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As perspectivas das indústrias de fertilizantes no Brasil

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FACULDADE CATÓLICA SALESIANA 
ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
LEONARDO MOÇO MOTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AS PERSPECTIVAS DAS INDÚSTRIAS DE FERTILIZANTES NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MACAÉ 
2021 
 
 
LEONARDO MOÇO MOTA 
 
 
 
 
 
 
AS PERSPECTIVAS DAS INDÚSTRIAS DE FERTILIZANTES NO BRASIL 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
curso de Graduação em Engenharia Química, da 
Faculdade Católica Salesiana, como requisito 
parcial à obtenção ao grau de Bacharel em 
Engenharia Química. 
Orientador: Prof. M.Sc. Rogério Manhães Soares. 
Co-orientador: Prof. M.Sc. Warlley Ligorio Antunes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ 
2021 
 
 
 
 
No verso da folha de rosto de forma centralizada será impressa a 
ficha catalográfica (NBR 14724/2005), elaborada pela Bibliotecária (o). 
Solicitar a ficha catalográfica para o e-mail 
biblioteca@salesianamacae.edu.br e enviar os dados abaixo: 
 
• Nome completo do autor 
• Curso 
• Título 
• Subtítulo (se houver) 
• Ano 
• Número total de páginas 
• Número das páginas onde está a bibliografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEONARDO MOÇO MOTA 
 
 
 
 
AS PERSPECTIVAS DAS INDÚSTRIAS DE FERTILIZANTES NO BRASIL 
 
Trabalho de conclusão de curso aprovado como requisito parcial para obtenção do 
grau de Engenheiro Químico da FSMA – Faculdade Católica Salesiana pela 
seguinte comissão examinadora: 
 
_____________________________________________ 
 
Prof. M.Sc. Rogério Manhães Soares 
 
 
_____________________________________________ 
 
Prof. M.Sc. Warlley Ligório Antunes 
 
 
_____________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÉ 
2021 
 
 
AGRADECIMENTOS 
E no tempo de Deus os sonhos vão se realizando. 
Chegou o momento final desta longa caminhada. E junto com Ele só gratidão. 
Primeiramente a Deus, engenheiro de todas as obras, que em todos os 
momentos da minha vida está presente, me guiando e me capacitando; meu mais 
sublime agradecimento. E que nesta nova etapa que se inicia, me proteja e me 
conceda suas graças para que eu possa exercer a minha profissão dignamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
A produção de fertilizantes no Brasil está bem abaixo da necessidade atual do 
mercado interno, a importação tende a crescer cada vez mais e deixar o mercado 
dependente da flutuação de câmbio, aumentando os valores dos produtos finais no 
setor, causando déficit comercial no setor de fertilizantes nos últimos anos, o foco da 
indústria química brasileira está nos commodities. Este trabalho descreve e analisa 
os aspectos técnicos da produção nacional de fertilizantes e suas dificuldades de 
suprir o mercado interno. Através de uma compilação de dados bibliográficos, 
verificou-se que o Brasil produz menos do que utiliza e depende de importações 
para suprir a necessidade interna. Um dos exemplos é o potássio, que o Brasil 
necessita de mais de 90% por via de importação. Embora a necessidade de 
importação seja crescente, a indústria química do Brasil precisa adotar alternativas 
de extração desses minerais em solo nacional, focando no potencial de extração e 
de aproveitamento destes minerais sem perder o foco no desenvolvimento 
sustentável. 
Palavras-chave: Fertilizantes. Indústria química. Potencial. Importação. Produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The production of fertilizers in Brazil is well below the current need of the domestic 
market, imports to increase more and more and leave the market dependent on 
exchange rate fluctuation, increase in the values of final products in the sector, 
causing a trade deficit in the fertilizer sector in the In recent years, the focus of the 
Brazilian chemical industry is on commodities. This work requirements and analyzes 
the technical aspects of national fertilizer production and its difficulties in supplying 
the domestic market. Through a compilation of bibliographic data, it appears that 
Brazil produces less than it uses and depends on imports to supply the domestic 
need. One example is potassium, which Brazil needs over 90% of via import. 
Although the need for imports is growing, the chemical industry in Brazil needs to 
adopt alternatives for the extraction of these minerals on national soil, focusing on 
the potential for extraction and use of these minerals without losing the focus on 
sustainable development. 
Keywords: Fertilizers. Chemical industry. Potential. Import. Production. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 - Povos ancestrais dependendo da caça e coleta de alimentos locais ........ 12 
Figura 2 - primeira revolução agrícola. Afresco Torre da Águia, Castelo de 
Buonconsiglio, Trento. Venceslau da Boêmia (1397). ............................................... 13 
Figura 3 – Vegebot robô capaz de colher vegetais, automação com contato humano 
mínimo nos insumos agrícolas. ................................................................................. 14 
Figura 4 – Matriz energética brasileira em comparação com a mundial .................... 15 
Figura 5 – Produção anual agrícola do Brasil ............................................................ 16 
Figura 6 – Faturamento da indústria química mundial em bilhões de dólares ........... 21 
Figura 7– Balança comercial brasileira de 2000 a 2019 ............................................ 22 
Figura 8 – capacidade de produção de amônia no mundo ........................................ 23 
Figura 9 – Fluxograma de produção de fertilizantes minerais ................................... 24 
Figura 10 - Balança comercial brasileira de fertilizantes entre 1996 e 2018 ............. 32 
Figura 11: Funções do potássio nas plantas. ............................................................ 38 
Figura 12: Produção Brasileira de Rocha Fosfáltica.................................................. 40 
Figura 13: Produção nacional de enxofre 1998/2012. ............................................... 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Faturamento da indústria química com destaque para a produção 
nacional de fertilizantes em 6º lugar. ......................................................................... 21 
Tabela 2 – Mercado brasileiro de fertilizantes em números ...................................... 27 
Tabela 3 – reservas e produção de fosfatos do Brasil e outros países ..................... 28 
Tabela 4 – produção e reservas de potássio no Brasil .............................................. 28 
Tabela 5 – Ranking de produtores de amônia no mundo .......................................... 29 
Tabela 6– Reserva de rochas fosfáticas em solo brasileiro em toneladas ................ 31 
Tabela 7: Concentração mundial de potássio em Mt................................................. 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9 
1.1 Problema ...................................................................................................... 10 
1.2 Hipóteses ..................................................................................................... 10 
1.3 Objetivos ...................................................................................................... 10 
1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 10 
1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................ 11 
1.4 Justificativas ................................................................................................. 11 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................12 
2.1 Histórico da Agricultura ................................................................................ 12 
2.2 Situação Atual do Brasil em Produção de Insumos ..................................... 14 
2.3 Os Fertilizantes e sua Importância Para a Agricultura ................................. 16 
2.4 Importância dos Macro e Micronutrientes no Desenvolvimento da Planta ... 17 
2.5 Classificação dos Fertilizantes ..................................................................... 18 
2.6 O Mercado Atual de Fertilizantes ................................................................. 19 
2.7 Perspectivas de Mercado ............................................................................. 22 
3. METODOLOGIA ................................................................................................ 34 
3.1 Perspectivas do Estudo ................................................................................ 34 
3.1.1 Tipo de Pesquisa ................................................................................... 34 
3.1.2 Fonte de Dados ..................................................................................... 34 
3.1.3 Instrumento de Coleta de Dados ........................................................... 35 
3.1.4 Apresentação de Dados ........................................................................ 35 
3.1.5 Análise de Dados ................................................................................... 35 
3.2 Delimitação do Estudo ................................................................................. 36 
4. CENÁRIO BRASILEIRO DOS MINERAIS PARA FERTILIZANTES ................ 37 
4.1 POTÁSSIO ................................................................................................... 37 
4.2 FOSFATO .................................................................................................... 39 
 
