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1 TESTES SOROLÓGICOS E TRICOGRAMA 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA ...................................................................................................... 2 Tricograma ................................................................................................................... 3 TRICOGRAMA ........................................................................................................... 8 DEFINIÇÃO ................................................................................................................. 8 TÉCNICA ..................................................................................................................... 8 RESULTADOS GERAIS ............................................................................................. 9 Métodos de diagnóstico sorológico ............................................................................. 13 A MICROPLACA ELISA EUROIMMUN ................................................................. 21 PRINCÍPIO DO TESTE ............................................................................................. 21 VANTAGENS ............................................................................................................ 23 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 25 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Tricograma O tricograma consiste numa observação ao microscópio de um pelo previamente extraído (Campbell, 2004). Utiliza-se uma pinça simples ou uma pinça hemostática para remover os pelos, na direção em que estes saem da pele, evitando assim traumas no pelo (Wilkinson & Harvey, 1996; Miller et al., 2013). São colocados cerca de vinte a trinta pelos numa lâmina de microscópio, orientados na mesma direção e mantendo-se estabilizados através de fita-cola ou óleo mineral Representação do ciclo do crescimento do pelo. Legenda: A- Anagénese, Fase de crescimento, Mitose das células epiteliais; B- Catagénese precoce, Fase transitória, Constrição no bulbo piloso; CCatagénese, Folículo distal enrugado empurra o pelo; D- Telógenese, Fase de descanso, Papila Folicular separa-se e um filamento epitelial forma o germe secundário; E- Anagénese precoce, Crescimento do germe secundário ao encontro da papila e formação de um novo bulbo; F- Exogénese, Perda do pelo antigo; GAnagénese, Pelo alonga-se durante o crescimento (Adaptado de McGavin & Zachary, 2007). Prélaud, 1999; Hnilica, 2011). As amostras são observadas microscopicamente, com uma intensidade de luz média e ampliação de 40x, 100x e 250x (Guagère & Prélaud, 1999). Cada porção do pelo permite-nos retirar informações sobre 4 afeções distintas: a observação da haste pilosa permite distinguir entre a presença de prurido e causas não traumáticas de queda de pelo, o pelo em si fornece-nos dados acerca da presença de fungos ou ectoparasitas e as raízes da regularidade do ciclo folicular (Hnilica, 2011). As distintas apresentações do pelo no tricograma, quer na ausência de patologia, quer em doenças específicas, estão representadas na tabela 1 e figura 4. Através deste exame é possível então avaliar se a alopécia do animal se deve a excesso de lambedura ou contacto com superfícies, devido a prurido ou a devido a uma causa não pruriginosa como displasia folicular ou doença endócrina (Mueller, 2008; Frank, 2014). No primeiro caso as hastes encontram-se quebradas, tornando-se muito útil no diagnóstico, especialmente de gatos em que os donos não identificam o prurido (Frank, 2014). A observação do pelo também possibilita a identificação de esporos de Dermatophyte ectothrix spp., apresentando-se como pequenas estruturas esféricas em fila ao longo deste (Paterson, 2008). Podem ser visíveis ovos de ectoparasitas nos casos de pediculoses ou infestação por Cheyletiella spp. (Hnilica, 2011). 