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ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UMA EMPRESA DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Gabriel Gräf1 Ricardo Gazzana Schneider2 RESUMO Com os rotineiros aumentos no custo sobre o consumo de energia elétrica, as fontes alternativas de geração vêm sendo cada vez mais utilizadas para uso doméstico, e principalmente empresarial. Devido a isto, este projeto tem como objetivo apresentar a viabilidade econômica e financeira para a implantação de um sistema fotovoltaico para geração de energia elétrica em uma empresa de desenvolvimento de software, na cidade de Novo Hamburgo - RS. Para alcançar este objetivo, foram utilizados referenciais teóricos, sobre energia fotovoltaica e projeto de investimento, bem como, os seus devidos cálculos de análise econômica e financeira. Quanto à metodologia, classifica-se como natureza aplicada e objetivo exploratório, tendo os procedimentos de pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso, realizando a abordagem quantitativa. Ao fim deste estudo, mostrou-se que pode ser viável economicamente e financeiramente a implantação de painéis solares, tendo o retorno esperado dentro de 10 anos e um VPL positivo de R$ 266.397,78 dados que mostram a vantagem da devida implantação. Palavras-chave: Viabilidade Econômica e Financeira. Energia Fotovoltaica. Geração Distribuída. ABSTRACT With routine increases in the cost over electricity consumption, alternative sources of generation have been increasingly used for domestic, and mainly business, use. Due to this, this project aims to present the economic and financial feasibility, for a implantation of a photovoltaic system, for generation of electrical energy in a software development company, in the city of Novo Hamburgo - RS. In order to achieve this objective, the subjects related to photovoltaic energy and investment project, as well as their due calculations of economic and financial analysis, was searched as a reference. As for the methodology, it is classified as applied nature and exploratory objective, having the procedures of bibliographic research, documentary and case study, carried out the quantitative approach. At the end of this study, has shown that it may be economically and financially feasible to install solar panels, with the expected return within year 10 and a positive NPV of R$ 266.397,78 data showing the advantage of due implementation. 1 Acadêmico do Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial na Universidade Feevale. 2 Engenheiro Mecânico, Mestre em Engenharia de Produção e Professor da Universidade Feevale. 2 Keywords: Economic and Financial Viability. Photovoltaics Energy. Distributed Generation. 1 INTRODUÇÃO O aumento do consumo de energia elétrica no Brasil é uma realidade já presente no dia a dia. O setor energético sofre impacto desta alta na demanda, gerando em alguns lugares a falta de energia ou sua oscilação, e em outras regiões, alto custo de consumo em virtude dos seus gradativos aumentos, afetando assim, o mundo corporativo, desde um simples comércio, até o mais complexo polo industrial. E com estas situações e variáveis, os gestores, empreendedores e empresários, devem buscar diferentes maneiras de não sofrerem com estas complicações. Uma simples queda de energia, ou a falta dela, poderá afetar os custos da empresa em uma escala muito significativa, distorcendo os seus resultados e prejudicando o seu negócio. Com o avanço da tecnologia, praticamente tudo depende e necessita de energia elétrica para seu perfeito funcionamento, e isto ocorre de uma simples cafeteira da sala de reunião, até a máquina importada mais cara e complexa que está instalada no parque fabril da empresa. O ramo da tecnologia teve grande crescimento, impactando nas empresas que prestam serviços e produtos para este segmento. Acoplado a isto, o setor de software, que é voltado a esta área, também possui alta concorrência, tendo muitas empresas especializadas e oferecendo os mesmos serviços com alguns adicionais e especialidades diferentes, como também, valores variados. E devido a disputa acirrada de mercado, geralmente o principal diferencial é o preço praticado para o cliente final. Com base nisto, as empresas devem buscar soluções para diminuir seus custos e assim refletir este valor aos seus clientes, e com isto, até prospectar novas clientelas. No Brasil, a principal fonte geradora de energia elétrica são as usinas hidrelétricas. Porém, outras fontes começam a ser mais usadas, como a eólica e a fotovoltaica. Ainda com pouco incentivo do governo, mas forte investimento por parte de organizações que se preocupam com o custo e com a origem destas fontes energéticas. Outro grande fator decisivo é o fato de que a geração destas energias, 3 que estão em crescimento, é de responsabilidade e gerenciamento do cliente consumidor, não dependendo de terceiros, tornando assim o aumento do número de unidades geradoras uma realidade em nosso país. Um dos principais atrativos para as fontes alternativas de energia é o quesito custo, que para os gestores, é a mais preocupante. Qualquer possível minimização é válida e poderá gerar bons resultados para a empresa. Enquanto que muitos gestores pensam apenas na questão produtiva, sobre reduzir tempos, pessoas, máquinas, outros, pensam de forma sistêmica, e assim, ampliam as suas opções sobre redução de custo. As empresas que utilizam de fontes renováveis, podem assim, utilizar deste recurso, para estratégias diferenciadas de marketing, buscando levar aos seus clientes, a imagem de uma empresa preocupada com o meio ambiente e com consciência ambiental. Definiu-se como questão-problema de pesquisa a pergunta: “É viável economicamente e financeiramente a implantação de um sistema fotovoltaico para a geração de energia elétrica em uma empresa de desenvolvimento de software?”