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UNIVERSIDADE PAULISTA HELYNA VELINA OLIVEIRA LEITE – RA 2081189 MIRIÃ GALLINDO – RA 0564148 RENASCER CONSTRUÇÕES ELÉTRICAS PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM V BIRIGUI-SP 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA HELYNA VELINA OLIVEIRA LEITE – RA 2081189 MIRIÃ GALLINDO – RA 0564148 RENASCER CONSTRUÇÕES ELÉTRICAS PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM V Projeto Integrado Multidisciplinar V para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Mauro Trubbianelli BIRIGUI-SP 2021 RESUMO O Projeto Integrado Multidisciplinar V foi elaborado a partir de uma pesquisa realizada na empresa RENASCER CONSTRUÇÕES ELÉTRICAS, que é referência no segmento de prestação de serviço de construção e manutenção em rede de distribuição elétrica. O trabalho tem por objetivo descrever e desenvolver as disciplinas estudadas como: Avaliação de desempenho, matemática financeira e administração de cargos e salários. Foram usados métodos de pesquisa por meio de levantamentos dos dados colhidos da empresa, de forma que as informações obtidas cruzem com os conteúdos das disciplinas, afim de alcançar o objetivo. PALAVRAS-CHAVES: Empresa; Avaliação de Desempenho; Matemática Financeira; Administração de cargos e salários. ABSTRACT The Integrated Multidisciplinary Project was developed based on a survey conducted at the company RENASCER CONSTRUÇÕES ELÉTRICAS, which is a reference in any segment of the provision of construction and maintenance services in the electrical distribution network. The work aims to design and develop as subjects studied such as: Performance evaluation, financial mathematics and management of loads and wages. Research methods were used through surveys of the data collected from the company, so that the information crosses with the contents of the disciplines, in order to achieve the objective. KEYWORDS: Company; Performance evaluation; Financial math; Administration of positions and salaries. FIGURAS FIGURA 1 – A FORMULAÇÃO ESTRATÉGICAS .............................................................03 FIGURA 2 – MUDANÇAS NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ...................................06 FIGURA 3 – MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE CARGO ....................................................20 GRÁFICOS GRÁFICO 1 – ESCALA GRÁFICA (EXEMPLO) ................................................................07 GRÁFICO 2 – PROCESSO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO (EXEMPLO) .............11 GRÁFICO 3 – SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE ..........................................15 GRÁFICO 4 – SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS ................................................16 GRÁFICO 5 – SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO ..........................................17 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................01 2. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ............................................................................................................02 2.1 ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO .............................................................................................03 2.1.1 ANÁLISE DO AMBIEMTE ORGANIZACIONAL ........................................................03 2.1.2 ESCOLHA DO OBJETO DE AVALIAÇÃO ...................................................................04 2.1.3 ESCOLHA DO RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO .................................................04 2.1.4 ESCOLLHA DA METODOLOGIA A SER UTILIZADA NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO ...............................................................................................................................................................04 2.1.5 IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO ..................................................05 2.2 MÉTODOS E TIPOS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO .................................................05 2.3 ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO ..............................................................................10 3. MATEMÁTICA FINANCEIRA ....................................................................................................................12 3.1 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO .....................................................................................................13 3.1.1 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC) .................................................14 3.1.2 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS ...................................................................15 3.1.3 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO .........................................................................16 3.1.4 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO AMERICANO ............................................................16 3.1.5 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CRESCENTE (SACRE) ...........................................17 4. ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS ...................................................................................18 4.1 ANÁLISE DOS CARGOS .................................................................................................................18 4.2 DESCRIÇÃO DE CARGOS NA EMPRESA ................................................................................19 4.3 MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE CARGOS ..........................................................20 5. CONCLUSÃO .....................................................................................................................21 6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................22 1 1. INTRODUÇÃO O presente Projeto Integrado Multidisciplinar V vem apresentar a empresa Renascer Construções Elétricas, empresa que atua no ramo do setor elétrico. Fundada no dia 02 de março de 2000, no município de Itapira, a 20 anos a RCE é referência no segmento de prestação de serviços de construção e