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Antipsicóticos: Tratamento para Esquizofrenia

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Antipsicóticos 
- São antagonistas dopaminérgicos 
- Esquizofrenia significa: mente dividida 
- Acomete 1% da população em idade entre os 15 a 
35 anos 
- OMS: 3a causa de perda da qualidade de vida 
entre os 15 e 44 anos 
- 1º episódio - adolescentes ou adultos jovens 
- 25% somente um episódio agudo 
- 25% estado permanente 
- 50% episódios recorrentes ao longo da vida 
- Hereditariedade 
- Prevalência de 10% entre irmãos de pais 
esquizofrênicos 
- 40% entre gêmeos monozigóticos 
- A esquizofrenia pode se apresentar com 2 tipos de 
sintomas: 
- Sintomas positivos 
- Delírios 
- Alucinações (visuais ou auditivas) 
- Distúrbios de pensamentos 
- Comportamentos anormais 
- Sintomas negativos 
- Retraimento do convívio social 
- Nivelamento das respostas emocionais 
- Déficit cognitivo (atenção e memória) 
- Ansiedade e depressão 
- Suicídio em 10% dos casos 
- Defeito na atenção seletiva 
- Vamos entender como as vias dopaminérgicas 
influenciam nos sintomas e no tratamento 
- Via mesocortical: a redução de dopamina nessa 
via promove os sintomas negativos 
- Via mesolímibica: o aumento da dopamina nessa 
via promove os sintomas positivos 
- Via tuberoinfundibular: relacionado ao efeito 
adverso do medicamento --> com o aumento da 
dopamina, ocorre diminuição da prolactina (são 
inversamente proporcionais) 
- Via nigroestriatal: relacionado ao efeito adverso do 
medicamento --> parkinsonismo ou síndrome 
extrapiramidal 
Teorias neuroquímicas - dopamina 
- Foi visto que: 
- Ocorre aumento da densidade dos receptores D2 
em pessoas esquizofrênicas (visto em cérebro 
pós-morte) 
- Anfetamina estimulam os sintomas 
esquizofrênicos 
- Reserpina e antagonista de dopamina controlam 
os sintomas 
- E que a eficácia dos APS está relacionada ao 
bloqueio de D2 
- Antagonistas de glutamato (ketamina) geram 
alucinação --> então, juntando tudo isso que foi 
encontrado, concluiu-se que: esquizofrenia tinha 
relação com a dopamina 
- Sintomas positivos 
- Estimulação excessiva de D2 (grupo D2 é 
composto por: D2, D3, D4) na região subcortical 
- Sintomas negativos 
- Deficiência na ativação de D1 (grupo D1 é 
composto por: D1 e D5) na região cortical 
- Menor ativação do receptor NMDA - glutamato 
Teorias neuroquímicas - serotonina 
- LSD - agonista serotonérgico (5-HT2A , 5-HT2C) 
- 5-HT2A 
- Modulam a liberação de DA, NA, GABA, GLU e 
Ach 
- Córtex, límbica e estriado 
- Despolariza neurônios glutamatérgicos 
- 5-HT2C 
- Inibe a liberação cortical e límbica da DA 
- Novos fármacos são agonistas inversos de 5-HT2A 
Fármacos antipsicóticos 
- Típicos (afinidade maior por dopamina) 
- Clorpromazina 
- *Haloperidol 
- Levomepromazina 
- Atípicos (maior afinidade pelo D2 na região 
mesolímbica; o que causa menos efeitos 
extrapiramidais e maior eficiência para sintomas 
negativos) 
- Clozapina 
- *Risperidona 
- *Quetiapina 
- Flufenazina 
- Olanzapina 
- Aripriprazol 
- Sulpirida 
- Típicos X Atípicos 
- Típicos 
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- Agem mais sobre sintomas positivos (pois 
seu foco é no receptor de dopamina) 
- Mais efeitos extrapiramidais 
- Mais efeito sobre a dopamina 
- Efeito sedativo 
- Clorpromazina: usado no surto 
- Haloperidol: usado para manutenção 
- Atípicos 
- Perfil do receptor 
- Mais seletivos para os receptores D2 
na região mesolímbica 
- Bloqueio de 5-HT2 
- Menos sedativos 
- Menos efeitos colaterais (extrapiramidais) 
- Eficácia em pacientes refratários 
- Maior eficácia em sintomas negativos 
- Clozapina: D4 
Mecanismo de ação 
- Todas as drogas antipsicóticas são antagonistas dos 
receptores D2 
- A maioria também bloqueia outros receptores 
monoaminérgicos, 5 HT2 
- A clozapina também bloqueia receptores D4 
- Potência antipsicótica associada aos receptores D2 
(30-50%) 
- Aparecimento tardio do efeito - sugerindo aumento do 
no de receptor 
- Álcool deve ser usado com fenergam (prometazina) ou 
akineton (biperideno) com o objetivo de diminuir os 
sintomas extrapiramidais 
- Seletividade 
- Quanto mais seletivo para D2: melhor para os 
sintomas negativos 
- Quanto mais seletivo de H1: maior o efeito 
sedativo . . . 
