Histologia - sistema linfático e circulatório

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ELLEN CRISTINA CORDEIRO LIMA
HELLEN ANAÍDH DE OLIVEIRA
INGRID VITORIA DO E. S. AMAZONAS
JOÃO VICTOR ARAÚJO RODRIGUES
LUANA TAYNARA SOUSA RAMOS
MARIANA MARTINS DE SOUZA
Histologia:
Sistemas: Linfático e Circulatório
Trabalho apresentado ao curso de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba, como requisito para obtenção de nota na Unidade II do 1º período da Graduação. 
Profa. Dra. Roberta Monique A. de Carvalho
CAMPINA GRANDE, PB
2022
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	SISTEMA LINFÁTICO	5
2.1 FUNÇÃO	5
2.2 COMPONENTES	5
2.3 FUNCIONAMENTO	6
2.4 IMPORTÂNCIA	6
2.5 CURIOSIDADES SOBRE O SISTEMA LINFÁTICO	6
2.6 IMUNIDADE CELULAR E RESPOSTA IMUNITÁRIA	7
2.7 ÓRGÃOS PRIMÁRIOS	7
2.8 ÓRGÃOS SECUNDÁRIOS	9
 2.9 DOENÇAS QUE AFETAM O SISTEMA LINFÁTICO	12
3.	SISTEMA CIRCULATÓRIO	12
3.1 COMPONENTES	13
3.2 PEQUENA CIRCULAÇÃO	15
3.3 GRANDE CIRCULAÇÃO	16
3.4 SISTEMA CIRCULATÓRIO ABERTO	16
3.5 SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHADO	16
4.	CONCLUSÃO	17
5.	REFERÊNCIAS	18
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo trazer explicações acerca dos Sistemas: Linfático e Circulatório, visando discutir sua importância, funções, componentes, funcionamento, entre outras informações que foram abordadas no decorrer deste trabalho. Na primeira parte do trabalho vemos informações sobre o Sistema Linfático, sistema de defesa do organismo, formado pelos linfonodos. Ele também possui outras funções: proteção de células imunes e absorção dos ácidos graxos e no equilíbrio dos líquidos nos tecidos. Posteriormente, o Sistema Circulatório foi abordado, sendo formado pelos vasos sanguíneos e coração, tem como função transportar oxigênio e nutrientes para o corpo. 
2. SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é uma rede de vasos e órgãos especializados presentes no corpo humano, considerado parte dos sistemas circulatório e imune.
2.1 FUNÇÃO
Sua função principal é realizar o transporte da linfa e outras substâncias importantes que saíram dos capilares e se acumularam nos tecidos, e trazê-las de volta para a corrente sanguínea, atuando como complemento dos vasos sanguíneos. Desta forma proporciona a regulação da quantidade de líquido no organismo, ou seja, mantém estável o balanço hídrico. Outra função importante do sistema linfático é a filtração dos patógenos presentes no sangue, atuando na defesa contra infecções, além de participar no transporte de grandes moléculas.
Os órgãos linfoides compõem o sistema imunológico, e sua resposta imunológica, ou mecanismos de defesa, são muito importantes na proteção do corpo contra patógenos e antígenos. Por isso, o sistema se estende por todo o corpo. Além disso, também é responsável por absorver lipídios no intestino para a linfa intestinal.
2.2 COMPONENTES
Além dos órgãos linfoides primários e secundários, que serão abordados posteriormente neste trabalho, o sistema linfático também é constituído por:
- Capilares linfáticos: menores vasos condutores do sistema linfático. Se originam no tecido conjuntivo como microscópicos vasos de fundo cego, que se unem, formando vasos maiores, os vasos linfáticos. Apresentam uma única camada de células endoteliais.
- Vasos linfáticos: canais, distribuídos pelo organismo que transportam a linfa na corrente sanguínea. Possuem valvas que garantem o fluxo da linfa em um único sentido. A movimentação da linfa ocorre graças às forças externas que agem sobre as paredes dos vasos. Entre cada valva dos vasos linfáticos, é possível perceber uma dilatação.
- Ductos linfáticos (ducto torácico e ducto linfático direito): São grandes canais linfáticos, conhecidos como duto linfático esquerdo e duto linfático direito, onde os vasos linfáticos esvaziam a linfa, já filtrada. Esses dutos se conectam ao coração, por onde a linfa passa antes de retornar para a corrente sanguínea.
