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Sistema Respiratório e Ventilação Pulmonar

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Ana Carolina Almeida	Fisiologia 1	108C - UV
CIRCULAÇÃO PULMONAR
HALL, John E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Caps.: 38 e 39;
Fisiologia Humana Silverthorn 7ª ed4. Cap.:17
· INTRODUÇÃO:
· As principais funções da respiração são prover oxigênio aos tecidos e remover o dióxido de carbono;
· Os órgãos respiratórios têm diversas formas, porém todos possuem uma grande área de superfície comprimida em um pequeno espaço;
· A superfície de troca deve ser fina e úmida para permitir que os gases passem do ar para a solução e, ao mesmo tempo, deve ser protegida de secar como resultado da exposição ao ar;
· O sistema respiratório é formado pelas estruturas envolvidas com a ventilação e com as trocas gasosas: 
1- O sistema condutor, ou vias aéreas, que conduz ar do meio externo para a superfície de troca dos pulmões;
2- Os alvéolos são uma série de sacos interconectados e associados aos seus respectivos capilares pulmonares, essas estruturas formam a superfície de troca, onde o oxigênio se move do ar inalado para o sangue, e o dióxido de carbono move-se do sangue para o ar que será exalado;
· 3- Os ossos e os músculos do tórax (cavidade torácica) e do abdome que auxiliam a ventilação;
· O sistema respiratório pode ser dividido em duas partes:
1- o trato respiratório superior, que consiste em boca, cavidade nasal, faringe e laringe;
2- o trato respiratório inferior, que é formado pela traqueia, pelos dois brônquios principais e suas ramificações e pelos pulmões, o trato inferior também é conhecido como a porção torácica do sistema respiratório, devido à sua inclusão anatômica no tórax;
· O CO2 não depende da hemoglobina e da hemácia para se transportar pelo corpo;
· PEEP: pressão positiva ao final da expiração;
· Vo2: capacidade de extração do O2;
· As funções do sistema respiratório são:
1- Fornecer O2;
2- Eliminar CO2;
3- Regular a [H+] do sangue associada com os rins;
4- Formar a fala (fonação);
5- Defesa contra microrganismos;
6- Influencia [arterial] de mensageiros químicos pela remoção de alguns deles do seguimento capilar pulmonar, além de produzir e adicionar outros;
7- Aprisiona e dissolve coágulos sanguíneos que surgem nas veias sistêmicas (principalmente nos MMII).
· VENTILAÇÃO PULMONAR:
· A respiração pode ser dividida em quatro componentes principais: 
1- ventilação pulmonar, que significa o influxo e o efluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares;
2- difusão de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) entre os alvéolos e o sangue;
3- transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo;
4- regulação da ventilação e outros aspectos da respiração;
· Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras:
1- por movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir a cavidade torácica;
2- por elevação e depressão das costelas para elevar e reduzir o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica;
· A respiração tranquila e normal é realizada quase inteiramente pelos movimentos do diafragma:
Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo;
Na expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar;
Durante a respiração vigorosa, no entanto, as forças elásticas não são poderosas o suficiente para produzir a rápida expiração necessária, assim, força extra é obtida, principalmente, pela contração da musculatura abdominal, que empurra o conteúdo abdominal para cima, contra a parte inferior do diafragma, comprimindo, dessa omaneira, os pulmões;
· Outro método para respiração é a expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica:
Ao ser elevada expandem-se os pulmões porque, na posição de repouso natural, as costelas se inclinam para baixo, possibilitando, dessa forma, que o esterno recue em direção à coluna vertebral;
Quando a caixa torácica é elevada, no entanto, as costelas se projetam quase diretamente para frente, fazendo com que o esterno também se mova anteriormente para longe da coluna, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax por cerca de 20% durante a inspiração máxima, em comparação à expiração;
· Todos os músculos que elevam a caixa torácica são classificados como músculos da inspiração, e os que deprimem a caixa torácica são classificados como músculos da expiração;
· Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais externos, mas outros que auxiliam são os músculos esternocleidomastóideos, que elevam o esterno, os serráteis anteriores, que elevam muitas costelas, e os escalenos, que elevam as duas primeiras costelas;
· Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são principalmente o reto abdominal, que exerce o efeito poderoso de puxar para baixo as costelas inferiores, ao mesmo tempo em que, em conjunto com outros músculos abdominais, também comprime o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma e os intercostais internos.
