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3 Resumo Exame Parasitológico de Sangue e Tecidual

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diagnóstico laboratorial de parasitos sanguíneos e teciduais
Diagnóstico Laboratorial Aplicado 9
* Diagnosticados com base em amostras de sangue periférico ou amostras teciduais.
* Exemplos: Plasmodium spp.; Wuchereria bancrofti, Leishmania spp.; Tryoanissoma cruzi.
* Diagnóstico Clínico-Epidemiológico + Diagnóstico Laboratorial (Métodos parasitológicos, imunológicos e moleculares).
* Métodos laboratoriais possuem grande valia para o diagnóstico de infecções por esses parasitos.
* Escolha de um teste deve ser norteado pela suspeita clínica e a interpretação dos seus resultados deve ser cautelosa.
* Quando interpretados corretamente, os testes são úteis para o manejo clínico do paciente, auxiliam na instituição da terapêutica específica (quando aplicável), o que reduz a letalidade e potencialidade de sequelas associados à essas infecções.
* Além disso, constituem parte importância da vigilância e controle, uma vez que casos de malária, doença de Chagas e leishmanioses devem ser notificados e investigados.
métodos parasitológicos
exame direto a fresco
* Material: sangue coletado no nódulo da orelha, punção de polpa digital ou punção venosa.
* Gota de sangue entre lâmina e lamínula analisados na objetiva de 40X - 100X.
* Mais indicado para pesquisa de Tripanossomos e Microfilárias, devido à forma peculiar e movimentação característica.
* Detecta forma e movimento.
* Desvantagens: requer processamento rápido, sensibilidade reduzida em baixas cargas parasitárias, não permite detalhamento morfológico.
esfregaço delgado
* Coloração: Necessária para a identificação das formas evolutivas e/ou diferenciação das espécies, permitindo observar a morfologia detalhada e facilitando a identificação.
· Giemsa: mais demorado, melhor qualidade, maior duração.
· Leishman: mais rápido, qualidade média, duração média.
* Menor sensibilidade quando a parasitemia é baixa.
* Vantagem: permite melhor estudo da morfologia do parasito e das alterações características do eritrócito parasitado.
* Desvantagem: menor sensibilidade; distribuição de leucócitos e parasitos não se dá ao acaso (leucócitos maiores e estágios mais avançados dos parasitos localizam-se nas bordas e final do esfregaço) (malária)
esfregaço espesso (gota espessa)
* Material: sangue coletado no nódulo da orelha, punção de polpa digital ou punção venosa.
* Coloração: Necessária para a identificação das formas evolutivas e/ou diferenciação das espécies, permitindo observar a morfologia detalhada e facilitando a identificação. Reque uma etapa prévia de desemoglobinização (“limpa o campo de análise”) com solução hipotônica de azul de metileno.
· Giemsa: mais demorado, melhor qualidade, maior duração.
· Leishman: mais rápido, qualidade média, duração média.
* É necessário um alto grau de claridade e nitidez microscópica para reconhecimento dos pequenos exemplares de Plasmodium spp. em uma gota espessa desemoglobinizada.
· Desemoglobinização pode levar a certa distorção do parasito
* Vantagens: mais sensível; por sofrer desemoglobinização o processo de coloração é mais rápido; a distribuição dos parasitos e leucócitos se dá ao acaso em toda a amostra, portanto pode-se avaliar a parasitemia cintando-se o número de parasitos em relação a um determinado número de leucócitos (malária), avaliando assim a carga parasitária.
* Desvantagens: requer maior experiência do analista, requer processamento rápido para evitar a fixação da hemoglobina.
Observação: em inquéritos epidemiológicos combinam-se os métodos de esfregaço delgado e espesso.
métodos de concentração
* Aumentam o número de organismos recuperados (concentram as formas parasitárias) nas amostras sanguíneas, ampliando a sensibilidade da técnica.
* Indicados principalmente para a concentração de tripanossomos e microfilárias quando os organismos suspeitos não são identificados no exame a fresco ou em esfregaços sanguíneos.
* Exemplos para Pesquisa de Tripanossomos
· Centrifugação tríplice
· Centrifugação em micro-hematócrito: obter o creme leucocitário (interface plasma e eritrócitos), local de maior concentração dos tripanossomos.
