquer 
considerações contemporâneas, se houver, provocaram a disputa entre 
Meir e a oposição anônima não são aparentes, e imagino que não houve 
nenhuma. Muitos processos históricos suscitaram a preocupação de Meir. 
Isso foi simplesmente uma disputa sobre o que havia sido feito há muito, 
muito tempo - em uma época sobre a qual as tradições farisaicas não 
forneciam nenhuma informação confiável. 
Ver Epstein, Mevozot , pp. 44-5. 
ILii.l. Simeão, o Justo, disse: “Na minha vida (MYMYY), não comi a oferta 
pela culpa de um nazista, exceto uma vez (BLBD). A história é contada sobre 
(M C SH B) um [homem] que veio do sul para mim. Eu o vi [de] belos olhos, 
boa aparência e seus cabelos estavam encaracolados. Eu disse (NM) a ele: 'Meu 
filho, por que [Lit.: O que você fez] destruiu este lindo cabelo?' 
“Ele disse (NM) para mim, 'Eu era um pastor na minha cidade, e vim encher 
a água do rio. Olhei para minha sombra e meu impulso (YSR) cresceu 
orgulhoso dentro de mim e implorou para me remover ( C BR) do mundo. 
“'Eu disse a ele [meu impulso], 'Maligno! Você tem [o direito] de ter ciúmes 
apenas de uma coisa que não é sua, de uma coisa que está destinada a fazer ( C 
SH) pó, verme e larva. Veja, cabe a mim [um voto] raspar você para [a causa 
do] Céu.' 
“Eu abaixei minha cabeça e o beijei na cabeça. Eu disse a ele: 'Meu filho, 
que [pessoas] como você, que fazem a vontade do Onipresente, se multipliquem 
em Israel. Sobre você ( C LYK) é cumprida esta [Escritura], Quando um homem 
ou mulher se separa para fazer um voto,,} (Números 6:2).” 
(Tos. Nez. 4:7, ed. Lieberman, p. 138-9, linhas 32-40; 
Zuckermandel, p. 289, linhas 9-16) 
Comentário: Ver estudos Iil e sinópticos abaixo. A forma mcfaseh b- é 
introduzida, uma adição peculiar. A forma não pertence e interrompe a 
história de Simeon. Deve representar uma contaminação por um copista ou 
editor que pensou que qualquer tipo de história exigiria mcfaseh be...velshe 
como uma fórmula introdutória. A fórmula não se repete em Simeon-
27 SIMEON THE JUST — ILii.l 
 
materiais.
SIMEON THE JUST — IILii.2 28 
 
ILii.2. A. Simeão, o Justo, ouviu: “É anulado o decreto (BTYLT < YBYDT 
) ) que o inimigo (SN'H—lit.: aquele que odeia) pretendia trazer (LHYTYH) 
sobre o Templo^ e Qesgeleges (QSGLGS) foi morto, e seus decretos foram 
anulados ', [Itálico = em aramaico] e ele ouviu essas coisas na língua aramaica. 
B. Durante todo o tempo em que Simeão, o Justo, estava vivo (QYYM), a 
luz do oeste era contínua. Quando ele morreu, eles foram e descobriram que 
havia se apagado. Depois, às vezes apagava e às vezes ardia fortemente. 
C. O fogo da oferta de lenha era contínuo. Assim que o arranjassem pela 
manhã, arderia fortemente durante todo o dia, para que oferecessem sobre ele 
ofertas perpétuas e ofertas suplementares e suas libações. E eles não 
acrescentariam mais do que dois pedaços de madeira para a oferta do 
crepúsculo, como é dito, e o sacerdote queimará sobre ela. . (Lv 6:5). Quando 
Simeão, o Justo, morreu, o poder da oferenda de lenha diminuiu e eles não 
deixaram de acrescentar lenha a ela o dia todo. 
D. Houve uma bênção nos dois pães e no pão da proposição. Os dois pães 
seriam divididos no [festival da] Reunião ( C SRT) e o pão da proposição era 
dividido no festival (RGL) entre todos os relógios [sacerdotais]. Alguns 
comeram e ficaram satisfeitos, e outros comeram e [até] sobraram, mas não 
sobrou mais do que a medida de uma azeitona para cada um. Depois que 
Simeão, o Justo, morreu, a bênção se foi... 
(Tos. Sot. 13:7, ed. Zuckermandel, p. 319, linhas 9-
20) 
Comentário: A Parte A vem no final de uma longa lista de mensagens 
celestiais entregues por meio de um eco (BT QWL). No caso de Simeão, 
afirma-se apenas que “ele ouviu”, uma vez que no início do capítulo é 
especificado um número de casos em que os sábios ouviram ecos 
celestiais; em uma referência à conclusão da profecia com Ageu, Zacarias 
e Malaquias, é dito: “Mas, mesmoassim, eles os fariam ouvir através do 
eco”. Então, um eco ouvido em Yavneh anunciou que Hillel era digno de 
receber o espírito santo. Novamente, um eco anunciou em Yavneh que 
Samuel, o Pequeno, era digno de receber o espírito santo. Isso é seguido 
pelas últimas palavras de Samuel, o Pequeno, e é cuidadosamente 
especificado que elas foram em aramaico. Então, Yohanan, o Sumo 
Sacerdote, ouviu da casa do santo dos santos que os jovens haviam 
conquistado Antioquia (em aramaico, mas não especificado como antes). 
Finalmente, “Simeão ouviu...” Depois que Simeão é mencionado, a 
história adicional na parte B é contada sobre o que aconteceu depois que 
ele morreu. Portanto, fica claro pelo contexto que a perícope composta foi 
moldada, no mínimo, no segundo século. 
Alguns dos materiais podem ser posteriores, pois a referência explícita 
ao uso da língua aramaica (em itálico) não faz sentido aqui. Ninguém aqui 
discute se os anjos falam aramaico ou não. Esse assunto é levantado em 
29 SIMEON THE JUST — III.i.1 
 
outro lugar, como veremos (III.ii.4, abaixo) por R. Yohanan (falecido em 
279) e Rav Judah (falecido em 297). Pode ser que um ditado sobre o que 
Simeão e Yohanan, o Sumo Sacerdote, ouviram do céu por muito tempo 
circulou em aramaico (Josephus o fornece, é claro, em grego), e isso foi 
então citado para provar que os anjos falam aramaico. Mas o ditado 
também circulou em hebraico aqui e em IV.i.4! Parece mais provável que 
o ditado tenha sido traduzido para o aramaico para os propósitos do 
argumento em que foi citado, do que só depois foi traduzido do aramaico 
para o hebraico por uma razão que ninguém pode imaginar agora. Mas a 
segunda e terceira cláusulas permanecem em hebraico, ao contrário da 
assinatura. 
Podemos classificar ambas as partes como referências biográficas à vida 
de Simeão. Mas Simeon desempenha um papel totalmente passivo na Parte 
A, e nas Partes BCD, nenhum. Como a destruição do Templo, sua morte 
marca uma grande virada na vida sobrenatural de Israel. Não podemos 
especular frutuosamente sobre a escola responsável pela história em sua 
forma atual. Para ter certeza, a história não poderia ter sido moldada muito 
antes da metade do segundo século, pelas razões dadas anteriormente. A 
parte A é uma composição unitária. As partes BCD não são, pois de fato as 
listas de vários milagres que deixaram de acontecer com a morte de Simeão 
em outros lugares são aumentadas consideravelmente; aqui temos apenas 
parte de uma composição de milagres atribuídos ao período anterior à 
morte de Simeão. A tendência é atribuir a Simeão e seu tempo a glória e a 
graça sobrenatural posteriormente negada a Israel. 
Judá, o Patriarca, surpreendentemente, não se referiu a Simeão, o Justo, 
em sua lista de antigos dignitários aos quais esta passagem é um 
suplemento, M. Sotah 9:9-15. Esta é uma omissão notável, uma vez que 
outros nas listas de M. Avot e M. Hagigah estão presentes: Yohanan, o 
Sumo Sacerdote, Yosi b. Yo c ezer e Yosi b. Yohanan: “Quando [eles] 
morreram, os cachos de uva cessaram.” Teria sido natural incluir Simeão 
neste mesmo contexto. Além disso, Tos. preserva a passagem Mishnaica 
(em itálico): “Quando os primeiros profetas morreram, Urim e Tummim 
cessaram” Então vem a longa passagem (9:15) sobre o fim de várias 
bênçãos quando não um sumo sacerdote, mas sábios tanaíticos morreram: 
Ben Zoma, Joshua, Simeon b. Gamaliel, Eleazar b. c Azarias, c Aqiba, 
Hanina b. Dosa, Yohanan ben Zakkai e outros, até Judá, o próprio 
Patriarca. Por que não Simeão, o sacerdote também? Não sei dizer, mas a 
omissão deve ser considerada digna de nota. 
Meguilat Ta^anity ed. Liechtenstein, pág. 344, desenvolve a perícope 
em uma história sobre Qsglgs. 
111.1.1. O rabino Ulla objetou diante do rabino Mana: “Eis que é ensinado 
(TNY), Simeão, o Justo, preparou duas vacas...” 
(y. Sheq. 4:2, repr. Gilead, p. 16b) 
Comentário: O contexto é uma discussão sobre o orgulho do sumo 
sacerdócio
SIMEON THE JUST — III.i.2-3 30 
 
e desperdício. R. Hanina acusa os sumos sacerdotes de prodigalidade 
escandalosa porque eles construíram novas rampas para cada sacrifício de 
novilha vermelha , em vez de usar equipamentos adequados existentes. c Ulla 
objeta que Simeão, o Justo, fez exatamente isso, citando M. Par. 3:5, com a 
presunção de que Simeão havia feito o que foi descrito em M. Par. 3:6 (acima 
de II.i.1). Então, “Você pode dizer que Simeão, o Justo, foi extravagante?” A 
resposta é que ele o fez por causa da importância da cerimônia da novilha. Em 
Pesiqta deR. Kahana (abaixo, Vl.iv.l) a pergunta é feita anonimamente, a 
resposta vem de R. Abun em nome de R. Ele c azar. A base para se referir a 
Simeão, o Justo, portanto, é sua inclusão na lista em M. Par. 
111.1.2. Lá aprendemos (TMN TNYN): Simeão, o Justo, era um dos 
remanescentes da Grande Assembléia. 
Ele dizia: “Em três coisas o mundo se baseia: Torá, culto e ações de bondade 
amorosa”. 
E os três [sic] estão em uma Escritura (Is. 51:16): Eu coloquei minhas 
palavras em sua boca - esta é a Torá. E na sombra das minhas mãos te cobri - 
isso é [fazer] atos de benignidade. Para ensinar a você que quem se ocupa [se] 
na Torá e em atos de bondade merece sentar-se à sombra do Santo, abençoado 
seja ele. 
(y. Ta. 4:2, repr. Gilead, p. 21a = y. Meg. 3:6, repr. 
Gilead, p. 26a) 
Comentário: O contexto é uma discussão do ditado de R. Jacob b. Aha 
em nome de R. Yasa, “O mundo permanece apenas por causa dos 
sacrifícios.” Então, o ditado de Simeão, o Justo, é citado como evidência 
contrária. O ditado deriva diretamente de Avot 1:3, sem alteração. O que 
é novo é a exegese de Is. 51:16, pretendendo fornecer um texto de prova 
para a opinião de Simeão, mas mencionando apenas dois elementos. O 
texto-prova não aparece em nenhuma versão anterior do ditado. É um 
acréscimo anônimo, uma glosa aparecendo apenas aqui e no paralelo, y. 
Meg. 3:6, que em todos os aspectos é idêntico. A omissão do culto é 
intrigante. 
Claramente, o ditado Avot agora estava disponível e, portanto, foi 
citado. Mas não aparece em nenhuma outra compilação tanaítica e não é 
referido por uma autoridade tanaítica - uma regra que se aplica a todos os 
logia no Avot-çhain, como eu disse (p. 21). 
111.1.3. DTNY: R. Simeão, o Justo, disse ('MR), “Em meus dias eu comi a 
oferta pela culpa de um nazireu apenas uma vez. Certa vez, um homem veio até 
mim do Sul e eu o vi corado, com olhos adoráveis e uma boa aparência, e seus 
cachos estavam amontoados (MSWDRWT) em montes e montes (TYLY 
TYLYM). E eu disse-lhe: 'Meu filho, 
Por que você [lit.: O que você viu para] destruir este lindo cabelo?' “Ele disse 
31 SIMEON THE JUST — III.ii.1 
 
(NM) para mim, 'Rabi, eu era um pastor na minha cidade, e 
Fui encher o desenho de água (LMI2WT >T HS 5 WB MYM). Eu vi minha 
sombra (BWBYYH) na água. Meu impulso (YSR) se orgulhou de mim e tentou 
me destruir (CBD) do mundo. Eu disse a ele: 'Maligno! Você se orgulha de algo 
que não é seu. É meu dever santificá-lo para o Céu.' 
“Abaixei minha cabeça e disse a ele: 'Meu filho, que aqueles como você, que 
fazem a vontade do Onipresente, se multipliquem em Israel. A respeito de você, 
a Escritura diz: Quando um homem ou uma mulher se separarem para fazer um 
voto” 
(y. Ned. 1:1, repr. Gilead, p. 3a = y. Naz. 1:5, repr. 
Gilead, p. 5a) 
Comentário: O contexto é uma investigação sobre o que a autoridade 
tanaítica não aprova votos de vários tipos. As autoridades citadas são R. 
Judah e R. Simeon. R. Simeon diz que é pecado abster-se de usar vinho, e 
sua opinião é reforçada pela história de Simeão, o Justo. Em y. naz. 1:5 o 
contexto é definido pela mesma discussão. 
111.11.1. .UMA. Nossos rabinos ensinaram (TNW RBNN): Ao longo 
dos quarenta anos que Simeão, o Justo, ministrou: 
(1) A sorte ['Para o Senhor'] sempre saía na mão direita. A partir daí, ora 
surgia na mão direita, ora na esquerda. 
(2) E a pulseira de cor carmesim ficaria branca. A partir de então, ora ficava 
branco, ora não. 
(3) Alémdisso, a luz mais a oeste estava brilhando. Daquele momento em 
diante, ora brilhava, ora falhava. 
(4) Além disso, o fogo da pilha de lenha continuou queimando forte, de 
modo que os sacerdotes não precisaram trazer para a pilha nenhuma outra lenha 
além das duas toras, a fim de cumprir o comando sobre [fornecer] a lenha 
[ininterruptamente]. A partir desse momento, ora queimava forte, ora não, de 
modo que os sacerdotes não se abstinham ao longo do dia de trazer lenha para 
a pilha [no altar]. 
(5) Uma bênção foi dada ao omer, os dois pães e o pão da proposição, de 
modo que todo sacerdote que obtivesse um pedaço do tamanho de uma azeitona 
comia e ficava satisfeito, alguns comendo e até deixando algo sobrando. A 
partir desse momento, uma maldição (M'WRH) foi enviada ao 'orner^ dois pães 
e pão da proposição, de modo que cada sacerdote recebia um pedaço do 
tamanho de um feijão: os bem-educados retiravam suas mãos dele, enquanto 
vorazes o povo pegou e comeu...
SIMEON THE JUST — III.ii.1 32 
 
B. Nossos rabinos ensinaram (TNW RBNN): No ano em que Simeão, o 
Justo, morreu, ele disse a eles [que] neste ano ele morreria. 
Eles disseram: “De onde você sabe isso?” 
Ele respondeu: “Em todo Dia da Expiação, um velho, vestido de branco e 
envolto em branco, se juntava a mim, entrando [no Santo dos Santos] e saindo 
[dele] comigo. Mas hoje fui acompanhado por um velho, vestido de preto e 
envolto em preto, que entrou, mas não saiu, comigo.” 
Após o festival (RGL) [de Sucot] ele ficou doente por sete dias e morreu. 
C. Seus irmãos, os sacerdotes, proibiram mencionar o Nome [Inefável] ao 
pronunciar a bênção [sacerdotal]. 
(b. Yoma 39a-b, trans. Leo Jung, pp. 184-6) 
Comentário: A parte B pode ser classificada como biografia. A 
primeira, parte A (= II.ii.2), é um relato de uma mudança na vida 
sobrenatural de Israel ligada à morte de Simeão, o Justo. Simeon serve, 
como Simeon b. Shetah, para fornecer uma data para “os bons velhos 
tempos”. A Mishná antecedente pertence ao culto sacerdotal no Dia da 
Expiação, com referência específica ao lançamento de sortes para o 
descarte do bode sacrificial. Segue-se uma breve indagação: Qual Tanna é 
responsável pela Mishná? Chama-se a atenção para o beraitot disponível. 
Em seguida, vem o beraita dado aqui como parte A. Isso é brevemente 
interrompido por uma história sobre um padre que pegou mais do que sua 
parte do pão, seguido pela parte B. Presumivelmente, o beraita poderia ter 
permanecido como uma unidade, sem a segunda inscrição, Nossos rabinos 
ensinaram , assim como a cláusula final permanece sem ela, ao invés de 
Nossos rabinos ensinaram, Quando Simeão ministrou... os sacerdotes 
mencionariam o Nome Inefável; quando ele morreu, eles odiaram. 
Imediatamente após a conclusão dos materiais de Simeão, há ainda outro 
beraita sobre a história sobrenatural do culto: “Nos últimos quarenta anos 
antes da destruição, o lote não apareceu na mão direita, a tira de cor 
carmesim não apareceu. ficavam brancas, a luz do oeste não brilhava e as 
portas do heikhal se abriam sozinhas, até que Rabban Yohanan ben Zakkai 
os repreendeu. Esta beraita obviamente é uma continuação da coleção 
anterior, e o todo certamente foi moldado em conjunto, pelo menos no 
segundo século. 
O cenário é diferente em detalhes de II.ii.2, mas não muito diferente em 
estrutura. Assim como antes descobrimos que os materiais de Simeon 
foram colocados no contexto geral de dados sobre o sobrenatural, 
chegando ao fim com os mestres Yavnean (Samuel, o Pequeno), então aqui 
os Yavneans (Yohanan ben Zakkai) estão ligados a Simeon, o Justo. Não 
podemos, com certeza, datar a formação final do beraita em uma data tão 
antiga quanto Yavneh do segundo século. Podemos estar certos apenas de 
que estava em sua forma final no início do século IV, momento em que o 
ma^aseh sobre o sacerdote porquinho foi adicionado, seguido pelos 
comentários de Rabbah b. R. Shela e Rava. 
Formalmente, temos histórias bastante diferentes, agora preservadas em 
33 SIMEON THE JUST — III.ii.2 
 
beraitot separados, A e B. Elas foram reunidas para fornecer um relato 
dos milagres da época de Simeão, o Justo, primeiro no que diz respeito ao 
culto, depois no que diz respeito à sua própria morte. Nada na linguagem 
ou no conteúdo exige que dividamos a perícope em partes componentes: 
(a) quando ele ministrou, (b) quando ele morreu. As razões editoriais para 
a divisão posterior são claras. 
A tendência é óbvia. Até Simeão, o Justo, o sumo sacerdócio era digno 
de seu santo ofício. Depois, alguns dos sumos sacerdotes foram, e alguns 
não foram. Cerca de uma geração antes da destruição, o sumo sacerdócio 
tornou-se consistentemente intragável para o partido farisaico. Mas não 
precisamos especular sobre o que “realmente” aconteceu no culto. 
Afirmações como essas são importantes não para a história do culto ou 
para a biografia de Simeão, mas para o estudo das atitudes tanaíticas em 
relação a ambos. 
III.ii.2. A. E [não] foi ensinado (WHTNY'): No dia vinte e cinco de Tevet é 
o dia do Monte Gerizim, no qual não se pode lamentar. 
B. [É o] dia em que [comemorando] os kuteanos buscaram [permissão] para 
destruir a Casa de nosso Deus de Alexandre da Macedônia. 
Ele deu a eles [permissão], Eles vieram e informaram Simeão, o Justo. 
O que ele fez? Ele vestiu as vestes sacerdotais e se envolveu com as vestes 
sacerdotais. 
Alguns dos nobres de Israel [estavam] com ele, [com] tochas de fogo em 
suas mãos, e toda a noite eles andaram [de] um lado e outro, até que a estrela 
da manhã apareceu. Quando a estrela da manhã surgiu, ele [Alexandre] disse a 
eles [os Kuteans], “Quem são estes?” 
Disseram-lhe: “São judeus que se rebelaram contra ti”. 
Quando ele chegou a Antipatris, o sol apareceu, e estes [de uma direção] 
encontraram aqueles [vindos do outro lado]. 
C. Quando ele viu Simeão, o Justo, desceu de sua carruagem e prostrou-se 
diante dele. Eles lhe disseram: “Um rei tão importante como você se prostrará 
diante deste judeu?” 
Ele disse a eles: “A imagem (DMWT DYWQNW) deste [homem] vence 
diante de mim no meio de (BBYT) minhas batalhas”. 
D. Ele disse a eles: “Por que vocês vieram?” 
Disseram-lhe: “É possível que os adoradores das estrelas o induzam a 
destruir a casa em que os homens oram por você e por seu reino, para que [seu 
reino] nunca seja destruído?” 
Ele lhes disse: “Quem são estes [a quem vocês se referem]?” Eles disseram 
a ele: "Esses Kuteans que estão diante de você."
SIMEON THE JUST — IILii.2 34 
 
Ele lhes disse: “Eis que eles estão entregues em suas mãos”. 
Imediatamente eles perfuraram seus calcanhares, amarraram-nos às caudas 
de seus cavalos e os arrastaram sobre espinhos e cardos até chegarem ao monte 
Gerizim. Chegando ao monte Gerizim, araram-no e plantaram-lhe ervilhaca, 
exatamente o que haviam procurado fazer à Casa do nosso Deus. 
F. Naquele dia eles fizeram um festival. 
(n. Yoma 69a) 
Comentário: Este beraita., que serve como um scholion para Megillat 
Tcfanit, pode ser classificado como uma narrativa histórica na qual Simeão 
desempenha um papel menor, ao invés de uma perícope biográfica. É 
citado no contexto de uma discussão sobre se as vestes sacerdotais podem 
ser usadas fora do Templo. É introduzido por “Venha e ouça: Quanto às 
vestes sacerdotais, é proibido sair com elas para a província, mas no 
santuário, seja durante o serviço ou não, é permitido usá-las”. Em seguida, 
a beraita é citada como uma contradição: Simeão, o Justo, usava as vestes 
fora do Templo. A resposta é que as vestes que ele usava eram adequadas 
para serem vestimentas sacerdotais, mas na verdade não eram; ou, 
alternativamente, a emergência justificou a desobediência à regra 
particular contra o uso fora do Templo. Obs. 119:126 é citado - uma 
maneira rotineira de resolver o problema. O todo é anônimo, mas é 
precedido pela discussão sobre o uso das vestes sacerdotais para benefício 
pessoal, da qual participam R. Papa, R. Mesharsheya e R. Ashi. 
NaMegillat Ta^anit (Lichtenstein, p. 339), o dia da destruição de 
Gerizim é 21 Kislev; Josefo diz que João Hircano o destruiu. Podemos ter 
certeza de que os criadores do beraita não tinham informações precisas 
sobre o assunto. A forma da beraita é semelhante a outros tratamentos 
talmúdicos babilônicos de Megillat Ta^anit pericopae (Desenvolvimento 
de uma lenda pp. 180-182). O aramaico do pergaminho do jejum é citado, 
seguido por uma longa narrativa, em hebraico rabínico, da história 
subjacente à data simples. 
A narrativa é composta. A Parte C é intrometida, interrompendo o curso 
da história com um detalhe estranho. Então a narrativa recomeça com D, 
que ignora C (“Ele disse a eles”} e poderia muito bem ter seguido logo 
após a parte B. A parte C também circulou por si só. Mas as partes B, D e 
E formam um único, unitário conta. A parte F, em seguida, refere-se ao 
cabeçalho, de modo que a forma geralmente associada às histórias do 
Pergaminho de Jejum está agora concluída. Portanto, suponho que a 
história nas partes B, D e E ficou sozinha; então a parte C foi adicionada 
em - inclua outro detalhe sobre o “famoso” encontro de Simeão entre 
Alexandre e os judeus, além daquela parte em B. As partes A e F foram 
fornecidas por último. 
Assim como na análise de outros materiais anexados às sentenças do 
Fasting-Scroll, não temos nenhuma pista de quando ou como o todo foi 
montado. Os materiais não estavam necessariamente diante dos mestres 
babilônicos mencionados acima, pois a história é citada anonimamente, 
apenas no contexto de sua discussão, e eles não fornecem necessariamente 
35 SIMEON THE JUST — III.ii.3 
 
um terminus ante quem. Pelo que sabemos, o beraita em sua forma atual 
foi moldado ainda mais tarde do que R. Ashi. Não temos nenhuma 
informação firme. 
O papel de Simeon é limitado às partes B e C. A parte C é independente 
do resto. Quanto a B, Simeão é intrometido porque é sumo sacerdote, 
portanto encarregado dos assuntos e esperado para enfrentar a crise. 
Qualquer outro nome também serviria. Mas a Parte C transforma Simeon 
em uma figura sobrenatural. As histórias de Alexandre e de um importante 
judeu não se limitam a Simeão. Outro relato, completamente diferente, de 
Alexandre e um porta-voz judeu diz respeito a Gebiha b. Pesisa, b. Sanh. 
91a = Meg. Ta canit , ed. Lichtenstein, pp. 328-30. 
III.ii.3. TNY': Simeão, o Justo, disse ( J MR), “Eu nunca comi a oferta pela 
culpa de um Nazir contaminado (TM'), exceto por [Ned.: uma vez, uma vez] 
um homem, que veio até mim do Sul, [Ned.: e eu vi que ele tinha olhos lindos, 
aparência adorável, e com seus cabelos arrumados (SDWRWT) em montes de 
cachos (TLTLYM). Eu disse (>MR) para ele, 'Meu filho, Por que você [Lit.: o 
que você viu para] destruir isso [Ned. :jwr] cabelo bonito?' 
“Ele me disse: 'Eu era pastor de meu pai em minha cidade. Fui tirar água do 
poço. Olhei para o meu reflexo. Meu impulso (YSR) tornou-se arrogante e 
procurou me expulsar (TRD) do mundo. Eu disse a ele, 'Base um (RYQH)! Por 
que você se orgulha (G'H) do mundo que não é seu, pois seu fim será verme e 
larva. Pelo culto [do Templo]! Eu vou raspar você por causa do Céu.' 
“Levantei-me e beijei-o na cabeça. Eu disse a ele: 'Que os nazireus [Ned.: 
criadores do na^irismo] como você aumentem em Israel. A respeito de você, a 
Escritura diz: Quando um homem fizer um voto especial, o voto de um na^irita, 
para separar-se para o Senhor (Números 6:2).' ” 
(b. Naz. 4b = b. Ned. 9b) 
Comentário: O contexto de b. naz. é uma discussão anônima sobre o 
autor da Mishná sobre a diferença entre um nazireu temporário e um 
nazireu vitalício como Sansão. Vários Tanaim são citados, todos em uma 
estrutura hipotética: “Ele diria”. Ninguém é citado diretamente. A frase ao 
Senhor é mencionada e depois vem o beraita sobre a história de Simeão, o 
Justo, anexada a Num. 6:2. Após a história, a discussão continua 
anonimamente. O contexto de b. Ned. é uma discussão sobre se os votos 
de nazireato são pecaminosos ou não. A discussão é anônima, certamente 
amoraica (se não mais tarde), mas a seguir vem uma objeção de R. Mani, 
de que a instância de Simeão, o Justo, não prova decisivamente o caso. A 
história, portanto, é mais apropriada para a questão de b. Ned. do que b. 
naz.
SIMEON THE JUST — IILii.4-5 36 
 
III.ii.4.A. Os anjos ministradores não entendem o aramaico? Eis que foi 
ensinado (TNY'): 
B. Yohanan, o Sumo Sacerdote, ouviu um eco (BT QWL) da casa do Santo 
dos Santos, que estava dizendo [em aramaico]. “Os jovens que foram guerrear 
contra Antioquia conquistaram (NSHW TLY> D'ZLW L*GH> QRB> L > 
NTWKY > ).” 
C. Além disso, a história é contada sobre (M C SH B) Simeão, o Justo, que 
ele ouviu um eco da casa do Santo dos Santos, que dizia [em aramaico]: 
“Anulado (BTYLT) é o decreto (' BYDTJ que o inimigo (SN'H) pensou em 
introduzir (UYYT'H) no Templo (HYKL?), e [em hebraico] Gasqelges 
(GSQLGS) [A. Cohen, trad.: Caius Caligula (sic)\ foi morto, e seus decretos 
foram anulados”. 
D. Eles anotaram aquela hora e combinou [com a hora de sua morte]. 
Agora era em aramaico que [o eco] falava. 
(b. Sot. 33a) 
Comentário: A questão é levantada por Rav Judah com o acordo de R. 
Yohanan, o mestre palestino contemporâneo, de que não se deve orar em 
aramaico, pois os anjos não o entendem. A história sobre Yohanan, o 
Sumo Sacerdote, seguida por uma outra história sobre Simeão, o Justo, 
parece-me uma parte integrante do beraita composto. Mas a parte D 
pertence depois da parte B. A parte C é uma intrusão. Assim, no início, 
os elementos eram separados e provavelmente circulavam sozinhos. 
III. ii.5. Desnecessário dizer [este é o caso dos sacerdotes que ministravam] 
outro assunto. 
Uma vez que diz aqui, Desnecessário dizer [isso é assim para os sacerdotes 
que ministravam ] outro assunto, segue-se que o Templo de Onias não era um 
santuário idólatra. Nosso Tanna, portanto, concorda com a opinião daquele que 
disse que o Templo de Onias não era um santuário idólatra. 
A. Pois foi ensinado (DTNY '): No ano em que Simeão, o Justo, morreu, ele 
disse a eles que morreria. 
Disseram-lhe: “Como você sabe?” 
Ele respondeu: “Todo Dia da Expiação, um velho, vestido de branco e 
envolto em branco, me encontrava. Ele entrou comigo [no Santo dos Santos] e 
saiu comigo. Mas este ano um velho, vestido de preto e envolto em preto, me 
conheceu. Ele entrou comigo, mas não saiu comigo”. 
Após o Festival (RGL) [dos Tabernáculos], ele ficou doente por sete dias e 
depois morreu. 
E seus irmãos, os sacerdotes, abstiveram-se [de pronunciar] o Nome na 
bênção [sacerdotal]. 
B. Na hora de sua partida [desta vida], ele disse a eles: “Meu filho Onias 
37 SIMEON THE JUST —III.ii.5 
 
assumirá o ofício [de Sumo Sacerdote] depois de mim”. 
Seu irmão Shime ci , que era dois anos e meio mais velho, ficou com ciúmes 
dele e disse-lhe: “Venha e eu lhe ensinarei a ordem do serviço do templo”. 
Ele então vestiu uma túnica ('WNQLY), cingiu-o com um cinto, colocou-o 
perto do altar e disse a seus irmãos, os sacerdotes: "Veja o que este homem 
prometeu a seu amado e agora cumpriu: 'No dia em que qual eu assumo o cargo 
de Sumo Sacerdote, colocarei a tua túnica e me cingirei com o teu cinto.' ” 
Com isso, seus irmãos, os sacerdotes tentaram matá-lo. 
Ele fugiu deles, mas eles o perseguiram. Ele então foi para Alexandria no 
Egito, construiu um altar lá e ofereceu sacrifícios em homenagem aos ídolos. 
Quando os Sábios ouviram isso, eles disseram: “Se isso é o que aconteceu 
[através do ciúme] de alguém que nunca assumiu a honra, o que aconteceria 
[através do ciúme] de alguém que uma vez assumiu a honra [e foi expulso 
dele]!” 
Esta é a visão dos eventos de acordo com R. Meir. 
C. R. Judah disse a ele: “Não foi isso que aconteceu, mas o fato é que Onias 
não aceitou o ofício de Sumo Sacerdote porque seu irmão Shime ci era dois anos 
e meio mais velho que ele...” 
(b. Men. 109b, trad. E. Cashdan, pp. 676-7) 
Comentário: O contexto é umadiscussão anônima sobre o status do 
Templo de Onias. Os Tannaim responsáveis obviamente são Meir e Judá 
b. Ilai. De fato, neste caso, somos explicitamente informados de que toda a 
versão dos eventos aqui impressa é a de Meir. Segue-se uma versão 
completamente diferente da história de Onias, contada por Judá. Mas todas 
as partes parecem concordar com a história de Simeão, o Justo, se é que a 
conhecem. A história introdutória sobre Simeão vem separada e antes dos 
materiais sobre Onias. Meir e Judah podem, portanto, fornecer o terminus 
ante quem para a parte A, meados do século II dC 
Como temos, o beraita deve ser considerado como um composto de duas 
tradições, A + B ou C. É digno de nota que o beraita A + B ou A + C não 
é dividido com uma segunda inscrição, o que apóia minha afirmação 
anterior de que As sobrescrições Z^ra/ta poderiam muito bem ter sido 
fornecidas de forma a separar as perícopas unitárias existentes. A Parte A 
parece-me dividida, como afirmado anteriormente, em duas partes, a 
história da previsão da morte de Simeão, sua morte e, em seguida, um 
segundo item, que
SIMEON THE JUST — IV.i.1-2 38 
 
os sacerdotes então cessaram de pronunciar o Nome Inefável. Este último 
não é parte integrante da história. Estaria melhor localizado na lista de 
milagres que deixaram de acontecer depois da morte de Simeão. 
IV.il [Sobre os sumos sacerdotes no Segundo Templo]: Simeão, o Justo, 
serviu quarenta anos. 
R. Aha disse: “Está escrito: O temor do Senhor aumenta os dias (Provérbios 
10:27) - esses são os sacerdotes que serviram no Primeiro Templo. Mas os anos 
dos ímpios diminuíram - estes são os que serviram no Segundo Templo. 
(y. Yoma 1:1, repr. Gileade, p. 4b) 
Comentário: A referência ao mandato de Simeão, o Justo, é anônima. A 
observação de R. Aha fornece um terminus ante quem. Em IV.ii.l (b. 
Yoma 9a), a passagem está no nome de Rabba bb Hana em nome de R. 
Yohanan, portanto, meados do século III para o último, final do século III 
para o comerciante. 
IV.Í.2.A. [Em relação à oração do sumo sacerdote no Dia da Expiação no 
Santo dos Santos, é dito que ele não deve orar por muito tempo para não assustar 
a congregação.] 
A história é contada sobre (M C SH B) um que foi por muito tempo, e eles 
decidiram ir atrás dele. 
Disseram que era Simeão, o Justo. 
Disseram-lhe: “Por que demoraste tanto?” 
Ele lhes disse: “Eu estava orando a respeito do Santuário de seu Deus para 
que não fosse destruído.” 
Disseram-lhe: “Mesmo assim, você não deveria ter continuado por muito 
tempo”. 
B. Durante quarenta anos Simeão, o Justo, serviu a Israel no sumo 
sacerdócio. No último ano, ele disse a eles: “Neste ano vou morrer”. Disseram-
lhe: “Como você sabe?” 
Ele lhes disse: “Todos os anos, quando eu entrava na Casa do Santo dos 
Santos, havia um certo ancião vestido de branco e com manto branco. Ele entra 
comigo e sai (YWS*) comigo. Mas neste ano ele entrou comigo e não saiu 
comigo”. 
(y. Yoma 5:2, repr. Gilead, p. 27a) 
Comentário: O terminus ante quem é definido pelo comentário 
imediatamente a seguir: Perguntaram a R. Abbahu como era possível um 
homem entrar com o sumo sacerdote - ou mesmo anjos com aparência de 
homem. Ele respondeu que não era um homem, mas o Santo, bendito seja. 
Aqui a parte A do longo beraita considerado (III.ii.5) fica por si só, sem 
a parte C, também sem mencionar a cessação dos sacerdotes de articular o 
Nome Inefável (parte B). Mais notável ainda, a passagem nem mesmo 
39 SIMEON THE JUST — IV.i.3 
 
inclui uma referência ao “fato” de que Simeão realmente morreu uma 
semana depois. 
A história do sumo sacerdote que orou demais é anônima. O nome de 
Simeão é fornecido como um glossário, por causa do contexto. A história 
não aparece em outro lugar. 
IV.Í.3.A. Nos dias em que Simeão, o Justo, estava vivo, ele [o bode da 
Expiação] não descia metade da montanha antes de se partir em pedaços. 
Quando Simeão, o Justo, morria, ele [o bode da Expiação] fugia para o 
deserto, e os sarracenos ($RQYN) o comiam. 
B. Todos os dias em que Simeão, o Justo, estivesse vivo, o lote do Nome 
surgiria na mão direita. Quando Simeão, o Justo, morria, às vezes [aparecia] na 
mão direita e às vezes na esquerda. 
C. Todos os dias em que Simeão, o Justo, estava vivo, a lâmpada ocidental 
queimava. Quando Simeão, o Justo, morria, às vezes ela se apagava e às vezes 
queimava. 
D. Todos os dias em que Simeão, o Justo, estava vivo, a tira carmesim 
ficava branca. Quando Simeão, o Justo, morria, às vezes ficava branco, às vezes 
vermelho. 
E. Todos os dias em que Simeão, o Justo, estava vivo, a chama da oferenda 
de madeira queimava fortemente. Quando eles colocaram dois troncos de 
madeira pela manhã, eles não colocaram [mais] durante todo o dia. Quando 
Simeão, o Justo, morreu, o poder da oferta queimada diminuiu e eles não 
hesitaram em colocar lenha [no fogo] o dia todo. 
F. Todos os dias em que Simeão, o Justo, viveu, uma bênção foi enviada 
sobre os dois pães e o pão da proposição. A cada um dava a medida de uma 
azeitona, e alguns comeram e ficaram satisfeitos, enquanto outros comeram e 
sobraram. Quando Simeão, o Justo, morreu, a bênção foi tirada dos dois pães e 
do pão da proposição...(etc.) 
(y. Yoma 6:3, repr. Gilead, p. 33b) 
Comentário: O contexto da lista de milagres que terminou com a morte 
de Simeão, o Justo, é a Mishná referente à disposição do bode sacrificial 
no Dia da Expiação. Não há ligação estreita com os materiais anteriores. 
A seguinte perícope refere-se a um padre tomando sua porção do pão; a 
conexão com a lista de Simeon é o tema do item final. 
A classificação é histórica: mudanças na situação sobrenatural de Israel 
após a morte de Simeão. A lista é provavelmente uma composição, pois, 
como vimos, alguns dos itens são recorrentes em outros lugares, mas não 
como parte de toda a perícope diante de nós. Os detalhes de sua previsão 
de morte e os eventos que se seguiram a ela são omitidos.
SIMEON THE JUST — IV.i.4, IV.ii.1-2 40 
 
IV.i.4. Conta-se a história de que Simeão, o Justo, ouviu um eco vindo da 
casa do Santo dos Santos e disse: “Gaius Goliqes [GYYS GWLYQS] foi morto 
e seus decretos foram anulados”. 
(y. Sot. 9:13, ed. Gilead, p. 45b) 
Comentário: A perícope inteira agora está em hebraico; nenhum 
aramaico aparece, ao contrário da versão babilônica da mesma mensagem. 
O contexto é definido pela observação anterior: enquanto a profecia 
cessou, o Céu ainda se comunica através do eco. Nenhum mestre amoraico 
se refere à história, que é anônima. Lá está a história da mensagem para 
Yohanan, o Sumo Sacerdote, desta vez em aramaico, e outros ecos 
celestiais são mencionados, com referência à dignidade de Hillel, Samuel, 
o Pequeno, e outros homens meritórios, para receber o espírito santo. A 
história como está é uma unidade. A referência a GYYS GWLYQS é 
geralmente interpretada como significando Calígula. Mas isso me parece 
improvável; se for Calígula, não pode ser Simeão, o Justo. Ou a perícope 
de Simeon foi adulterada. Que dados históricos precisos estejam diante de 
nós é improvável. 
IV.ii.l. Rabbah bb Hana disse em nome de R. Yohanan: “Qual é o 
significado da Escritura, O temor do Senhor acrescenta dias, mas os anos dos 
ímpios são abreviados (Provérbios 10:27)?... Os anos de os ímpios referem-se 
ao Segundo Templo que durou quatrocentos e vinte anos, no qual mais de 
trezentos sacerdotes serviram. Deduza deles os quarenta anos que Simeão, o 
Justo, serviu, os oitenta que Yohanan, o Sumo Sacerdote, serviu, os dez que 
Ismael, filho de Phiabi, serviu, e alguns dizem, os onze que Rabi [jvr] Eleazar 
b. Harsom serviu. Vá e calcule - nenhum dos restantes completou [mesmo] seu 
[um] ano [no cargo].” 
(b. Yoma 9a) 
Comentário: O contexto da referência a Simeão é um ditado de R. 
Yohanan transmitido por Rabbah bb Hana. A tradição sobre seus quarenta 
anos no cargo é aparentemente bem conhecida, presumivelmente de ILii.l. 
Portanto, o último deve vir antes de ca. 250 DCIV.ii.2. Eu não os rejeitei, nem os abominei para destruí-los totalmente (Lv 
26:44). 
Samuel disse: “... nem eu os abominei - nos dias dos gregos, quando levantei 
para eles Simeão, o Justo, e Hashmona ^ e seus filhos e Matatias, o sumo 
sacerdote...” 
(b. Meg. 11a) 
Comentário: A exegese de Samuel deve ser datada de meados do 
terceiro século. Claramente, Samuel imaginou que Simeão, o Justo, era 
contemporâneo dos Macabeus. Se ele conhecia ou não os materiais que 
ligavam Simeão ao tempo de Alexandre da Macedônia, não posso dizer. 
41 SIMEON THE JUST — IV.ii.3, VLiii.l, VLiv.l 
 
E não sabemos ao certo se Samuel sabia que Alexandre não era 
contemporâneo dos Macabeus. Ainda assim, podemos postular com 
segurança que ele sabia disso e, portanto, podemos supor que as histórias 
sobre Simeão, o Justo, e Alexandre não estavam disponíveis na Nehardea 
do século III. Isso parece plausível, também, porque tais histórias não são 
contadas por um mestre Nehardean. Todos ocorrem em Pumbedita ou em 
outro lugar, nenhum entre as autoridades do círculo de SamueF. Mas 
nossa amostra é muito limitada para que esse fato seja probatório. 
Certamente, Samuel pode ter pensado que “os gregos” que perturbaram 
Israel incluíam o próprio Alexandre, mas isso iria contra a tendência das 
tradições rabínicas sobre o macedônio. Portanto, parece mais provável, 
como eu disse, que Samuel não conhecesse os materiais que ligavam 
Alexandre e Simeão, o Justo. 
IV.ii.3. Abbaye disse: “Simeon, o Justo, R. Simeon e R. Eleazar HaQappar 
concordam que um Na^ir é um pecador...” 
(b. Ned. 10a) 
Comentário: A referência à história de Simeão, o Justo, e do judeu 
Narciso é interpretada para mostrar que Simeão não aprovava os nazireus. 
A história aparece na página anterior. Parece razoável supor que a história 
foi apresentada a Abbaye e que os materiais de b. Ned. 9b-10a foram 
editados com referência à tese de Abbaye, portanto, na Pumbedita do 
século IV. Esses materiais não precisavam ter recebido sua forma final, 
mas as alterações posteriores teriam sido menores e inconseqüentes. Caso 
contrário, os materiais como agora arranjados não poderiam ter servido ao 
propósito que Abbaye lhes designou. 
VLiii.l. Quando Alexandre olhou para Simeão, o Justo, ele ficou de pé. Os 
Kuteanos disseram a ele: “Você se levanta diante de um judeu?” Ele disse: 
“Quando saio para a batalha, vejo sua semelhança e venço”. 
(Lev. R. 13:5) 
Comentário: Aqui está uma citação tardia do breve colóquio sobre o 
respeito de Alexandre por Simeão, aparecendo inteiramente por si só. Não 
creio que o restante da história tenha sido omitido de propósito. A maior 
probabilidade é que essa perícope tenha circulado de forma independente. 
VLiv.l. [Abba Saul diz que os sumos sacerdotes fariam uma rampa para a 
novilha ... Todos eram orgulhosos.] Mas eis que é ensinado (TNY) “Simeão, o 
Justo, fez duas novilhas e não trouxe a segunda na rampa em que ele trouxe o 
primeiro. 
Você pode dizer daquele homem justo que ele era orgulhoso? 
R. Abun em nome de R. Eleazar disse: “[Foi] por causa da importância do 
sacrifício da novilha.” 
(Pesquisa de Rav Kahana, ed. Mandelbaum I, pp. 73, 
1. 11 a 74, 1. 1)
SIMEON THE JUST — VI.iv.2, 3, VI.v.l, 2 42 
 
Comentário: Aqui está uma versão posterior de materiais familiares em III.i.1. 
Os mestres são diferentes, mas as referências a Simeon são as mesmas. De fato, 
o beraita sobre as duas rampas construídas por Simeon deve ter sido moldado 
antes que o editor de Pesiqta de R. Kahana o usasse junto com o colóquio de R. 
Abun. Se R. Eleazar b. Pedat de fato se referia ao beraita, então deveria ter sido 
conhecido no início dos tempos amoraicos na Palestina. Isso apontaria para um 
terminus ante quem de ca. 250 DC 
V I.iv.2. Quando Alexandre da Macedônia via Simeão, o Justo, ele se levantava 
e dizia: “Bendito seja o Deus de Simeão, o Justo”. 
Seus cortesãos lhe disseram: “Você se levanta diante de um judeu?” 
Ele lhes disse: “Quando vou para a batalha, vejo seu rosto e venço”. (Pesquisa de 
Rav Kahana, ed. Mandelbaum, I, p. 75, linhas 4-7) 
Comentário: Ver VI.iii. 1. 
VLiv.3. Lá aprendemos [TMN TNYNN (Avot 1:2)]: “Simeão, o Justo, era um dos 
remanescentes de toda a lei”. 
(Pesquisa de Rav Kahana, ed. Mandelbaum, I, p. 308, 1. 
17) 
Comentário: Não vejo conexão entre a referência acima a Avot e o contexto 
em que ocorre. Tampouco compreendo a linguagem “M§YYRY KL 
HYLKTH”. Mandelbaum apenas se refere a Avot 1:3, como se o texto acima 
reproduzisse a linguagem encontrada ali. 
V IvlR Aha disse em nome de R. Hanina: “Por ostentação, cada Sumo Sacerdote 
gastou até sessenta talentos de ouro na passarela.” 
“Mas em um beraita somos informados de Simeão, o Justo, que [durante seu 
ministério] conduziu duas novilhas vermelhas, que até ele considerou necessário não 
conduzir a segunda na pista em que conduziu a primeira. Você ousa dizer que um 
homem tão justo era ostentoso?” 
“De fato não”, como R. Abin explicou em nome de R. Eliezer, “Simeão, o Justo, 
fez o que fez para dar solenidade à preparação das cinzas da novilha vermelha”. 
(Pesiqta Rabbati 14:14, [trans. W. Braude, p. 291]) 
Comentário: Ver Vl.iv.l. Braude parafraseia. 
V IV2. Alexandre da Macedônia, sempre que via Simeão, o Justo, se levantava e 
dizia: “Bendito seja o Deus de Simeão, o Justo”. 
Quando sua comitiva o repreendeu: “Você se levanta na presença
43 SIMEON THE JUST — VI.v.2 
 
Simeão, o Justo EU 
tanaítico 
Midrashim 
Il.i 
Mishná 
Il.ii 
Tosefta Eu Oi 
Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara Palestina 
1. Comeu a oferta 
pela culpa do digno 
nazireu 
Sifré Num. 22 
 
Para% s. Nez. 4:7 y. Ned. 1:1 
y. naz. 1:5 
2. Novilha vermelha 
preparada 
 
M. Pará 3:5 
(Meir) 
 
y. Sheq. 4:2 ( c 
Ulla) 
3. Decreto ouvido foi 
anulado 
 Para% s. Sof. 13:7a 
(2º séc.) 
 