· CIRCULAÇÃO PULMONAR:
· O pulmão tem duas circulações:
1- circulação de baixo fluxo e alta pressão;
2- circulação de alto fluxo e baixa pressão;
· Circulação de alto fluxo e baixa pressão: (artéria pulmonar)
Leva sangue venoso de todas as partes do corpo para os capilares alveolares, onde ganha O2 e perde CO2;
A artéria pulmonar, que recebe sangue do VD, e seus ramos arteriais levam sangue para os capilares alveolares, onde ocorrem as trocas gasosas, as veias pulmonares devolvem o sangue para o AE, para ser bombeado pelo VE para toda a circulação sistêmica;
· Circulação de baixo fluxo e alta pressão: (artérias brônquicas)
1- Supre a traqueia; 
2- A árvore brônquica, incluindo os bronquíolos terminais;
3- Os tecidos de sustentação do pulmão;
4- As camadas externas (adventícia) dos vasos sanguíneos - artérias e veias;
Essa circulação ocorre com o sangue arterial sistêmico.
· PRESSÕES QUE CAUSAM O MOVIMENTO DO AR PARA DENTRO E PARA FORA DOS PULMÕES:
· Pressão pleural é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal, essa pressão é negativa:
A pressão pleural normal no início da inspiração é cerca de −5 cm/água, durante a inspiração normal a pressão pleural é cerca de −7,5 cm/água;
· Quando a glote está aberta e não existe fluxo de ar para dentro ou para fora dos pulmões, as pressões em todas as partes da árvore respiratória, até os alvéolos, são iguais à pressão atmosférica (0 cm/água), para causar o influxo de ar para os alvéolos, durante a inspiração a pressão nos alvéolos deve cair para valor ligeiramente abaixo da pressão atmosférica;
Durante a inspiração normal, a pressão alveolar diminui para cerca de −1 cm/água;
Essa pressão ligeiramente negativa é suficiente para puxar 0,5 litro de ar para o interior dos pulmões, nos 2s necessários para uma inspiração normal e tranquila;
Durante a expiração, a pressão alveolar sobe para cerca de +1 cm/água e força o 0,5 litro de ar inspirado para fora dos pulmões, durante os 2 a 3s de expiração;
· A pressão transpulmonar é a diferença de pressão entre os alvéolos e as superfícies externas dos pulmões (pressão pleural), sendo medida das forças elásticas nos pulmões que tendem a colapsá-los a cada instante da respiração, a chamada pressão de retração.
 
A imagem mostra as mudanças no volume pulmonar, da pressão alveolar, da pressão pleural e da pressão transpulmonar durante a respiração normal.
· COMPLACÊNCIA PULMONAR:
· É o grau de extensão dos pulmões por cada unidade de aumento da pressão transpulmonar (se o tempo suficiente for permitido para atingir o equilíbrio);
· A complacência total de ambos os pulmões no adulto normal é, em média, de 200 ml/ar por cm/água transpulmonar, ou seja, sempre que a pressão transpulmonar aumentar 1 cm/água, o volume pulmonar, após 10 a 20s, se expandirá 200 ml;
· A complacência é determinada pelas forças elásticas dos pulmões, que podem ser divididas em duas partes:
1- forçaelástica do tecido pulmonar propriamente dito;
2- forças elásticas causadas pela tensão superficial do líquido que reveste as paredes internas dos alvéolos e outros espaços aéreos pulmonares;
· As forças elásticas do tecido pulmonar são determinadas, em grande parte, pelas fibras de elastina e de colágeno, entrelaçadas no parênquima pulmonar, nos pulmões vazios, essas fibras estão no estado elasticamente contraído e dobrado, então, quando os pulmões se expandem, as fibras são estiradas e desdobradas e, assim, se alongam e exercem até mesmo força elástica maior;
· As forças elásticas causadas pela tensão superficial são determinadas, quando os pulmões são cheios com ar, existe uma interface entre o líquido alveolar e o ar no interior do alvéolo, nos pulmões cheios por solução salina, não existe interface ar-líquido, portanto, o efeito da tensão superficial não está presente (apenas as forças elásticas dos tecidos estão operando neste caso);
· As pressões transpleurais, necessárias para expandir os pulmões cheios de ar, são cerca de três vezes maiores que as necessárias para expandir os pulmões cheios de solução salina, ou seja, as forças elásticas teciduais, que tendem a provocar o colapso do pulmão cheio de ar representam cerca de um terço da elasticidade total pulmonar, enquanto as forças de tensão superficial líquido-ar nos alvéolos representam cerca de dois terços;