 
4.3 ENXOFRE .................................................................................................... 40 
5. APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO ENVIADO A EMPRESA ............................ 43 
5.1 Dados da empresa ....................................................................................... 43 
5.2 Análise das respostas ..................................... Erro! Indicador não definido. 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 47 
6.1 Sugestões para Trabalhos Futuros .............................................................. 48 
6.2 Desafios e Oportunidades para a indústria de fertilizantes no Brasil ........... 48 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51 
APÊNDICE A – PERGUNTAS E RESPOSTAS DA ENTREVISTA .......................... 55 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Brasil vem crescendo continuamente na produção agrícola. Reconhecido 
como o “celeiro do mundo” o país vê a necessidade crescente de insumos agrícolas 
para melhoramento genético e melhoramento das terras que são utilizadas 
constantemente safra após safra. O solo após colheita necessita de nutrientes que 
foram retirados em fase de crescimento e maturidade das plantas para repor as 
necessidades das novas plantas a serem inseridas. A produção de fertilizantes no 
Brasil está bem abaixo da necessidade atual do mercado interno, a importação 
tende a crescer cada vez mais e deixar o mercado dependente da flutuação de 
câmbio, aumentando os valores dos produtos finais no setor (REETZ, 2016). 
O agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira. Em 2019, 
a balança comercial brasileira registrou superávit de US $ 48 bilhões, 17,2% menor 
que o registrado em 2018 e 28,3% menor que em 2017. Porém, em 2019 o setor do 
agronegócio foi responsável por um superávit de US $ 83 bilhões. Em outro, ou seja, 
sem o agronegócio, o Brasil registraria déficits recorrentes em sua balança 
comercial. Soja, milho, e a cana-de-açúcar respondem atualmente por mais de 60% 
do valor bruto da agricultura (considerando apenas colheitas) (MAPA, 2020). 
O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, atrás da 
China, Índia, e os EUA. A agricultura desempenha um papel essencial na mitigação 
das mudanças climáticas: pelo menos 40% do solo do mundo é usado como área de 
cultivo ou pastagem e o uso de fertilizantes pode contribuir para o carbono do solo 
sequestro, aumentando a produtividade da biomassa e evitando o desmatamento. 
Impactos climáticos causados pela intensificação agrícola são preferíveis aos de um 
sistema com menos insumos e terras 
A produção de amônia utiliza gás de síntese a partir do ar e o hidrogênio do 
gás natural em reatores pressurizados, seguindo a síntese de Haber-Bosch em que 
o monóxido de carbono é convertido em dióxido de carbono e separado da corrente, 
o hidrogênio do gás natural é combinado com o nitrogênio no ar e assim gera-se a 
amônia. A Petrobras tem um papel crucial na produção deste tipo de fertilizante 
(PETROBRAS, 2020). 
A indústria química do Brasil tem um papel muito importante nesses 
resultados, indústria esta que cresce lentamente e não acompanha o crescimento do 
mercado interno. Causando déficit comercial no setor de fertilizantes nos últimos 
10 
 
anos, o foco da indústria química brasileira está nos commodities. Com isso, a 
deficiência da importação de fertilizantes no Brasil chega a 90% para os potássicos 
e isto afeta o setor de agronegócios, que corresponde a 23% do PIB nacional 
(COSTA, SILVA, 2020). 
 
1.1 Problema 
 
A produção industrial no setor químico do Brasil não acompanhou a evolução 
do consumo agrícola interno, ocasionando um déficit crescente e persistente no 
setor graças ao aumento na demanda de importações para países como a China, 
por exemplo. Os intermediários para fertilizantes, segmento importante da indústria 
química, são responsáveis por cerca de um terço do déficit, e as perspectivas são de 
que a demanda por adubos se eleve ainda mais nos próximos anos (COSTA, SILVA, 
2012). 
Diante de tais fatos, de que forma o setor de fertilizantes brasileiro pode 
contribuir para minimizar ou extinguir este déficit crescente no mercado interno? 
 
1.2 Hipóteses 
 
Segundo Faccio (2020), uma das grandes preocupações do mercado 
Brasileiro é que aproximadamente 70% dos fertilizantes utilizados em solo nacional 
são importados. 
E, com o quadro de evolução, nos próximos anos, a expansão do setor deve 
continuar em linha com o desenvolvimento do agronegócio, muito por conta do seu 
potencial de aumento de produtividade. 
 
1.3 Objetivos 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
O objetivo deste trabalho é demonstrar o potencial da indústria brasileira de 
fertilizantes, bem como realçar sua importância para o desenvolvimento agrícola 
nacional. 
 
11 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
• Avaliar por meio de estudo bibliográfico as perspectivas de 
desenvolvimento e produção das indústrias de fertilizantes no mercado nacional; 
• Demonstrar mediante aplicação de questionário a percepção do setor 
industrial de fertilizantes a respeito do acompanhamento do crescimento interno do 
mercado; 
 
 
1.4 Justificativas 
 
Com o aumento da produção de insumos agrícolas o campo necessita cada 
vez mais de fertilizantes, por este motivo o Brasil ainda importa cerca de 70% do 
fertilizante utilizado no mercado interno. Com isso, existe uma grande demanda e 
um gap de ganhos de receita para produtores de fertilizantes agrícolas nacionais. E, 
para que isso ocorra, as empresas produtoras de fertilizantes devem estar alinhadas 
com o desenvolvimento do agronegócio brasileiro (FACCIO, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Histórico da Agricultura 
 
O ser humano e sociedade dependem da agricultura. Desta forma, pode-se 
concluir logo de partida que a agricultura é a atividade mais antigado planeta, como 
denota Sirvinskas (2013). Há cerca de 12 mil anos o homem ainda dependia do 
nomadismo como forma de obter alimento, sempre se mudando após o fim dos 
recursos naturais no local instalado como mostra a Figura 01. Após anos a primeira 
forma de agricultura rudimentar foi realizada próximas a rios e córregos, onde a terra 
era mais fértil e com sementes, não demandando muito trabalho por parte dos 
nômades. Seus acampamentos eram montados analisando-se à riqueza da região 
tanto vegetal quanto animal (passagem de animais ou rios fartos em peixes), com 
isso podiam permanecer por estações sem se preocupar (CUNHA, 2017). 
 
Figura 1 - Povos ancestrais dependendo da caça e coleta de alimentos locais 
 
Fonte: TRISTÃO, 2020 
 
Com o desenvolvimento das práticas de cultivo e criação de animais de 
várias espécies, e se adequando a uma variedade, de acordo com o ecossistema 
13 
 
local, permitiu o desenvolvimento das primeiras aldeias e comunidades humanas. 
Com o aumento da população, começou a necessidade de um aumento na 
produção de alimentos. Em que pese a natureza possua sistemas próprios de 
regulação, através do ciclo dos recursos naturais, a intervenção humana 
desregrada, praticada devido ao antropocentrismo, pode causar um imenso impacto 
nesses sistemas causando-lhes até mesmo alterações irreversíveis esgotando os 
recursos (COSTA, 2016). Com a utilização contínua do solo, aparecem as causas de 
carência de nutrientes, e mesmo mudando de região, o problema se repetia. 
Começa-se então a aprimorar os cultivos com o uso de ferramentas, fezes de 
animais, cinzas, ossos, como uma forma de melhorar a terra e assentar-se num 
único local, como mostra a Figura 02 (CUNHA, 2017). 
 
Figura 2 - primeira revolução agrícola. Afresco Torre da Águia, Castelo de Buonconsiglio, Trento. 
Venceslau da Boêmia (1397). 
 
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC PORTUGAL (2020). 
 
Com a revolução agrícola surge a utilização de sistemas hidráulicos como as 
plantações no leito do Rio Nilo no Egito e logo depois, nos campos europeus. 
Utilização de ferramentas mais rebuscadas como pás, enxadas, aradores e tração 
animal. Mas, apenas no século XVII que se inicia a rotação de culturas de cultivo. Já 
a revolução agrícola atual surgiu em meados do século XX, depois, com a utilização 
14 
 
de máquinas motorizadas, mecanização de colheitas, utilização de fertilizantes, 
alimentos transgênicos, um melhor controle hidráulico da irrigação e até a 
automação da colheita, como mostra a Figura 03 um robô capaz de colher 
automaticamente vegetais (MAZOYER; ROUDART, 1997 apud CUNHA, 2017). 
 
Figura 3 – Vegebot robô capaz de colher vegetais, automação com contato humano mínimo nos 
insumos agrícolas. 
 
Fonte: REVISTA PLANETA (2019). 
 
2.2 Situação Atual do Brasil em Produção de Insumos 
 
Segundo o Centro de Agronegócios da FGV (2020), o Brasil possui 
aproximadamente 330 milhões de hectares de terras cultiváveis, destes são 
aproximadamente 170 milhões de hectares para pastagens e 80 milhões de 
hectares para lavouras anuais ou perenes. Além do Brasil ter uma grande 
disponibilidade de terreno, o país é gratificado com uma grande parcela da água 
doce do planeta, aproximadamente 13%, disponível, chuvas regulares, abundância 
de energias renováveis (solar, eólica, hidráulica, biomassa) Figura 04, diversidade 
de climas e uma grande predisposição ao desenvolvimento do setor do agronegócio 
(MATTOS, 2017). 
 
15 
 
Figura 4 – Matriz energética brasileira em comparação com a mundial 
 
Fonte: FGV (2019) 
 
O Brasil hoje é um dos maiores produtores de soja do mundo, além do café, 
suco de laranja e açúcar conforme mostrado na Figura 05. Com esse crescimento, o 
Brasil é um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo. O Brasil, mesmo 
sendo uma superpotência agrícola devido a abundância de terras e água, se 
mantém como o quarto maior consumidor de N e o terceiro de P. Por possuir solos 
com deficiência de K é o segundo maior consumidor do nutriente. Em 2017 o Brasil 
importou cerca de 2,5 milhões de toneladas de fertilizantes (GOTTEMS, 2018). 
 