- Linfonodos: são órgãos linfoides secundários distribuídos por todo o corpo, agrupados de acordo com a região do corpo em que eles se encontram. Possuem linfócitos e outras células imunes. Servem como um ponto de filtração da linfa que vai ser drenada no sistema venoso.
	O líquido que circula pelos vasos linfáticos é chamado de linfa. É um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue, contudo não possui hemácias. Por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso. A linfa é responsável pela eliminação das impurezas, e nela há grande presença de leucócitos, que atuam na defesa do nosso corpo. É produzida pelo intestino delgado e fígado. Seu transporte é feito pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada no sangue.
2.3 FUNCIONAMENTO
O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e elementos do organismo. Por isso, ele consegue alcançar todas as partes do corpo para desempenhar seus papéis de filtração. 
- Defesa do organismo: Nos linfonodos, micro-organismos e partículas estranhas são destruídos pela ação do sistema imunológico. Nesses locais há a ação de macrófagos, que fagocitam partículas estranhas e ativam linfócitos. 
- Circulação da linfa e equilíbrio hídrico: a linfa se movimenta de forma lenta e com baixa pressão, pois depende da compressão dos movimentos dos músculos para pressionar o líquido. O fluido é transportado para os vasos linfáticos e se acumulam no ducto linfático direito e no ducto torácico, que percorre para o resto do corpo.
2.4 IMPORTÂNCIA
Os capilares sanguíneos perdem para os tecidos circundantes uma grande quantidade de líquido e até uma pequena porção de proteínas. Geralmente, a saída de líquidos é maior do que sua absorção. Desse modo, a rede de canais interligados do sistema linfático é essencial para a retirada e devolução do líquido e das proteínas ao sangue, promovendo a manutenção da homeostase. Este também possui suma importância no sistema de defesa do organismo e na absorção dos ácidos graxos.
2.5 CURIOSIDADES SOBRE O SISTEMA LINFÁTICO
· Algumas doenças associadas ao sistema linfático são amenizadas com o tratamento da drenagem linfática (técnica de massagem que estimula e potencializa o funcionamento do sistema linfático);
· No corpo humano, a linfa é mais abundante do que o sangue.
· Quando a quantidade de líquido nos tecidos ultrapassa a capacidade do sistema linfático de garantir o retorno dele à circulação, provoca o que chamamos de edema. 
· Os linfonodos, quando ocorrem determinadas infecções, aumentam de tamanho e podem ser percebidos facilmente sob a pele.
· O sistema linfático inicia o seu desenvolvimento no embrião, no final da sexta semana, cerca de duas semanas após serem reconhecidos os primórdios do sistema cardiovascular.
2.6 IMUNIDADE CELULAR E RESPOSTA IMUNITÁRIA
Os dois principais componentes celulares do sistema imunológico são os linfócitos e as células acessórias. Os linfócitos incluem dois grupos principais de células: os linfócitos B e linfócitos T, que participam de respostas imunológicas diferentes.
As células acessórias incluem dois tipos celulares derivados dos monócitos: os macrófagos e as células dendríticas. Exemplo: célula de Langerhans, encontrada na epiderme da pele.
- Imunidade celular: células imunocompetentes reagem e matam células que exibem na superfície moléculas estranhas, como bactérias, células transplantadas, células malignas (cancerosas) e células infectadas por vírus.
- Imunidade humoral ou adquirida: depende de glicoproteínas circulantes no sangue e outros líquidos, chamadas anticorpos. Os anticorpos neutralizam moléculas estranhas e participam da destruição de células que contêm estas moléculas. São produzidas pelos plasmócitos, células originadas dos linfócitos B.
- Linfócitos T e B: os linfócitos B tem como receptores as imunoglobulinas e nos linfócitos T são moléculas chamadas TCR (T-Cell Receptors). As células precursoras dos linfócitos se originam na medula óssea fetal e continuam proliferando na medula, durante a vida pós-natal.