· As forças elásticas pulmonares de tensão superficial líquido-ar também aumentam quando o surfactante não está no líquido alveolar;
· A tensão superficial é quando há a necessidade das gotículas/moléculas se juntarem;
· O surfactante é um agente ativo da superfície da água, ele reduz bastante a tensão superficial da água, ele é secretado por células epiteliais especiais secretoras de surfactante chamadas células epiteliais alveolares tipo II, que constituem cerca de 10% da área de superfície alveolar;
· O surfactante é mistura complexa de vários fosfolipídeos, proteínas e íons:
Os componentes mais importantes são o fosfolipídeo dipalmitoilfosfatidilcolina, as apoproteínas surfactantes e os íons cálcio;
· O surfactante diminui o trabalho respiratório;
· A complacência de todo o sistema pulmonar (dos pulmões e da caixa torácica juntos) é medida durante a expansão dos pulmões de pessoa totalmente relaxada ou paralisada, para medir a complacência, o ar é forçado para o interior dos pulmões durante curto intervalo de tempo, enquanto se registram as pressões e volumes pulmonares, ela é quase a metade da do pulmão isolado — 110 ml de volume por cm/água para o sistema combinado comparados a 200 ml/água para os pulmões isolados;
· Quando os pulmões estão expandidos até grandes volumes ou comprimidos até pequenos volumes, as limitações do tórax se tornam extremas.
· VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES:
		
· O volume corrente é o volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal, é de cerca de 500 ml no homem adulto médio;
· O volume de reserva inspiratório é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando a pessoa inspira com força total, geralmente, é de cerca de 3.000 ml;
· O volume de reserva expiratório é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o final de expiração corrente normal, esse volume é de cerca de 1.100 ml;
· O volume residual é o volume de ar que fica nos pulmões, após a expiração mais forçada, esse volume é de cerca de 1.200 mililitros;
· A capacidade inspiratória é igual ao volume corrente mais o volume de reserva inspiratório, essa capacidade é a quantidade de ar (cerca de 3.500 ml) que a pessoa pode respirar, começando a partir do nível expiratório normal e distendendo os pulmões até seu máximo;
· A capacidade residual funcional é igual ao volume de reserva expiratório mais o volume residual, essa capacidade é a quantidade de ar que permanece nos pulmões, ao final de expiração normal (cerca de 2.300 ml);
· A capacidade vital é igual ao volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório, essa capacidade é a quantidade máxima de ar que a pessoa pode expelir dos pulmões, após primeiro enchê-los à sua extensão máxima e, então, expirar, também à sua extensão máxima (em torno de 4.600 ml);
· A capacidade pulmonar total é o volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior esforço (cerca de 5.800 ml), é igual à capacidade vital mais o volume residual;
· O volume respiratório por minuto é dado pela fórmula: Vmin= VC X FR.
· VENTILAÇÃO ALVEOLAR:
· É a velocidade/intensidade com que o ar novo alcança alvéolos, sacos alveolares, ductos alveolares e bronquíolos respiratórios;
· Espaço morto é a parte do ar que a pessoa respira nunca alcança as áreas de trocas gasosas, por simplesmente preencher as vias respiratórias onde essas trocas nunca ocorrem, tais como o nariz, a faringe e a traqueia, esse ar não é útil para as trocas gasosas;
· Na expiração, o ar do espaço morto é expirado primeiro, antes de qualquer ar dos alvéolos alcançar a atmosfera, o volume dele é de aproximadamente 150ml;
· Alguns dos alvéolos podem ser não funcionantes ou parcialmente funcionantes por causa da ausência ou redução do fluxo sanguíneo pelos capilares pulmonares adjacentes, esses alvéolos também devem ser considerados como parte do espaço morto, quando o espaço morto alveolar é incluído na medida total do espaço morto, ele é chamado espaço morto fisiológico;
O espaço morto fisiológico pode ser até 10 vezes o volume do espaço morto anatômico, ou 1 a 2L.