4. Mudança no 
sobrenatural após a 
morte 
 
Para% s. Sof. 13:7b 
(ver IV.ii.l) 
[y. Joma 6:3] 
5. O mundo se 
sustenta em três 
coisas 
 M. Avot 1:3 
y. Tá. 4:2 
y. Meg. 3:6 
(Jacob b. Aha) 
6. Conheceu 
Alexander e salvou 
Temple 
 
7. Cumpriu quarenta 
anos. como sumo 
sacerdote (ver nº 4) 
 
8. Criado para 
enfrentar a ameaça 
grega 
 
9. Previu a própria 
morte 
 
10. Onias 
* Não significado como tanaítico. 
SIMEON THE JUST —VI.v.2 44 
 
Ill.ii Materiais 
Tannaíticos em 
Babilônico । Gemara 
IV.i Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Palestina 
IV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V 
ARN 
VI Compilações 
posteriores de 
Midrashim 
b. naz. 4b 
b. Ned. 9b (Judá + 
Simeão) 
 
b. Ned. 10a 
(Abbaye) 
 
Num. R. 10:7 
 Pes. R. Kah. 
Pes. Rab. 
b. Sof. 33a (Yohanan-
Judá; 
3º c.) 
y. Sof. 9:13 
b. Yoma 39a-b y. Joma 6:3 
Pes. R. Kah. 
b. Yoma 69a 
y. Yoma 1:1 e. 
Yoma 5:2 (R. 
Abbahu) 
b. Yoma 9a 
(Yohanan- 3º c.) 
 
Lev. R. 13:5 Pes. R. 
Kah. Pes. Rab. 
 b. Meg. 11a 
(Samuel; 3º c.) 
 
b. Sof. 39b 
b. Homens. 109b 
y. Joma 6:3 
b. Homens. 109b 
45 SIMEON THE JUST — VI.v.2 
 
de um judeu?” ele respondia: “Sempre que desço para a batalha e vejo seu 
semblante, sou vitorioso”. 
(Pesiqta Rabbati 14:15, [trans. W. Braude, p. 
293]) 
Comentário: Ver Vl.ii.l. 
ii. SINOPSES 
1. Provérbios Atribuídos a Simeão, o Justo 
Na primeira classificação há apenas um dito de apoftegmático 
caráter, Avot 1:3 (2): 
Avot 1:3(2) J- Tá, 4:2 sim, Meg, 3:6 Pes. R, Kahana 
1. Simeão, o Justo, estava 
entre os remanescentes da 
Grande Assembléia. 
1. TMN 
TNNYN 
,, » ,, 
1. X • ,, 99 99 
1 • 99 ,, ,, 
remanescentes 
da lei mundial 
(KL HYLKTH) 
2. Ele diria, Em três coisas o 
mundo se sustenta, Na Torá, e 
no culto, e em atos de bondade 
amorosa. 
2. » » >» 
9 *** 99 99 99 
2. ------- 
3. -------- 3. E todos os três 
estão em uma 
Escritura, Is. 51 
3 99 99 99 
3. ------- 
 
Claramente, o ditado Avot foi citado com precisão no terceiro século, com 
a adição de uma exegese apropriada, presumivelmente algum tempo depois 
que a coleção Avot se tornouamplamente disponível. A versão em Pes. de R. 
Kahana omite o ensino moral operativo. A passagem provavelmente está 
distorcida. 
2. Histórias Atribuídas a Simeão, o Justo 
SfJç, tenha uma história contada em nome de Simeão, o Justo, sobre si 
mesmo. A forma é: Simeão, o Justo, disse + história contada na primeira 
pessoa. Quando outros personagens aparecem na história, seu diálogo é 
fornecido por Simeão.
Sifré Num, 22 
1. -- 
2. Rabi Simeão, o Justo, disse 
3. Eu nunca ( MC WLM) comi a oferta 
pela culpa do nazireado, mas uma 
Tos, Ne%, 4:7 
(Texto: S. Lieberman, Tosefta Nashim 
[NY, 1967] p. 138) 
1. - 
2. „ „ „ [Omite o Rabino} 
3. „ „ „ (MAYAY) 
4. Quando alguém vinha do sul, 
46 SIMEON THE JUST — SYNOPSES 
 
5. de belos olhos, bela aparência 
6. e seus cabelos amontoados em cachos 
7. Eu disse (N'M) para ele, rapidamente 
deve (MHR 'YT) destruir um cabelo 
bonito 
8. Ele disse (N'M) para mim 
9. eu era um pastor na minha cidade 
10. E fui encher (ML') água do poço 
11. Eu olhei para minha sombra 
12. e meu coração ficou orgulhoso 
(PHZ) 
13. Queria me tirar do mundo. 
(LH<BRNY) 
14. Eu disse (N*M) para ele, Maligno 
(RS C ) 
15. Eis que você se orgulha do que não é 
seu. Pertence ao pó, verme e larva. 
16. Olha, eu te barbeio [fora] para o céu. 
Eu barbeei-me. 
17. Imediatamente eu o beijei na cabeça 
e disse (N'M) para ele 
18. Que cresçam em Israel aqueles que 
fazem a vontade do Onipresente. 
19. Em relação a você é cumprido 
20. Num. 6:2 
4. A história é contada sobre (M l SH B) 
alguém que veio do sul para mim 
>> 
7. (NM), Meu filho, Por que [O que 
você vê para] destruir esse lindo cabelo 
8. (NM) „ „ „ 
9 
■'* » » „ 
10. „ „ „ do rio 
11. " uma 
12. meu impulso „ „ „ 
13 »» »» »» 
14 aaaa 
15. Você tinha o direito de ter ciúmes 
(GRH) apenas de algo que não é seu, algo 
destinado a se transformar em pó, verme 
e larva. 
16. Olha, cabe a mim fazer a barba 
[Omite: eu me barbeei] 
17. Eu abaixei minha cabeça „ „ „ 
18. Meu filho, " " " 
19 
' ' »» »» »»
 
sim, Ned. 1:1 =s. N / D%. 1:5 
[Variações em y. naz. 1:5 entre colchetes] 
1. DTNY 
2. [Omite o Rabino} 
4. veio até mim ( eu LH). 
5. Eu o vi corado ('DMWNY) com 
[Naz.: adiciona DMWT} 
6. organizado para ele em montes 
(TYLY TYLYM) [Naz. omite SDR] 
7. aa „meu filho—O que você viu para 
[= por que] destruir este „ „ „ 
8. Ele disse (NM) para mim, Rabi 
[Naz.: NWM'] 
9, 
10. ” ” ” para encher um balde (ML» 
S'WB) com água 
11. Eu vi (R'H) no meio da água 
12. meu impulso 
13. destruir ('BD) „ „ „ 
14. ,, ,, ,, 
15. „ „ „ [Omite: Pertence ao 
b. N / D%. 4b = b. Ned, 9a 
1 . TNY' 
2 »» »» » 
3. nunca (MYMY)—oferta pela culpa de 
um Naçir impuro, exceto por um homem 
4. veio até mim ( BJ ) 
5» aa „ 
6. arrumado para ele em cachos 
7. Eu disse ('MR)—meu filho O que 
você viu para destruir este lindo cabelo? 
8. „ „ „ ['MR] 
9. n a n para o meu pai 
10. „ a „ [desenhar, á'B] 
11* » » »> 
12. meu impulso „ „ „ 
13. para me conduzir (TWRDNY) „ „ „ 
14. „ „ „ ('MR), Base um (RYQH) 
15. Em que conta você se orgulha 
poeira, etc.] 
SIMEON THE JUST — SYNOPSES 47 
 
16. Cabe a mim santificá -lo para o céu 
17. „ „ „ [Naz.: Eu abracei e beijei] 
18. n » » 
19. A seu respeito, as Escrituras dizem 
20. „ „ „ 
o mundo que não é seu? Pois o seu fim será 
com verme e larva [Omite: poeira} 
16. Pelo culto [Omite: Lo (HRNY)] » » 
» 
17. Levantei-me e [no lugar de fiz a 
barba}. eu disse ('MR) 
18. Que na^iritas como você [Omita: 
quem faz a vontade...] 
19. Escritura diz [Em vez de está 
cumprido}
 
O Tosefta fica entre o beraita babilônico totalmente revisado e o Sifré Num. 
Melhorias importantes incluem a adição de meu filho (nº 7), este (nº 7), impulso 
no lugar do coração (nº 12) e, o mais impressionante, a revisão completa do nº. 
15 pelo qual a linguagem é grandemente esclarecida. Eu traduzi C SH em 
passivo, para ser feito , mas pode ser traduzido para fazer e produzir. O obscuro 
raspou minha cabeça de não. 16, que é uma dicção ruim, é alterada para uma 
cláusula na resposta de Simeon, inclinei minha cabeça. Essas mudanças não 
são fundamentais, mas superficiais e estilísticas. As várias versões certamente 
são interdependentes. As versões talmúdicas palestinas, que são próximas umas 
das outras, embora não idênticas em todos os aspectos, em geral seguem o 
Tosefta, como era de se esperar. Conta-se a história de Tos. não. 4 é 
corretamente omitido, mas o Yer. as versões adicionam várias palavras: ruddy, 
demut. O juramento a que incumbe - santificar ocorre, apenas para ser alterado 
no beraita babilônico para o exclamativo pelo culto. A referência ao verme e à 
larva do pó é omitida em ambas as versões talmúdicas palestinas, talvez não 
um lapso de um escriba, mas uma escolha literária definida. As diferenças mais 
importantes são, em geral, entre a versão mais antiga e a mais recente; as 
versões intermediárias são transitórias. 
As contas em Sifré Num. e B. naz. estão intimamente relacionados, pois 
todas as diferenças são mínimas. Nenhum elemento importante em uma conta 
é omitido na outra. Mas o beraita consistentemente fornece detalhes deixados 
de fora da versão do Sifré Num., por exemplo , Nazir impuro , explicando o 
que Simeão, o Justo, tinha contra as ofertas de culpa dos nazistas; veio para 
mim^ arranjado para ele (adição de sedurot lò) em cachos; meu filho 
acrescentou ao colóquio. A difícil linguagem do Sifré Num., MHR 'YT, que eu 
traduzi grosseiramente, Rapidamente deve ser , é corrigida em favor de um 
muito mais lúcido o que você viu [= o que fez você, por que] (ou seja, MH 
R?YT - não muito de uma mudança). A dicção é então melhorada com a adição 
deste lindo cabelo. O pastor agora trabalha para meu pai. FUI é substituído por 
draw, o que resolve a questão dos verbos duplicados nas versões palestinas (nº 
10), onde ocorrem ambas as raízes. O coração é descartado em favor do 
impulso (YSR), possivelmente mais coloquial. A mudança de TRD para C BR 
ou 'BD provavelmente é pelo mesmo motivo. Como não. 7, não. 15 é 
48 SIMEON THE JUST — SYNOPSES 
 
aprimorado no beraita pela inclusão da declaração mais completa e lúcida, 
formulada na forma de uma pergunta, Por que conta, seguida por uma 
declarativa Para seu fim,. . Tudo o que sobreviveu da versão Sifré é a referência 
padrão a poeira, verme e larva, e a escolha de PHZ e G'H. Da mesma forma no 
n. 16, o Lo é substituído pela linguagem de um voto, Pelo culto, Na ausência 
do juramento “pelo culto do Templo”, a força do voto é diminuída; pelo culto 
se intensifica lo, As mudanças nos n. 17 e 18 estão de acordo com os anteriores: 
eu me levantei e os naziritas acrescentam, no primeiro caso, uma expressão 
mais coloquial, no último, uma referência mais direta ao tipo de nazireus que 
Simeão espera que se multiplique. O general que faz o testamento é mais 
específico e preciso: Nazireus, A Escritura é colocada em diferentes formas de 
citação. Em Sifré Num. a Escritura se cumpre no nazireu; nas versões palestina 
e beraita é encontrada a linguagem comum no Talmude Babilônico, “As 
Escrituras dizem a seu respeito ...” 
É difícil negar que a versão beraita depende, e melhora, daquela do Sifré 
Num. Detalhes valiosos são adicionados à conta do Sifré. A linguagem é 
esclarecida e em vários pontos é feita de acordo com a dicção rabínica e a 
escolha de palavras. Embora algumas das diferenças possam representar apenas 
diferentes convenções linguísticas (N^^MR), a maioria delas aprimora a versão 
Sifré. A beraita , portanto, vem depois da versão em Sifré Num. Essa 
dependência não está apenas no esboço geral da história; as diferenças não 
estão em generalidades, mas em pequenos detalhes. Não podem ter sido contas 
independentes que circularam separadamente; a autoridade responsável pelo 
beraita parece ter tido a versão Sifré antes dele. 
As diferenças entre as versões do beraita em b. Ned. e Naz. são 
insignificantes. 
Se Sifré fosse datado depois das outras versões,o que chamamos de 
melhorias teria que ser considerado como corrupções de versões superiores 
anteriores. 
3. Histórias sobre Simeão, o Justo 
Das quatro histórias contadas ou contendo referências a Simeão, o Justo, 
duas são históricas e duas são de caráter milagroso ou sobrenatural, uma 
distinção que o narrador não teria reconhecido. As primeiras referem-se à 
preparação de Simeão para o sacrifício de uma novilha e à sua 
SIMEON THE JUST — SYNOPSES 49 
 
encontro com Alexandre da Macedônia. Os últimos são, primeiro, a história da 
mensagem celestial e, segundo, a lista de mudanças sobrenaturais na vida do 
culto, marcando a morte de Simeão. 
 
A Mishná é mencionada nas versões posteriores, mas não é citada 
textualmente. A referência a Yohanan, o Sumo Sacerdote, é deliberadamente 
omitida. Isso deixa uma lacuna, preenchida pela última compilação midráshica 
com a adição de novilhas. A outra mudança, pois ele fornece esse número justo, 
intensifica a força irônica da questão . TNY significa que o editor faz alusão à 
Mishná. Claramente, os materiais posteriores dependem dos anteriores, mas 
eles também aumentaram muito a Mishná, fornecendo o “fato” de que os sumos 
sacerdotes construíram desperdiçadamente a rampa mencionada em M. 
Parágrafo 3:6: “Eles construiriam um rampa do Monte do Templo ao Monte 
das Oliveiras. A suposição feita pelos mestres posteriores é que para cada 
sacrifício uma nova rampa foi construída. Mas isso deve se aplicar a todos os 
sacerdotes listados em 3:5, incluindo Simeão, o Justo. O problema é como 
distinguir Simeão, o Justo, um sumo sacerdote admirado pelos rabinos, de 
outros dessa mesma lista, que não são muito estimados. A história posterior do 
sumo sacerdócio é contada em cores escandalosas pela tradição farisaico-
rabínica. Nenhuma expressão limitada de restrições de hostilidade rabínica 
contra o falecido sacerdócio. Portanto, se alguém insinuar que todos os sumos 
sacerdotes fizeram o mesmo ato pródigo, Simeão deve ser imediatamente 
citado para mostrar que o ato não era desonroso. 
A inclusão do n. 5 não faz parte da citação da Mishná, embora ocorra sob a 
inscrição TNY. Não sei de onde deriva o beraita , para Tos. Par. 3:7 segue a 
Mishná no lugar pertinente. A inferência de que a rampa não poderia ser usada 
duas vezes foi 
extraída de M. Par. 3:5-6, mas não sabemos por que, ou quando era importante 
acrescentar à polêmica anti-sacerdotal este detalhe particular. Mas nesse ponto 
M. Parah 3:5 
1. Who made them? 
2. Simeon the Just and 
Yohanan the high priest 
made two each 
3. ----- 
a. Heifer 
y. Sheq. 4:2 
1. ------- 
2. ------- 
Pes. de R. Kahana 
1. ------- 
2. ------- 
4. ----- 
5. ----- 
6. ----- 
3. ‘Ulla objected before 
Mana, Lo it is taught (TNY): 
4. Simeon the Just made 
two [omits: each] 
5. He did not bring the sec-
ond out on the ramp on which 
he brought out the first 
6. Canyou say he was 
waste- ful [etc ] ? 
3. ---- [Here: Anony- 
mous\ Lo it is taught 
4. Simeon the Just made 
two heifers 
5. [Identical to y. Sheq.] 
6. Can you say that just 
man [etc]? 
50 SIMEON THE JUST — SYNOPSES 
 
o problema da inclusão de Simeão na lista teve que ser enfrentado. 
O terminus ante quem é meados do século III dC Claramente, o detalhe sobre 
a construção de novas rampas pelos sacerdotes circulou separadamente da 
Mishná e foi adicionado ao beraita posteriormente. No entanto, por si só, é 
incompreensível, pois um ditado Simeão não trouxe o segundo. não significaria 
nada fora do contexto de “Simeão, o Justo, fez dois”. 
O detalhe adicional do beraita dependia da Mishná, tendo sido adicionado 
posteriormente como um comentário sobre a Mishná 3:6, como eu disse. 
Portanto, não podemos considerar não. 5 como uma tradição independente. 
b. Alexandre 
b. Yoma 69a 
1. TNY' 
Lev, R. 15:5 See 
More 
1. ------- 
Pes, R, Kahana 
1. -------- 
Pes. Rabbati 
1. ------- 
2. Proibido chorar no dia 25 
de Tevet, dia do Monte 
Gerizim. 
2. ------- 2. -------- 2. -------- 
3. Kuteans pediu permissão 
para destruir o Templo, de 
Alexandre. 
3. ------- 3. -------- 3. -------- 
4. Ele deu permissão. 4. ------- 4. -------- 4. -------- 
5. Simeão, o Justo, usava 
vestes sacerdotais 
5. ------- 5. -------- 5. ------- 
6. e procissão organizada da 
nobreza israelita carregando 
tochas. 
6. ------- 6. -------- 6. -------- 
7. Quando a estrela da manhã 
surgiu, aproximou-se de 
Alexan der. 
7. ------- 7. -------- 7. -------- 
8. Quem são eles? judeus que 
se rebelaram contra você. 
8. ------- 8. -------- 8. -------- 
9. Em Antipatris o sol saiu e 
as procissões se reuniram. 
9. ------- 9. -------- 9. -------- 
10. Alexandre ressuscitou 
antes 
10. -------- 10. ^4. gostaria 10. [Como em 
Pes. Simeon, dizendo que se o 
visse antes da batalha, ele 
venceria. 
Os Kuteans 
perguntaram: 
Você se levanta 
antes de alguns? 
» » » 
diga, Bendito 
seja Deus de 
Simeão, o 
primeiro, 
Cortesãos: 
Vocês se 
levantam? R.: 
Ver rosto 
de R. Kahana.] 
11. Por que você veio? 11. -------- 11. ------- 11.-------- 
12. Você quer destruir o 
Templo onde eles oram por 
você e seu reino. 
12. -------- 12. ------- 12.-------- 
NEUSNER, As tradições rabínicas sobre os fariseus antes de 70, I 
13. Entregou Kuteans para 13. -------------13. --------------- 13. ---------------- 
Judeus, que os mutilaram e destruíram o Monte Gerizim. 
Claramente, não. 10, que interrompe a narrativa de b. Yoma 69a, distribuído 
separadamente. Foi colocado erroneamente no beraita babilônico, 
SIMEON THE JUST — SYNOPSES 51 
 
presumivelmente porque forneceu informações adicionais sobre o encontro de 
Alexandre com Simeão, o Justo. Mas isso não explicava seu favor aos judeus, 
pois logo em seguida Alexandre pergunta a eles (nº 11) por que os judeus 
vieram, e somente depois que eles explicam seu caso em termos favoráveis ao 
rei, ele atende ao pedido e, mais do que o pedido, também o direito de se vingar 
dos samaritanos. 
Se os materiais em no. 10 circularam por si mesmos, no entanto, então eles 
podem ser anteriores ao beraita , pois eles se encaixam bem demais para sugerir 
uma contaminação posterior. Eles presumivelmente foram moldados antes de 
ca. 250 AD, mas apareceu apenas nas últimas compilações midráshicas. Este é 
um exemplo em que a forma não editada de uma história pode ter circulado de 
forma independente no início, apenas para ser escrita muito tempo depois. Por 
outro lado, é possível que a beraita como a temos tenha sido a única redação 
da perícope sobre o respeito de Alexandre por Simeão, caso em que os 
compiladores midráshicos posteriores tomaram apenas uma parte dela, sem a 
menor referência ao contexto em qual havia aparecido originalmente. Lev. R. 
pressupõe a conexão incluindo Kuteans. Os Pesiqtas melhoram as coisas 
substituindo os cortesãos — não deixando nenhum problema quanto à 
identidade dos questionadores. 
c. Eco Celestial 
Para% s. Sof. 13:7 Parte A b. Sof. 33a e. Sof. 9:13 
(13:6) 
1. Simeão, o Justo 1. Mais história é contada 1. Conta-se a história que ouviu 
 (SWB M C SH B) de Simeão Simeão, o Justo, ouviu um 
o Justo que ouviu um eco da casa do Santo eco da casa do 
Santo dos Santos e disse dos Santos, que estava dizendo 
2. O decreto é an- 2. „ „ „ 2. -------- 
anulado (BTYLT 
<YBYDT>) 
3. qual o inimigo 3. „ „ „ 3. -------- 
(SN'H) disse (DY'MR) 
4. trazer 4. „ „ „ 4. -------- 
(LHYTYH) ao tem- trazer (L'YYT'H) 
por favor 
52 SIMEON THE JUST — SYNOPSES 
 
 
NB Tos. Sof. 13:7 Omitido Omitido 
Parte B 
A perícope das histórias de Simeão em Tos. Sof. 13:7 se divide em duas 
tradições separadas. A primeira tradição é representada aqui. A segunda ocorre 
na próxima sinopse (p. 52). para y. Sof. 9:13, o ponto da história é que Simeão 
ouviu um eco celestial. Esta versão, portanto, exclui a tradução aramaica dos 
decretos (nos. 2, 3 e 4), pois o uso do aramaico não é problema. Em outros 
aspectos y. Sof.não difere de Tos. nºs 5 e 6. A inscrição é simplesmente a 
história contada a respeito, sem referência a um comerciante tannaita. Para o 
Talmud e Tosefta babilônicos, por outro lado, o ponto da história é que a voz 
celestial falou em aramaico. Portanto ns. 2, 3 e 4 estão em aramaico, mas estes 
são substancialmente resumidos em hebraico nos nos. 5 e 6. No. 6 na verdade 
traduz não. 2! 
A relação do primeiro elemento nas três versões é bastante clara. O original 
era simplesmente Tos. Sof. não. 1. Isso é aumentado para fins editoriais com 
mais detalhes no relato talmúdico babilônico. Tanto o Talmude da Babilônia 
quanto o da Palestina incluem a história contada e fornecem a informação de 
onde veio a voz. Desse ponto em diante Tos. Sof. e B. Sof. são praticamente 
idênticos, exceto pelo aprimoramento da representação do verbo trazer e pela 
revisão da grafia do nome do inimigo. A adição do n. 8 em b. Sof. é claramente 
uma contaminação do relato anterior, sobre Yohanan, o Sumo Sacerdote 
(abaixo). A passagem é completamente sem sentido aqui. No.7 em Tos. está 
fora de lugar, para o ponto dos Tos. histórias não é que o eco falava aramaico. 
Esse é o ponto em b. Sof. 33a. É uma provável contaminação. 
As várias tradições, portanto, servem a propósitos bastante distintos. A 
questão é que Simeão ouviu como eco ou que os anjos falam aramaico, mas 
não podem ser ambos. A versão mais simples e pura do primeiro é y. Sof. 
Para% s. Sof. e B. Sof. foram então contaminados pela inclusão de ambas as 
tendências, resultando na flagrante repetição do nº. 2 no nº. 6. Se o ponto fosse 
que os anjos falavam aramaico, os elementos pertinentes deveriam ter sido Tos. 
Sof. nºs 1-4 e 7, ou b. Sof. nºs 1-4 e 9. Em nenhum dos dois não. 8 se encaixam 
em tudo. 
5. and QSGLGS has 
been slain [in Hebrew} 6. 
and his decrees are 
annulled [in Hebrew} 
7. and he heard them in 
the Aramaic language 8. 
 ---------- 
9. ------- 
» » >, 
GSQLGS 6» 
» » » 
7. [=9] 
5. GYYS GWLYQS has 
been slain [in Hebrew} 
6. and his decrees are an-
nulled [in Hebrew} 
7. ----- 
8. and they wrote down 8. ----------- 
the hour and it tallied 
9. And it spoke in the Ara- 9. -------- 
maic language 
SIMEON THE JUST — SYNOPSES 53 
 
O nº 1 da versão talmúdica palestina vem antes do nº. 1 da Babilônia. Mas a 
relação do resto dos elementos entre si não é clara para mim. Certamente sem 
Tos. Sof. deveríamos ter concluído que b. Sof. carne após a versão do Talmude 
Palestino. Representaria uma revisão completa para servir ao propósito do 
argumento pelo qual é citado no contexto babilônico. Portanto, a história teria 
sido revisada mais tarde na Babilônia. Mas essa suposição é impossível, já que 
a versão babilônica é, exceto por não. 8, praticamente o mesmo do Tosefta; na 
verdade, é quase certo que se baseia nisso. Portanto, temos que postular duas 
versões bastante separadas da perícope: Tos. + b. Sot., ou Tos. + y. Sof. Os dois 
podem ser baseados em uma história comum e simples, da qual os n. 5 e – na 
versão talmúdica palestina há uma reminiscência precisa. Se for assim, então 
y. Sof. é a mais antiga das três versões, seguida pela Tosefta, depois a 
babilônica baseada na Tosefta - uma estranha anomalia. 
Quanto à identificação do inimigo a que se refere o n. 5 de todos os três 
relatos, não temos ideia de qual nome é aqui traduzido em caracteres hebraicos. 
Não vejo lucro em tentar ler Caio Calígula em qualquer uma das representações 
consonantais diante de nós. 
d. milagres 
Tos, Sot, 13:7b y, Yoma 6:3 b, Yoma 39a-b 
1. ---- 1. Todos os dias que Sime- 1. TNW RBNN: No 
se o Justo estivesse vivo, [os quarenta anos que Simeão, o 
bode] não chegaria à metade . 
Quando Simeão, o Justo, morresse, ele fugiria para o deserto, 
e os sarracenos o comeriam. 
2. ------ 2. Todos os dias que Simeão 2. „ „ „ [Omite tudo- 
o Justo estava vivo, o lote dos vivos} o Nome surgiria na 
[mão] direita. Quando Simeão, o Justo, morria, ora surgia à 
direita, ora à esquerda. 
54 SIMEON THE JUST — SYNOPSES 
 
2*. ------- [2*. veja 7*] 2*. A pulseira vermelha seria 
 
ficar branco. Daí em diante, 
às vezes ficava branco, às 
vezes não ficava branco. [Ver 
y. Yoma 7* abaixo] 
3. Todo o tempo em que 
Simeão, o Justo, estava 
vivo 
3. dias „ ,, ,, 3. [Omite tudo vivo\ 
4. A lâmpada ocidental 
era contínua (TDYR) 
4. iria queimar (DLQ) 4. queimar [= y. Yoma) 
5. Quando ele morreu » » » 5. Doravante 
6. eles foram e tinha 
saído 
6. -------- 6.-------- 
7. Depois, algumas vezes 
apagou, outras vezes 
queimou 
7, 
1 • » » ,, 
*7. » » „ 
7*. ------- 7*. Todos os dias em que Si -
meon, o Justo, estava vivo, a 
tira vermelha ficava branca. 
Quando Simeão, o Justo, 
morria, às vezes ficava 
branco, às vezes ficava 
vermelho. 
[7*. = 2* acima] 
8. E o fogo do 8. Todos os dias etc., o fogo 8. [Omite todo-vivo] fogo de 
oferta de madeira foi con da oferta de madeira seria oferta de madeira era forte, 
tinuai nivelar e os sacerdotes não 
precisavam trazer lenha para 
o fogo, exceto as duas toras 
para cumprir o mandamento 
da lenha. 9. Uma vez que eles ar- 9. Uma vez que eles 
colocaram dois 
9.-------- 
acertou de manhã- registros de manhã 
ing, foi forte (HYTH 
MTGBRT) durante todo 
o dia 
» » » 
10. e eles ofereceriam 
sobre ele ofertas 
contínuas e ofertas 
suplementares e suas 
ofertas de libação 
10. ------- 10. ------- 
11. e acrescentaram 
apenas duas toras da 
oferta da tarde 
11. ------- 11. ------- 
12. Lev. 6:5 12. eles não acrescentaram 
nada o dia todo [omite 
Levítico 6:5] 
12. ------- 
13. Quando Simeão, o 
Justo, morreu 
13. „ „ „ 13. ------- 
14. a força (KH) 14. „ „ „ 14. Doravante, alguns 
da oferta de fogo di- vezes foi forte e 
minado (T§§) às vezes não era forte 
15. e eles não 15. - » „ 15 
abster-se de adicionar 
madeira durante todo o 
dia 
 „ 
SIMEON THE JUST — SYNOPSES 55 
 
 
16. E houve uma 
bênção sobre os dois pães 
e o pão da proposição. 
17. Os dois pães eram 
repartidos na Reunião 
('SRT) e o pão da 
proposição na festa 
(RGL) para todos os 
relógios. 
18. Alguns comeram e 
ficaram saciados, e 
alguns comeram e 
sobraram 
19. e apenas o volume 
de uma azeitona veio 
para cada um. 
20. Quando Simeão, o 
Justo, morreu, a bênção 
se foi... 
21. ----- 
16. bênção enviada sobre 
17. -------- 
18. Cada um ganharia um 
volume de olivas e „ „ 
19. [Veja acima; a ordem 
é invertida] 
20. bênção foi enviada no 
'omer e „ „ „ 
21. ---- 
22. Cada padre a quem 
chegasse o volume de uma 
azeitona 
—alguns comeram „ „ „ 
23. [Veja acima, a ordem é 
inversa.] 
24. Uma maldição foi 
enviada no 'omer etc. 
25. [Previu a própria morte] 
y. Joma 5:2 
1. --- 
2. Durante quarenta anos, 
Simeão, o Justo, serviu a 
Israel no sumo sacerdócio. 
No último ano, disse-lhes: 
Neste ano vou morrer. 
3. [Como acima] 
4 » » ,, 
5. Ele disse-lhes: Todos os 
anos que eu entrava na casa do 
Santo dos Santos, um velho „ 
„ „ 
6» „ » „
Eu. 
7. Hoje um velho 7. me 
encontrou vestido de preto e 
com capa preta. 
Ele entrou comigo, mas não 
saiu comigo. 
8. Após o festival, ele 8. 
adoeceu por sete dias e 
morreu. 
9. Seus irmãos, os 9. 
sacerdotes, abstiveram-se de 
abençoar com o nome 
[Inefável]. 
7. Este ano ele entrou 
comigo, mas não saiu 
comigo. [Omite roupas 
pretas] 
8. ------- 
9. ------- 
b. Yoma 39b b. Men. 109b 
1. TNWRBNN 1. DTNY> 
2. In that year in which 
Simeon the Just died 
2» » „ „ 
3. he said to them that in 
this year he would die 
3* » » „ 
4. They said to him, 
Whence do you know? 
4. » » >> 
5. He said to them, Every 
DayofAtonement an old 
man would meet me, 
dressed in white and 
cloaked in white. 
» »> » 
6. He would enter with 
me and leave with 
6* »> » », 
 
21. ------- 
56 SIMEON THE JUST — SYNOPSES 
 
 
10. Quando ele estava 
morrendo, ele disse a eles: 
Meu filho Onias etc. 
[O restante da história 
aparece apenas aqui.] [H. 
 ------------ ] 
10. ------- 
[11. Colóquio de R. Abbahu:O homem era o Santo.]
As mudanças no cenário sobrenatural do culto e a previsão de Simeão de que ele morreria 
são as seguintes: 
Para% s. Sof. 
13:7b 
1. Lâmpada 
ocidental 
2. Fogo de 
oferenda de 
lenha 
y. Joma 6:9 
1. Cabra 
2. Lote 
b. Yoma 39a-b 
1 lote 
2. Alça vermelha 
b. Homens. 
109b 
1. Morte 
prevista 
2. Nome 
Inefável 
y. Joma 5:2 
1. Orou 
muito tempo 
2. Previu a 
morte 
3. Bênção de 3. Ocidental 3. Ocidental 
pães lâmpada lâmpada 
 4. Alça vermelha 4. Fogo de 
oferenda de 
lenha 
 
 5. Incêndio de 5. Bênção de 
 oferenda de 
madeira 
pães 
 6. Bênção de 6. Previsto 
 pães morte 
7. Inefável 
 
Nome 
Se pudéssemos reconstruir uma fonte única e unitária subjacente às várias perícopas, 
logicamente seria mais ou menos assim: 
1. 
2. 
Dia da Expiação 3. 
4. 
5. 
6. 
Orou muito tempo 
Previu a morte e morreu 
Sacerdotes param de dizer Nome 
Inefável 
Depois que ele morreu'. Cabra 
Muito 
Alça Vermelha 
7. 
Culto diário 8. 
9. 
lâmpada ocidental 
Fogo de oferenda de lenha 
Bênção dos pães 
Os números 1-6 pertencem todos ao Dia da Expiação. Os números 7-9 se destacam como 
uma lista comparável, mas separada, de mudanças sobrenaturais. Surpreendentemente, 
Tos. Sof. preserva nos. 7-9 como uma perícope separada. Da mesma forma, b. Yoma 
39a-b, nos. 6-7, provavelmente circulado separadamente, como visto na versão idêntica 
em b. Homens. 109b. Lá, a perícope serve para apresentar o longo singleton sobre a 
sucessão de Simeão. O Talmude Palestino Yoma 5:2 também fornece o Yom Kippur per 
icope, mas sem os milagres relacionados ao culto daquele dia. Isso deixa as listas em y. 
10. ------ 
[H. --------] 
SIMEON THE JUST — SYNOPSES 57 
 
Yoma 6:3 e b. Yoma 39a-b, no qual os milagres de Yom Kippur são apresentados 
juntamente com os de Tos. Sot.; mas b. Yoma mantém os materiais de Yom Kippur 
separados dos outros milagres, enquanto y. Yoma insere não. 3, lâmpada ocidental, no 
meio dos outros. Podemos, portanto, tomar como certo que Tos. Sof. constitui uma 
perícope única e separada. As histórias sobre a previsão da morte de Simeão 
provavelmente também circularam separadamente, servindo assim a diversos propósitos 
editoriais posteriormente. A estes foram anexados os detalhes sobre o Nome Inefável ou 
a oração que durou muito tempo; nenhum deles fazia parte da história da previsão, mas 
ambos encontraram um lugar satisfatório. Os milagres relacionados com o serviço do 
Dia da Expiação também podem ter circulado por si mesmos, mas na forma diante de 
nós já foram contaminados pela lista de Tos. Sof. 
Quanto às relações entre os diversos componentes da pericopae , verificamos que a 
beraita babilônica impôs sua própria linguagem convencional, como seria de se esperar. 
Normalmente, isso significava escolher palavras comuns no hebraico rabínico babilônico 
e tornar detalhes vagos mais precisos e precisos, por exemplo, todos os dias de y. Yoma 
se torna nos quarenta anos, mas a substância dos vários milagres varia muito pouco entre 
as versões palestina e babilônica. As diferenças importantes são entre ambos e Tosefta. 
Assim Tos. Sof. 13:7b, n. 6, 9, 10, 11 e 17 não têm equivalente próximo, ou nenhum 
equivalente, em qualquer versão talmúdica. A versão babilônica, com certeza, 
transforma o particípio de y. Yoma 6:3 não. 16 em um verbo, adiciona 'orner (no. 20), e 
faz algumas outras alterações menores. Mas nos principais Tos. apresenta um contraste 
marcante com as versões dos dois Talmuds, e estes em geral se assemelham bastante. 
A beraita em b. Yoma 39b é inalterado em b. Homens. 109b. Imagino o editor de b. 
Homens. 109b retirou-o de materiais existentes para servir de introdução à história de 
real interesse para ele, sobre o Templo de Onias. Sem os materiais anteriores (nos. 1-9) 
a história contada por R. Meir poderia ter se sustentado por si só. A história da morte em 
b. Yoma 39b e y. Yoma 5:2 apresenta alguns contrastes. A versão tal mudic palestina 
explicita os quarenta anos, mas esse detalhe já havia ocorrido em b. Yoma 39a-b. Talvez 
o editor do beraita não tenha visto razão para repetir a Informação. Desde que eles. A 
perícope Yoma se destaca por si só, era natural incluir o detalhe mais concreto. Portanto, 
não podemos supor, neste caso, que a versão palestina tenha sido mais detalhada ou 
concreta do que a babilônica. O discurso indireto do beraita babilônico torna-se discurso 
direto (ou vice-versa) no nº 2. O detalhe sobre o velho vestido de branco é omitido
em não. 7 da versão palestina. Parece-me uma omissão impressionante, e é provável que 
o editor do beraita babilônico o tenha fornecido para completar a simetria da história. 
Ele também inventou nos. 8 e 9; não. 8 é absolutamente necessário para completar a 
história - isto é, Simeão realmente morreu. O número 9 não é essencial. De qualquer 
forma, a beraita babilônica provavelmente vem depois da versão palestina da mesma 
história e provavelmente depende dela. Os acréscimos não são derivados de uma tradição 
58 SIMEON THE JUST — CONCLUSION 
 
oral ou escrita separada que circula por si mesma, mas todas foram provocadas por 
considerações literárias e artísticas. Nenhum apresenta um detalhe de interesse histórico 
independente. 
III. CONCLUSÃO 
O material farisaico-rabínico sobre Simeão, o Justo, não contém material legal. Isso é 
impressionante, pois Simeão permanece (com Antígono) como o único “rabino” antigo 
que não deixou um único ditado legal. Outros na corrente da tradição decidiram pelo 
menos sobre a controvérsia de impor ou não as mãos (M. Ag. 2:2). As histórias sobre 
Simeon mal se relacionam com a lei. Além do único apotegma moral em M. Avot 1:3, 
não temos nenhum material que se possa chamar de teológico. O registro rabínico 
consistia principalmente de histórias sobre Simeão, algumas contadas por ele, outras 
registradas anonimamente. 
O conteúdo dessas histórias, por outro lado, é mais ou menos congruente com as 
tradições não farisaicas de Simeão. Ele era o sumo sacerdote. Ele cumpriu piedosamente 
as obrigações mais solenes do sumo sacerdócio, os ritos do Dia da Expiação e da novilha 
vermelha. Ele gozou do favor divino, demonstrado pelo recebimento de mensagens 
celestiais e também pelos eventos sobrenaturais característicos do Templo e do culto 
durante seu sumo sacerdócio. Seguindo R. Abbahu, podemos supor que a tradição 
farisaico-rabínica incluía o detalhe de que Deus acompanhou Simeão ao Santo dos 
Santos no Dia da Expiação . A tradição farisaico-rabínica não era clara sobre quando 
Simeão viveu. Uma escola predominante o colocou no tempo de Alexandre, o Grande. 
Mas Samuel parecia imaginar que Simeão era contemporâneo dos Macabeus, e os 
estudiosos modernos leram o nome de Caio Calígula ou mesmo Seleuco em outra 
perícope. Ainda assim, as tradições não dependem de nenhum período histórico 
específico. Mas todos eles apontam para uma memória farisaico-rabínica de um nobre e 
piedoso sumo sacerdote. 
Dois outros corpos de tradição sobre um Simeão, sumo sacerdote, descendem de 
outros círculos da antiguidade. Um deles é Ben Sira 50:1-21, no final do louvor de 
homens famosos. Visto que Ben Sira viveu não mais do que um século depois do Simeão 
de quem ele escreveu, podemos encontrar “o orgulho de seu povo, Simeão, o sumo 
sacerdote, filho de Onias” uma reminiscência histórica confiável. Este Simeão consertou 
e fortificou o Templo, melhorou o abastecimento de água, fortificou a cidade e 
desempenhou outras funções importantes do governo sacerdotal de Jerusalém. A visão 
de Ben Sira do sumo sacerdote quando ele saiu do santuário interior, “como a estrela da 
manhã entre as nuvens” e sua lembrança de Simeão em seu “manto glorioso, vestido... 
com soberba perfeição... como um cedro jovem no Líbano” em geral são congruentes 
com a tradição farisaica-rabínica similar. Mas essa tradição não reflete em detalhes o 
conhecimento do retrato de Simeão em Ben Sira. Nem umúnico motivo, detalhe ou 
SIMEON THE JUST — CONCLUSION 59 
 
imagem comum une os dois corpos de informação. Ben Sira não lista nenhum milagre , 
mas fornece um retrato do mundano administrador-sacerdote. O louvor dos rabinos 
encontra sua forma principalmente em milagres. 
III Macabeus 2:lff refere-se ao sumo sacerdote Simão, mas este sumo sacerdote não 
pode ter nada a ver com Simeão, o Justo da tradição rabínica . 
Nas Antiguidades Judaicas de Josefo (12:32, trad. Ralph Marcus, VII, p. 25, e nota 
pp. 732-6), encontramos uma referência explícita ao nosso Simeão: 
Com a morte do sumo sacerdote Onias, ele foi sucedido por seu filho Simão, que 
recebeu o sobrenome de Justo por causa de sua piedade para com Deus e sua 
benevolência para com seus compatriotas. 
Enquanto Josefo supostamente estudou a tradição farisaica, ele não se referiu ao ditado 
Avot, muito menos às histórias de milagres. 
O Simeão Justo da tradição farisaico-rabínica foi identificado com Simeão I (310-291 
ou 300-270 aC), filho de Onias I e neto de Yadua, ou com Simeão II (219-199 aC), filho 
de Onias II [ver S. Ochser, JE XI, pp. 352-4]. Na verdade, as tradições que consideramos 
foram divididas por vários estudiosos entre vários Simeões, incluindo Simeão Macabeu 
e Simeão, filho de Gamaliel I. Não adianta especular sobre os fatos históricos subjacentes 
a essas tradições frágeis. 
A probabilidade de qualquer uma das tradições rabínicas retratar com precisão o 
histórico Simeão, o Justo, é nula. Primeiro, as tradições são todas histórias altamente 
desenvolvidas, não lemas breves e fáceis de memorizar. Nenhuma das histórias pode ser 
reduzida a uma fórmula simples e sem adornos. Nenhuma delas revela as marcas de uma 
tradição oral que foi escrita e depois ampliada. As formas de todos os materiais são 
manifestamente tardias. Eles estão de acordo com o que é inteiramente familiar na 
literatura tanaítica e amo- raica, ao invés das formas mais primitivas que se poderia 
esperar com base nos lemas das Casas, como veremos. O Simeão histórico 
provavelmente viveu ca. 300 aC, antes da existência do próprio movimento farisaico, 
então não temos motivos para imaginar que os fariseus tivessem tradições de primeira 
mão. Mas as tradições rabínicas que temos não podem ser baseadas em materiais de 
grande antiguidade. Simeão, como Simeão b. Shetah, é um típico sacerdote justo. Ele, 
portanto, aparece em várias listas de coisas que bons sacerdotes fizeram e marca o fim 
de uma era de ouro. Qualquer lista de ritos significativos realizados sob os sumos 
sacerdotes nomeados naturalmente o incluirá, junto com Moisés, e com igual 
credibilidade. 
Uma tradição me parece mais do que rotina, e é a história de que Simeon ouviu um 
eco anunciando que um decreto foi anulado. Como veremos, esta mensagem está 
relacionada a outra que veio a Yohanan, o Sumo Sacerdote (João Hircano). Josefo 
preserva o mesmo ditado com praticamente as mesmas palavras. O que aconteceu, 
portanto, é que um incidente notável pertencente a um sumo sacerdote dos tempos 
60 SIMEON THE JUST — CONCLUSION 
 
antigos foi naturalmente expandido para incluir Simeão. 
A tradição de Simeão consiste nos seguintes tipos de materiais: 
Histórias de coisas que Simeão fez e disse*. mundo está em três coisas, conheceu 
Alexander; 
Eventos sobrenaturais*. decreto ouvido foi anulado, mudanças na vida sobrenatural 
do culto após a morte, previu a própria morte; 
Relatórios de cultos*. novilha preparada, comeu a oferta de nazireu. 
Desses tipos de materiais, nenhum é aparentemente mais confiável do que qualquer 
outro. Não temos motivos para supor que os mestres do século II dC tivessem em mãos 
mais do que um nome, Simeão (o Justo), e um interesse em moldar histórias sobre ele. 
Ele se junta à cadeia da tradição, como vimos, no início do século III, provavelmente não 
muito antes. O nome era conhecido antes dessa época, mas sua importância para os 
tanaim pode ser medida pela escassez de referências tanaíticas a ele: a novilha, a história 
do nazireu e recebendo eco - mas nenhuma lei, nenhuma exegese das Escrituras, nenhum 
dos materiais característicos de autoridades sobre as quais os rabinos afirmavam ter 
tradições substanciais . O resto da tradição de Simeão vem depois, mas não muda o 
quadro.
 