. E o seguinte objetivo geral para solucionar esta questão: “Apresentar a viabilidade econômica e financeira, sobre a implantação de um sistema fotovoltaico, para geração de energia elétrica em uma empresa de desenvolvimento de software.”. Para atingir este objetivo geral, seguem os objetivos específicos: Identificar a situação atual do consumo energético; Analisar os custos de investimentos necessários para a implantação do projeto; Mensurar os possíveis retornos gerados pelo projeto; Efetuar os cálculos de análise econômica e financeira. Para a presente pesquisa, será feita a análise da viabilidade econômica e financeira da implantação de um sistema fotovoltaico para geração de energia elétrica em uma empresa de desenvolvimento de software, localizada na cidade de Novo Hamburgo, a 50 Km da capital Porto Alegre, no estado do Rio Grande de Sul, e que denominaremos como empresa Alpha. Tendo em torno de 160 colaboradores e mais de 1.300 clientes ativos em sua carteira, número o qual demonstra a importância de garantir que o atendimento aos seus clientes seja realizado, e também por ser uma empresa do ramo da tecnologia, possui equipamentos que não podem sofrer 4 desligamentos, pois um rompimento é crucial para o funcionamento da empresa e de seus clientes. No âmbito acadêmico, este projeto irá contribuir para a aprendizagem, nos cálculos da viabilidade econômica e financeira, e ajudando também a ter o discernimento para verificar se o investimento será proveitoso e gerará ganhos para a empresa. Visando alcançar os objetivos aqui traçados, o presente trabalho está dividido em cinco etapas. Na primeira etapa é apresentado à introdução ao trabalho. Na segunda etapa é apresentada a fundamentação teórica dos conceitos fundamentais utilizados neste trabalho. A terceira etapa apresenta a metodologia de pesquisa empregada no trabalho. Na quartaé apresentada a empresa, a forma de coleta dos dados e a apresentação dos resultados. Por fim, a última parte apresenta as considerações finais e recomendações de pesquisas futuras. 2 ENERGIA FOTOVOLTAICA A energia elétrica hoje e desde a sua invenção tornou-se um recurso indispensável e estratégico para o desenvolvimento socioeconômico no mundo. Devido à dificuldade e os altos custos na geração e obtenção destes recursos energéticos, o ser humano está em constante busca de outras alternativas e fontes de energia elétrica (GRAWER, 2016). Atualmente, a eletricidade gerada pelas usinas hidrelétricas e pelas fontes fósseis possuem custos baixíssimos. Fontes como a eólica, a solar e a de biomassa possuem um potencial energético capaz de superar o hidráulico, no entanto, não possuem ainda tecnologias economicamente viáveis capazes de superar as demais. Os elevados preços das fontes alternativas as tornam pouco atrativas se comparadas aos baixos preços praticados por grandes usinas hidrelétricas e termelétricas (LOPES, 2015). Sobre a conceituação das fontes Goldemberg e Lucon (2007) dizem que como a reposição das fontes de energia fóssil e nuclear requerem um elevado tempo e fatores geológicos, essas são consideradas não-renováveis. Já as fontes renováveis de energia são criadas imediatamente pela natureza, como exemplo os potenciais 5 hidráulicos (quedas d’água), eólicos (ventos), a energia das marés e das ondas, a radiação solar e o calor do fundo da Terra (geotermal). O aproveitamento da energia solar requer recursos que inicialmente eram considerados onerosos; no entanto, com o aumento do número de instalações fotovoltaicas e com o desenvolvimento da sua tecnologia, este custo de instalação tem decaído, tornando-se cada vez mais rentável a sua instalação (MOREIRA, 2017). Os sistemas fotovoltaicos são caracterizados por utilizarem dispositivos controladores (controlador de carga) e conversores (choppers, inversores, etc.), podendo ainda utilizar baterias ou estar conectados diretamente a rede elétrica. Destinam-se a eletrificação rural ou de outras localidades não contempladas pelo sistema de distribuição das concessionárias locais, ou ainda para complementação energética, quando os consumidores já possuem acesso a rede de distribuição pública convencional (ALVES, 2016, p. 23). Conforme descrito na publicação Energia Fotovoltaica: Manual sobre tecnologias, projecto e instalação (Portal Energia, 2004), é explicado que a captação da energia é feita por placas fotovoltaicas, que em geral são instaladas no telhado, e o processamento, é realizado em um aparelho inversor, que faz a transformação da corrente contínua em alternada, onde eleva de 12 ou 24 para 127 ou 220 volts, para que assim seja usado nas casas e nas indústrias. O consumo é imediato e a energia gerada excedente é repassada à rede, administrada pela concessionária, gerando créditos, que permitem o desconto na conta mensal do gerador; para melhor compreensão do funcionamento, segue a Figura 1. Figura 1 – Funcionamento do sistema fotovoltaico Fonte: adaptado pelo Autor de Portal Energia (2004) 6 Referente a Figura 1: 1. Gerador fotovoltaico (vários módulos fotovoltaicos dispostos em série e em paralelo, com estruturas de suporte e de montagem); 2. Caixa de junção (equipada com dispositivos de proteção e interruptor); 3. Cabos de corrente contínua (DC); 4. Inversor; 5. Mecanismo de proteção e aparelho de medida. Na próxima seção será explicado o conceito da tarifação e como é realizado o seu cálculo, para posteriormente, contribuir para os devidos cálculos deste projeto. 