· Método de Strout
* Exemplos para Pesquisa de Microfilárias
· Técnica da membrana filtrante: membrana de policarbona (padrão-ouro).
métodos parasitológicos indiretos
* Requerem uma etapa de amplificação do número de parasitos presentes na amostra.
* A aplicação é mais usual em centros de pesquisa ou de referência.
* Vantagens: alta especificidade; permitem o isolamento e identificação da espécie; maior sensibilidade que os métodos parasitológicos diretos.
* Desvantagens: alto custo; risco de contaminações; resultados demorados.
* Xenodiagnóstico Direto: pesquisa de Trypanossoma cruzi. Fêmea do triatomíneo se alimenta do sangue a ser pesquisado de forma direto, ou seja, a própria fêmea realiza o repasto sanguíneo no paciente.
* Xenodiagnóstico Indireto: pesquisa de Trypanossoma cruzi. Fêmea do triatomíneo se alimenta do sangue a ser pesquisado de forma indireta, ou seja, o sangue é previamente coletado.
* Hemocultura: pesquisa de Trypanossoma cruzi e Leishmania spp. Utiliza-se meio de cultura que mimetiza o ambiente intestinal do vetor.
· Observação: no caso de leishmaniose a cultura é realizada em amostra de aspirado de medula óssea ou fragmentos de biópsia como biópsia de pele.
* Inoculação em Animais: pesquisa de Trypanossoma cruzi e Leishmania spp. Método menos utilizado.
doença de chagas
* Agente Etiológico: Trypanossoma (Schizotrypanum) cruzi.
* Diagnóstico laboratorial relacionado com a fase da infecção em que o infectado se encontra.
fase aguda
Diagnóstico Parasitológico
* Exame parasitológico é o mais indicado nesta fase. Este critério é definido pela presença de formas tripomastigotas de T. cruzi, identificadas por meio do exame direto do sangue periférico (com ou sem centrifugação prévia) com o uso de microscopia (com ou sem coloração).
* Quando os resultados do exame a fresco e de concentração forem negativos na primeira coleta, devem ser realizadas novas coletas até a confirmação do caso e/ou desaparecimento dos sintomas da fase aguda, ou ainda confirmação de outra hipótese diagnóstica.
* Sensibilidade depende do nível de parasitemia.
* Pesquisa a Fresco de Tripanossomatídeos: de execução rápida e simples, sendo mais sensível que o esfregaço corado. A situação ideal é a realização da coleta com paciente febril e dentro de 30 dias do início de sintomas. Exame pode ser realizado diretamente ao microscópio em uma gota de sangue entre lâmina e lamínula, e a coleta deve ser realizada simultaneamente para métodos de concentração do sangue.
* Métodos de Concentração: são de rápida execução e baixo custo (método de Strout, micro-hematócrito e creme leucocitário), e são recomendados como primeira escolha de diagnóstico para casos sintomáticos com mais de 30 dias de evolução, devido ao declínio da parasitemia com o decorrer do tempo. As amostras de sangue devem ser examinadas dentro de 24 horas, devido à possível lise dos parasitos
* Avaliações por exame direto de lâmina corada de gota espessa ou de esfregaço sanguíneo podem ser utilizadas, mas apresentam menor sensibilidade. Representam métodos importantes para a comprovação e caracterização morfológica, especialmente em áreas geográficas onde a infecção por Trypanosoma rangeli pode coexistir com T. cruzi.
Diagnóstico Sorológico
* Baseia-se em métodos indiretos para diagnóstico que podem ser realizados quando os exames parasitológicos forem negativos e a suspeita clínica persistir. Tais métodos têm utilidade complementar, e devem sempre ser realizados em casos suspeitos ou confirmados de doença de Chagas aguda.
* Casos em que não se identifica o parasito na pesquisa direta, a verificação da presença de anticorpos anti-T. cruzi da classe IgM no sangue periférico é considerada sugestiva da fase aguda, particularmente quando associada a contexto epidemiológicoe manifestações clínicas.