CAPÍTULO QUATRO 
ANTIGONUS DE SOKHO. YOSI B. YOCEZER 
E YOSI B. YOHANAN 
eu. ANTÍGONO DE SOKHO 
Além do apotegma em M. Avot 1:3, a única tradição pertencente a Antígono é a 
seguinte: 
... e que o temor do céu esteja sobre vós [como em M. Avot 1:3] — para que vossa 
recompensa seja dobrada na era vindoura. 
A. Antígono de Sokho tinha dois discípulos que costumavam estudar suas palavras. 
Eles os ensinaram a seus discípulos, e seus discípulos a seus discípulos. Estes passaram 
a examinar as palavras de perto e perguntaram: “Por que nossos ancestrais acharam 
adequado dizer isso? É possível que um trabalhador faça seu trabalho o dia todo e não 
receba sua recompensa à noite? Se nossos ancestrais soubessem que existe outro mundo 
e que haverá uma ressurreição dos mortos, eles não teriam falado dessa maneira.” 
B. Então eles se levantaram e se retiraram da Torá, e se dividiram em duas seitas, os 
Saduceus e os Boethusians: Saduceus nomeados após Sadoq, Boethusians após Boethus. 
C. E eles usaram vasos de prata e vasos de ouro durante toda a vida - não porque 
fossem ostensivos; mas os saduceus disseram: “É uma tradição entre os fariseus afligir-
se neste mundo; no entanto, no mundo por vir, eles não terão nada. 
(ARNa Cap. 5, trad. Goldin, p. 39) 
Comentário: A história nada tem a ver com o próprio Antígono, mas explica a 
formação das seitas saduceus e betusianas. A probabilidade de que os outros 
partidos tenham nascido no seio do farisaísmo e sejam meramente hereges é 
pequena. A perícope é um composto. Primeiro vem o longo relato da divisão dos 
discípulos em partidos conflitantes. Em segundo lugar, a parte C, E eles usaram, é 
uma unidade separada e distinta, na qual é repetida a crítica farisaica rotineira dos 
saduceus por sua prodigalidade. A ligação com o que precede é óbvia, mas artificial. 
A Parte A teria ficado sozinha. A parte B poderia ter sido interpolada, mas não 
poderia ter ficado separada, uma vez que uma perícope consistindo apenas em Eles 
surgiram e se retiraram não significaria nada. Uma perícope sobre
THE YOSFS — Il.ii.l 61 
 
os saduceus com o nome de Sadoq, além disso, não teriam nenhum interesse 
especial para os comerciantes farisaicos. A Parte C, portanto, permanece por si só 
como uma unidade separada e distinta. Pode ser que a frase de abertura seja parte 
do precedente. Eles se levantaram e se retiraram... anã usou.. . Mas então a 
explicação adicional vem de um comerciante amigo dos saduceus, ansioso para 
afastar a crítica farisaica da ostentação saduceu, explicando que era realmente por 
sólidas (para eles) razões teológicas. 
De qualquer forma, não temos nenhum texto semelhante, portanto não podemos 
especular sobre o que circulou em outros lugares em outras formas. Não temos idéia 
da época ou local da redação desta perícope. Isso deve depender de uma 
investigação mais cuidadosa sobre a data e o local da redação final do ARN. 
Finkelstein [Mavo, p. 36), argumenta que a parte C deve derivar de uma tradição 
boethusiana, dando razões semelhantes às aduzidas acima: “Como é possível que os 
sábios dos fariseus falassem em louvor do fundador da seita boethusiana...” Esta 
passagem é, portanto, "um remanescente da literatura saduceu". Se a passagem foi 
realmente moldada nos primeiros tempos, então o argumento de Finkelstein parece 
correto. Por outro lado, se ARN é o produto de um tempo muito posterior, quando 
as questões que separam o farisaísmo do saduceísmo há muito foram esquecidas, a 
perícope poderia muito bem ter sido composta em total ignorância do que os 
saduceus e boetous realmente diziam. O autor pode ter construído a história a partir 
de sua própria imaginação,respondendo às dificuldades filosóficas do dito de 
Antígono, pela construção de um pequeno colóquio dramático entre os discípulos, 
levando a uma ruptura histórica na “Torá”. Afligir-se neste mundo e não ter nada 
no mundo vindouro pode ser uma inferência tirada da pergunta na Parte A, É 
possível que um trabalhador faça seu trabalho... Nesse caso, a história não tem 
conexão histórica com o antigo saduceísmo. 
II. TRADIÇÕES DE YOSI B. YO € EZER E YOSI B. YOHANAN 
Além das cadeias Avot e Hagigah da tradição farisaica, os Yosi ocorrem nos seguintes 
materiais: 
I.ii.l. O rabino Eliezer diz: “A impureza de forma alguma pertence aos líquidos 
(MSQYN). VOCÊ pode saber que é assim, pois eis que Yosi ben Seredah [sic] deu 
testemunho ( C YD) sobre as águas [leia MY para BY] do matadouro, que elas estão 
limpas (DKYYN). 
O rabino c Aqiba diz... 
(Sifra Shemini Parashah 8:5, ed. IH Weiss, p. 55a) 
Comentário: Este é o primeiro ditado legal atribuído a um mestre farisaico. R. 
Eliezer cita aqui materiais redigidos em M. c Ed. 8:4. c Aqiba e Eliezer fornecem o 
mais cedo possível terminus ante quem. M.c Ed . inclui Yosi b. A opinião de Yo c 
ezer sobre outras questões legais também. O texto é imperfeito, pois o nome de Yosi 
é dado incorretamente. O texto aqui diz Eliezer, isto é, Eliezer b. Hircano. Em outro 
lugar é Ele c azar. 
O conteúdo do ditado legal é importante. Trata-se de leis de pureza, que 
inicialmente eram aplicadas apenas no Templo. Isso tende a sugerir que o dito em 
substância é genuíno, pois os mestres farisaicos, começando com Simeão, o Justo, 
62 THE YOSFS — ILi.l 
 
mais tarde foram associados na mente do movimento com o Templo e seus 
procedimentos. As primeiras leis do movimento farisaico pertenciam 
principalmente à lei do Templo, como em M. Hag. 2:2. Isso é apenas parte da 
tradição Yosi sobre as leis de pureza. A configuração em Sifra indica que o ditado 
foi redigido sob «auspícios de Aqiban. Mas esse fato não nos diz nada sobre 
possíveis mudanças na tradição para se adequar a um «ponto de vista de Aqiban; 
Não vejo nenhuma questão partidária no ditado. 
Yosi b. Yo c ezer não teria dito “originalmente”: “Testifico (que)...” Onde tal 
“testemunho” teria sido dado e com que propósito? A forma de testemunho parece 
derivar do estrato mais antigo de Yavne; se é mais cedo do que isso, não podemos 
saber agora. O dizer não é apenas uma revisão do discurso direto para o indireto. O 
que é interessante é a persistência de formulações aramaicas em ditos atribuídos aos 
primeiros fariseus. Se a língua dos primeiros mestres fosse o aramaico, a língua deste 
lema seria uma marca de autenticidade. Assim, o conteúdo e a linguagem neste caso 
sugerem, mas não provam, uma data anterior para o ditado. 
ILi.l. Quando Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém morreu, 
os cachos de uva cessaram (BTL), como está escrito: Não há um cacho para comer, 
minha alma deseja o primeiro figo maduro (Mic. 7:1). 
(M. Sot. 9:9) 
Comentário: Danby dá o significado de “cachos de uva” como “metáfora para 
aqueles de mérito excepcional”. A explicação midráshica do século III da palavra é 
“um homem em quem tudo existe”: 
O que significa cachos de uva (' §KWLWT )? Rav Judah em nome de Samuel 
disse: “Um homem em quem estão todas as coisas ['YS §HKL BW].” 
(b. Sot. 47b) 
Albeck (Seder Nashim, [Tel Aviv, 1954] p. 259) oferece o mesmo: “Homens em 
quem há sabedoria e boas ações”, seguindo b. Tem. 15b. Em suas notas extensas, p. 
393, ele lista uma série de referências nas quais a mesma etimologia ridícula aparece. 
SY Rapaport, 'Erekh Milin (Varsóvia, 1914) pp. 99-105 define-o como “escola, local 
de encontro dos homens instruídos”. Outra referência ao cacho de uvas, além de 
Miquéias 7:1, é Is. 65:8. O sentido da Escritura é o mesmo que em Aphrahat, 
Demonstração XXIII, Sobre o Cacho de Uvas, onde o “cacho de uva” simboliza o 
portador da bênção divina. Para Aphrahat é a bênção messiânica; para as fontes 
rabínicas e farisaicas, é o portador da verdadeira Torá única e unificada, oral e 
escrita, revelada
THE YOSFS — II.i.2 63 
 
a Moisés e transmitida por ele aos próprios fariseus. Esse “cacho de uvas” foi 
perdido ou escondido desde então até depois de Aqiba , como veremos. A partir desse 
momento, as controvérsias mancharam a tradição anteriormente unida e 
irrepreensível. Isso está explicitado em outros materiais. 
O ditado deve ser classificado como uma reminiscência muito tardia. Não 
sabemos quem originalmente disse que o primeiro dos pares era também o último 
dos cachos de uva e tirou disso a inferência de que a mudança após Yosi + Yosi não 
foi para melhor. Certamente não podemos imaginar que Yosi “um dia ensinou a 
seus discípulos, 'Meus filhos, Yosi e eu somos os últimos dos cachos de uva.'” Já 
que isso é óbvio, deve-se perguntar: Quem disse isso e por quê? Não sei. Mas como 
os Yosi estavam à frente do M. Hag. list, e como esta lista não pode vir depois de 
ca. 140 DC, parece que a autoridade responsável apareceria nos tempos de Ushan. 
O cenário é uma coleção de ditos sobre o fim da velha virtude. Quando os 
assassinatos se multiplicaram, um rito terminou; quando os adúlteros o faziam, -
outro; quando os Yosi morreram, os cachos de uva chegaram ao fim. Então vem 
uma interrupção sobre Yohanan, o Sumo Sacerdote, presumivelmente porque Yosi 
+ Yosi foram considerados seus contemporâneos. A sequência recomeça com o fim 
do Sinédrio, seguido por uma longa lista de mortes de antigos dignitários e o que 
terminou quando eles morreram. O todo na forma atual não pode datar de antes do 
século III, com certeza, mas neste caso não precisamos duvidar de que a lista foi 
composta de materiais um tanto anteriores. O editor não impôs consistentemente a 
esses materiais a forma Quando X morreu,y terminou, De qualquer forma, os 
ensinamentos originais dos Yosi não podem estar presentes aqui. 
Nota Epstein, Mishnah, pp. 684-5. 
II.Í.2.A. Para perushim (fariseus? Separatistas?) as roupas de um 'am ha* ares contam 
como sofrimento z^Zw-impureza. Para aqueles que comem as ofertas alçadas, as roupas 
dos fariseus contam como sofrimento 7?/zWra/-impureza. Para os que comem das coisas 
sagradas, as vestes dos que comem as ofertas alçadas contam como sofrimento z^À/rar-
impureza. Para aqueles que se ocupam com a água da oferta pelo pecado, as roupas 
daqueles que comem das coisas sagradas contam como sofrimento zar-impureza. 
B. Yosefb. Yo c ezer era o [mais] piedoso (HSYD) no sacerdócio, mas para aqueles 
que comiam das coisas sagradas, seu avental contava como sofrimento zzzzWr^Z-
impureza. 
(M. Ag. 2:7, trad. Danby, p. 214) 
Comentário: Como o anterior, isso deve ser classificado como uma reminiscência 
relativa a Yosi/Yosef b. Yo c ezer. Aqui Yosi serve como exemplo de um antigo 
sacerdote piedoso. Mesmo o melhor dos velhos sacerdotes virtuosos ainda servia 
como fonte de impureza. Qualquer outro nome — por exemplo, Simeão, o Justo — 
também serviria. Não imagino que o ditado tenha circulado separadamente da 
tradição sobre as condições de impureza midras . Ou seja, não temos um apotegma 
sobre a questão da impureza z^rar, apenas posteriormente anexado à lei. A 
referência ao exemplo de Yosi é um comentário sobre o ditado legal. 
O cenário é uma tradição sobre as leis de impureza do Templo. Certamente, os 
fariseus algum tempo depois do período do Templo afirmaram que as leis de pureza 
64 THE YOSrS — ILi.3 
 
do Templo se referem também ao consumo de alimentos não consagrados (hullin) , 
mas nenhum indício desse desenvolvimento está na formulação acima. Na melhor 
das hipóteses, no contexto das leis anteriores da perícope, a referência é a comer 
dízimos e outras ofertas sagradas, mas não alimentos comuns. M. Hag. 3:6 diz 
respeito à pureza para comer ou tocar em dízimos, ofertas alçadas, santidades 
(qõdesh) e coisas semelhantes, então essa visão parece provável. 
Mais uma vez observamos que o conteúdo das leis atribuídas aos primeiros heróis 
farisaicospertence às regras de pureza do Templo. Meu palpite é que os fariseus no 
início incluíam sacerdotes que rejeitavam os procedimentos dos sacerdotes do 
Templo, afirmando seus próprios pontos de vista sobre as leis de pureza do Templo 
e outros assuntos de culto (imposição de mãos). Mais tarde, o farisaísmo passou a 
aplicar essas mesmas leis para comer uma refeição comum, dizendo que a mesa do 
judeu é como a mesa do culto de Deus. Mas as disputas originais evidentemente 
centravam-se no próprio culto. A visão sobre comer comida comum em ritual de 
limpeza vem muito depois que o grupo farisaico alcançou plena autoconsciência, 
considerando-se totalmente separado do grupo do Templo e suas próprias tradições 
superiores às das escolas do Templo; assim, para o farisaísmo, o julgamento de um 
leigo era superior ao de um padre. 
II.Í.3.AR Yosi b. Yo c ezer de Seredah testemunhou sobre ( C L) (1) o gafanhoto Mj/7 
(QMS*) é limpo (DKY) e (2) que os líquidos nas ruínas do Templo são limpos 
(DKYYN) e (3 ) que aquele que toca um cadáver torna-se impuro (YQRB LMYTH 
MS'B). 
B. E o chamaram de “Yosah, o permissivo” (WQRWN LYH YWSH §RYY'). 
(M. 'Ed. 8:4, trad. Danby, p. 436) 
Comentário: Com exceção das palavras em itálico, toda a perícope está em 
aramaico. Em vez dos mais usuais TM' e THR, encontramos S'B (mista* av) e DKY 
(dekhê^ dekhayin). Assim como a linguagem da Megillat Ta^anit, a linguagem da 
opinião de Yosi não é traduzida para o hebraico rabínico-mishnaico. A fórmula 
hebraica no início (H C YD) é imposta pelo editor do material daquele dia . Mas 
obviamente os testemunhos de Yosi e outros da perícope derivam de mestres que 
não poderiam estar presentes. Não temos evidências definitivas das formas fixas nas 
quais os ensinamentos farisaicos foram transmitidos antes dos tempos rabínicos, 
mas esses materiais provavelmente fizeram parte desses ensinamentos. Podemos 
facilmente imaginar que o ensinamento começou simplesmente Yosi b. Você disse. 
A forma de três coisas é seguida aqui, com leis de pureza em vez de apotegmas 
morais. Um segundo exemplo são as revogações de Yohanan, o Sumo Sacerdote, 
MMS 5:15.
THE YOSTS — II.i.3 65 
 
Não sabemos quem o chamou de “permissor” (ou indulgente), ou quem tinha uma 
opinião oposta, de que o gafanhoto era capaz de impureza e que os líquidos eram 
suscetíveis. Podemos imaginar que alguém ensinou que os líquidos (sangue, água) 
poderiam receber impureza. Os comentários discutem ainda mais por que Yosi 
deveria ter decidido sobre o cadáver, uma vez que as Escrituras (Números 19:11,17) 
deixam isso perfeitamente claro. As várias distinções e explicações, é claro, não têm 
interesse aqui. Podemos supor que os sacerdotes do Templo, cujos ditos não foram 
preservados na tradição farisaica, sustentassem o contrário. Mas então por que o 
epíteto “Yosi, o permissivo” foi preservado pelos mercadores farisaicos mais tarde? 
Podemos considerar a tradição como um registro preciso do que as primeiras 
gerações de fariseus atribuíram a Yosi b. Yo c ezer. Talvez ele próprio, como 
sacerdote, tenha emitido tais decisões. Se ele fez isso, não foi no Templo, mas na 
festa e, portanto, o ensino contém uma das disputas farisaicas com as autoridades 
do Templo. As autoridades do templo então sustentavam o oposto, e podemos 
atribuir a eles tanto as decisões hipotéticas contrárias quanto o epíteto. 
Presumivelmente, os comerciantes farisaicos não consideravam o epíteto 
particularmente hostil e, uma vez que seria conhecido fora de seus círculos, eles não 
tinham motivos para suprimi-lo. Assim, as autoridades do Templo aplicaram uma 
regra mais estrita do que os fariseus: o gafanhoto podia receber impureza, e as regras 
de pureza pertenciam aos líquidos do matadouro do Templo — uma inconveniência 
considerável. O Templo em todos os aspectos deve ser mantido inviolável e as 
regras de santidade devem ser aplicadas o mais estritamente possível. Isso, de fato, 
mais tarde caracterizou os saduceus em questões de leis de pureza. As leis são 
rígidas, mas afetam apenas o Templo. Os fariseus tendiam a aplicar interpretações 
indulgentes a essas leis, mas as consideravam aplicáveis em todos os lugares, 
mesmo em conexão com refeições comuns. Os essênios eram igualmente rígidos, 
mas mantinham as leis apenas em sua comuna, onde presumivelmente era 
relativamente fácil fazê-lo. 
Quanto à classificação, a perícope contém um ditado legal anterior de Yosi b. Yo 
c ezer. O cenário Mishnaico, como eu disse, são tradições de Yavneh. Os outros 
mestres da mesma perícope, porém, não são apenas yavneanos. 
Em sua forma anterior à que está diante de nós, os ditos provavelmente foram 
originalmente dados como uma unidade, pois consistem em regras de impureza 
intimamente relacionadas em 1. gafanhoto, 2. líquido, 3. cadáver. Todos pertencem 
à principal questão legal sobre a qual a tradição farisaica atribuiu ensinamentos aos 
primeiros mestres. O princípio unificador não era o tema legal por si só, mas também 
uma forma unificadora: três coisas atribuídas a Yosi b. Yo c ezer. É verdade que as 
logias podem ter circulado separadamente e só mais tarde foram reunidas. Se assim 
for, os materiais farisaicos anteriores presumivelmente eram logias extremamente 
breves, de uma frase e simples, contendo regras da lei do Templo (impureza), 
principalmente no que diz respeito a questões de detalhes (gafanhotos, líquidos). 
Deixando de lado a atribuição (“R. Yosi b. Yo c ezer de Seredah testemunhou a 
respeito ”), encontramos o seguinte: 
[<L] 
'YL QMS' DKY 
[W<L] 
M$QH BYT MTBHY> [D>NWN] DKYYN 
[C] 
66 THE YOSFS — ILii.l 
 
DYQRB BMYT' MST'B [MS Kaufmann: MS'B] 
com a assinatura: 
WQRW LH YWSY SRY'. 
As palavras entre colchetes são o material de conexão. Como observamos, o 
primeiro conector (W C L) está em hebraico e leva adiante a introdução redacional 
do hebraico. O redator, então, deixou inalterada a substância do dito de Yosi. Isso 
novamente sugere que a assinatura faz parte de uma formulação pré-Yavneana. 
Deve-se procurar considerações mnemônicas nos presentes lemas, pois em ditos 
autênticos das casas geralmente podemos localizar o esquema de rimas ou pequenas 
unidades das quais os materiais são construídos. Que palavras ou elementos unem 
os três ditos? Claramente, DKY/DKYN junta-se ao primeiro e ao segundo. Caso 
contrário, eles não são equilibrados ou combinados. O que junta não. 3 a não. 2 é a 
sizígia limpo\impuro\ caso contrário, eles também não estão relacionados nem no 
assunto nem na dicção; não. 1 tem seis sílabas, não. 2 dez, não. 3 oito, então não há 
padrão inteligível ou esquema de rima. O princípio mnemônico pode, portanto, ter 
sido o tema limpo\limpo\impuro e apenas isso - um padrão não muito marcante. 
Durante séculos, o Templo conduziu seus negócios de acordo com as regras de 
pureza, presumivelmente aquelas das Escrituras conforme interpretadas pelas 
tradições dos sacerdotes. Se os fariseus levavam a sério os detalhes, deve ter sido 
porque as autoridades do Templo e a opinião farisaica se separavam principalmente 
nesses assuntos. É claro que não sabemos por que os fariseus acreditavam que o 
gafanhoto era puro. Por muitos séculos, as autoridades do Templo presumivelmente 
consideraram o líquido do matadouro como capaz de receber impureza. Por que 
apenas agora os farienses sustentam o contrário? Mais importante, por que e como 
isso se tornou uma questão partidária? 
Ver Epstein, Mevozot , pp. 505-6; Mishná , pág. 181. 
ILii.l. É impossível ('Y 5 P§Y) lançar uma censura (DWPY) contra qualquer um dos 
cachos de uva que surgiram para Israel desde quando Moisés morreu até Yosef ben Yoc 
ezer de Seredah e Yosef ben Yohanan de Jerusalém lem surgiram. Depois que Yosef ben 
Yoc ezer de Seredah e Yosef ben Yohanan de Jerusalém morreram, e até R. Judah b. Baba 
surgiu, é possível fazer uma reprovação contra eles. 
(Tos. BQ ed. Zuckermandel, p. 362, linhas 9-12) 
Comentário: NMÀWÜXS dão TSR, que segui em minha tradução . Outras versões 
confirmam esta leitura.Esta perícope obviamente não pode datar de antes de meados do século II dC A 
primeira cláusula, que é impossível reprovar qualquer um dos cachos de uva, 
poderia ter circulado separadamente, mas teria pouco significado, a menos que um 
contraste depois que eles morreram tivesse sido adicionado .
THE YOSFS — Il.ii.l 67 
 
Portanto, a perícope é uma unidade. Repreensão ( DWPY ) em outro lugar significa 
divisão ou controvérsia; o significado aparente, portanto, é que até o último dos 
cachos de uva, os mestres eram unânimes em todas as coisas, mas depois a 
controvérsia começou a se multiplicar na Torá. Isso é paralelo à história tardia de 
Antígono sobre o cisma dos saduceus e dos boetusianos. O ponto de vista é 
consistente com M. Hag. 2:2. A controvérsia da imposição de mãos começou com 
os últimos cachos de uva. M. Hag. certamente deu origem a este ditado. 
É surpreendente que uma tradição do segundo século, presumivelmente derivada 
do círculo do martirizado Judá b. Baba, a quem é creditada a ordenação de todos os 
alunos sobreviventes de c Aqiba, deveria ter afirmado que todas as gerações de 
sábios, desde os cachos de uva até c Aqiba, eram reprováveis. Claramente, questões 
legais importantes dividiram Yavneans e os posteriores c Aqibans. Ninguém poderia 
imaginar que o que distinguia os antigos dos modernos era a ausência de 
controvérsia entre a geração atual ou anterior. Mas se alguma outra censura além da 
controvérsia legal estava em mente, é igualmente intrigante. Temos aqui o que 
parece ser uma rejeição de toda a tradição farisaica de Yosi + Yosi até, e incluindo, 
«Aqiba. A fonte é uma coleção pós- Aqiban , portanto não podemos atribuir aos 
ismaeleus qualquer papel na formação da tradição. 
O ditado pode ser classificado como uma reminiscência posterior dos dois Yosi. 
Serve como uma interpretação do significado tâgrapecluster*. O que acabou? 
Irrepreensibilidade, perfeição, ausência de divisão, ausência de cisma. 
Imediatamente a seguir está a afirmação de que quase todo o Judá b. As ações de 
Baba foram para o bem do céu, exceto por uma menor: ele violou a lei contra a 
criação de gado pequeno na Palestina. A inferência deve ser tirada dos dois Yosi até 
Judá b. Baba, nem todas as ações dos mestres foram para o bem do céu - uma 
alegação estranha. 
Meu palpite é que a introdução dos dois Yosi serviu como um conveniente ponto 
de divisão e nada mais. Ou seja, uma vez que os cachos de uva estão em questão, e 
uma vez que o objetivo do editor da perícope é afirmar Judá b. Baba renovou a 
bênção dos cachos de uva, era natural referir-se à caracterização, conhecida a partir 
de materiais posteriormente colocados na Mishná, dos dois homens como o fim da 
velha linha de tradição e o início de controvérsias. O propósito do editor da perícope, 
portanto, é afirmar que Yosi + Yosi marcaram o fim de uma grande era. Mas se, 
como alegado, a lista de mestres farisaicos na época de Ushan começava com a de 
Yosi, então é difícil entender a referência aos dois homens como o fim de algo 
antigo. Em vez disso, eles devem ser o início de algo novo; portanto, eles devem ser 
considerados os primeiros cachos de uva, uma lista de nobres que termina com Judá 
b. Baba. Nesse caso, c Aqiba e todos os outros antigos não seriam listados entre 
aqueles que não eram considerados cachos de uva, mas estariam entre aqueles 
considerados como modelo para a geração vindoura, um sentimento certamente 
apropriado em Judá b. círculo de Baba. Os cachos de uvas devem terminar com Judá 
b. Baba - e este Judá, o Patriarca obviamente não poderia tolerar. Então ele 
abandonou completamente os materiais Toseftan e terminou os cachos de uva onde 
eles haviam começado anteriormente, com os de Yosi. Mas outras versões 
preservam precisamente esse julgamento. 
O cenário é uma discussão sobre a criação de gado pequeno na Palestina, uma 
decisão que veio muito depois dos tempos dos Macabeus. 
68 THE YOSFS — IILi.l, III.ii.1 
 
IILi.l. Mishná: Quando Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosef b. Yohanan de Jerusalém 
morreu, os cachos cessaram, como é dito, Não há nenhum cacho para comer ^ minha 
alma deseja o primeiro figo maduro (Miquéias 7:1). 
TNY: Todos os pares (ZWGWT) que surgiram desde a morte de Moisés até Yosi b. 
Yo c ezer de Seredah e Yosef b. Yohanan de Jerusalém se levantou, é possível colocar 
contra eles uma reprovação. Até R. Judá b. Baba surgiu, não é possível colocar uma 
reprovação contra eles. 
(y. Sot. 9:10, repr. Gilead, p. 44a) 
Comentário: Agora a tradição está invertida. A presente formulação “Tannaítica” 
da tradição Toseftan é que a última geração Tannaítica (= Judá, o Patriarca) é 
reprovável, mas os mestres de Yosi -f- Yosi a «Aqiba-Judah b. Baba não era 
repreensível, exatamente como sugeri. Obviamente, se a polêmica foi invertida, os 
fatos não podem ter mudado. Se por reprovação se entende cisma ou divisão, então 
o grande corpus de divisões das Casas de Hillel e Shammai, da controvérsia sobre 
a imposição de mãos e de outros materiais estava disponível para demonstrar o 
contrário. As gerações intermediárias foram comprovadamente falhas, sujeitas a 
reprovação. Portanto, a versão do Toseftan foi deliberadamente alterada, sem 
referência a informações contrárias. A censura da geração intermediária se 
transforma em louvor; o louvor dos discípulos de Judá b. Baba é transformado em 
reprovação. 
A configuração é clara. A gemara seguindo M. Sot. 9:9 diz: “Até R. «Aqiba e 
todos os pares surgiram, não havia cachos de uva...” Então TNY, e os fólios acima. 
The^z^nz, portanto, afirma que os tempos desde os últimos cachos de uva, os dois 
Yosi, até c Aqiba, eram irrepreensíveis e imaculados, e seguindo Judá b. Baba, os 
mestres, novamente eram reprováveis. Portanto, o significado da passagem TNY 
confirma a leitura da inscrição introdutória como a temos. Tudo é bastante 
consistente. 
E tudo é bastante contrário à versão anterior! Mas a coisa toda, além disso, 
contradiz a Mishná à qual está ligada. A Mishná afirma explicitamente que Yosi + 
Yosi foram o fim dos cachos de uva, com a implicação de que algo bom havia 
chegado ao fim, não que eles tivessem marcado o início de uma cadeia 
irrepreensível de mestres. A presente versão, portanto, é contrária tanto à Mishná 
quanto ao suplemento Toseftan à Mishná. 
III .ii.1. \Mishná: E estas são as leis declaradas na câmara superior de Hananias b. 
Ezequias b. Garon, quando subiram para visitá-lo. Eles fizeram uma contagem, e a Casa 
de Shammai superou em número
THE YOSTS — IILii.l 69 
 
a Casa de Hillel. E naquele dia eles promulgaram dezoito medidas. Gemara: E quais são 
as dezoito medidas? Aprendemos...^'j mãos.\ 
E as mãos. Os alunos de Shammai e Hillel [assim] decretaram? 
Shammai e Hillel decretaram [isso], como é ensinado (DTNY '): 
Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou (GZR) [a 
capacidade de receber] impureza sobre o 
terra dos povos e na vidraria. 
Simeão b. Shetah ordenou (TQN) um contrato de casamento para a esposa e 
decretou (GZR) [a capacidade de receber] impureza sobre utensílios de metal. 
Shammai e Hillel decretaram impureza nas mãos. 
(b. Shab. 14b) 
Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou impureza na 
terra dos povos e vidros. 
Mas os rabinos dos “oitenta anos” [antes da destruição do Templo] o fizeram, pois 
R. Kahana disse: “Quando R. Ishmael, filho de R. Yosi, adoeceu, eles enviaram a ele: 
'Rabi, conte-nos duas ou três das coisas que você declarou em nome de seu pai'”. 
“Ele respondeu: 'Assim disse meu pai: Cento e oitenta anos antes da destruição do 
Templo, o reino perverso se espalhou sobre Israel. 
“'Oitenta anos antes da destruição do Templo, a impureza foi imposta à terra dos 
povos e das vidrarias. 
“'Quarenta anos antes da destruição do Templo, o Sinédrio foi para o exílio e tomou 
assento nas salas de comércio...”' 
E você deve dizer, Eles [Yosi b. Yo c ezer e Yosi b. Yohanan] floresceu durante estes 
oitenta anos também,foi ensinado: 
Hillel e Simeão Gamaliel e Simeão governaram como patriarcas durante o [último] 
século de existência do Templo. 
Assim Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan foram muito antes... 
(b. Shab. 15a) 
Comentário: Este beraita pode ser classificado como um relato de uma decisão 
legal tomada pelos dois Yosi. Não podemos datá-lo com precisão, mas não pode 
derivar do século II aC, quando os dois mestres provavelmente estavam vivos, pois 
a formulação começa depois de Shammai e Hillel. O beraita pode ser comparado à 
lista de imposição de mãos de M. Hag. 2:2 e Avot 1:lff. Isto é, sua forma literária é 
uma cadeia de tradição farisaica, pertencente agora não à prática sacrificial ou às 
regras morais, mas às leis de pureza (pp. 11-23). A probabilidade é que o beraita 
diante de nós deriva de um período após o final do segundo século dC, pois é 
improvável que Yosi b. Halafta, pai de Ismael b. R. Yosi, teria enquadrado um 
ensinamento sobre a imposição da impureza na terra dos povos e sobre os vidros na 
ignorância de um beraita alegando que Yosi + Yosi eram as autoridades 
responsáveis. A discussão do Talmud deve ser considerada completamente precisa. 
A tradição rabínica reconheceu que os dois Yosi são muito anteriores a Hillel e 
70 THE YOSFS — III.ii.2 
 
Shammai, portanto vieram muitos anos antes do século final da existência do 
Templo. 
Por outro lado, pode ser que uma tradição diferente tenha existido ao lado de Yosi 
b. de Halafta. Se assim for, é impressionante que não tenhamos nenhuma evidência 
disso em nenhum corpus de tradições anteriores ao beraita babilônico. A literatura 
Z^ra/^ presumivelmente não se originou em um único lugar, tempo ou círculo de 
mestres. Algumas delas podem realmente ter vindo de escolas tanaíticas na 
Palestina. Mas no Talmude Babilônico, os beraitas freqüentemente dão evidências 
de terem sido moldados, ou pelo menos remodelados, nas próprias escolas 
babilônicas. A ausência de uma referência em uma compilação anterior de tradições 
ao suposto decreto dos dois Yosi e a presença de Yosi b. A tradição contrária de 
Halafta sobre o mesmo assunto sugere que a versão beraita era desconhecida de 
Yosi b. Halafta. 
Não consigo imaginar quem pode ter inventado a história, ou com que propósito. 
Nenhuma polêmica contemporânea me parece ter sido envolvida. Tampouco vejo 
uma relação com quaisquer outros ensinamentos dos dois Yosi que possam ter 
provocado a atribuição a eles de decretos semelhantes sobre a terra dos povos e 
sobre a vidraria. Os primeiros decretos referem-se todos à limpeza do Templo, não 
à extensão das leis de limpeza do Templo a assuntos tão remotos como a impureza 
de países estrangeiros, por um lado, ou à vidraria, por outro. Essas considerações 
eram importantes apenas quando as leis de limpeza eram observadas fora do 
Templo, bem como dentro dele, e quando muitos fariseus, portanto, estavam 
preocupados com a aplicabilidade das regras de limpeza à vida diária. Só então a 
decisão sobre vidraria e sujeira estrangeira foi importante. Por isso tendo a duvidar 
da precisão da atribuição. 
A questão permanece: Por que então atribuir a decisão não aos sábios dos “oitenta 
anos”, mas sim a mestres muito anteriores? Eu suspeito que a resposta iluminará 
não as antigas tradições dos dois Yosi, mas sim a mente de algum círculo dentro da 
escola de Judá, o Patriarca. Em y. Shab. 1:4, R. Yosi atribui o decreto a Judá b. 
Tabbai e Simeão b. Shetah. 
O cenário é uma discussão babilônica amoraica. Em sua forma atual, a beraita 
constitui uma cadeia de tradição. Os decretos reais atribuídos aos dois Yosi podem 
ter sido originalmente separados, mas foram reunidos para transmissão antes de 
chegarem ao editor do beraita. 
IV I.ii.2. TNY': R. Eleazar diz: “A impureza não pertence aos líquidos de forma 
alguma. Você deve saber [isso] pois eis que Yosef b. Yo c ezer de
THE YOSTS — IILii.3, 4, 5 71 
 
Seredah testemunhou a respeito do gafanhoto, que está limpo, e a respeito dos líquidos 
(M§QYN) do matadouro, que estão limpos.” 
(b. Pes. 16a) 
Comentário: O cenário é uma discussão sobre a opinião de Eleazar no contexto 
das opiniões de Meir, Judah, Yosi e Simeão. A discussão na verdade é anônima; os 
Tannaim são citados, não citados diretamente. O primeiro chamado 
AmoraisNahmanb. Isaque. O texto tem Ele cazar , não Eliezer. Mas o beraita lê R', 
que poderia produzir qualquer atribuição. Veja acima, I.ii.l para mais comentários. 
A impureza do cadáver é omitida. 
IILii.3. R. Eliezer diz: “A impureza não pertence aos líquidos. Você deve saber [isso] 
por lo, Yosi b. Yo c ezer de Seredah testemunhou sobre o ^//-gafanhoto, que está limpo 
e sobre os líquidos do matadouro [do Templo] (BYT MTBHY*), que estão limpos.” 
(b. Ned. 19a) 
Comentário: Ver I.ii.l. A configuração é a mesma que b. Pes. 16a. 
V II.ii.4. TNN: Rabino Yosi b. Yo c ezer de Seredah testemunhou sobre o gafanhoto 
^//, que é puro (DKN), e sobre o líquido (M§QH) do matadouro, que é puro (DKN), e 
aquele que entra em contato com o morto, (que) ele é impuro (QRB LMYT* Má*B); e 
eles o chamaram de Yosef que permite [alternativamente: Yosef o indulgente]. 
(n. AZ 37a) 
Comentário: Ver I.ii.l. O contexto é uma discussão entre R. Judah Nesi'a e R. 
Simlai. Várias coisas foram permitidas, e foi levantada a advertência de que 
“seremos chamados de tribunal permissivo”. Em seguida, o acima é citado. Mais 
tarde, no mesmo cenário, o beraita é mais discutido. R. Papa e outros explicam a 
que se refere o gafanhoto. 
VI I.ii.5. TNN HTM: Quando Yosef ben Yo<ezer de Seredah e Yosef b. Yohanan de 
Jerusalém morreu, os cachos de uva chegaram ao fim. 
O que são os cachos de uva? Um homem em quem estão todas as coisas. 
E Rav Judah disse em nome de Samuel: “Todos os cachos de uva que surgiram para 
Israel desde os dias de Moisés até Yosef b. Yo c ezer morreu aprendeu Torá como Moisés, 
nosso rabino. Doravante eles não aprenderam a Torá como Moisés, nosso rabino.” 
Em uma Mishná aprendemos: 
Não houve censura em todos os cachos de uva que surgiram para Israel desde os dias 
de Moisés até Yosef b. Yo c ezer de Seredah. Doravante havia reprovação neles... 
[Aqui é contada a história de um certo hasid em quem foi encontrada apenas uma 
única questão de reprovação, que ele criou uma pequena cabra na Palestina, o que é 
proibido.] E é um fato estabelecido conosco que sempre que lidamos com um certo hasid, 
refere-se a R. Judah b. Baba ou R. Judah b. Ilai. 
Agora [esses] rabinos viveram muitas gerações depois de Yosef b. Yo c ezer. 
72 THE YOSTS — IV.i.l, 2 
 
R. Joseph disse: “[É a] censura da imposição de mãos [controvérsia].” 
Mas não Yosef b. O próprio Yo c ezer difere com referência à lei da imposição de 
mãos? 
Quando ele diferiu, foi em seus últimos anos, quando seu coração enfraqueceu. 
(b. Tem. 15b-16a) 
Comentário: Ver ILii.l. A configuração é autônoma. Não há conexão aparente 
com os materiais anteriores. Para Samuel, a reprovação foi um aprendizado 
deficiente. R. Joseph interpreta “reprovação” como divisão ou cisma. A questão é 
levantada: como podemos dizer que Yosi foi irrepreensível quando ele próprio 
participou da controvérsia? Portanto, o significado de DWPY, conforme declarado 
acima, deve ser cisma ou controvérsia. 
A referência a uma Mishná que aprendemos , é claro, é imprecisa, uma vez que 
os materiais aparecem em um beraita tardio. 
VII il Não R. Ze c ira b. Abuna em nome de R. Jeremiah diz: “Yosef b. Yo c ezer de 
Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou impureza sobre a terra dos povos e 
sobre utensílios de vidro”? 
Rabi Yonah disse: “Rabi Judah b. Tabbai [fez isso].” 
R. Yosi disse: “Rabino Judah b. Tabbai e Simeão b. Shetah decretou impureza em 
utensílios de metal. Hillel e Shammai decretaram sobre a limpeza [TZ?] das mãos.” 
(y. Shab. 1:4, repr. Gileade p. 11a) 
Comentário: Ver III.ii.1. Aqui temos ainda outra discussão sobre o decreto sobre 
a impureza na terra dos povos, mas esta não deixa dúvidas quanto aopapel dos dois 
Yosi. Isso nos permite datar a formação do beraita (III.ii.1) pelo menos na época 
de R. Jeremias, meados do século IV, e R. Yonah do mesmo período. É claro que 
até então não havia uma tradição bem estabelecida sobre quem era o responsável 
pelo decreto. 
VIII .2. R. Ze c ira, R. Abuna em nome de R. Jeremias
diga: “Yosi b. Yo c ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou impureza 
na terra dos povos e nos utensílios de vidro .” 
R. Yuda disse, Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah decretou [impureza] em 
utensílios de metal. Hillel e Shammai decretaram sobre a limpeza das mãos. 
(y. Pes. 1:6, repr. Gileade p. 6b) 
Comentário: Ver IV.il 
IV.i.3. [Simeão b. Shetah fez três ordenanças, que um homem pode fazer negócios 
com o contrato de casamento de sua esposa, que os filhos devem ir à escola; e ele 
decretou a impureza em relação aos vasos de vidro.] 
O rabino ZeYa R. Abuna, em nome de R. Jeremiah, não disse: “Yosi b. Yo c ezer 
de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou [a capacidade de receber] 
impureza na terra dos povos e nos utensílios de vidro”. 
THE YOSTS — IV.i.3, IV.ii.l 73 
 
Rabi Yosi disse: “R. Judá b. Tabbi [fez isso].” 
O rabino Yonah disse: “Judá b. Tabbi e Simeão b. Shetah decretou sobre 
utensílios de metal, e Hillel e Shammai decretaram sobre a limpeza das mãos...” 
(y. Ket. 8:11, repr. Gilead p. 50b) 
Comentário: Ver IV.il 
IV.ii.lA Foi perguntado se os rabinos discordaram de R. Simeon b. Gamaliel está 
deserdando os filhos perversos] ou não? Venha ouvir sobre: 
B. Yossef b. Yo c e%er tinha um filho que não se comportava direito. 
[O que se segue está em aramaico] 
Ele tinha um loft [cheio de] denários, Ele ressuscitou e o santificou [para o 
Templo]. 
C. Ele [o filho] foi e se casou com a filha do fabricante de coroas de Yannai, o 
Rei. Ela deu à luz um filho. Ele [o marido] comprou um peixe para ela. Ao abri-la, 
encontrou uma pérola nela. 
D. Ela lhe disse: “Não o mostre ao rei, pois ele o tirará de você por uma pequena 
quantia em dinheiro. Vá e mostre aos tesoureiros [do Templo]. Mas não sugira o 
preço, pois dizem que fazer uma oferta ao Altíssimo é como [na verdade] dar [algo] 
a uma pessoa comum. Mas deixe -os declarar seu valor.” 
E. Ele trouxe. Eles o avaliaram por treze lofts de denários. 
Eles disseram a ele: “Sete estão [disponíveis] e seis não”.
74 THE YOSTS — IV.ii.l 
 
Yosi b. Yo c ezer e 
Yosi b. Yohanan 
EU 
tanaítico 
Midrashim 
ILi 
Mishná 
ILii 
Tosefta 
IILi Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara 
Palestina 
1. Quando eles 
morreram, os cachos 
de uva cessaram 
 
M. Sot. 9:9 
 
2. Reprovação contra 
cachos de uva 
 Para% s. QB 8:13 y. Sof. 9:10 
3. Impureza da terra 
dos povos e vidraria 
 
4. Imponha as mãos 
sobre o sacrifício 
 M. Hag. 2:2 
5. Deixe a casa ser 
um local de encontro 
- deixe a casa aberta 
 M. Avot 1:4-5 
 
Yosi b. Yo^zer 
Sozinho 
EU 
tanaítico 
Midrashim 
ILi 
Mishná 
ILii 
Tosefta 
IILi Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara 
Palestina 
75 THE YOSTS — IV.ii.l 
 