2.1 DEMANDA MÍNIMA DE ENERGIA ELÉTRICA A demanda mínima, conforme conceito da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (2011), é a potência ativa a ser obrigatória e continuamente fornecida pela distribuidora para a contratante, conforme valor e período de vigência fixados no contrato e que deverá ser integralmente paga, sendo ou não utilizada durante o período de faturamento; esta demanda é expressa em quilowatts (kW). Podendo ser chamada também de Carga Instalada, conforme a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica - CEEE (2017), esta carga é a soma das potências nominais de todos os equipamentos elétricos que estão instalados na unidade consumidora, e que possuem condições de entrar em funcionamento. O autor ainda reforça, que esta carga ou demanda, é expressa em quilowatts (kW). No próximo capítulo serão descritos os conceitos referente ao projeto de investimento, o qual, possui maior foco neste trabalho e está alinhado aos seus respectivos objetivos. 3 PROJETOS DE INVESTIMENTOS Nas organizações, toda e qualquer alteração ou implementação em suas rotinas, poderá gerar um determinado gasto a empresa, elevado ou não; porém estes gastos são necessários para o crescimento da empresa e para que no futuro gere a redução ou extinção de outros gastos; com isto, este gasto inicial da empresa, deve 7 ser muito bem estudado e verificado se trará vantagens. Este custo então, é denominado financeiramente como investimento do projeto. Com base na importância de se fazer um bom investimento, Lapponi (2007) enfatiza que é preciso entender que investir significa comprometer o dinheiro numa determinada data por um prazo definido, o qual, gerará retornos que devem compensar o investimento realizado. Sobre o papel do investimento no projeto de viabilidade, Woiler e Mathias, (1983, p. 155) afirmam que: “Avaliar o investimento total é uma das tarefas mais importantes associadas ao projeto de viabilidade, porque o total a ser investido é muito relevante em termos de viabilidade”. O projeto de investimento é o instrumento que contém a definição do montante dos recursos a aplicar (o custo), a mensuração dos futuros benefícios esperados, as opções de financiamento e as condições técnicas para que os objetivos pretendidos com o investimento sejam atingidos (SOARES et al., 2015). 3.1 CUSTOS DECORRENTES DA APLICAÇÃO DO PROJETO No decorrer do projeto, alguns custos podem vir a ocorrer, esperados ou não; o seu acontecimento pode ser inevitável, sendo assim, durante o projeto, deve ser bem estudado e avaliado, para que estes custos já sejam calculados e previsíveis, não proporcionando assim, grandes impactos ao final do projeto, pelo fato de não estarem em seu escopo inicial. Referente aos custos de um projeto, Morelli (2007, p. 12) conceitua custos como: O conceito de custos, então, relaciona-se com a aquisição, utilização e reposição contínua (com maior ou menor frequência) de recursos produtivos por parte de uma empresa. Os custos, portanto, são gastos efetuados pela empresa ao longo de todo o ciclo de suas atividades (compra, transformação, vendas e distribuição) e que devem ser recuperados, na medida exata, no momento do recebimento do valor referente às vendas de seus produtos ou serviços. Sobre a importância de um planejamento dos custos, Souza (2009) explica que a estimativa dos custos, envolve desenvolver um estudo dos custos, dentre os recursos necessários a implementação das atividades do projeto. E no custo 8 aproximado, o estimante considera as causas da variação da estimativa final para mais acertividade ao projeto. 3.2 RECEITAS DECORRENTES DA APLICAÇÃO DO PROJETO Dentro da análise do projeto, também existem as receitas, que são os valores que serão obtidos no decorrer do projeto, ou após o seu término. Estas receitas serão o resultado das vendas ou serviços praticados, e devem aumentar se o projeto for bem-sucedido, caso contrário, as receitas terão quedas. Estas receitas, devem ser calculadas e analisadas no escopo inicial do projeto, com uma projeção. Referente as receitas ou retornos, conforme afirma Abreu Filho et al. (2008), os retornos podem ser classificados em dois: o retorno esperado e o efetivo, que geralmenteterão alta discrepância. Por isso, o retorno esperado deve considerar um período recente em que o comportamento do objeto de análise, mais se assemelhe ao presente em que o projeto está sendo calculado. Ainda trazendo o conceito de receita, Rebelatto (2004, p. 135) exemplifica que: “As receitas que correspondem ao projeto são os fluxos de recursos financeiros recebidos, de maneira direta ou indiretamente, em virtude de sua operação”. 3.3 CÁLCULOS DECORRENTES DA APLICAÇÃO DO PROJETO Para a eficiência do projeto e como principal enfoque desta pesquisa, devem ser efetuados determinados cálculos, para que seja apurado, antes da inicialização do projeto, se será viável ou não, quais retornos dará, e em qual período isto ocorrerá, e assim, a empresa, não tenha determinados riscos. 3.3.1 PAYBACK Segundo Brasil (2004), o Payback mede o tempo necessário para se ter de volta o capital investido inicialmente, considerando a variação do dinheiro no tempo. Seu número indicará o risco do investimento, quanto maior o Payback de um investimento, mais tempo levará para ter o seu retorno. 