5 O tricograma é muito útil aquando da presença de ácaros de Demodex spp., especialmente em regiões onde se torna difícil a execução de raspagens, como as áreas interdigitais (Lewis, 2011). Um estudo conduzido por Saridomichelakis et al. (2007), refere a sensibilidade do tricograma na demodicose, tendo sido encontrado em 85,1% destes pelo menos um parasita. Outras anomalias na estrutura do pelo, como trichorrhexis nodosa ou pili torti, podem ser analisadas ao microscópio. 6 Ao analisar as raízes pilosas é possível avaliar se este se encontra normal, já que a maioria dos pelos deverá estar em telogénese, identificando-se apenas alguns pelos na fase de crescimento de anagénese (Frank, 2014). A presença de grânulos de melanina, de dimensões anormais e escassamente estendidos é sugestivo de displasia folicular por diluição de cor ou alopécia por diluição de cor (Wilkinson & Harvey, 1996; Campbell, 2004). Este fenómeno não é comum, sendo uma doença dermatológica hereditária observada predominantemente em cães, no entanto já foi reportada em gatos com pelagem azul e creme (Gross et al., 2005). Tabela 1: Características do pelo e bulbo piloso no tricograma normal e em doenças dermatológicas (Adaptado de Campbell, 2004). 7 8 TRICOGRAMA DEFINIÇÃO O tricograma constitui-se como um método rápido e pouco dispendioso de diagnóstico em dermatologia veterinária, cujo procedimento consiste em recolher amostras de pêlo através da sua tração da pele e posterior exame microscópico (Scott et al., 2002). Este método fornece informações sobre a raiz, haste e extermidade distal dos pelos, revelando-se de grande utilidade no auxílio ao diagnóstico de patologias como alopécia psicogénica, alopécia por diluição de cor, dermatofitose, tricorrexis nodosa, displasias foliculares nutritivas ou congénitas, tricomalácia, tricoptilose, defluxo telogéneo, defluxo anagéneo, pili torti, alopécia endócrina e transtornos pigmentares do desenvolvimento piloso (Scott et al., 2002). TÉCNICA Embora o conceito simplificado de tricograma seja a recolha de amostas de pêlo para posterior visualização ao microscópio, poderão utilizar-se diversas técnicas quer na obtenção das amostras, quer no processamento das mesmas. Assim sendo, essa recolha pode ser realizada com o auxílio de uma pinça, com a ponta dos dedos (Scott et al., 2002), com uma tira de fita-cola, ou até mesmo através do método de escovagem (Dhurat & Saraogi, 2009). Quando se utiliza a pinça hemostática, esta poderá ter a sua extremidade distal revestida a borracha, sendo igualmente importante tracionar os pêlos seguindo a direção sobre a qual estes emergem da pele,de modo a reduzir ao mínimo os artefactos traumáticos (Scott et al., 2002). Deverá repetir-se este procedimento até se obter, pelo menos, vinte pêlos (Nesbitt & Ackerman, 1998). Os pêlos serão tracionados completamente pela raiz e posteriormente colocados numa lâmina de microscópico com uma gota de óleo mineral e uma lamela sobre 9 si, orientados na mesma direção. A visualização ao microscópio será feita com uma objetiva de baixa ampliação (10x) (Scott et al., 2002). Realiza-se o mesmo procedimento de recolha e posterior processamento da amostra quando se utiliza a ponta dos dedos para tracionar os pêlos, em substituição à pinça hemostática (Scott et al., 2002). A recolha com tira de fita-cola embora não seja muito usada em tricografia, revelase bastante rápida e eficaz, contudo, mais traumática para o pêlo. Nesta técnica, a face adesiva da fita-cola ficará em contacto com o pêlo, sendo destacada num movimento rápido na direção do crescimento do mesmo, repetindo-se este procedimento várias vezes. Este método não requer a fixação do material com óleo mineral, uma vez que a tira de fita-cola será colada diretamente na lâmina para visualização (Guaguère e Prélaud, 1999). Quanto ao processo de escovagem, este poderá realizar-se, por exemplo, com o auxílio de uma escova de dentes. Deste modo, em movimentos repetidos, passa-se a escova pelo mesmo local na pelagem, até que se obtenha a quantidade de pêlos necessária à realização do tricograma. O processamento da amostra é o já descrito nos métodos de tração com pinça e com a ponta dos dedos (Dhurat & Saraogi, 2009). RESULTADOS GERAIS O exame microscópico do pêlo permitirá avaliar parâmetros como a integridade da extremidade distal, a fase do ciclo de crescimento