manutenção em rede de distribuição elétrica de média (MT) e baixa tensão (BT), desenergizada (Linha Morta) e energizada (Linha Viva), em áreas rurais e urbanas. Hoje a RCE está presente nos estados de SP e MG, atendendo mais de 260 municípios, com sede em Itapira e unidades em Campinas, Itatiba, Jundiaí, Sorocaba, Araçatuba, São José do Rio Preto, Lins, Bauru, Botucatu, Marília, Presidente Prudente, Assis, Catanduva, Bragança Paulista e Poços de Caldas. Atuando em vários segmentos do setor elétrico, hoje a RCE dispõe de uma forte equipe com mais 1000 colaboradores altamente qualificados e capacitados para a execução de suas funções, conta ainda frota própria de mais de 250 veículos de pequeno, médio e grande porte. Desta forma a RCE traz a competência e a responsabilidade para cumprir seus serviços e garantir a satisfação de seus clientes. O objetivo do Projeto Integrado Multidisciplinar é analisar a empresa em diversos aspectos, através de pesquisas qualitativas realizadas em empresa por meio de entrevista e coleta de dados em uma das unidade da empresa, localizada na cidade de Araçatuba-SP. Serão abordadas disciplinas como: Avaliação de desempenho, matemática financeira e administração de cargos e salários. Poderemos observar que, embora a empresa seja de médio porte, a organização preza por avaliar e habilidade de seus colaboradores e a posição em que a própriaempresa se posiciona diante das constantes mudanças no cenário econômico e no contexto organizacional. Métodos de Avaliação de Desempenho faz- se necessário e é extremamente eficaz para que os objetivos da empresa sejam atingidos. Ajudando a controlar os custos e pontecializando os lucros, a Matemática Financeira tem extrema importância para a tomada de decisões na organização e, quando bem aplicada, resulta em maior rentabilidade, visando o processo de maximização nos resultados. Por último, na Administração de cargos e salários será possivel observar que, apesar de a organização não possuir um plano de cargos e salários, detém cargos devidamente definidos de acordo com a necessidade de serviços a serem prestados. 2 2. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A avaliação de desempenho é uma técnica de avaliação e análise de desempenho individual e em grupo que busca avaliar, mensurar, desenvolver e priorizar conhecimentos já adquiridos e também aqueles que ainda deverão ser desenvolvidos, focando sempre em obter mais produtividade e melhor desempenho organizacional. Lucena (1992, p. 18) esclarece que a grande importância de se gerir o desempenho dentro das organizações é poder realmente entender se os objetivos traçados de modo estratégico estão sendo alcançados, e isso necessariamente levanta outros pontos de atenção, como entender se o desempenho das equipes foi satisfatório e verificar quais funcionários tem melhor desempenho, quais se esforçam mais, quais habilidades foram desenvolvidas ao longo do período, quais habilidades ainda precisam ser desenvolvidas, quais funcionários contribuem mais para a organização etc. Sabe-se que a avaliação de desempenho é uma das ferramentas mais poderosas e valiosas para as organizações, visto que lhes permite monitorar e garantir que os objetivos da organização sejam cumpridos. Bader, Bloom e Chang (2000, p.17) afirmam que a tarefa dos indivíduos e das equipes é contribuir para o sucesso da organização, fazendo com que os resultados, as metas, os objetivos e as estratégias desenhadas, planejadas e esperadas sejam atingidas, cumpridas e até excedidas, nas áreas de vendas, produção, qualidade, satisfação, atendimento, entre outras. Os autores também entendem que a avaliação de desempenho é essencial nos mais diversos estágios de desenvolvimento da organização, sendo responsável por realizar um real monitoramento corporativo SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats – forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) e coletando dados que podem ser utilizados para aprimorar os planos de desenvolvimento e readequar a estratégia da organização nos mais diferentes níveis. É interessante observar que, após passar por avaliação em qualquer tarefa, o indivíduo já se mostra condicionado a buscar as melhores saídas e opções que favoreçam um bom desempenho. Do ponto de vista da organização, a avaliação é importante porque monitorar resultados permite que erros sejam corrigidos, metas sejam perseguidas e objetivos sejam atingidos, mantendo-se o lucro da organização para que esta perdure no mercado. Do ponto de vista das pessoas, a avaliação é importante porque procura analisar a atuação técnica do profissional, sendo uma oportunidade para que ele perceba como esta o seu trabalho, o que precisa melhorar, quais conhecimentos lhe faltam, o que pode favorecê-lo dentro 3 da organização entre outros aspectos. Além disso, o setor de RH também pode criar programas que favoreçam o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de seus profissionais externamente, como programas que forneçam reembolso para cursos de idiomas, especializações, pós-graduações, mestrados, doutorados, entre outros. 2.1 Estratégia de impantação Compreendida a importância da avaliação de desempenho nas organizações, veremos agora como formular a estratégia de implantação para que a avaliação de desempenho seja capaz de produzir os resultados esperados pela organização. Essa estratégia obedece, de forma simplificada, ao seguinte modelo: 2.1.1 Análise do ambiente organizacional Primeiramente, devemos realizar a análise do ambiente organizacional e das formas como esse ambiente está estruturado para atingir as metas estabelecidas pela alta direção da unidade de negócio. Segundo Lucena (1992, p.53), reconhecemos o ambiente organizacional como [...] um sistema integrado (...) um ambiente único em suas múltiplas e complexas relações e interdependências, que lhe imprime uma cultura organizacional particular, (...), uma identidade própria que tende a consolidar-se, gerando uma força reativa as interferências que possam ameaçar a sua dinâmica já estabelecida, ou alterar o status quo vigente. Lucena (1992) diz que para que o processo de avaliação de desempenho seja eficaz, a Analise do ambiente organizacional Escolha do objeto de avaliação Escolha do responsável pela avaliação Escolha da metodologia a ser aplicada na avaliação Implantação do processo Figura 1. A formulação estratégica 4 etapa de diagnóstico deve preceder qualquer tomada de decisão. Esse diagnóstico envolve identificar o perfil real da organização, tarefa que inclui: conhecer o negócio da empresa e sua posição no mercado; conhecer o grau de tecnologia utilizada nos processos empresariais; conhecer o estilo gerencial predominante e o seu estilo do modelo de gestão empresarial; conhecer a área de recursos humanos, especialmente no tocante às políticas e aos processos de gestão da área; conhecer a real importância dada pela organização ao setor de recursos humanos. 