1. Limpeza de 
fluidos no matadouro 
do Templo 
2. Era o mais 
piedoso do 
sacerdócio, mas 
sofreu midras- 
impureza 
3. Mj//7-locust clean 
4. Cadáver-não-
limpeza 
5. Filho deu pérola a 
Temple 
6. sobrinho se matou 
Sifra 8:5 (Eliezer) M. 'Ed. 8:4 
M. Hag. 2:7 
M. 'Ed. 8:4 
M. 'Ed. 8:4 
 
THE YOSFS—IV.ii.l 76 
 
 
III.ii 
Materiais Tannaíticos 
na Guemará 
Babilônica 
IV.i Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Palestina 
IV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V ARN 
VI Compilações 
posteriores de 
Midrashim 
 
b. Tem. 15b-16a 
b. Sab, 14b-15a y. Shab. 1:4 
y. Pes. 1:6 
y. Ket. 8:11 
 
 
m.ii 
Materiais Tannaíticos 
na Guemará 
Babilônica 
IV.i Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Palestina 
IV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V 
ARN 
■—— 
VI 
Mais tarde 
Compilações de 
Midrashim 
THE YOSFS—IV.ii.l 77 
 
b, Pes. 16a 
b. Ned. 19a 
b. AZ 37a-b 
b. Pes. 16a 
b. AZ 37a 
b. AZ 37a 
 
b. BB 133b 
 
Lev. R. 65:27 
78 THE YOSTS — Vl.i.l 
 
Ele lhes disse: “Dê-me sete. Quanto aos seis, [em hebraico] Eis que eles são 
santificados para o céu” 
Eles foram e escreveram: “Yosef b. Yo c ezer trouxe um [loft de denários] e 
seu filho trouxe seis [lofts].” 
F. Alguns dizem: “Yosef b. Yo c ezer trouxe um e seu filho tirou sete. 
(b. BB 133b) 
Comentário: A configuração é uma consulta anônima sobre o suporte 
para Simeon b. opinião de Gamaliel. Nenhum mercador ou mestre 
nomeado participa da discussão. A linguagem muda do hebraico para o 
aramaico, depois na forma convencional associada à transação do Templo, 
de volta ao hebraico, em itálico. 
O beraita é um singleton. Não temos ideia de quando, por que ou onde 
foi escrito. Pode ser classificado como uma narrativa biográfica e, além 
de Vl.il, é o único exemplo de biografia nas tradições Yosi. Tal como está, 
as partes C, D e E formam uma narrativa única e unificada. A parte F é 
anexada como uma revisão de E. Mas não poderia ter circulado 
separadamente, pois teria pouco significado fora do contexto de alguma 
história, se não desta, a não ser como uma alusão. Por outro lado, 
certamente tem a ressonância de um ditado conciso. A inscrição, parte A, 
fica bem separada. O problema é a parte B. Serve agora para apresentar a 
história do filho de Yosef, que não tem nome. Mas a parte C começou, O 
filho de Yosef b. Você se casou com a filha de... então a cláusula 
introdutória teria sido supérflua. Então a parte E se refere à parte B. 
Suponho que as partes B e C poderiam ter gerado uma história bem 
diferente daquela das partes C e D. 
Vl.ilA Yaqim de Serurot era sobrinho de R. Yosi b. Yo c ezer de Seredah. 
Ele estava montado em seu cavalo. Ele foi até a viga na qual ele [Yosi] seria 
enforcado. 
Ele lhe disse: “Veja o cavalo em que meu mestre montou para mim e veja o 
cavalo em que seu mestre montou você”. 
Ele disse a ele: “Se ele faz assim para aqueles que o irritam, quanto mais 
[bem ele fará para] aqueles que fazem a sua vontade.” 
Ele disse a ele: “Alguém fez a vontade dele mais do que você?” 
Ele disse a ele: “Se sim para aqueles que fazem sua vontade, quanto [pior 
ele fará para] aqueles que o irritam.” 
O assunto o perfurou como o veneno de uma cobra, e ele foi e trouxe sobre 
si os quatro modos de morte infligidos pelo tribunal: apedrejamento, 
queimadura, decapitação e estrangulamento. 
B. O que ele fez? Ele trouxe um poste e o plantou na terra, ergueu em volta 
dele um muro e amarrou nele uma corda. Ele fez uma fogueira na frente 
THE YOSTS — Vl.i.l 79 
 
dela e colocou uma espada no meio [do poste]. Ele se enforcou no poste, e a 
corda queimou, e ele foi estrangulado. A espada o atingiu, enquanto a parede 
[de pedras também] caiu sobre ele, e ele foi queimado. 
C. Yosi b. Yo c ezer de Seredah cochilou e viu seu caixão voando pelo ar. 
Ele disse: “Por uma breve hora ele me precedeu no Jardim do Éden”. 
(Gen. R. 65:27, ed. Theodor-Albeck, II, pp. 742 1. 5 
a 744,1.1 = Midrash em Salmos 11:7, Braude, I, pp. 
166-7) 
Comentário: Este é um singleton, aparecendo em uma compilação 
tardia, sem conexões no tema ou em detalhes com quaisquer tradições 
antecedentes em Yosi b. Yo c ezer. Não sabemos como a história foi 
moldada e não temos nenhuma ideia sobre as fontes de Yosef b. Yo^zePs 
suposto martírio. Tal como está, a história está bem separada e fora das 
outras tradições de Yosef b. Yo c ezer. Se Yaqim tivesse sido associado a 
qualquer outro nobre antigo, não teria feito diferença para o conteúdo da 
história, que aparentemente é um eco de uma das várias lendas do martírio 
de Aqiba . A parte B é interpolada, uma explicação explicando o anterior. 
A identificação de Yaqim de Serurot com Alcimus de I Macc. 7:16 e a 
alegação adicional de que Alcimus era sobrinho de Yosi (!) são 
infundadas; as várias opiniões históricas baseadas nessa identificação são 
absurdas. 
m. SINOPSES 
A. Yosi b. Yo^e^er e Yosi b. Yohanan 
2. Não é possível2. é possível _ 2. Não havia neles 'à.sxy 
coloque reprovação contra 
eles. 
 reprovação 
3. E até que surgiu Judá 3. » » n 3. -------- 
b. baba [omite: e] 
1. Reproach against Grapeclusters 
Tos. B.Q. 8:13 y. Sot. 9 y. Sot. 9:10 b. Tem. 15b-16a 
1*. And Rav Judah said in the 
name of Samuel, All the 
grapeclusters „ „ „ 
from the days of Moses until 
Yosef 
b. Yocezer died would learn 
Torah like Moses our rabbi. 
Thenceforward, they did not 
learn Torah like Moses our 
rabbi. 
1. All the grapeclusters that 
arose from Israel from when 
Moses died until Yosef b. 
Yocezer of Seredah and Yosef 
b. Yohanan of Jerusalem 
1. TNY: Pairs 1. TNY’: All the grape-
clusters that arose for Israel 
from the days of Moses until 
Yosi b. Yocezer died 
80 THE YOSTS — SYNOPSES 
 
4. É possível colocar contra 
eles reprovação 
4. Não é possível 4. Dali em diante, havia neles 
reprovação 
Os Tos. foi muito truncado na transmissão para o beraita babilônico, não 
menos para a versão palestina. Quanto a esta última, já observamos que o 
sentido da tradição foi invertido. O beraita começa com o ensinamento em 
nome de Samuel sobre o estudo da Torá, seguido por TNY' como em 1* acima. 
Parece representar, na melhor das hipóteses, uma paráfrase de Tos. Yosi b. 
Yohanan foi descartado em ambas as partes da versão talmúdica babilônica; 
Judá b. Baba (no. 3) também é omitido aqui, mas é mencionado na discussão 
talmúdica imediatamente seguinte. Isso prova que o beraita originalmente não 
continha nenhuma referência a ele, pois, se tivesse, a discussão subsequente, 
destinada a mostrar que Judá é referido, teria sido supérflua. O beraita 
babilônico, portanto, atraiu o ferrão do Judá b. Baba-tradição, deixando a 
impressão de que, embora o fim dos cachos de uva concluísse a virtude dos 
velhos tempos, nenhum sábio em particular mais tarde pode ser creditado por 
retornar àquela antiga glória. Sem o louvor de Judá b. Baba como o restaurador 
do antigo mérito, o beraita foi privado de sua antiga relevância contemporânea. 
Ele permanece meramente como um suplemento não intencional ao cacho de 
uvas-Mishná. 
Imagino que a beraita foi moldada após a versão em Tos. BQ, de fato depois 
de Rav Judah (d. 299), a linguagem de cuja citação de Samuel sugere que a 
formulação original de Tos. BQ era desconhecido. Se fosse do conhecimento 
de Rav Judah (Samuel), ele teria se referido diretamente a ele e não teria 
oferecido sua própria formulação, envolvendo o estudo da Torá, da mudança 
na história do cacho de uva. 
Alternativamente, Samuel-Rav Judah conhecia Tos. BQ, mas, por seu 
aspecto político (Judá b. Baba), preferiu formulá-lo em outros termos bastante 
originais, mas neutros. Mas o beraita de qualquer maneira alcançou o mesmo 
fim. Pode, com certeza, ter sido formulado após o Judá b. Baba-versão e 
circulou de forma independente a partir de então. A omissão de Yosi/Yosef b. 
Yohanan mais tarde não poderia ter sido consequente. Ele era apenas um nome 
em uma lista. Ninguém tinha laços com ele ou acesso direto às tradições 
originalmente derivadas dele.
THE YOSI’S — SYNOPSES 81 
 
2. Impureza da Terra dos Povos e Vidros. 
b. Shab. 14b y. Shab. 1:4 y. Pes. 1:6 y. Ket. 8:11 
1. DTNY' 1. Não R. 1. Não R. 1. Não „ „ 
 Ze c ira b. Abuna Ze'ira R. Abuna 
2. Yosi + Yosi 
em nome de R. 
Jeremias diga 
» » 
 
2. Yosef 4- Yosef 2. Yosi 4- Yosi 2. Yosi -|- Yosi 
3. decretou -
impureza 
3 »> » JJ 3 » » » 3 JJ JJ JJ 
4. na terra dos 
povos 
4. 
4. » > » » 
4 JJ JJ JJ 
5. e no vidro » »> JJ 5» JJ » JJ 5. JJ >» JJ 
porcelana 
5*. -------- 5*. R. Yonah 5*. „ JJ „ 5*. R. Yosi disse, 
 disse, Judá b. Judá b. tabbi 
 Tabbai R. Yonah disse, Judá 
b. Tabbi e Simeão b. 
Shetah decretou... 
6. Simeão b. 6. E Simeão 6. [= e. Sab.] 6. [Como acima] 
Shetah ordenado 
(TQN) 
b. Shetah decretou 
 
7. acordo de 
casamento para 
uma esposa 
7. -------- 7. ------- 7. ------- 
8. e decretou 
impureza em 
utensílios de metal 
o 
JJ JJ JJ 
o 
JJ JJ JJ 
8» JJ JJ JJ 
9. Shamai e 9. Hillel e 9. Hillel e 9. Hillel e 
Hillel decretou Shamai „ „ „ Shamai „ „ „ Shamai „ „ „ 
10. impureza io. „ „ „ 10. limpeza 10. limpeza 
nas mãos JJ JJ JJ JJ JJ JJ 
O que o Talmud Babilônico conhece como um beraita supostamente formulado por 
Tannaim está disponível para o Talmud Palestino apenas nos nomes dos Amoraim 
Palestinos do século IV da Babilônia (Jeremias, Zé Cira ). Com exceção do contrato de 
casamento (nº 7), os materiais são quase idênticos em todos os assuntos importantes. 
As variações estão em detalhes menores como os nomes Yosi/Yosef. As versões 
palestinas são virtualmente idênticas umas às outras. b. S + H de Shab. é a melhor 
ordem; e a impureza (nº 10) deve ser mais precisa do que a limpeza, o que não faz 
sentido. Mas a inclusão do n. 7 é irrelevante para decretos sobre leis de pureza - de fato, 
a linguagem TQN é substituída, obviamente de forma insatisfatória, por GZR, de outra 
forma usada em todo o texto. Alternativamente, o beraita diante de nós foi contaminado 
por materiais de outras fontes. 
82 THE YOSTS — SYNOPSES 
 
B. Yosi b. Você está sozinho 
1. Limpeza de Fluidos no Matadouro do Templo 
Sifra 8:5 See More 
1. O rabino Eliezer 
diz 
M. 'Ed. 8:4 
1.-------- 
b. Pes. 16a 
1. WHTNY': 
Ele'a^ar 
b. T 
1. 
19a 
[Como b. Pes.] 
b - -4.Z. 37a 
DTNN 
2. Impureza 
(TWM'H) etc. 
2.-------- 
9 »> » JJ 
2. 
ii ii ii 
2. _ __ 
3. Você deve saber 
que é assim 
3.-------- 3. [Omite: isso\ 4. 
» » » 
3. [Como b. Pes.] 3. ____ 
4. pois eis que Yosi 
b. Seredah 
testemunhou sobre 
4. [Omite: pois eis; 
Acrescenta: b. ro < 
«^].................... 
4. [Como b. Pes.] 4. »» nn 
4* e ____ 4*. em 'ayil- QMS> 
DKY 
4*. DKN 4*. [Como b. Pes.] 4*. „ „ DKN 
5. BYMTBHY' 
5. e no fluido do 
matadouro (MSQH 
BYT MTBHY') 
5. MSQYN 5. [Como b. Pes.] 5. MSQH 
6. que [eles são] 
 puros 
(DKYIN). 
6. que eles são puros 
(D'YNWN DKYN) 
6* » » um DKN 6. 
ü ii ii 
6. DKN 
7. -------- 
7. E aquele que toca 
um cadáver é impuro 
(WDYQRB BMYT' 
MáT'B) 
7. -------- 7. 7. [Como em 
Mish nah] LMYT' 
MS>B 
8. ------- 8. E eles o 
chamaram de Yosi, 
o 
 indulgent
e 
(WQRW LH YWSY 
§RY>) 
8. -------- 8. 8. [Como em 
Mish nah] LYH 
YWSP 
 
A citação da Mishná em b. AZ 37a é preciso e revela apenas pequenas 
variações, nenhuma das quais altera o significado. As versões Z^raz/^ de b. 
Pes. e B. Ned são idênticos. Ambos diferem marcadamente da Mishná em 
omitir nos. 7 e 8. Mas a comparação real é entre Mishná e Sifra. Sifra é mais 
curto, deixando de fora tudo menos a questão dos fluidos (nos. 5-6). As 
decisões, entretanto, dizem respeito à impureza . Suponho que a Mishná 
preserva a formulação mais antiga do ditado, ou seja, a lista completa em 
aramaico. Então Sifra apresenta apenas parte dela, para fins de R. Eliezer. Para 
ter certeza, a breve citação (nos. 5-6) poderia ter sido uma tradição 
independente, circulando bem separadamente da lista de três regras Yosi 
fornecidas por M. c Ed. De qualquer forma, toda a lista em M. c Ed. agora forma 
uma perícope unificada. Duas das três decisões são lenientes e assim são 
caracterizadas no final (nº 8). O todo é definido em uma forma editorial do 
Yavnean
período, ainda assim, como sugeri, a formulação real, melhor preservada na Mishná, 
THE YOSTS — CONCLUSION 83 
 
pode muito bem remontar a tempos anteriores. 
4. CONCLUSÃO 
No início, devemos distinguir entre o corpus dos ditos de Yosi + Yosi e aquele em 
que os dois mestres se posicionam separadamente. Yosi b. Yo c ezer sozinho é o assunto 
de seis histórias ou ditados; a perícope de M. c Ed. produz três deles. Além disso, temos 
uma referência a ele como “o mais piedoso do sacerdócio” e duas histórias muito tardias 
sobre ele. Os dois Yosi estão ligados apenas nas várias cadeias da tradição farisaica: 
M. Sot., Avot, Hag., e o beraita em b. Shab. 14b. Yosi b. Caso contrário, Yohanan de 
Jerusalém é completamente ignorado. Yosib. Yo c ezer deixou assim um conjunto de 
três ditos que podem de fato ser genuínos. 
Até este ponto, podemos caracterizar os primeiros heróis farisaicos como sacerdotes. 
Suas tradições eram principalmente regras sobre limpeza ritual e culto sacrificial, 
ambos para propósitos do Templo. Antígono de Sokho é uma exceção. O que é 
excepcional sobre ele é que ele ocorre na lista Avot, na qual a conexão sacerdotal ou o 
interesse cultual dos primeiros fariseus é obscurecida e os ensinamentos morais são 
substituídos. Antígono é uma anomalia, mas, devido à escassez de evidências fora da 
cadeia Avot, não é muito importante. 
O farisaísmo posterior viu claramente o advento dos pares, começando com os dois 
Yosi, como uma virada significativa, mas se isso era bom ou não, não estava claro. Os 
decretos atribuídos aos dois Yosi relativos à impureza de terras estrangeiras e à 
capacidade do vidro de ser suscetível à impureza, e suas decisões sobre a imposição de 
mãos em sacrifício, tudo a princípio foram principalmente considerações para o Templo 
e seu culto. Yosi b. As leis de Yocezer são consistentes com esse padrão, pois dizem 
respeito aos fluidos do Templo e outras regras de limpeza. As outras referências e 
histórias sobre ambos os homens ou sobre Yosi b. Yo^zer sozinho está atrasado e não 
é muito confiável. Não encontramos nenhum indício de que um ocupou um cargo 
superior ao outro, por exemplo, presidente (Nasi) e vice-presidente de algum Sinédrio. 
Essa questão é imposta a M. Hag. 2:2 pela subscrição do Patriarca de Judá. As tradições 
Yosi não teriam dado origem à suposição de que os ofícios farisaicos estavam em 
questão ao listar os nomes dos primeiros mestres. Da mesma forma, as tradições não 
fornecem nenhum indício da existência de tais ofícios - ou, de fato, de um "partido" 
farisaico, seita ou movimento.
 
CAPÍTULO CINCO 
JOSHUA B. PERAHIAH E NITTAI O ARBELITA. 
JUDAH B. TABAI E SIMEON B. SHETAH 
eu. JOSUÉ B. PERAHIAH E NITTAI, O ARBELITA 
Nittai, o Arbelita, ocorre apenas em M. Avot e M. Hag. Além disso, temos quatro 
tradições sobre Josué b. Perahiah, que também aparece nas tigelas mágicas encontradas 
em Nippur (veja minha História dos Judeus na Babilônia, K Later Sasanian Times 
[Leiden, 1969], pp. 235-241). 
II.ii.LA. Josué b. Perahiah diz: “O trigo que vem de Alexandria é [capaz de se tornar] 
impuro por causa de sua máquina de enfardar ('NTLY 3 ) [que borrifa água no trigo].” 
B. Os sábios disseram: “Se assim for, que seja impuro para Josué b. Perahiah e limpo 
para todo o Israel”. 
(Tos. Maksh. 3:4, ed. Zuckermandel, p. 675 > linhas 21-
3) 
Comentário: Ainda outra decisão sobre leis de pureza, esta perícope falha na 
classificação de ditos legais. A forma [Rabbi] XJ^ é padrão posteriormente. A 
perícope está em uma lista de decisões sobre suscetibilidade à impureza por causa 
da aplicação de fluidos. A perícope pode ser composta, pois a parte A poderia ter 
ficado sozinha. A Parte B apresenta como um colóquio a resposta dos sábios, mas 
esta, faltando para ele, parece adiada. 
A linguagem é o bom hebraico Mishnaico. Imagino que se uma decisão tivesse 
sido preservada em Josué b. Nas próprias palavras de Perahiah, estaria de acordo 
com o aramaico anotado em conexão com Yosi b. Yo c ezer. Esta perícope, se 
autêntica, foi posteriormente traduzida para o uso convencional. Mas não temos 
como datar. Epstein, Mevofot, p. 510, dá por certo sua antiguidade; Mishná, pp. 
1153-4: os sábios disseram que é “estilo primitivo”. 
III.ii.1. TNW RBNN: Sempre deixe a mão esquerda se afastar e a mão direita se 
aproximar... não como R. Joshua b. Perahiah, que empurrou um de seus discípulos para 
longe com as duas mãos. 
(b. Sot. 47a) 
Comentário: Esta é uma alusão à história de Josué b. Perahiah e Jesus, a serem 
datados depois que a história se tornou bem conhecida.
JOSHUA— III.ii.2, IV.ii.l 83 
 
III.ii.2. Foi ensinado (TNY'): 
A. R. Josué b. Perahiah disse: “A princípio, quem me disser: 'Suba', devo amarrá-
lo e colocá-lo na frente do leão. Agora, quem me disser: 'Desça', devo derramar sobre 
ele uma chaleira de água quente.” 
B. Pois [vemos que] Saul [a princípio] evitou [o trono], mas, depois de tê-lo tomado, 
procurou matar Davi. 
(b. Men. 109b, trad. E. Cashdan, p. 678) 
Comentário: O beraita é uma forma autobiográfica para um apotegma moral. 
Segue-se o longo beraita (citado acima, p. 35) sobre a morte de Simeão, o Justo, 
e a fundação do Templo de Onias por seu filho. A conexão temática com o exposto 
é a referência a Alexandria. Neste ponto, seguem-se histórias sobre sábios que lá 
foram. Mas a história não diz Josué b. Perahiah era associado a Alexandria. 
Devemos supor que o editor estava familiarizado com o beraita, ou pelo menos a 
tradição, sobre Josué b. Perahiah em Alexandria e, portanto, selecionou este ditado 
para inclusão na história de Onias-Temple. 
O beraita poderia ter circulado de forma independente. Não sabemos onde ou 
por que foi enquadrado, ou como o editor sabia alguma coisa sobre Joshua. 
Imagino que ele teria conhecido M. Avot e Hag. listas, então estaria ciente de que 
Joshua b. Perahiah ocupou um alto cargo. Mas qualquer outro nome nessas listas 
serviria. Portanto, a atribuição não é necessariamente aleatória. A Parte B 
certamente não é parte integrante do ditado e provavelmente foi acrescentada mais 
tarde. 
IV.ii.lA Qual foi o incidente com R. Joshua b. Perahiah? 
C. Quando Yannai, o Rei, matou os rabinos, Simeon b. Shetah foi escondido por 
sua irmã, enquanto R. Joshua b. Perahiah e Jesus fugiram para a Alexandria egípcia. 
D. Quando havia paz, Simeão b. Shetah enviou: “De mim, Jeru salem, a Cidade 
Santa, para você, Alexandria no Egito: ó minha irmã, meu marido [Josué] habita em 
seu meio, e eu permaneço desolado” 
E. Ele se levantou e voltou e se encontrou em uma certa estalagem ( C WS-PYZ'). 
Eles o respeitavam muito. 
Ele disse: “Quão bonito é este 'aksanid*!” [= estalajadeiro ou estalajadeiro]. 
F. Um de seus discípulos [MSS: Jesus] disse-lhe: “ Rabi, os olhos dela estão 
estreitos” 
Ele respondeu: “Pessoa perversa! Você se ocupa com tal [pensamento]?” 
Ele tocou quatrocentas buzinas [= j^^r-blasts] e o excomungou. 
Ele veio antes dele muitas vezes.
84 JOSHUA — IV.ii.l 
 
Josué b. Perahiah 
Sozinho 
EU 
tanaítico 
Midrashim 
ILi 
Mishná 
ILii 
Tosefta IILi Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara Palestina 
1. trigo alexandrino 
impuro 
2. Josué expulsou 
Jesus 
3. Difícil renunciar à 
honra 
 
Para% s. Maksh. 
3:4 
 
 
Josué b. Perahiah e 
Nittai, o Arbelita 
EU 
tanaítico 
Midrashim 
ILi 
Mishná 
ILii 
Tosefta IILi Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara Palestina 
1. Ordenação - 
controvérsia 
2. Provérbios morais 
 
M. Hag. 2:2 
M. Avot 1:6-7 
 
 
Ele [Jesus] disse: “Recebe-me”. Mas ele [Josué] se recusou a tomar conhecimento. 
G. Um dia, enquanto ele [Josué] estava recitando o Shemaf , ele [Jesus] veio diante 
dele. Ele planejou recebê-lo. Ele fez um sinal para ele com a mão. Ele [Jesus] pensou que 
ele [Josué] estava [novamente] repelindo-o. Ele foi e levantou um tijolo e o adorou. 
H. Ele lhe disse: “Arrependa-se 
I. Ele respondeu-lhe: “Assim aprendi contigo*. Quem pecou e fez outros pecarem é 
privado do poder de fazer penitênciaT 
J. Um Mestre disse: “Jesus praticou magia, enganou e desviou Israel”. 
(b. Sot. 47a, trad. A. Cohen, pp. 247-8 = b. 
Sanh. 107b, trad. H. Freedman, pág. 736 n. 2) 
Comentário: O texto acima aparece nas versões não censuradas do Talmude 
Babilônico. Eu segui o texto em R. Rabbinovicz, Variae 
JOSHUA — IV.ii.l 85 
 
m.ii 
Materiais 
Tannaíticos na 
Guemará Babilônica 
IV.i 
Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Palestina 
IV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V ARN 
"■—
—— 
VI 
Mais tarde 
Compilações de 
Midrashim 
b. Sof. 47a 
b. Sanh. 107b 
b. Homens. 109b 
 
(n. Sanh. 107b) 
 ~ ---- 
 
m.ii 
Materiais 
Tannaíticos na 
Guemará Babilônica 
IV.i 
Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
PalestinaIV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V 
ARN 
VI 
Mais tarde 
Compilações de 
Midrashim 
 
 
Lectiones in Mischnam et in Talmud Babylonicum (Repr. NY, 1960), vol. XI, 
Sanhedrin, pp. 339-340, e revisou a tradução acima citada para adequá-la ao 
texto de Rabbinovicz. O referente da parte A é o beraita citado acima. Isso 
não significa que a narrativa seja necessariamente posterior ao beraita, pois 
pode ser uma convenção literária introduzir mais matéria explicativa por meio 
de perguntas. De fato, o beraita pressupõe o conhecimento de alguma história 
como esta. 
Classificada como uma narrativa biográfica, a perícope é ambientada em 
uma coleção de beraitot sobre a aceitação de penitentes, particularmente com 
referência a Eliseu e Geazi. Em seguida, vem a discussão suplementar sobre 
Geazi. Finalmente, o editor retorna à narrativa acima, começando com a parte 
A. A Parte B agora deve ser parte integrante do que se segue. Sem ela, não 
temos conhecimento de por que Josué foi ao Egito, ou com base em que 
Simeão o chamou de volta. A mensagem da parte C é uma mistura de hebraico 
e aramaico, assim como o restante da história. As passagens hebraicas estão 
em itálico. Eles obedecem à regra de que o discurso entre mestre e discípulo 
tende a ser em hebraico, o material narrativo em aramaico. As partes D, E, F, 
G e H são todas uma unidade. Nenhum detalhe é supérfluo; nenhum poderia 
ser compreensível fora do contexto. Nenhum elemento no diálogo ecoa
86 JUDAH AND SIMEON — Li.l 
 
um logion pré-existente, exceto a parte I, obviamente uma assinatura, um 
logion independente agora ligado à história anterior por causa de sua 
relevância temática. A Parte I tende a ser o elemento mais antigo da 
montagem. (É citado literalmente por Justin Martyr, ver WA Meeks, 
Prophet-King [Leiden, 1968] p. 56.) 
A história não pode de forma alguma datar antes de ca. 100 AD, e pode 
derivar de tempos posteriores. Talvez as partes B e C tenham circulado 
anteriormente e separadamente, como parte de um corpus de tradições 
sobre os primeiros fariseus e suas vidas, ou, no caso da parte B, das famosas 
Comunicações entre os fariseus. Enviar Josué para Alexandria 
provavelmente serviu a um propósito além de trazê-lo de volta com Jesus; 
muitos MSS omitem e Jesus na parte B. Portanto, podemos especular que 
uma tradição preexistente sobre Josué em Alexandria pode ter sido 
revisada para servir ao propósito da polêmica anticristã. Para% s. Maksh. 
representaria um elemento dessa tradição. Em sua forma atual, a história é 
suave e provavelmente produto de uma única mão, talvez trabalhando com 
elementos anteriormente contados para outros fins. 
K. . TRADIÇÕES DE JUDÁ B. TABBAI E SIMEÃO B. SHETAH 
Li.lA Once (KBR) Simeon b. Shetah condenou à morte [uma falsa] 
testemunha [contra a qual um] álibi [tinha sido estabelecido] ( C D ZWMM). 
Judá b. Tabbai disse a ele: “Posso [não] ver consolo se você não derramou 
sangue inocente, pois a Torá disse que você pode sentenciar [um assassino] à 
morte com base na evidência de testemunhas, e [também] você pode sentenciar 
testemunhas a morte com base em um álibi. Assim como deve haver duas 
testemunhas depondo, também deve haver duas contra as quais um álibi seja 
estabelecido.” 
B. E uma vez (WKBR) Judá b. Tabbai entrou em uma ruína e encontrou um 
homem morto ainda se contorcendo, e uma espada ainda pingando sangue 
[estava] em [texto: da\ mão do assassino. 
Disse Judá b. Tabbai para ele, “Que [o mal] venha sobre mim se [não for] 
[verdade que] eu ou você o matamos. No entanto, o que posso fazer, uma vez 
que a Torá disse: Pela boca de duas testemunhas,... um assunto deve ser 
estabelecido (Deuteronômio 19:15)? Mas aquele que conhece [tudo], [mesmo] 
mestre dos [pensamentos] [do homem], exigirá a punição desse homem.” 
Mal ele saiu [daquele lugar] quando uma serpente o picou [aquele homem], e 
ele morreu. 
(Mekhilta Kaspa III, linhas 31-41, ed. e trans. 
Lauterbach, III, pp. 170-1) 
Comentário: A perícope é um relato biográfico, ilustrando um ponto de 
direito. Mas a lei não é enunciada aqui. Em ambos os casos a ironia é 
sublinhada: ainda que a falsa testemunha e o assassino devam ser punidos, 
JUDAH AND SIMEON — I.i.l 87 
 
a lei não o permite. Não creio que as histórias pretendam ser uma crítica à 
lei, ou que sejam derivadas de círculos que sustentam uma opinião contrária 
ao que a lei deveria ser. 
A configuração é um comentário sobre Ex. 23:6-12. Nenhum 
comerciante tanaíta é mencionado em conexão com a perícope. 
Imediatamente anterior vem esta história (trans. Lauterbach, III, pp. 169-
70): 
Suponha que eles o vejam perseguindo seu próximo para matá-lo com uma 
espada na mão. Eles dizem a ele: “Sabe que o homem que você procura é um 
filho da aliança, e a Torá disse: Quem derramar o sangue de Mari*, pelo homem 
seu sangue será derramado (Gn 9:6)?” 
Mas ele lhes diz: “Eu sei de tudo isso”. 
As testemunhas então o perdem de vista. Depois de um tempo, porém, eles 
encontram aquele que havia sido perseguido morto, mas ainda se contorcendo, e 
o sangue pingando da espada na mão do perseguidor. 
Eu poderia entender que ele deveria ser declarado culpado. Mas diz: E o 
inocente e o justo não matarás, 
Há fólios “Once Simeon b. Shetah condenado à morte...” As duas histórias 
são suspeitamente parecidas. O que eles têm em comum é, primeiro, a frase 
comum, morto, mas ainda se contorcendo, e sangue pingando da mão do 
perseguidor. O ponto de ambas as histórias, segundo, é que a lei contém 
anomalias; um assassino nem sempre pode ser punido, pois as provas 
circunstanciais são insuficientes. Mas a primeira história enfatiza que o 
assassino foi devidamente avisado e reconheceu o aviso, detalhes ausentes 
do livro de Judá b. Tabbai-versão. E a história de Judá acrescenta o detalhe 
de que o homem realmente foi punido pelo Céu, então não se deve ficar 
perturbado com a incapacidade da corte terrena de sempre fazer justiça, já 
que a corte celestial compensará. É claro que as histórias são, se separadas, 
inter-relacionadas. A história de Judá é mais específica e concreta. Sua 
conclusão é muito mais satisfatória. Parece que a versão generalizada vem 
primeiro e foi revisada. 
A perícope é claramente composta. A parte A está separada da parte B e 
tem pouca relação com ela, além da óbvia temática. A crítica é Judá b. 
Tabbai contra Simeão b. Shetah. Em todas as outras versões a situação é 
inversa. Portanto, devemos supor que uma tradição favorável a Judá b. 
Tabbai circulou, parte A, apenas para ser revisado por comerciantes 
favoráveis a Simeão b. Shetah, ou o contrário. Como os papéis se invertem, 
não só aqui, mas nas discussões sobre qual dos dois homens era nasi e qual 
era o chefe do tribunal, é certo que alguém inverteu os nomes 
intencionalmente. A versão do grupo de Judá da história anônima vem 
como parte B. A versão de Simeão do erro judiciário aparece em outro 
lugar, onde Simeão diz a Judá que matou um homem inocente, isto é, Judá 
b. A versão de Ilai, não a de Meir, e a que Judá, o Patriarca, aceitou. 
Duas tradições separadas são agora reunidas: 
I. Erro judiciário 
II. Evidência circunstancial. 
Ambas as escolas preservaram ambas as histórias. Judá b. O círculo de 
88 JUDAH AND SIMEON — Li.l 
 
Tabbai deu o primeiro (parte A), como eu disse, como uma crítica de Judá 
contra Simeão, e presumivelmente acrescentou o nome de Judá na parte B 
no lugar da versão anônima de II. Simeão b. A escola de Shetah deu o 
primeiro (I) como a crítica de Simeão a Judá. Talvez a história sobre 
evidências circunstanciais em que ninguém é mencionado venha deles 
também. Certamente, a história anônima não se originou necessariamente 
entre os alunos de Simeon. Visto que a versão de Judá veio depois, pode 
não ter tido nenhuma conexão no início com Simeão. Mas certamente teria 
sido preservado por eles em vez da versão de Judá, então o resultado final 
não mudou muito. 
Não temos evidências suficientes sobre a história dos círculos,casas ou 
escolas farisaicas antes de Hillel para especular sobre por que ou como 
esses materiais específicos tomaram forma. Talvez os dois mestres tenham 
ensinado discípulos, e mais tarde os materiais foram amalgamados em 
tradições coletadas dos primeiros fariseus. Na fusão, as histórias dos 
respectivos círculos de discípulos foram reunidas, de modo que, no final, 
os dois homens foram representados como tendo trabalhado juntos, um 
como chefe do tribunal, o outro como nasi . chefiou um partido único e 
unido. Mas a representação exigia a preservação das tradições de cada 
círculo e, consequentemente, temos versões duplicadas do mesmo 
“evento”. Essa teoria pressupõe que as histórias são muito antigas, apesar 
da ausência das marcas da transmissão oral. Se as histórias vierem mais 
tarde - depois de 70 - então eles sugeririam que os nomes de Judá e Simeão 
se mostraram importantes para as autoridades tanaíticas em Usha, 
provocando, portanto, relatos partidários dos primeiros mestres. 
Podemos presumir que a parte B não tem uso histórico. A Parte A 
pretende descrever um julgamento de assassinato. A questão legal 
envolvida são as regras de testemunho que afetam tal julgamento. Isso 
representa a primeira tradição atribuída pelos rabinos aos primeiros fariseus 
em que algo diferente das regras cultuais de pureza está em questão. A 
condução dos julgamentos de assassinato pode muito bem ter estado nas 
mãos do sumo sacerdócio, portanto, não podemos considerar a parte A 
como uma tradição necessariamente pertencente a outros que não os 
sacerdotes do Templo. Mas, como eu disse, é a primeira tradição que não 
deriva necessariamente dos círculos sacerdotais ou do Templo. Ainda 
assim, a lei que ele contém não é enunciada na forma abstrata usual, mas 
meramente aceita como certa. 
Desde a história em que a versão de Judá b. A escola de Tabbai aparece 
ocorre apenas na coleção ismaeleana, deve-se notar que todas as versões 
em que Simeão b. Shetah predomina derivam de c coleções Aqiban. Este 
fato seria de maior conseqüência, se, no caso das antigas figuras 
subordinadas entre os pares, por exemplo, Yosi b. Yohanan, Nittai, o 
arbelita, tivemos evidências semelhantes de que as histórias que favorecem 
a menor das figuras foram preservadas nos círculos ismaeleanos. Não 
temos tais histórias e não podemos dizer nada sobre a atitude ismaeleana 
em relação aos chefes do tribunal (em linguagem posterior). Tudo o que 
podemos dizer é que a designação de um dos pares para ser nasi e o outro 
para chefe de
JUDAH AND SIMEON — I.ii.l 89 
 
o tribunal é característico das coleções c Aqiban e pós- c Aqiban. O único 
ponto em que observamos o contrário – ou uma confusão de tradições – 
está na única tradição ismaeleana. Talvez a revisão e criação da história 
pré-70 que ocorreu em Yavneh e Usha envolveu algum tipo de debate 
partidário sobre o valor relativo das tradições derivadas de várias escolas e 
círculos. Mas a maioria dos materiais que temos agora chegou até nós na 
forma que os 'Aqibans deram a eles. Não consigo pensar em qual motivo 
'Aqibans teria para rebaixar Judá b. Tabbai-tradições em favor de Simeão 
b. Shetah. Mas é fato que o fizeram. A esse respeito, Meir defendeu 
consistentemente a visão Mekhiltan de Judá b. Tabbai; Judá b. Ilai 
favoreceu Simeão b. A visão do círculo de Shetah sobre os assuntos, então 
as revisões evidentemente derivam de Usha. Mas eles não podem ser mais 
tarde do que isso. 
Nota M. Makkot 1:6, Tos. Sanh. 6:6. 
I.ii.lA E eu vos darei as chuvas em sua estação — nas noites dos sábados 
[quando as pessoas ficam em casa]. 
B. A história é contada sobre (M C SH B) nos dias de Simeão b. Shetah, nos 
dias da rainha Shelomsu [§LMSW], que as chuvas caíram de uma noite de 
sábado para a seguinte, até que o trigo se tornasse como rins, a cevada como 
caroços de azeitona e as lentilhas como denários de ouro. 
C. E os sábios amarraram alguns deles e os deixaram de lado para as gerações 
vindouras, para dar a conhecer quanto [perda, dano] o pecado causa, para 
cumprir o que foi dito (Jeremias 5:25), Suas iniqüidades transformaram esses 
afastado y e seus pecados têm mantido o bem de você. 
(Sifra Behuqotai Pereq 1:1, ed. Weiss, p. 110b) 
Comentário: O contexto é um ditado sobre a chuva. Uma história sobre 
a chuva nos dias de Herodes precede imediatamente, e as duas podem ter 
formado uma única perícope desde o início. A forma é certamente 
semelhante. Em ambas as perícopas, as autoridades nomeadas servem 
apenas para fornecer uma data para um evento milagroso. A essa altura, 
“nos dias de Simeão b. Shetah” significa simplesmente “nos bons velhos 
tempos” ou “há muito tempo”. Além disso, a referência aos sábios é 
claramente um anacronismo. Na época em que o peri cope foi moldado, 
“os sábios”, não os sacerdotes ou o governo, eram as pessoas que 
provavelmente assumiriam a responsabilidade de preservar exemplos de 
como as coisas eram no passado dourado. Além disso, a suposição de que 
nos dias de Simeão, Israel não tinha pecado e, portanto, desfrutava de 
abundância sobrenatural, só poderia ter sido feita se ninguém soubesse ou 
se importasse com outros fatos da época. Outras histórias, que não estão 
nesta coleção, falam da perseguição de sábios, bruxaria em Ashqelon e 
outros pecados; ninguém poderia ter ignorado esses pecados por parte do 
regime judeu e das pessoas comuns. Portanto, a história vem muito depois 
do 'evento' e é pura fantasia. 
A data é duplicada: BYMY Simeon BYMY Shelomsu. Teria sido 
suficiente referir-se a Simeão ou a Salomé, e seria desnecessário mencionar 
90 JUDAH AND SIMEON — I.ii.2 
 
ambos. Talvez Simeão seja uma glosa, já que o contexto tem Salomé e 
Herodes. Mas não consigo pensar no motivo de incluir originalmente tanto 
o sábio quanto a rainha. Talvez a história tenha como certo outros materiais 
ligando Simeão e a rainha (“sua irmã”). O peri lidar caso contrário é uma 
unidade. Nenhum detalhe poderia ter sido deixado de fora ou divulgado 
separadamente. O objetivo da história vem no final, “tornar conhecido 
quanto dano é causado pelo pecado”, e, portanto, a moral e o texto-prova 
que o acompanha são integrais. A história não tem nenhuma relação 
próxima com a vida e época de Simeão b. Shetah. Por outro lado, uma vez 
que olha para trás em seus tempos como especialmente prósperos, podemos 
imaginar que poderia ter circulado em círculos favoráveis às tradições de 
Simeão. 
A omissão de Judá b. Tabbai aqui como em outros lugares não é sem 
importância. Teria sido natural para um comerciante influenciado pelas 
listas dos pares dizer “nos dias de Simeão e Judá”, em vez de “Simeão-
Salomé”. Nessas circunstâncias, é uma revisão impressionante do que 
deveria ter sido a fórmula normal. Talvez a história tenha sido redigida em 
círculos nos quais as tradições de Judá não eram tratadas favoravelmente 
ou eram consideradas sem importância. Como a história não pode derivar 
da época do próprio Simeão, e provavelmente vem muito depois da época 
de Herodes, pode-se sugerir que, mesmo no segundo século, uma tendência 
dentro do farisaísmo (Judá b. Ilai?) favoreceu persistentemente Simeão e 
excluiu Judá b. Tabbai de consideração mesmo em contextos de rotina. 
Alternativamente, tal círculo não sabia nada sobre a alegada associação de 
Simeão com Judá. Mas essa alternativa só parece possível se as listas dos 
pares não forem amplamente conhecidas ou mencionadas, e isso é 
improvável. 
I.Ü.2.A. E se um homem cometeu um crime punível com a morte e é 
condenado à morte, e você o pendura em uma árvore (Deut. 22:22). 
Um homem deve ser enforcado, mas uma mulher não deve ser enforcada. 
BR Eliezer diz: “Até uma mulher deve ser enforcada. 
CR Eliezer disse a eles: “Não Simeão b. Shetah enforca mulheres em 
Ashqelon? 
Disseram-lhe: “Ele enforcou oitenta mulheres, e ainda assim [a lei é] não se 
julga [mesmo] dois casos [capital] em um dia, mas os tempos exigiam ensino 
por meio de punição exemplar [e também no que diz respeito ao enforcamentode mulheres ].” 
(Sifré Deut. 221, ed. Friedman, p. 114b, Finkelstein, 
p. 253) 
Comentário: Esta perícope fornece evidências importantes da 
antiguidade da história do enforcamento de Simeão em Ashqelon. A 
história não é contada, apenas aludida. De alguma forma, portanto, deve 
ter circulado antes de ca. 100 DC Os elementos da história aqui atestados 
são quatro: Ashqelon, enforcamento, mulheres e oitenta. O fato de serem 
bruxas deve vir depois; o lado mágico da ação de Simeon está totalmente 
91 JUDAH AND SIMEON — I.ii.2 
 
ausente. como
JUDAH AND SIMEON — IILi.l 92 
 
está, a perícope acima mostra que Simeão b. Shetah serviu para 
exemplificar o procedimento legal adequado para os sábios de Yavneh 
(Eliezer b. Hyrcanus). Ninguém duvidou que Simeon forneceu um 
precedente válido, sendo a única questão, para que regra? 
A classificação é uma referência biográfica a algo que Simeon havia 
feito. O contexto é claro como dado. A Parte B tem um lema padrão de 
Eliezer. A parte C o duplica e se une ao anterior pela forma-debate: o verbo 
>MR é deslocado para o pretérito, ignorando a forma do lema 
imediatamente anterior, e a exegese da parte A é tratada como se “eles ” 
tinha “dito” isso para ele – portanto, eles/sábios dizem que é imaginado 
antes de “um homem é...” 
O colóquio é, portanto, artificial. Não temos motivos para acreditar que 
seja um relato literal de algo realmente dito na escola em um determinado 
dia. Em vez disso, é um relato formalizado de como as ações de Simeão 
serviram como um precedente e também foram justificadas no discurso 
yavneano. Os discípulos de Eliezer não podem ser responsabilizados pela 
perícope em sua forma atual. Eles não teriam deixado o assunto com uma 
refutação de seu professor. Nem em sua forma primitiva - por exemplo, 
omitindo o que disseram a ele - a escola de Eliezer poderia ter 
desempenhado um papel, pois sua formulação deveria ter lido: “O rabino 
Eliezer diz: Até uma mulher deve ser enforcada - assim como Simeão b. 
Shetah fez isso. Sem visão contrária, o precedente da cláusula just as é 
supérfluo. O todo, portanto, deve derivar de círculos que sustentavam uma 
visão contrária à de Eliezer. Nesse caso, a intrusão da referência à ação de 
Simeão não serve para ilustrar o sólido precedente de Eliezer, mas sim o 
oposto: alguns podem supor que Simeão fornece um precedente contrário à 
nossa opinião, mas esse não é o caso. Então o ditado de Eliezer (C) vem da 
oposição! 
Se tivéssemos uma ideia mais clara sobre a oposição a Eliezer - não 
podemos fornecer rotineiramente os nomes de Josué, Gamaliel ou c Aqiba - 
poderíamos ter motivos para especular sobre qual círculo ou grupo se 
referiu a Simeão neste assunto. Mas, na melhor das hipóteses, como eu 
disse, podemos apenas oferecer uma data para alguns elementos da tradição 
de Ashqelon, o mais tardar em ca. 100 DC 
ILi.lA Eles tocam o shofar por causa de qualquer angústia pública - que isso 
nunca aconteça. Mas não por causa da grande abundância de chuva. 
B. Uma vez (M C SH S) eles disseram a Honi, o Fazedor de Círculos, “Reze 
para que a chuva caia.” 
Ele respondeu: “Saiam e tragam os fornos da Páscoa, para que não sejam 
amolecidos”. 
Ele orou, mas a chuva não caiu. 
O que ele fez? [MS Kaufmann omite.] 
Ele desenhou um círculo e ficou dentro dele e disse: “Senhor do mundo, seus 
filhos voltaram seus rostos para mim, pois sou como um filho [da] casa diante 
de você. Juro por seu grande nome que não sairei daqui até que você tenha pena 
de seus filhos. 
93 JUDAH AND SIMEON — ILi.2 
 
