Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE ......A QUEM COUBER POR DISTRIBUIÇÃO. O Sr. FERDINANDO ALVES CUNHA, nacionalidade, estado civil, profissão, RG Nº ....., CPF Nº ....., residente e domiciliado na rua ....., bairro ....., CEP ....., cidade ....., estado ....., e-mail .....@...., vem por intermédio do seu advogado, de acordo com o artigo 77, V do NCPC, subscrito endereço profissional a rua ....., endereço eletrônico advogado@....., com procuração anexa, de acordo com o artigo 105 do NCPC, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência com fulcro no artigo 319 e seguintes do NCPC e da Lei 13.105/2015, ajuizar AÇÃO DE DIVÓRCIO Em face da Sra. MARIA FERNANDES CUNHA , insc. No CNPJ XXXXX, nacionalidade, estado civil, profissão, RG Nº ...., CPF Nº ...., residente e domiciliado na rua ...., bairro ...., CEP ...., cidade ...., estado ...., e-mail ......@...., telefone .... e dos infantes AMANDA CUNHA (10 anos) e PEDRO CUNHA (05 anos), residentes no mesmo endereço da sua genitora, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados. I – DA TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA EM CARÁTER LIMINAR Tendo em vista se tratar de infantes, a condição hora prevista requer uma atenção especial para que não haja danos a formação pessoal dos menores envolvidos nos fatos, quanto a demora na resolução seja por qualquer tipo de ato processual, ou qualquer fato novo que aconteça e venha a dificultar a integração das crianças com a nova realidade familiar, causando riscos para os menores, sejam estes físicos, psicológicos ou sociais, tendo assim, ficado evidente a necessidade de priorizar a resolução das medidas a serem adotadas para que haja um convívio de forma pacificada entre os genitores e seus filhos. Conforme o art. 294 Parágrafo Único do NCPC dispõe em seu texto “A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental”. a) PERICULUM IN MORA Traduz-se, literalmente, como “perigo na demora”. Para o direito brasileiro, é o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução da ação principal. Portanto, juntamente com o fumus boni iuris, o periculum in mora é requisito indispensável para a proposição de medidas com caráter urgente (medidas cautelares, antecipação de tutela). A configuração do periculum in mora exige a demonstração de existência ou da possibilidade de ocorrer um dano jurídico ao direito da parte de obter uma tutela jurisdicional eficaz na ação principal. b) FUMUS BONI IURIS Traduz-se, literalmente, como “fumaça do bom direito”. É um sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Não há, portanto, a necessidade de provar a existência do direito, bastando a mera suposição de verossimilhança. Esse conceito ganha sentido especial nas medidas de caráter urgente, juntamente com o periculum in mora. II– DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO O AUTOR vem solicitar a realização de audiência de conciliação conforme o art. 334 do NCPC. III – DOS FATOS O AUTOR, narrou que se casou com a RÉ, sob o regime de comunhão parcial de bens, em 01/03/1990, e que da união nasceram os infantes AMANDA CUNHA (10 anos) e PEDRO CUNHA (05 anos). Explicou que o casal está separado de fato desde 19/03/2021 e, que não há qualquer possibilidade de conciliação. Desde que saiu da casa, onde morava com a família, o AUTOR tem contribuído informalmente, para o sustento dos filhos, com a quantia mensal correspondente a 01 (um) salário-mínimo e, deseja persistir realizando prestações com valor igual a este. Discorreu também, que a casa onde a RÉ reside com as crianças está avaliada em R$ 50.000,00 (cinquenta mil) reais e foi adquirida durante o casamento. O AUTOR tem renda de R$ 5.000,00 (cinco mil) reais mensalmente, trabalhando como farmacêutico; já a RÉ tem renda mensal de R$ 5.000,00 (cinco mil) reais, laborando como arquiteta. O AUTOR expressa o desejo de exercer o direito de convivência com seus filhos, semanalmente, sempre às quartas-feiras, como também levá-los de 15 em 15 dias para pernoitar no novo lar, bem como, passar metade das férias escolares com os menores e os feriados de maneira alternada. Sabendo da possibilidade do seu Direito o AUTOR vem a este juízo pleitear a satisfação na forma legal para que a resolução do caso seja eficaz. IV– DO DIREITO a) LEGITIMIDADE DO AUTOR A lesão tem o primeiro fundamento na CRFB em seu artigo 5º Inciso XXXV, quando expressa: “a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direitos.” Em seguida a dignidade da pessoa humana tem assegurada sua importância a ter observância em todo e qualquer ato, de acordo com o artigo 1º inciso III. Ocorre que o AUTOR tem o direito de exercer sua qualidade de pai de maneira que venha viabilizar a compensação pelos danos sofridos pelas crianças com a separação dos seus genitores, o AUTOR não omitindo-se de qualquer ação que venha a solucionar esses possíveis danos, vem tratar com agilidade sobre o bem-estar dos menores. A Lei 13.058, que passou a vigorar em 22 de dezembro de 2014, trouxe grandes e relevantes modificações no Código Civil 2002 no que tange à guarda e proteção da pessoa dos filhos. Uma das mais impactantes mudanças trazidas na lei supramencionada refere-se à questão da guarda dos filhos. A guarda compartilhada tomou o status de regra geral, e não mais a exceção quando há o rompimento do relacionamento entre os pais do menor. É de suma importância esclarecer que a guarda e o poder familiar não são sinônimos, contudo, ambos reservam direitos e deveres em relação aos menores. Definir guarda não é algo tão simples como aparenta ser em um primeiro olhar. A guarda está inserida tanto no Código Civil de 2002 quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente, conforme abaixo colacionados: Art. 33 da Lei 8.069/90 – ECA. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. Lei 10.406/02 – CC Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008 ) Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008). I – Requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer deles, em ação autônoma de separação, de divórcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). II – Decretada pelo juiz, em atenção a necessidades específicas do filho, ou em razão da distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe. (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008). O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. Art. 21 da Lei 8.069/90 – ECA. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores. Art. 1.630 da Lei 10.406/02 – CC 2002. b) DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES O AUTOR declarou que o casal adquiriu um imóvel (casa), avaliada em R$ 50.000,00 (cinquenta mil) reais na constância do casamento, tendo assim, o direito de meação do bem adquirido, o seu direito está fundamento conforme os art. 1658 e 1660 incisos I e V do CC. Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. Art. 1.660. Entram na comunhão: I – Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; V – Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância docasamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. V - DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, que se digne em: a) Determinar a citação da RÉ nos endereços supracitados, na pessoa do seu representante legal de acordo com os artigos 238 e 239 do NCPC, sob pena de revelia; b) A homologação do divórcio; c) Que seja concedido o pedido liminar, conforme o art. art. 294 Parágrafo Único do NCPC; d) Determinar a realização da audiência de Conciliação; e) Que julgue procedente os pedidos do AUTOR quanto a guarda dos menores, como também ratificar o valor do alimento ofertado por esse de forma voluntária; f) Que seja realizada a divisão do imóvel do montante de 50.000,00 (cinquenta mil) reais, cabendo 25.000,00 (vinte e cinco mil) reais para cada uma das partes; g) A condenação da RÉ, em caso de não consenso, ao pagamento por honorários advocatícios sucumbenciais. VI – DOS MEIOS DE PROVAS Protesta provar por provas documental, testemunhal, depoimentos e por todos os meios de provas admitidos em direito conforme art. 369 e seguintes do NCPC. VII – DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) de acordo com art. 292 do NCPC. Nestes termos. Pede deferimento. Local e data Advogado OAB/UF
Compartilhar