2.1.2 Escolha do objeto de avaliação Embora pareça claro, nem sempre o processo de avaliação de desempenho tem quem (ou o que) será avaliado. Isso ocorre, em função de não estarem suficientemente claros os objetivos do próprio processo de avaliação. Avalia-se porque se sabe da importância do processo; erra-se porque não se sabe exatamente quais os objetivos da avaliação. Saber os objetivos com clareza se traduz no conhecimento sobre quem será alvo da avaliação; traduz-se, portanto, no conhecimento sobre o quê, em relação a esse alvo, será objeto de avaliação. 2.1.3 Escolha do responsável pela avaliação Da mesma forma como ocorre com a escolha do objeto de avaliação, nem sempre se tem claro quem será o responsável pela avaliação. Cada organização define quem é responsável por avaliar e quem deve ser avaliado. De forma geral, as avaliações seguem um padrão: o subordinado é avaliado por seu superior hierárquico ou funcional. Contudo, organizações modernas são mais flexíveis com relação a esse método e as variações estão se tornando menos raras. 2.1.4 Escolha da metodologia a ser utilizada no processo de avaliação A definição de uma estratégia de avaliação deve incluir a escolha de uma metodologia especifica. A avaliação será qualitativa ou quantitativa? Serão usados métodos de observação participante? Serão utilizadas perguntas com escalas de respostas ou perguntas “abertas”? a avaliação ocorrerá por meio de formulários de autopreenchimento ou os formulários serão aplicados por pesquisadores? A avaliação ocorrera com apenas uma amostra dos funcionários ou com todos? A amostra será probabilística ou não? As respostas a essas perguntas devem ser 5 claras e do conhecimento dos responsáveis pela formulação do processo de avaliação de desempenho. Também deverão ser transmitidas, com transparência e responsabilidade, aos que serão objeto de avaliação. 2.1.5 Implantação do processo de avaliação Para que o processo de avaliação seja implantado, é sugerido que: O projeto seja documentado, sendo redigido um instrumento normatizador de todas as etapas do processo; sugere-se também que constem, no documento, as conclusões obtidas no processo de diagnóstico do ambiente organizacional e que validamas proposições assumidas no processo de avaliação; A alta direção da empresa encampe o projeto de avaliação de desempenho, dando à área responsável pela sua formulação toda a autonomia e a credibilidade necessárias para a execução do projeto; Seja realizada uma etapa de sensibilização junto aos alvos da avaliação e aos avaliadores: todos devem estar comprometidos com o processo, e o ambiente para a avaliação deve ser o mais motivador possível; Deve ser obtida a aceitação de todos em relação ao que ocorrera no processo de avaliação; O processo de avaliação seja conduzido com transparência e de forma democrática. 2.2 Métodos e tipos de avaliação de desempenho O método é o caminho que percorremos para realizar nossa intenção: um conjunto de ações sucessivas e organizadas que podem ser repetidas ou corrigidas para conseguirmos chegar ao nosso objetivo da forma mais eficiente. Assim, quando se trata do método aplicado à avaliação de desempenho, devem-se levar em conta os fatores que constituem a situação da organização em foco. É preciso conhecer o problema, o objetivo, as condições necessárias e os recursos disponíveis para que possamos planejar o processo de avaliação e escolher o método adequado. Ao mesmo tempo em que a avaliação de desempenho tem um papel na economia local, sua atuação também reflete, com maior ou menor impacto, a dinâmica da economia nacional e global. Assim, a avaliação de desempenho dos colaboradores de determinada organização necessariamente se referência ao desempenho da própria organização dentro do contexto 6 econômico, sua missão, seus objetivos, planos e estratégias de mercado. Dai a importância da cuidadosa elaboração do plano de avaliação de desempenho, que, necessariamente, leva em conta o desempenho da própria organização. Segundo Shigunov Neto e Gomes (2003, p.2): [...] a avaliação pode ser definida como um instrumento de análise comparativa entre os comportamentos das pessoas, entre uma situação planejada e a ocorrida, entre padrões aceitos e aqueles não aceitos pela sociedade. Dessa forma, é uma avaliação que controla o comportamento humano dentro dos pressupostos e das exigências do sistema capitalista. Uma coisa parece ser clara: os métodos adotados pelas organizações foram se modificando à medida que se modificaram as maneiras com as quais elas passaram a se ver. Em consequência, os métodos escolhidos para esses processos foram se alternando com o objetivo de serem capazes de atender as necessidades empresariais. O quadro a seguir mostra algumas dessas mudanças. Figura 2 – Mudanças na Avaliação de Desempenho Fonte: Livro-texto Finalmente, para que seja possível avaliar o desempenho humano dentro das organizações, é necessário que se tenha o cuidado de situar a própria organização dentro do contexto social e econômico, suas condições e posição no mercado. Assim, apresentamos a seguir alguns dos métodos e instrumentos utilizados mais frequentemente para avaliação de desempenho: Relatório simples: consiste exatamente numa narrativa ou descrição do desempenho, do 7 comportamento, de potenciais e de sugestões para o desenvolvimento do avaliado. A grande vantagem do método é sua simplicidade, dispensando recursos extras, utilização de formulários ou treinamento específicos. As desvantagens se revelam pela falta de sistematização do processo. Escala gráfica: um dos métodos mais utilizados e que, como no caso anterior, exige alguns