A diferenciação em células imunocompetentes tem lugar na medula óssea e no timo, que são órgãos linfoides primários ou centrais. Os linfócitos B se originam na medula óssea vermelha, sãotransportados para o sangue e vão instalar-se nos órgãos linfoides exceto o timo. Quando ativados por antígeno, proliferam e se diferenciam em plasmócitos, que são as células produtoras de anticorpos. As células B representam 5- 10% dos linfócitos do sangue. Os linfócitos T representam 65-75% dos linfócitos do sangue. Seus precursores originam da medula óssea vermelha, são levados pelo sangue e retidos no timo, onde proliferam e se diferenciam em linfócitos T que, novamente carregados pelo sangue, vão ocupar áreas definidas nos outros órgãos linfáticos.
2.7 ÓRGÃOS PRIMÁRIOS
2.7.1 TIMO 
O timo é um órgão linfo-epitelial situado no mediastino, atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do coração. Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado por uma parte periférica denominada zona cortical, que envolve a parte central mais clara, a zona medular. A zona cortical cora-se mais fortemente pela hematoxilina, por possuir maior concentração de linfócitos. A região cortical e medular possuem os mesmos tipos celulares, porém em proporções diferentes. As células mais abundantes do timo são os linfócitos T, em diversos estágios de maturação, e as células reticulares epiteliais. Além dos linfócitos T e das células reticulares epiteliais, o timo possui macrófagos, principalmente na cortical.
O timo é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo, da qual se originam septos que penetram no tecido e dividem a glândula em lóbulos incompletos. Cada lóbulo possui uma zona periférica escura, o córtex e uma zona mais clara no meio, a medula. A cápsula é formada por uma camada interna e uma externa de fibras reticulares e colágenas e os linfócitos são encontrados entre elas.
O órgão tem uma dupla origem embrionária. O epitélio do timo se desenvolve durante a sexta semana de gestação, originando-se do epitélio diverticular ventral da terceira bolsa faríngea, juntamente com a glândula tireoide e paratireoide. Durante a oitava semana de gestação o timo desce e chega até sua posição final no mediastino ântero superior e se funde com a porção contra lateral. O crescimento e desenvolvimento do timo continua até a puberdade.
É um local de formação e de seleção de linfócitos T. Durante este processo, os linfócitos proliferam ativamente, passando por diversos ciclos mitóticos. No entanto, mais de 95% dos linfócitos formados são eliminados por apoptose. São eliminados os linfócitos que não reagem a antígenos e os que reagem a antígenos do próprio organismo (auto antígenos). Quando persistem linfócitos T que reagem com autoantígenos, eles causam as doenças autoimunes.
Existem dois tipos celulares diferentes dentro do timo: as células linfoides (timócitos) e as células retículo-epiteliais.
2.7.2 MEDULA ÓSSEA
É uma substância com a consistência semelhante à de uma gelatina, a medula óssea é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. A medula óssea compõe cerca de 4 - 5% do peso corporal total de um indivíduo. Apesar de ser considerado um sistema de “baixo peso”, têm um papel bem importante, já que é responsável por produzir plaquetas, linfócitos, eritrócitos, granulócitos e monócitos.
A medula tem duas principais funções. Uma delas é produzir células sanguíneas e a outra é armazenar gordura. Como resultado, existem dois tipos de medulas ósseas no organismo:
- A medula óssea vermelha, altamente vascularizada, hematopoeiticamente ativa. É o local de origem dos linfócitos B e T derivados de uma célula tronco linfoide. Os linfócitos B amadurecem na medula óssea. No recém-nascido, toda medula óssea é vermelha, e, portanto, ativa na produção de células do sangue.
- A medula óssea amarela, rica em gordura, que tem um número significativamente menor de centros hematopoiéticos e mais adipócitos. Com o avanço da idade, porém, a maior parte da medula óssea transforma-se na variedade amarela, existindo a medula vermelha no adulto apenas no esterno, vértebras, costelas, ossos do crânio e, nas epífises proximais do fêmur e do úmero. Em certos casos, como nas hemorragias, a medula óssea amarela se transforma em medula vermelha quando a produção de células sanguíneas precisa ser aumentada, como, por exemplo, nas hemorragias extensas ou repetidas. Tanto na medula óssea vermelha como na amarela existem nódulos linfáticos, que são acúmulos de linfócitos.
2.8 ÓRGÃOS SECUNDÁRIOS 
Os Órgãos linfoides secundários são os locais onde os linfócitos são mais encontrados, exercendo funções como reconhecimento de antígenos e respostas imunitárias. 
