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DESENVOLVIMENTO HUMANO I ROTEIRO DE ESTUDOS 2 UNIDADE 1 Introdução às teorias do desenvolvimento humano Teorias existentes sobre o Desenvolvimento Humano Na psicologia, desenvolvimento é definido como um processo biopsicossocial, ao longo do qual fatores inatos e culturais interagem, gerando mudanças e aquisições. O desenvolvimento pode ser avaliado por meio de marcos. Existem diversas maneiras teóricas de compreender o desenvolvimento humano: PSICANÁLISE - O desenvolvimento ocorre por meio do desenvolvimento da libido. 1. Na fase oral, a libido se concentra na boca, sendo que essa será a área de maior sensibilidade e prazer. 2. Na fase anal, a criança começa a controlar o ânus. 3. Na fase fálica, ocorre o complexo de Édipo, a angústia de castração e a inveja do pênis, momento de estruturação da personalidade. 4. No período de latência, a libido é rebaixada de modo que surgem outros interesses para a crianças, como os estudos. 5. Na fase genital, há um amadurecimento da sexualidade, voltada, agora, para a relação sexual adulta. TEORIA COGNITIVA - O desenvolvimento do pensamento da criança perpassa quatro estágios. 1. No sensório-motor, a criança conhece o mundo mediado por sua percepção, sensação e movimentos do corpo. 2. No pré-operatório, o desenvolvimento da linguagem torna-se prevalente. Este roteiro orientará a sua aprendizagem por meio da leitura de livros e artigos que cabem na sua rotina de estudos. Experimente esse recurso e aumente a sua habilidade de relacionar a teoria à prática profissional. No seu caminho de aprendizagem, você encontrará os seguintes tópicos: ü Texto de apresentação de cada leitura indicada; ü Links para acesso às referências bibliográficas. É importante ressaltar: o seu esforço individual é fundamental para a sua aprendizagem, mas você não estará sozinho nessa! 3 3. No operatório-concreto, a criança é capaz de pensar sobre situações e problemas que vivencia, realizando operações mentais a partir de situações concretas. 4. O período das operações formais, o jovem já consegue pensar e refletir sobre situações e conceitos abstratos, atingindo o nível mais abstrato do pensamento. TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL - O desenvolvimento humano seria um processo que acontece a partir da interação entre as bases biológicas e a mediação da cultura. A criança, quando nasce, tem somente funções psicológicas elementares, como sensação, percepção, atenção, memória, entre outras. À medida que a criança se relaciona com a cultura, suas funções psicológicas começam a se desenvolver e passam a serem superiores, ou seja, a pessoa pode significar a realidade e agir sobre ela. A pluralidade teórica que existe na psicologia demanda um estudo cuidadoso e aprofundado em função dos fundamentos epistemológicos e antropológicos de cada corpo teórico. Contudo, nas publicações indicadas a seguir, é possível ter um contato inicial com essas diversas teorias, especialmente aplicadas ao desenvolvimento humano (RIBEIRO, 2016), e há discussões sobre a aplicação de uma teoria em particular, a histórico-cultural, no contexto educacional (MORI, 2016). Referências MORI, N. N. R. Psicologia e educação inclusiva: ensino, aprendizagem e desenvolvimento de alunos com transtornos. Acta Scientiarium: Education, v. 38, n. 1, p. 51–59, 2016. Disponível em <http://web.b.ebscohost.com/ehost/detail/detail?vid=2&sid=fe9e5de8-59b2-42a8-a9a4- e1c978cfb9aa%40sessionmgr101&bdata=Jmxhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1laG9zdC1saXZl#db=foh& AN=112672466>. Acesso em: 08 mai. 2019. POTT, Eveline Tonelotto Barbosa. Desenvolvimento Humano I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2019. p. 7-19. RIBEIRO, Maisa Elena. Psicologia do desenvolvimento. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2016. Disponível em <https://biblioteca-virtual.com/detalhes/livro/1466>. Acesso em: 08 mai. 2019. Desenvolvimento humano e pesquisa Pesquisas envolvem procedimentos e sistematizações a fim de produzirem conhecimento científico e contribuírem para o avanço da Psicologia enquanto ciência e profissão. Há diversas 4 estratégias metodológicas para a construção de estudos, fundamentadas em modelos distintos de conceber o homem, por exemplo, nos modelos mecanicista e organicista. MODELOS - O modelo mecanicista refere-se à forma de compreender o humano que reage a estímulos externos, sendo moldado pelas suas condições ambientais. Sua influência é frequentemente encontrada em investigações e explicações que buscam compreender o desenvolvimento da criança, como determinado por suas experiências externas. Em relação ao modelo organicista, o ser humano é concebido como um organismo predeterminado ao desenvolvimento, cuja força advém do próprio indivíduo. Nesse modelo, o desenvolvimento é constituído por estágios que se tornam mais complexos ao longo da idade, sendo universal. TIPOS DE PESQUISA – Quantitativa: distingue-se pelo emprego da quantificação, avaliando constructos que podem ser medidos, tentando estabelecer relações e correlações. Qualitativa: é caracterizada pela busca em compreender os sentidos e significados da vida humana. Mistos: utilizam tanto da abordagem quantitativa e