cuidados, a fim de neutralizar a subjetividade e o pré-julgamento do avaliador e evitar interferências no resultado. Trata-se de um método que avalia o desempenho das pessoas por meio de critérios previamente definidos. Utiliza-se de um formulário de dupla entrada, no qual as linhas de sentido horizontal representam os critérios de avaliação de desempenho e as colunas em sentido vertical, os valores arbitrados, correspondendo aos graus de variação de cada critério (geralmente de 5 a 10 níveis). Os critérios podem variar de acordo com as finalidades especificas de cada avaliação ou para definir especificamente para cada colaborador fatores específicos que se pretendem avaliar. A principal vantagem é a rapidez e a simplicidade de aplicação, além do estabelecimento de critérios constantes e invariáveis dentro de um mesmo grupo de avaliados. A desvantagem reside nessa mesma simplificação, uma vez que a atribuição de um valor numérico é redutora e não permite uma análise mais detalhada do desempenho. Gráfico 1 – Escala gráfica (exemplo) Fonte: Livro-Texto Método de escolha forçada: consiste em avaliar o desempenho por meio de frases descritivas de determinados tipos de desempenho individual. Geralmente, a composição 8 de alternativas varia entre qualificações positivas e negativas, para que o avaliador escolha aquela que mais se adapta ao desempenho do avaliado. Apesar de ser um método bastante simples, nem sempre as afirmações que compõem o formulário traduzem de forma fiel a situação constatada pelo avaliador, o que pode resultar em distorções significativas nos resultados. Frases descritivas: a partir de uma série de afirmações sobre desempenho, o avaliador assinala positiva ou negativa, de acordo com cada caso avaliado. Como no caso anterior, existe a possibilidade de que as afirmações não correspondam integralmente a cada caso, ou mesmo que não exista alguma alternativa mais afeita ao julgamento do avaliador. Também aqui, se não houver um cuidado especial na escolha das afirmações, o avaliador pode ser induzido a forçar seu julgamento numa direção não intencionada. Pesquisa de campo: procura minimizar os efeitos da carga de subjetividade e os valores preconcebidos do avaliador pela inclusão de um especialista externo no processo. Após encontros preliminares com o avaliador, esse especialista comparece a cada sessão de avaliação como assessor, a fim de dirigir o processo de avaliação e obter um conjunto de informações mais completo. Por um lado, existe a vantagem do rigor e da profundidade adicionados ao processo; por outro, a organização passa a depender da contratação do especialista para a realização do processo, implicando a alocação de recursos e tempo extra. Incidentes críticos: consiste na especial atenção do avaliador sobre aqueles comportamentos fundamentais que traçam a distinção entre o desempenho eficaz e o ineficaz no cumprimento de determinada função ou exercício de um cargo. Depende do rigor do avaliador no registro dos incidentes e do acompanhamento constante do desempenho de cada avaliado, e não elimina a possibilidade de interferências subjetivas do avaliador. Comparação pareada: consiste em comparar dois a dois colabores componentes de um mesmo grupo ou em cargos similares pela atribuição de valores a cada critério definido. Dessa forma, torna-se possível uma classificação sumaria comparativa. Apesar de ser um processo bastante simples, é evidente que o procedimento se complica à medida que o número de avaliados aumenta. Classificação por grupos: nesse método, o avaliador situa cada avaliado em determinado extrato de classificação, dando origem a diferentes grupos (classes). Como 9 em qualquer processo de classificação, corre-se o risco de um julgamento superficial capaz de falsear o real desempenho do avaliado, especialmente nos casos em que este é identificado como pertencente a uma classe “intermediaria”. Classificação individual: como já indica a denominação, trata-se do simples ranqueamento por ordem decrescente (do melhor para o pior desempenho) de um grupo de colaboradores. Dessa forma, deve-se supor que os critérios considerados devem permitir ao avaliador um julgamento claro e objetivo para cada caso, uma vez que a intenção é um ordenamento sem possibilidade de empate. Autoavaliação: nesse método,o próprio funcionário é solicitado a fazer uma sincera analise de seu próprio desempenho. A referência deve ser sempre as necessidades e as condições para o desenvolvimento dos potenciais e das competências individuais dentro da estrutura da organização. Deve-se notar que a autoavaliação não se sobrepõe aos demais métodos aplicados ou ao julgamento dos demais avaliadores, servindo principalmente como necessária referência para estabelecer as diretrizes de gestão de pessoal na organização. A autoavaliação promove, sobretudo, a criação de novas e melhores condições de comunicação entre os diferentes níveis hierárquicos. Avaliação por resultados: embora já tenhamos visto esse assunto, vale lembrar que, nesse caso, o principal critério de avaliação é a comparação periódica entre os resultados previstos e os efetivamente alcançados pelo avaliado, permitindo a identificação direta entre os pontos fortes e fracos de forma individual e a definição das medidas cabíveis para as devidas correções de rumo. É um método prático, mas dependente do rigor, do comportamento e das subjetividades do avaliador. Avaliação por objetivos: semelhante ao caso anterior, nesse método, avaliador e avaliado negociam objetivos específicos mensuráveis e alinhados aos objetivos da organização. São previstas reuniões periódicas para aferir o nível de desempenho e possível negociação de objetivos. O colaborador é incentivado a apresentar planos, sugestões e ideias, cabendo ao gestor manter-se receptivo e aberto ao diálogo; mas restringindo-se apenas aos objetivos em discussão. Métodos mistos: a definição dos procedimentos de avaliação de desempenho deve tomar como referência os métodos já consolidados, sem pretender sua aplicação direta, tendo em mente que as condições e situações que caracterizam cada caso são bastante especificas. Assim, elaborações posteriores, adaptações e combinações de diferentes 10 métodos devem ser consideradas. O cuidado necessário é manter a objetividade e