e a sua pigmentação, através da visualização das principais estruturas pilosas (raiz, haste e ponta), auxiliando na determinação de alguns aspetos do diagnóstico dermatológico (Mur, 1997; Nesbitt & Ackerman, 1998; Paterson, 2008). Assim sendo, este irá iniciar-se com a observação da raiz do pêlo e respetivos bulbos pilosos, estruturas que permitem a avaliação da fase do ciclo de crescimento de cada pêlo, bem como a existência de alguns parasitas (ex: Demodex) (Scott et al., 2002; Paterson, 2008). O bulbo piloso pode encontrar-se em anagénese ou telogénese. Quando em anagénese, os bulbos são arredondados, lisos, 10 brilhantes, em forma de gancho, muitas vezes pigmentados e frágeis, de tal forma que a raiz pode mesmo dobrar-se (Nesbitt & Ackerman, 1998; Scott et al., 2002). Por sua vez, quando em telogénese, apresentam-se em forma de lança, de superfície rugosa, não pigmentados e habitualmente retos. Embora presentes, os pêlos em catagénese são raramente visíveis e os seus bulbos têm uma aparência intermédia entre as duas fases anteriores (Scott et al, 2002). Em animais adultos saudáveis existe uma mistura de pêlos em anagénese e telogénese, cuja proporção varia de acordo com fatores como a raça, estação do ano, maneio, entre outros. Esta proporção poderá ser determinada classificando os bulbos de aproximadamente 100 pêlos, contudo, por não existirem valores normais bem estabelecidos, os autores raramente registam esta proporção, embora o seu cálculo possa revelar-se de extrema importância (Scott et al., 2002). Em casos de defluxo telogéneo, todos os pêlos se apresentam em telogénese (Mur, 1997). Do mesmo modo, quantidades inadequadas de pêlos em telogénese (ex: no Verão a maioria encontra-se em telogénese, quando a proporção deveria rondar os 50:50), sugerem a existência de uma patologia endócrina, nutricional, ou metabólica (Scott et al., 2002). A etapa seguinte é a avaliação da haste pilosa. Uma haste pilosa normal possui um diâmetro uniforme, que vai diminuindo suavemente até à ponta, uma cutícula facilmente visível, bem como um córtex e medula perfeitamente delimitados. Os pêlos que se apresentam inadequadamente frisados, malformados e de tamanho pouco comum, sugerem a existência de uma patologia subjacente, seja ela nutricional, metabólica, ou uma anomalia congénita hereditária (Scott et al., 2002). Sempre que se observem pêlos quebrados de modo repentino ou partidos longitudinalmente, embora com hastes normais, estes representam um indicador de traumatismo externo, provocado por comportamentos excessivos como coçar ou lamber. Tais alterações podem verificar-se em patologias como a alopécia por diluição de cor e outros transtornos congénitos hereditários, na alopécia areata, na tricorrexis nodosa, na tricomalácia e na dermatofitose (Scott et al., 2002). O diagnóstico de dermatofitose é possível após adicionar à amostra Hidróxido de Potássio (KOH) a 20%. 11 Após trinta minutos, procede-se ao exame microscópico, podendo visualizar-se desta forma as hifas e esporos (pequenas estruturas esféricas) do fungo no pêlo. Embora simples, este método requer uma certa experiência, uma vez que não é fácil distinguir elementos fúngicos provenientes de dermatófitos de outros, característicos de fungos contaminantes (Mur, 1997). No caso de infestação por piolhos, poderão ser também visualizados ovos aderidos à haste pilosa (Paterson, 2008). A pigmentação dos pêlos depende da raça do animal e da cor do manto, contudo, nas zonas em que a coloração do manto é uniforme, este parâmetro não deverá variar muito entre um pêlo e outro. Por outro lado, os pêlos dos animais com diluição de cor normal não deverão ser confundidos com uma entidade patológica, uma vez que anomalias de pigmentação associadas à alopécia por diluição de cor não se encontram ainda bem estudadas (Scott et al., 2002). Sempre que se observem alterações de pigmentação, devem considerar-se em primeiro lugar fontes externas tais como tingimento por saliva, exposição solar, medicações tópicas ou produtos químicos, bem como fatores que influenciam a transferência do pigmento até à haste pilosa, sejam