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Ação_de_Destituição_do_Poder_Familiar_Cumulada_com_Adoção Camila Rassvetov

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE 
DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA ELISA, nacionalidade, profissão, estado civil, residente e domiciliada à Rua ..., São 
Paulo/SP, CEP..., neste ato representada por sua advogada abaixo assinada (procuração com 
endereço onde recebe as intimações em anexo), vem, à presença de Vossa Excelência, com 
fundamento no artigo 1.638, II do Código Civil (CC) e artigos 39 a 50 do Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), requerer 
 
AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR CUMULADA COM ADOÇÃO 
 
Em face de LETÍCIA, nacionalidade, profissão, estado civil, residente e domiciliada à Rua ..., 
CEP...,, pelos fatos e motivos que passa a expor. 
 
I. DOS FATOS 
 
1. Em 2018 a Ré entregou o menor Maurício, com aproximadamente 1 ano de idade à 
Autora pois viajaria à Bahia. 
 
2. Passaram-se 03 (três) anos e a Ré nunca deu notícias ou enviou contribuição para 
assegurar o sustento do menor e, na certidão de nascimento do menor, só consta o nome da 
Ré, sendo o pai desconhecido. 
 
3. Assim, a Autora obteve, por decisão judicial, a guarda legal do menor. 
 
4. A convivência diária criou entre a Autora e o menor um forte vínculo de amor e carinho, 
assumindo a Autora o papel de mãe, ressaltando-se que o menor também a chama de mãe. 
 
5. Dessa forma, a Autora requer o reconhecimento da destituição do poder familiar 
cumulada com adoção, visto que a genitora se manteve ausente da vida do menor sem qualquer 
justificativa e sem auxiliar em nada financeiramente a manutenção da sobrevivência do menor, 
bem como foi concedida judicialmente a guarda do menor. 
 
 
II. DO DIREITO 
 
a) Da Perda do Poder Familiar 
 
6. A Ré entregou o filho biológico à Autora há pelo menos 03 anos, vindo a autora conviver 
com a criança desde o um ano de idade, sem qualquer retorno da Ré, e abandono tanto afetivo 
quanto financeiro. 
 
7. O art. 1.638, inciso II do Código Civil é claro ao prever que cabe ao poder judiciário 
garantir a perda do poder familiar do pai ou mãe em caso de abandono: 
 
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: 
(...) 
II – deixar o filho em abandono; 
(...) 
 
8. Excelência, o vínculo com a mãe biológica cessou quando o menor ainda era um bebê, 
inexistindo qualquer tipo de vínculo ou contato posterior, motivando o presente pedido, visto 
que estão preenchidos os requisitos previstos nos artigos 39 a 50 do ECA. 
 
9. Diante destes fatos, considerando o vínculo materno e afetivo que a criança já construiu 
com a Autora, bem como a ausência da mãe biológica por anos, não sendo observados os 
deveres básicos da maternidade, requer seja apreciado o presente pedido, para ao final, 
conceder a adoção. 
 
 
b) Da Adoção 
 
10. Após decorrido o lapso de tempo de convivência a qual comprova a fixação de laços de 
afinidade e afetividade, e ausente qualquer constatação de má-fé ou qualquer das situações 
previstas nos arts. 237 ou 238 do ECA, devida a concessão à Autora da adoção definitiva, nos 
termos do art. 39, § 3º do ECA. 
 
11. A adoção busca suprir uma lacuna indispensável para o desenvolvimento saudável da 
criança: o desamparo familiar, razão pela qual deve ser alcançada sem entraves pelo judiciário. 
 
12. Não obstante, o direito da Autora vem primordialmente amparado nos princípios do 
ECA, pelo qual se busca a manutenção da integridade da criança, conforme dispõe o art. 43 do 
ECA: 
 
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o 
adotando e fundar-se em motivos legítimos. 
 
13. É sabido que a adoção é medida excepcional, mas no caso em tela, a mãe biológica 
abandonou a criança com 1 ano de idade e nunca mais retornou, tampouco forneceu a 
subsistência da criança, demonstrando que não dispõe de condições mínimas para o amparo e 
suporte necessário ao desenvolvimento saudável do menor. 
 
14. Por essas razões, requer-se a concessão da adoção à Autora, conforme arts. 39 a 50 do 
ECA. 
 
nacionalidade, profissão, estado civil, residente e domiciliada à Rua ..., São 
Paulo/SP, CEP..., 
III. DOS PEDIDOS 
 
15. Ante todo exposto, requer-se: 
 
a. A conceção do benefício da justiça gratuita, conforme art. 98 e art. 5º, LXXIV da 
CF; 
 
b. A citação da Ré por edital, conforme art. 256, II do CPC, para manifestar-se 
formalmente nos autos a sua concordância ou não com o pedido de adoção, conforme art. 45 
da Lei nº 8.069/90; 
 
c. Que seja determinada expedição dos ofícios IIRGD, Serasa, SPC, bem como 
acesse esse douto Juízo, via sistema INFOJUD e o cadastro da Receita Federal, como o escopo 
de se tentar obter o seu endereço atual, possibilitando a citação pessoal da Ré; 
 
d. Intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito, 
conforme art. 178, II do CPC; 
 
e. Que seja considerada procedente a presente ação para destituir o Poder 
Familiar decorrente da filiação biológica, a fim de que seja concedida a adoção do menor 
Maurício à Autora, expedindo-se os competentes mandados para o Cartório de Registro Civil 
desta Comarca, nos termos do art. 47, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.069/90, para fazer constar o nome 
da adotante, bem como de seus ascendentes, retirando-se o nome da Ré, constando 
expressamente que a averbação deve ser feita sem custas, em razão da gratuidade da justiça; 
 
f. Que a Ré seja condenada nas custas e honorários advocatícios decorrentes da 
presente ação. 
 
16. Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito, sendo assim, provará o que 
for necessário, usando todos os meios permitidos em direito, em especial a juntada de 
documentos (ora anexados), oitiva de testemunhas (rol anexo) e perícia social. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) apenas para efeitos fiscais. 
 
Termos em que pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogada 
OAB nº.../UF

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