o rigor na escolha de critérios e procedimentos. Assim, diversas organizações, especialmente aquelas com uma estrutura mais complexa ou muito especifica, recorrem a uma mistura de diversos métodos na composição de um modelo mais afeito e compatível com seu caso. Avaliação de competências: trata-se de uma tendência mais atual que indica a necessidade de uma releitura dos papeis usualmente de4sempenhados nos métodos de avaliação tradicionais, deslocando o foco do papel do avaliador, sempre carregado de subjetividade, valores e critérios pouco objetivos, para o do próprio avaliado. Dessa forma, a ênfase recai na autoavaliação como principal recurso. O objetivo aqui é fazer com que, no processo, o colaborador acabe por revelar não apenas os pontos fracos, mas também seus pontos fortes e potenciais de acordo com seu ponto de vista. A premissa básica é a de que o colaborador sabe ou pode aprender a identificar suas próprias competências, necessidades e deficiências, cabendo ao seu superior ajudá-lo no processo, visando simultaneamente às necessidades e aos objetivos da organização. Dessa forma, o colaborador passa a ser um agente ativo dentro da organização, o que vem a promover sua motivação e o desenvolvimento de forma mais afeita às suas características, resultando num maior interesse e produtividade. Assim, o processo de avaliação torna-se um instrumento que auxilia o colaborador a tomar consciência de sua situação, de seus potenciais e limites de desenvolvimento dentro da organização. A empresa Renascer Construções Elétricas, busca sempre avaliar os colaboradores a fim de realizar promoção de cargo. Para assumir o cargo necessário, o líder de cada setor avalia os colaboradores no realizar das tarefas e mediante os resultados, tem a conclusão. 2.3 Etapas do processo de avaliação De acordo com a definição do processo e do projeto resultante, são estabelecidas diversas etapas, cada qual com sua finalidade e características próprias, exigindo os respectivos instrumentos de aplicação. Segundo Lucena (1992, p.19), os processos de avaliação de desempenho profissional implicam uma “confrontação de algo que aconteceu (resultado) com algo que foi estabelecido antes (meta) ”. Ele explica que, no mundo dos negócios, não basta somente sugerir que o resultado final foi positivo ou negativo – é necessário que haja a confrontação entre os objetivos 11 traçados anteriormente e os resultados atingidos de fato. Dessa forma, é difícil definirmos objetivamente uma sequência ideal de etapas; mas pode-se apresentar um esquema de referência: Definição de critérios de acordo com a missão, a visão e os objetivos da organização; Definição de avaliadores e avaliados; Estabelecimento do cronograma do processo; Definição/elaboração do método e dos instrumentos de avaliação; Definição dos instrumentos correspondentes a cada etapa; Aplicação/coleta de dados; Analise dos dados obtidos; Entrevista com o avaliado/feedback; Tomada de decisão e planejamento organizacional. Gráfico 2 – Processo de avaliação de desempenho (exemplo) Fonte: Livro-texto Em qualquer processo de avaliação, e não apenas na avaliação de desempenho, é importante que se estabeleçam parâmetros, se possível quantitativos, numéricos, no sentido de 12 se buscar resultados tão objetivos quanto possível. Para alguns fatores, essa definição é fácil: o tempo, por exemplo, pode ser quantificado sem maiores problemas. Entretanto, outros fatores envolvidos apresentam certa complexidade na transformação de critérios em valores. Todo processo de avaliação só é legitimo se o avaliado recebe um retorno sobre os resultados de sua avaliação, denominamos esse retorno de feedback. Trata-se de um princípio básico e fundamental não apenas presente em processos de avaliação, mas também em qualquer processo de aprendizado, incluindo aqui a educação e a socialização do indivíduo. Depois que as avaliações forem realizadas, cabe aos gestores analisar o real desempenho de cada funcionário, de cada equipe e de cada grupo de trabalho. Simplesmente chegar ao ponto em que a avaliação de desempenho foi realizada é uma vitória, pois até que se chegue a esse ponto há um caminho de muito trabalho, estudo, definições e discussões gerenciais e estratégicas. Sabe-se que os processos de avaliação não têm o objetivo de punir os funcionários. Contudo, processos mal organizados podem conferir maior margem para avaliações mal executadas. Portanto, as avaliações devem ocorrer em relação às atribuições e responsabilidades do cargo, às estratégias da organização, às metas individuais do funcionário no que se refere ao cargo ocupado, ao seu efetivo desempenho, entre outros fatores. Assim, recomenda-se que as atividades do cargo sejam tratadas todas como projetos individuais, pois, desse modo, o funcionário consegue enxergar os passos do trabalho, compreendendo melhor o processo e suas fases – começo, meio e fim -, o que também facilita os trabalhos dos gestores, que já saberão qual a melhor forma de avaliar o desempenho e os resultados atingidos. A empresa Renascer Construções Elétricas, busca sempre avaliar os colaboradores a fim de realizar promoção de cargo. Para assumir o cargo necessário, o líder de cada setor avalia os colaboradores no realizar das tarefas e mediante os resultados, tem se a conclusão. 3. MATEMÁTICA FINANCEIRA A matemática financeira é o ramo da matemática aplicado aos negócios. É considerada também um exemplo fundamental da chamada Teoria dos Jogos, uma sofisticada teoria para aplicação na gestão estratégica das empresas. Contudo, uma das características mais interessantes dela é que, é possível aplica-la no dia a dia, nos mais diferentes negócios. Segundo Rovina (2009, p.5) a matemática financeira é “incompreendida por muitos e amada por poucos”. No entanto,não podemos negar sua utilidade, tanto para pessoas comuns, 13 clientes, quanto empresa de grande corporação. Rovina (ibidem, p.5) conceitua a Matemática financeira, conforme o próprio nome indica, como um dos inúmeros ramos da matemática, que surgiu da necessidade de termos que lidar com o dinheiro ao longo do tempo. Então, a partir dos conceitos gerais de matemática financeira, vamos conceituar os recursos necessários para pensa-la: Capital: é o valor de uma operação, ou seja, do dinheiro em um momento