2.8.1 LINFONODOS
Os linfonodos, também chamados de gânglios linfáticos, são pequenos órgãos encapsulados constituídos de tecido linfoide que são encontrados pelo nosso organismo, sempre na direção dos vasos linfáticos. Podem ser encontrados nas axilas, pescoço, virilha, na região do torácica e abdominal, especialmente no mesentério. Geralmente têm forma semelhante a de um feijão ou um rim, composto por uma face achatada, onde se encontra o hilo, e outra convexa. Sua principal função é filtrar a linfa, para remoção de partículas indesejadas antes que a linfa volte para o sistema circulatório do sangue, além da produção e manutenção dos linfócitos B e armazenação dos linfócitos T. 
A circulação da linfa é unidirecional, ela passa nos linfonodos penetrando os vasos aferentes do órgão, que impedem o refluxo da linfa, e sai pelos vasos eferentes do hilo. O linfonodo possui uma cápsula envoltória composta por tecido conjuntivo denso que envia trabéculas para o seu interior. O parênquima divide-se em córtex e medula. A região cortical é formada por tecido linfoide frouxo e por folículos linfáticos, que podem desenvolver centros germinativos na sua parte interna. Já a região medular se constitui de cordões medulares, compostos por macrófagos, plasmócitos e linfócitos B.
Algumas doenças que atingem os linfonodos são: alterações reacionais (aumento do tamanho dos linfonodos), infecções (bacterianas, fúngicas, virais; ex: tuberculose ganglionar) e tumores (linfoma). 
Figura 1: Corte Histológico de um Linfonodo
Corte de linfonodo recoberto pela cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado (TC), que emite trabéculas para o interior. Na zona cortical superficial, há o seio subcapsular (S), os seios peritrabeculares (P) e os nódulos linfáticos. Subjacente há a zona paracortical (ZP), sem nódulos linfáticos, e a zona medular (ZM), onde são vistos os cordões medulares (cm) e os seios medulares (sm).
2.8.2 BAÇO
O baço é o maior órgão secundário do corpo, nele o tecido linfoide se concentra em maior quantidade. Além disso, é o único órgão linfático que participa da circulação sanguínea. Possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, que lança trabéculas divisoras do parênquima em seções incompletas. Essa zona tem papel na “filtragem” do sangue e no início da resposta imunitária. Na superfície medial do baço se encontra um hilo, pelo qual nervos e artérias atravessam. Quando observado a olho nu, vê-se pontos esbranquiçados, os nódulos linfáticos que formam a polpa branca, entre esses nódulos se encontra um tecido vermelho rico em sangue, que confere à polpa vermelha. 
- Polpa Vermelha: formada por alongadas estruturas, os cordões de Billroth, que entre elas se situa os sinusóides. É responsável por destruir hemácias senis, e armazena células de defesa, que são liberadas na circulação sanguínea quando preciso. 
- Polpa Branca: formada por tecido linfoide, nela os linfócitos são produzidos e armazenados. É o componente imunológico do baço, que inclui a bainha linfoide periarterial de linfócitos T e os nódulos linfoides, envolvidas por linfócitos B.
Devido aos linfócitos T e B, o baço é importante na defesa imunológica. Assim como os linfonodos filtram a linfa, o órgão filtra o sangue. Seus macrófagos são os mais ativos na fagocitose de partículas e microrganismos que penetram no sangue.
Figura 2: Corte Histológico do Baço
Corte de baço, onde podem ser observadas a polpa branca, que consiste em nódulos linfáticos, e a polpavermelha, onde o tecido linfoide forma os cordões esplênicos. Entre estes, há os capilares sinusóides. No nódulo linfático, a arteríola central é apontada.
2.8.3 TECIDO LINFÁTICO ASSOCIADO ÀS MUCOSAS (MALT)
Ficam localizados no trato digestivo, respiratório e genito-urinário. Para proteção do organismo existem os nódulos linfáticos, que estão associados ao tecido linfático difuso localizados na mucosa e na submucosa desses tratos. Em certos pontos do corpo, esses tecidos se arranjam em órgãos bem estruturados, como as placas de Peyer do intestino delgado e as tonsilas. O tecido linfático das mucosas é denominado de MALT (Mucosa Associated Lymphatic Tissue).