A chuva começou a cair gota a gota. 
Ele disse: “Não rezei por tal chuva, mas por chuva [que encherá] as cisternas, 
poços e cavernas”. 
Começou a chover com violência. 
Ele disse: “Não rezei por tal chuva, mas por chuva de boa vontade, bênção e 
graça”. 
Então choveu bastante, até que os israelitas subiram de Jerusalém ao Monte 
do Templo por causa da chuva. 
Eles [foram até ele e] disseram: “Assim como você orou para que a chuva 
viesse, ore para que ela desapareça!” 
Ele respondeu: “Vá e veja se a Pedra dos Perdidos desapareceu”. C. Simeão 
b. Shetah enviou a ele, “Se você não fosse Honi, eu deveria ter pronunciado uma 
proibição contra você! [MS Kaufmann: Você precisa ser excomungado.] Mas o 
que devo fazer com você? Você importuna Deus [MS Kaufmann: Diante do 
Onipotente], e ele realiza sua vontade, como um filho que importuna seu pai e 
ele executa sua vontade, e de você a Escritura diz: Alegrem-se teu pai e tua mãe, 
e deixe aquela que exulta (Provérbios 23:25).” 
(M. Ta c anit 3:8, trad. Danby, p. 198) 
Comentário: A classificação das palavras de Simeão é um famoso 
apótema, no qual Simeão repreende o taumaturgo. Claramente, a parte C é 
separada da parte B e não desempenha nenhum papel nela. A história da 
parte B poderia muito bem ter terminado com sua resposta. A repreensão 
de Simeon circulou separadamente e provavelmente foi uma perícope 
independente, mas era natural acrescentar a opinião de Simeon a esta 
história de Honi. 
A crítica aos milagreiros é feita por Yohanan b. Zakkai nos mesmos 
termos: O milagreiro é dedicado a Deus, mas como um escravo (Yohanan) 
ou como uma criança (Simeão), e não da maneira que o farisaísmo prefere. 
Mas isso não nos dá base para datar o logon atribuído a Simeão. Tal como 
está, a parte C, excluindo o texto-prova das Escrituras, não é composta, mas 
uma unidade de pensamento e estilo; nem temos que supor que a Escritura 
foi fornecida posteriormente. Não temos pistas sobre a escola ou mestre 
responsável pela formulação final da perícope. Judá, o Patriarca, fornece 
apenas o terminus ante quem. 
11. Í.2.A. “Um homem é enforcado com o rosto voltado para o povo e uma 
mulher com o rosto voltado para a forca”, palavras de R. Eliezer. 
Mas os sábios dizem: “Um homem é enforcado, mas uma mulher não é 
enforcada”. BR Eliezer disse: “Não [MS Kaufmann: M C SH B] Simeon b. 
Shetah enforca mulheres em Ashqelon? 
Eles lhe disseram: “Ele enforcou oitenta mulheres, enquanto duas não devem 
ser julgadas no mesmo dia”. 
(M. Sanh. 6:4, trad. Danby, p. 390)
JUDAH AND SIMEON — Il.ii.l, 2 94 
 
Comentário: Ver I.ii.2. Mas a opinião de Eliezer agora é desenvolvida e 
diz respeito a um detalhe do enforcamento, enquanto o ditado dos sábios 
permanece inalterado; os ditos, portanto, não combinam, enquanto em Sifré 
eles estão em equilíbrio adequado . M. Sanh. parece um desenvolvimento 
do Sifré, presumivelmente trabalhado porque a regra antecedente do 
enforcamento é debatida pelas mesmas partes. 
12. ii.l. Eles diferiam apenas na imposição das mãos. 
“São cinco pares. Os três primeiros pares que disseram para não impor as 
mãos, e os dois últimos pares que disseram para impor as mãos, eram nasis. Os 
segundos [mencionados] eram chefes do tribunal (ABWT BYT DYN),” as 
palavras de R. Meir. 
R. Judah disse: “Simeão b. Shetah [foi] nasi> Judá b. Tabbai [era] chefe do 
tribunal”. 
R. Yosi disse: “A princípio não houve disputa em Israel...” (Tos. Hag. 2:8, 
ed. Lieberman, p. 382-3, linhas 40-44) * 
Comentário: A perícope acima fornece informações suplementares para 
M. Hag. 2:2. Mais uma vez encontramos Meir e Judá [b. Ilai] discutindo 
sobre o início da história do farisaísmo. O motivo, se houver, para atribuir 
a Simeão a posição de nasi não está claro para mim. Não consigo entender 
por que qualquer uma das partes do argumento poderia ter um motivo 
oculto ao defender uma posição em vez da outra. Mas isso torna as coisas 
ainda mais complexas, pois não temos base para conjecturar sobre o que 
cada um dos mestres tinha em mãos como tradição dos tempos antigos. A 
perícope serve apenas para fornecer um válido terminus ante quem para M. 
Hag. 2:2. A lista em sua forma atual não poderia ter sido formada depois 
de meados do segundo século; uma vez que Meir e Judá se referem a ele, 
deve ter sido moldado antes de seus dias. A Mishná segue a visão de Meir, 
assim como no caso das novilhas vermelhas. Mas a de Judá predomina em 
quasetodos os outros lugares. 
Conforme observado, Meir preserva a visão de que Judá b. Tabbai teve 
precedência sobre Simeão; essa visão teria aprovado a versão mais antiga 
do assassinato de pessoas inocentes, na qual Judá critica o erro judicial de 
Simeão. A tradição é classificada como uma observação biográfica 
posterior sobre Simeão e Judá. O cenário é claro: Usha na segunda metade 
do segundo século. Em sua forma atual, a perícope não dá nenhuma 
evidência de ser uma composição. 
13. ii.2. A princípio, quando o contrato de casamento foi mantido pelo pai, 
divorciar-se dela foi considerado levianamente aos olhos dele. 
Simeão b. Shetah ordenou que o contrato de casamento fosse mantido por seu 
marido, e ele escreveu para ela: “Toda a propriedade que tenho é fiável e 
penhorada por [a soma de] seu contrato de casamento”. 
(Tos. Ket. 12:1, ed. Zuckermandel, p. 274, linhas 3-5; 
Lieberman, p. 95, linhas 1-4) 
Comentário: Lieberman classifica o acima como uma “versão 
JUDAH AND SIMEON — II.ii.4 95 
 
intermediária” dos decretos de Simeão; a este respeito, ver estudos 
sinóticos. A frase em itálico está em aramaico, o restante em hebraico. A 
perícope não contém nenhuma evidência que permita a sugestão de uma 
data. Atribuir a Simeão tal ordenança pode ter sido uma maneira de dizer: 
“Em tempos muito antigos”. Não temos ideia de como os mestres 
posteriores sabiam do governo de Simeão. Mas a presente forma— a 
princípio... R. Fulano de tal ordenado...— é bem conhecida, tendo sido 
usada na formulação dos materiais de decreto de Yohanan ben Zakkai. A 
forma a princípio... ordenada... não faz sentido aqui. 
Relato de decreto legal, a perícope é uma unidade. Nenhum logion é 
atribuído a Simeão, nem a linguagem de seu decreto é preservada, exceto 
pela cláusula a ser introduzida e provavelmente já conhecida do contrato 
de casamento. 
Observamos novamente a omissão de Judá b. Tabbai. Presumivelmente, 
ele deveria ter desempenhado um papel na emissão de tal decreto, mas seu 
nome é consistentemente omitido em referências a materiais legais 
atribuídos à pessoa ou à época de Simeão b. Shetah. 
14. Ü.3.AR Judá b. Tabbai disse: “Posso [não] ver consolo se não matar uma 
falsa testemunha, a fim de arrancar do coração dos Boethusianos [sua falsa 
opinião]. Pois eles diriam: '[A falsa testemunha não é morta] a menos que o 
acusado [primeiro] tenha sido morto.'” 
15. Simeão b. Shetah disse a ele: “Que eu [não] veja consolo se você não 
derramou sangue inocente, pois eis que a Torá disse: No depoimento de duas ou 
três testemunhas, o acusado será condenado à morte (Deuteronômio 17:6) — 
Assim como deve haver duas testemunhas, também as [duas] falsas testemunhas 
[não podem ser punidas, a menos que] ambas [sejam punidas].” 
16. Naquele momento Judá b. Tabbai assumiu a responsabilidade de não 
ensinar direito, exceto de acordo com Simeão b. Shetah. 
(Tos. Sanh. 6:6, ed. Zuckermandel, p. 424, linhas 29-
34 = Midrash Tannaim, ed. Hoffmann, p. 117.) 
Comentário: Temos o inverso de Li.l. Judá cometeu o erro, Simeão o 
corrigiu. Um contexto polêmico agora foi fornecido. Em sua luta com os 
Boethusians, Judá foi além da medida da lei. Em Li.l, os Boethusians não 
foram mencionados. A versão que os nomeia deve ser posterior àquela em 
que estão ausentes e não é explicada a motivação da falsa decisão. A 
conclusão, parte C, agora está de acordo com a visão de que Simeão era a 
figura dominante. Judá concorda em nunca mais governar pela lei, exceto 
com a concordância de Simeão. Na versão do círculo de Judá, nenhum 
detalhe é mencionado, e isso também deve ter sido fornecido mais tarde, 
como consequência adequada do aborto judicial. Que o acima é posterior a 
Judá b. Tabbai, portanto, é claro. 
A história da crítica de Judá ao erro judicial de Simeão foi assim 
transformada em uma explicação de como Judá se subordinou a Simeão e, 
portanto, era o chefe do tribunal, não nasi. Visto que nesta forma é provável 
que seja posterior à versão de Lil.l, talvez a tradição de Meir (se ele tivesse 
96 JUDAH AND SIMEON — II.ii.3 
 
uma tradição) fosse anterior a Judá b. Ilai, e, de acordo com a mais antiga 
tradição farisaica, Judá b. Tabbai serviu originalmente como nasi (ver 
conclusão, p.141). Mas em formulações posteriores dos fatos, Judá é 
removido do cargo, Simeão é colocado em seu lugar. As tradições foram 
revisadas e uma explicação fornecida para maior autoridade de Simeão. 
Não temos informações claras sobre quando ocorreu tal revisão dos 
fatos, ou o que a motivou. Deve vir muito depois da época de Simeão e 
Judá, pois ninguém que conhecesse as realidades históricas teria acreditado 
em um relato que as invertesse. É lógico que algum tipo de conflito sobre 
os respectivos lugares de Simeão e Judá na hierarquia farisaica continuou 
por algum tempo. Isso não poderia explicar os ecos da disputa mesmo dois 
séculos depois. Não sabemos o que manteve viva tal disputa, a menos que 
postulemos que as escolas dos dois mestres continuaram existindo por um 
tempo; ou, como eu disse, que os Tanaim posteriores criaram a questão para 
começar, talvez como uma expansão do desacordo sobre o texto da cadeia 
original antes de Meir e Judah b. Ilai. M. Makkot 1:6 omite a disputa de 
Judá e Simeão. 
B. .ii.4. Simeão b. Shetah disse: “Posso [não] ver consolo se não visse um 
homem correndo atrás de seu companheiro com uma espada na mão. Ele entrou 
antes dele em uma ruína, e o outro o seguiu, e eu [eu mesmo] entrei depois dele. 
Encontrei-o morto, com uma espada na mão do assassino, pingando sangue. 
“Eu disse a ele: 'Perverso! Quem matou este homem? Posso [não] ver consolo 
se não o vejo [JV?]. Você e eu - [um de nós] o matou. Mas o que devo fazer com 
você? Pois o seu caso não foi entregue em minhas mãos, pois eis que a Torá 
disse: Pelo depoimento de duas ou três testemunhas o acusado será condenado 
à morte (Deut. 17:6). Mas Aquele que conhece [todos] os pensamentos exigirá 
punição desse homem.” 
Ele não se moveu de lá antes que uma serpente o mordesse e ele morresse. 
(Tos. Sanh. 8:3, ed. Zuckermandel, p. 427, linhas 19-
24 = Midrash Tannaim, ed. Hoffmann, p. 120) 
Comentário: Agora Simeão toma o lugar de Judá. As histórias de 
Toseftan persistentemente dão a visão do círculo de Simeão sobre as coisas, 
isto é, Judá b. de Ilai. O de Meir está na Mishná, como seria de esperar. O 
cenário é idêntico ao de Mekhilta: o relato generalizado seguido pelo 
posterior especificando um herói. 
C. Ii1.AR Jeremias perguntou: “Aquele que comeu [apenas] vegetais pode 
abençoar?”... 
D. TNY: Trezentos na^iritas chegaram [a Jerusalém] nos dias de R.Simeon 
b. Shetah. Para cento e cinquenta deles ele encontrou motivos para absolvição, 
e para cento e cinquenta deles ele não encontrou motivos para absolvição. 
E. Ele veio para Yannai, o Rei. 
Ele lhe disse: “Aqui estão trezentos nazireus que precisam de novecentas 
ofertas. Mas ('!?) você dá metade de sua [propriedade], e eu darei metade da 
minha. 
JUDAH AND SIMEON — II.ii.4 97 
 
Ele lhe enviou quatrocentos e cinquenta [sacrifícios]. 
Uma língua maligna [rumor] veio e disse a ele: “Ele não deu nada de seu 
próprio.” 
F. Yannai, o Rei, ouviu e ficou furioso. Simeão b. Shetah ficou com medo e 
fugiu. 
E. Depois de [alguns] dias, homens importantes vieram do Reino da Pérsia 
para Yannai, o Rei. Quando estavam sentados a comer, disseram-lhe: 
“Lembramo-nos de que estava aqui um certo ancião que nos disse palavras de 
sabedoria. Deixe-o nos ensinar algo (<WBD>). 
Disseram-lhe: “Envia e traze-o”. 
F. Ele enviou e deu-lhe a sua palavra, e ele veio. Ele sentou-se [auto] entre o 
rei e a rainha. 
G. Ele disse a ele: “Por que você me enganou?” 
Ele lhe disse: “Eu não te enganei. Você [deu] do seu dinheiro e eu [dei] da 
minha luz [Torá], como está escrito (Qoh. 7: 12), pois a sabedoria é uma defesa, 
assim como o dinheiro é uma defesa. 
H. Ele disse a ele: “Por que você fugiu?” 
Ele lhe disse: “Ouvi que meu senhor estava irado contramim, e quis cumprir 
esta Escritura: Esconda-se por um momento até que passe a ira (Is. 26:20).” 
E ele [Yannai] citou a respeito dele [a seguinte Escritura]: A vantagem do 
conhecimento da sabedoria dará vida àqueles que a possuem (Qoh. 7:12). 
I. Ele [Yannai] disse a ele: “E por que você se sentou entre o rei e a rainha?” 
Ele [Simeão] disse a ele: “No livro de Ben Sira está escrito (Ben Sira 11:1): 
Estima-a, então ela te exaltará e te assentará entre os príncipes.” 
J. Ele [Yannai] disse: “Dê-lhe o cálice para que ele abençoe”.
Ele [Simeão] pegou o copo e disse: "Vamos abençoar a comida que Yannai 
e seus companheiros comeram" 
Ele disse a ele: “Você é tão teimoso até esse ponto?” 
Ele disse a ele: “O que diremos, 'Pela comida que não comemos? 
Ele disse: “Dê-lhe algo para comer”. Eles lhe deram, e ele comeu e disse: 
“Vamos abençoar a comida que comemos. 
(y. Ber. 7:2, repr. Gileade, p. 53b-54a = y. 
Nazir 5:3, repr. Gileade pág. 23b) 
Comentário: A abertura beraita, em hebraico rabínico (itálico), não 
apenas resume o resto ou serve como um breve dispositivo mnemônico. É 
a primeira frase da história. No entanto, a história não é contada na mesma 
língua. O que parece provável, portanto, é que a frase inicial foi traduzida 
para o hebraico com o propósito de colocar a história na forma beraita 
(TNY), enquanto o restante foi mantido. 
A perícope fornece um verdadeiro repertório, ou massekhet, de histórias 
de Simeon/Yannai. O cenário é uma discussão das regras de dizer graças, 
portanto, o ponto de referência é parte JR Jeremias fornece apenas um 
JUDAH AND SIMEON — IILi.l 98 
 
terminus ante quem\ não temos razão para supor que a perícope não seja 
mais antiga do que o quarto século dC, quando foi citada inteira e completa 
. 
Quanto a Simeão, o Justo, também a Simeão b. A Shetah é atribuído um 
interesse especial pelos nazireus. Ele inferencialmente é um sacerdote 
importante, mas não sumo sacerdote. 
A perícope é uma narrativa biográfica. Sua ambientação no final dos 
tempos amoraicos pode, como eu disse, provar pouco sobre quando foi 
composta pela primeira vez. Não acho que R. Jeremiah ou outros o 
inventaram para servir ao propósito do argumento. Agora é citado como 
um incidente bem conhecido. 
A perícope obviamente é composta. A primeira parte (BD) diz respeito 
à capacidade do sábio de enganar o rei. Termina com a fuga de Simeon. A 
segunda história, partes EF, não depende do conteúdo da primeira. O fato 
de Simeão não estar presente, mas ser lembrado pelos ilustres visitantes do 
exterior, teria sido suficiente. O terceiro elemento, parte F, agora ignora 
completamente a configuração anterior. É uma breve alusão ao papel de 
Simeão na corte. Ele se sentou entre o rei e a rainha. Então as partes G, H 
e I servem para explicar as histórias anteriores e colocá-las em relação umas 
com as outras. Simeão fugiu para evitar a ira momentânea, e sua sabedoria 
lhe serviu bem. Ele se sentou entre os monarcas, por causa de sua sabedoria. 
Sua sabedoria lhe economizou dinheiro. Em todos os três casos, aspectos 
estranhos do comportamento de Simeão remontam ao seu conhecimento da 
Torá. Imagino que os detalhes de seu comportamento sobreviveram por um 
tempo antes que as razões fossem fornecidas por “sua Torá”. Parece-me 
provável que as histórias sobre Simeão de fato tenham circulado 
separadamente, só mais tarde reunidas e fornecidas com essa única 
explicação. Em seguida, segue a parte J, uma perícope separada anexada à 
coleção anterior. A esperteza de Simeão tornou necessário que o rei 
NEUSNER, As tradições rabínicas sobre os fariseus antes de 70, I
JUDAH AND SIMEON — III.i.1 
 
iludi-lo no meai real, não apenas para usá-lo como um especialista em rituais. 
Subjacente ao todo está a polêmica farisaica padrão, explicitada nas 
citações das Escrituras, de que a sabedoria eleva uma pessoa às alturas e 
assegura para ela riqueza e glória. O rei é ignorante e facilmente enganado. 
Realmente, o sábio deve governar. Sem essa polêmica, as histórias servem 
como ecos desconexos de um grande mestre farisaico e suas relações com 
o trono - ele enganou o rei em seus sacrifícios, impressionou 
profundamente os dignitários estrangeiros, sentou-se entre o rei e a rainha 
e disse uma bênção sobre o meai real. Suponho, portanto, como disse, que 
as histórias originalmente circulavam separadamente, e só mais tarde 
foram reunidas e ganharam forma e significado. A mão do editor é mais 
claramente revelada nas partes G, H e I. Sem esse colóquio, as histórias, 
embora justapostas, ainda teriam pouco ou nada a ver umas com as outras. 
Com ela eles se unem e fazem um ponto padrão. 
Quanto aos fatos históricos, nada no relato de Josefo sobre Alexandre 
Jannaeus nos prepara para uma imagem do tratamento cordial do rei ao 
líder farisaico. Ao contrário, somente quando ele morreu ele 
(supostamente) aconselhou a reconciliação com a parte. Antes disso, ele 
lutou com eles e massacrou muitos deles, provavelmente porque pensava 
com razão que eram traidores do Estado e do trono. 
É difícil isolar elementos nas histórias que exibem um padrão 
mnemônico. A parte D é equilibrada, dois verbos para cada cláusula, mais 
os nomes dos heróis. Talvez você dê a metade e eu dou a metade fosse 
uma frase fixa, embora isso seja menos claro. Na mesma linha, a divisão 
dos trezentos em metades teria sido simples, se o lema oral original 
consistisse em trezentos naziritas, com o restante explicado 
posteriormente. Não vejo nada na parte E da mesma ordem. As partes G, 
H e I centram-se nas Escrituras, e o cerne da tradição pode ter consistido 
na associação dessas Escrituras com Simeão. A Parte J, ao contrário, nos 
dá várias frases fixas, vamos abençoar... qual Yannai\que não temos\que 
temos... comido. Tudo isso é claramente um jogo de vamos abençoar a 
comida que comemos, e parece que variações dessa frase estão na base da 
pequena fábula. Mas, além desses breves lemas e palavras-chave, as 
histórias são totalmente articuladas e não apresentam marcas de que foram 
transmitidas em fórmulas ou formas fixas. Os materiais das Casas exibem 
um contraste impressionante, pois a adesão rígida a uma forma única, a 
articulação altamente disciplinada da forma em termos de frases 
equilibradas, predicados sizigóticos e similares estão ausentes aqui. Se os 
materiais das Casas fornecem um modelo sólido de como as tradições 
mnemônicas foram finalmente escritas e desenvolvidas, então as histórias 
de Simeão e muitas outras consideradas nesta parte de nosso estudo devem 
ser consideradas como tendo uma história literária bem diferente. Os 
comerciantes podem ter transmitido vários tipos de fábulas, como na 
referência de Eliezer b. Hyrcanus às bruxas enforcadas de Simeão em 
Ashqelon, mas os redatores que desenvolveram essas tradições tinham 
diante deles pouco mais que um tema e talvez um enredo, que eles 
desenvolveram de acordo com sua própria imaginação de como as coisas 
deveriam ter sido. Mas a tradição em
JUDAH AND SIMEON — III.i.2, 3 99 
 
esse tipo de material não poderia consistir em formas, fórmulas e lemas 
cuidadosamente redigidos. 
III.i.2. Aprendemos lá (TMN TNYNN): Simeon b. Shetah enviou a ele. Ele 
disse a ele: “Você deveria (SRYK) ser excomungado, pois se um decreto fosse 
emitido, como foi emitido nos dias de Elias, você não seria encontrado levando 
o público à profanação do nome? Pois quem leva o público à profanação do 
nome exige excomunhão”. 
(y. MQ 3:1, repr. Gilead, p. 10b [Ver y. Ta. 
3:10]) 
Comentário: O referente de nós aprendemos lá é y. Tá. 3:10. 
Imediatamente após a repreensão de Simeon, terminando com a citação de 
Prov. 23, na gemara segue a perícope acima, sem a introdução TMN 
TNYNN. Caso contrário, é idêntico. O destinatário da mensagem de 
Simeon, portanto, só pode ser Honi. 
O cenário são histórias sobre mensagens enviadas por vários sábios a 
recalcitrantes. A conexão está principalmente no tema, em pequena medida 
na forma, pois alguns começam se vocênão estiver, assim como em M. Ta. 
3:8. Mas se a repreensão a Honi circulou independentemente, o que foi dito 
acima não é evidência desse fato. Não é absolutamente a mensagem citada 
na Mishná, mas sim uma extensão dela, portanto, um desenvolvimento 
secundário. 
A categoria é uma atribuição de um dito a Simeão no contexto da história 
sobre outra figura inteiramente diferente. Simeon na versão completa não é 
o centro das coisas. A referência aos dias de Elias deriva da chuva de Honi. 
III.Í.3.A. Aprendemos (>NN TNYNN): 
Judá b. Tabbai era nasi, Simeão b. Shetah era o chefe do tribunal. Alguns 
ensinam vice-versa ('YT TNYY TNY WMHLP). 
Aquele que diz Judá b. Tabbai foi nasi encontra apoio no incidente de 
Alexandria. 
III.i.3.Ba Os homens de Jerusalém queriam nomear Judá b. Tabbai como nasi 
em Jerusalém. Ele fugiu e foi para Alexandria. Os homens de Jerusalém 
escreveriam: “De Jerusalém, a grande, para Alexandria, a pequena: Até 
quando minha noiva morará com você, enquanto eu for viúva (<GWMH) por 
causa dele?” 
b. Ele partiu, vindo em um barco. 
Ele disse: “Você se lembra do que faltou à dona da casa que nos recebeu?” 
Um de seus discípulos disse-lhe: “Rabi, o olho dela estava piscando”. 
Ele disse a ele: “Eis que dois [pecados] estão contra você: um que você 
suspeitou de mim [de olhar para ela], e outro que você olhou para ela. Fez 
Eu digo que sua aparência era bonita de vista? Eu só disse [bonito] em [seu] ato 
[s]!” 
Ele estava com raiva dele, e ele foi embora. 
100 JUDAH AND SIMEON — III.i.3 
 
111.1.3. C. Aquele que diz Simeão b. Shetah foi Nasi ganha apoio no 
incidente de Ashqelon. 
a. Havia dois homens piedosos (HSYDYN) em Ashqelon, que comiam em 
comum, bebiam em comum e trabalhavam na Luz [estudar a Torá] em comum. 
Um deles morreu, e ele não foi devidamente lamentado [lit.: um ato de 
misericórdia não foi pago a ele]. Mas quando um aldeão [lit.: filho da cidade], 
um cobrador de impostos, morreu, toda a cidade tirou uma folga para lamentar 
sua morte (GML HSD). 
Aquele homem piedoso [restante] começou a ficar perturbado, dizendo: “Ai, 
porque os inimigos de Israel [= Israel] não têm nada!” 
Apareceu-lhe em sonho e disse-lhe: “Não desprezes os filhos do teu Senhor. 
Este cometeu um pecado e o outro fez uma boa ação, e tudo correu bem para 
ele [então na terra, enquanto eu estava sendo punido por meu pecado, ele foi 
recompensado por sua boa ação].” 
[O relato agora passa a especificar que pecado o homem piedoso cometeu e 
que boa ação o cobrador de impostos cometeu.] 
Depois de [alguns] dias, aquele homem piedoso viu seu companheiro 
caminhando no meio de (GW) jardins, no meio de pomares, no meio de fontes 
de água. Ele viu o coletor de impostos da aldeia [com] a língua pendurada para 
fora de um rio. Ele queria alcançar a água e não [conseguia] alcançá-la. 
b. Ele viu Miriam, a filha de C LY BSLYM (?) [Jastrow: os brotos de cebola 
parecidos com alho-poró.] 
Rabino Le cazar b . R. Yosa disse: “[Ela estava] pendurada nos mamilos dos 
seios. ” 
Rabi Yosi b. Hanina disse: “O alfinete do portão da Gehenna foi preso em 
sua orelha.” 
Ele lhes disse: “Por que isso acontece?” 
Eles disseram a ele: “Porque ela jejuou e quis divulgar [sua boa ação]”. 
Alguns dizem: “Ela jejuava um dia e afirmava ter jejuado dois dias”. 
c. Ele lhes disse: "Até quando será assim?" 
Disseram-lhe: “Até Simeão b. Shetah virá, e vamos removê-lo de sua orelha 
e colocá-lo em seu ouvido. 
Ele disse a ele: "Por quê?" 
Ele disse a ele: “Porque ele disse: Se eu for feito Nasi, matarei
JUDAH AND SIMEON — IILii.3 101 
 
as bruxas, e eis que ele se tornou Afon e não matou as bruxas. Eis que há 
oitenta bruxas [femininas] em uma caverna de Ashqelon, destruindo [o] 
mundo. Então vá e diga a ele. 
Ele disse a eles: “Estou com medo, pois ele é o Nasi e não vai acreditar em 
mim.” 
Ele disse a ele: “Se ele acredita em você, muito bem, mas se não, faça isso 
como seu sinal diante dele. Ponha a mão no olho e tire-o e devolva-o, e ele 
voltará.” 
Ele foi e relatou a ele o incidente. Ele queria fazer o sinal diante dele, mas 
não permitiu que ele o fizesse. 
Ele [Simeão] disse a ele: “Eu sei que você é um homem piedoso. Mais do 
que isso você é capaz de fazer. Além disso, eu não disse publicamente [que 
acabaria com a feitiçaria], mas apenas pensei nisso em meu coração.” 
d. Imediatamente Simeão b. Shetah surgiu em uma forte tempestade. Ele 
levou consigo oitenta jovens. Ele colocou em suas mãos oitenta roupas limpas . 
Ele os colocou em vasos novos e colocou as tampas [dos vasos]. 
Ele lhes disse: “Quando eu assobiar uma vez, vistam suas roupas. Quando 
assobio pela segunda vez, todos vocês saem ao mesmo tempo. Quando você se 
levantar, deixe cada um de vocês abraçar uma [das bruxas] e levantá-la do chão, 
pois a prática dessa bruxaria não funciona se você levantar [a bruxa] do chão.” 
Ele foi e parou diante da entrada da caverna. Ele disse: “Olá, olá, CWYYM 
'WYYM) abra para mim, pois sou um dos seus.” 
Eles lhe disseram: “Como você veio em tal dia?” 
Ele disse a eles: “Eu caminhei entre as gotas de chuva.” 
Eles lhe disseram: “E o que você veio fazer aqui?” 
Ele lhes disse: “Estudem e ensinem. Que cada um faça alguma coisa de 
sabedoria.” 
Um deles disse o que ela disse e trouxe pão. 
Um deles disse o que ela disse e trouxe carne. 
Um deles disse o que ela disse e trouxe legumes. 
Um deles disse o que ela disse e trouxe vinho. 
Disseram-lhe: “O que você pode fazer?” 
Ele lhes disse: “Posso assobiar duas vezes e criar para vocês oitenta jovens. 
Eles terão prazer com você e lhe darão prazer.” 
Disseram-lhe: “Isso é o que queremos”. 
Ele assobiou uma vez e eles vestiram suas roupas. Ele assobiou uma segunda 
vez e todos eles se aproximaram ao mesmo tempo. 
Ele disse: “Quem quiser, que escolha seu parceiro”. 
Eles os levantaram e foram crucificá-los. 
e. Isto é o que aprendemos (TNYNN): A história é contada sobre (M C SH B) 
Simeon h. Shetah que enforcou mulheres em Ashqelon, Dizem que enforcou 
102 JUDAH AND SIMEON — III.i.3 
 
oitenta mulheres. Embora não se julgue dois [casos capitais] no mesmo dia, a 
hora exigia isso. 
(y. Ag. 2:2, repr. Gilead p. lla-b = y. Sanh. 
6:6, repro. Gileade pág. 28b-29a) 
Comentário: A perícope diante de nós une várias histórias distintas, e 
estas são composições de outras histórias. III.Í.3.A é uma representação da 
disputa entre Judá b. Ilai e Meir, mas os nomes dos mestres tanaíticos foram 
descartados. Isso não significa que a perícope seja anterior. Na verdade, é 
uma formulação bem diferente da disputa Meir-Judá. 
III.Í.3.B é uma composição de dois andares. O primeiro (a) é o relato da 
fuga de Judá para Alexandria. A segunda (b) tem a ver com o afastamento 
de seu discípulo, um eco da história de Jesus e Josué b. Perahiah. As 
palavras em itálico em III.i.3.Ba estão em hebraico, e a probabilidade é que 
este logion tenha sido o cerne de uma história - mas não esta! É atribuído a 
Josué b. Perahiah também (p. 83). III.i.3.Bb é uma versão abreviada do 
restante da história de Josué. É inútil sem os detalhes fornecidos lá. 
Portanto, toda a perícope de Judá (b) vem depois e depende do paralelo de 
Josué. 
III.i.3.C é uma perícope estranha e difícil. O primeiro elemento, 
III.Í.3.Ca, está completamente separado do resto e foi desajeitadamente 
acrescentado pela combinação do segundo sonho do homem piedoso com 
uma referência a Miriam. A longa discussão, que não traduzi, dos pecados 
do homem piedoso e do cobrador de impostos é um acréscimo adicional da 
parte a. Então vem outra história separada. O homem piedoso agora 
desaparece, tendo fornecido a conexão com o novo material. Aqui a figura 
principal é Miriam, cujo significado do nome do pai (se é isso que se 
pretende) me escapa. Aqui temos algumas evidências para um terminus 
ante quem, desde Yosi b. Hanina era uma palestina Amora de meados do 
século III e discípula de Yohanan b. Nappaha. Mas a data pertence apenas 
à históriade Miriam. 
Então vem uma transição desajeitada, na qual Simeon b. Shetah, 
anteriormente ausente de ambas as histórias, é apresentado. III.i.3.Cc ainda 
não é uma unidade. O homem piedoso agora retorna e é instruído a avisar 
Simeão de que ele está destinado à Geena. O homem piedoso recebe um 
sinal para demonstrar a Simeão, mas Simeão não exige isso. A transição 
para Simeão termina aqui. Como Simeão é Nasi, a história 
presumivelmente vem depois de Judá b. Ilai. 
Finalmente vem a história da execução das bruxas por Simeão, III.i.3.Cd 
A história certamente se destaca inteiramente por si mesma, ligada à 
anterior, mas intrinsecamente não relacionada a ela. Certamente circulou 
sozinho. Aqui Simeão é representado como um mestre da feitiçaria, o que 
ilustra R. Yohanan b. A regra de Nappaha de que ninguém poderia ser 
nomeado para o Sinédrio a menos que fosse um mestre da magia. A história, 
portanto,
JUDAH AND SIMEON — IILi.4, III.ii.1 103 
 
formas às concepções de Yohanan b. Nappaha e seu círculo. Mas seria 
exagero sugerir nessa base frágil que Yohanan b. O círculo de Nappaha 
inventou a história. 
A troca com as bruxas na mais antiga das duas versões, y. Hag., é 
certamente uma conta única e unitária. O desenlace é extremamente breve, 
na verdade muito rápido. O elemento conclusivo, III.i.3.Ce, portanto, 
“explica” toda a história, agora em hebraico. Sem ela, não teríamos uma 
noção clara do que acabou de acontecer ou por quê. A probabilidade é, 
portanto, que o elemento mais antigo do repertório seja III.i.3.Ce, ou seja, 
a versão do Sifré, com o restante seguindo em etapas. Mas o conto anterior 
não diz nada sobre bruxas enforcadas - então III.i.3.Ce dificilmente é uma 
assinatura apropriada! Tem oitenta e Ashqelon , mas falta o elemento 
crucial aqui: bruxas, 
Toda a perícope pode ser classificada como uma narrativa biográfica. O 
cenário deve ser a Palestina do século III. 
III.i.4. TNY: Quarenta anos antes da destruição do Templo, [a jurisdição 
sobre] crimes capitais foi removida [dos tribunais judaicos na Palestina ]. 
E nos dias de Simeão b. Shetah [jurisdição sobre] casos de litígio de 
propriedade (DYNY MMWNWT) foi removido (NTL). 
(y. Sanh. 1:1, repr. Gilead, p. 1b) 
Comentário: A ambientação da perícope não tem relação com seu 
conteúdo. Imediatamente anterior está um ditado de como R. c Aqiba abriria 
seu processo judicial, então o acima, seguido por um ditado de Simeon b. 
Yohai, depois Samuel. O todo é simplesmente uma coleção desconexa de 
ditos pertinentes à Mishná. 
A própria perícope é de um tipo familiar: nos dias de Simeão tal e tal 
aconteceu. Como em I.ii.l, Simeão figura como um herói antigo. 
É uma tradição curiosa. Os Tanaim tinham material substancial sobre o 
julgamento de dyny mmwnwt nos tempos do Templo, por exemplo, M. Ket. 
13:1-2, para mencionar apenas um entre muitos ditos e relatos de casos. 
Certamente, ninguém afirmou que os tribunais farisaicos haviam perdido o 
direito de julgar casos de propriedade. Também não há tradição de que os 
dias de Simeão tenham sido um período tão ruim quanto os quarenta anos 
antes da destruição. Portanto, tanto o significado quanto a intenção da 
perícope não são claros para mim. 
III.ii.1.A. DTNN: Simeão b. Shetah enviou a Honi, o Circulador, “Você 
precisa ser excomungado, e se você não fosse Honi, eu deveria decretar a 
excomunhão contra você, mas o que devo fazer? Pois tu apaziguas o 
Onipresente, e ele faz a tua vontade, como um filho que apazigua a seu pai, e 
ele faz a sua vontade, e a respeito de ti diz a Escritura: Teu pai e tua mãe se 
alegrarão, e aquela que te deu à luz se alegrará (Prov. . 23:25).” 
BR Joseph aprendeu (TNY): Tadeu de Roma acostumou o 
Os romanos comiam cabritos assados inteiros na véspera da Páscoa. Simeão b. 
Shetah enviou a ele e disse: “Se você não fosse Tadeu, eu deveria decretar 
104 JUDAH AND SIMEON — III.ii.2 
 
excomunhão contra você, porque você faz Israel comer coisas sagradas fora do 
recinto [do Templo].” 
(b. Ber. 19a) 
Comentário: Em y. MQ 3:1 a passagem é a seguinte: 
TNY: R. Yosi disse, “Tadeu de Roma... Páscoa” [como acima]. 
Os sábios enviaram a ele: “Se você não fosse Tadeu, decretaríamos a 
excomunhão contra você”. 
Aparentemente, a tradição de R. Joseph foi contaminada pela perícope 
anterior sobre Simeão b. Shetah, presumivelmente por causa da fórmula 
wereyou not . Por outro lado, é possível que a tradição de Joseph seja 
simplesmente uma versão tardia daquela em y. MQ 3:1, no qual agora são 
fornecidos não apenas o nome de Simeão b. Shetah, mas também o motivo 
de sua condenação à ação de Thaddeus. 
A perícope anterior refere-se claramente a M. Ta. 3:8 (b. Ta. 19a) e aqui 
foi citado separadamente. Não apoiaria minha afirmação de que a 
mensagem de Simeon para Honi não era parte integrante da história 
anterior. Aqui não nos é dito o que Honi fez para justificar a repreensão de 
Simeon; lá somos informados do que Honi fez, mas a repreensão de 
Simeon não é parte integrante da história. Mas o ponto é óbvio, já que a 
intenção é meramente referir-se à Mishná. 
O cenário é uma lista de decretos de excomunhão por conta de insultos 
aos professores. Josué b. Levi afirma que vinte e quatro desses incidentes 
são mencionados na Mishná. Isso não nos ajuda a investigar o pano de 
fundo da perícope, pois Josué simplesmente se refere a materiais existentes 
. A Mishná continua sendo o terminus ante quem para as pericópias, tanto 
separadamente quanto em conjunto. 
III.ii.2. TNY': Yosi b. Yo^zer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém 
decretou impureza na terra dos povos e nos vidros. 
Simeão b. Shetah ordenou o contrato de casamento para a esposa e decretou 
a impureza nos utensílios de metal. 
Shammai e Hillel decretaram impureza nas mãos. 
b. Shab. 14b (também citado em b. Shab. 15a) 
Comentário: A cadeia de tradição, que vimos anteriormente, aqui inclui 
uma das ordenanças (TQNWT) de Simeão, e um decreto (GZRH) também. 
Basta notar que o beraita não explica o que Simeão fez sobre o contrato de 
casamento e omite a referência ao estabelecimento de escolas para 
educação infantil. Quanto ao primeiro, outras tradições fornecem um relato 
completo da ordenança de Simeão, bem como as razões para isso. A lista 
é abreviada e, para fins práticos, serve simplesmente como um resumo ou 
conjunto de breves alusões.
JUDAH AND SIMEON — IILii.3 105 
 