Farmacocinética 
- Boa absorção oral 
- Variação individual 
- Meia vida de 15-30h 
- Metabolismo hepático 
- Formas de liberação prolongada (IM) 
- Minimizar efeitos de adesão, pois possui efeito de 
2-4 semanas 
Efeitos adversos 
- Motores (sintomas extrapiramidais) - distúrbios 
extrapiramidais (bloqueio de D2) - mais comum em 
APS típicos 
- Acatisia (5-60 dias): inquietude motora, ansiedade, 
incapacidade para relaxar, dificuldade de 
permanecer imóvel e a alternância entre estar 
sentado ou de pé 
- Ocorre adaptação fisiológica com o tempo 
- Distonia aguda - reversível (1 - 5 dias): caretas, 
espasmos musculares, protusão da língua, rotação 
de olhos, torcicolo 
- Ocorre adaptação fisiológica com o tempo 
- Discinesias tardia - irreversível (uso crônico): 
movimentos involuntários em face, língua, troco, 
extremidades 
- Efeito não para, mesmo com a 
descontinuação do uso do medicamento 
- Parksonismo (se parar o uso, os sintomas param) 
- Semelhante ao andar de um robô 
- Rigidez, tremor de extremidades 
- Bradicinesia e acinesia 
- Endócrinos - diminuição da secreção do hormônio do 
crescimento; efeitos em homens e mulheres: 
- Galactorréia 
- Edema nas mamas 
- Dor 
- Outros: 
- Ação antihistamínica (H1) 
- Sedação 
- Diminuição da êmese 
- Ação anticolinérgica 
- Visão embaçada, Xerostomia , Xeroftalmia, 
aumento da P.I.O, constipação e retenção 
urinária 
- Ação antiserotonérgica 
- Ganho de peso (pelo bloqueio da serotonina) 
- Idiossincráticas 
- Icterícia, Leucopenia e agranulocitose (- 
olanzapina), urticárias 
- Síndrome neuroléptica maligna (SNM) - 1% 
- Parkinsonismo intenso 
- Intensa rigidez muscular (catatonia) 
- Flutuações do nível de consciência 
- Instabilidade autonômica (alterações de pulso, 
PA, freqüência respiratória) 
- Hipertermia 
- Morte por insuficiência renal 
(rabdomiólise) ou cardiovascular 
(10-20%) 
- Conduta: suspender os fármacos 
(antidopaminérgicos) 
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Receptores que eles afetam 
Usos clínicos 
- Esquizofrenia 
- Emergência comportamentais agudas (como o 
alzheimer) 
- Depressão psicótica e mania (complementar) 
- Doença de Huntington - haloperidol 
- Refluxo 
Mecanismo Efeitos terap. Efeitos adversos
Bloqueio alfa 1 — Hipotensão 
postural 
Taquicardia Reflexa
Bloqueio D2 Alívio dos sintomas 
positivos da 
esquizofrenia
Efeitos 
extrapiramidais e 
endócrinos
Bloqueio D4 
(apenas closapina)
Alívio dos sintomas 
negativos e 
redução na 
incidência de ef. EP
—
Bloqueio H1 — Aumento do 
apetite e 
sonolência
Bloqueio 
muscarínico
— Visão turva, 
constipação, boca 
seca, retenção 
urinária
Bloqueio 5-HT2 Alívio dos sintomas 
negativos e 
redução na 
incidência de ef. EP
Ansiedade, insônia 
e ganho de peso

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