* Soroconversão para infecção por T. cruzi é definida pela presença de uma primeira amostra de soro não reagente para anticorpos anti-T. cruzi, associada a uma segunda amostra reagente (coletada 2 a 4 semanas após), com base em um ensaio que inclua ambas as amostras simultaneamente. Por outro lado, o aumento de pelo menos dois títulos entre duas amostras reagentes com intervalos de 2 a 4 semanas, em um contexto clínico e epidemiológico favorável para doença de Chagas aguda, pode ser considerado sugestivo também de doença de Chagas aguda.
* Existem dificuldades no Brasil para a realização de testes sorológicos em pacientes na fase aguda, devido à falta de kits comerciais registrados aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e à dificuldade de obtenção de controles positivos para IgM.
* Tem-se recomendado que sejam implantadas metodologias de imunofluorescência indireta (IFI) com pesquisa de IgM em laboratórios de referência, além das técnicas convencionais já utilizadas, como IFI com pesquisa de IgG, hemaglutinação indireta (HAI) e ensaio imunoenzimático (ELISA).
fase crônica
Diagnóstico Parasitológico
* Na fase crônica a parasitemia é subpatente.
* Métodos parasitológicos de enriquecimento/multiplicação, hemocultura e xenodiagnóstico apresentam comprovadamente baixa sensibilidade, o que implica a ausência de valor diagnóstico quando o resultado for negativo. Quando apresentam resultados positivos, possuem utilidade principalmente no controle do tratamento específico ou nos casos não usuais, quando a sorologia apresenta resultados inconclusivo.
* Métodos convencionais indiretos para o isolamento e a identificação de T. cruzi (xenodiagnóstico e hemocultura) apresentam baixa sensibilidade, que pode ser aumentada por meio da sua repetição. Um exame negativo não afasta a possibilidade da infecção, mas um exame positivo tem valor diagnóstico absoluto.
· Xenodiagnóstico (sensibilidade de 55%)
· Hemocultura (sensibilidade de 69%)
Diagnóstico Sorológico
* Padrão ouro na fase crônica da doença.
* Deve ser realizado utilizando-se um teste com elevada sensibilidade em conjunto com outro de alta especificidade.
* Considera-se indivíduo infectado na fase crônica aquele que apresenta anticorpos anti-T. cruzi da classe IgG detectados por meio de dois testes sorológicos com princípios/métodos distintos ou que possuam diferentes preparações antigênicas. O diagnóstico diferencial com outras doenças (por exemplo, leishmaniose visceral, hanseníase na forma clínica virchowiana, doenças autoimunes, entre outras) deve ser considerado.
* Diagnóstico na fase crônica é essencialmente sorológico, e deve ser realizado utilizando-se um teste com elevada sensibilidade (ELISA com antígeno total ou IFI) em conjunto com outro método com elevada especificidade (HAI). 
· Testes ditos convencionais (HAI, IFI e ELISA) podem determinar o diagnóstico em quase 100% dos casos. 
· Testes não convencionais (com antígenos recombinantes, por exemplo) podem ser utilizados preferencialmente em paralelo com outro teste convencional clássico.
* Reações em Eluatos de Sangue: coletado em papel de filtro é desaconselhada para o diagnóstico de infecção, porém estas são habitualmente utilizadas em etapas de triagem em inquéritos epidemiológicos.
* Reação de Guerreiro e Machado: (ou fixação de complemento) para doença de Chagas não atende aos padrões exigidos atualmente, além de não estar disponível no mercado, não sendo, portanto, indicada.
* Prova de Quimioluminescência: permite a identificação de anticorpos da classe IgG. Embora existam alguns kits disponíveis no mercado, a técnica ainda não é recomendada pelo Ministério da Saúde do Brasil.
malária
* Agente Etiológico:
· Plasmodium falciparum
· Plasmodium vivax: mais prevalente no Brasil.
· Plasmodium malariae
· Plasmodium ovale
* Diagnóstico confirmatório da malária é feito pelo exame microscópico do sangue, necessitando de material e reagentes adequados, bem como de técnicos bem treinados para sua realização, objetivando a detecção e diferenciação das espécies de plasmódios.
* Exame microscópico do sangue pode ser feito em esfregaço delgado (distendido) ou espesso (gota espessa). A gota espessa é corada pela técnica de Walker (azul de metileno e Giemsa) e o esfregaço delgado é corado pelo Giemsa, após fixação com álcool metílico. Além do baixo custo, ambas permitem identificar, com facilidade e precisão, a espécie do plasmódio.