9 Ainda de acordo com Brasil (2004), existem dois tipos de Payback, o simples e o descontado ou corrigido, para o cálculo do simples, não é utilizado uma taxa de juros aplicada aos valores, enquanto que no outro método, esta é considerada. Em seguida, a Tabela 1 demonstra um exemplo deste autor para melhor compreensão do método de Payback simples. Tabela 1 – Payback Simples Ano Fluxo de Caixa (R$) Saldo do Projeto (R$) 0 -200,00 -200,00 1 100,00 -100,00 2 100,00 0,00 Fonte: adaptado pelo autor de Brasil (2004) A fim de calcular o tempo necessário para recuperar o capital a ser investido é adicionado a coluna “Saldo do Projeto”, na Tabela 1. No final do primeiro ano o projeto terá gerado o retorno líquido de R$ 100,00 e o saldo do projeto será R$ -100,00, resultado da diferença entre o investimento inicial R$ -200,00 e o retorno citado. Continuando com esse procedimento até o final do segundo ano, assim completando a coluna de saldo do projeto da Tabela. Esta coluna mostra que o capital investido será recuperado durante o segundo ano (BRASIL, 2004). Sobre o cálculo do método de Payback Descontado, a Tabela 2 é uma representação de um fluxo de caixa, onde é demonstrado o investimento inicial e os seus retornos, para este exemplo leva-se em conta uma taxa de juros de 7% ao ano (PUCCINI, 2011). Tabela 2 – Payback Descontado Ano Valores (R$) 0 -50.000,00 1 15.000,00 2 15.000,00 3 15.000,00 4 15.000,00 5 15.000,00 Soma 25.000,00 Fonte: adaptado pelo autor de Puccini (2011) Para a obtenção do Payback Descontado, é necessário calcular o valor presente de cada retorno futuro da Tabela 2, realizando o desconto da taxa de 7% ao ano, e descontar o valor acumulado destas parcelas com o valor do investimento inicial de R$ 50.000,00, conforme mostra a Tabela 3 (PUCCINI, 2011): 10 Tabela 3 - Payback Descontado Resolução Ano Valores (R$) Valor Presente das parcelas com 7% ao ano (R$) Valor Presente Líquido (VPL) acumulado (R$) 0 -50.000,00 -50.000,00 -50.000,00 1 15.000,00 14.018,69 -35.981,31 2 15.000,00 13.101,58 -22.879,73 3 15.000,00 12.244,47 -10.635,26 4 15.000,00 11.443,43 808,17 5 15.000,00 10.694,79 11.502,96 Fonte: adaptado pelo autor de Puccini (2011) A análise dos valores do valor presente líquido acumulado, demonstrados na última coluna da Tabela 3, indica que o valor do Payback descontado está compreendido entre o terceiro e o quarto ano deste fluxo de caixa, estando mais próximo do quarto ano (PUCCINI, 2011). 3.3.2 Taxa Interna de Retorno – TIR O cálculo da taxa interna de retorno, não é um cálculo de fácil resolução e explicação; os procedimentos mais usados e de fácil compreensão, são os procedimentos da calculadora HP-12C e da ferramenta Excel, pois realizam o método de tentativa e erro, até chegarem a um resultado, conforme explica Lapponi (2007, p. 64): A determinação da TIR de um fluxo de caixa com n capitais é o cálculo das raízes de um polinômio de grau n. Para n=2 o procedimento é bastante trabalhoso porque existem duas soluções das quais apenas uma interessa, e para n=3 é ainda mais trabalhoso. Para uma série com n > 4 foi demonstrado que não é possível expressar por meio de uma fórmula as raízes de uma equação de grau superior ao quarto quando os coeficientes do polinômio são arbitrários. Dessa maneira, para calcular a TIR é utilizado um procedimento de tentativa e erro, ou um procedimento automático de tentativa e erro como da calculadora HP-12C ou da função financeira TIR do Excel. Em suma, segundo Assaf Neto e Lima (2014): “O método de taxa interna de retorno (TIR) representa a taxa de desconto que iguala, em determinado momento (geralmente a data zero), as entradas com as saídas previstas do fluxo de caixa”. 11 3.3.3 Valor Presente Líquido - VPL Para a definição do Valor Presente Líquido, a publicação da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA (2010) conceitua que neste método todos os fluxos são descontados na data zero do investimento, e a taxa utilizada é a taxa mínima de atratividade do projeto, em análises do VPL, o melhor, será o maior valor calculado. Sobre a definição de Valor Presente Líquido, Silva (2015) descreve que é um método de avaliação para projetos de investimento, que corresponde à diferença entre a soma dos retornos atualizados para a data zero, e o custo inicial do investimento, ou seja, conforme mostra Equação (1) e é exemplificado na Tabela 4: VPL= -I+ ∑ FCt (1+k) t n t=1 (1) Para este estudo teremos as seguintes variáveis: I, valor inicial do investimento; n, número de períodos; t, número do período; FCt, valor dos retornos gerados, positivos ou negativos; k, taxa mínima de atratividade do projeto, quanto mais arriscado o projeto, maior a taxa. Exemplo desenvolvido deste método para melhor entendimento: Tabela 4 – Valor Presente Líquido Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Investimentos (R$) -100.000,00 0,00 0,00 0,00 Retornos (R$) 0,00 80.000,00 20.000,00 25.000,00 Fluxo de Caixa (R$) -100.000,00 80.000,00 20.000,00 25.000,00 Fluxo de Caixa Atualizado - Taxa de 10% (R$) -100.000,00 72.727,00 16.529,00 18.783,00 VPL (R$) 8.039,00 Fonte: adaptado pelo autor de Silva (2015) Conforme é possível ver pela Tabela 4, a qual foi calculada com base na Equação (1), e demonstra que o Valor Presente Líquido é positivo, significando que o projeto é viável. 12 3.3.4 Índice de Lucratividade – IL O Índice de Lucratividade (IL), segundo Assaf Neto e Lima (2014) indica quanto o projeto oferece de retorno para cada unidade monetária investida, o IL é determinado por meio da divisão do valor presente dos retornos, pelo valor presente dos investimentos realizados, como mostra a Equação (2): IL= VP dos retornos VP dos investimentos (2) Para melhor clareza deste método, Lapponi (2007) demonstra com o fluxo da Tabela 5 um exemplo do Índice de Lucratividade, aplicado a uma taxa de 12% ao ano. Tabela 5 – Índice de Lucratividade Anos Capitais (R$) 0 -125.000,00 1 45.000,00 2 60.000,00 3 75.000,00 4 90.000,00 VP dos R 198.590,00 IL 1,59 Fonte: adaptado pelo autor de Lapponi (2007) O resultado do Valor Presente dos Retornos e do Índice de Lucratividade do fluxo de caixa da Tabela 5, estão registrados nas duas últimas linhas. O VP dos Retornos foi obtido com a função VPL, e o IL=1,59 foi obtido com a Equação (3): IL= 198.590 125.000 =1,59 (3) Neste caso, o Índice de Lucratividade maior do que um, significa que o investimento será recuperado, remunerado com a taxa mínima requerida e o projeto gerará lucro, e o VPL do projeto será maior que zero (LAPPONI, 2007). 