inicial. Montante: é o valor do dinheiro no futuro. Taxa de juros: é um coeficiente que determina as correções monetárias, sempre expressas em porcentagem (%). Juros: é a correção monetária em espécie ou o valor acrescido pela taxa de juros. Pode ser simples ou composto. Desconto: é o abatimento sobre uma operação financeira; é proporcional à taxa de juros e ao período considerado. Período: são os prazos envolvidos na operação financeira. Podem ser expressos em dia, semana, mês, semestre, ano; mas o que importa é que temos de considerar uma regra: devem constar, de um problema de matemática financeira, todas as informações de taxa e período na mesma menção de tempo. Investimento: operação financeira em que se faz aplicação de um valor e espera recebe- lo acrescido dos juros incorridos no período. Empréstimo: operação financeira na qual se buscam recursos no mercado para fazer frente às necessidades das mais variadas espécies. Amortização: antecipação de pagamentos de operação de financiamentos, na qual se fazem necessários os conceitos de valor atual e futuro. 3.1 Sistema de amortização Os sistemas de amortização são desenvolvidos basicamente para operações de empréstimos e financiamentos de longo prazo, envolvendo desembolsos periódicos do valor principal e encargos financeiros. Ao tomarmos um capital emprestado ou ao fazermos um financiamento, poderemos devolver esse capital ou o valor do financiamento em parcelas ou em um pagamento único. Nos dois casos, amortizar significa devolver o capital que se tomou emprestado. 14 Os sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos tratam da forma pela qual o valor principal e os encargos financeiros são restituídos ao credor. Há várias maneiras de amortizar uma dívida. É imprescindível, em cada operação, que as partes estabeleçam contrato para esclarecimento das formas, taxas e afins para o acerto da antecipação do montante e quitação de dívida. Uma característica fundamental dos sistemas de amortização é a utilização exclusiva do critério de juros compostos, incidindo os juros exclusivamente sobre o saldo devedor (montante) apurado em período imediatamente anterior. Para cada sistema de amortização, é construída uma planilha financeira que relaciona, dentro de certa padronização, os diversos fluxos de pagamentos e recebimentos. Os sistemas de amortização mais usados no mercado são: Sistema de amortização constante - SAC; Sistema de amortização francês (Price) – SAF; Sistema de amortização misto – SAM; Sistema de amortização americano – SAA; Sistema de amortização crescente – Sacre; 3.1.1 Sistema de amortização constante (SAC) O sistema de amortização constante tem como característica básica as amortizações sempre iguais do valor principal, em todo o prazo da operação. O valor da amortização é facilmente obtido mediante a divisão do capital (quantia emprestada) pelo número de prestações. Sobrinho (2000) diz que: O SAC consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessiva e decrescente em progressão aritmética, dentro do conceito de termos vencidos, em que o valor de cada prestação é composto por uma parcela de juros e outra de parcela capital (ou amortização). (SOBRINHO, 2000, p.230) Nessa modalidade, os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, cujo montante decresce após o pagamento de cada amortização, assumem valores decrescentes nos períodos. Em consequência do comportamento da amortização e dos juros, as prestações periódicas e sucessivas do SAC são decrescentes em progressão aritmética. O SAC determina que a restituição do valor principal (capital emprestado) seja efetuada 15 em parcelas iguais. Assim, o valor de cada amortização devida semestralmente é calculado pela simples divisão do valor principal pelo número fixado de prestações, ou seja: Amortização = valor do empréstimo / número de prestações Podemos observar no gráfico abaixo que, a prestação, no sistema SAC, vai diminuindo no decorrer do período, enquanto a amortização segue constante e os juros decrescem. Gráfico 3 – Sistema de amortização constante Fonte: Mathias, 2002, p.309 3.1.2 Sistema de amortização francês O sistema de amortização francês (SAF) também conhecido como sistema Price, desenvolvido originalmente pelo inglês Richard Price, assumiu essa denominação pelo seu uso amplamente generalizado na França no século passado. Amplamente adotado no mercado financeiro do Brasil, estipula que as prestações sejam iguais, periódicas e sucessivas. Equivalem, em outras palavras, ao modelo de fluxos de caixa. Os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, são decrescentes, e as parcelas de amortização assumem valores crescentes. No SAF, os juros decrescem, e as amortizações crescem ao longo do tempo. A soma dessas duas parcelas permanece sempre igual ao valor da prestação. [...] a Tabela Price é um caso particular e muito utilizado do Sistema Francês de Amortização em que a taxa de juros é dada em termos nominais (na prática, em termos anuais) e as prestações têm período menor que aquele a que a taxa de juros se refere (em geral as amortizações são feitas em base mensal). Nesse sistema, o cálculo das prestações é feito usando-se a taxa proporcional ao período a que se refere a prestação, calculada a partir da taxa nominal. (SAMANEZ, 2010, p.156) Vejamos abaixo a representação do sistema de amortização francês ou sistema Price. 16 Gráfico 4 – Sistema de amortização francês Fonte: Mathias, 2002, p.309 3.1.3 Sistema de amortização misto O sistema de amortização misto (SAM) foi desenvolvido para as operações de financiamento do sistema financeiro de habitação. Criado pelo BNH (Banco nacional de habitação), em maio de 1979, foi adotado recentemente pelo sistema financeiro de habitação. Trata-se simplesmente de uma mescla do sistema de amortização francês e do sistema de amortização constante, por meio de uma média aritmética. Por ser uma mescla entre dois sistemas, recebeu a denominação de sistema misto. Para cada um dos valores do seu plano de pagamentos, devem-se somar aqueles obtidos pelo SAF com os do SAC e dividir o resultado por dois. Esse sistema foi desenvolvido para permitir maior amortização do valor emprestado. [...] constituiu-se num misto entre o Sistema Francês de Amortização (Tabela Price) e o Sistema de Amortização Constante (SAC), originando-se daí a sua denominação. O SAM é um plano de pagamento composto pela média aritmética calculada das prestações dos planos SAC e Price, sendo que os respectivos prazos e juros seguem nas mesmas condições. (SOBRINHO, 2000, p.239) 3.1.4 Sistema de amortização americano O sistema de amortização americano (SAA) estipula que a devolução do capital emprestado seja efetuada ao final do período contratado, ou seja, deve ser efetuada de uma só vez. De acordo com essa característica básica do SAA, não estão previstas amortizações intermediarias durante o período de empréstimo. Os juros costumam ser pagos periodicamente O Sistema Americano de Amortização é aplicado geralmente para agricultores que esperam a colheita para, então, pagar o principal. 