16 
 
Figura 5 – Produção anual agrícola do Brasil 
 
Fonte: FGV (2019) 
 
2.3 Os Fertilizantes e sua Importância Para a Agricultura 
 
Entende-se que, naturalmente, as plantas obtêm alimento do solo que estão 
inseridas. E, por isso, os solos necessitam de tempo para repor os nutrientes 
extraídos pelas plantas em sua fase de crescimento até o amadurecimento. Em 
plantios que têm taxa curta de colheita o desgaste do solo é maior, com isso, 
aparecem problemas constantes nas próximas safras: como plantas debilitadas ou 
de menor porte que o normal. Pesquisas são constantemente executadas para 
entender e desenvolver uma nutrição mineral eficiente e de qualidade para as 
plantas, compostos compatíveis de acordo com cada espécie vegetal e de fácil 
aplicação (CUNHA, 2017). 
O Decreto N. º 4.954/2004 (BRASIL, 2004) determina que “Fertilizantes são 
substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de um ou 
mais nutrientes das plantas. ” 
E, também, que os fertilizantes são compostos por nutrientes essenciais para 
o desenvolvimento das plantas. Sendo estes macronutrientes primários e 
secundários e micronutrientes. Os macronutrientes primários são o nitrogênio (N) 
expresso como nitratos (NO), fósforo (P) expresso como pentóxido de fósforo 
(P2O5), potássio (K) expresso como óxido de potássio (K2O); os macronutrientes 
17 
 
secundários são o cálcio (Ca) expresso como óxido de cálcio (CaO), magnésio (Mg) 
expresso como óxido de magnésio (MgO) e enxofre (S). 
Os micronutrientes são o boro (B), cobre (Cu), ferro (Fe), cloro (Cl), 
molibdênio (Mo), manganês (Mn), zinco (Zn), silício (Si), cobalto (Co), além de 
outros micronutrientes que variam de acordo com cada espécie de planta. 
 
2.4 Importância dos Macro e Micronutrientes no Desenvolvimento da 
Planta 
 
Entre os macronutrientes, o nitrogênio (N) atua em todas as fases da planta, 
promovendo a síntese de proteínas, desde o crescimento até a frutificação. A 
clorofila, composto principal para absorção de energia solar e transformação em 
energia química para a planta é composta em parte por nitrogênio e é fundamental 
para o sustento da planta. Porém, o excesso também causa problemas como o 
escurecimento das folhas, falta de resistência às doenças e diminuição do ciclo de 
vida. Enquanto em sua carência causa amarelamento, queda das folhas, clorose e 
ramos escuros. As formas de mais fácil absorção pelas plantas são os íons de 
nitrato NO3- e amônio NH4+ (DIAS; FERNANDES, 2006 apud CUNHA, 2017). 
O fósforo (P) é outro macronutriente fundamental para o desenvolvimento da 
planta, é responsável pela produção de energia, participa ativamente na respiração, 
divisão celular e influencia todo o metabolismo do vegetal. Sendo o principal 
constituinte da molécula de adenosina trifosfato (ATP) produtora de energia. Tem 
como função, também, do desenvolvimento das raízes e dos grãos. Sua forma de 
mais fácil absorção é a dos íons do ácido fosfórico H2PO4- e o fosfato ácido 
HPO42-. Quando existe falta desse nutriente, o principal problema é a necrose das 
folhas (clorose) e mudança de cor das folhas (DIAS; FERNANDES, 2006 apud 
CUNHA, 2017). 
O potássio (K) é o principal responsável pelo balanço hídrico na planta e 
resistência às doenças. Tem como função principal ativar funções enzimáticas e 
prover manutenção da turgidez celular. A sua presença nos estomas da planta 
influencia a troca gasosa com a atmosfera e a transpiração do vegetal. A sua 
carência reduz o crescimento e deixa as folhas amareladas por pouca produção de 
clorofila. Sua forma mais absorvível é a de íon potássio (K+) (DIAS; FERNANDES, 
2006 apud CUNHA, 2017). 
18 
 
Enquanto os outros macronutrientes secundários e micronutrientes também 
mantém a sua importância no desenvolvimento da planta, adepender do solo a ser 
estudado e das necessidades nutricionais da planta (CEFER, 1980 apud CUNHA, 
2017). 
 
2.5 Classificação dos Fertilizantes 
 
 O nitrogênio, fósforo e potássio são os principais e mais básicos elementos, 
conhecidos comercialmente na fórmula NPK para os fertilizantes. A ordem NPK 
indica a quantidade percentual de cada elemento na formulação do fertilizante, por 
exemplo NPK 15 15 20 significa que em 1 kg deste fertilizante existe 15% de 
nitrogênio, 15% de fósforo e 20% de potássio. Ainda, de acordo com a legislação 
DECRETO Nº 4.954/2004 (Brasil, 2004) e Cunha (2017) os fertilizantes são 
classificados como: 
 Fertilizante orgânico: produto obtido por processos utilizando matéria-
prima animal, vegetal, urbana, rural ou industrial proveniente de natureza orgânica, 
enriquecido ou não com nutrientes minerais; 
 Fertilizante mineral: produto obtido por processos utilizando matéria-
prima de natureza mineral, natural ou sintética; 
 Fertilizante mononutriente: este produto contém apenas um dos 
macronutrientes primários fundamentais para o desenvolvimento das plantas; 
 Fertilizante binário: contém dois dos macronutrientes primários 
necessários; 
 Fertilizantes ternários: contém dois dos macronutrientes primários 
necessários; 
 Fertilizante com macronutrientes diversos: contém os macronutrientes 
secundários, isoladamente ou em misturas destes, ou ainda com outros nutrientes; 
 Fertilizante com micronutrientes: contém micronutrientes isolados ou 
misturados; 
 Fertilizante mineral simples: formado, fundamentalmente, por um 
composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas; 
 Fertilizante mineral misto: produto resultante da mistura física de dois 
ou mais fertilizantes minerais; (Redação dada pelo Decreto nº 8.384, de 2014); 
19 
 
 Fertilizante mineral complexo: produto formado de dois ou mais 
compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo 
dois ou mais nutrientes; 
 Fertilizante orgânico simples: idem ao fertilizante mineral simples, 
porém com matéria prima natural e de origem animal ou vegetal; 
 Fertilizante orgânico misto: natureza orgânica animal ou vegetal 
resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples; 
 Fertilizante orgânico composto: produto obtido por processo físico, 
químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-
prima de origem industrial, urbana ou rural, animal ou vegetal, isoladas ou 
misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou 
agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas; 
 Fertilizante organomineral: produto resultante da mistura física ou 
combinação de fertilizantes minerais e orgânicos. 
Além destas definições, também existem as disposições dos fertilizantes em 
formas de pós (com 95% das partículas com diâmetro menor que 2 mm), farelados 
(grânulos não-uniformes), granulados (partículas com diâmetro inferior a 4 mm) e 
líquidos (CEFER, 1980; MALAVOLTA, 1967 apud CUNHA, 2017). 
 
2.6 O Mercado Atual de Fertilizantes 
 
O mercado atual de fertilizantes é de aproximadamente 180 milhões de 
toneladas por ano, com o nitrogênio liderando como o nutriente mais requisitado e 
consumido durante a produção agrícola. Com a situação atual do clima global e o 
aquecimento do planeta, os principais problemas a serem enfrentados pela 
humanidade com o seu crescimento será a fome, a falta de água e aumento da 
demanda energética. O Brasil tem um papel importante nesse sentido, pois é um 
dos maiores produtores agrícolas do mundo. Os Estados Unidos da América (EUA) 
são os maiores produtores de grãos do mundo, a China vem em segundo lugar e a 
Índia em terceiro. Porém, o Brasil tem um potencial gigante de crescimento com as 
áreas de pastagens servindo de apoio para ampliação da área agrícola (CELLA, 
ROSSI 2010). 
20 
 
É comumente sabido que com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), 
aumenta-se a qualidade de vida da população, com isso aumenta o consumo de 
alimentos como grãos e carnes. Exigindo uma maior demanda do campo para 
produção de alimentos também para o rebanho. Com isso, a demanda de área 
plantada aumenta, mas também deve ser feita da maneira mais eficiente possível, 
com análise da sua utilização. Os fertilizantes são peça principal na utilização da 
terra para esta prática, pois a prática do plantio e a colheita constante no mesmo 
terreno requer a reposição dos minerais perdidos e pelo tempo de regeneração curto 
da terra (CELLA, ROSSI 2010). 
Infelizmente, a indústria química do Brasil deixou de acompanhar o 
crescimento do agronegócio e do consumo interno. O que deixou o mercado do 
agronegócio dependendo de importações de fertilizantes para suprir suas 
necessidades. E a perspectiva é que essa necessidade de fertilizantes neste 
mercado seja crescente. O Brasil tem um potencial muito grande no setor agrícola, é 
um dos maiores fornecedores de cana-de-açúcar, café, carne e grãos do mundo. 
Com o aumento da população só tende a crescer ainda mais a demanda de 
recursos. Porém, com a importação de cerca de 60% dos fertilizantes utilizados no 
mercado nacional, o Brasil depende de flutuações de câmbio e surge o potencial de 
risco de escassez de insumos mais básicos (COSTA, SILVA, 2020). 
A indústria química do Brasil ocupou em 2010, o sétimo lugar no ranking 
mundial com faturamento de cerca de 130 bilhões de dólares. Porém, nos últimos 
dez anos o crescimento foi desacelerado e apresentou uma taxa de crescimento 
abaixo da média mundial de 9% para os países em desenvolvimento. Em 2011 a 
indústria química brasileira chegou a ocupar o 7º lugar no ranking, de acordo com a 
Figura 06 (COSTA, SILVA, 2020). 
 