2.8.4 TONSILAS
Formadas por tecido linfoide nodular sob o epitélio da cavidade oral e da faringe, que guardam o organismo contra antígenos. Como resposta imunitária, ocorre uma proliferação de linfócitos B e distinção em plasmócitos, que produzem imunoglobulinas. A distinção entre os tipos de tonsilas é feita de acordo com a sua localização: 
- Tonsilas Linguais: situam-se no terço posterior da língua, possuem pequeno diâmetro e são encontradas em grande quantidade. São envolvidas por epitélio estratificado pavimentoso, formando uma cripta em cada tonsila. 
- Tonsilas Palatinas: são duas estruturas de forma redondas encontradas na parede lateral da orofaringe. Seu epitélio pavimentoso estratificado possui invaginações epiteliais permitindo a penetração profunda no parênquima, que forma as criptas e paredes com diversos folículos linfoides, com centro germinativo. Nas criptas, pode se ter o acúmulo de células epiteliais descamadas, bactérias e linfócitos. Esses acúmulos podem aparecer nas amigdalites como pontos purulentos.
- Tonsila Faríngea: também chamada de adenoides, localiza-se no teto da nasofaringe. Não possui criptas, mas sim dobras onde saem os ductos de glândulas seromucosas. É recoberta pelo epitélio das vias respiratórias.
2.9 DOENÇAS QUE AFETAM O SISTEMA LINFÁTICO 
· Linfedema: é uma doença crônica que ocorre quando a fatores diversos. Se manifesta com um edema que atinge os braços ou pernas, mas pode acometer outras regiões do corpo. O linfedema é classificado em primário, quando se origina de algo desconhecido, e secundário, quando advém de algum trauma, cirurgias, infecção ou radioterapia.
· Elefantíase: é uma doença que tem como causa a picada do mosquito Cúlex, um parasita. A enfermidade acarreta uma inflamação dos vasos linfáticos, levando a linfa a ficar acumulada nos membros inferiores. 
· Linfoma e leucemia: são dois tipos de câncer que são originados de células fluem pela circulação sanguínea e pelo sistema linfático.
· Metástase: esse termo significa que o tumor se espalhou para outros órgãos, e alguns cânceres (pulmão, mama, intestino) necessitam do sistema linfático para isso.
3. SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório, também chamado de sistema cardiovascular, é o responsável pelo transporte de sangue, oxigênio e nutrientes para todo o corpo humano. Ele é formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos (veias, artérias e capilares).
3.1 COMPONENTES 
3.1.1 SANGUE
É um fluído produzido na medula óssea, composto por plaquetas, hemácias e leucócitos que ficam dispersas no plasma. O sangue é levado a todas as regiões do corpo no interior de artérias, veias e capilares sanguíneos. O sangue é tecido vivo e no corpo de um adulto circulam, em média, 5 litros, variando de acordo com o peso. Compõe-se de uma parte líquida (plasma), constituída por água, sais, vitaminas, e fatores de coagulação, na qual estão misturadas as partes sólidas: hemácias, leucócitos e plaquetas.
As plaquetas são células que participam do processo de coagulação. Elas têm vida curta e circulam na proporção de 150 a 400 mil por milímetro cúbico de sangue. Sua função mais importante é a de auxiliar na interrupção dos sangramentos.
Os leucócitos são glóbulos brancos. Seu número varia de 5 a 10 mil por milímetro cúbico de sangue e sua vida é curta. Possuem formas e funções diversas, sempre ligadas à defesa do organismo contra a presença de elementos estranhos a ele, como por exemplo, as bactérias.
As hemácias são glóbulos vermelhos do sangue. Cada hemácia tem vida média de 120 dias no organismo, onde existem em torno de 4.500.000 delas por milímetro cúbico de sangue. A sua função é transportar o oxigênio dos pulmões para as células de todo o organismo e eliminar o gás carbônico das células, transportando-o para os pulmões.
O plasma é um líquido amarelo claro que representa 55% do volume total de sangue. Ele é constituído por 90% de água, onde se encontram dissolvidos proteínas, açúcares, gorduras e sais minerais. Através do plasma circulam, por exemplo, elementos nutritivos necessários à vida das células.
3.1.2 CORAÇÃO
O coração é um órgão muscular oco que representa a parte central do sistema circulatório. Ele mede cerca de 12 cm de comprimento e 9 cm de largura. Pesa, em média, de 250 a 300 g nos adultos.
As principais estruturas do coração são: 
• Pericárdio: é uma camada de tecido conectivo (conjuntivo fibroso), serosa que reveste o exterior do coração.