· FUNÇÕES DAS VIAS RESPIRATÓRIAS:
· O ar é distribuído, nos pulmões, pela traqueia, brônquios e bronquíolos;
· As paredes dos bronquíolos também são quase de modo completo formadas por músculo liso, com a exceção do bronquíolo mais terminal, denominado bronquíolo respiratório, que é constituído, em sua maior parte, de epitélio pulmonar e tecido fibroso subjacente, mais algumas fibras musculares lisas;
· Muitas doenças pulmonares obstrutivas do pulmão resultam do estreitamento dos brônquios menores e dos maiores bronquíolos, frequentemente por causa da contração excessiva da musculatura lisa;
· Os bronquíolos menores têm papel muito maior na determinação da resistência ao fluxo aéreo, por causa de seu pequeno diâmetro e por serem facilmente ocluídos pela contração muscular de suas paredes, pelo edema que ocorre em suas paredes ou pelo acúmulo de muco no lúmen dos bronquíolos;
· REFLEXO DA TOSSE:
· Os brônquios e a traqueia são tão sensíveis a leve toque que quantidades mínimas de material estranho ou outras causas de irritação iniciam o reflexo da tosse;
· A laringe e a carina são especialmente sensíveis, e os bronquíolos terminais e mesmo os alvéolos também são sensíveis a estímulos químicos corrosivos, tais como o gás dióxido de enxofre ou cloro gasoso;
· Impulsos neurais aferentes passam das vias respiratórias, principalmente pelo nervo vago, até o bulbo, onde sequência automática de eventos é desencadeada por circuitos neuronais locais, causando o seguinte efeito:
Primeiro, até 2,5 litros de ar são rapidamente inspirados;
Segundo, a epiglote se fecha e as cordas vocais são fechadas com firmeza para aprisionar o ar no interior dos pulmões;
Terceiro, os músculos abdominais se contraem com força, empurrando o diafragma, enquanto outros músculos expiratórios, tais como os intercostais internos, também se contraem com força, consequentemente, a pressão nos pulmões aumenta rapidamente até 100 mmHg ou mais;
Quarto, as cordas vocais e a epiglote subitamente se abrem de forma ampla, e o ar sob alta pressão nos pulmões explode em direção ao exterior;
· Algumas vezes o ar é expelido a velocidades que variam entre 75 e 100 milhas por hora (120,7 e 160,93 km/h);
· A forte compressão dos pulmões colapsa os brônquios e a traqueia, ao fazer com que as partes não cartilaginosas se invaginem, de modo que o ar explosivo, na realidade, passe pelas fendas brônquica e traqueal;
· O ar que se move rapidamente, carrega consigo, em geral, qualquer material estranho que esteja presente nos brônquiose na traqueia.
· REFLEXO DO ESPIRRO:
· O reflexo do espirro é muito parecido com o reflexo da tosse, exceto pelo fato de se aplicar às vias nasais;
· O estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação das vias nasais;
· Os impulsos aferentes passam pelo quinto par craniano para o bulbo, onde o reflexo é desencadeado;
· As séries de reações semelhantes às do reflexo da tosse acontece, mas a úvula é deprimida, de modo que grandes quantidades de ar passam rapidamente pelo nariz, ajudando assim a limpar as vias nasais do material estranho.
· FUNÇÕES RESPIRATÓRIAS DO NARIZ:
· Conforme o ar passa pelo nariz, três funções respiratórias distintas são realizadas pelas cavidades nasais:
1- o ar é aquecido nas extensas superfícies das conchas e septo, com área total de cerca de 160 cm2;
2- o ar é quase completamente umidificado, até mesmo antes de ultrapassar por completo as cavidades nasais;
3- o ar é parcialmente filtrado;
· Essas funções em conjunto são chamadas função de condicionamento do ar das vias aéreas superiores;
· Os pelos, na entrada das narinas, são importantes para a filtração de grandes partículas;
· Muito mais importante, entretanto, é a remoção de partículas por precipitação turbulenta, ou seja, o ar, passando pelas vias nasais, choca-se com anteparos obstrutivos: as conchas, o septo e a parede da faringe, sempre que o ar se choca com uma dessas estruturas obstrutivas, ele deve mudar a direção de seu movimento;
· As partículas em suspensão, que têm muito mais massa e momento que o ar, não podem mudar de direção tão rapidamente quanto o ar, portanto, elas continuam em frente, chocando-se com as superfícies das estruturas obstrutivas, e são capturadas no revestimento mucoso e transportadas pelos cílios à faringe para serem engolidas.