21 
 
Figura 6 – Faturamento da indústria química mundial em bilhões de dólares 
 
Fonte: ABIQUIM, 2011 apud COSTA, SILVA, 2020 
 
E, ainda de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química 
(ABIQUIM, 2011) os fertilizantes ocuparam o 6º lugar da produção nacional, com 
faturamento de aproximadamente 17 bilhões de dólares de acordo com a Tabela 01. 
 
Tabela 1 – Faturamento da indústria química com destaque para a produção nacional de fertilizantes 
em 6º lugar. 
 
Fonte: ABIQUIM, 2011. 
 
Porém, mesmo com estes valores, e existir elevada produção nacional o 
Brasil se mantém necessitado de uma produção de maior escala de matéria-prima e 
22 
 
fertilizantes básicos e intermediários. Como é mostrado desde Malavolta (1975) o 
consumo mundial sempre mostra dominância da necessidade do N sobre o P e o K, 
desde esta época o consumo do Brasil se mostra crescente em relação aos 
fertilizantes (COSTA, SILVA, 2020). 
Até o final do ano de 2019 as exportações brasileiras somaram 
aproximadamente 7,7 bilhões de dólares e as importações cerca de 1,2 bilhão de 
dólares, um intervalo de 6,5 bilhões, com o agronegócio como o principal 
responsável pelo aumento. Mantendo a balança comercial brasileira superavitária, 
de acordo com a Figura 07 (PAULA, 2020). 
 
Figura 7– Balança comercial brasileira de 2000 a 2019 
Fonte: PAULA, 2020 
 
2.7 Perspectivas de Mercado 
 
A produção mundial de amônia no mundo consegue atender a demanda do 
mercado, contudo, o setor ainda permite um aumento de produção, segundo a 
Figura 08. 
23 
 
Figura 8 – capacidade de produção de amônia no mundo 
 
Fonte: PAULA, 2020. 
 
A produção de fertilizantes minerais começa com a produção de amônia a 
partir do gás natural é a base para o NPK, em seguida com o processo de 
acidificação com ácido nítrico é produzido o nitrato de amônio, em seguida o 
nitrocálcio. O enxofre é obtido a partir de minérios de pirita, se produz como produto 
intermediários o ácido sulfúrico e o sulfato de amônio. O fosfato é obtido pela rocha 
fosfática e passa pelo processo de termofosfato. Já o potássio é obtido diretamente 
da rocha potássica e em seguidaé transformado no cloreto de potássio de acordo 
com o fluxograma da Figura 09 (CUNHA, 2017). 
 
 
24 
 
Figura 9 – Fluxograma de produção de fertilizantes minerais 
 
Fonte: CUNHA, 2017 
 
Entre 2015 e 2016 a baixa nos preços dos commodities agrícolas e o 
enfraquecimento da atividade econômica influenciaram no preço e a demanda de 
fertilizantes. Com o surgimento da Associação Nacional para Difusão de Adubos 
(ANDA) que tem como objetivo apoiar o setor de fertilizantes dentro do agronegócio 
com estratégias para difundir e promover as etapas do processo de produção. No 
Brasil é necessitado de um avanço tecnológico no setor, pois o país tem diversas 
reservas de nutrientes, tecnologia, recursos humanos, bens capitais para a produção 
que o mercado interno necessita e deixa de depender de importação de insumos 
básicos além da flutuação do preço do dólar. Caso isso ocorra, o país deixa de 
depender de fosfatados (CUNHA, 2017). 
Já o cenário mundial constitui uma extrapolação direta das tendências 
existentes. Apesar da tendência de queda observada no crescimento econômico 
25 
 
global na última década (culminando em crescimento de apenas 2,4% em 2019 e 
agravado pela pandemia COVID-19), o século XX nos ensina que é raro uma crise 
econômica global durar 15 anos. Como tal, a recuperação é esperada nos próximos 
anos. Nessa perspectiva, espera-se que a China retorne em breve às taxas de 
crescimento que prevaleceu nos últimos 30 anos. 
Especialmente no início da década de 2020, as commodities alimentares 
tendem a permanecer a preços baixos. Preços gradualmente tornam-se mais 
atraentes à medida que a economia global começa a se recuperar. Exportadores de 
commodities alimentares com mais economias sólidas (por exemplo, os EUA) 
provavelmente terão uma participação maior de mercado. Exportadores em 
desenvolvimento destes commodities, duramente atingidas nos primeiros anos da 
década de 2020, gradualmente obtêm os recursos de que precisam para competir 
no mercado global e volte ao bom caminho. Embora O&G já esteja definido para 
responder por menos da matriz energética mundial até 2035, a transição do estado 
atual, onde representam 58% de todas as fontes de energia primária, para menos de 
45% só ser visto alguns anos depois. 
A queda nos preços do petróleo visto em janeiro de 2020 coloca 
temporariamente os freios em vários projetos de energia alternativa. Mesmo assim, 
o uso de biocombustíveis no Brasil continua a crescer até 2035, quando o biodiesel 
e o etanol respondem por mais de 30% da energia consumida pelo setor de 
transporte. Programa Renovabio do governo e preços baixos de commodities 
alimentares (principalmente no início da década de 2020) impactam positivamente 
neste cenário, compensando os efeitos do baixo petróleo preços. Essa transição no 
setor de transportes é praticamente nula (ou mesmo retrocede) entre 2020 e 2024, 
quando o setor sucroalcooleiro brasileiro enfrenta dificuldades para enfrentar os 
baixos preços do petróleo. 
Mais fusões e aquisições são vistas na indústria global de fertilizantes. Apesar 
das perspectivas de melhoria das condições de demanda nos próximos anos, 
fatores de produção, como disponibilidade limitada de matérias-primas a preços 
competitivos, têm um impacto determinante. Empresas que operam nos links de a 
cadeia mais próxima da mineração e extração e as empresas que atuam mais perto 
do consumidor mercado forjar alianças estratégicas mais fortes até 2035. A 
estratégia avassaladora da comoditização (ao invés de investir em novos produtos 
26 
 
diferenciados e prestação de serviços) favorece economias de escala. (ANTUNES, 
et al, 2020. p.6) 
Conforme Antunes et al (2020, p. 7), a ociosidade acumulada globalmente 
nos últimos anos dificulta a entrada de novos players no setor. A importância do 
agronegócio para a economia brasileira continua crescendo a taxas acima do média 
global. No entanto, a produção agrícola bruta (safras) não atingirá taxas de 
crescimento anual de 6% entre 2020 e 2035, com média em torno de 4%. Nos 
primeiros anos após 2020, os preços baixos dos alimentos, investimentos limitados 
em infraestrutura logística e acesso restrito ao crescimento do setor de aperto de 
crédito. 
Governo e indústria falham em trabalhar em uníssono para impulsionar a 
produção de fertilizantes NPK do país capacidade. Sua capacidade instalada de 
produção de fertilizantes nitrogenados diminui, a produção de fertilizantes fosfatados 
estagna e a única mina de potássio ainda em operação está esgotada. Em 2035, o 
Brasil está importando cerca de 84,5% de suas necessidades de fertilizantes (cerca 
de 49,2 milhões de toneladas). Em 2035, a economia global estará a todo vapor. A 
demanda pela produção agrícola brasileira é alta. A indústria de transformação do 
Brasil perdeu importância neste período de 15 anos. Países como o EUA, Índia e 
Brasil (e talvez China) disputam os fertilizantes disponíveis no mercado mundial. O 
Brasil e a Índia estão em uma posição mais vulnerável do que os EUA e a China 
nesse aspecto. Fertilizante NPK os preços estão subindo e se tornaram uma causa 
de tensões geopolíticas. Agronegócio (alimentos e energia) fornecimento de 
fertilizantes está em risco, mas com menos risco do que no Cenário I, porque a 
demanda nacional por fertilizantes crescido a taxas mais baixas. (ANTUNES, et al, 
2020. p.8) 
Com o Plano Nacional de Fertilizantes a produção já atendia em 1990 59% do 
consumo interno. Conforme Tabela 02 mostra a variação de crescimento moderado 
do Brasil no mercado de fertilizantes, havendo um crescimento em 2015 e um recuo 
no ano seguinte. Algumas empresas surgiram, como a Vale Fertilizantes, 
Fertilizantes Heringer, Mosaic Fertilizantes do Brasil, Nitrobrás Indústria e Comércio 
de Fertilizantes, Yara Brasil Fertilizantes, Unifertil Universal Fertilizantes, Paranaíba 
Fertilizantes Indústria e Comércio, Copebras, Petrobras Fertilizantes, etc. 
27 
 
Tabela 2 – Mercado brasileiro de fertilizantes em números 
 
Fonte: ANDA, 2017 apud CUNHA 2017. 
 