• Epicárdio: é a camada de tecido conjuntivo frouxo e recoberto por células mesoteliais;
• Endocárdio: membrana que reveste o interior do coração, formada por camada de células endoteliais pavomentosas simples, entre o endocárdio e o miocárdio tem a camada subendocardial, formada de tecido conjuntivo que nutre as camadas da endotelial, é nessa camada que encontramos as fibras de purkinje, são células musculares que deixam de realizar contração cardíacas e passam a enviar impulsos elétricos que permite a contrações cardíacas sincronizadas;
• Miocárdio: desenvolve a partir do mesoderma durante o período embrionário, é um músculo situado entre o pericárdio e o endocárdio responsável pelas contrações do coração, composto por tecido muscular estriado cardíaco, os músculos são unidos por discos intercalares; 
• Átrios: cavidades superiores por onde o sangue chega ao coração;
• Átrio direito: O sangue chega através das veias cavas; 
• Átrio esquerdo: O sangue chega através das veias pulmonares;
• Ventrículos: cavidades inferiores por onde o sangue sai do coração; 
• Ventrículo direito: O sangue é impulsionado para a artéria pulmonar e direcionado aos pulmões; 
• Ventrículo esquerdo: O sangue é impulsionado para a artéria aorta que transporta para o resto do corpo;
• Válvula tricúspide: impede o refluxo de sangue do átrio direito para o ventrículo direito; 
• Válvula mitral: impede o refluxo de sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo.
O ciclo cardíaco é um conjunto de atividades que ocorre entre o início de um batimento até o próximo. Este ciclo se inicia pelo regulamento do nó sinusal (ou nodo sinusal), localizado na parte superior do coração no átrio direito (AD). O potencial de ação começa neste ponto para os dois átrios e depois vai para os ventrículos através do feixe atrioventricular, originando o ciclo e começando a circulação sanguínea.
· Sístole:
A sístole é o período de contração muscular do coração. Nesse período do ciclo cardíaco as válvulas pulmonar e aórtica são abertas e o sangue é ejetado rapidamente do ventrículo esquerdo para a aorta e, do ventrículo direito para a artéria pulmonar. No período de ejeção, com as válvulas aórtica e pulmonar abertas, a pressão entre o ventrículo e a artéria correspondente são iguais. A principal função da sístole é bombear o sangue quando o coração está contraído de modo que passe da aorta para a artéria pulmonar.
· Diástole:
Diástole é o período de relaxamento do coração. O sangue entra na aurícula direita e na aurícula esquerda, vindo, respectivamente, das veias cavas (superior e inferior) e das veias pulmonares. Nesta fase, as válvulas tricúspide e bicúspide encontram-se abertas, permitindo, assim, a entrada passiva de sangue das aurículas para os ventrículos. As válvulas semilunares encontram-se fechadas, o que impede a saída de sangue do coração. Durante o ciclo cardíaco o coração produz os batimentos, que podem ser ouvidos com o estetoscópio.O primeiro batimento corresponde marca o início da sístole e o segundo marca o início da diástole.
3.1.3 VASOS SANGUÍNEOS, ARTÉRIAS, VEIAS E CAPILARES
· Vasos sanguíneos- São tubos distribuídos por todo o corpo, por onde circula o sangue são formados por uma rede de artérias e veias que se ramificam formando os capilares.
· Artérias- São vasos que saem do coração e transportam o sangue rico em oxigênio para órgãos e tecidos. A parede da artéria é espessa, formado de tecido muscular e elástico, que suporta a pressão do sangue. 
Artérias elásticas possuem as três túnicas: 
- Túnica íntima- composta por endotélio é uma fina camada de fibras elásticas;
- Túnica média- formada por tecido muscular liso e fibras elásticas, para que sejam geradas flexionasse e resistência à pressão; 
- Túnica adventícia- formada por tecido conjuntivo frouxo que nutrem os capilares.
· Veias- São vasos que transportam o sangue de volta dos tecidos do corpo para o coração. Suas paredes são mais finas que as artérias. 
- Túnica íntima- apresenta normalmente uma camada subendotelial fina, composta por tecido conjuntivo, que muitas vezes pode estar ausente, túnica média, consiste em pequenas células musculares lisas entremeadas com fibras reticulares, nas veias as túnicas adventícias são as mais desenvolvidas e a mais espessa.