IILii.3.A. TNW RBNN: “Três dos primeiros pares que disseram para não 
impor as mãos, e dois dos últimos pares que disseram para impor as mãos eram 
nasis, e os segundos a eles eram os chefes do tribunal”, as palavras de R. Meir . 
Os sábios dizem: “Judá b. Tabbai era o chefe do tribunal e Simeão b. Shetah 
era nasi? 
Quem é a autoridade tanaítica para o seguinte ensinamento dos rabinos 
(DTNW RBNN): 
(b. Ag. 16b) 
B. Rabino Judá b. Tabbai disse: “Que eu [não] veja consolo se não matar uma 
falsa testemunha, para remover do coração dos saduceus [uma opinião falsa], 
pois eles diriam que falsas testemunhas não são mortas a menos que o acusado 
tenha sido executado." 
Simeão b. Shetah disse a ele: “Que eu [não] veja consolo se você não 
derramou sangue inocente, pois eis que os sábios disseram que falsas 
testemunhas não são mortas até que ambas sejam provadas perjuras 
(ZWMMYM), nem são flageladas até que botb sejam provados perjuros, nem 
são multados [Lit.: eles pagam dinheiro] até que botb sejam provados perjuros.” 
Imediatamente Judá b. Tabbai comprometeu-se a nunca ensinar direito, 
exceto na presença de Simeon b. Shetah. 
C. Todos os dias [restantes] de Judá b. Tabbai ele se prostraria sobre o túmulo 
do homem morto, e sua voz seria ouvida [de longe]. 
As pessoas pensaram que era a voz do homem morto. 
Ele lhes disse: “É a minha voz. Você saberá disso amanhã, quando ele [eu] 
morrer, e sua [minha] voz não for mais ouvida.” 
(b. Hag. 16b = b. Mak. 5b = y. Sanh. 6:3, repr. Gileade 
p. 28a) 
Comentário: Variações nas diversas versões serão listadas na 
comparação sinóticaabaixo. 
Os sábios substituem Judá na parte A. O problema legal agora é a 
punição, não o número, de falsas testemunhas. Somente após a execução 
do decreto do tribunal, os perjuros são responsáveis. 
Em B. Bruxa. 16b acima serve como um comentário sobre M. Hag. 2:2. 
Nada intervém, e a atribuição do beraita não revela nenhuma influência 
amoraica. Parte B fólio ws em b. Bruxa. 16b, e recorrente em b. Mak. 5b e 
y. Sanh. 6:3. Mas b. Mak. 5b e y. Sanh. 6:3 omite a parte A. 
Em B. Mak. 5b, parte B ilustra uma discussão sobre testemunhas 
perjuradas e sua punição. A discussão antes e depois é anônima. 
Imediatamente a seguir em ambos b. Mak. e B. Hag., R. Aha b. Rava 
comenta com R. Ashi sobre o conteúdo do beraita, mas a história 
claramente é pelo menos dois séculos mais antiga. A parte B é citada em b. 
Bruxa. como um beraita existente que certamente circulava separadamente 
da parte A, como já vimos. Em B. Hag., Imediatamente após toda a 
perícope está uma nova Mishná. Não há mais discussão amoraica, além da 
106 JUDAH AND SIMEON — III.ii.4, 5 
 
observação de R. Aha mencionada acima. A parte C é o desenvolvimento 
mais recente, uma adição usual no estrato Zw^/Az. 
III.ii.4. ...Descobrimos que nos dias de Simeão b. Shetah, as chuvas caíram 
sobre eles nas quartas-feiras e nos sábados, até que o trigo cresceu como rins, a 
cevada como caroços de azeitona e lentilhas como denários de ouro. Eles 
amarraram alguns deles juntos como um exemplo (DWGNP) para as [futuras] 
gerações, para ensinar quanto [dano] o pecado causa, como é dito, Seus pecados 
causaram essas coisas^ e suas transgressões retiveram o bem ( Jeremias 5:25). 
Assim também encontramos em conexão com Herodes, quando eles estavam 
envolvidos na construção da casa sagrada, que as chuvas viriam [etc.]. 
(b. Ta c anit 23a) 
Comentário: O contexto é uma exegese de Lev. 26:4, sobre a chuva “no 
seu tempo”. É aqui parte de uma beraita» Nenhuma autoridade é 
mencionada. O todo é uma narrativa anônima. Shelomsu é descartado. Ver 
I.ii.l. 
III.Ü.5.A. Rav Judah disse: “A princípio, eles escreveriam para a virgem 
duzentos [^^] e para a viúva um maneh [cem], para que [os homens] 
envelhecessem e não tomassem esposas, até que Simeão b. Shetah veio e 
ordenou 'Toda a propriedade dele é responsável [pelo pagamento do] contrato 
de casamento dela.' ” 
B. Da mesma forma, foi ensinado em um beraita (TNY'): 
A princípio, eles escreveriam para a virgem duzentos (^^) e para a viúva um 
maneh, e eles envelheceriam e não tomariam esposas. 
Eles decretaram que deveriam deixá-lo na casa de seu pai. Mas ainda assim, 
quando ele ficava com raiva dela, ele dizia a ela: “Vá para o seu contrato de 
casamento”. 
Ordenaram que o deixassem na casa de seu pai. Mas ainda assim, quando ele 
ficava com raiva dela, ele dizia a ela: “Vá para o seu contrato de casamento”. 
Ordenaram que a deixassem na casa do sogro dela. As meninas ricas faziam 
cestas de prata e ouro, e as pobres faziam de barro e urina. 
Mas ainda assim, quando ele ficava com raiva dela, ele dizia a ela: “Pegue 
seu contrato de casamento e vá embora”. 
Então (= até, C DS) Simeon b. Shetah veio e decretou que ele
JUDAH AND SIMEON — III.ii.6 107 
 
deveria escrever para ela: "Toda a minha propriedade é responsável [pelo 
pagamento de] seu contrato de casamento." 
(b. Ket. 82b) 
Comentário: A tradição de Rav Judah não é a mesma que a beraita , pois 
omite os estágios intermediários que levam ao decreto de Simeão. Para 
nossos propósitos , no entanto, Rav Judah fornece um terminus ante quem 
para a tradição sobre Simeão, pois a língua de Rav Judah e a do beraita são 
quase idênticas: 
Judá: Até Simeão b. Shetah veio e ordenou, Todas as suas propriedades são 
responsáveis pelo contrato de casamento dela. 
Beraita: Até Simeão b. Shetah veio e ordenou que ele escrevesse para ela, Todas 
as minhas propriedades são responsáveis por seu [nr] contrato de 
casamento. 
A principal diferença, portanto, é que o beraita apresenta a ordenança de 
Simeão na forma de uma cláusula no próprio contrato de casamento. A 
beraita muda ainda mais o todo para o discurso direto, mas falha em fazer 
um trabalho completo, deixando -a em vez do seu esperado . Para ter 
certeza, a evidência do estado de MS é insuficiente para construir muito de 
um caso em qualquer leitura, e as variantes de MSS não estão disponíveis 
para mim. Para% s. Ket. 12:1 lê seu, mas há diferenças suficientes para que 
certamente não possamos sustentar que o beraita é uma cópia, imperfeita 
para ter certeza, da versão Toseftan . 
Simeon novamente serve como um nome conveniente para pendurar uma 
mudança no contrato de casamento, que se acredita ter ocorrido há muito 
tempo. A linguagem, no entanto, é uma atribuição direta: ele ordenou que 
se fizesse isto e aquilo. Portanto, a perícope deve ser classificada como um 
dito jurídico, não como uma narrativa biográfica. O contexto é fornecido 
pelo ditado de Rav Judah, em Pumbedita do final do século III. A parte de 
Simeão da perícope é uma narrativa unificada; o que é importante para 
nosso propósito é que o dito de Simeão é um breve lema. 
Os problemas jurídicos não interessam aqui. Veja David Weiss Halivni, 
Meqorot, pp. 225-6, para uma análise valiosa. 
A. I.ii.6.A. Abbaye disse: “Como eu sei que é o silêncio de um marido em 
um caso em que a esposa é acusada de cometer adultério por apenas uma 
testemunha, que o marido deve se divorciar da esposa se ele permanecer em 
silêncio]?” 
B. DTNY': A história é contada que (M<SH B) Yannai, o Rei, foi para 
Kohalit no deserto e lá conquistou sessenta cidades. Quando ele voltou, ele se 
alegrou muito e convidou (QR') todos os sábios de Israel. 
Ele disse a eles: “Nossos antepassados comiam peixe salgado quando 
estavam empenhados na construção da Santa Casa. Comamos também peixe 
salgado em memória de nossos antepassados”. 
Então trouxeram peixe salgado em mesas de ouro e comeram. 
C. Havia um certo escarnecedor, de coração mau e cabeça vazia, e Eleazar 
108 JUDAH AND SIMEON — III.ii.6 
 
ben Pofirah era seu nome. 
Eleazar b. Pofirah disse ao rei Yannai: “Ó rei Yannai, os corações dos fariseus 
estão contra você”. 
"O que devo fazer?" 
“Teste (HQM) eles pela placa (SYS) que está entre seus olhos.” Ele os testou 
pelo prato que estava entre seus olhos. 
D. Havia um certo sábio, e Judá b. Gediah era seu nome. Judá b. Gedidiah 
disse a Yannai, o rei: “Ó rei Yannai, basta-te a coroa da soberania [realeza]. 
Deixe a coroa do [sumo] sacerdócio para a semente de Aarão.” 
Pois as pessoas diziam que a mãe dele [de Yannai] havia sido capturada em 
ModPim. A acusação foi investigada e não encontrada [sustentada]. Os sábios 
de Israel partiram com raiva. 
E. Eleazar b. Pofirah então disse ao rei Yannai: “Ó rei Yannai, essa é a lei 
[não especificada aqui como a punição infligida a Judá] até mesmo para o povo 
comum em Israel. Mas você é rei e sumo sacerdote — essa deveria ser a sua lei 
também?” 
"O que devo fazer?" 
“Se você seguir meu conselho, você vai esmagá-los.” 
“Mas o que será da Torá?” 
“Eis que está enrolado e jogado no canto. Quem quiser aprender, que venha 
e aprenda”. 
(R. Nahman b. Isaac disse: “Imediatamente o epicurismo fPYQWRSWT] foi 
instilado nele [Yannai], pois ele deveria ter dito: 'Isso é muito bom para a Torá 
Escrita, mas o que será da Torá Oral? ”) 
F. O mal floresceu através de Eleazar b. Pofirá. Todos os sábios de Israel 
foram mortos. 
O mundo estava desolado até Simeon b. Shetah veio e restaurou a Torá em 
seu lugar. 
(b. Qid. 66a) 
Comentário: As palavras em itálico estão em aramaico, o restante em 
hebraico. O lugar de Simeão na perícope é certamente periférico. É como 
se um evento bem conhecido fosse mencionado no final: Simeão b. Shetah 
fez as pazes entre os fariseus e Yannai (ou ele venceu Yannai). Mas não 
sabemos o que realmente é atribuído a Simeão, pois o que ele disse ou fez 
não foi explicado. 
Uma tradição persistente sobre uma desavença entre osfariseus e 
Alexandre Jannaeus evidentemente circulou em tempos posteriores. Uma 
forma dessa tradição colocou a origem de toda a dificuldade aos pés de 
Simeão b. O próprio Shetah, sustentando que o rei acreditava que ele havia 
sido
JUDAH AND SIMEON — III.ii.7, 8 109 
 
enganado; portanto, Simeão fugiu por um tempo, mas depois voltou. Um 
segundo e diferente conjunto de tradições, do qual o acima é um exemplo, 
afirmava que as dificuldades entre Yannai e os fariseus (“rabinos”) como 
um grupo levaram à fuga de muitos deles, incluindo Judá b. Tabbai e/ou 
Josué b. Perahiah para Alexandria. Simeon conseguiu consertar as coisas - 
não sabemos como - e, portanto, convocou os refugiados a voltar. Mas as 
duas tradições não podem ser reconciliadas ou traduzidas para a linguagem 
histórica, nem podemos especular de maneira proveitosa sobre qual 
'núcleo' da verdade histórica está por trás de uma ou de ambas. Tudo o que 
sabemos é que Simeon b. Acredita-se que Shetah tenha desempenhado um 
papel na dificuldade, ou na reconciliação, ou em ambos. 
Podemos classificar a breve referência no final com material semelhante 
no qual Simeão fornece uma data (nos dias de) ou o nome de uma antiga 
autoridade honrada a quem atribuir uma lei venerável (ordenança de 
contrato de casamento: até que Simeão viesse e ordenado). Na verdade, 
Simeon não participa da história e não é mencionado até o final. Qualquer 
que fosse o papel importante que desempenhasse no partido ou na corte, 
não era suficiente para lhe dar influência no curso dos acontecimentos. Isso 
não pode ser considerado uma narrativa biográfica. Seu papel aqui em 
fornecer uma data para o fim da perseguição não é muito diferente de seu 
lugar na história de quanto choveu “nos bons velhos tempos”. 
Abbaye fornece o cenário para a citação - Pumbedita do século IV. A 
versão de Josefo é dada abaixo, pp. 173-176. 
III .ii.7. TNY': Rabino Simeon b. Shetah disse: “Posso [não] ver consolo, se 
não vi um homem que correu atrás de seu companheiro para a ruína, e eu corri 
atrás dele, e vi uma espada em sua mão, e seu sangue estava pingando, e o 
homem morto estava se contorcendo. 
“Eu disse a ele: 'Perverso! Quem matou este homem? Ou eu ou você! Mas o 
que devo fazer, pois seu sangue não é dado em minhas mãos, pois eis que a Torá 
disse: No depoimento de duas testemunhas o condenado será morto (Deut. 
17:6). Aquele que conhece os pensamentos exigirá vingança daquele homem 
que matou seu companheiro.' ” 
Eles dizem que não se moveram de lá antes que uma serpente viesse e o 
mordesse e ele morresse. 
(b. Sanh. 37b = b. Shav. 34a = y. Sanh. 4 : 9, repr. 
Gileade, p. 23b) 
Comentário: Ver Li.l. 
IV I.ii.8. TNY': R. Judá b. Dosetai diz em nome de R. Simeon b. Shetah: “Se 
um fugitivo da Palestina fugiu para o exterior, sua sentença não é anulada; se do 
exterior para a Palestina, sua sentença é anulada, por causa da prerrogativa da 
Palestina. 
Comentário: Tos. Sanh. 3:11 omite a referência a Simeão, assim como 
(b. Mak. 7a) 
110 JUDAH AND SIMEON — IV.i.l,2 
 
muitos MSS acima. Não posso explicar por que alguns MSS teriam -
atribuído o dito a Simeão. 
V VilR Ze c ira bar Abuna em nome de R. Jeremiah, “Yosef b. Yo c ezer de 
Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou a impureza na terra dos povos 
e nos vidros”. 
Rabi Yonah disse: “R. Judá b. Tabbai. 
R. Yosi disse: “R. Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah decretou impureza em 
utensílios de metal. 
“Hillel e Shammai decretaram sobre a pureza das mãos.” (y. Shab. 1:4, repr. 
Gilead p. 11a = y. Pes. 1:6, repr. Gilead p. 6b) 
Comentário: Em III.ii.2, b. Shab. 14b, o decreto é creditado apenas a 
Simeão. Para mais comentários, consulte estudos sinóticos. A classificação 
é uma forma da cadeia da tradição. O contexto é amoraico palestino do 
século IV, mas a tradição deve ser consideravelmente anterior a R. 
Jeremias. 
VI .Í.2.A. Simeão b. Shetah ordenou três coisas: 
(1) Que um homem pode fazer negócios com o contrato de casamento de sua 
esposa; 
(2) e que as crianças devem ir à escola; 
(3) e ele ordenou a impureza (TWM 5 H) para os objetos de vidro. 
B. R. Ze c ira, R. Abuna não disse em nome de R. Jeremiah, “Yosi b. Yo c 
ezer de Seredah e Yosi b. Yohanan de Jerusalém decretou a impureza na terra 
dos povos e nos vidros”. 
R. Yosi em nome de R. Judah b. Tabbai [JZ?]. 
R. Yonah disse: “Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah decretou a respeito de 
utensílios de metal, e Hillel e Shammai decretaram a respeito da pureza das 
mãos.” 
(y. Ket. 8:11, repr. Gilead p. 50b) 
Comentário: A lista dos decretos de Simeão agora é contestada, pois, 
como observamos, o decreto sobre utensílios de metal foi creditado a 
Simeão e a Judá b. Tabbai. Claramente, a tradição estava em um estado de 
confusão. No entanto, a base para a confusão aqui está diante de nós: o 
desejo de listar apenas os decretos ou ordenanças de Simeão. Como 
ninguém contestou que Simeão desempenhava um papel no terceiro item 
da lista, isso foi incluído a seu favor. Imediatamente a seguir, portanto, vem 
a pergunta sobre por que Judá foi omitido. A pergunta é idêntica ao ditado 
de R. Yosi em y. Shab. 1:4 = sim. Pes. 1:6, mas com esta diferença: lá R. 
Yonah é representado como dizendo “Judá b. Tabbai. Se o texto for uma 
representação precisa
JUDAH AND SIMEON — IV.i.3, 4 111 
 
ressentimento da tradição atribuída a ele, então podemos supor que ele 
passou a dizer que Judá b. Tabbai vem a seguir na lista e é creditado com 
um decreto sobre artigos de vidro. Então R. Yosi corrigiu a tradição 
dizendo que ambos os antigos eram os responsáveis. Aqui, em contraste, o 
ditado de R. Yosi é recorrente, mas R. Yonah é citado. Talvez o texto ou a 
tradição diante de nós esteja distorcido. 
A Parte A é classificada como um registro das ordenanças legais de 
Simeão. O contexto em y. Ket. 8:11 é uma discussão sobre a linguagem do 
contrato de casamento . Os materiais antecedentes são semelhantes aos da 
versão babilônica. Nenhuma autoridade é mencionada; o todo 
provavelmente é de origem tan naítica. 
Quanto à lista da parte A, podemos estar certos de que não. 3 é 
emprestado de outras versões, pois vimos a formulação precisamente nesta 
linguagem em b. Shab. 14b. A referência às escolas é única. Na verdade, 
pertence a Joshua b. Gamala. O conteúdo do n. 1 não é o que deveríamos 
esperar com base nas formulações anteriores. Na verdade, não foi isso que 
Simeão ordenou. Na melhor das hipóteses, pode ser uma tradição separada 
, na pior, um resumo truncado. A lista é uma composição; não sabemos 
quem o compilou, mas ele não poderia saber nem o beraita nem o ditado 
de Rav Judah em b. Ket. 82a. 
IV.i.3. As mãos de Simeão b. Shetah foram aquecidos [Jastrow, I, p. 476: 
“Ele foi muito severo na execução do julgamento.”] 
Surgiu uma conspiração de escarnecedores, dizendo: “Aconselhai-vos. 
Testemunhemos contra seu filho e matemo-lo”. 
Eles deram testemunho contra ele, e seu julgamento foi feito, para ser 
condenado à morte. 
Quando ele saiu para ser executado, disseram-lhe: “Meu senhor, somos 
mentirosos”. 
Seu pai queria trazê-lo de volta. 
Ele disse a ele: “Pai, se você procura trazer a salvação por sua mão, faça-me 
como o limiar” [Jastrow: “Faça-me o limiar para que a Lei passe sobre mim”]. 
(y. Sanh. 6:3, repr. Gilead p. 28a) 
Comentário: Ver III.i.3, ao qual o acima é um curioso suplemento. 
IV.i.4. Simeão b. Shetah trabalhava com linho [para se sustentar]. Seus 
discípulos lhe disseram: “Rabi, tire [este trabalho] de você, e nós compraremos 
para você um jumento, e você não terá que trabalhar tanto”. 
Eles foram e trouxeram para ele um burro de um sarraceno. Pendurada nela 
estava uma pérola. 
Eles foram até ele e lhe disseram: “De agora em diante você não precisa mais 
trabalhar”. 
Ele lhes disse: “Por quê?” 
Disseram-lhe: “Compramos para você um asno de um sarraceno e pendurada 
112 JUDAH AND SIMEON — IV.ii.l 
 
nele estava uma pérola”. 
Ele lhes disse: “Será que seu mestre sabia disso?”Disseram-lhe: “Não”. 
Ele lhes disse: “Vão, devolva-o”. 
(y. BM 2:5, repr. Gileade p. 8a) 
Comentário: Esta fábula biográfica é contada anonimamente. Um 
ensinamento legal é citado como tendo sido declarado antes de Judá, o 
Patriarca, mas o narrador, ou editor, que passa a explicar a ação de Simeão, 
nunca é nomeado e só pode ser datado de algum tempo depois de 200 DC. 
quanto tempo depois a história foi contada. Não tem relação com nenhuma 
outra história sobre Simeão, que normalmente é representado como um 
cortesão de Yannai, ou um padre, ou um juiz, mas nunca como um 
trabalhador comum. Portanto, devemos considerar a história como tardia e 
não relacionada às tradições vivas (se houver) sobre a vida e obra de 
Simeão. A história como está certamente é uma unidade, como seria de 
esperar em uma narrativa ficcional tardia. 
IV.ii.lA Yannai, o rei e a rainha comeram pão juntos, e, desde que ele matou 
os rabinos, não havia homem [capaz] de abençoar em seu nome. 
B. Ele disse à sua esposa: “Quem nos dará um homem para abençoar para 
nós?” Ela lhe disse: “Jure-me que, se eu lhe trouxer um homem, você não o 
atormentará”. 
Ele jurou. 
Ela trouxe para ele Simeon b. Shetah, seu irmão. 
C. Ela o sentou entre ele e ela. 
Ele disse a ele: "Você vê quanta honra eu lhe presto." 
Ele disse a ele: “Não é você quem me honra, mas a Torá que me honra, como 
está escrito, Seu caminho o exaltará e o honrará quando você a abraçar 
(Provérbios 4:8).” 
Ele disse a ela: “Você vê que ele não aceita autoridade (MRWT).” 
D. Deram-lhe o cálice para abençoar. 
Ele disse: “Como abençoarei? 'Bem-aventurado aquele de cujo [presente] 
Yannai e seus companheiros comeram*? 
Ele bebeu aquele copo. 
Deram-lhe outro, e ele o abençoou. 
(b. Ber. 48a) 
Comentário: A parte em itálico está em hebraico, o restante em 
aramaico. Aqui, um elemento da perícope sobre os trezentos nazireus, 
IILi.l, destaca-se inteiramente por si.
JUDAH AND SIMEON — IV.ii.2 113 
 
Um pouco de brilho transforma “a rainha” em sua irmã, solteira, mas 
tida como certa por b. Sof. 47a. Claramente, no que diz respeito ao redator, 
nenhuma referência a quaisquer outros elementos na antiga perícope é 
pretendida ou necessária, pois a ausência de Simeão é explicada por outros 
motivos na cláusula introdutória, parte A. Mas a parte C não é parte 
integrante da história , que poderia muito bem ter ido diretamente da parte 
B para a parte D. A cláusula final da parte C, na verdade, é emprestada de 
outros relatos. Aqui não se encaixa no propósito do narrador. Não é apenas 
supérfluo, mas contradiz o espírito do relato. Nesse ponto, Yannai deveria 
ter aceitado a explicação de Simeon, em vez de rejeitá-la. A referência aos 
“companheiros” é igualmente inexplicada. Neste contexto, teria sido 
suficiente para a bênção ser “Yannai comeu”. Portanto, toda a perícope é 
baseada nos materiais anteriores, separados deles artificialmente pelo 
redator para o presente propósito . 
O contexto é uma discussão sobre se alguém pode abençoar se não 
comeu com os outros presentes. Imediatamente a seguir está um comentário 
de R. Abba b. R. Hiyya b. Abba, aquele Simeão ainda errou, pois não havia 
comido nada, apenas bebido um copo de vinho. Mas o narrador pensou 
claramente que a história provava exatamente esse ponto, e isso é entendido 
nos contextos talmúdicos palestinos. O que aconteceu é que na inclusão da 
história para o propósito do editor babilônico, a história foi revisada, mas 
seu ponto original também foi perdido, presumivelmente porque a lei 
babilônica sobre esta questão diferia da visão palestina. Isso fica explícito 
no final: R. Hana b. Judah disse em nome de Rava: “A lei é que se ele 
comeu com eles uma folha de vegetal e bebeu um copo de vinho, ele pode 
ser combinado [para o propósito de dizer graças]. Mas ele não pode dizer 
Graças em nome de outros até que coma com eles a quantidade de uma 
azeitona de cereal.” 
A classificação é uma narrativa biográfica contada para ilustrar um ponto 
de direito. O cenário é a Babilônia do final do século IV. A história 
certamente deriva de fontes anteriores, que já revisamos (y. Ber. 7:2, y. Naz. 
5:3). Ele foi revisado e reduzido de sua versão anterior, mas os elementos 
realmente dados não são muito diferentes. A revisão deve ter ocorrido em 
uma escola babilônica. 
IV.ii.2. [A passagem é um relato extenso da oração da chuva de Honi, como 
na Mishná.] 
Então Simeão b. Shetah enviou a ele: “Se você não fosse Honi, eu deveria tê-
lo colocado sob a proibição, pois se os anos fossem como os anos de Elias, em 
cujas mãos estavam as chaves da chuva, o nome do Céu não seria profanado 
através de você? Mas o que devo fazer com você, pois você age petulantemente 
diante do Onipresente, e ele concede seu desejo, como um filho que age 
petulantemente diante de seu pai, e ele concede seus desejos. Assim, ele diz a 
ele: 'Pai, leve-me para tomar banho em água morna, lave-me em água fria, dê-
me nozes, amêndoas, pêssegos e romãs', e ele os dá a ele. De você, a Escritura 
diz: Alegrem-se teu pai e tua mãe... (Provérbios 23:25). 
(b. Ta. 23a, trans, J. Rabbinowitz, p. 117) 
114 JUDAH AND SIMEON — IV.ii.3, 4 
 
Comentário: Ver ILi.l, M. Ta. 3:8, e III.i.2. A versão palestina 
obviamente foi expandida aqui. Nota Epstein, Mevozot, p. 692. 
IV.ii.3. Qual foi o incidente com R. Joshua b. Perahiah? 
Quando Yannai, o Rei, matou os rabinos, Simeon b. Shetah foi escondido 
por sua irmã, enquanto R. Joshua b. Perahiah fugiu para Alexandria, no Egito. 
Quando havia paz, Simeão b. Shetah enviou: "De mim, Jerusalém, a Cidade 
Santa, para você, Alexandria no Egito, ó minha irmã, meu marido habita em seu 
meio e eu permaneço desolado." 
R. Joshua levantou-se e voltou...[etc]. 
(b. Sot. 47a) 
Comentário: Judá b. Tabbai de y. Bruxa. 2:2B e y. Sanh. 6:6B chegou 
Josué b. Perahiah. Já revisamos toda a perícope acima, pp. 83, 99. Aqui 
nosso interesse está no papel de Simeão. Não sabemos quem era a irmã, 
mas como o narrador achou importante, ela provavelmente é a rainha de 
b. Ber. 48a. 
A razão para o massacre dos sábios por Yannai não é dada. Simeon não 
desempenha nenhum papel em eventos anteriores. Depois, por estar 
disponível em Jerusalém, ele apenas consegue convocar os “rabinos” 
sobreviventes para que retornem. 
IV.ii.4.A. Por que os reis de Israel não são julgados ou têm permissão para 
julgar? 
B. Por causa de um incidente que ocorreu em conexão com (M C SH §HYH 
D) o escravo de Yannai, o Rei. 
Ele matou alguém. 
Simeão b. Shetah disse aos sábios: “ Olhem para ele* e vamos julgá-lo” 
Eles enviaram [palavra] a ele: “Seu escravo matou alguém.” Ele o enviou [o 
escravo] a eles [os sábios, para julgamento]. 
Eles enviaram [palavra] a ele: “Venha você também, pois a Torá diz: Se o 
aviso foi dado aos seus donos (Ex. 21:29). Que o dono do boi venha e fique ao 
lado de seu boi”. 
Ele [o rei] veio e sentou-se. 
Simeão b. Shetah disse a ele: “Rei Yannai, fique de pé, para que 
[testemunhas] possam testemunhar contra você, e não diante de nós [somente] 
você se levanta, mas diante dAquele-que-falou-e-o-mundo-veio -em-ser você se 
levanta, como é dito, então ambos os homens entre os quais a controvérsia 
permanecerão (Deuteronômio 19:17).”
JUDAH AND SIMEON — IV.ii.5 115 
 
Ele disse a ele: “Não como você diz, mas como seus camaradas dizem [devo 
agir].” Ele olhou para a direita e eles olharam para o chão. Ele olhou para a 
esquerda e eles olharam para o chão. Simeão b. Shetah disse a eles: “Vocês 
estão envoltos em pensamentos (B C LY MHSBWT). Deixe o Mestre dos 
pensamentos vir e exigir vingança de você. 
Imediatamente, Gabriel veio e os derrubou no chão, e eles morreram. 
C. Naquele momento eles disseram: “O Rei não julga nem é julgado, nem dá 
testemunho, nem é objeto de testemunho. 
(b. Sanh. 19a-b) 
Comentário: As passagens em itálico estão em hebraico, o restante em 
aramaico. Aqui a matança dos sábios é atribuída a um anjo de Deus, como 
um ato de punição por seucomportamento supino em relação a Yannai. 
Simeão não é vítima, mas causa do castigo. E o rei desempenha um papel 
digno de crédito. Ele obedece aos sábios e executa suas ordens. Mas por 
causa de seu próprio fracasso em cumprir a lei, Gabriel os mata e o rei fica 
livre. Consequentemente, a decisão é feita de que o rei (= o Estado) não é 
convocado para um tribunal rabínico. 
A perícope é um singleton. É dado anonimamente, não atribuído a 
comerciantes tanaíticos. Antes da passagem vêm comentários referentes à 
Mishná, mas não a esta história, feitos por R. Joseph e Resh Laqish, e então, 
“Mas por que esta proibição dos reis de Israel? Por causa de um 
incidente...” O assunto introdutório não envolve autoridades nomeadas. 
É uma unidade; nenhum elemento poderia ter sido compreendido por si 
só, e nenhum é supérfluo para a história tal como está. A linguagem não é 
consistente; começa em aramaico e termina em fonzzta-hebraico. Mas a 
narrativa é suave. Não temos base para estimar quando teria sido composto. 
Uma vez que não tem relação com materiais anteriores , no entanto, pode-
se fazer uma suposição prima facie de que não faz parte de quaisquer 
tradições em desenvolvimento existentes em relação a Simeão. Não revela 
sinais de materiais ou padrões mnemônicos. 
A polêmica é claramente contra os sábios que falham em enfrentar a 
autoridade. A autoridade aqui é o “rei”, mas em tempos posteriores poderia 
muito bem ter sido o patriarca ou o exilarca. Mas isso não nos permitirá 
atribuir ao contador de histórias tal motivo. Josefo, Antiguidades 14:168-
184, tem uma história mais ou menos semelhante, na qual Samaias fala 
contra Herodes diante de Hircano. Epstein, Mevó*ot, p. 55, portanto 
transforma Yannai aqui em Herodes e diz que a lei da parte C é Simeão b. 
De Shetah! Outros identificaram Samaias com Shammai ou Shema c iah. 
IV.ii.5. [R. Hisda e R. Adda b. Ahava comenta sobre as ações de Simeon em 
Ashqelon.] 
(n. Sanh. 46a) 
Comentário: Ver y. Bruxa. 2:2C. A Mishná aqui inclui a referência de 
Eliezer às mulheres enforcadas de Simeão. A declaração de Hisda é 
revisada à luz desse evento. 
116 JUDAH AND SIMEON — IV.ii.6, Vl.i.l 
 
IV.ii.6. [Referência a] “os grãos de trigo de Simeão b. Shetah” [como 
particularmente grande.] 
(n. Hui. 119b) 
Comentário: No contexto de uma discussão envolvendo R. Aha b. Rava, 
o acima aparece como uma expressão proverbial denotando trigo muito 
grande, com referência à história citada acima, b. Ta c anit 23a. 
Vl.ilA R. Jeremias perguntou: “Pode a Graça ser recitada em comum 
incluindo aquele que comeu vegetais?” 
B. Trezentos nazireus subiram nos dias de Simeão b. Shetah. Para cento e 
cinquenta deles ele encontrou motivos para absolvição, e para cento e cinquenta 
deles ele não encontrou motivos para absolvição. 
Ele foi até Yannai, o Rei. Ele lhe disse: “Trezentos nazireus subiram e 
precisam de novecentas ofertas. Você dá a metade e eu a metade. 
Yannai deu-lhes metade. 
Uma língua má saiu e disse: “Simeão não deu nada”. 
Ele ouviu e fugiu. 
C. Depois de alguns dias, dignitários persas estavam comendo à mesa de 
Yannai, o rei. Eles disseram: “Lembramos que havia um sábio aqui e ele nos 
disse coisas sábias”. 
Ele disse à irmã: “Envia, traze-o”. 
Ela lhe disse: “Dê-lhe sua palavra e ele virá”. Ele lhe deu sua palavra. 
D. Ele veio e sentou-se entre o rei e a rainha. 
Ele [Yannai] perguntou: “Qual é o significado disso?” 
Ele [Simeão] disse a ele: “Como está escrito no Livro de Ben Sira, estime-a 
para que ela o exalte e o coloque entre os príncipes”. 
Ele lhe disse: “Por que você me enganou?” 
Ele lhe disse: “Que Deus me perdoe! Eu não te enganei, mas você deu do seu, 
e eu do meu, como está escrito: Pois a sabedoria é uma defesa, assim como o 
dinheiro é uma defesa (Qoh. 7:12). 
E. Ele disse a ele: “E você não me disse [que você não tinha dado o dinheiro, 
mas sim a absolvição]?” 
Ele disse a ele: "Se eu tivesse dito a você, você não teria feito isso." 
F. Ele disse a ele: “E por que você fugiu?” 
Ele lhe disse: “Como está escrito: Esconda-se por um momento, até que passe 
a ira (Is 26:20)”.
Ele preparou uma taça [de vinho] para ele e disse-lhe para abençoar. 
G. Ele disse: “Vamos abençoar a comida que Yannai e seus companheiros 
comeram.” 
Ele lhe disse: “Em todos os meus dias, nunca ouvi falar de você sobre esse 
assunto”. 
Ele respondeu: “O que você quer? Devo abençoar a comida que não comi?” 
JUDAH AND SIMEON — VLiii.l, VLxii.l 117 
 
Ele misturou a xícara para ele uma segunda vez. 
Ele disse. “Vamos abençoar a comida que comemos.” 
(Gen. R. 91:3, ed. Theodor-Albeck, III, pp. 1114-
1117.) 
Comentário: Ver y. Ber. 7:2, III.i.1. Aqui Salomé é a irmã de Yannai - 
ou o pronome tem o antecedente errado. 
VLiii.l. A história é contada (M C SH B): Nos dias de Simeão b. Shetah e nos 
dias da Rainha Shelomsy, que as chuvas cairiam de sábado a sábado, até que o 
trigo se tornasse como rins, a cevada como caroço de azeitona e as lentilhas 
como denários de ouro. Os sábios reuniram (SBR) alguns deles e os colocaram 
de lado para as próximas gerações. Tudo isso por quê? Para mostrar quanto 
[dano] o pecado causa, para cumprir o que é dito (Jr 5:25) [etc.]. 
(Lev. R. 35:10, ed. Margoliot IV, p. 829, linhas 1-4.) 
Comentário: Ver Sifra Beh., I.ii.l. E é adicionado entre Salomé e 
Simeão. 
VLxii.l. No dia 18 de Tevet, a congregação [dos fariseus] tomou seu lugar no 
julgamento. 
Porque os saduceus estavam sentados no Sinédrio. Yannai, o Rei, e 
Shelominon [JV?], a Rainha, estavam sentados com ele. E nenhum de Israel se 
sentou com eles, exceto Simeão b. Shetah. Eles pediriam responsa e leis e não 
sabiam como trazer a prova da Torá. 
Simeão b. Shetah disse a eles: “Quem sabe como trazer [prova] da Torá está 
apto (K$R) para se sentar no Sinédrio”. 
Certa vez, um assunto prático caiu entre eles, e eles não sabiam como trazer 
a prova da Torá, exceto por alguém que estava resmungando e dizendo: “Dê-
me um tempo e amanhã voltarei”. 
Ele deu-lhe tempo. Ele foi e sentou-se sozinho, mas não conseguiu trazer a 
prova da Torá. No dia seguinte teve vergonha de vir
118 JUDAH AND SIMEON — Vl.xii.l 
 
Simeão b. Shetah e 
Judá b. Tabbai 
EU 
tanaítico 
Midrashim 
Il.i 
Mishná 
ILii 
Tosefta IILi Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara Palestina 
1. Homem 
condenado à morte 
ilegalmente 
Mekh. Kaspa III 
31-41 (Judá 
critica Simeão) 
 
Para% s. Sanh. 6:6 
(Simeão critica 
Judá) 
y. Sanh. 4:9 e. 
Sanh. 6:3 (Simeão 
critica Simeão) 
2. Anomalia da lei 
contra prova 
circunstancial 
Mekh. Kaspa III 
31-41 (Judá) 
 Para% s. Sanh. 6:6 
+ 8:3 (Simeão) 
y. Sanh. 4:9 
y. Sanh. 6:3 
3. Judá: Não pode 
impor as mãos 
Simeão: Pode impor 
as mãos (= No. 
4) 
 M. Hag. 2:2 
4. Judá era Nasi 
Simeon chefe do 
tribunal ou vice-
versa 
 Para% s. Bruxa. 2:8 y. Bruxa. 2:2a 
y. Sanh. 6:6a 
5. Judá b. Tabbai em 
Alexandria 
 
y. Bruxa. 2:2b 
y. Sanh. 6:6b 
6. Impureza 
decretada em 
utensílios de metal 
 
7. Cadeia Avot Avot 1:8-9 
 
e sente-se no Sinédrio. Simeão b. Shetah pegou um dos discípulos e o colocou em seu 
lugar. 
Ele lhes disse: “Não se pode diminuir o Sinédrio para menos de setenta e um”. 
Assim ele fazia com eles todos os dias até que todos eles tivessem desaparecido, e o 
Sinédrio de Israel estivesse assentado. 
O dia em que o Sinédrio dos saduceus desapareceu e o Sinédrio de Israel se assentou, 
eles fizeram um feriado. 
(Megillat Ta canit , ed. Lichtenstein, p. 342-3.) 
Comentário: Como frequentemente no Scholion medieval para Megillat Ta c anit nós 
JUDAH AND SIMEON — Vl.xii.l 119 
 
Tin.ii 
Materiais Tannaíticos 
na Guemará 
Babilônica 
IV.i Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Palestina 
IV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V 
ARN VI Compilações 
posteriores de 
Midrashim 
b. Bruxa. 16b b. Mak. 
5b (Simeão critica 
Judá) 
 
eu b. Sanh. 37b 
: b. Shav. 34a 
| 
eu 
eu 
 
(b. Sot. 47a Josué 
em vez de Judá) 
 
b. Shab. 14b 
(Simeãosozinho) 
y. Shab. 1:4 
y. Pes. 1:6 
y. Ket. 8:11 
 
 
encontre materiais sem antecedentes na literatura talmúdica. A perícope é 
uma unidade altamente literária - dramática, suave, sem lacunas na narrativa 
- e independente de qualquer tradição anterior. É ainda outra versão da luta 
entre Yannai e os fariseus, mas aqui os saduceus são os antagonistas, e o rei 
apenas um espectador. A rainha não desempenha nenhum papel. A forma 
pela qual os saduceus são representados como murmuradores que precisam 
de mais tempo e no final falham é familiar em outros materiais da Megillat 
Ta canit ( Development, pp. 180-182). A inteligência superior do 
representante farisaico conquista tudo. Simeon aqui, como Yohanan ben 
Zakkai em pericopae semelhantes em Meg. Ta., supera os saduceus, e sua 
vitória é comemorada. Cito a perícope meramente para ilustrar a maneira pela 
qual materiais completamente novos em épocas posteriores foram fabricados 
e depois atribuídos a heróis anteriores. 
120 JUDAH AND SIMEON — Vl.xii.l 
 
Simeão b. Shetah 
sozinho 
EU 
tanaítico 
Midrashim 
Il.i 
Mishná 
Il.ii 
Tosefta 
IILi 
Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara 
Palestina 
1. Choveu muito no 
tempo de Simeão 
2. Enforcado oitenta 
mulheres em 
Ashqelon 
3. repreendeu Honi 
Sifra Behuqotai 
1:1 
Sifré Deut. 
221 M. Sanh. 6:4 
M. Ta'anit 3:8 
 
y. H a g* 2:2c y. 
Sanh. 6:6 
MQ 3:1 
y. Tá. 3:10 
4. Decreto sobre 
contrato de 
casamento 
5. Simeão, Yannai e 
os nazireus 
6. Depois do dia de 
Simeão, nenhum 
litígio de propriedade 
 
Para% s. Ket. 12:1 
v . J3et. 7:2 
y_ Naz- 5:3 
y . Sanh. 1:1 
7. Decreto sobre a 
limpeza de utensílios 
de metal 
 
8. Simeão restaurou 
o favor dos fariseus 
com Yannai 
 
9. Decretado que as 
crianças devem ir à 
escola 
 
10. pérola devolvida 
11. Chamou Josué 
de volta do Egito 
12. Julgou Yannai 
pelo assassinato de 
escravo 
13. saduceus 
vencidos 
 
/y. Bruxa. 2:2, e. 
Sanh. 6:6, Judá) 
 ——■— 
JUDAH AND SIMEON — Vl.xii.l 121 
 
III.ii 
; Materiais 
Tannaíticos na 
Guemará Babilônica 
IV.i Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Palestina 
IV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V 
ARN 
VI 
Mais tarde 
Compilações de 
Midrashim 
b. Tá. 23a 
 
b. Hui. 119b 
 
Lev. R. 35:10 
 
y. Sanh. 6:3 
(filho) 
b. Sanh. 46b 
 
b. Ber. 19a 
b. Tá. 23a 
 
b. Tá. 23a 
 
Lev. R. 35:8 
b. Shab. 14b 
b. Ket. 82b 
y. Ket. 8:11 
b. Ber. 48a 
(diz benção) 
 
Gên. R. 91:3 
b. Shab. 14b 
y. Ket. 8:11 
y. Pes. 1:6 
 
b. Qid. 66a 
y. Ket. 8:11 
 
 
y. BM 2:5 
b. Sof. 47a 
b. Sanh. 107b 
 
Deut. R. 13:5 
 
b. Sanh. 19a-b 
 
 
Meg. Tá. pág. 342-3 
122 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
m. SINOPSES 
A. Judá b. Tabbai e Simeão b. Shetah 
1. Homem condenado à morte ilegalmente e anomalia da lei contra provas 
circunstanciais 
Mekh. Kaspa III 31-41 Para% s. Sanh. 6:6 = Meio. 
Bronzeado. ed. Hoffmann, 
pág. 112 
Para% s. Sanh. 8:3 
1. Uma vez (KBR) S. matou 
(HRG) uma falsa testemunha 
1. Judá disse 1. ------ 
2. Judá b. Tabbai disse a ele 2. ------- 2. ------ 
3. Que eu [não] veja consolo -
se você não derramou sangue 
inocente [= Tos. 7*] 
3. Posso „ „ se eu não 
matei um perjuro arrancar 
do coração dos 
Boethusianos que dizem que 
o acusado deve ser 
condenado à morte [antes 
que o perjuro seja morto] 
(Meados do Tan. = 
Saduceus) 
3. ------ 
4. e a Torá disse 4. ------ 4. ------ 
5. Matar pelo depoimento de 
testemunhas, matar pelo 
depoimento de perjuros 
5. ------- 5. ------ 
6. Assim como as testemunhas 
são duas 
6. ------- 6. ------ 
7. então os perjuros são dois 7. ------- 7. ------ 
7*. ------ 7*. Simeão disse a ele: 
Posso [etc.] se você não 
derramou sangue inocente 
7*. ------ 
7**. ____ 7**. = Mekh. 6,7 7**. ____ 
8. e uma vez (WKBR) 8. ------- 8. Simeão disse: Posso 
[etc.] se não visse alguém 
correndo atrás de seu 
companheiro com uma 
espada na mão. Ele entrou 
antes dele em uma ruína e 
correu atrás dele. 
9. Judá b. Tabbai entrou em -
ruínas. 
9. ------- 9. Entrei depois dele 
10. e encontrei lá um homem 
morto ainda se contorcendo 
(MPRPR) 
10. ------ 10. e o encontrou morto 
11. e a espada pingando 
sangue (MNTP DM) 
11. ------ 
11. e a espada na mão do 
assassino j, ,, 
12. da mão do assassino 
12. ------ 12. [veja acima] 
13. Judá b. Tabbai disse-lhe: 
Que [o mal] venha sobre mim 
13. ------ 13. Eu disse a ele: Wlcked 
one - 
» » » 
JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 123 
 
14. se não você ou eu 
matamos 
14. ------ 14 » » » 
dele 
15. Mas o que devo fazer 15. ------ 15. „ „ „ para o seu 
16. pois eis que a Torá disse, 16. ------ 
caso não é entregue em 
minha mão 
16» „ „ 
No depoimento de duas 
testemunhas (Deut. 19:15) 17. 
Mas aquele que sabe e 17. ------ 17. [Omite: mestre de} 
o mestre dos pensamentos 
(HYWD' WB<L 
HMHSBWT) 
18. ele punirá com exatidão 18. ------ 18. „ „ „ 
mento daquele homem 
19. Ele mal tinha vindo 19. ------ 19. Ele não se mexeu 
quando uma serpente o 
mordeu e ele morreu. 
20. ------- 20. Naquele momento 
de lá " " " 
20. ------ 
 Judá assumiu a 
responsabilidade de não 
ensinar a lei, exceto de 
acordo com Simeão. 
[Meados. Bronzeado. 
cópias b. Mak. 5b, não. 20.] 
 