 No Brasil existem 320 mil toneladas de P2O5 com sedes em Minas Gerais, 
nas cidades de Tapira, Araxá, Patos de Minas, Lagamar e produz em média 6.500 
toneladas deste mineral por ano, lideradas pelas empresas Vale Fertilizantes e 
Anglo American e Galvani de acordo com a Tabela 03. 
28 
 
Tabela 3 – reservas e produção de fosfatos do Brasil e outros países 
 
Fonte: CUNHA, 2017 
 
Para o potássio, o Brasil produz 0,769% da produção mundial, com única 
empresa produtora deste mineral a Vale Fertilizantes em Sergipe. A produção e 
reservas estão mostradas na Tabela 04. 
 
Tabela 4 – produção e reservas de potássio no Brasil 
 
Fonte: CUNHA, 2017 
29 
 
De acordo com estes dados, o Brasil não possui reservas promissoras de 
potássio em solo, necessitando de importação de matéria-prima e dependência 
direta do mercado mundial. Como alternativa, está a moagem de rochas silicáticas 
que contenha o mineral flogopita. 
Sobre a reserva brasileira e produção atual de amônia de gás de síntese 
(NH3), que é proveniente da reação do nitrogênio (N2) presente no ar e hidrogênio 
proveniente do gás natural e de derivados do petróleo. 
O Brasil é um dos menores produtores de amônia do mundo, o setor é 
dominado pela China, com cerca de 46.000 toneladas/ano, responsável por cerca de 
33% da produção mundial. Enquanto o Brasil produz menos de 1.000 toneladas/ano, 
não aparecendo no ranking da Tabela 05. 
 
Tabela 5 – Ranking de produtores de amônia no mundo 
 
Fonte: CUNHA, 2017 
 
O processo de produção de fertilizantes no Brasil aconteceu de forma 
contrária ao natural, pois começou com produtos acabados e só chegando por 
último no setor de produção de matérias-primas. Com o programa de substituição de 
importações, a indústria brasileira conseguiu se adequar ao perfil de produtor de 
30 
 
matérias-primas básicas como rochas fosfáticas e amônia,intermediários como o 
ácido sulfúrico, fosfórico e nítrico e nitrogenados. 
Como dito anteriormente, com exceção dos potássicos, o Brasil conseguiu 
adequar uma parte do seu mercado interno à sua produção de fertilizantes em parte. 
O fertilizante fosfatado no Brasil ficou focado nas cinzas de apatitas de chaminés 
alcalinas, bem mais caro que o que é naturalmente utilizado a partir de fosforitas. 
Porém, o Brasil ainda apresenta produção de 3,2% da quantidade mundial, mas uma 
das maiores reservas de rochas fosfáticas do mundo (KRONENBERGER, 
ALBUQUERQUE, 2020). 
O Brasil depende de fertilizantes potássicos quase que inteiramente por via 
de importação. Porém, o crescimento da geração de amônia no país torna 
potencialmente viável para ser um grande player no cenário mundial. Além da 
capacidade de geração de fertilizantes fosfatados pela grande reserva de rochas nos 
territórios do país de acordo com a Tabela 06, merecendo destaque o fosfato 
bicálcico que é utilizado para ração animal. Com a ampliação da utilização 
doméstica deste fertilizante e o desenvolvimento de novas tecnologias pode-se 
diminuir a dependência externa com economia de cerca de 370 bilhões de Reais por 
ano. 
31 
 
Tabela 6– Reserva de rochas fosfáticas em solo brasileiro em toneladas 
 
Fonte: KRONENBERGER, ALBUQUERQUE, 2020 
 
Entre 2001 e 2008, o preço das commodities de fertilizantes experimentou 
taxas de crescimento mais elevadas do que arroz, milho ou trigo e o consumo 
aparente de fertilizantes brasileiros reduziu em 2004-2006 e 2007–2010. Em 2013, 
havia vários projetos em andamento com o objetivo de expandir o fertilizante NPK 
baixa capacidade de produção. Mesmo assim, a produção nacional em 2020 é 
menor (Figura 10). (ANDA, 2020). 
32 
 
Muitos desses empreendimentos paralisados devido a fatores regionais, como 
a crise política e econômica que atingiu o Brasil nos 2010, causando extrema 
incerteza ao setor e mantendo os investimentos sob controle. 
 
Figura 10 - Balança comercial brasileira de fertilizantes entre 1996 e 2018 
 
Fonte: Anda, 2020. 
 
Segundo Antunes et al (2020), nove eventos específicos com impacto 
significativo na atratividade da indústria de fertilizante brasileiras foram concebidos 
pelos autores e apresentado a 38 especialistas. Os dados da pesquisa do 
Questionário Delphi foram coletados em maio e junho de 2020 e a seguinte 
observação foi adicionada ao questionário: 
 
A pandemia contínua causada por COVID-19 pode causar mudanças 
profundas na sociedade em uma variedade de aspectos (por exemplo, 
crenças e valores, políticos, institucionais, econômicos, sociais, militares, 
ambientais, científicos e tecnológicos problemas). No caso de um estudo 
prospectivo até 2035, este evento não pode ser desconsiderado: a 
pandemia pode causar mudanças estruturais, e não apenas circunstanciais. 
No entanto, as respostas para o questionário não devem refletir apenas a 
situação atual, porque é uma perspectiva de longo prazo estude. 
 
A desaceleração da demanda por commodities faz com que seus preços não 
possam ser mantidos em níveis atrativos níveis para os países exportadores. No 
33 
 
entanto, os preços das commodities alimentares sofrem menos do que os industriais 
commodities. Os preços dos fertilizantes também permanecem em níveis baixos e 
moderados, especialmente no início da década de 2020. (ANTUNES, et al, 2020. 
p.8) 
Como tal, os impactos da disponibilidade e custo dos principais insumos 
agrícolas (como fertilizantes) em os primeiros anos não são tão significativos no 
Brasil, efeitos sazonais à parte. No entanto, produtores de commodities alimentares 
que veem suas moedas perderem valor neste contexto de baixo crescimento 
econômico ficam mais difíceis impactado pelo custo dos insumos agrícolas 
(principalmente quando se trata de consumo interno). Nesse mesmo cenário, a 
disponibilidade global de crédito torna-se um obstáculo para grandes investimentos 
e novos projetos, restringindo a reestruturação de diferentes cadeias de valor 
globais, como fertilizantes. Além disso, esta disponibilidade limitada de crédito afeta 
a agricultura, reduzindo a demanda por fertilizantes NPK. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
3. METODOLOGIA 
 
3.1 Perspectivas do Estudo 
 
3.1.1 Tipo de Pesquisa 
 
Neste trabalho, foram abordados dois tipos de pesquisa: a exploratória e a 
descritiva. Conforme Prodanov e Freitas (2013), a pesquisa exploratória tem como 
intuito propiciar mais informações acerca do assunto a ser investigado, uma vez que 
a pesquisa se encontra em etapa preliminar. Comumente, é realizada por intermédio 
de pesquisas bibliográficas e estudos de caso, propiciando identificar suas 
características e facilitar sua definição. 
Já a pesquisa descritiva tem como finalidade somente registrar e descrever os 
acontecimentos percebidos, sem haver manipulação dos mesmos. Envolve o 
emprego de técnicas padronizadas de coleta de dados, dentre as quais se 
sobressaem a entrevista, o formulário, o questionário e a observação sistêmica. No 
presente trabalho, abrangem os dois tipos de pesquisa (PRODANOV; FREITAS, 
2013). 
Foi realizada uma vasta pesquisa bibliográfica, com análise comparativa, 
complementando com um estudo de caso para verificar as perspectivas da indústria 
de fertilizantes no Brasil e suas dificuldades perante à necessidade contínua de 
importação. 
 