* Método da gota espessa é o mais utilizado, uma vez que a concentração do sangue por campo microscópico favorece o encontro do parasito.
gota espessa
* Melhor preparação para o diagnóstico de malária (padrão-ouro) é obtida com amostra de sangue colhida diretamente por punção digital ou venosa sem anticoagulante. Após a coleta, a lâmina deve ser mantida em temperatura ambiente para secagem da gota de sangue.
* Sangue colhido com anticoagulante não é indicado para o preparo da gota espessa, por não apresentar boa fixação na lâmina, podendo desprender-se no ato da coloração ou durante a lavagem.
* Sangue deve estar distribuído o mais homogeneamente possível, para que os elementos sanguíneos e os parasitos se disponham de maneira uniforme em toda a amostra;
* Uma gota espessa adequada deve ter de 1 cm2 a 1,5 cm2 de superfície, o que aproximadamente equivale a 500 a 800 campos microscópicos, quando se trabalha com aumento de 700 a 800 vezes. Nesse caso, é encontrada uma média de 10 a 20 leucócitos por campo.
* Adapta-se ao panorama das áreas endêmicas; permite identificar as espécies de Plasmodium (tratamento, prognóstico e controle); permite quantificar a parasitemia (prognóstico).
* Vantagens: 
· Aumenta a probabilidade de se encontrar parasitos, o que a torna o método de eleição para o diagnóstico de malária (e de outros hemoparasitos);
· Por ser desemoglobinizada, o processo de coloração é mais rápido, permitindo o processamento de grande número de amostras;
· Distribuição dos parasitos e leucócitos se dá ao acaso em toda a amostra. Portanto, pode-se avaliar a parasitemia contando-se o número de parasitos em relação a um determinado número de leucócitos.
* Desvantagens:
· Requer experiência para a identificação de espécies, uma vez que a morfologia do parasito altera-se durante o processo de desemoglobinização;
· Requer processamento parcial ou total relativamente rápido depois de colhida a amostra, para evitar a fixação de hemoglobina, a supercoloração e a descoloração.
* Fatores que podem interferir nos resultados obtidos: a habilidade técnica no preparo da lâmina, seu manuseio e coloração; qualidade ótica e iluminação do microscópio; competência e cuidado por parte do microscopista; grau de parasitemia.
esfregaço delgado
* Vantagens
· Por fixar as hemácias, permite melhor estudo da morfologia do parasito e das alterações características do eritrócito parasitado, viabilizando conferir o diagnóstico da gota espessa, em situações de dúvida.
· Por ser fixado e não submetido à desemoglobinização, a perda de parasitos é bem menor que na gota espessa. Essas amostras resistem mais ao atrito quando da remoção do óleo de imersão, são mais duráveis e conservam por muito tempo a coloração original (enquanto que a gota espessa pode facilmente apresentar alteração tintorial).
· Permite a determinação percentual da parasitemia, mediante a contagem de eritrócitos parasitados em 100 hemácias.
* Desvantagens 
· Por ter menos quantidade de sangue, espalhada em uma única camada, o esfregaço delgado ocupa maior área da lâmina, dificultando o encontro das hemácias parasitadas. Assim, não é indicado para diagnóstico inicial, especialmente em pacientes com parasitemias baixas.
· A distribuição de leucócitos e parasitos não se dá ao acaso (leucócitos maiores e estágios mais avançados dos parasitos localizam-se nas bordas e final de esfregaço). Portanto, precisa-se examinar uma área extensa para detectar todas as formas parasitárias, não estabelecendo uma boa correlação entre o número de parasitos e o de leucócitos.
diferenciação das espéciesde plasmodium
* Diferenciação Específica: formas ameboides encontradas no interior das hemácias, características do núcleo, do protoplasma e pigmento constituem elementos essenciais nesse processo, tamanho e quantidade desses elementos; alterações produzidas no glóbulo parasitado.
Plasmodium falciparum
* Trofozoíto Jovem: em forma de pequeno anel ou às vezes aberto, formando vírgulas, regulares, ligadas a uma, duas e até três pequenas massas de cromatina. Ausência de pigmento malárico. 