3.3.5 Valor Futuro Líquido - VFL O Valor Futuro Líquido (VFL) representa o valor monetário na data final do período,medindo o valor do projeto no final da análise dos respectivos anos determinados para a vida útil do projeto (PEREIRA, 2014). 13 O valor futuro líquido é apenas o VPL expresso numa data futura específica, geralmente, a data do último fluxo de caixa. Assim como no valor presente líquido (VPL), se VFL > 0, isso indica que as receitas do projeto superam, no valor de hoje, as despesas do projeto, logo, este é lucrativo e deve ser implementado. Caso o VFL < 0, o projeto gera prejuízo e deve ser descartado. É possível também comparar dois projetos, basta que a comparação entre os VFL seja na mesma data futura. O melhor projeto será o de maior VFL (ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ENAP, 2015). O modelo matemático de Valor Futuro Líquido do projeto de investimento descrito pela publicação da Escola Nacional de Administração Pública - ENAP (2015) é definido pela Equação (4): VFL= FC0 x (1+k) (n)+ FC1 x (1+k) (n-1)+ FC2 x (1+k) (n-2)+…+ FCn x (1+k) (n-t) (4) Agrupando-se está formula, pode-se escrever conforme a Equação (5): VFL= FC0 x (1+k) n+ ∑ FCt x (1+k) (n-t)n t=1 (5) Para este estudo teremos as seguintes variáveis: n, número de períodos; t, número do período; FCt, valor dos retornos gerados, positivos ou negativos; k, taxa mínima de atratividade do projeto. Como forma de exemplo para este cálculo, segue a Tabela 6, e que para a sua resolução, foi considerada uma taxa anual de 12%. Tabela 6 – Valor Futuro Líquido Anos Capitais (R$) 0 -600.000,00 1 120.000,00 2 150.000,00 3 200.000,00 4 220.000,00 5 200.000,00 6 180.000,00 7 230.000,00 Fonte: adaptado pelo autor de Lapponi (2007) Em seguida as Equações (6) e (7) efetuadas para este exemplo e baseadas nas Equações (4) e (5): VFL= -600.000 x 1,12 7 +120.000 x 1,12 6 +150.000 x 1,12 5 +200.000 x 1,12 4 +220.000 x 1,12 3 +200.000 x 1,12 2 +180.000 x 1,12 1 +230.000 x 1,12 0 (6) 14 VFL=R$ 481.069,16 (7) De acordo com o resultado apresentado neste exemplo, o projeto deve ser aceito, pois o VFL é maior que zero. 3.3.6 Valor Uniforme Líquido - VUL Sobre a aplicação do método do Valor Uniforme Líquido, Linhares et al. (2013) afirma que consiste em somar todos os fluxos existentes no projeto e distribuí-los em valores uniformes para cada período de tempo (ano, mês, semestre, bimestre...). O procedimento recomendado por Lapponi (2007) é calcular o VUL a partir do VPL ou do VFL, com as seguintes Equações (8) e (9): VUL=VPL x i x (1+i) n (1+i) n -1 (8) VUL=VFL x i (1+i) n -1 (9) Para este estudo teremos as seguintes variáveis: n, número de períodos; i, taxa mínima de atratividade do projeto. Um exemplo desta utilização, realizado por Bellotto (2010) é uma empresa que investe inicialmente um capital de R$ 50.000,00, sendo o período do Fluxo de Caixa de cinco anos e uma taxa de 12%, conforme demonstrado na Tabela 7. Tabela 7 – Valor Uniforme Líquido Anos Capitais (R$) 0 -50.000,00 1 15.000,00 2 15.500,00 3 16.000,00 4 18.000,00 5 20.000,00 VUL 2.753,49 Fonte: adaptado pelo autor de Bellotto (2010) 15 Após aplicação dos cálculos, define-se que o projeto é viável e deve ser aceito, pois, o custo inicial será recuperado e remunerado com a taxa requerida, conforme mostra a Tabela 7, o VUL é maior que 0 (BELLOTTO, 2010). 3.3.7 Análise de Sensibilidade A análise de sensibilidade é uma metodologia de avaliação do risco que revela em quanto o resultado econômico (VPL) de um investimento se modificará diante de alterações em variáveis estimadas dos fluxos de caixa. Esta análise envolve mensurar os resultados líquidos de caixa para cada modificação possível de ocorrer nas variáveis de seus fluxos, auxiliando em decisões de investimento (ASSAF NETO; LIMA, 2014). Conforme exemplo de Lapponi (2007), umas das técnicas de análise de risco que considera a sensibilidade do valor do VPL em função das estimativas e, ainda, incorpora o intervalo provável de variação das estimativas do projeto é a análise de cenários MOP – Mais provável – Otimista – Pessimista. A análise de cenários MOP começa definindo três valores possíveis de cada uma das estimativas participantes do projeto, e depois efetuando o cálculo do VPL para cada cenário. A Tabela 8 mostra os 3 cenários, com suas respectivas variações e seus VPL’s: Tabela 8 – Análise de Cenários Pessimista Mais provável Otimista Preço Unitário (R$) 0,66 0,78 0,90 Custo Unitário (R$) 0,30 0,23 0,16 Custo Fixo (R$) 500.000,00 400.000,00 300.000,00 Custo Inicial (R$) 1.750.000,00 1.550.000,00 1.400.000,00 Receita (R$) 1.452.000,00 1.872.000,00 2.340.000,00 Custo (R$) 1.160.000,00 952.000,00 716.000,00 VP (R$) 1.019.486,00 2.309.145,00 3.771.780,00 VPL (R$) -730.514,00 759.145,00 2.371.780,00 Decisão Rejeitar Aceitar Aceitar Fonte: adaptado pelo autor de Lapponi (2007) No cenário pessimista o VPL é negativo de R$ -730.514,00, não devendo ser aceito o projeto de investimento. Nos cenários mais provável e otimista, 16 respectivamente, R$ 759.145,00 e R$ 2.371.780,00, o VPL positivo recomenda aceitar o projeto de investimento. 4 METODOLOGIA Neste item será abordado e conceituado os tipos e modos de pesquisas que foram utilizados, e que conforme Lakatos e Marconi (2007, p.223) “a metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois responde, a um só tempo, às questões como?, com quê?, onde?, quanto?”. 4.1 TIPOS DE PESQUISA Nesta seção serão tratados os tipos de pesquisa do projeto, referente à sua natureza, fins e objetivos, meios e procedimentos, abordagem do problema, posteriormente na subseção, será visto a coleta de dados, e por fim, os procedimentos de análise. 