3.1.2 Fonte de Dados 
 
De acordo com Prodanov e Freitas (2013), os dados, em uma pesquisa, 
referem-se a todas as informações das quais o pesquisador pode empregar nas 
inúmeras etapas do trabalho. Os dados primários consistem naqueles retirados da 
realidade, pelo esforço do próprio pesquisador, ou seja, um documento inédito. 
Geralmente, é obtido por intermédio de entrevistas e questionários. E os dados 
secundários consistem naqueles já existentes, provenientes de pesquisas 
finalizadas. Comumente, obtidos através da pesquisa bibliográfica. 
35 
 
No presente trabalho, as informações são, na maior parte, dados secundários 
procedentes de pesquisa bibliográfica, entretanto, será utilizado também de dados 
primários. 
 
3.1.3 Instrumento de Coleta de Dados 
 
A observação direta intensiva e observação direta extensiva consistem nas 
principais técnicas de pesquisa e coleta de dados. Na primeira observação (direta 
intensiva), é realizada por meio da observação e entrevista. Já, na segunda 
observação (direta extensiva), é realizada por meio do questionário, análise de 
conteúdo, pesquisa de mercado, entre outros (PRODANOV; FREITAS, 2013). 
Neste trabalho, foi utilizada pesquisa bibliográfica a fim de se obter dados em 
relação às tendências do mercado para as perspectivas a respeito das indústrias de 
fertilizantes no país e seu potencial de crescimento, bem como, observação direta 
intensiva a fim de observar as dificuldades e facilidades diante da necessidade 
contínua de importação. 
 
3.1.4 Apresentação de Dados 
 
Segundo Raupp e Beuren (2006), dados qualitativos constituem análises mais 
otimizadas em relação ao fenômeno que está sendo pesquisado, à medida que 
dados quantitativos compreendem na utilização de instrumentos estatísticos, 
preocupando-se mais com o comportamento geral dos acontecimentos. 
Neste trabalho, têm-se os dois tipos de dados. Gráficos e estimativas foram 
empregadas para demonstrar o potencial do mercado de fertilizantes nacional. 
 
3.1.5 Análise de Dados 
 
 A análise de dados pode ser quantitativa ou qualitativa, conforme a maneira 
na qual os dados forem apresentados no decorrer do trabalho (KNECHTEL, 2014). 
No presente trabalho, os dados foram analisados de maneira qualitativa, em 
que pese em alguns trechos bibliográficos citem-se dados analisados de maneira 
quantitativa. Como por exemplo, ao citar a situação do mercado atual de produção 
de insumos. 
36 
 
3.2 Delimitação do Estudo 
 
A pesquisafoi feita utilizando principalmente periódicos da internet e artigos 
científicos. Foram levantadas informações a respeito dos aspectos técnicos e do 
desenvolvimento do mercado nacional de fertilizantes e suas perspectivas futuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
4. CENÁRIO BRASILEIRO DOS MINERAIS PARA 
FERTILIZANTES 
 
4.1 POTÁSSIO 
Trata-se do sétimo elemento mais abundante na crosta terrestre. Em que 
pese nunca se manifeste em sua forma elementar, devido a sua alta reatividade, o 
termo potássio é utilizado de forma genérica para descrever toda uma variedade de 
minerais potássicos (DNPM, 2001). 
Podem ocorrer em rochas, solos, oceanos, entretanto essas ocorrências são 
raras de acontecerem em teor maior que 10%. Teores mais elevados podem ser 
encontrados em minerais evaporiticos e nos silicatos de potássio (DNPM, 2001). 
O símbolo K do potássio advém de origem árabe qali, que significa álcali. 
Trata-se de um dos metais mais reativos e eletropositivos. Uma curiosidade é que 
este elemento foi o primeiro metal a ser isolado por eletrólise (VALENTE, 2013). 
O potássio é utilizado predominantemente como fertilizante, enquanto o 
restante de sua utilização se divide nas aplicações industriais mais diversas. Sua 
utilização na agricultura ocorre pois fornece um dos três elementos nutrientes mais 
importantes para o desenvolvimento das plantas (VALENTE, 2013). 
O potássio, quando utilizado como nutriente, garante que o organismo vivo 
recicle os nutrientes necessários ao seu crescimento e auxiliar também no equilíbrio 
de água e crescimento de meristemas. Meristema pode ser definido como o tecido 
das plantas com função de crescimento. Vide figura 11: 
38 
 
Figura 11: Funções do potássio nas plantas. 
 
Fonte: CETEM, 2008. 
 
No que diz respeito a concentração mundial de potássio, o Brasil é 
insignificante neste quesito, correspondendo menos de 1% do total mundial. As 
principais reservas deste elemento em âmbito nacional estão localizadas em Sergipe 
e no Amazonas. A principal mina é a do complexo Taquari-Vassouras, no municipio 
de Rosário do Catete, Sergipe, operada pela Vale SA. Esta mina é de grande porte, 
com reservas medidas de 482,6 milhões de toneladas e teor médio de 9,2% de K2O 
equivalentes. (MONTE et al. 2002). Na tabela 7 é possível observar os níveis de 
concentração mundial de potássio: 
Tabela 7: Concentração mundial de potássio em Mt. 
 
Fonte: USGS, 2013. 
39 
 
No que tange à produção, sabe-se que o consumo de fertilizantes obteve um 
crescimento de 143%, em contrapartida a área cultivada teve aumento de apenas 
13%. Conclui-se, diante destas estatísticas que há uma tendência cada vez maior do 
aumento da utilização de fertilizantes para dar maior eficiência a produtividade 
agrícola. Especificamente falando sobre o fertilizante a base de potássio, o consumo 
interno permanece significativamente maior que a produção nacional. Em 2011, a 
produção doméstica de KCl representou 8,44% do consumo aparente (OLIVEIRA, 
2012). 
Em uma projeção de produção e consumo de fertilizantes a base de potássio, 
tem-se a expectativa de que novamente a produção interna não seja capaz de suprir 
a demanda nacional. Como sugestão estratégica deve ocorrer a continuidade dos 
estudos a respeito de eficiência da agricultura nacional e a possível criação de 
novos produtos fertilizantes adequados aos recursos disponíveis (KULAIF, 2009). 
 
4.2 FOSFATO 
Trata-se de elemento encontrado em abundância no planeta como um todo. 
Encontra-se nas rochas de origens sedimentares ou ígneas. No caso do Brasil sua 
origem é de rocha fosfática de origem ígnea. Esses fosfatos recém a denominação 
de fosfato natural. 
No que diz respeito à realidade das reservas mundiais, a reserva brasileira se 
torna inexpressiva diante de algumas nações. Atualmente o Brasil têm 
aproximadamente apenas 4% da produção mundial. Sabe-se que a produção 
nacional de rochas encontra-se na marca de 6,3 milhões de toneladas. 
Abaixo é possível notar o índice de produção nacional de rocha fosfáltica: 
40 
 
Figura 12: Produção Brasileira de Rocha Fosfáltica. 
 
Fonte: KULAIF, 2009. 
As duas principais empresas com projetos em andamento para produção de 
rocha fosfática no Brasil passaram a ser então a Vale e a Galvani 
Fertilizantes, uma vez que a Bunge, outra gigante do ramo, também foi 
comprada pela multinacional em 2010, por 3,8 bilhões de dólares, negócio 
que também envolveu 42% do capital total da Fosfertil. (VALENTE, 2013) 
 
O principal uso do fosfato no Brasil é na indústria de fertilizantes, Entretanto, a 
previsão de aumento da capacidade de produção por ano no Brasil deve suprir a 
previsão associada a produção de ácido fosfórico e fertilizante. 
 
4.3 ENXOFRE 
Data da década de 60 a classificação do enxofre como elemento químico, 
entretanto, sua demonstração como substância simples ocorreu somente na 
primeira metade do século XIX. Sua utilização iniciou antes mesmo da era industrial, 
sendo usado como pigmento para pinturas em cavernas executadas pelos povos 
sem escrita. Ademais, também era utilizado em rituais religiosos, através de sua 
queima para clarear algodão e a lã para fumigação (DNPM. 2009). 
Sua forma elementar advém dos depósitos vulcânicos, bacias de evaporitos e 
domos salinos. Por outro lado, na forma de composto ocorre como sulfatos e 
sulfetos. Ocorre ainda associado ao carvão (pirita), folhelho pirobetuminoso, petróleo 
e gás natural. 
Em que pese, configure um elemento essencial à vida, sua correlação com 
outros elementos pode ocasionar efeitos contaminantes. A sua produção iniciou com 
41 
 
a sua utilização na forma elementar, oriunda dos depósitos vulcânicos, após isso 
passou a ser utilizado e recuperado a partir dos sulfetos e um momento posterior e 
mais recente sua utilização se dá através do refino do petróleo. 
Essas últimas formas de produção de enxofre surgiram principalmente para 
cumprir legislações mais restritivas, quando à redução de emissões de 
enxofre para a atmosfera no processo de produção de combustíveis, e de 
reduzir ou eliminar o enxofre durante os processos metalúrgicos para 
obtenção de outros elementos (VALENTE, 2013). 
 