eles provocados por fármacos, desequilíbrios nutricionais, transtornos endócrinos ou desordens idiopáticas (Scott et al., 2002). A última etapa será a avaliação da extremidade distal ou ponta do pêlo. A sua examinação é particularmente útil em casos em que este se apresente quebrado, terminando em forma de escova, pois constitui-se como um importante indicador da presença de trauma auto-induzido por excesso de lambedura (Mur, 1997; Paterson, 2008). Nestes casos, as extremidades do pêlo não só se apresentam danificadas, como se poderão observar fragmentos de pêlos ingeridos nas fezes (Guaguère & Prélaud, 1999). Assim sendo, este achado pode auxiliar no diagnóstico da alopécias com origem pruriginosa ou psicogénica no gato. Por outro lado, quando a extremidade do pêlo está intacta, indica que o animal não está a contribuir para a alopécia, ou seja, torna-se importante considerar as causas de alopécia espontânea (Mur, 1997). Por vezes também se visualizam no tricograma cilindros de queratina na porção proximal do pêlo. Estes indicam alteração do processo de queratinização folicular e 12 observam-se em patologias como a seborreia primária, demodecose, adenite sebácea, foliculite bacteriana, displasia folicular e endocrinopatias (Paterson, 2008). No Quadro 6 apresenta-se a interpretação de um tricograma relativamente aos possíveis diagnósticos diferenciais, de acordo com o conjunto de parâmetros observados Interpretação de Tricograma (Guaguère & Prélaud, 1999) 13 Métodos de diagnóstico sorológico Existem vários testes que detectam anticorpos séricos específicos para N. caninum, principalmente em cães e bovinos (Tabela 1) (Atkinson et aI., 2000). Os mais utilizados são a reação de imunofluorescência indireta – IFI - e o teste imunoenzimático (Enzyme-/inked Immunosorbent Assay - ELlSA) (Pereira-Bueno et aI., 2003). 14Os testes sorológicos de IFI e de ELlSA necessitam do conjugado (anticorpo secundário espécie-específico) para detectar os anticorpos de N. caninum. Os antígenos de N. caninum podem ser naturais ou recombinantes, e diferem de acordo com o teste sorológico. No método da IFI, os taquizoítas inteiros são fixados nas lâminas, e nos diferentes tipos de ELlSA, utilizam o extrato de taquizoítas (taquizoítas inteiros; antígenos de taquizoítas incorporados a um complexo imunoestimulante e antígenos recombinantes) . Os taquizoítas são obtidos de cultivo in vitro de cepas de N. caninum isoladas de bovinos e de cães, e não existem indicações que possíveis pequenas diferenças antigênicas entre os isolados afetem a eficácia dos testes (Yamane et aI., 1997). 15 TESTE DE ELISA O teste de “ELISA” (do inglês “Enzyme Linked ImmunonoSorbent Assay) se baseia reações antígeno-anticorpo detectáveis através de reações enzimáticas. A enzima mais comumente utilizada nestas provas é a peroxidase, que catalisa a reação de desdobramento da água oxigenada (H2O2) em H2O mais O2. Existem vários modelos de testes de ELISA; em sua forma mais simples, chamada ELISA indireto, um antígeno aderido a um suporte sólido (placa de ELISA) é preparado; a seguir coloca-se sobre este os soros em teste ( ex. soro humano), na busca de anticorpos contra o antígeno. Se houver anticorpos no soro em teste ocorrerá a formação da ligação antígeno-anticorpo, que posteriormente é detectada pela adição de um segundo anticorpo dirigido contra imunoglobulinas da espécie onde se busca detectar os anticorpos (humana, no caso), a qual é ligada à peroxidase. Este anticorpo anti-IgG, ligado à enzima denomina-se conjugado. Ao adicionar- se o substrato apropriado para a enzima (isto é, H2O2 dissolvida em uma substancia química que dá uma reação colorida quando H2O2 é desdobrada). Os orifícios onde ocorreu a reação antígeno-anticorpo apresentam uma coloração (variável dependendo do substrato). 