· ANATOMIA FISIOLÓGICA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO PULMONAR:
· Vasos pulmonares/ leito arterial pulmonar:
A artéria pulmonar só se estende por 5 cm além do ápice do VD, dividindo-se nos ramos principais D e E, que suprem os dois respectivos pulmões;
A artéria pulmonar tem uma espessura de parede igual a um terço da aorta;
Os ramos da artéria pulmonar são curtos, e todas as artérias do pulmão, mesmo as menores artérias e arteríolas, têm diâmetros maiores do que suas correspondentes na circulação sistêmica, esse aspecto, combinado ao fato de que os vasos são finos e distensíveis, dá à árvore pulmonar grande complacência, chegando até aproximadamente a 7 mL/mmHg, que é similar ao valor de toda a árvore arterial sistêmica;
Essa grande complacência permite que as artérias pulmonares acomodem o volume sistólico do VD;
As veias pulmonares, como as artérias pulmonares, também são curtas, elas drenam imediatamente seu sangue efluente no AE, sangue este que é bombeado pelo lado esquerdo do coração para toda a circulação sistêmica;
· Vasos brônquicos:
O sangue também flui para os pulmões pelas pequenas artérias brônquicas originárias na circulação sistêmica, sendo responsável por 1% a 2% do DC total;
O sangue da artéria brônquica é sangue oxigenado, em contraste com o sangue parcialmente desoxigenado encontrado nas artérias pulmonares, ele supre os tecidos de suporte dos pulmões, incluindo o tecido conjuntivo, os septos e os grandes e pequenos brônquios;
Depois que esse sangue brônquico e arterial passa pelos tecidos de suporte, ele é drenado para as veias pulmonares e entra no AE, em vez de voltar para o AD;
Portanto, o fluxo para o AE e o débito do VE são cerca de 1% a 2% maiores do que o débito do ventrículo direito.
· Vasos linfáticos:
Estão em todo o tecido de suporte do pulmão, começando nos espaços de tecido conjuntivo que circundam os bronquíolos terminais, cursando para o hilo do pulmão e, desse ponto, principalmente para o ducto linfático torácico direito;
Partículas que chegam aos alvéolos são parcialmente removidas por meio desses canais, e a proteína plasmática, que escapa dos capilares pulmonares, também é removida dos tecidos pulmonares, ajudando a prevenir um edema pulmonar.
· PRESSÕES NO SISTEMA PULMONAR:
· Pressões no VD:
As curvas de pressão de pulso do VD e da artéria pulmonar são mostradas na parte inferior da imagem;
Essas curvas contrastam com a curva da pressão aórtica muito mais alta, apresentada na parte superior da imagem;
A pressão sistólica do VD de ser humano normal, é em média, de 25 mmHg. e a pressão diastólica é cerca de 0 a 1 mmHg, valores que são apenas um quinto dos medidos para o VE;
· Pressões na artéria pulmonar:
Durante a sístole, a pressão na artéria pulmonar é, essencialmente, igual à pressão no VD, como também é mostrado na imagem;
Depois que a válvula pulmonar se fecha, ao final da sístole, a pressão ventricular cai vertiginosamente, enquanto a pressão arterial pulmonar cai mais lentamente à medida que o sangue flui pelos capilares dos pulmões;
A pressão arterial pulmonar sistólica situa-se normalmente, em média, nos 25 mmHg no ser humano, a pressão arterial pulmonar diastólica é de aproximadamente 8 mmHg, e a pressão arterial pulmonar média é de 15 mmHg;
· Pressão capilar pulmonar:
A pressão capilar pulmonar média, é em torno de 7 mmHg;
· Pressão do AE e pressões venosas pulmonares:
A pressão média no AE e nas principais veias pulmonares é cerca de 2 mmHg no ser humano em decúbito, variando de 1 mmHg a 5 mmHg;
· A pressão sanguínea pulmonar média é de 25/8 mmHg.
· VOLUME SANGUÍNEO DOS PULMÕES:
· O volume sanguíneo dos pulmões é cerca de 450ml, por volta de 9% do volume total de sangue em todo o sistema circulatório;
· Aproximadamente 70ml desse volume sanguíneo ficam localizados nos capilares pulmonares, e o restante é dividido, igualmente, entre as artérias e veias pulmonares;
· Os pulmões servem como reservatório de sangue, sob várias condições fisiológicas e patológicas, a quantidade de sangue nos pulmões pode variar desde a metade do normal até duas vezes o volume normal (ex.: hemorragias e PEEP);
· A IC/ aumento da resistência ao fluxo sanguíneo pela válvula mitral, resultante de estenose ou regurgitação mitral, faz com que o sangue se acumule na circulação pulmonar, algumas vezes aumentando o volume pulmonar por até 100% e causando grandes elevações nas pressões vasculares pulmonares;
Como o volume da circulação sistêmica é aproximadamente nove vezes o da circulação pulmonar, o desvio de sangue de um sistema para o outro afeta enormemente o sistema pulmonar, mas costuma ter apenas leves efeitos na circulação sistêmica.