17 Abaixo, podemos observar o gráfico representando o sistema de amortização americano. Gráfico 5– sistema de amortização americano Fonte: Elaboração das próprias autoras (2021) 3.1.5 Sistema de amortização crescente (Sacre) O Sacre é um sistema misto de cálculos do SHF, muito utilizado pela Caixa Econômica Federal. Nele utiliza-se a metodologia de amortização constante (SAC anual), mas sem adicionar o valor da TR (taxa referencial). Dessa forma, o Sacre proporciona uma amortização variável. Apesar do nome, amortização “crescente”, ele pode resultar amortizações decrescentes, caso a TR esteja com valor baixo. A intenção desse sistema é proporcionar maior amortização do valor emprestado, reduzindo ao mesmo tempo a parcela de juros sobre o saldo devedor. Comparando-o com o sistema Price, descobre-se que a sua prestação inicial pode comprometer até 30% da renda, enquanto no sistema Price só 25%. O que mais chama a atenção no Sacre é que, enquanto no sistema Price as prestações tendem a aumentar sempre, nele, a partir de um momento, as prestações começam a diminuir. Este sistema de amortização é uma variação do Sistema de Amortização Constante, sua característica principal é o fato do reajuste das parcelas não serem mensais e sim em períodos acordados no contrato. Castanheira e Macedo (2010, p. 197) dizem que “o reajuste das prestações é feito uma vez por ano, sendo que o cálculo da primeira prestação é realizado de forma semelhante à utilizada no sistema de amortização constante”. Prestação Principal Juros Períodos 18 4. ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS Administração de cargos e salários busca apontar a posição relativa de cada cargo. As diferenças expressivas são disposta em uma base de comparação, de forma que o salário da organização possa ser distribuido de maneira justa para compensar qualquer arbitrariedade. Pode-se afirmar que as finalidades da Administração de Cargos e Salários são: ordenar os salários dos trabalhadores de acordo com o maior ou menor habilidade e responsabilidade que o cargo exige de seu ocupante atendendo ao preceito de igualdade salarial para trabalho igual; adequar os salários da empresa aos salários do mercado visando não perder seus funcionários para as empresas concorrentes, e utilizar os estímulos salariais objetivando aumentar a eficiência do trabalhador, melhorando a produtividade do trabalho como condição primordial do crescimento e sobrevivência da empresa. (NASCIMENTO 2001, pag. 06). A empresa Renascer Construções Elétricas valoriza os serviços que são prestados pelos funcionários, gratificando aqueles que se destacam realizando as suas funçoes, afim de estimular o empregado. 4.1 Análise de cargos No processo de atrair pessoas para o mercado de trabalho, a análise de cargo é um processo de extrema importância, uma vez que o cargo é o que será ocupado na organização. Conforme Chiavenato (2008, p. 243), “cargo pode ser descrito como uma unidade da organização que consiste em um grupo de deveres e responsabilidades que tornam separado e distinto dos outros cargos”. A análise de cargos é o processo que investiga as vagas que estão disponíveis na organização. Esse processo analisa vários fatores, desde os requisitos fisicos e mentais até os principais compromissos a serem elaboradas para que exista uma condição de trabalho que possa desempenhar as tarefas que são requisitadas para a função. Com o intuito de compreender o assunto, temos que entender o que é um cargo e no que ele se baseia. Para isso, podemos definir os principais termos que são empregados na análise de cargos, sendo eles: Tarefa: É a atividade executada por um individuo que ocupa determinado cargo. Função: É o agregado de tarefas atribuidas a cada individuo na organização. Cargo: É o conjunto de funções substancialmente idênticas quanto à natureza das tarefas executadas e ás especificações exigidas dos ocupantes. Análise de cargo: É o estudo que se faz para coligir informações sobre as tarefas componentes do cargo e sobre as especificações exigidas do seu ocupante. Da análise, resulta a descrição e a especificação do cargo. 19 Descrição de cargo: É o relato das tarefas descritas de forma organizada. Especificações de cargo: É o relato dos requisitos, responsabilidades e incômodos impostos ao ocupante do cargo. Grupo ocupacional: É o conjunto de cargos que se assemelham quanto à natureza do trabalho. 4.2 Descrição de cargos na empresa Detalhar um cargo significa levantar desde o comportamento do ocupante até a razão para tal. A descrição do cargo é uma representação simplificada do conteúdo e das indispensáveis responsabilidades do cargo. A configuração de uma descrição de cargo engloba título do cargo, o resumo das atividades a serem executadas e as fundamentais responsabilidades do cargo. A descrição do cargo lista resumidamente deveres, tarefas e responsabilidades do cargo. Podemos pensar na avaliação de cargo como um conjunto de procedimentos organizados para medir o valor e a relevância do cargo, a fim de definir diferentes tipos de salários, de forma que os mesmos sejam capazes de corresponder ao máximo o valor do trabalho. Para avaliar os cargos de uma organização, é fundamental escolher cargos que serão essenciais e que poderão auxiliar como apoio de referência para idealizar os valores dos outros. Em razão disso, são utilizadas nomenclaturar como júnior, pleno e sênior como base de referência. Determinadas organizações, baseado nisso, utilizam números ou letras para classificar o grau