16 Outro método é o chamado ELISA de bloqueio ou competição, em que a presença de anticorpos em determinado soro é revelada pela competição com um anticorpo específico (mono ou policlonal) dirigido contra o antígeno. Igualmente, o resultado é dado pela adição de um conjugado, porém a coloração aparecerá nos orifícios onde não havia anticorpos. A seguir, temos um modelo de teste de ELISA de bloqueio, desenvolvido por nós e utilizado amplamente em nosso laboratório para o diagnóstico de anticorpos contra herpesvírus bovinos. Método: 1 – Sensibilizar as placas de ELISA com o antígeno, previamente diluído (no nosso exemplo, diluído a 1/200, correspondente à diluição considerada ótima em titulações anteriores), em tampão carbonato (vide fórmulas no final), 100 ul por orifício, e incubar overnight a 4 oC. Isto permitirá a ligação do antígeno à placa. 2- No dia seguinte, remover a solução de antígeno e lavar a placa 3 vezes com líquido de lavagem de ELISA (PBS-T20), em volume de 100 ul por orifício. 17 3- A placa pode então ser armazenada para uso posterior (em sacos plásticos fechados a – 20 oC, ou utilizada imediatamente. 18 4- Acrescentar os soros a testar em uma diluição previamente determinada ( ½ em nosso exemplo), preparada em líquido de lavagem, em volumes de 100 ul/orifício. Incubar por uma hora a 37 oC. 19 5- Remover a diluição dos soros e lavar três vezes com líquido de lavagem. 6- Acrescentar 100 ml por orifício de uma diluição apropriada do anticorpo monoclonal (1:1000 em nosso exemplo), preparada em líquido de lavagem. Incubar por uma hora a 37 oC. 20 7 - Remover o anticorpo monoclonal e lavar três vezes com líquido de lavagem. 8- Acrescentar 100 ml por orifício de uma diluição apropriada do conjugado (anti- IgG de camundongos; 1:1000 em nosso exemplo), preparada em líquido de lavagem. Incubar por uma hora a 37 oC. 9- Remover a diluição de conjugado e lavar três vezes com líquido de lavagem. 10- Acrescentar 100 ml por orifício de uma solução de OPD (ortofenilenodiamina) preparada em tampão citrato-fosfato acrescentado de 0,001% de H2O2. Incubar por 15 minutos a 37 oC. 11- A reação é interrompida pela adição de 50 ml por orifício de uma solução de H2SO4 2M. 12- Os resultados são obtidos com base na leitura da densidade ótica (D.O.) em espectrofotômetro com filtro de 492 nm. 21 A MICROPLACA ELISA EUROIMMUN O teste de ELISA baseia-se em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas (teste imunoenzimático). A enzima mais comumente usada nesta prova á a peroxidase, responsável por catalisar a reação de desdobramento da água oxigenada (H2O2) em H2O mais O2. PRINCÍPIO DO TESTE O antígeno purificado fica aderido aos poços da microplaca de poliestireno (fase sólida). Em seguida, adiciona-se o soro do paciente e, caso a amostra seja positiva, anticorpos específicos se ligam aos antígenos da fase sólida. Na segunda etapa, inclui-se um segundo anticorpo dirigido contra as imunoglobulinas da espécie, que é ligado à peroxidase (conjugado). Ao adicionar-se o substrato apropriado para a enzima, ocorre a reação de cor. 22 Os orifícios onde ocorreu a reação antígeno-anticorpo apresentam uma coloração. A intensidade da cor produzida é proporcional à concentração de anticorpos na amostra de soro. 23 VANTAGENS ELISA monoespecífico (imunoensaio enzimático com um único antígeno) proporciona material in-vitro quantitativo para detecção de anticorpos. O perfil de ELISA proporciona um material in-vitro semiquantitativo para detecção de diferentes anticorpos em uma única microplaca. A fase sólida do Pool ELISA é coberta com uma composição de antígenos para detecção semiquantitativa de anticorpos cuja especificidade deve ser investigada em sequência através de material monoespecífico. 24 25 BIBLIOGRAFIA 1.Coons AH, Creech HJ, Jones RN, Berliner E. The Demonstration of Pneumococcal Antigen in Tissues by the Use of Fluorescent Antibody. J Immunol. 1942;45:159-70. 2. Beutner EH. The development of immunofluorescence and the immunopathology of the skin. Int J Dermatol. 2003;42:99-109. 3. Aoki V. Imunofluorescência, immunoblotting e imunoprecipitação. In: Sampaio SA, Rivitti E, eds. Dermatologia. 3 ed. Sao Paulo: Artes Médicas; 2007. p.127- 38. 4. Beutner EH, Jordon RE. Demonstration of Skin Antibodies in Sera of Pemphigus Vulgaris Patients by Indirect Immunofluorescent Staining. Proc Soc Exp Biol Med. 1964;117:505-10. 5. 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