· O FLUXO DE SANGUE PELOS PULMÕES E SUA DISTRIBUIÇÃO:
· O fluxo de sangue pelos pulmões é, essencialmente, igual ao débito cardíaco, ou seja, os fatores que controlam o débito cardíaco também controlam o fluxo pulmonar;
· Quando a concentração de O2 no ar dos alvéolos cai abaixo do normal, os vasos sanguíneos adjacentes se contraem, com a resistência vascular aumentando por mais de cinco vezes nos níveis de O2 extremamente baixos;
· A baixa concentração de O2 pode estimular a liberação de substâncias vasoconstritoras ou reduzir a liberação de um vasodilatador, como o NO, do tecido pulmonar;
· Efeito oposto ao observado nos vasos sistêmicos, que se dilatam em resposta a concentrações baixas de O2.
· PRESSÃO HIDROSTÁTICA X FLUXO PULMONAR:
· A pressão arterial pulmonar na porção mais superior do pulmão da pessoa em pé é aproximadamente 15 mmHg menor do que a pressão da artéria pulmonar no nível do coração, e a pressão na porção mais inferior dos pulmões é em torno de 8 mmHg maior, tais diferenças de pressão têm efeitos profundos sobre o fluxo de sangue, pelas diferentes áreas dos pulmões;
· Na posição ereta em repouso, existe pouco fluxo no topo do pulmão, mas um fluxo aproximadamente cinco vezes maior na porção inferior;
· Os capilares, nas paredes alveolares, são distendidos pela pressão arterial em seu interior, mas, simultaneamente, são comprimidos pela pressão do ar alveolar sobre suas paredes externas. Portanto, toda vez que a pressão do ar, no alvéolo pulmonar, for maior do que a pressão capilar pulmonar, os capilares se fecham, e o fluxo sanguíneo é interrompido;
· Zonas 1, 2 e 3 do fluxo sanguíneo:Sob diferentes condições pulmonares, patológicas e normais, pode ser encontrada qualquer uma das três possíveis zonas (padrões) de fluxo pulmonar: 
Zona 1: Ausência de fluxo sanguíneo, durante todas as partes do ciclo cardíaco, porque a pressão capilar alveolar local, nessa área do pulmão, nunca se eleva acima da pressão do ar alveolar, em nenhuma parte do ciclo cardíaco;
Zona 2: Fluxo sanguíneo intermitente, somente durante os picos da pressão arterial pulmonar, porque a pressão sistólica é superior à pressão do ar alveolar, mas a pressão diastólica é inferior à pressão do ar alveolar;
Zona 3: Fluxo sanguíneo contínuo, porque a pressão capilar alveolar permanece mais alta que a pressão do ar alveolar, durante todo o ciclo cardíaco;
· Normalmente, os pulmões só têm as zonas de fluxo sanguíneo 2 e 3 (zona 2 (fluxo intermediário), nos ápices e zona 3 (fluxo contínuo), em todas as áreas inferiores);
· A zona 1 de fluxo sanguíneo, que representa a ausência de fluxo durante todo o ciclo cardíaco, ocorre quando a pressão arterial sistólica pulmonar é muito baixa ou quando a pressão alveolar é muito alta para permitir o fluxo;
· Durante o exercício intenso, o fluxo sanguíneo pelos pulmões pode aumentar de 4 a 7 vezes, esse fluxo extra é acomodado, nos pulmões, por três maneiras:
1- aumentando o número de capilares abertos, podendo chegar a até três vezes;
2- pela distensão de todos os capilares e pela elevação da velocidade de fluxo, por cada capilar por mais de duas vezes;
3- aumentando a pressão arterial pulmonar;
Normalmente, as duas primeiras alterações diminuem a resistência vascular pulmonar de modo que a pressão arterial pulmonar se eleva muito pouco, mesmo durante exercício intenso.