No que tange ao seu uso e aplicações, é grande a variedade em que 
ocorrem. Entretanto, o principal fim é a sua transformação em ácido sulfúrico, 
principal insumo na produção de fertilizante, responsável por cerca de 87% de sua 
utilização. Outras aplicações ocorrem nas indústrias metalúrgicas, de pigmentação, 
celulose, petróleo, entre outras. 
Entretanto, na indústria de fertilizantes, através do ácido sulfúrico obtém-se 03 
(três) produtos, quais sejam, ácido fosfórico, superfosfato simples e sulfato de 
amônia. A ausência de quaisquer desses produtos na formulação NPK leva a 
produção de um produto com escassez de enxofre. 
Sua utilização na produção de fertilizantes decorre do fato de que referido 
elemento é essencial no desenvolvimento da proteína da planta, ajudando na 
produção de enzimas e vitaminas, sendo extremamente necessário na formação da 
clorofila. 
Falando em mercado, extrai-se do Sumário Mineral Brasileiro (2008) que as 
reservas nacionais da substância são próximas de 49 milhões de toneladas de S 
contido, e estas correspondem a apenas 1,2% das reservas mundiais. No entanto, 
não há registros de que no Brasil existam reservas de enxofre nativo. 
Desta forma, a produção brasileira se dá através da recuperação do refino do 
petróleo, sendo os maiores produtores de ácido sulfúrico a Petrobrás, Anglogold 
Ashanti, Votorantin Metais, e o grupo Paranapanema (FONSECA, 2012). 
A figura 13 representa a produção de enxofre nacional entre os anos de 1998 
a 2012: 
 
42 
 
Figura 13: Produção nacional de enxofre 1998/2012. 
 
Fonte: DNPM, 2009. 
 
Do ponto de vista ambiental, há a exigência de combustíveis mais limpos, e o 
enxofre tem obtido crescimento nos últimos tempos,sendo captado pela Petrobrás. 
Essa recuperação nos combustíveis derivados do petróleo é realizada para atender 
a cada vez mais restritiva legislação ambiental. 
Os maiores produtores de enxofre são Estados Unidos, Canadá, China e 
Rússia, que juntos representam aproximadamente 45% da produção mundial. Os 
países que mais exportam são Canadá, Rússia, Arabia Saudita, Japão e Irã, que 
juntos representam mais de 70% da produção mundial. O Brasil, por outro lado, está 
entre os maiores importadores (USGS, 2013). 
Quando se olha para o futuro do enxofre no Brasil, o surgimento de novas 
jazidas possui pequenas chances de acontecer, portanto, a solução não é 
empreender esforços a fim de localizar fontes nativas de enxofre. O que pode 
solucionar parte do problema de escassez de enxofre no Brasil é a utilização de 
outras fontes da substância, como por eemplo, a partir da distribuição de 
combustível mais limpo, diminuindo o teor mínimo de enxofre admissível. Ademais, 
uma alternativa de enxofre que pode ser útil para as lavouras brasileiras e pode ser 
aplicado de forma isolada é o gipsita. 
Por fim, diante da inexistência d enxofre nativo no Brasil, os projetos futuros 
envolvem a obtenção de ácido sulfúrico em novas usinas ou até mesmo a expansão 
das usinas já existentes. 
 
 
43 
 
5. APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO ENVIADO A EMPRESA 
 
Nesta fase do trabalho, primeiramente faz-se necessário introduzir com uma 
breve apresentação da empresa objeto da entrevista, a Fertiliza Ltda. Os resultados 
apresentados a seguir foram obtidos através do contato direto com a empresa do 
ramo de fertilizantes, por meio de aplicação de questionário (vide apêndice A). As 
respostas do referido questionário foram delegadas a um funcionário específico da 
empresa, o qual estava devidamente autorizado a participar da pesquisa por seus 
superiores. Colhidas estas informações, foi realizada uma análise crítica dessas 
respostas. 
 
5.1 Dados da empresa 
A Fertiliza Ltda, empresa objeto de estudo, é uma grande produtora de 
fertilizantes, e desde 2000 trabalha na busca de adubos e fertilizantes que auxiliem o 
produtor na hora de desfrutar do melhor que a terra pode lhe oferecer. Referida 
empresa é impulsionada pelo fim de contribuir com o agricultor brasileiro. Com isso, 
a Fertiliza está distribuída de forma a atender da melhor maneira regiões que tem 
como principal atividade as atividades de pecuária e agricultura. 
Consciente de seu papel na garantia de uma agricultura eficiente e a correta 
utilização do solo, a Fertiliza Ltda desenvolve produtos voltados a nutrição dos 
vegetais, e desta maneira tende a contribuir com a produção de alimentos 
suficientes para atender as demandas regionais (FERTILIZA, 2020). 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
5.2 Demonstração das respostas 
A seguir são apresentados comentários sobre as respostas (ver apêndice A) 
da empresa: 
 
a) Fundação da empresa 
Como maneira de desenvolver uma boa conversa, no início da pesquisa, e 
propiciar um ambiente confortável para respostas, inicialmente, buscou-se saber 
mais a respeito da empresa questionada. 
Desde o início da década de 2000, a empresa trabalha no ramo de produção 
e comercialização de fertilizantes a base de nitrogênio. Iniciou-se com a ideia de 
empreender e observação do mercado, e no momento em que os fundadores 
notaram que o mercado de fertilizantes brasileiro não comportava a necessidade 
integral do país, tiveram a ideia de empreender neste ramo. Outra motivação foi o 
fato de que ambos têm origens de família de agricultores. 
Nesses 20 anos de trajetória, a Fertiliza tem obtido crescimento considerável, 
visto que se trata de uma área de grande demanda e efetivo crescimento. Cada vez 
mais o Brasil necessita de fertilizantes e contribuir com esta necessidade que vai 
além do mercado, mas chega às mesas dos brasileiros é o que motiva a 
continuidade da empresa. 
 
b) Produtividade 
 
Quando a empresa ingressou no ramo de fertilizantes, foi possível notar, ao 
longo do tempo, que no que diz respeito aos fertilizantes, não havia grandes 
atualizações. O mundo evoluía, mas o setor de fertilizantes permanecia estagnado. 
Para preencher esta lacuna, através de estudos e pesquisas a Fertiliza desenvolveu 
produtos que possibilitaram o aumento da produtividade e a redução dos custos 
efetivos. 
 
c) Fatores que influenciaram a atuação no ramo de fertilizantes 
 
Referido setor é um dos que possuem maior crescimento considerável e 
constante. Um dos fatores que influencia este crescimento é o aumento populacional 
45 
 
que via de regra traz como consequência o aumento do consumo. E, considerando 
que as terras frutíferas são limitadas, se faz necessário o melhor uso das terras já 
utilizadas. Evita-se desta forma, também, o desmatamento de florestas para 
utilização no cultivo. Este crescimento, já iminente, promete ocorrer por muito tempo. 
Da mesma senda, a expansão das áreas de plantio incentiva o aumento da 
demanda por fertilizantes. No que diz respeito, ainda, à produtividade do agricultor, 
um agricultor com recursos escassos, no entanto, disposto a investir no fertilizante 
certo, pode melhorar de forma significativa a lucratividade de suas lavouras. 
 
d) Percepção sobre o cenário brasileiro de fertilizantes 
 
É de conhecimento geral que o Brasil está entre os 5 maiores consumidores 
de fertilizantes, entretanto, a aplicação de referidos produtos nos solos cultiváveis 
ainda não é uma realidade geral. Entretanto, a velocidade de crescimento da 
demanda brasileira tem superado o crescimento mundial. Trata-se de um sinal que 
este é um campo que está em iminente evolução. 
Triste fato é que o grande crescimento da demanda em detrimento da baixa 
produção nacional torna o Brasil um país vulnerável às importações, estando sujeito 
às variações de mercado e não exercendo controle sobre sua própria produção. 
 
e) Sugestão para o problema da questão anterior 
 
Para que a indústria nacional aumente a sua participação nas vendas são 
necessários investimentos e visão como os da vossa empresa. Observando os 
limites geológicos e as demandas regionais e pautando-se também na infraestrutura 
logística. Para a empresa questionada, o que fez sentido inicialmente foi produzir e 
comercializar regionalmente, e depois o crescimento veio como consequência. 
 