17 Figura 2 – Tipos de Pesquisa Fonte: elaborado pelo Autor (2018) Conforme mostra a Figura 2, para este projeto, foi utilizada a natureza aplicada, pois esta pesquisa tem como objetivo gerar conhecimentos para a aplicação prática com enfoque na solução de problemas específicos (PRODANOVe FREITAS, 2013). Referente aos fins e objetivos foi usado o método exploratório na pesquisa, pois como cita Gil (2008, p. 27) “pesquisas exploratórias são desenvolvidas com o objetivo de proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato”. Sobre os procedimentos foi usado a bibliográfica, que Lakatos e Marconi dizem (2003), que é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados relevantes com o tema. Foi aplicado também a pesquisa documental, pois foram obtidos orçamentos e a conta energética da empresa, e é classificado nesta técnica conforme definições de Gil (2007): A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa. Outro procedimento que foi usado, é o estudo de caso, que segundo Yin (2005), é um estudo empírico que visa investigar um fenômeno atual dentro de um determinado contexto. Se utilizou da abordagem quantitativa, pois conforme Vieira e 18 Hossne (2015), a pesquisa quantitativa tem o objetivo de contar, ordenar e medir para estabelecer a frequência e a distribuição dos acontecimentos, para assim buscar padrões de relação entre variáveis, testar hipóteses e margens de erro para as estimativas. 4.1.1 Coleta de dados Para este presente trabalho, foi utilizado o tipo de amostra não probabilística por acessibilidade ou por conveniência, pois foi realizada especificamente na empresa Alpha o estudo, e conforme Prodanove Freitas (2013) explicam, este tipo de amostra é onde o pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que esses possam de alguma forma, representar o seu universo de pesquisa. E referente à técnica de pesquisa utilizada, foi a de observação direta intensiva, pois segundo a definição, este tipo de técnica é realizada e baseada por meio da observação dos fatos, conforme eles ocorrem entre si, ou individualmente. A observação, foi do tipo sistemática, pois o estudo possui uma forma planejada, e tem condições controladas para atender aos propósitos estabelecidos do projeto (PRODANOV e FREITAS, 2013). Sendo assim, na coleta de dados foi realizado o levantamento de consumo energético praticado pela empresa atualmente, através da fatura energética e também foram obtidos 4 orçamentos referente a implantação de um sistema fotovoltaico de geração. 4.1.2 Procedimentos de análise Para o estudo deste projeto foi feito inicialmente o levantamento dos custos necessários para a instalação de um sistema fotovoltaico na empresa em questão, posteriormente a isto, foram levantadas as receitas que serão obtidas com a aplicação do estudo e, então pode ser realizado todos os cálculos pertinentes a um projeto de investimento, que são: Payback, TIR, VPL, IL, VFL, VUL e a Análise de Sensibilidade. Por fim, foi possível concluir se o projeto em questão pode ser viável ou não, no âmbito econômico e financeiro, as suas vantagens e possíveis desvantagens, 19 quais foram os ganhos obtidos, a sua mensuração, e também o tempo para o investimento ser pago. Após isto, concluiu-se este estudo. 5 ESTUDO DE CASO A empresa deste projeto, foi fundada em 29 de Maio de 1990, na cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul; atualmente, com sede própria nesta mesma cidade. Focada em oferecer soluções para as empresas de diferentes segmentos, ofertando o seu próprio sistema integrado de gestão empresarial, a empresa vem em constantes crescimentos. Sendo uma empresa de desenvolvimento de software empresarial, e se enquadrando como uma prestadora de serviços, contando com mais de 160 colaboradores diretos, ela é considerada uma empresa de grande porte, conforme classificação disponibilizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE (2013). O software desenvolvido pela Alpha, abrange aos diversos segmentos como: Industrial, Distribuição, Comércio, Serviços, Assessorias Empresariais e Escritórios Contábeis. Contando com mais de 120 módulos prontos para serem interligados entre si e utilizados, a empresa consegue ser flexível e atender aos diversos nichos de mercado, desde pequenas a grandes empresas dos segmentos citados acima. Atualmente com cerca de 1.300 clientes no Brasil, mas principalmente no estado do Rio Grande do Sul e mais direcionada a região do Vale dos Sinos, onde a mesma se encontra, devido ao fato da empresa já ser conceituada e popularmente conhecida na região. O mercado da Tecnologia da Informação - TI (hardwares, softwares e serviços) no Brasil cresceu 4,5% no ano de 2017 e foi responsável por 39,1% do total de investimento do continente, e espera-se que em 2018 haja um crescimento de 4,1% para este segmento, informações disponibilizadas pelo estudo anual da Associação Brasileira das Empresas de Software - ABES (2018). Atualmente, um dos maiores custos da empresa Alpha é a conta de energia elétrica que apresenta um valor de R$ 144.000,00 anuais, e o consumo médio de 192.000 Kwh/ano, se tornando assim, um de seus maiores custos operacionais. Este valor se deve ao fato da empresa atuar na área de TI, e com isto ter muitos aparelhos eletrônicos de uso constante. 