* Trofozoíto Maduro (Forma Rara): compacto, com aspecto sólido, sem vacúolo ou com pequeno vacúolo. Coloração mais escura que o mesmo estágio das outras espécies. Massa única de pigmento malárico, cuja cor varia do castanho ao negro.
* Esquizonte: redondo e de tamanho variado. Apresenta duas ou mais massas de cromatina e massa única de pigmento malárico. Comumente, não é visto em amostra de sangue periférico. Pode aparecer em infecções graves por esta espécie, assim como em pacientes esplenectomizados. Cada esquizonte pode apresentar de 8 a 40 merozoítos (cromatinas), usualmente de 16 a 24, assimetricamente arranjados.
· Raros na circulação periférica, pois as hemácias infectadas com esquizontes encontram-se aderidas no endotélio de vasos sanguíneos.
* Hemácias parasitadas podem apresentar-se com a superfície irregular, sem granulações de Schüffner nem aumento do diâmetro. Parasitemias mais altas são comuns nesta espécie. O parasitismo múltiplo da hemácia é comum nas infecções graves.
* Parasitos invadem hemácias jovens, maduras e velhas.
* Pigmento malárico pode ser encontrado nos leucócitos circulantes, sendo sinal de alerta para infecção grave.
* Gametócito: em forma de “banana”, “crescente” ou “salsicha”, é considerado típico dessa espécie. Entretanto, pode ficar arredondado quando a secagem da lâmina for demorada – por exemplo, nos locais de clima quente e úmido –, podendo confundir-se com formas de outras espécies. Os gametócitos aparecem por volta da segunda semana da parasitemia assexuada e podem permanecer no sangue periférico de 5 a 7 semanas.
* Rotineiramente, as únicas formas parasitárias do P. falciparum encontradas na leitura de uma lâmina de gota espessa são anéis (trofozoítos jovens e maduros) e gametócitos (em forma de banana).
* Nos casos de malária grave, podem ser encontradas todas as formas evolutivas descritas, acompanhadas de esquizontes, geralmente nos casos de elevada parasitemia devida à doença por mais de uma semana.
* O encontro de parasitos pequenos, médios e grandes é sinal de mais de uma geração, sendo raras as parasitemias sincrônicas, isto é, crescimento uniforme de uma única camada. A coleta de sangue realizada em diferentes horários pode acarretar resultados contraditórios, positivos ou negativos. Por isso, em alguns casos suspeitos, recomenda-se a coleta das lâminas em diferentes horários.
Plasmodium vivax
* Trofozoíto Jovem: em forma de anéis pequenos, às vezes abertos, mostrando apenas uma massa de cromatina (raramente duas). Pode ser confundido com os trofozoítos jovens do P. falciparum. Ausência de pigmento malárico. Os anéis podem ser maiores e, nesse caso, apresentam vacúolo claramente definido. 
* Trofozoíto Maduro: grande, amebóide e com vacúolo presente. Grânulos finos de pigmento malárico escuro no citoplasma, geralmente identificados como formas irregulares.
* Esquizonte: grande, redondo e com menos de 12 núcleos (cromatinas) quando ainda jovem. Grânulos de pigmento fino, escuro e difuso pelo citoplasma. Quando maduro, apresenta 12 a 24 merozoítos (cromatinas maiores), irregularmente arranjados. Grânulos de pigmento malárico visualizado, às vezes, como pequena massa escura numa parte do citoplasma. 
* Gametócito: redondo ou oval, com única massa de cromatina triangular ou redonda, tamanho variável. Pigmento malárico fino, difuso e escuro sobre o citoplasma. As formas mais evoluí das podem ser maiores que o microlinfócito.
* As hemácias parasitadas geralmente são jovens (reticulócitos) e apresentam granulações de Schüffner. Seu diâmetro pode estar aumentado pelo tamanho do parasito.
* Não apresenta pigmento malárico fagocitado por leucócitos no sangue periférico.
* No exame da lâmina de um paciente com malária causada por P. vivax são encontradas todas as formas evolutivas dessa espécie: anéis (trofozoítos jovens), formas irregulares (trofozoítos maduros), esquizontes e gametócitos.