· Capilares- São ramificações de artérias e veias, suas paredes apresentam uma camada de células endoteliais, que permite a troca de substâncias entre o sangue e as células. Os capilares se ligam as veias levando o sangue de volta ao coração.
3.2 PEQUENA CIRCULAÇÃO
A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração. 
· Trajeto da pequena circulação 
O sangue chega ao átrio direito através das veias cava inferior e superior, ele passa pelo ventrículo direito, é impulsionada por este e sai do coração pelas artérias pulmonares que se divide em duas artérias, e cada uma se dirige a um pulmão. Dentro dos pulmões as artérias vão se dividindo em artérias cada vez menores, até chegarem a capilares que estão em contato com os alvéolos pulmonares. O sangue chega por este caminho a um alvéolo pulmonar, no alvéolo ele libera o dióxido de carbono que transportava e capta o oxigênio. Os capilares que saem dos alvéolos vão se desembocando em veias e estás em veias maiores. Assim o sangue regressa ao coração por uma das quatro veias pulmonares, as veias pulmonares desembocam no átrio esquerdo, passa pelo ventrículo esquerdo, é impulsionada para aorta e inicia-se a grande circulação.
3.3 GRANDE CIRCULAÇÃO
A circulação sistêmica ou grande circulação é um processo em que o sangue é levado do coração até os tecidos e, após isso, é levado novamente para o coração. Essa circulação tem início quando o sangue sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta.
Na grande circulação, o sangue do ventrículo esquerdo vai para todo o organismo, por intermédio da artéria aorta, e retorna até o átrio direito do coração, pelas veias cava. 
É uma circulação que se caracteriza pela seguinte dinâmica: coração-tecido-coração, entre o ventrículo esquerdo e o átrio direito do coração.
Da artéria aorta, partem ramos que irão irrigar o corpo inteiro. Nos capilares sanguíneos, irá ocorrer trocas gasosas com células do tecido, após isso, o sangue irá se tornar rico em gás carbônico. Após ocorrer essas trocas gasosas, o sangue é coletado pelas vênulas que levam o sangue até as veias cavas superior e inferior.
3.4 SISTEMA CIRCULATÓRIO ABERTO
É aquele tipo de sistema em que o fluido sanguíneo, também chamado de hemolinfa, circula também fora de vasos, caindo em cavidades e lacunas entre os órgãos. Nessas lacunas o sangue encontra-se diretamente com as células, realiza as trocas de substâncias e retorna ao coração. Artrópodes e alguns moluscos apresentam esse tipo de sistema circulatório.
3.5 SISTEMA CIRCULATÓRIO FECHADO 
Nesse tipo de sistema o sangue fica apenas dentro dos vasos sanguíneos. É um tipo mais eficiente quando comparado ao aberto, uma vez que a velocidade de transporte é superior graças à pressão. Nesse sistema é possível observar artérias, arteríolas, veias, vênulas e capilares. Esses últimos são os locais onde ocorrem as trocas de substâncias
4. CONCLUSÃO
No trabalho foram abordados os Sistemas: Linfático e Circulatório, visando discutir sua importância, funções, componentes, funcionamento, entre outras informações que foram abordadas no decorrer deste trabalho. Concluímos então como esses sistemas são importantes, e como seu funcionamento é essencial a vida. Este trabalho foi essencial uma maior compreensão sobre o tema, sendo importante para a nossa formação profissional, trazendo maior competência como profissionais de enfermagem. 
5. REFERÊNCIAS
BACHETTINI, Paula S V. Sistema Linfático (Órgãos linfóides). Pelotas, 11 jul. 2022. Disponível em: https://medicina.ucpel.edu.br/atlas/sistemas/linfatico/. Acesso em: 10 jul. 2022.
CARMO, Lívia Lourenço. Sistema linfático. [S. l.], 7 jul. 2022. Disponível em: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-linftico. Acesso em: 10 jul. 2022.
MONTANARI, TATIANA. Sistema Linfático. In: MONTANARI, TATIANA. HISTOLOGIA: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3. ed. rev. Porto Alegre: [s. n.], 2016. cap. Capítulo 7, p. 119-126. Disponível em: https://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/7Linfat.pdf. Acesso em: 11 jul. 2022.
Pequena circulação, grande circulação. Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 10/07/2022 às 15:16. Disponível em: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/circulacao3.php
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