 
O Tosefta dividiu a perícope única, mas composta de Mekh. Kaspa em seus dois 
componentes; a primeira, sobre matar um perjuro, é separada da história sobre provas 
circunstanciais. Em ambos os casos, Judá é substituído como herói por Simeão. Além 
disso, o Simeon dos Tos agora diz a Judá que ele derramou sangue inocente; o Judá de 
Mekhilta diz o mesmo a Simeão. O Tos.'s Judah explica sua ação: infligir punição 
exemplar. Deste Mekh. não sabe nada. Para% s. não. 3 parece depender de Mekh. não. 
1. A versão do Tos. do assassinato impunível é semelhante à de Mekhilta e em muitos 
aspectos depende dela, por exemplo, na correção do mestre de (nº 17), que é redundante, 
e no fortalecimento da conclusão (nº 19) matando o homem na presença do rabino. Da 
mesma forma não. 13 é intensificado pelo palavrão ímpio. Todo o relato agora é feito na 
primeira pessoa, como a narrativa do próprio Simeão. Ambas as versões do Toseftan são 
desenvolvimentos da perícope composta do Mekhilta. Mas os desenvolvimentos não são 
meramente de detalhe, o que nos permitiria imputar dependência. Em vez disso, os 
nomes dos mestres são consistentemente invertidos, e isso sugere adulteração 
deliberada, não apenas o aumento de um detalhe ou outro. As outras versões dependem 
em geral do Toseftan, como veremos agora. Mekhilta se destaca principalmente dos 
desenvolvimentos posteriores da 
124 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
perícope. Para o próximo estágio da comparação, daremos y. Sanh. 4:9, ao qual as outras 
versões serão comparadas. 
j'. Sanh. 4:9 = Meio. 
Bronzeado. ed. 
y. Sanh. 6:3 b. Mak. 5b 
Hojfmann p. 101 
1. Simeão disse: Posso ver 
consolo 
1. ------ 1. ------ 
2. Se eu não visse um 
perseguindo o outro 
2. ------ 2. ------ 
3. Ele entrou [Meados. Tan.: 
rari\ 2i ruína 
3. ------ 3. ------ 
4. Entrei depois dele 4. ------ 4. ------ 
5. e o encontrou morto 5. ------ 5. ------ 
6. e este saindo 6. ------ 6. ------ 
7. e a espada pingava sangue 
7. ------ 7. ------ 
8. Eu disse a ele 8. ------ 8. ------ 
9. Posso ver consolo 9. ------ 9. ------ 
10. que este o matou 10. ------ 10. ------ 
11. mas o que devo fazer 11. ------ 11. ------ 
12. porque o seu sangue não é 
entregue em minhas mãos 
12. ------ 12. ------ 
13. mas aquele que conhece os 
pensamentos exigirá punição -
desse homem 
13. ------ 13. ------ 
14. Ele nem saiu de lá 
[HSPYQ LS>T] 
14. ------ 14. ------ 
15. antes que uma serpente o 
mordesse e ele morresse. 
15. ------ 15. ------ 
16. ------ 16. Judá b. Tabbai 16. TNY' 
 disse: Posso ver consolo »> » 
 ção se eu não matasse um » 
 testemunha falsa. Para eles tirar do coração 
 diria, até que ele seja dos saduceus que 
 morto [a falsa testemunha é diria _ 
 não punido], comoé dito 
(Ex. 21:23), Alma por alma 
» » » 
17. ------ 17. Simeão b. Shetah disse a 
ele: Posso ver consolo 
17x ' • » » » 
18. ------ 18. se não for considerado 18. se você não derramou 
 para você como se você 
derramasse 
» » ,, 
 sangue inocente. pois os sábios disseram, 
uma punição até que os -
perjuros acusados sejam 
ambos considerados 
culpados [+ fiagelação e 
multas, na mesma fórmula] 
19. ------ 19. Naquela época ele 
pegou 
19. „ „ „ exceto em 
 sobre si mesmo para não 
ensinar, exceto do 
a presença " " 
 
JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 125 
 
 boca de Simeão b. 
Shetah. 
20. ------ 20. ------ 20. E todo o resto da vida 
de fudaV ele se prostrou no 
túmulo daquela 
testemunha, e sua voz foi 
ouvida, e as pessoas 
pensaram que era a voz do 
homem morto. Ele disse: É 
a minha voz. Você saberá 
amanhã, quando ele 
morrer. 
b. Sanh. 37b b. Shav. 34a b. Bruxa. 16b 
1. TNY' 
X. x. -LN X ,, ,, ,, 
1 • ” » » 1. — 
2. „ „ „ outro em ruínas 
2* „ 55 ,, [como b. 
Sanh.] 
2. 
— 
3. Corri atrás dele 3 JJ JJ 55 3. — 
4. ------ 4. ------ 4. — 
5. Eu o vi com uma espada na 
mão 
5. \ encontrei-o „ „ „ 5. 
— 
6. ------ 6. ------ 6. — 
7. e seu sangue estava 
pingando e o homem morto 
estava se contorcendo 
7. ,, ,, ,, [como b. Sanh.] 7. 
— 
8* JJ JJ 9Í JJ JJ JJ 8. — 
9. ------ 9. ------ 9. — 
10. Wickedl Quem matou este 
homem? Você ou eu 
10. „ „ „ 10. 
— 
11* » » » H* JJ JJ JJ 11. — 
12. „ „ para lo, o 
A Torá disse Deut. 17 
12 JJ JJ JJ 
12. — 
13. „ „ „ daquele homem que 
matou seu companheiro 
13. O Onipresente irá „ „ „ 
fromjwz [omite quem-
companheiro] 
13. 
— 
14. Eles disseram que ele não 
se moveu de lá antes que uma 
cobra viesse e o mordesse e 
ele morresse 
14. „ eles não se moveram 
antes de uma cobra o 
morder [omite veio e\ 
14. 
15. [Como acima] 15. [Como acima] 15. — 
16. ------ 16. ----- 16. TNW RBNN 
17. ------ 17. ----- 17. [Como b. Mak. 5b] 
18. ------ 18. ----- 18. [Como b. Mak. 5b] 
19. ------ 19. ----- 19. [Como b. Mak. 5b] 
20. ------ 20. ------ 20. [Como b. Mak. 5b] 
O beraita sobre a punição exemplar, mas ilegal, de Judá à falsa testemunha, b. Mak. 5b 
= b. Bruxa. 16b, é uma melhoria na versão equivalente em y. Sanh. 6:3. Lá eles diriam 
que não está claro. A versão babilônica fornece a identidade daqueles que sustentavam 
a falsa opinião, ou seja, os saduceus. Isso depende ainda mais de Tos. Sanh. 6:6, mas 
Boethusians é descartado em favor dos Saduceus. A citação exata dos 
Boethusians/Saduceus varia um pouco. y. Sanh. fornece um texto de prova para sua 
126 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
opinião, que está ausente em Tos. Sanh. e depois caiu em b. Mak. = b. Bruxa. A mudança 
mais marcante ocorre no n. 18, onde a linguagem se não é considerada para você como 
se você derramasse é alterada para o mais direto que você derramar, isso é uma 
simplificação e uma melhoria. Para% s. nada sabe sobre a promessa de Judá de não 
ensinar instrução/lei, exceto de acordo com Simeão, que ocorre com mais detalhes 
dramáticos - na presença de - no beraita babilônico , O palestino é intermediário; não 
especifica o que Judá não ensinaria. O beraita , em resumo, é inquestionavelmente 
posterior e um aperfeiçoamento de y. Sanh., sendo mais suave, eliminando detalhes 
irrelevantes (por exemplo, o texto-prova), mas fornecendo “omissões” importantes, por 
exemplo, o que Judá não ensinaria, e acrescentando flagelação e multas. Em um aspecto, 
a saber, não. 16, para remover etc., o beraita obviamente deve depender de Tos. Mas 
em todos os outros aspectos importantes, é um desenvolvimento de y. Sanh. 6:3 – 
portanto eclético ou composto, um resultado intrigante. 
O Mekh. A versão fornece a história mais breve e menos satisfatória, omite os 
detalhes dramáticos do relatório de Judá (Simeão) sobre o que ele havia feito e do voto 
de Judá de não ensinar, exceto seguindo as opiniões de Simeão. O número 20 da beraita 
é certamente uma adição dramática e colorida ao todo, conhecida apenas na versão mais 
recente. 
A história sobre o assassino que a lei não pode punir está ligada ao anterior em Mekh. 
Kaspa, mas todos os outros lugares estão separados. Em Mekh. Kaspa encontramos 
novamente a forma mais simples e menos embelezada. As mudanças de y. Sanh. 4:9 a 
b. Sanh. 37b = b. Shav. 34a não são consideráveis. A cena é um tanto esclarecida e nítida. 
Ele entrou,,,! inserido de y. Sanh. torna-se o confronto dramático de b. Sanh .: Corri 
atrás dele e o vi um momento depois que ele fez a ação. Então os detalhes (nº 7) são 
grandemente aumentados, mas novamente são extraídos principalmente de Mekh. 
Kaspa, além dos relatos anônimos, não resumidos aqui, que invariavelmente incluem os 
detalhes sangrentos. O que devo fazer de y. Sanh. 4:9 é bastante expandido por referência 
ao texto-prova, mas aqui isso é artisticamente introduzido no contexto da troca entre o 
sábio e o assassino. Então, no n. 14 de b. Sanh., o narrador assume o lugar obscuro que 
ele não deixou , então agora somos informados de quem forneceu os detalhes do 
desenlace. 
Como observamos acima, as duas histórias são distintas e circulam por si mesmas. 
Somente o Judá b. A versão Tabbai foi mantida junta. Os Simeon-ones foram 
autorizados a se desenvolver separadamente. Os beraitot em ambos os 
JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 127 
 
casos fornecem informações adicionais, mas não temos motivos para supor que 
contenham material retirado de outras tradições independentes. Em cada instância, com 
base nas versões anteriores, podemos facilmente explicar as alterações. Apenas não. 20 
é totalmente independente do anterior, mas é certamente um embelezamento dramático, 
nada mais; é o tipo de acréscimo que os editores do beraitot adoravam fazer. 
Agora, supondo que a Mekhilta seja a versão mais antiga das perícopas, notamos que 
os relatos posteriores são em geral dependentes dela, ou pelo menos relacionados a ela 
em todos os detalhes importantes, exceto para a identificação do herói. Pode-se dizer 
que o todo é uma tradição viva, pois os detalhes encontrados mais tarde normalmente 
derivam de relatos anteriores e podem ser prontamente rastreados de uma versão para 
outra. Mas o que está diante de Mekh. Kaspa? Acho difícil imaginar que as relações 
literárias que observamos não signifiquem a dependência, da Mekhilta, dos relatos nos 
quais Simeão é o herói. A versão Mekhilta de R. Ismael é o que Meir teria fornecido; 
todos os outros em geral seguem a opinião de Judá b. Ilai, fazendo Simeão Nasi, Todos 
os elementos dos materiais de Simeão, portanto, são revisões do anterior, incluindo o 
fato importante de que Simeão é o herói, Judá o juiz que errou. Nesse caso, a tradição 
correta deve ser aquela que coloca Judá b. Tabbai superior a Simeão b. Shetah - assim 
como em M. Hag. Os outros testemunham a capacidade de Judá b. Ilai e aqueles que 
compartilhavam sua visão não apenas para desenvolver a tradição mais antiga, mas 
também para revisar completamente seus fatos históricos e biográficos. A importância 
relativa de Simeão e Judá parece ter constituído uma questão importante para as escolas 
tanaíticas do final do segundo século. 
2. Nasi - Chefe do Tribunal 
 
Tos, Hag, 2:8 
1. There were five pairs. 
2. Three of the first pairs who 
said not to lay on hands 3. and 
two of the last who said to lay 
on hands 
4. were Nasis, 
5. and the second were heads 
of court, according to R. 
Meir. 
6. R. Judah says, Simeon b. 
Shetah was Nasi, Judah b. 
Tabbai head of the court 6*. 
 
y. Hag, 2:2a 
1. ----- 
2. ----- 
3. ----- 
4. ----- 
5. ----- 
y. Sanh. 6:6a 
1. ----- 
2. ----- 
3. ----- 
4. ----- 
5. ----- 
6. [As in 6*] 6. [As in 6*] 
6*. We have learned CNN 
TNYNN): Judah b. 
Tabbai was Nasi, Sim- 
6*. Some Tannaim teach 
(’YT TNYY TNY) Judah 
b. Tabbai 
128 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
 
Os Tos. versão assim não foi reproduzida, meramente citada, na discussão amoraica 
palestina.Mas. Bruxa. reformula o todo de forma explícita: Judá era Nasi, Simeão 
era o chefe do tribunal. Em y. Sanh. duas atribuições separadas para Tannaim 
simplesmente atribuem a posição de Nasi a cada uma das autoridades. Em qualquer 
caso, a linguagem de Tos. foi abandonado, enquanto a autoridade tanaítica é 
reivindicada por seu conteúdo. 
3. Judá b. Tabbai em Alexandria 
y. Bruxa. 2:2b 
1. Os homens de Jerusalém queriam nomear Judá b. 
T. como nasi em Jerusalém. Ele fugiu para Alexandria. 
2. Os homens de Jerusalém escreveriam 
3. De Jerusalém, a grande, para Alexandria, a 
pequena 
4. Por quanto tempo meu noivo morará com você, e 
eu me sento etc. 
5. Ele partiu, vindo em um barco. Ele disse, você se 
lembra etc. 
A versão em y. Sanh. omite o material 
introdutório e nada sabe sobre o incidente com o aluno. Os aumentos no n. 4 
sugerem uma versão um pouco posterior, e meu palpite é que y. Sanh. depende, mas 
abrevia, y. Bruxa. O mesmo padrão de resumo e abreviação de y. Bruxa. por y. Sanh. 
se repete na história de Simeão, III.i.3c. 
4. O Decreto sobre a Sujeira dos Utensílios de Metal 
b. Shab. 14b 
1. DTNY' 
y. Shab. 1:4 e. Pes. 1:6 e. Ket. 8:11 
1. R. Ze c ira b. 1. [Como y. Shab.] R. 1. [Como y. Pes.] 
Abuna em nome Abuna 
de R. Jeremias 
2. Yosi b. Yo c ezer e 
Y osi b. Yohanan 
decretou impureza na 
terra dos povos e -
utensílios de vidro. 
9 9 9 
• JJ JJ JJ JJ JJ JJ JJ JJ 99 
 
eon b. Shetah was head of 
the court. 
7. Some teach it in re- 
verse. [The story of Judah 
in Alexandria and 
Simeon in Ashqelon fol- 
lows.] 
was Nasi, and some Tan-
naim teach Simeon b. 
Shetah was Nasi 7. — 
y. Sanh. 6:6b 
1. ------ 
9 » » » 
3 » » » 
4. How long will my husband 
dwell in your midst „ „ „ in my 
house 
5. [Omits the affair with the 
student.] 
JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 129 
 
 
Desde y. Ket. 8:11 contém a lista dos decretos de Simeão, adicionaremos a sinopse 
dessa lista aqui: 
Para% s. Ket. 12:1 
1. A princípio... Simeão b. S. 
b. Ket. 82b 
1. Rav Judá... Sime 
y. Ket. 8:11 
1. Simeão b. Shetah de 
ordenou que seu contrato de 
casamento fosse com o 
marido, e ele deveria escrever 
para ela: Todas as -
propriedades que tenho são 
passíveis e penhoradas por 
este, seu contrato de 
casamento. 
em b. S. ordenou que todos 
os seus bens sejam 
responsáveis pelo contrato 
de casamento dela. 
TNY' NMY HKY: ... até 
Simeon b. uma. ou- . 
ordenou que ele deveria 
escreva para ela, Todos os 
meus bens são responsáveis 
por seu contrato de 
casamento 
credo três coisas 
2. ------ 2. ------ 2. Que um homem possa 
fazer negócios com o 
contrato de casamento de 
sua esposa 3. ------ 3. ------ 3. Que as crianças devem ir 
à escola 
4. ------ 4. ------ 4. e ele ordenou (TQN) 
impureza em vidro 
 
Todas as referências ao contrato de casamento referem-se a detalhes. Nenhum 
detém Simeão b. Shetah inventou o contrato de casamento. A referência em b. Shab. 
não. 4 aparece em y. Ket. 8:11 não. 4, agora uma portaria. A versão em b. Shab. 
não. 4 não está relacionado com relatos mais detalhados do assunto. Os materiais 
do contrato de casamento não estão intimamente relacionados. Para% s. Ket. 
certamente produziu b. Ket., mas y. Ket. (como b. Shab. no. 3) fica praticamente 
por si só. Talvez a intenção da ordenança seja o que y. Ket. não. 2 mantém, mas não 
é isso que está especificado. 
Quanto ao decreto sobre a impureza de utensílios de metal, todas as tradições são 
idênticas em linguagem, exceto y. Ket. não. 4, que, como b. 
3. Simeon b. Shetah 
ordained (TQN) the 
marriage contract for 
the woman 
4. and decreed (GZR) 
uncleanness on 
metalware 
5. Shammai and 
Hillel decreed un-
cleanness on the 
hands 
3. R. Yonah said, Ju-
dah b. Tabbai. R. Yosi 
said, Judah b. Tabbai 
and Simeon b. Shetah 
decreed uncleanness 
on metal ware [Omits 
marriage-contract] 
4. [See no. 3] 
5. „ „ concerning the 
cleanness of the hands 
3. R. Judah said, Ju-
dah b. T. and Simeon 
b. S. [As y. Shab.] 
4. [See no. 3] 
5. [As y. Shab.] 
3. R. Yosi said Judah 
b. T. R. Yonah said, 
Judah b. T. and 
Simeon b. §. decreed 
uncleanness on 
metalware [Omits 
marriage-contract] 
4. [See no. 3] 
5. [As y. Shab.] 
130 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
Shab. não. 4, omite referência a Judá b. Tabbai. Uma vez que as listas de b. Shab. 
14b e y. Ket. 8:11 têm em comum a omissão de Judá b. Tabbai e uma referência ao 
contrato de casamento (mas não a mesma referência), pode haver alguma 
correspondência entre eles. Mas uma lista dos decretos de Simeão não deveria ter 
omitido a fundação do sistema escolar e o TQN de y. Ket. mudanças para GZR em 
b. Shab. Portanto, as listas não estão intimamente relacionadas. Além disso, a 
intenção de y. Ket. 8:11 é para listar os decretos de Simeão; pode-se argumentar 
Judá b. Tabbai não é omitido deliberadamente, apenas ignorado para fins 
estilísticos. Mas o mesmo não pode ser dito para b. Shab. 14b, que ou é defeituosa 
ou representa uma revisão proposital da tradição referida pelos Amoraim palestinos. 
Presumo que este último foi influenciado pela justaposição de Judá e Simeão em 
M. Hag. 2:2 e M. Avot, mas não entendo por que o criador do beraita babilônico 
não ficou igualmente impressionado com essas listas, se as conhecesse. 
B. 
1. Chuva forte 
sifra 
1. M<SH 
2. Nos dias de Simeão b. 
§.,nos dias de SLMSW a 
rainha 
3. que as chuvas cairiam de 
sábado à noite em sábado à 
noite 
4. até que o trigo foi feito 
como rins 
5. a cevada como caroço de 
azeitona 
6. e as lentilhas como 
denários de ouro 
7. e os sábios amarrados 
(SRR) alguns deles 
8. e os deixou por gerações 
Corning 
9. para dar a conhecer o 
quanto o pecado causa, 
10. para cumprir o que é dito 
Jer. 5:25 
As diferenças entre Lev. 
R. e Sifra são desprezíveis. Só que tudo isso trai a marca de uma mão posterior. A 
frase poderia ter sido omitida sem perda de sentido. Serve para sublinhar o sentido 
intencional do infinitivo, para dar a conhecer. A versão talmúdica babilônica 
segue a forma amoraica usual, como se diz, no lugar do 
b. Ta, 23a 
1. So we find 
Lev, R, 
1 * • « » » 
2- „ „ „ [Omits: Salomé 9 » 
the Queen\ (SLMSY) [Adds:] 
and 
3. „ „ „ on eves of 3 » » » 
Wednesdays and Sabbaths 
4. 
•• » » „ 
4 *• » » » 
5» » „ „ 5» „ „ „ 
» » » 6» » » » 
7. „ „ „ as an example 7 • • » » » 
(DWGM>) 
8. >, „ „ [Omits: and left o » » » 
them; coming\ 9 » » » 
9. All this why 
Simeon b, Shetah Alone 
10. As it is said 10. 
» » » 
JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 131 
 
midráshico tanaítico a ser preenchido. Salomé agora é omitido, certamente uma 
melhoria, deixando cair um detalhe redundante; seu nome poderia significar 
pouco para pessoas que não conheciam as histórias do rei Yannai e Simeon. 
Quartas -feiras é adicionado por causa do contexto legal. Um exemplo também 
esclarece a intenção dos sábios, embora não aumente o significado. A versão em 
b. Tá. é certamente um desdobramento disso no Sifra. Lev. R. é uma cópia mais 
exata. Este é um fenômeno comum. Onde as tradições que aparecem nas primeiras 
coleções reaparecem nas muito tardias, elas são normalmente cópias, mostrando 
pouca evidência de crescimento de uma tradição viva ou resposta a discussões 
vívidas do assunto da perícope. Ambos os fenômenos, por contraste, são aparentes 
em b. Tá. Às vezes, com certeza, compilações tardias fornecem todos os tipos de 
novos elementos, mas estes raramente parecem ser parte integrante da versão 
anterior ou parte de um processo interno de aumento de palavras ou frases. Em 
vez disso, eles tendem a ser fabricados em tecido inteiro. 
2. Enforcadas oitenta mulheres em Ashqelon
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sifré Deut, 221 
1. O homem é enforcado, 
mas a mulher não. 
R. Eliezer diz: Até uma 
mulher deve ser enforcada. 
2. R. Eliezer disse a eles: 
Simeão S. não enforcou 
mulheres em Ashqelon? 
3. Disseram-lhe: Enforcou 
oitenta mulheres, e uma não 
julga duas no mesmo dia 
4. Mas hora necessáriapara 
ensinar outros por esse meio 
5. ---- 
M. Sanh. 6:4 
1. A mulher é pendurada 
de costas, o homem de 
frente para o povo, então 
R. Eliezer. Os sábios 
dizem: O homem é 
enforcado, mas a mulher 
não. 
2 » » JJ 
3 
99 99 99 
y. Sanh. 6:3 
1. ------ 
2. ------ 
3. ------ 
4. ------ 
5. ------ 
4. ------ 
5. As mãos de Simeon 
estavam aquecidas. Uma 
conspiração de 
escarnecedores veio e 
disse: Venha, vamos 
tomar conselho e 
testemunhar contra seu 
filho e matá-lo. Eles 
testemunharam contra ele 
e seu caso foi resolvido 
para que ele fosse morto. 
Ao sair para ser morto, 
disseram-lhe: “Meu 
senhor, somos 
mentirosos”. Seu pai 
queria trazê-lo 
132 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
de volta. Ele lhe disse: 
“Pai, se queres que a 
salvação venha de tuas 
mãos, faze-me como um 
limiar”. 
j. Bruxa. 2:2c 
1. Havia dois homens piedosos que 
compartilhavam sua comida e estudos. 
2. Um morreu e não foi devidamente 
lamentado. 
3. Quando um aldeão, um cobrador de 
impostos, morria, toda a cidade tirava uma 
folga para lamentar sua morte. 
4. O homem piedoso começou a ficar 
preocupado e disse etc. 
5. Não envergonhes os filhos do teu 
Senhor, porque este pecou um, e o outro 
fez uma boa ação e correu bem para ele 
6. [Especifica o pecado; depois, o 
segundo sonho: o homem piedoso viu um 
companheiro no céu, o coletor de impostos 
sofrendo e Miriam etc. Por que isso 
acontece? Porque ela jejuou etc.] 
7. Quanto tempo assim? 
8. Até Simeon tirar da orelha dela e 
colocar na dele? 
9. Por quê? Porque ele disse: Se eu me 
tornar Nasi , matarei bruxas, e eis que ele 
se tornou Nasi e não matou bruxas. Há 
oitenta em uma caverna em Ashqelon. Vá 
e diga a ele. 
10. Estou com medo, pois ele é Aforz e 
não vai acreditar em mim. Se ele acredita 
em você, muito bem, e se não, este é o seu 
sinal [ olho re]. 
11. Simeão acreditou nele 
12. Levou oitenta jovens, etc. 
13. Isso é o que aprendemos, A história é 
contada de Simeão b. Shetah que ele 
enforcou mulheres em Ashqelon. 
Disseram que enforcou oitenta mulheres; 
enquanto não se julga dois no mesmo dia, 
a hora o exigia. 
J. Sanh. 6:6c 
" chorar 
5. „ „ „ [pequenas variações, um pecado e 
entrou nele, uma boa ação e entrou 
6. [Especifica o pecado; omite : pecado 
de Miriam.] 
» 
8. » » » 
9. Qual é o lapset dele? Ele jurou e disse 
» » » 
10.„ „ „ (Pequenas variações) 
12. [Daqui até o fim, o relato é abreviado 
e simplificado.] 
13. Isto é o que aprendemos, Oitenta 
mulheres fizeram Simeão b. S. pendurado 
em Ash qelon e não se julga dois em um 
dia, mas a hora exigia isso. 
A tradição do enforcamento de (oitenta) mulheres (bruxas) em Ashqelon vem 
em duas formas. O mais antigo é uma referência meramente a mulheres 
enforcadas. Nada mais é dito. Essa tradição é praticamente ignorada em y. 
Bruxa. e y. Sanh., que produz o relato elaborado sobre as bruxas e como elas 
foram enganadas pelo conhecimento superior de Simeon 
JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 133 
 
da magia e da libido das bruxas. Um detalhe ainda maior registra a vingança 
do povo de Ashqelon. Parece-me que Sifré deve ser considerado como o mais 
antigo, e as versões palestinas amoraicas como bastante separadas, mas muito 
posteriores assembléias de tradições. Segundo o primeiro, Simeão matou um 
grande número de mulheres, mas não sabemos por quê. As contas elaboradas 
de y. Sanh. e y. Bruxa. fornecer a razão e muito mais. Dos dois, y. Bruxa. é o 
mais detalhado, enquanto y. Sanh. parece ser uma abreviação e um resumo. 
Mas é provável que nenhum deles seja anterior aos tempos amoraicos. O 
Talmude Babilônico não contém materiais equivalentes, e talvez possamos 
atribuir os relatos mágicos às escolas palestinas do século III ou IV. 
3. repreendeu Honi 
2. Você não era Honi? 
yMQ 3:1 
1. [Tudo omitido aqui.] „ 
„ „ Ele disse a ele 
2. Você precisa ser ex-
comunicado. Pois se um 
decreto fosse decretado 
como nos dias de Elias, 
você não seria encontrado 
trazendo o público à 
profanação do nome, pois 
todos os que trazem o 
público à profanação do -
nome requerem 
excomunhão. 
y. Tá. 3:10 
1. [Mishná termina com 
Prov. 23:25. Então] Se um 
decreto fosse decretado 
como nos dias de Elias, 
você não seria encontrado 
trazendo o público à 
profanação do nome [etc. 
como em y. Nº MQ 
2.] 
2. [Asy. MQ]
M. Ta. 3:8 
1. ...Simeon b. §. sent to him 
3. I should decree excom 3. ------ 3. ----- 
munication upon you 
4. But what should I do to 
you 
5. For you come petulantly 5. ------ 5. ----- 
(HTY) before the Omni- 
present 
6. and he does your will for 6. ------ 6. ----- 
you 
7. like a son who comes 7. ------ 7. ----- 
petulantly against his father 8. 
and he does his will 8. ------ 8. ----- 
9. and concerning you 9. ------ 9. ----- 
Scripture says Prov. 23:25 
134 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
b. Ber. 19a b. Tá. 23a 
1. DTNN [Omite a história até Simeão enviar 1. [A história anterior é muito desenvolvida. 
para ele\ „ „ n Você precisa ser ex- Então como em M. Ta.] ......... 
comunicado 
2. 
3. 
» 
 
2. Pois se os anos fossem como os anos de 
Elias, pois as chaves da chuva estavam na 
mão de Elias, o nome do céu não seria 
encontrado profanado por sua mão? 
3. [Como acima] 
4. JJ 4. JJ JJ JJ 
5. JJ J, JJ 5. JJ JJ JJ 
6. JJ 6. JJ JJ JJ 
7. j» JJ 7. JJ JJ JJ 
8. 
9. 
JJ 
JJ 
JJ 8. „ „ „ [Acrescenta:] e disse-lhe: Pai, 
leva-me a lavar-me em água morna, deita-
me água fria, dá-me nozes, amêndoas e 
romãs e ele dá-lhe 
» JJ JJ 9. JJ JJ JJ 
As versões palestinas amoraicas introduzem o tema de Elias, mas abandonam o resto 
do colóquio de Simeão. O babilônico beraita (n. Ber. 19a) toma emprestada uma 
única frase, Você precisa. A versão estendida em b. Tá. 23a não apenas adota toda a 
versão palestina, mas também insere o restante da passagem da Mishná e, finalmente, 
fornece uma conversa completa entre o filho e o pai - um repertório completo, sem 
deixar de fora nenhum detalhe das versões anteriores . 
4. Simeão, Yannai e os nazireus 
y, Ber, 7:2 y, Na%. 5:3 b, Ber, 48a Gen. R. 
1. TNY >J JJ JJ 1. ------ 1. ------ 
2. Trezentos nazireus » JJ JJ 2. ------ 2. 
surgiu nos dias do rabino 
Simeon b. S. 
[Omite o Rabino} • JJ JJ JJ 
 
2*. cento e cinquenta ele 9* 
" • JJ JJ JJ 
2*. ___ 2* 
encontrou motivos para 
absolvição (MS' PTH), e cento 
e cinquenta não encontrou 
motivos para absolvição 
eles encontraram • JJ JJ JJ 
 
 
3. Ele veio para Yannai, o Rei 
3 ” JJ JJ 
3. ------ 
3- ,J „ „ subiu (áLQ) 
4. „ 4. Ele lhe disse: Ali 4« JJ JJ „ 4. ------ 
estão aqui trezentos JJ JJ JJ 
Nazireus exigindo novecentos 
sacrifícios 
 
5. Então ('eu?) você dá metade 
do seu, e eu metade do 5. [Omita 'L'] ” JJ JJ 
5. ------ 5. [Como y. Naz.] 
minha 
6. Ele lhe enviou quatrocentos 
e cinquenta 
6*” JJ JJ 6. ------ 6. Yannai deu metade 
7. Um relatório maligno foi *7 * JJ JJ 7. ------ 
adiante e disse a ele • »J JJ JJ 
JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 135 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Ele não deu nada de seus 8. , 
próprios. 
9. Yannai, o Rei, ouviu 9. , e ficou 
com raiva. Simeão b. 
S. se assustou e fugiu. 
10. Depois de alguns dias, 
homens importantes vieram do 
Reino da Pérsia para Yannai, o Rei. 
11. Quando eles estavam 
sentados 
11. „ 
comendo, disseram-lhe: 
Lembramo-nos de que está 
aqui um certo ancião e ele 
disse diante de nós palavras de 
sabedoria. 
 
12. Que ele nos ensine um 
assunto ('WBD'). 
12. ,, 
13. Disseram-lhe: Manda e 
traze-o 
13. „ 
14. Ele enviou e deu-lhe [sua] 
palavra 
14. „ 
15. Ele veio e sentou-se entre 
o rei e a rainha. 
15. „ 
16. Disse-lhe ele: Por que me 
enganaste? 
16. „ 
17. Disse-lhe ele: Não te 
enganei. 
17. „ 
18. Você do seu dinheiro e eu 
da minha luz [Torá], 
18. „ 
19. Como está escrito Qoh. 
7:12 
19. „ 
 
8. ----- 
9. ----- 
10. ------ 
[Começa:] Yannai, o 
Rei ea Rainha, 
estavam comendo 
juntos. Como ele havia 
matado os rabinos, 
não havia ninguém 
para abençoar por 
eles. Ele disse à sua 
esposa: Quem nos 
dará um homem para 
abençoar por nós? Ela 
lhe disse: Dá-me o teu 
juramento de que, se 
eu te trouxer um 
homem, não o 
atormentarás. Ele deu 
seu juramento e ela 
trouxe Simeon b. S. 
seu irmão 
11. ------ 
9. [Omite: Yannai- 
zangado\ 
10. „ „ „ 
11. na mesa de 
Yannai, o Rei 
» » 99 
12. -----12. ------------------------ 
13. ---- 13. Ele disse a sua irmã 
ter, enviar, trazê-lo 
14. [Como acima] 14. „ „ „ 
15. Ele o sentou 15. „ „ „ entre ele e ela 
16. ----- 
17. ----- 
18. ---- 
19. ------ 
16. Ele disse-lhe: O 
que é isto 
17. [Segue 19] 
18. [Segue 19] 
19. [Cita Ben Sira.] 
19*. [Agora vem 17 e 
18] 
19**. Por que você 
não me contou? 
Se eu te dissesse, você 
não teria feito isso. 
136 JUDAH AND SIMEON — SYNOPSES 
 
20. Ele lhe disse: E por que 
fugiste? 
20. „ „ 
>, 20. ------ 20 ->. , „ 
21. Ele disse a ele, eu ouvi 21- „ „ 21. ------ 21. „ 
que meu senhor estava irado 
contra mim, e eu queria 
cumprir esta Escritura, Is. 26: 
20 
[Omite: a] desejad
o 
 ” » 99 
22. E ele leu sobre ele Qoh. 
7:12b 
22.,, „ 
99 
22. ------ 22. - ---- 
23. Ele disse-lhe: E por que te 
sentaste entre o rei e a rainha? 
23. „ „ 99 23. Você vê quanta 
honra eu lhe presto? 
23. -- --- 
24. Disse-lhe ele: No 24. Livro da 
barra 
24. Não é você que 24. ----- 
Livros de Ben Sira está escrito 
[etc.] (11:1) 
Sira „ 99 me honra, mas a Torá 
me honra, como está 
escrito em Prov. 4:8 
 
24*. ------ 24*. ------ 24*. Ele disse a ela: 
Você vê que ele não 
aceita autoridade. 
24*. ------ 
25. Disse-lhe: Dá-lhe o cálice 
para que abençoe 
25. „ „ 
99 
25 
99 99 99 
25. Copo misturado, 
disse-lhe, abençoe 
26. Ele pegou o copo e disse 26. „ „ 99 26. Ele lhe disse: Como 
abençoarei? Bem-
aventurado aquele cujo 
[presente] Yannai e seus 
companheiros 
comeram? 
26.,, „ „ 
27. Vamos abençoar a comida 
que Yannai e seus 
companheiros comeram 
27- „ „ 27. [Como acima] 27. Nunca ouvi isso de 
você antes 
28. Ele disse-lhe: Até tal 
exterior você está em sua 
teimosia? 
28. „ „ 99 28. [Ver 24*] 28. ------ 
29. Ele lhe disse: O que devo 
dizer, pela comida que não 
comemos? 
29. „ „ 99 [29. Como acima, não. 
26] 
29. „ „ „ 
30. Ele disse: Dê-lhe para 
comer. Ele comeu. 
30. „ „ 99 
30. Ele bebeu [o cálice] 
trouxeram-lhe outro 
cálice e ele abençoou. 
30. „ „ „ 
31. e disse: Abençoemos a 
comida que comemos 
31. „ „ 99 31. ------ 31. ,, „ ,, 
 
O general R. não difere muito das versões palestinas. A ordem de alguns dos 
elementos muda e há algumas pequenas mudanças na escolha das palavras, não 
indicadas aqui. Mas quanto ao resto, podemos considerar o Gen .R. como uma 
representação bastante precisa dos relatos do Talmude Palestino. Também 
existem algumas diferenças de gramática e ortografia entre as duas versões 
palestinas. Eles não foram significados.
A comparação real é entre as três versões palestinas e a babilônica. O último mostra 
JUDAH AND SIMEON — CONCLUSION 137 
 
como o material seria reformulado por um editor para fins de discussão legal. A 
versão em b. Ber. omite todas as referências a elementos estranhos à investigação 
dessa discussão. Portanto, abandona os nazireus e, assim, perde a explicação 
fornecida por aquele incidente para a ausência de Simeão. Os mais generalizados 
desde que ele matou os rabinos compensam a diferença. A tradição babilônica omite 
ainda todas as conversas relacionadas ao incidente anterior com os nazireus. A honra 
prestada a Simeão agora é creditada ao rei, em vez de Simeão ocupar o lugar de honra 
sozinho. Isso certamente melhora as coisas e permite um sermão ainda melhor para 
enfatizar o mesmo ponto. Provérbios substitui Ben Sira, o que é consistente com a 
difamação rabínica babilônica de Ben Sira. Finalmente, a história da bênção é 
repetida, na forma estabelecida, exceto aqui, Simeão bebe o primeiro cálice, e eles 
têm que providenciar um segundo. Mas a explicação de sua ação é a mesma; então o 
argumento foi convertido em um gesto dramático. 
4. CONCLUSÃO 
Judá b. As tradições de Tabbai sobrevivem invariavelmente no contexto de Simeon 
b. Shetah, com a possível exceção da história do retorno de Judá de Alexandria. Mas 
mesmo aí Simeon desempenha um papel na conta. Em contraste, as histórias de 
Simeão em número considerável excluem todas as referências a Judá. De fato, mesmo 
onde deveríamos esperar encontrar Simeão e Judá, encontramos Simeão sozinho ou 
Simeão e a rainha Salomé. As tradições de Judá foram assimiladas às de Simeão, com 
a de Simeão predominando por toda parte (exceto Iil). Mas a predominância de 
Simeão pode muito bem derivar de revisões das tradições no século II dC e depois, 
particularmente em interpretações disputadas da história antiga por Meir e Judah b. 
Ilai. 
Simeon é persistentemente relacionado com Alexandra Salomé. No relato de 
Josefo sobre Alexandre Janeu e sua esposa, não encontramos nenhuma referência a 
Simeão b. Shetah. Visto que Josefo era fariseu, a omissão do nome de Simeão é digna 
de nota. Ele presumivelmente não sabia nada sobre as tradições de Simeão em 
conexão com os tempos de Alexander Jannaeus e Alexandra Salomé. O que 
encontramos, no caso de Alexander Jannaeus, são histórias de revoltas contra ele por 
parte da “população judaica” (Guerra 1:88), produzindo “cinquenta mil mortes”. Na 
guerra, os faris nunca são mencionados a esse respeito. Sua esposa e sucessora, 
Alexandra Salomé, é descrita como “a mais rigorosa observadora das tradições 
nacionais”; a referência, no entanto, tem a ver com o sacerdócio do Templo (War 
1:108). Depois vem a conhecida referência aos fariseus: 
Ao lado de Alexandra, e crescendo à medida que ela crescia, surgiram os 
fariseus, um corpo de judeus com a reputação de exceder o resto de sua nação 
138 JUDAH AND SIMEON — CONCLUSION 
 
nas observâncias da religião e como expoentes exatos das leis. Para eles, sendo 
ela mesma intensamente religiosa, ela ouvia com muita deferência; enquanto 
eles, gradualmente se aproveitando de uma mulher ingênua, tornaram-se 
finalmente os verdadeiros administradores do Estado, com liberdade para banir 
e revogar, soltar e prender quem quisessem. Em suma, os prazeres da autoridade 
real eram deles; suas despesas e encargos recaíam sobre Alexandra... se ela 
governava a nação, os fariseus a governavam. 
(War. 1:110-112, trad. LH Feldman, pp. 53-5.) 
Os fariseus se vingaram de seus inimigos da época de Alexandre Jannaeus, o que 
sugere que Alexandre havia perseguido os fariseus, embora Josefo não especifique 
isso. Nas Antiguidades (13:320ss.) a história é muito diferente. Josefo embeleza o 
relato em todos os lugares, por exemplo, para a narrativa da revolta judaica (13:372), 
ele agora acrescenta o seguinte: 
... na celebração do festival [de Sukkot] e quando ele estava parado ao lado 
do altar e estava prestes a sacrificar, eles o jogaram com cidras... e acrescentaram 
insulto à injúria dizendo que ele era descendente de cativos e era incapaz de 
ocupar cargos e sacrifícios. 
(Antiguidades 13:372, trad. Ralph Marcus, p. 413) 
Ele então matou “seis mil deles”. Além disso, quando Alexandre massacrou 
“oitocentos de seus oponentes em Jerusalém”, por causa de sua traição, “então seus 
oponentes, totalizando cerca de oito mil, fugiram à noite e permaneceram no exílio 
enquanto Alexandre viveu” (Antiguidades 13 :383). Estes não são chamados de Phari 
sees. Antes de morrer, ele ainda aconselhou Alexandra a ceder uma certa quantidade 
de poder aos fariseus, “pois se eles a elogiassem em troca desse sinal de consideração, 
eles disporiam a nação favoravelmente a ela” (Antiguidades 13:400). Josefo torna-se 
eloqüente, no último discurso de Jannaeus, sobre a influência dos fariseus e a 
importância de conciliá-los, presumivelmente porque ele estava ansioso para 
convencer osromanos a colocar os fariseus (de Yavneh) no poder. Após a morte de 
Yannai, Alexandra fez exatamente isso: 
Em seguida, Alexandra... conferiu com os fariseus... e colocando em suas mãos 
tudo o que dizia respeito ao seu cadáver e ao poder real, acalmou sua raiva contra 
Alexandre e fez deles seus simpatizantes e amigos. 
(Antiguidades 13:405) Ela 
deu poder aos fariseus (13:408) e “restaurou as tradições de seus pais que haviam sido 
abolidas por Hircano”. Aqui não encontramos nenhuma referência ao aproveitamento 
de sua simplicidade. Consequentemente 
Enquanto ela tinha o título de soberana, os fariseus tinham o poder. Por exemplo, 
eles recordaram exilados e libertaram prisioneiros e, em uma palavra, em nada 
diferiram dos governantes absolutos. 
(Antiguidades 13:409) 
JUDAH AND SIMEON — CONCLUSION 139 
 
Ninguém é prontamente tentado a seguir o exemplo dos historiadores que apresentam 
uma “harmonia” das histórias rabínicas de Simeão e seus contemporâneos com o 
relato de Josefo. Obviamente tudo o que temos são compilações de materiais 
inconsistentes, dada a sua forma final mais de um século após os eventos neles 
descritos. A segunda versão de Josefo é muito embelezada. Pelo que sabemos, seu 
relato dos eventos reflete o dos fariseus; mas nenhum dos dois ganha muito crédito 
por causa disso. 
O relato dos exilados é congruente com a fuga de Judá b. Tabbai — ou era Joshua? 
— para Alexandria. As relações entre Si meon e Yannai podem ser similarmente 
harmonizadas com as histórias de Jose Phus. Mas todas as histórias de Simeão o 
colocam em estreita relação com Alexandre Jannaeus antes das “perseguições”. 
Josefo não diz nada sobre a relação de qualquer fariseu com Jannaeus antes da revolta. 
De fato, a revisão da própria atitude de Josefo em relação aos fariseus e Alexandra 
Salomé sugere que considerações contemporâneas coloriram em toda parte sua 
segunda versão detalhada da história. 
As tradições rabínicas sobre os fariseus na época de Yannai e uma rainha cujo 
nome ninguém consegue entender não são, como eu disse, de forma alguma 
consistentes. A ruptura com o rei ocorreu por causa de um insulto, ou porque Simeão 
o enganou, ou por algum outro motivo. “O fari vê” chamou Yannai ao tribunal - mas 
depois falhou em apoiar Simeon. Simeão restaurou o poder dos fariseus - mas não 
sabemos como. Ou Salomé “sua irmã” conseguiu um salvo-conduto para ele. Ele era 
essencial para dizer graças à mesa do rei - e fez o rei de tolo. Simeon era um homem 
pobre — ou irmão da rainha. A embaixada persa se lembrava dele — ou não estava 
presente. Simeão venceu os saduceus - ou eles eram totalmente desconhecidos. 
Yannai matou todos os rabinos, mas eles conseguiram fugir e depois voltaram - ou 
Gabriel os matou! 
O fato é que as próprias tradições rabínicas não são claras quanto ao curso dos 
eventos. Se alguém seleciona um grupo de tradições para harmonização com as 
histórias de Josefo, o próximo grupo deve ser descartado. Além disso, deve-se ignorar 
desenvolvimentos importantes no próprio relato de Josefo para segui-lo como um 
informante confiável. Tudo o que podemos dizer com certeza é que algumas das 
tradições rabínicas são aproximadamente congruentes com algumas das coisas 
relatadas por Josefo. Isso dificilmente justifica uma fusão do todo em um único relato 
histórico. 
Os rabinos, por sua vez, quase não sabem nada sobre eventos importantes no relato 
de Josefo sobre as relações farisaico-asmoneus. A coisa toda às vezes é reduzida a 
um exílio temporário. Eles não ouviram nada sobre o conselho de Yannai (se é que 
ele o deu) para sua esposa sobre conciliá-los. Mais importante, eles veem os fariseus 
daquela época como rabinos contemporâneos. A imagem de Josefo é de um partido 
político tentando dominar o país e conseguindo fazê-lo. Nenhuma dica nas histórias 
140 JUDAH AND SIMEON — CONCLUSION 
 
de Simeão sugere uma busca pelo tipo de poder que Josefo atribui ao partido. Os 
“rabinos” são necessários pelo tribunal para dizer graças. Eles enganam o rei, 
insistem no valor de sua “Torá”. Eles se orgulham das pequenas honras cerimoniais 
que lhes são prestadas - sentar-se entre o rei e a rainha. Essa imagem dos rabinos não 
deriva da política da corte hasmoniana do século II a.C., mas de uma época muito 
posterior, quando o partido farisaico havia transcendido suas origens e se tornado 
fundamentalmente uma sociedade escolástica de sábios, juízes e burocratas, 
exercendo o poder. na comunidade judaica apenas por meio de instituições políticas 
nas mãos do patriarca e do exilarca, com os governos imperiais por trás de ambos. 
Para tal grupo, as honras triviais concedidas por Yannai, o Rei, eram dignas de nota. 
O poder prático descrito por Josefo estava além de sua imaginação. 
Em resumo, não somos capazes de verificar os detalhes ou o quadro geral de um 
conjunto de histórias nos “paralelos” em outro lugar. Eu julgo que as tradições 
rabínicas são de veracidade histórica modesta na melhor das hipóteses. Eles não 
revelam nenhum conhecimento muito preciso das condições ou tradições 
contemporâneas do segundo século aC. O fato de Josefo não mencionar o próprio 
“rabino” considerado pelos rabinos como tendo dominado a corte de Yannai e Salomé 
é notável. O Simeão das histórias talmúdicas, portanto, deve ser considerado 
inteiramente dentro dos limites da tradição rabínica. Observamos uma tendência geral 
a idealizar os dias de Simeão e Salomé. A chuva era abundante, as colheitas eram 
abundantes e os efeitos do pecado foram removidos. Simeão exerceu poder suficiente 
para enforcar oitenta “bruxas” em Ashqelon, presumivelmente o equivalente farisaico 
e a revisão das histórias de Josefo sobre seu comportamento vingativo. A ele são 
atribuídas ordenanças muito antigas - o contrato de casamento (ou algumas cláusulas 
nele), o sistema escolar e uma decisão sobre as leis de pureza. Nessas tradições, o 
suposto superior ou associado de Simeão, Judá b. Tabbai, é desconhecido. Os 
responsáveis por moldar esta imagem de Simeão suprimiram qualquer menção ao seu 
nome. No entanto, em outro lugar, ele era chefe da corte ou Nasi. Claramente, dois 
conjuntos de tradições sobre Simeão e Judá foram transmitidos e de forma alguma 
eles podem ser harmonizados um com o outro (muito menos, no caso de Simeão, 
internamente). ). De acordo com as tradições de Simeão, podemos traçar o quadro 
que acabamos de apresentar. De acordo com as tradições de Simeão + Judá, Simeão 
era simplesmente um associado na liderança do partido. Os dois homens fizeram 
alguns decretos sobre os assuntos do Templo — impor as mãos sobre o sacrifício, 
regras de pureza. Um dos homens julgou um caso de assassinato. Ambos se 
esconderam na época da perseguição de Jannaeus. Essa é a imagem completa. Meu 
palpite é que o conjunto Judá + Simeão é o mais preciso dos dois. Somente as histórias 
de Simeão tendem a atribuir o nome de Simeão a um grande herói farisaico da época 
de Alexandre Jannaeus e Alex andra Salomé. Suponho que a atribuição seja da 
mesma precisão que a atribuição aos dias de chuva abundante de Simeão e a 
JUDAH AND SIMEON — CONCLUSION 141 
 
atribuição à autoridade de Simeão de regras antigas no contrato de casamento, a 
fundação do sistema escolar e vários ditos morais. É uma mera convenção, 
certamente não relacionada a um corpus de tradições vivas em primeira instância 
moldadas naqueles tempos antigos.
 