20 Com o objetivo de minimizar este custo, foi identificado como possível solução, a instalação de placas fotovoltaicas, para a geração de energia elétrica, e assim, conseguir diminuir o valor pago para a concessionária vigente. Para realizar a análise econômica e financeira proposta neste projeto, foram obtidos 4 orçamentos de empresas especializadas em instalações de sistemas fotovoltaicos, com base no mesmo consumo, para que assim, fosse definido qual que atende mais aos requisitos da empresa Alpha, para que posteriormente fosse realizado todos os devidos cálculos de viabilidade. A seguir, na Tabela 9 são demonstrados os orçamentos levantados. Tabela 9 – Orçamentos Orçamentos Investimento (R$) Faturas Médias Anuais (R$) Retornos Médios Anuais (R$) Períodos (Anos) Demanda Mínima (kW) A 342.930,00 85.207,00 58.938,60 25 80 B 545.900,00 54.656,28 89.489,28 25 125 C 568.000,00 45.495,32 98.650,26 25 150 D 593.431,97 45.495,32 98.650,26 25 150 Fonte: elaborado pelo Autor (2018) No próximo capítulo serão abordados os cálculos referentes a análise da viabilidade econômica e financeira, levando em conta os dados do orçamento que a empresa Alpha irá escolher. 5.1 ANÁLISE ECONÔMICA E FINANCEIRA Referente aos cálculos da viabilidade econômica e financeira do projeto, neste capítulo serão realizados os seguintes: Payback, TIR, VPL, IL, VFL, VUL e a Análise de Sensibilidade, baseados na fundamentação teórica já abordada anteriormente. O projeto possui a previsão de 25 retornos médios anuais de R$ 89.489,28 cada, baseando-se na média anual da fatura energética da empresa e o valor que ainda será pago devido a demanda mínima, o número dos retornos corresponde ao tempo de vida das placas solares, no Gráfico 1 é exemplificado o fluxo de caixa do projeto. 21 Gráfico 1 – Fluxo de Caixa do Projeto Fonte: elaborado pelo Autor (2018) Para a realização cálculos citados anteriormente, será considerado uma taxa mínima requerida de 10% ao ano, que a empresa Alpha considera como uma taxa atrativa para o projeto, e um investimento de R$ 545.900,00 conforme o orçamento B, que foi o escolhido pela empresa de acordo com as suas questões particulares. 5.1.1 PAYBACK Primeiramente em um projeto de investimento, deve ser calculado o Payback, que possui dois métodos, o Simples, onde não são consideradas taxas por período, sendo um cálculo mais simples e não muito convencional entre o meio empresarial, a Tabela 10, irá exemplificar melhor. 22 Tabela 10 – Payback Simples Anos Capitais (R$) Saldo do Projeto (R$) 0 -545.900,00 -545.900,00 1 89.489,28 -456.410,72 2 89.489,28 -366.921,44 3 89.489,28 -277.432,16 4 89.489,28 -187.942,88 5 89.489,28 -98.453,60 6 89.489,28 -8.964,32 7 89.489,28 80.524,96 Fonte: elaborado pelo Autor (2018) Como demonstra a Tabela 10, conseguiremos ter um retorno do investimento no início do 7º ano do projeto, conforme cálculo e análise baseada no autor Brasil (2004), o qual, foi usado como base para que fosse chegado a este resultado demonstrado. Como o projeto tem duração de 25 anos, se presume que os 18 últimos anos, serão apenas de retornos positivos para a empresa, considerando-se que o projeto já estará pago. Para o método Descontado do Payback será aplicado a taxa de 10% como descrito anteriormente, é a taxa definida pela empresa, pois conforme Puccini (2011). Neste método, deve ser levado em consideração uma taxa de juros para o cálculo, para assim dar mais assertividade ao projeto e seu tempo de investimento. A Tabela 11 indicará os resultados deste método. 23 Tabela 11 – Payback Descontado Anos Valores (R$) Valor Presente das parcelas com 10% a.a. (R$) Valor Presente Líquido (VPL) acumulado (R$) 0 -545.900,00 -545.900,00 -545.900,00 1 89.489,28 81.353,89 -464.546,11 2 89.489,28 73.958,08 -390.588,03 3 89.489,28 67.234,62 -323.353,41 4 89.489,28 61.122,38 -262.231,02 5 89.489,28 55.565,80 -206.665,22 6 89.489,28 50.514,37 -156.150,86 7 89.489,28 45.922,15 -110.228,71 8 89.489,28 41.747,41 -68.481,30 9 89.489,28 37.952,19 -30.529,1110 89.489,28 34.501,99 3.972,89 Fonte: elaborado pelo Autor (2018) A Tabela 11 apresenta que o investimento obterá retorno positivo a partir do 10º ano do projeto, mesmo assim, continua sendo viável, pelo fato de ter outros 15 períodos em que o projeto já constará como pago. 5.1.2 Taxa Interna de Retorno – TIR A taxa interna de retorno, ou conhecida como TIR, é a definição da taxa que fará com que o VPL, que será visto em seguida, se torne zero, ou seja, pode ser considerado a taxa máxima para a viabilidade do projeto. VPL= -545.900 + 89.489,28 1+0,1599 + 89.489,28 (1+0,1599)2 +…+ 89.489,28 (1+0,1599)25 =0 (8) No projeto estudado, temos uma TIR de 15,99%, a qual demonstra que o projeto pode ser viável, conforme definição de Assaf Neto e Lima (2014). Calculado com base na ferramenta do Excel, esta taxa aplicada ao cálculo do Valor Presente Líquido, demonstra que o mesmo se tornará zero, conforme mostra a Equação (8). 24 5.1.3 Valor Presente Líquido – VPL O Valor Presente Líquido, que tem por finalidade definir o valor líquido total na data zero do projeto, e que neste projeto usou-se como referência a publicação da Universidade Luterana do Brasil - ULBRA (2010), para a resolução da Equação (9). VPL= -545.900 + 89.489,28 1+0,10 + 89.489,28 (1+0,10)2 +…+ 89.489,28 (1+0,10)25 = 266.397,78 (9) No presente projeto o VPL é de R$ 266.397,78 o que significa que o projeto será recuperado, remunerado com a taxa de juros de 10% ao ano e gerará um lucro extra na data zero igual ao valor citado anteriormente, sendo assim, o projeto pode ser aceito. 5.1.4 Índice de Lucratividade - IL Com base na exemplificação do Índice de Lucratividade de Lapponi (2007), em seguida o cálculo desenvolvido para que fosse encontrado o IL para o projeto em questão. IL= 812.297,78 545.900 =1,49 (10) Conforme ilustra a Equação (10), neste projeto o IL é de 1,49%, e que com base neste resultado, tendo o índice maior que um, isto significa que o projeto será recuperado, remunerado com a taxa mínima de 10% e o projeto gerará lucro, e também, este índice afirma que o VPL do projeto será maior que um, conforme já calculado anteriormente. 