Plasmodium malariae
* Trofozoíto: pequeno, redondo e compacto. Anéis de forma regular, com cromatina relativamente grande. Pigmento malárico mais evidente nas formas mais compactas. Pode ou não apresentar vacúolo. Quando maduro, apresenta massa de cromatina maior e grânulos grossos e escuros de pigmento malárico.
* Esquizonte: quando jovem, apresenta menos de 8 núcleos, sem citoplasma evidente. Grânulos de pigmento malárico grossos, sem formação de massa compacta. Quando maduro, tem de 8 a 12 merozoítos (cromatinas), às vezes em torno de uma massa compacta e escura de pigmento malárico (forma de rosácea). Os núcleos podem aparecer bem separados, sem citoplasma e espalhados de modo irregular. 
* Gametócito: semelhante ao trofozoíto maduro. Massa grande de cromatina, forma compacta, regular e bastante pigmento malárico grosso e escuro.
* Hemácia parasitada não aumentada e sem granulações de Schüffner. Invade preferencialmente hemácias velhas.
* No exame da lâmina de um paciente com malária causada por P. malariae são encontradas todas as formas evolutivas dessa espécie: anéis (trofozoítos), esquizontes e gametócitos.
* No esfregaço delgado, o trofozoíto maduro apresenta-se como “banda” ou “faixa” equatorial sobre a hemácia.
Plasmodium ovale
* Trofozoíto: quando jovem, pode parecer-se com o trofozoíto do P. vivax ou do P. malariae. Possui anéis com citoplasma compacto, podendo apresentar vacúolo. Quando maduro, apresenta- se redondo, com massa de cromatina de tamanho variável. Pigmento malárico escuro, porém mais claro que o de P. vivax e P. malariae.
* Esquizonte: com aproximadamente 6 a 8 merozoítos, distribuídos irregularmente ou em torno de uma massa compacta e escura de pigmento malárico, em aspecto de rosácea, semelhante ao do P. malariae.
* Gametócito: redondo ou oval, com única massa grande de cromatina. Grânulos de pigmento escuro.
* Hemácia parasitada pouco aumentada e com granulações de Schüffner, sendo os grânulos mais espalhados. A presença de granulações de Schüffner distingue esta espécie do P. malariae. A hemácia parasitada é ovalada.
* No exame da lâmina de um paciente com malária causada por P. ovale são encontradas todas as formas evolutivas dessa espécie: anéis (trofozoítos), esquizontes e gametócitos.
método tradicional de avaliação semiquantitativa (em cruzes)
* Número de campos a examinar: 100.
* Número inferior a 40 parasitos nos 100 campos examinados: anotar o número encontrado. Por exemplo: 37 V.
* Quando o número total de parasitos contados situar-se entre 40 e 60 parasitos por 100 campos, registrar: +/2 (meia cruz).
* A partir de um parasito por campo, o resultado será registrado como uma, duas, três ou quatro cruzes.
método de avaliação quantitativa pela contafem de 100 campos microscópicos
* Número de campos a examinar: 100.
* Usar ocular de 7,5x ou 10x e 100x na objetiva do microscópio.
* Assumir que nessas condições de leitura 100 campos microscópicos equivalem a 0,2 microlitros (μl) de sangue.
* Multiplicar por 5 o número de parasitos encontrados nos 100 campos examinados.
* Registrar o número encontrado no cálculo acima como a parasitemia por μl de sangue. Assim, o encontro de um único parasito em 100 campos examinados significa 5 parasitos/μl de sangue.
estimativa da parasitemia a partir da avaliação semiquantitativa
* Número de campos a examinar: 100.
* Classificar a parasitemia em cruzes, de acordo com o método tradicional de avaliação semiquantitativa, anteriormente mencionado.
* Registrar o intervalo de parasitemia por μl, conforme o quadro a seguir, lembrando que 100 campos microscópicos equivalem a 0,2μl de sangue.
teste de diagnósticorápido
* Recomendado em áreas sem acesso â microscopia.
leishmaniose visceral
* Agente Etiológico: no Brasil, Leishmania (Leishmania) infantum.
diagnóstico imunológico
* Exame imunológico mais utilizado no Brasil é a imunofluorescência indireta (RIFI) e os ensaios imunoenzimáticos. 
