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Antipsicóticos e Esquizofrenia

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1) Explicar em que consiste a patologia do Sistema Nervoso Central Esquizofrenia. 
 A esquizofrenia é uma condição na qual o paciente exibe sintomas de psicose. Esses sintomas são divididos em positivos e negativos, sendo os positivos relacionados a delírios, alucinações, catatonia, alterações de pensamento e comportamentos anormais, já os negativos se apresentam através do retraimento social, nivelamento de respostas emocionais, anedonia e relutância.
Os sintomas da esquizofrenia estão relacionados ao mau funcionamento de diferentes circuitos neurais. As alterações na via mesolímbica estão associadas aos sintomas positivos, enquanto aos sintomas negativos são associados a via mesocortical.
2) Dentre os sintomas, explique como são gerados os sintomas positivos e negativos da doença levando-se em conta as alterações cerebrais de vias neurais dopaminérgicas. 
Existem 5 subtipos de receptores dopaminérgicos, sendo D1 e D5 acoplados a proteína Gs e D2, D3 e D4 ligados a Gi. Atualmente percebe-se que os sintomas positivos da esquizofrenia estão associados a superatividade do receptor D2 da via mesolímbica, enquanto os sintomas negativos estão associados ao receptor D1 na via mesocortical. 
O aumento da concentração de dopamina na área mesolímbica causa a interação do neurotransmissor com os receptores D2 que inibem a atividade neuronal do hipocampo e da amidala que, como respostam, param de liberar GABA, agente inibitório da atividade filtro sensorial do tálamo. Com a falta do GABA o tálamo aumenta sua atividade levando ao aparecimento dos sintomas positivos. 
 
3) Explicar o mecanismo de ação e efeitos colaterais dos fármacos de primeira geração (Típicos) e de segunda geração (Atípicos) explicando o motivo que eles foram divididos em duas classes. Explique o motivo que os típicos só atuam nos sintomas positivos enquanto os atípicos atuam tanto nos sintomas negativos quanto positivos. 
Os antipsicóticos agem através da inibição de receptores de dopamina. Os antipsicóticos convencionais mostram preferência por D2 em relação a D1, enquanto os fármacos atípicos são seletivos para receptores D2. Acredita-se que o antagonismo de receptores D2 na via mesolímbica aliviem os sintomas positivos, porém não há a distinção entre as vias que serão afetadas pelo antagonista, assim, os antipsicóticos possuem vários efeitos colaterais.
A inibição do receptor D2 na via nigroestriatal causam dois tipos principais de alterações motoras no homem: distonia aguda e discinesia tardia, coletivamente denominados efeitos adversos extrapiramidais. Os efeitos adversos extrapiramidais constituem uma das principais desvantagens dos antipsicóticos típicos. O termo atípico foi originalmente aplicado a alguns dos compostos mais modernos que mostram menor tendência na produção de efeitos adversos extrapiramidais. 
Nos efeitos endócrinos adversos é observado o aumento da concentração plasmática de prolactina, resultando em edema das mamas, dor e lactação, o que pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres. Esses efeitos ocorrem porque a dopamina liberada na eminência mediana por neurônios da via túbero-hipofisária atua inibindo a excreção de prolactina, através de receptores D2
Todos os antipsicóticos inibem vários outros receptores, entre eles os muscarínicos, H1 para histamina, receptores α para NE e receptores 5 HT. 
4) Cite três exemplos de cada classe.
Típicos: clorpromazina, haloperidol, tiotirazina, perfenazina, flufenazina
Atípicos: sulpirida, remoxiprida, tergurida, roxindola e clozapina
Fontes:
RANG, H. P. et al. RANG & DALE’S PHARMACOLOGY EIGHTH EDITION. 8 EDIÇÃO ed. RIO DE JANEIRO: Elsevier Editora Ltda, 2016. 
CILENE REJANE RAMOS ALVES; MARIA TERESA ARAUJO SILVA. Revista Estudos de Psicologia. A ESQUIZOFRENIA E SEU TRATAMENTO FARMACOLÓGICO, v. 18, n. 2, p. 12–22, jan. 2001.

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