CAPÍTULO SEIS 
SHEMA C IAH E ABTALION 
eu. TRADIÇÕES 
Li.l. Shema c iah diz: “A fé com que seu pai Abraão creu em mim é digna (KDY) 
de que eu dividisse o mar para chem, pois está dito: E ele creu no Senhor (Gênesis 
15: 6).” 
Abtalion diz: “A fé com que eles [eles mesmos] acreditaram em mim é digna de 
que eu dividisse o mar para eles, pois está dito: E o povo acreditou (Êxodo 4:31).” 
[Mekh. Beshallah, ed. e trans. JZ Lauterbach, IV, linhas 58-
60, vol. Eu, pág. 220 (= Mekhilta de R. Shime c on b. Yohai, 
ed. Epstein-Melamed[Jerusalém, 1956], p. 58, linhas 17-
19)] 
Comentário: Esta perícope teológico-exegética faz parte de uma série de ditos 
sobre o mérito pelo qual Deus salvou Israel no mar. Bena'ah diz que é pelo mérito 
da ligação de Isaac. Simão b. Teman diz que o mérito vem da circuncisão. Judá, 
o Patriarca, diz: “Aquela fé com a qual eles acreditaram em mim é 
merecedora...” — o mesmo que Abtalion. Como Shema c iah, Ele c azar b. c 
Azarias diz que é por causa de Abraão, mas não cita Gênesis 15:6. Ele cazar b . 
Judá de Kefar Tota diz que é por causa das tribos. Depois vêm Shemaciah e 
Abtalion . A seguir está Simão de Kitron (pelo mérito dos ossos de José). Nenhuma 
ordem seguindo gerações ou qualquer outro padrão pode ser discernido. O 
contexto é, portanto, difícil de localizar. O terminus ante quem pode ser Judá, o 
Patriarca. 
Surpreendentemente, enquanto Judá, o Patriarca, e Ele c azar b. c Azarias 
assumem as posições de Abtalion e Shemaciah , respectivamente, eles não 
atribuem suas opiniões aos mestres anteriores. Isso pode significar que eles não 
conheciam essas opiniões. Nesse caso, o editor extraiu material de Shemaciah e 
Abtalion de uma fonte indisponível para Tannaim depois de 70. Isso me parece 
improvável . A falha dos rabinos posteriores em atribuir suas opiniões às 
autoridades anteriores pode ser melhor explicada de outra forma. O fato é que 
eles não repetem as palavras exatas de Shema c iah e Abtalion, mas formulam 
posições semelhantes às deles. 
É raro que um logon claro atribuído aos dois “pais do mundo” seja realmente 
citado. Geralmente, como é comum entre as autoridades farisaicas antes de 
Hillel, histórias são contadas, testemunhos são relatados, referências são feitas a 
ações feitas pelos sábios, mas atribuições diretas na forma de logia convencional 
e equilibrada raramente são encontradas.
SHEMACIAH AND ABTALION — ILi.l 143 
 
Também é anômalo que Shemafiah e Abtalion sejam separados e recebam 
opiniões contraditórias. Em todos os lugares, os dois são tratados como uma 
autoridade. Trata-se, portanto, de uma intrigante perícope, sem paralelo formal 
em nenhum outro lugar, o único dito teológico-exegético atribuído aos dois 
mestres. É uma unidade. 
ILi.lA Hillel diz: “Um hin [= três qabs] de água extraída torna a piscina de imersão 
imprópria.” 
[Falamos de hin] apenas ^L') [MS Kaufmann omite T?] porque (S) um homem 
deve falar (HYYB LWMR) na língua de seu professor. 
E Shammai diz: “Nove qabs”. 
E os sábios dizem: “Não está de acordo com a opinião de nenhum dos dois”. B. 
Mas até ('L' C DS) dois tecelões vieram do Portão do Estrume em Jerusalém e 
testemunharam em nome de (M§M) Shemafiah e Abtalion [MS Kaufmann: § = 
aquele], “Três toras [= um quarto de um hin] de água extraída torna a piscina de 
imersão imprópria,” [e] os sábios [MS Kaufmann omite os sábios] confirmaram sua 
opinião. 
(M. c Ed. 1:3, trad. Danby, p. 422) 
Comentário: A opinião legal de Shemafiah e Abtalion sobre a quantidade de 
água extraída necessária para desqualificar um banho ritual é atribuída não a seu 
suposto discípulo, Hillel, mas a dois humildes trabalhadores de uma parte pobre 
da cidade. 
A ordem usual, Shammai, depois Hillel, é invertida. Não posso sugerir o 
porquê. A interpolação entre seus lemas não conta para nada. 
Várias alegações curiosas estão diante de nós. Primeiro, “os sábios” recusaram 
a opinião de Hillel ou Shammai. Apenas uma opinião em nome de Shemafiah e 
Abtalion era aceitável. Por que “até aquele momento” os sábios estavam 
relutantes em seguir os ilustres líderes de (presumivelmente) sua própria geração 
não é dito. Os “sábios” aqui não podem ser considerados subordinados a Hillel 
e Shammai. O que é igualmente interessante, em segundo lugar, é que Hillel é 
especificamente acusado – pela interpolação – de ter usado a linguagem que 
ouviu de seu mestre. Um corpus importante de tradições relata que Shemafiah e 
Abtalion eram seus únicos mestres. Aqui a linguagem de seu mestre [hin] não é 
explicitamente aquela de Shema c iah e Abtalion [log]. A interpolação ignora 
esse fato. 
A parte B da perícope é acrescentada à parte A por um círculo de modo algum 
impressionado com Hillel ou suas tradições, pois a opinião de HilleF não é aceita 
de imediato. Suas tradições não são nem mesmo as dos sábios com quem 
supostamente ele estudou. Muito pelo contrário, se esta tradição existisse 
sozinha, teríamos que concluir que Hilel não estudou com Shemafiah e Abtalion. 
Teremos de considerar a perícope, portanto, como derivada de um círculo que 
considerava Shemafiah e Abtalion como superiores de HilleF e também negava 
que Hillel conhecesse sua Torá – um círculo hostil ao próprio Hillel. Tal grupo 
tinha que vir depois de Hillel e Sham mai. E não é provável que tenha sido um 
círculo de Shammaites, pois eles certamente teriam invertido a ordem dos 
144 SHEMATAH AND ABTALION — II.i.2 
 
mestres e colocado Sham mai primeiro. Que esta é a ordem original aqui é 
mostrado a seguir, que tem Shammai no lugar certo: 
E por que eles registram as opiniões de Shammai e Hillel quando estas não 
prevalecem (Lit.: Sem propósito, LBTLH; MS Kaufmann: LBTLN)? Para ensinar às 
gerações futuras que um homem não deve insistir em sua opinião ('WMD *L DBRW), 
pois eis que os pais do mundo não insistiram em suas opiniões. 
M. 'Ed. 1:4 
Isso esclarece bem o assunto, mas serve também para sublinhar a anomalia 
observada acima. Mas compare Tos. c Ed. 
As palavras dos sábios, notavelmente, foram preservadas apenas por homens 
humildes, não pelos ilustres estudiosos de seu círculo. A lição de moral não pode 
obscurecer a polêmica: Hillel e Shammai falharam, mas o povo comum 
conseguiu preservar as palavras dos sábios - assim como na história da ascensão 
de HilleP ao poder, Tos. Pisha = y. Pes. = b. Pes.! Não consigo adivinhar quem 
gostaria de enfatizar que as pessoas comuns lembram o que os sábios deveriam 
saber, mas esquecem, mas um círculo hostil aos herdeiros de HilleP seria um 
candidato provável. Tal grupo teria sido responsável tanto por histórias 
representando os verdadeiros herdeiros de HilleP não como seus filhos, mas 
como mestres eruditos da Torá, por exemplo, Yohanan ben Zakkai, quanto por 
materiais como estes, nos quais o próprio Hillel “esquece” ou ignora uma 
importante tradição de seus supostos mestres, que, portanto, foi deixado para ser 
preservado por pessoas de classe baixa. “Os sábios”, julgando a opinião de 
HilleP, rejeitaram-na antes mesmo de saberem o que Shemaciah e Abtalion tinham 
a dizer e, assim que o fizeram, confirmaram a opinião de S + A. A Casa de 
Shammai ou círculos responsáveis para a deposição de Gamaliel II em Yavneh 
apresentam-se como candidatos, mas apenas entre outras possibilidades. 
A forma de testemunho para a transmissão dos ditos de Shema c iah e Abtalion, 
aparecendo aqui, com referência a Yosi [b. Halafta], e em outros lugares, é a 
única forma em que seus ditos legais são preservados. 
A perícope se divide naturalmente em duas unidades. A primeira é Hillel diz... 
Shammai diz... Toda a parte A poderia ter ficado separada. A Parte B é uma 
história separada, ligada ao anterior pelo estranho , mas até então, os sábios 
confirmaram sua opinião. Sem esse elemento redacional, a parte B teria 
assumido a forma M'SH B e, como veremos, realmente o foi. Isso confirma a 
suposição de que a perícope é um composto. Alguém teve que adicionar a parte 
B aos materiais perfeitamente neutros na parte A, transformando assim a parte A 
em uma crítica a Hillel. 
A interpolação apenas... professor sublinha a crítica, mas a intenção da 
terceira mão poderia ter sido meramente explicar a estranha escolha de palavras 
de HilleP (hin em vez de gab/tog). 
Nota Epstein, Mevozot, pp. 234, 423. 
II.i.2. [ c Aqaviah b. Mahalallel testemunhou quatro opiniões...] Ele disse: “Eles não 
dão a uma prosélita ou a uma escrava liberta para beber da água [da amargura].”
SHEMATAH AND ABTALION — ILii.l 145 
 
E os sábios dizem: “Eles a dão de beber”.Eles disseram a ele: “Aconteceu (M C SH B) a Kharkemit, uma escrava liberta que 
estava em Jerusalém, e Shemac iah e Abtalion deram a ela para beber.” 
Ele respondeu: "Apenas no show (DWGKP) eles a fizeram beber." Diante disso, 
eles o colocaram sob uma proibição, e ele morreu enquanto ainda estava sob a 
proibição, e o tribunal apedrejou seu caixão... 
(M. c Ed. 5:6, trans. Danby, p. 432, = Sifré Num. 7, ed. HS 
Horovitz, p. 11.) 
Comentário: A história de uma decisão judicial de Shema c iah e Abtalion está 
inserida na «história de Aqaviah. Provavelmente circulou separadamente, na 
forma mcfaseh b . Se não tivéssemos a versão acima (e a paralela), não 
saberíamos nada sobre a alegação de que eles tiveram um papel importante na 
administração dos ritos do Templo. Não sei por que tal alegação teria sido 
suprimida ou deixada desaparecer. Os rabinos alegaram repetidamente que os 
fariseus governavam os ritos do Templo. Yohanan ben Zakkai deveria ter 
revogado este. Não temos motivos para imaginar que algum círculo dentro do 
farisaísmo estivesse ansioso para obliterar o registro do feito dos velhos sábios. 
O fato de a «Aqaviah-perícope ter citado o ato deles mostra que foi considerado 
um precedente válido. Tudo o que podemos dizer com certeza, portanto, é que 
os materiais de Shemaciah- Abtalion circularam em formas diferentes daquelas 
disponíveis para nós, e podemos ainda conjeturar que alguns desses materiais 
foram perdidos. 
O ma^aseh atual é um modelo de seu gênero, breve, simples, unificado. No 
entanto, os adjetivos sobre quem era Kharkemit foram fornecidos 
posteriormente, para encaixar a história no contexto atual. Em outro lugar, a 
história serve a um propósito bem diferente, e não ouvimos nada sobre sua 
condição de escrava libertada. A forma mais antiga e simples da história, 
portanto, deve ter sido Kharkemit + Shemaciah e Abtalion + a fizeram beber. 
Para isso, são fornecidos o cabeçalho convencional, ma^aseh b-, bem como os 
detalhes sobre seu status pessoal. 
ILii.lA Hillel diz: “AfullA/^ (ML'HYN) de água extraída de doze log (LWG) 
estraga o banho ritual.” 
Shammai diz: “Um hin cheio de água extraída de trinta e seis troncos estraga o 
banho ritual”. 
E os sábios dizem: “Não de acordo com as palavras deste e não de acordo com as 
palavras deste, mas três toras (LWGYN) de água extraída estragam o banho ritual”. 
B. A história é contada (M C SH B) que dois tecelões vieram do Portão do Esterco 
que está em Jerusalém e deram testemunho em nome de Shemaciah e Abtalion que três 
toras de água puxada estragam a piscina de imersão, e o sábios confirmaram suas 
palavras. 
C. E por que se menciona o nome de seu lugar e de sua vocação? Pois você não 
tem vocação mais humilde do que tecer, e não há lugar tão desprezado em Jerusalém 
146 SHEMACIAH AND ABTALION — IILii.l, 2, 3 
 
quanto o Portão do Esterco. Mas, assim como os pais do mundo não insistiam em 
suas opiniões no lugar de uma tradição oral (§MW CH ), quanto mais nenhum homem 
inferior deveria insistir em sua opinião no lugar de uma tradição oral. 
(Tos. c Ed. 1:3, ed. Zuckermandel, pp. 454, linhas 31-3, 455, 
linhas 1-6) 
Comentário: Ver ILi.l e sinopses. 
IILii.l. DTNN: Ele [ c Aqaviah] costumava dizer: “A água [amarga] não é 
administrada nem a um convertido nem a uma escrava liberta.” 
E os sábios dizem: “A pessoa administra a água”. 
E eles disseram a ele: “Conta-se a história de (M C SH B) Kharkemit, a 
escrava libertada em Jerusalém, e Shemafiah e Abtalion administraram a água 
a ela.” 
Ele disse a eles: “Eles administraram a ela como um exemplo (DWGM>)...” 
(b. Ber. 19a) 
Comentário: O cenário agora é R. Joshua b. A lista de Levi de lugares em que 
o tribunal infligiu excomunhão por insulto a um professor. A inclusão de 
Shemafiah e Abtalion é devido à citação de M. <Ed. 5:6. Ver II.i.2. 
111.11.2. [R. Huna disse: Em três lugares Shammai e Hillel diferiram.] O 
segundo: Hillel disse: “Um hin cheio de água extraída...” Shammai disse: “Nove 
qabs”. 
Mas os sábios dizem: “Não de acordo com a opinião deste ou daquele.” 
Até que dois tecelões vieram do Portão do Estrume de Jerusalém e testemunharam 
em nome de Shemafiah e Abtalion que três toras de água extraída tornam uma piscina 
de imersão imprópria, e os sábios ratificaram suas palavras. 
(b. Shab. 15a) 
Comentário: Ver ILi.l. O cenário é Sura do final do século III. 
IILii.3. [TNW RBNN: Esta lei foi escondida dos Homens de Bathyra. Depois de 
uma longa discussão com Hillel, na qual Hillel fornece provas lógicas, ele vence. 
Então ele diz à oposição:] 
A. “O que fez com que eu subisse da Babilônia
ser Nasi sobre você? Foi sua indolência, porque você não serviu aos dois maiores homens 
da época, Shemaciah e Abtalion ...” 
[Eles fazem outra pergunta. Hillel não pode responder, mas observa a conduta das 
pessoas comuns. Ele viu o comportamento e então se lembrou da lei e disse:] 
B. “Assim recebi a tradição da boca de Shemaciah e Abtalion .” 
(b. Pes. 66a) 
Comentário: O que é importante para nossos propósitos atuais é a afirmação, 
SHEMATAH AND ABTALION — III.ii.4 147 
 
ao contrário de Il.il, de que Hillel preservou e confiou no que aprendeu com 
Shemafiah e Abtalion. Mas, surpreendentemente, o autor da história (parte B) 
sustentou que tudo o que valia a pena nas tradições de HilleP foi verificado por 
sua origem com seus dois professores. Nada que Hillel pudesse afirmar em seu 
próprio nome era suficiente. A Parte A enfatiza isso: aqueles que falham em 
servir aos sábios perdem seu emprego como nasi\ De um lado está a visão de M. 
c Ed.: Hillel e Shammai perderam as tradições que deveriam ter conhecido ou 
não estudaram com Shemaciah e Abtalion para começar. A posição intermediária, 
representada aqui (B), é que Hillel estudou com eles, mas somente quando pôde 
citá-los foi levado a sério. A terceira posição é que seu aprendizado anterior 
ocorreu no exterior e ele era independente dos dois predecessores. Essa terceira 
posição é representada na parte A. Hillel foi educado em outro lugar. Ele surgiu 
como um homem instruído. “Você poderia ter estudado com os grandes sábios, 
mas teve preguiça de fazê-lo. Portanto, posso vencê-lo”. Mas o resultado final é 
o mesmo da parte B. O beraita é transparentemente composto. 
A posição do .beraita nas relações de HilleP com os dois sábios anteriores é 
complexa, mas dificilmente tão negativa quanto nos materiais anteriores. 
Shemafiah e Abtalion novamente são representados como tendo dado leis 
relativas ao culto do Templo e aos sacrifícios festivos. 
111.11.4. TNY': Judá b. Dortai (DWRTY) com seu filho Dortai se separou 
(PRS) e foi morar no sul. 
Ele disse: “Se Elias viesse e dissesse a Israel: 'Por que vocês não sacrificaram o 
bagigab no sábado?' o que eles diriam a ele? Estou surpreso com os dois grandes 
homens da geração, Shemafiah e Abtalion, que são grandes sábios e grandes 
expositores (DR§NYM), mas não disseram a Israel: 'O bagigab substitui o sábado.'” 
(b. Pes. 70b) 
Comentário: O cenário é uma discussão da Mishná, “Quando ele traz uma 
hagigá com ela?” Vários ditos de Ben Tema são discutidos. A discussão é 
anônima. Então vem o beraita citado acima. Rav imediatamente comenta sobre 
isso: “Qual é a razão do filho de Dortai?” Portanto, o beraita deve ser anterior a 
Rav, portanto provavelmente é palestino e certamente de origem tanaítica. O 
próximo comentário é R. Ashi, “Devemos nos levantar e explicar a razão dos 
cismáticos (PRWSYM)!” Uma discussão mais aprofundada é sobre a razão pela 
qual os rabinos proíbem a hagigah no sábado, mas isso pode pertencer tanto à 
Mishná citada anteriormente quanto à beraita. 
Esta é uma história impressionante, pois representa Shemafiah e Abtalion 
como “grandes homens” que falharam em sua tarefa. A hostilidade é mais -
importante do que os epítetos elogiosos. Eles supostamente são os maiores 
sábios e expositores da época, mas falharam em ensinar a lei mais simples. Não 
sabemos nada sobre uma seita de “dortaianos”no sul. O beraita pretende contar 
as origens de um grupo cismático, mas o grupo agora não foi verificado em outro 
lugar. Certamente não podemos ligar o beraita a outros hostis aos dois sábios, 
mas testemunha que os sábios foram submetidos a julgamento crítico no 
farisaísmo posterior. Uma vez que a ascensão de HilleF ao poder está ligada a 
um problema relacionado (Pesah no sábado), e Shemafiah e Abtalion são 
creditados com a decisão de que o sacrifício pascal anula o sábado, esta é uma 
148 SHEMATAH AND ABTALION — III.ii.5 
 
história muito intrigante. 
Veja Epstein, Mevofot, pp. 333, 373, 511. Epstein comenta (p. 511) que esta 
passagem mostra que Shemafiah e Abtalion disseram que o sacrifício pascal sim, 
e a hagigah não, anula o sábado. 
111.11.5. [Relativamente à vinda de Hilel: Ele veio da Babilônia e era um 
homem pobre. Ele não podia se dar ao luxo de entrar na escola. Ele se sentou na 
clarabóia] para ouvir as palavras do Deus vivo da boca de Shemafiah e Abtalion. 
Dizem que aquele dia era a véspera do sábado no solstício de inverno e a neve caiu 
do céu sobre ele. Quando amanheceu, Shemaciah disse a Abtalion : “Irmão Abtalion, 
todos os dias esta casa está iluminada e hoje está escuro. Está um dia nublado?” Eles 
olharam para cima e viram a figura de um homem na janela... 
(n. Yoma 35b) 
Comentário: Eles acabaram aquecendo Hillel com uma fogueira, comentando 
que “valia a pena (KDY) profanar o sábado para Hillel”, um apotegma, 
construído na forma generativa KDY. A história é um singleton, parte da 
tradição na superfície cordial para Hillel, que ele aprendeu tudo o que sabia de 
Shemafiah e Abtalion. Mas a pressuposição adicional desse corpus de tradições 
é que seria elogiado quem tivesse adquirido suas tradições deles, e não seria 
elogiado quem não o tivesse, daí um círculo favorável a Shemafiah e Abtalion 
para começar. Seu ponto é que Hillel é confiável por causa de seu sacrifício em 
estudar com os dois grandes sábios, como em III.Ü.3.B. 
A história é parte de um beraita composto que prova que, seja um homem 
pobre, rico ou mau, ele é capaz de estudar a Torá. Aqueles no beraita tidos como 
exemplos dignos são Hillel (pobre), R. Eleazar b. Harsom (rico) e Joseph no 
Egito (mal = sexualmente atraente). A história de Hillel é anterior à beraita 
composta. 
A suposição do contador de histórias de que é preciso pagar para assistir às 
sessões das escolas farisaicas é impressionante. Não tenho certeza de que se 
pretenda uma crítica a Shemaciah e Abtalion . 
111.11.6. [Mishná: No Yom Kippur, o sumo sacerdote organizava para 
seus amigos um dia de festividade.] 
A. Nossos rabinos ensinaram (TNW RBNN): Aconteceu (M Ç SH B) com um sumo 
sacerdote que, quando ele saiu do santuário, todo o povo o seguiu . Quando eles 
viram Shemaciah e Abtalion , eles o deixaram e seguiram Shemaciah e Abtalion . 
Eventualmente , Shemaciah e Abtalion o visitaram para se despedir do sumo 
sacerdote. 
Ele disse a eles: “Que os descendentes dos gentios ( C MMYN) venham para a paz.” 
B. Eles lhe responderam: “Que os descendentes dos gentios que fazem a obra de 
Arão fiquem em paz, mas o descendente de Aarão que não faz a obra de Arão não 
terá paz”. 
(n. Yoma 71b) 
SHEMATAH AND ABTALION — III.ii.4 149 
 
Comentário: A passagem é anônima, conectada à Mishná anterior sem 
discussão e seguida por outra Mishná. As partes em itálico estão em hebraico, o 
restante em aramaico. Como em outros beraitot pertencentes a este período, por 
exemplo, Simeão b. Shetah e os nazistas, e os enforcamentos em Ashqelon, a 
fórmula de abertura está em beraita-}Az- brew, o corpo da história em aramaico. 
A alegação de que os dois mestres descendem de gentios é feita em uma glosa 
de outro beraita, b. Git. 57b = b. Sanh. 96b. O Sumo Sacerdote aqui é 
representado como se opondo à popularidade dos sábios farisaicos, referindo-se, 
portanto, a seus ancestrais de má reputação. A resposta deles é que eles fazem o 
trabalho de Aaron. O padre não. O trabalho de Aaron que os sábios fazem não é 
o culto, mas o estudo da Torá. Após a destruição do Templo, a Torá foi alegada 
pelos rabinos como sendo equivalente ao antigo culto do Templo. Antes disso, 
com certeza, pode muito bem ter sido afirmado que um sábio de ascendência 
ilegítima tem precedência sobre um sumo sacerdote que não estudou a Torá, mas 
isso não é a mesma coisa que dizer que o estudo da Torá é o trabalho . de Arão. 
Portanto, suponho que o beraita deriva de um período em que a afirmação mais 
extrema era considerada óbvia. Além disso, era uma época em que as pessoas 
podiam imaginar que as multidões deixariam o sumo sacerdote no Dia da 
Expiação e celebrariam os grandes sábios. Essa concepção rabínica pode não 
derivar de um período em que ainda eram conhecidas as informações sobre o 
atual estado de coisas nos tempos do Templo. 
A história é um singleton. As palavras atribuídas aos dois sábios podem ter 
origem num slogan anti-sacerdotal de maior antiguidade. Mas em seu cenário 
atual, eles são parte integrante da história - na verdade, eles podem
150 SHEMATAH AND ABTALION — III.ii.7, 8; IV.i.l, 2 
 
provocaram a invenção da história. O logion final (B) poderia ter circulado como 
um ditado anti-sacerdotal. 
IILii.7. NT': Naamã era um residente convertido. Nebuzaradã era um prosélito 
justo. Os descendentes de Haman estudaram a Torá em Bené Beraq. Descendentes 
de Sísera ensinavam crianças em Jerusalém. As formigas descendentes de 
Senaqueribe ensinavam a Torá em público. 
Quem eram esses (M*N *YNWN)? Shemafiah e Abtalion. 
(b. Git. 57b = b. Sanh. 96b) 
Comentário: Nenhuma autoridade é mencionada em conexão com o beraita 
acima. Quem são estes é um glossário aramaico do beraita. Não temos base para 
propor uma data. Presumivelmente, a glosa vem depois dos tempos tanaíticos, e 
o glosador conhecia III.ii.6. 
III.ii.8. Certamente foi ensinado [WHTNY']: 
Se um animal passa a residir em um pomar, requer predeterminação, e um pássaro 
livre deve ser amarrado por suas asas, para que não seja confundido com sua mãe, e 
este é o testemunho que eles testemunharam da boca de Shemafiah e Abtalion. 
(b. Bes. 25a) 
Comentário: O cenário é uma discussão de uma opinião de R. Hisda ou 
Rabbah b. R. Huna e R. Nahman. O beraita é um singleton, a ser datado o mais 
tardar ca. 250 DC, presumivelmente na Babilônia. 
Como é comum para os primeiros nomes da cadeia de tradição farisaica, a 
atribuição de uma opinião legal não está na forma, diz o rabino X... Em vez 
disso, os registros são preservados como testemunhos (Il.il, IV.ii.l ), em histórias 
(II.i.2), ou em outras formas que mais tarde se tornaram não convencionais. 
Esta questão da lei do festival em nenhum lugar anterior ocorre nos nomes de 
Shemafiah e Abtalion. As Casas debatem o mesmo tema. 
IV.il [Eles perguntaram a Hillel (sobre o sacrifício da Páscoa)... Ele disse: Observe 
o comportamento do povo. Quando ele viu o que eles fizeram, ele disse a eles:] 
“Assim ouvi da boca de Shemaciah e Abtalion .” 
(y. Shab. 19:1, repr. Gileade, p. 87a) 
Comentário: Ver III.ii.3. 
IV.i.2. [Esta lei foi perdida pelos anciãos de Bathyra (re Páscoa)]. 
Eles disseram: “Há aqui um certo babilônio, cujo nome é Hilel, que serviu [como 
discípulo] a Shemafiah e Abtalion...” 
[Depois de uma longa discussão, na qual Hillel traz várias provas lógicas e eles se 
recusaram a ser persuadidos, ele disse:] “Assim ouvi de Shemaciah e Abtalion .” 
Uma vez que eles ouviram falar dele, eles se levantaram e o nomearam Nasi sobre 
SHEMATAH AND ABTALION — IV.i.3; IV.ii.l 151 
 
eles. 
Quando eles o nomearam Nasi sobre eles, ele começou a criticá-los, dizendo: 
“Quem fez você exigir este babilônio? Não é porque você não serviu aos dois grandes 
homens do mundo, Shemafiah e Abtalion, que se sentavam com você [nos tempos 
passados]?” 
(y. Pes. 6:1, repr. Gileade, p. 39a) 
Comentário: Ver III.ii.3. 
IV.i.3. [R. c Aqiba e os sábios debatem sobre administrar as águas amargas a uma 
mulher acusadade adultério, nas seguintes circunstâncias: Seu primeiro marido a 
acusou de adultério e a fez beber as águas amargas. Então ele morreu. Ela se casou 
novamente. O segundo marido a acusou de cometer adultério mesmo contra o 
primeiro marido. Ele tem o direito de fazê-la beber as águas amargas novamente?] 
Os sábios dizem: “Seja contra um marido ou contra dois, ela bebe e repete [o ritual] 
. 
“Khõrkemit [JZ?] fornece prova, pois ela bebeu e repetiu, e fez isso uma terceira 
vez antes de Shemafiah e Abtalion [por conta de uma acusação de adultério contra] 
um marido [apenas].” 
(y. Sot. 2:5, repr. Gilead, p. 13a) 
Comentário: Ver II.i.2, M. c Ed. 5:6. Esta é uma alusão à Mishná. Mas a 
história de Kharkemit é aumentada. Nada na Mishná sugere a questão legal 
acima. Lá a história serve para ilustrar um ponto legal bem diferente, a saber, 
que alguém administra as águas a uma escrava libertada. Aqui o fato sobre o 
status da mulher é necessariamente descartado. A passagem pode ter sido 
revisada para os propósitos da discussão atual, mas se foi, a revisão envolveu 
mudanças drásticas, a imposição de um novo conjunto de fatos. Não há dúvida 
de que a discussão deve ser atribuída à geração de c Aqiba. A possibilidade de 
que c Aqiba tivesse uma versão diferente do que era importante sobre Kharkemit 
não pode ser ignorada. 
IV.ii.l. R. Zakkai disse: “Este testemunho [referindo-se à Mishná: se a filha de um 
israelita foi casada com um sacerdote que morreu e a deixou grávida, seus escravos 
não podem comer Terumah em virtude da parte do embrião, uma vez que um embrião 
pode privar (sua mãe) do privilégio (de comer Terumah\ mas não tem poder para 
concedê-lo a ela, de acordo com R. Yosi] R. Yosi testemunhou da boca de Shemafiah 
e Abtalion, e eles concordaram com ele .” 
(n. Yev. 67a)
152 SHEMA'IAH AND ABTALION — IV.ii.l 
 
Shema'iah e Abtalion I Midrashim 
Tanaítico 
ILi 
Mishná 
ILii 
Tosefta IILi Materiais 
Tannaíticos na 
Gemara 
Palestina 
1. A fé mereceu 
dividir o Mar 
Vermelho 
2. Citação dos 
tecelões 
Mekh. Beshallah 
IV, 58-60' 
Sifré Num. 7 M. 'Ed. 1:3 Para% s. ' Ed. 1:3 
 
S + A água extraída 
na piscina de 
imersão 
3. Deu água amarga 
a suspeita de 
adultério 
4. citações de Hillel 
S + A 
5. Judá b. Dortai 
critica S+A 
6. Hillel estudou 
com S + A embora 
fosse um homem 
pobre 
7. Sumo sacerdote 
insultou S + A 
8. S -|- A eram 
descendentes de 
Senaqueribe 
9. Remarcando 
animal e pássaro 
10. R. Yosi cita S -j- 
A re Ter um ah 
11. Avot-dizendo 
 
M. 'Ed. 5:6 
M. Avot 1:10-11 
 
SHEMA'IAH AND ABTALION — IV.ii.l 153 
 
 
Ill.ii Materiais 
Tannaíticos na 
Guemará Babilônica 
IV.i 
Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Palestina 
IV.ii Materiais 
Amoraicos na 
Gemara 
Babilônica 
V 
ARN 
VI 
Mais tarde 
Compilações de 
Midrashim 
 
b. Shab. 15a 
b. bes. 19a 
b. Pes. 66a 
b. Pes. 70a 
b. Yoma 35b 
b. Yoma 71b 
b. Git. 57b 
b. Sanh. 96b 
b. bes. 25a 
eu 
1
 ________________ 
y. Sof. 2:5 
y. Shab. 19:1 
y. Pes. 6:1 
b. Sim. 67a 
 
Midrash em 
Salmos 17A:1 
154 SHEMATAH AND ABTALION — Vl.xi.l 
 
Comentário: Veja III.ii.8 para a mesma forma, “Este é o testemunho 
que X testificou da boca de S + A.” Não sabemos onde ou como o 
formulário foi criado. Não aparece no primeiro estrato de materiais, mas 
é atribuído a R. Yosi em um beraita (III.ii.8) e aqui em um ensinamento 
de um Amora do século III. Tais atribuições de opiniões legais a 
Shemaciah e Abtalion , embora intrigantes, não podem ser rejeitadas de 
imediato. Podemos aqui ter uma reminiscência da forma íZ?d$y0/- da 
transmissão de materiais legais. Nesse caso, os materiais poderiam ter 
recebido sua forma atual já no final do primeiro século dC Mas Yosi b. 
Halafta vem um século e meio depois dos dois sábios, e ele não ouviu a 
tradição de suas bocas. Em vez disso, o significado obviamente está na 
autoridade de 
Vl.xi.l. Outro comentário sobre Uma oração de Davi. 
Ouve o que é certo, ó Senhor (Sl 17:1). Considere estas palavras à luz do 
que a Escritura diz em outro lugar: E esta é a bênção de Judá, e ele disse: 
Ouve, ó Senhor, a voz de Judá (Deut. 33:7). Agora ali, em uma Mishná, 
aprendemos: 
Hillel disse: “Um hin cheio de água extraída torna impróprio um banho 
ritual de purificação”. Observe bem que é dever de um homem citar as palavras 
exatas de seu mestre. 
Shammai disse: “Nove qabs de água extraída tornam impróprio um banho 
ritual de purificação”. 
Mas os sábios disseram: “A prática não está de acordo com o que um disse, 
nem com o que o outro disse”. 
Então vieram dois tecelões do Portão do Esterco em Jerusalém e 
testemunharam em nome de Shemaciah e Abtalion que três toras de água extraída 
tornam um banho ritual de purificação impróprio, e os sábios aceitaram o 
testemunho dos tecelões. 
Visto que nenhum ofício é mais humilde do que um tecelão, e nenhum lugar 
em Jerusalém é mais desprezado do que o Portão do Esterco, por que o lugar 
de onde vieram os tecelões e por que também o nome de seu ofício foi 
registrado, exceto para mostrar que, como os pais do mundo que não 
persistiram em sua própria opinião onde havia uma tradição em contrário, 
nenhum homem deveria persistir em sua opinião onde quer que houvesse uma 
tradição em contrário? 
Visto que as opiniões de Shammai e de Hillel neste caso não prevaleceram, 
por que foram registradas? Para ensinar às gerações vindouras que um homem 
não deve sempre persistir em suas opiniões, pois nem mesmo Shammai e 
Hillel, os pais do mundo, o fizeram. 
(Midrash em Salmos 17A:1-2, trad. Braude, p. 
221) 
SHEMA‘IAH AND ABTALION — SYNOPSES 155 
 
Comentário: Ver M. c Ed. 1:3, ILi.lA Braude resolve todos os problemas 
por meio de paráfrases. 
n. SINOPSES 
As sinopses dos materiais de Hillel serão fornecidas abaixo. 
A Mekhilta de R. Simeon b. Yohai exibe diferenças estilísticas fixas da 
Mekhilta de R. Ishmael. O nº 6 representa um esclarecimento considerável. O 
objetivo de Abtalion é que a fé deles, não apenas a dos pais, está sendo 
recompensada. Daí Mekhilta de R. Simeon b. Yohai enfatiza isso fornecendo 
Israel no Egito no lugar dos menos precisos . As versões são muito próximas e 
as diferenças meramente estilísticas. A versão de Ismael é mais antiga. 
2. Tecelões citam ShemaEah e Abtalion 
1. Splittingthe Sea 
Mekh. of R. Ishmael 
1. Shema‘iah says, 
2. Worthy is the faith that Abraham their 
father believed in me 
3. that I shall open for them (LHM) the 
sea 
4. as it is said, Gen. 15:6 
5. Abtalion says, 
6. Worthy is the faith that they believed 
in me 
7. that I should open for them the sea 
8. as it is said, Ex. 4:31 
Mekh, of R. Simeon b. Yohai 
1 
• » » » 
2. [omits HF’] the [faith], their father 
3. I am opening for them (LHN) 
4. [Omits as it is said\ 
5» >» » » 
6. [Same changes as above, no. 2] that 
Israel in Egypt believed 
7. [Same changes as above, no. 3] 
8. ,, ,, ,, 
M. 'Ed. 1:3-4 
1. Hillel says, A hin of 
drawn-water spoils the 
miqveh 
2. But (’L’ §) a man is ob- 
ligated to say in the language 
of his master 
3. Shammai says, Nine qabs 
4. And the sages say, Not 
according to the words of this 
one, and not according to the 
words of this one. 
5. But until (’L’ ‘D S) two 
weavers came from the Dung 
Gate which is in Jerusalem 
and gave testi- mony in the 
name of (MâWM) Shema‘iah 
and Abtalion 
Tos. 'Ed. 1:3 
1. „ „ „ [Adds :]*#// hin of 
twelve log „ „ „ 
2. --- 
3. a full hin of thirty-six log 
» » » 
4. „ „ „ but three logs of 
drawn water spoil the miqveh 
[= M. ‘Ed. no. 6] 
5. The story is told (M‘SH 
B) that,, ,, ,, 
b. Shab. 15a 
1 * » »» 
2. for a man 
3. 
4. 
5. 
156 SHEMA'IAH AND ABTALION — SYNOPSES 
 
6. Três toras de 6. „ „ „ 6. „ 
água estragar o miqveh 
7. e os sábios con- 7. „ „ „ 7. „ 
firmaram suas palavras 
As medidas, portanto, são as seguintes: 
M. 'Ed. 
Hillel: Um hin [= três 
qabs\ 
Shammai: [Três hin\ = nove 
qabs 
Sábios: Três toras [=1/4 
hin = 3/4 qdb\ 
A Mishná-Tosefta preserva as mesmasrelações:III 
3—9—3/4 = 12—36—3 
Àf. ' Ed. 1:3-4 Para% s. ' Ed. 1:3 b. Shab. 15a 
8. E por que eles mencionam 
as palavras de Shammai e 
Hillel sem propósito 
(LBTLH) 
8. E por que os nomes de 
seus lugares e suas ocupações 
são mencionados? Você tem 
uma ocupação mais humilde do 
que tecer, ou um lugar mais 
desprezado em Jerusalém do 
que o Portão do Esterco? 
8. n „ 
9. Para ensinar às próximas 
gerações que um homem não 
deve insistir em sua opinião, 
9. Mas, assim como os pais 
do mundo 
9 » segs 
 . 55 
10. pois eis que os pais do 
mundo não insistiram em sua 
opinião. 
10. não insistiu em sua opinião 
em um lugar onde a tradição 
oral ($MW'H) está disponível , 
ainda mais que um homem não 
deve insistir em sua 
w ........... „ 
opinião em um lugar onde a tradição oral está 
disponível. 
Em B. Shab. 15a, a Mishná é citada com precisão, com apenas uma pequena, 
mas essencial melhoria. Lá o estranho > L > torna -se ^>,para. Para% s. preserva 
a história sobre os tecelões como uma unidade separada. Os sábios já deram 
“suas” opiniões – a opinião que na Mishná como na história dos tecelões (M C 
SH B) deriva de Shema c iah e Abtalion. Para% s. c Ed. assim, a opinião dos 
sábios circula separadamente da perícope envolvendo Hillel e Shammai. Já 
comentei 
 
III1H = 3T 3L = 1/4H H = 12L 12L = 3T 4L = Q 3L = 3/4T 
Tos. 'Ed. 
one hin =■ twelve logs 
one hin = thirty-six logs 
= three logs 
SHEMATAH AND ABTALION — SYNOPSES 157 
 
sobre a desculpa de Hillel e Shammai. Para a Mishná o que requer explicação é 
a citação dos dois mestres, Hillel e Shammai, quando na verdade suas opiniões 
não constituem lei. 
Para Tos. o problema é diferente. Ninguém se incomoda em mencionar a 
opinião de HillePs e Shammai quando não é lei. É dado como certo que isso 
pode acontecer. Os Tos. A história enfatiza as origens modestas da opinião 
atribuída a Shemaciah e Abtalion - ela veio de tecelões do distrito mais pobre. O 
sermão tem a mesma forma. Mas os “pais do mundo” agora não são Hillel e 
Shammai, mas ShemaSah e Abtalion! E o elemento operativo é a 
disponibilidade de uma tradição oral (SM C H). A ironia é que Hillel alcançou 
o cargo de Nasi apenas porque tinha uma tradição oral de Shemaciah e Abtalion , 
mas aqui a ignora. A ironia é sublinhada em Tos. não. 10. Tudo isso é revisado 
pelo Rabi Judah, o Patriarca, que naturalmente faz de Hillel e Shammai os pais 
do mundo, e sua tolerância é o ponto do sermão. 
Aqui podemos atribuir a Judá, o Patriarca, uma clara preferência pela versão 
Mishnaica dos materiais. Hillel, seu suposto ancestral, está no centro das coisas. 
Judá faz de Hilel o exemplo de modéstia e humildade. A história dos tecelões 
ocorre – presumivelmente não havia outra versão das opiniões de Shemaciah e 
Abtalion – mas é subordinada . Podemos, portanto, tomar como certo que a 
história circulou separadamente na forma em que ocorre no Tosefta. Só depois 
foi revisado para servir aos propósitos do editor da Mishnah c Eduyyot. M C SH 
B é descartado. E também as lições significativas a serem aprendidas com o 
Dung Gate. A versão de Tos. contradiz a letra e o espírito das histórias de Hillel-
Bené Bathyra, que na época de Judá devem ter sido famosas. 
3. Gave Bitter Water to Suspected Adulteress M. 
lEd. 5:6 = Sifré Num. 7 1. [‘Aqaviah and sages dispute 
whether to administer bitter waters to convert or freed 
female slave. ‘Aqaviah says one does not do so. 
The sages say one does.] 
2. They said to him, The story 
is told (M^H B) concerning 
Kharkemit, a freed slave girl, 
who was in Jerusalem. 
b. Ber. 19a 
1. TNY’: He would 
say, One does not 
cause to drink 
(M§QYN) the fe- 
male convert nor the 
freed slave girl, and 
the sages say, You do. 
? » » >J 
y. Sot. 2:5 
1. R. ‘Aqiba said, I shall 
explain: From one man, the 
wife does not drink and re- 
peat; from two men, the wife 
drinks and repeats. And the 
sages say, Whether from one 
or two men, the wife drinks 
and repeats. 
2. Khõrkemit will prove it9 jor 
she drank and repeated and 
[did it still a] third [time]. 
(Drops Ma^aseh b-). 
158 SHEMATAH AND ABTALION — CONCLUSION 
 
3. E Shema^ah e Ab- 3. „ „ „ talion administraram as 
águas para ela. 
4. Ele disse a eles, Eles 4. e ele disse que administrou 
as águas a ela como um exemplo (DWGM' HSQWH). 
Como vemos, y. Sof. tem a oposição de Aqiba citando não a Mishná antes de nós, 
mas sim uma reminiscência ou alusão bem diferente dela. A história não mais 
se refere a se um convertido ou uma escrava liberta é obrigada a beber as águas. 
Ela não é uma escrava libertada. Agora ela é apenas uma esposa comum, na 
situação explicada acima. Portanto, não podemos supor que a Mishná seja 
citada com precisão pelos sábios opostos a Aqiba . Uma versão diferente e 
ligeiramente relacionada é usada para resolver um problema separado. O cerne 
de ambas as tradições deve ser uma associação de Shema c iah e Abtalion com 
a administração das águas amargas a Kharkemit - que era uma escrava libertada 
ou uma esposa em uma situação especialmente complicada, mas não ambos. 
m. CONCLUSÃO 
Shemaciah e Abtalion não têm professores. Muito parecido com os pares 
anteriores, eles são citados, mas não citam ninguém. Eles raramente são citados 
separadamente . De fato, a história de “sua” descendência de Senaqueribe seria 
mais facilmente compreendida se os dois fossem realmente uma pessoa. De 
qualquer forma, eles funcionam como uma unidade em quase todas as tradições. 
Por inferência, eles estão envolvidos no culto do Templo, uma vez que 
supostamente regulamentavam a administração das águas amargas a uma 
adúltera. Mas isso não significa que os rabinos posteriores assumiram que eram 
sacerdotes, pois os rabinos afirmavam que os ritos do Templo eram regidos por 
rabinos. Por outro lado, o conflito com o sumo sacerdote é um sermão 
estilizado, registrando uma opinião familiar em materiais rabínicos posteriores. 
O que chama a atenção é a ampliação dos tipos de pareceres jurídicos -
atribuídos aos dois mestres. Estes incluem as medidas de um banho ritual, a 
mencionada administração de águas amargas, leis de sacrifício da Páscoa (por 
inferência da atribuição da opinião de HilleF ), sacrifício da hagigah no sábado 
(por inferência da reclamação de Judá b. Dortai), preparação de animais para 
uso em festivais e direitos de consumo de Ter um ah. Embora obviamente não 
saibamos se os dois mestres realmente tomaram tais decisões, é importante que 
a forma e o conteúdo das tradições atribuídas a eles tenham mudado em relação 
às anteriores. Os materiais legais até Simeão b. Shetah eram esparsos e diziam 
respeito principalmente às regras de pureza. As tradições de Simeão estenderam 
um pouco o alcance para incluir contratos de casamento, reformas educacionais 
e assim por diante. Mas nada como a extensão e variedade das atribuições legais 
a Shemafiah e Abtalion ocorre antes. S + A agora regem a gama de questões 
características dos debates das Casas: festival, pureza, família e leis agrícolas. 
3. ----- 
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SHEMATAH AND ABTALION — CONCLUSION 159 
 
Sua agenda legal corresponde à das autoridades do primeiro século. 
As tradições claramente devem ser divididas entre aquelas nas quais Hillel 
desempenha um papel e aquelas nas quais ele está ausente. Os últimos incluem 
a fé que garantiu a abertura do mar, a administração das águas amargas, a crítica 
de Judá b. Dortai, o encontro com o sumo sacerdote, a atribuição de sua 
ancestralidade a Senaqueribe, o animal no pomar e o direito de comer Terumah. 
Em poucos deles os sábios são representados como supostas autoridades antigas 
para práticas já bem conhecidas e estabelecidas, como tantas vezes é a 
impressão dada por Simeon b. Shetah-materiais. Pelo contrário, as tradições S 
+ A independentes de Hillel referem-se a duas autoridades que, embora não 
abundantemente representadas, são creditadas com ditos legais reais (em forma 
de testemunho) e autoridade

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