· RIFI: resultado da imunofluorescência indireta é normalmente expresso em diluições. Aceita-se como positivas diluições a partir de 1:80. Nos títulos iguais a 1:40, recomenda-se a solicitação de uma nova amostra em 30 dias. 
· ELISA: tem o seu resultado expresso em unidades de absorvância a um raio de luz, em uma reação com diluições fixas ou mais comumente, apenas como reagente ou não.
* Na presença de dados clínicos e laboratoriais, um teste sorológico reagente, reforça o diagnóstico de leishmaniose visceral. Entretanto, um teste reagente, na ausência de manifestações clínicas sugestivas de leishmaniose visceral, não autoriza o início do tratamento.
* Sensibilidade: 83-92%
* Especificidade: 72-87%
* Intradermorreação de Montenegro, ou teste de leishmanina, ao contrário do que ocorre na leishmaniose tegumentar, é sempre negativo durante o período de estado da doença, não sendo assim, utilizado para o diagnóstico. Ele torna‑se positivo após a cura clínica na maioria dos pacientes em um período de seis meses a três anos após o término do tratamento.
diagnóstico parasitológico
* Punção aspirativa esplênica é o método que oferece maior sensibilidade (90-95%) para demonstração do parasita (porém apresenta restrições quanto ao procedimento), seguida pelo o aspirado de medula óssea, biópsia hepática e a aspiração de linfonodos. Por ser um procedimento mais seguro, recomenda-se a punção aspirativa da medula óssea. O material aspirado deverá ser examinado segundo a sequência seguinte.
· Punção Aspirativa Esplênica: sensibilidade de 93-99%
· Técnica de risco para ruptura esplênica
· Punção Aspirativa de Medula Óssea: sensibilidade de 53-83%
· Biópsia Hepática: sensibilidade de 80%
· Punção Aspirativa de Linfonodos: sensibilidade de 53-65%
Exame Direto
* Uma gota do material aspirado é colocada em uma das extremidades da lâmina previamente limpa, e o material firmemente dispersado na outra direção. Após secagem, o esfregaço deverá ser fixado em álcool metílico e corado. Recomenda-se pelo menos quatro lâminas. Formas amastigotas do parasita podem ser visualizadas pelas colorações de Giemsa ou Wright, Leishman, Panóptico. O encontro de parasitas no material examinado depende do número de campos observados (200 campos devem ser examinados antes de se considerar uma lâmina como negativa). 
Isolamento em meio de Cultura (in vitro)
* Formas amastigotas do parasita, inoculadas em meios de cultura especiais, contendo agar e sangue de coelho, transformam‑se em formas promastigotas. O clássico meio de NNN é o mais comumente empregado. A utilização de meio líquido sobre o NNN, como o meio LIT ou de Schneider, aumenta e acelera a positividade da cultura. Uma gota do material aspirado deve ser diluído em 0,5 ml de solução salina (PBS ou NaCl a 0,9%) na própria seringa. Em seguida, 0,1 ml desta solução deve ser inoculada em condições estéreis, em dois tubos de cultivo. As culturas devem ser mantidas entre 24‑26°C e observadas em microscopia óptica comum ou invertida, semanalmente, até quatro semanas. Os tubos positivos devem ser encaminhados para laboratórios de referência para identificação da espécie.
Isolamento em Animais Susceptíveis (in vivo)
* A inoculação experimental em hamsters (Mesocricetus spp), de amostras de tecidos de pacientes com suspeita de leishmaniose visceral, não tem valor prático no diagnóstico da doença devido ao seu tempo de positividade (1 a 3 meses).
teste imunocromatográfico rápido
* Método sorológico que busca anticorpos anti-Leishmania.
* Recomendação: em área endêmica, febre de qualquer duração e esplenomegalia, febre de qualquer duração e hepatomegalia ou febre de duração igual ou superior a 14 dias.
* Devem ser acompanhados de uma síndrome febril, pois seu resultado isolado não apresenta “validade”.
diagnóstico molecular
* Método do PCR (amplificação do DNA do parasita) constitui-se em uma nova perspectiva para o diagnóstico da LV, pois apresenta 94% de sensibilidade. Entretanto, os seus resultados dependem de algumas variáveis envolvidas, entre elas temos: área endêmica; o tipo de amostra; o alvo do DNA utilizado para amplificação; o método de extração do DNA, etc.