f) Percepção da influência da produção interna de fertilizantes na economia 
brasileira 
Qualquer empreendedor deve possuir visão do mercado em que atua e da 
realidade que vive. Dito isso, é sabido que o consumo nacional depende quase que 
46 
 
exclusivamente do preço recebido pelos agricultores, sendo influenciado também 
pelo preço relativo dos fertilizantes. Quanto mais próximo o Brasil chegar da 
autossuficiência maior será o retorno de toda a produtividade nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O Brasil, como um dos maiores produtores de insumos agrícolas no mundo 
deve-se atentar ao fato de que precisam de maiores investimentos científicos na 
área de desenvolvimento de novas metodologias de desenvolvimento de tecnologias 
para obtenção de fertilizantes para sua cobertura vegetal. 
Devido ao crescimento acelerado da população mundial, a necessidade de 
alimento irá crescer e a utilização de terras para agricultura deve ser mais bem 
aproveitada, por isso a necessidade de fertilizantes eficientes e com preço razoável 
para que o país não dependa de flutuações de câmbio para poder obter estes 
recursos. Correndo o risco de perda de safras, perda de empregos e até a escassez 
de nutrientes do solo. A metodologia de aplicação dos fertilizantes também é outro 
ponto que deve ser estudada e aprimorada, pois apesar da flutuação da economia 
mundial a demanda sempre aumenta e a utilização deve-se ser feita de forma 
moderada. 
Apesar de produzir 49% do consumo interno, existe perspectivano mercado 
nacional para a redução das importações. Pois, as reservas naturais permitem a 
abertura de novas minas e polos de extração com ampliação da produção nas minas 
e potencial de redução de importação de aproximadamente 20%, chegando a 69% 
do consumo interno. Claro que isso depende das leis ambientais e a adequação das 
empresas às necessidades do meio ambiente e sociedade que estão inseridas. 
O setor de potássio é o mais preocupante, pois o Brasil produz muito menos 
do que usa, cerca de 90% consumido é importado e apenas a Vale produz este 
mineral e a mesma vale responde por diversos crimes ambientais. Por isso, caso 
nenhuma providência seja tomada, a necessidade de fertilizantes no Brasil poderá 
aumentar de 71% para 82% caso não seja aumentada a produção de gás natural e a 
aceleração da extração do pré-sal. 
Mesmo assim, o Brasil não será autossuficiente na produção de matéria-
prima para fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos. O Brasil pode, como 
alternativa, implementar novas estratégias para redução da necessidade de 
importação. 
 
48 
 
6.1 Sugestões para Trabalhos Futuros 
Como sugestões para trabalhos futuros, recomenda-se abordar os aspectos 
mercadológicos e analisar as tendências de crescimento da demanda dos 
fertilizantes no mercado nacional com o aumento da demanda por alimentos e 
proteína animal que está diretamente ligado com o aumento da população mundial. 
O Brasil como um dos maiores players do setor e importador deve-se investir bem 
na indústria nacional de fertilizantes principalmente na área de aproveitamento de 
recursos. 
E, por fim, avaliar as outras tendências não abordadas no presente trabalho, a 
fim de confirmar, ainda mais, a importância do investimento em pesquisa e 
desenvolvimento na área de fertilizantes nacionais, visando uma menor necessidade 
de importação de matéria processada e aumento da competitividade do Brasil no 
cenário mundial. 
 
6.2 Desafios e Oportunidades para a indústria de fertilizantes no Brasil 
Os acontecimentos recentes podem beneficiar a agroindústria brasileira, 
principalmente nas exportações - a segurança alimentar pode se tornar um dos 
principais pontos de cooperação entre o Brasil e a China 
No entanto, a indústria de biocombustíveis provavelmente será afetada 
negativamente devido aos baixos preços do petróleo. 
A indústria brasileira de fertilizantes nitrogenados enfrenta vários desafios 
locais. É muito comum no brasil para o setor industrial adquirir gás natural a preços 
acima de US $ 13 / mmBtu. Em comparação a algumas empresas de fertilizantes na 
Rússia que têm acesso ao gás natural por cerca de US $ 3 / mmBtu. 
Nos EUA, o Índice Henry-Hub experimentou uma tendência de queda nos 
últimos anos, caindo abaixo de US $ 3 / mmBtu [9], estimulado pela competitividade 
do gás de xisto. 
Em 2019, o Nacional Brasileiro Conselho de Política Energética estabeleceu 
novas diretrizes a fim de promover a concorrência no gás natural mercado e a 
modernização do quadro regulatório do gás natural está agora em discussão em o 
Congresso Nacional. 
49 
 
A indústria brasileira de fertilizantes fosfatados e potássicos também enfrenta 
desafios. As etapas de extração mineral enfrentam as mesmas dificuldades da maior 
parte da mineração nacional indústria, geralmente localizada em áreas remotas 
onde a estrutura logística ainda precisa ser desenvolvida. 
Os depósitos de fosfato são predominantemente de origem ígnea, com baixo 
teor de fosfato. Em 2018, a empresa Vale optou por sair do mercado de fertilizantes, 
vendendo seus ativos de fosfato e potássio para Mosaic Company e seus ativos de 
nitrogênio para a Yara - concentração crescente no mercado global. 
Existem também depósitos de potássio inexplorados em uma área de extrema 
sensibilidade ambiental e social: a Amazônia. Além disso, produtores de fertilizantes 
afirmam que as leis brasileiras não garantem impostos com isonomia entre produtos 
nacionais e importados - os importados são isentos de impostos, enquanto os 
nacionais a produção é cobrada em operações interestaduais. 
Alguns produtos como ureia e cloreto de potássio atingiram seu preço mais 
baixo dos últimos anos. Porém, no Brasil essa queda de preços não foi sentida com 
a mesma intensidade, uma vez que o país é fortemente dependente de importações. 
Os eventos recentes podem beneficiar as agroexportações brasileiras e a segurança 
alimentar pode se tornar um dos principais pontos de cooperação entre o Brasil e 
China. Porém, o setor de biocombustíveis provavelmente será impactado 
negativamente devido ao baixo nível dos preços de petróleo. 
A indústria brasileira de fertilizantes nitrogenados enfrenta vários desafios 
locais e é muito comum para setor industrial adquirir gás natural a preços acima de 
US $ 13 / mmBTU, diminuindo a atratividade das indústrias de nitrogênio, fosfato e 
potássio. Um fator decisivo em que atrai investimentos para a indústria brasileira de 
fertilizantes nitrogenados é a disponibilidade de gás natural em preços competitivos. 
A saída da Petrobras do mercado de fertilizantes pode prejudicar sua atratividade, 
pois embora reduza a concentração industrial no mercado brasileiro, pode acabar 
fomentando o aumento da concentração industrial em escala global e pode até 
prejudicar o abastecimento brasileiro. 
Na indústria de fosfato e potássio, grande parte da competitividade do Brasil é 
limitada por fatores de produção, como acesso a matérias-primas e tecnologias de 
processamento mineral, também como questões de segurança e regulamentação 
ambiental. 
50 
 
Esforços do governo para melhorar o negócio de mineração ambiente pode 
ser uma vantagem no futuro. Existem fatores de produção locais que afetam o toda 
a indústria de fertilizantes NPK, como a infraestrutura de logística defeituosa e o 
custo da energia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
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55 
 
APÊNDICE A – PERGUNTAS E RESPOSTAS DA ENTREVISTA 
 
Fertiliza – 2020 
 
a) Disserte brevemente sobre a constituição da empresa, suas origens e 
motivações iniciais; 
R - Desde o início da década de 2000, a empresa trabalha no ramo de produção 
e comercialização de fertilizantes a base de nitrogênio. Iniciou-se com a ideia de 
empreender e observação do mercado, e no momento em que os fundadores 
notaram que o mercado de fertilizantes brasileiro não comportava a necessidade 
integral do país, tiveram a ideia de empreender neste ramo. Outra motivação foi 
o fato de que ambos têm origens de família de agricultores. 
Nesses 20 anos de trajetória, a Fertiliza tem obtido crescimento considerável, 
visto que se trata de uma área de grande demanda e efetivo crescimento. Cada 
vez mais o Brasil necessita de fertilizantes e contribuir com esta necessidade que 
vai além do mercado, mas chega às mesas dos brasileiros é o que motiva a 
continuidade da empresa. 
 
b) O que entende como sendo produtividade no ramo em que atuam? Qual 
seria o diferencial de mercado? 
R - Quando a empresa ingressou no ramo de fertilizantes, foi possível notar, ao 
longo do tempo, que no que diz respeito aos fertilizantes, não havia grandes 
atualizações. O mundo evoluía, mas o setor de fertilizantes permanecia 
estagnado. Para preencher esta lacuna, através de estudos e pesquisas a 
Fertiliza desenvolveu produtos que possibilitaram o aumento da produtividade e a 
redução dos custos efetivos. 
 
c) Cite alguns

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