de competência ou dificuldade e responsabilidade pertencentes aos cargos dentro de uma nomenclatura. A escolha de posições especificas na Renascer Construções Elétricas decorre mediante a necessidade diária e a demanda do atendimento e manutenção em geral. A organização não possui um comitê, onde é composto por pessoas que entendem e conhecem o negócio da empresa, que tem a missão de verificar a importância de determinado cargo e a força do mesmo. No entanto, a empresa tem requisitos para ocupantes de determinados cargos. A Renascer Construções Elétricas possui vários cargos dentro de sua organização, dentre eles podemos citar: Operador de logistica: Almoxarife: Eletricista de manutenção e construção: Superfisor chefe de turma: Motorista: Técnico em Segurança do Trabalho: Gerente: 20 4.3 Método de avaliação de cargos Os métodos não quantitativos permitem rápida elaboração e fácil aplicação, porém não garantem um resultado final de boa qualidade, devido à subjetividade da avaliação. Já os métodos quantitativos permitem maior precisão e objetividade, demandando, contudo, maior tempo e maior custo durante a implantação. Mas, para as pequenas empresas, talvez o mais recomendável seja a adoção de métodos não quantitativos, por envolverem número menor de cargos e, assim, diminuir os custos de implantação. Os custos da implantação de um método de avaliação de cargos podem variar de um custo pequeno ou grande, dependendo da quantidade de cargos e estrutura da empresa (PONTES, 2010, p.157). Embora a empresa Renascer Construções Elétricas não faça o uso do método de avaliação de cargo, apresentaremos neste trabalho os principais. Através destes métodos, será possível investigar o perfil ideal para o ocupante e, fazer realizar com antecedência a escola apropriada para cada empresa. Os métodos tradicionais de avaliação de cargo são: escalonamento, graus predeterminados, pontos e comparação de fatores, e podem ser distribuídos em dois grupos, conforme o quadro abaixo: Figura 3 – Métodos de avaliação de cargos. Métodos não quantitativos Escalonamento Graus predeterminados Métodos quantitativos Pontos Comparação de fatores Fonte: Pontes, 2010, p.157. Pontes (2011) divide os métodos em não quantitativos,por escalonamento ou graus determinados; e quantitativos, por meio de pontos ou comparação de fatores. Segundo o autor, os métodos quantitativos garantem maior precisão nos resultados, uma vez que os métodos qualitativos, embora de aplicação menos complexa, sugerem maior subjetividade na aplicação. O método de escalonamento pode ser realizado de três formas, sendo elas: Escalonamento simples, por comparação binária ou por meio de comparação binária pontuada. Por meio do escalonamento simples, os membros do comitê de avaliação, isoladamente, hierarquizam os cargos amostrais (chave) em análise e chegam junto a um consenso. No método da comparação binária, os cargos-chaves são comparados aos pares, com o intuito de possibilitar sua hierarquização. Para cada comparação, são acrescentadas ou subtraídas 21 quantidades que transformarão no escalonamento final. A comparação binária pontuada tem semelhança com a comparação binária, mas, o que diferencia é que para casa adição ou subtração, um número de pontos é atribuído. O método por graus determinados faz parte de uma estrutura de graus progressivo em níveis de dificuldade. Exemplificando, o grau I representa atividades contínuas, quanto o grau V abrange atividades variadas. Dessa forma, se houver o comitê de avaliação, este irá avaliar os cargos e, em seguida, chegar a um consenso. A avaliação quantitativa por meio de pontos baseia-se na atribuição de valores aos fatores, conforme a quantidade de graus aplicados. Tendo como exemplo o grau I e o grau V, muito provavelmente, o grau I possuiria uma pontuação menor do que o grau V. Esse método sucede em uma pontuação final para cada cargo. Faz-se necessário distribuir pesos aos fatores, de forma que facilite a classificação de acordo com o grau de relevância de cada um. Enfim, a avaliação quantitativa por comparação de fatores refere-se de um método que é comparado, em alguns aspectos, com a avaliação por pontos, no entanto, leva-se em conta os salários do mercado. Trata-se de um método mais indicado para planos operacionais, e por sua aplicação ser complexa, é pouco utilizado. (PONTES, 2011). 5. CONCLUSÃO Ao finalizar esse projeto integrado multidisciplinar podemos concluir que a empresa Renascer Construções Elétricas tem avaliado seus funcionários somente quando há uma promoção de cargo, por isso sugerimos que façam essa avaliação na empresa como um todo, pois, com ela se poderá obter resultados positivos e negativos e seus efeitos ajudam para o aperfeiçoamento da administração, estratégia organizacional, sistemas, processos e todo o desenvolvimento da empresa em geral. A empresa não forneceu dados financeiros para que possamos estuda-los e analisa-los, com isso fica inconclusivo no quesito matemática financeira. Na Administração de cargos e salários, podemos observar que para os gestores o grande benefício está na quantidade e na qualidade dos candidatos. Foi possivel concluir também que, o salário pago aos colaboradores da organização é justo e condizem com as condições de trabalho. A Renascer Construções Elétricas se preocupa em aprimorar os conhecimentos de seus funcionários, em busca de expandir os negócios para se manter no mercado de trabalho. A RCE é uma organização com grande potencial de crescimento, porém, é necessários realizar alguns ajustes na gestão da empresa. A mesma se mantem no mercado a muitos anos e já conquistou o respeito de seus clientes, funcionários e concorrentes. 22 6. REFERÊNCIAS LIVRO-TEXTO – Unidades de I à IV – UNIP. Administração de Cargos e Salários. Disponível em: https://ava.ead.unip.br/webapps/blackboard/content/listContent.jsp?course_id=_5238 1_1&content_id=_805657_1 / Acesso em: 15 mar. 2021. LOPES, Fernando José. Administração de Cargos e Salários. São Paulo: Editora Sol JARDEWESKI, Cley Jonir Foster. Tecnicas e metodos de avaliaçao de desempenho.Curitiba: InterSaberes, 2014 LUCENA, M.D.S.Avaliacao de desempenho.Sao paulo: atlas, 1995 Avaliacao de desempenho./ Eduardo A. Simoes Geraldes; Ivy Judensnaider; Mauricio Felippe Manzalli. - Sao Paulo: Editora Sol.