qualitativa, realizando pesquisas que avaliem seu objeto, por diferentes perspectivas. ETAPAS 1. Identificação de um problema, ou seja, refere-se à identificação de uma questão que precisa ser investigada; 2. Formulação de Hipóteses a serem testadas pela pesquisa; 3. Coleta de dados: processos em que as informações do estudo serão acessadas; 4. Análise e organização dos dados; 5. Formulação de conclusões provisórias; e 6. Divulgação dos resultados. Existem muitos materiais em que é possível aprofundar os conhecimentos relativos às especificidades das pesquisas, os quais são de absoluta importância tanto na formação, quanto na prática profissionais, uma vez que só se atua, a partir de conhecimentos técnico-científicos. Em Schubert (2015), consegue-se estudar as diferenças entre os tipos de pesquisa aplicadas ao desenvolvimento humano, enquanto se pode ler em Gadelha e Oliveira (2018) sobre como o método vem sendo apresentado em pesquisas da psicologia contemporânea (ambos os livros foram indicados a seguir). Referências GADELHA BERNARDINO, C.; OLIVEIRA ABREU, N. A unidade retórica de Metodologia em artigos empíricos da cultura disciplinar da área de Psicologia: uma investigação sociorretórica. Revista 5 Brasileira de Linguística Aplicada, v. 18, n. 4, p. 887–918, 2018. Disponível em < www.encurtador.com.br/aUVYZ >. Acesso em: 08 mai. 2019. POTT, Eveline Tonelotto Barbosa. Desenvolvimento Humano I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2019. p. 20-30. SCHUBERT, Alexandre. Crescimento e desenvolvimento humano. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2016. Disponível em <https://biblioteca- virtual.com/detalhes/livro/137>. Acesso em: 08 mai. 2019. Do nascimento à terceira infância NASCIMENTO E NEONATAL Todas as necessidades do feto eram satisfeitas pelo corpo da mãe e, após o nascimento, precisam ser realizadas pelo próprio bebê. O período neonatal refere-se à adaptação do bebê à vida fora do útero materno. O desenvolvimento físico da criança ocorre de duas formas: cefalocaudal e próximo-distal: o primeiro refere-se ao desenvolvimento físico que ocorre da direção de “cima para baixo”, ou seja, do crânio em direção às extremidades inferiores do corpo, enquanto o segundo princípio refere-se ao movimento do desenvolvimento que ocorre na direção de “dentro para fora”, em que o crescimento parte das regiões centrais do corpo em direção às extremidades. PRIMEIRA INFÂNCIA – 0 A 3 ANOS • PERMANÊNCIA DO OBJETO – A criança passa a compreender que, mesmo fora de seu campo de visão, o objeto existe. Ao longo do desenvolvimento cognitivo, a criança passa a ser capaz de entender que o objeto ainda continua existindo, mesmo longe de sua percepção. SEGUNDA INFÂNCIA – 3 A 6 ANOS • DESENVOLVIMENTO COGNITIVO: o desenvolvimento da memória; capacidade de lembrar os eventos que aconteceram; da temporalidade; da compreensão sobre a temporalidade dos fenômenos. • DESENVOLVIMENTO DA FALA: capacidade de se apropriar de palavras novas, compreensão de ironias da fala, de contradições de discurso e de comparações. • DESENVOLVIMENTO FÍSICO E MOTRICIDADE: período de sono menor; habilidades motoras amplamente desenvolvidas; habilidades motoras finas, como pegar e manusear objetos pequenos, desenhar e se vestir. 6 TERCEIRA INFÂNCIA - 6 A 11 ANOS • DESENVOLVIMENTO SOCIAL - Ampliação de vínculos e interações sociais da criança. Jogos e brincadeiras tornam-se ainda mais presentes, funcionando como recursos para o processo de aprendizagem de valores e autoconhecimento. O processo de escolarização permite que a criança interaja com diferentes adultos e crianças, defrontando-se com situações que exigem o desenvolvimento de seus valores, emoções e cognição, favorecendo a percepção de diferenças sociais, como em relação à cor da pele, nível socioeconômico, etnia, entre outros parâmetros de distinção da nossa sociedade. Nas publicações indicadas a seguir, podemos perceber que as especificidades do desenvolvimento infantil são gigantes. Porto e Sierra (2018) apresentam tais aspectos, especialmente em relação ao desenvolvimento motor, o que é de extrema importância quando se trabalha em certos contextos, como escolas. Por outro lado, especificamente sobre o papel da família em função desenvolvimento infantil, Beltrami et al. (2014) expõem como o desenvolvimento da criança está diretamente ligado aos cuidados do adulto por ela responsável que, na nossa cultura, é a mãe. Referências BELTRAMI, L.; MORAES, A. B. DE; SOUZA, A. P. R. DE. Constitution of the Experience of Motherhood and Infant Development Risk. Revista CEFAC, [s. l.], v. 16, n. 6, p. 1828–1836, 2014. Disponível em <http://web.a.ebscohost.com/ehost/detail/detail?vid=2&sid=0c8b7753- 1682-426d-9fb3- 1bb199d0258c%40sessionmgr4007&bdata=Jmxhbmc9cHQtYnImc2l0ZT1laG9zdC1saXZl#AN=10 0762720&db=foh>. Acesso em: 08 mai. 2019. PORTO, Alessandra Beggiato; SIERRA, Maria Florência. Crescimento e Desenvolvimento Humano. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2018. Disponível em <https://biblioteca-virtual.com/detalhes/livro/572>. Acesso em: 08 mai. 2019. POTT, Eveline Tonelotto Barbosa. Desenvolvimento Humano I. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2019. p. 21-45.
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