5.1.5 Valor Futuro Líquido - VFL Como cita Pereira (2014), o resultado do método do Valor Futuro Líquido é um valor monetário na data terminal do fluxo de caixa. E com base em sua fórmula, podemos saber o valor líquido total que o projeto terá ao seu término. VFL = -545.900 x 1,1025 + 89.489,28 x 1,1024 + … + 89.489,28 x1,100 = 2.886.341,56 (11) 25 Para este projeto o VFL é de R$ 2.886.341,56 o que significa que o projeto pode ser viável e deve ser praticado, pois, o seu valor é maior que zero, conforme cálculo da Equação (11) realizado para encontrar o valor citado. 5.1.6 Valor Uniforme Líquido - VUL Segundo citação de Linhares et al. (2013), o método do Valor Uniforme Líquido (VUL), tem por objetivo converter todo o fluxo de caixa em uma série de N capitais iguais e postecipados, distribuídos entre a data um e a data final do fluxo de caixa, diferentemente do VPL e VFL que são referentes à data inicial ou a data final, respectivamente. VUL = 2.886.341,56 x 0,10 (1+0,10) 25 -1 = 29.348,53 (12) O VUL deste projeto é de R$ 29.348,53 o que demonstra que o projeto pode ser viável e pode ser aceito, pois é maior que zero. A Equação (12) realizada baseando-se no autor anteriormente citado, e para este projeto, foi calculado o VUL com base no VFL do mesmo. 5.1.7 Análise de Sensibilidade A análise de sensibilidade tem como função realizar estimativas com variações dos acontecimentos, isto para ter certeza da decisão de investir, mesmo se as previsões futuras não se realizem como no planejamento inicial foi levantado, pois ninguém consegue ter total controle do futuro e de seus eventos, conforme a definição que o autor Lapponi (2007) contribui sobre o assunto. Para o presente projeto, serão analisados 3 possíveis cenários, o realista, que se baseia nos dados levantados, e já calculados, pois é o cenário que o estudo se baseia; o segundo cenário, é o pessimista, onde terá como alteração o investimento, de 10% a mais, e o terceiro cenário, é o mais pessimista, onde serão 20% a mais no investimento; a taxa, o período e os retornos, são os mesmos nos 3 cenários, apenas o investimento terá alteração, para caso ocorra alguma situação não planejada, ao qual, faça aumentar o seu valor, pois o orçamento pode sofrer alteração, com base em uma posterior análise técnica do fornecedor. 26 Em seguida na Tabela 12, são demostrados os 3 cenários descritos, com as suas respectivas variações nos investimentos, os seus VPL’s e também as TIR’s de cada cenário. Tabela 12 – Análise de Sensibilidade Dados Realista Pessimista – Redução de 10% Mais pessimista – Redução de 20% Investimento (R$) 545.900,00 600.490,00 655.080,00 Receitas (R$) 89.489,28 89.489,28 89.489,28 Períodos (Anos) 25 25 25 Taxa Requerida (%) 10 10 10 VPL (R$) 266.397,78 211.807,78 157.217,78 TIR (%) 15,99 14,39 13,02 Fonte: elaborado pelo Autor (2018) Analisando a Tabela acima, podemos ver que no cenário mais pessimista o VPL ainda se encontra positivo, com um valor de R$ 157.217,78, o qual demonstra que pode ser aceito o projeto de investimento. Outro fator que também demostra que o projeto poderá ser aceito, mesmo se o cenário mais pessimista se concretize, é a TIR, pois mostra que neste pior cenário, será de 13,02%, sendo assim, maior que a taxa requerida do projeto, e podendo ser aceito. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente pesquisa apresenta a análise da viabilidade econômica e financeira referente a implantação de um sistema fotovoltaico, em uma empresa de desenvolvimento de software na cidade de Novo Hamburgo – RS, para a geração de energia elétrica. Conforme os critérios estabelecidos, todos os cálculos foram positivos e rentáveis, tendo como VPL o valor de R$ 266.397,78 e um período para obter o retorno, de 10 anos, ficando assim, a cargo da empresa fazer o discernimento se é viável ou não, com base em seus parâmetros de avaliação. Com o desenvolvimento deste trabalho, pode ser apontado que o mesmo contribuiu para a ampliação dos conhecimentos do autor em estudos de viabilidade econômica e financeira de um projeto de investimento. Como também, e 27 principalmente, favoreceu o aprendizado dos referidos cálculos aqui presentes. Outros valiosos conhecimentos adquiridos, são os referentes a análise de energia elétrica, como a demanda mínima e o funcionamento de um sistema fotovoltaico, assuntos estes, que não são abordados durante a realização das aulas deste curso. Este trabalho se limitou apenas na viabilidade econômica e financeira, não abrangendo a questão técnica. A principal dificuldade encontrada foi a compreensão da fatura energética, essencialmente no conceito e funcionamento da demanda mínima. Para trabalhos futuros, é sugerida a análise da viabilidade técnica da implantação de um sistema fotovoltaico, tal como, as suas possíveis limitações, problemas e vantagens. Outra sugestão, é a análise de outras fontes alternativas para a geração de energia elétrica. REFERÊNCIAS ABREU FILHO, José Carlos Franco de; SOUZA, Cristóvão Pereira de; GONÇALVES, Danilo Amerio; CURY, Marcus Vinícius Quintella. Finanças Corporativas. 10ª Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008. AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL. Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST – Módulo 1 - Introdução. 3ª Edição, 2011. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/arquivos/pdf/modulo1_revisao_3.pdf>. Acesso em: 27 outubro 2018. ALVES, Dennys Lopes. Geração Solar Fotovoltaica - Conceitos Básicos. 2016. Disponível em: <https://docente.ifrn.edu.br/dennysalves/disciplinas/energia-solar- fv/apostila_geracao_solar_fv_0.9.1>.Acesso em: 20 setembro 2018. ASSAF NETO, Alexandre; LIMA, Fabiano Guasti. Fundamentos de administração financeira. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SOFTWARE - ABES. 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