· FUNÇÃO DA CIRCULAÇÃO PULMONAR QUANDO A PRESSÃO NO AE SE ELEVA DEVIDO A IC:
· A pressão atrial esquerda, na pessoa saudável, quase nunca se eleva acima dos +6 mmHg, mesmo durante o exercício mais vigoroso;
· Mediante a uma IC pressão do átrio esquerdo pode se elevar de seu valor normal, entre 1 e 5 mmHg, até valores de 40 a 50 mmHg;
· Qualquer elevação da pressão atrial esquerda acima de 7 ou 8 mmHg aumenta a pressão capilar na mesma proporção;
· Quando a pressão arterial esquerda chega a 30mmHg, gera o edema pulmonar.
· DINÂMICA CAPILAR PULMONAR:
· As paredes alveolares são revestidas com tantos capilares que, na maioria dos locais, os capilares quase se tocam lado a lado, o sangue capilar flui nas paredes alveolares como uma “lâmina de fluxo”;
· O tempo de permanência do sangue nos capilares pulmonares quando o DC está normal é de aproximadamente 0,8s;
· Quando o DC se eleva esse tempo pode cair para 0,3s, a diminuição deveria ser muito maior, mas, como capilares adicionais normalmente colapsados se abrem, eles acomodam o fluxo do sangue;
· A dinâmica da troca de líquidos, através das membranas dos capilares pulmonares:
1- A pressão do capilar pulmonar é baixa, de aproximadamente 7 mmHg, em comparação à pressão capilar funcional consideravelmente mais elevada nos tecidos periféricos, de cerca de 17 mmHg;
2- A pressão do líquido intersticial no pulmão é pouco mais negativa do que a encontrada no tecido subcutâneo periférico, (essa pressão foi medida de duas formas: pela inserção de micropipeta no interstício pulmonar, gerando valor aproximado de −5 mmHg, e pela medida da pressão de absorção de líquido oriundo do alvéolo, que gerou valor de −8 mmHg.);
3- A pressão coloidosmótica do líquido intersticial pulmonar é em torno de 14 mmHg, em comparação a menos da metade desse valor nos tecidos periféricos;
4- As paredes alveolares são relativamente finas, e o epitélio alveolar que recobre as superfícies alveolares é tão frágil que elas podem romper-se por qualquer pressão positiva superior à pressão do ar alveolar nos espaços intersticiais (> 0 mmHg), o que permite o acúmulo de líquido oriundo do espaço intersticial nos alvéolos.
· LÍQUIDO NA CAVIDADE PLEURAL:
· A quantidade total de líquido em cada cavidade pleural normalmente é pequena, de somente alguns mililitros;
· Sempre que essa quantidade de líquido aumenta e começa a fluir para a cavidade pleural, o excesso de líquido é bombeado para fora pelos vasos linfáticos que se abrem diretamente da cavidade pleural para o mediastino, para a superfície superior do diafragma e para as superfícies laterais da pleura parietal, portanto, o espaço pleural (o espaço entre as pleuras parietal e visceral) é considerado espaço potencial, porque normalmente é tão estreito que de modo óbvio não é um espaço físico;
· Força negativa, gerada fora dos pulmões, sempre é necessária para mantê-los expandidos;
· Essa força é gerada pela pressão negativa no espaço pleural normal;
· A causa básica dessa pressão negativa é o bombeamento de líquido do espaço pelos vasos linfáticos (que também é base da pressão negativa encontrada na maioria dos espaços teciduais do corpo). Como a tendência normal de colapso dos pulmões é de aproximadamente −4 mmHg, a pressão do líquido pleural deve ser, no mínimo, de −4 mmHg, para manter os pulmões expandidos;
· O derrame é análogo ao líquido do edema nos tecidos, e pode ser chamado “edema da cavidade pleural”;
· As causas do derrame são as mesmas causas do edema em outros tecidos, incluindo o bloqueio da drenagem linfática da cavidade pleural, a insuficiência cardíaca, que causa pressões capilares periférica e pulmonar muito altas, levando à excessiva transudação de líquidos para a cavidade pulmonar, a diminuição acentuada da pressão coloidosmótica do plasma, permitindo a transudação excessiva de líquidos e infecção ou qualquer outra causa de inflamação nas superfícies da cavidade pleural, que aumenta a permeabilidade das membranas capilares e permite o rápido acúmulo de proteínas plasmáticas e de líquido na cavidade.
Ana Carolina Almeida	Fisiologia 1	108C - UV

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