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1 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S 2 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S 3 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Gildenor Silva Fonseca PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua- ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S 6 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! . É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Juliana Padilha 7 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Esta unidade apresentará os impactos motivados pela democra- tização da internet e o avanço das tecnologias. Essas inovações acarreta- ram em diversas mudanças, dentre elas, o acesso mais fácil às informa- ções. Consequentemente, tal fato tornou os consumidores mais exigentes. Dessa forma, houve a necessidade de que as empresas inovassem de modo a atender às expectativas desse novo consumidor e também para se manterem competitivas no mercado. Então, as organizações perceberam que era hora de adotar a transformação digital, que é uma estratégia que combina a tecnologia com os negócios em uma abordagem centrada no cliente. Para realizar a transformação digital, as empresas também podem contar com as algumas tecnologias, como: Business Intelligence (BI), Big Data, Inteligência Artificial, Realidade Virtual e Aumentada, Computação em Nuvem, Marketing Digital, Automação em Marketing etc. Inovação. Transformação Digital. Business Intelligence. Big Data. 9 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E AUTOMAÇÃO DE MARKETING Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 12 27 32 Era Digital _____________________________________________________ Como a Transformação Digital pode afetar sua carreira? ________ Recapitulando _________________________________________________ Digitalização, Digitização e Transformação Digital ______________ 13 CAPÍTULO 02 BUSINESS INTELLIGENCE E BIG DATA: SEUS IMPACTOS NAS ORGANIZAÇÕES O que é Business Intelligence (BI)? _____________________________ O que é Big Data? ______________________________________________ Recapitulando _________________________________________________ 38 53 61 Realidade Virtual ______________________________________________ Marketing Digital ______________________________________________ Recapitulando __________________________________________________ 70 78 85 CAPÍTULO 03 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E OS BENEFÍCIOS DA AUTOMAÇÃO DE MARKETING Inteligência Artificial ___________________________________________ 66 10 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Fechando a Unidade ____________________________________________ Glossário ________________________________________________________ Referências _____________________________________________________ 89 90 93 11 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S O surgimento e o avanço de novas tecnologias foram incenti- vados, principalmente, pelo fato de a internet se tornar mais acessível às pessoas, o que provocou muitas mudanças nos hábitos delas, como mais facilidade para comunicarem-se, facilidade de acesso às informa- ções, dentre outros. Mas, esse bônus tornou os consumidores mais exi- gentes, fazendo com que as organizações fossem obrigadas a se reno- varem por meio de tecnologias digitais para atenderem às expectativas dos consumidores e também se manterem competitivas no mercado. Para isso, elas percebem que deveriam adotar a seguinte estratégia: a transformação digital. A transformação digital combina a tecnologia digital com os ne- gócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é centrada no cliente (customer-centric). A transformação digital pode ser aplicada em todos os negócios, sendo que o seu diferencial está na automatiza- ção dos processos, conhecimentos, documentos etc. Um exemplo de uma empresa que se reinventou, ou seja, mu- dou a forma de como seus negócios eram feitos é a Netflix. Ela iniciou o seu negócio de aluguel de vídeos com mídias físicas (CD/DVD). Com passardos anos, a Netflix percebeu a necessidade de inovar para con- tinuar “viva” no mercado. Dessa forma, ela passou a fornecer streaming de vídeos por assinatura. Além da inovação na prestação de serviços, a Netflix também utiliza os dados fornecidos pelos seus usuários para realizar recomendações a eles sobre filmes, séries, documentários etc. Esse sistema de recomendação de conteúdo foi impulsionado pela In- teligência Artificial (IA). No decorrer desta unidade, serão descritas principais tecno- logias que contribuem para a transformação digital, sendo elas: o Bu- siness Intelligence (BI), Big Data, Inteligência Artificial (IA), Realidade Virtual e Automação do Marketing. Essas tecnologias contribuem não só para melhorar a gestão das organizações, mas, para aumentar a produtividade, os lucros e também aperfeiçoar o relacionamento com seus clientes. Além de mudanças nas empresas, a inovação digital também foi a responsável por promover alterações nas profissões, isto é, atuali- zações de umas e o surgimento de outras novas, como a de professor on-line, influenciador digital, gestor de mídias sociais, profissionais de marketing digital etc. 12 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S ERA DIGITAL Atualmente, estamos vivenciando um período marcado pela alta disseminação de informações, o qual é conhecido como “era di- gital”. Ela teve a internet como a maior propulsora, pois foi ela quem permitiu às pessoas obterem acesso rápido e fácil às informações e, consequentemente, conhecimentos sobre diversos assuntos. Desse modo, a internet veio para democratizar a publicação e a busca por informações, pois, agora, todos podem divulgar seus conhecimentos na rede e torná-los imediatamente disponíveis para qualquer pessoa do mundo. Outra grande vantagem da internet é a flexibilização que ela oferece às pessoas, que podem visualizar somente as informações (conteúdos) que lhes são relevantes. (GARCIA, 2020). Contudo, a facilidade de acesso às informações tornou os con- TRANSFORMAÇÃO DIGITAL & AUTOMAÇÃO DE MARKETING M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S 13 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S sumidores mais exigentes, pois eles não aceitam mais produtos padro- nizados, ou seja, demandam mais personalização por meio do uso de tecnologias de ponta. Tal fato se deu graças à era digital, que permi- tiu a esses consumidores conhecerem os produtos de outros estados, países, enfim, do mundo. Consequentemente, esses consumidores se tornaram mais exigentes e estão cada vez mais requisitando que as empresas locais forneçam soluções digitais com mais qualidade e cus- tomizadas. Logo, a empresas tiveram que se modificar para atender a essa nova demanda de clientes. A essas empresas dá-se o nome de incumbentes ou tradicionais (GARCIA, 2020). As empresas tradicionais, normalmente, pelo fato de já opera- rem no mercado há bastante tempo, não possuem modelos de negó- cios adequados para abordar os atuais consumidores. Portanto, existe a necessidade de que elas se renovem por meio do uso de tecnologias digitais – com estratégias de transformação digital – para, assim, se manterem competitivas no mercado. A transformação digital combina a tecnologia digital com os negócios, em conjunto com uma abordagem de negócios que é a cen- trada no cliente (customer-centric) (GARCIA, 2020). Essa abordagem consiste em colocar o cliente como o centro de todo o planejamento es- tratégico da empresa, ou seja, todas as ações, processos e decisões da organização são tomadas de forma a afetar positivamente a experiência do cliente (consumidor) (MACHADO1, acesso em: 04/02/2021). Opondo-se às empresas tradicionais, existem as empresas entrantes (em geral, são representadas pelas startups). Essas empre- sas utilizam o máximo possível da tecnologia digital em seus produtos, serviços e processos operacionais para oferecer produtos/serviços per- sonalizados e de alta qualidade, pois são o anseio dos consumidores da era digital. Além disso, é essencial que a empresa adote o modelo de negócios customer-centric para, dessa forma, entregar uma melhor experiência ao seu cliente (GARCIA, 2020). DIGITALIZAÇÃO, DIGITIZAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL Para facilitar a compreensão sobre esse termo – transforma- ção digital – é fundamental saber a distinção entre os três conceitos apresentados a seguir (GARCIA, 2020): • Digitalização: trata-se de uma modificação na forma como as informações se apresentam, ou seja, as informações analógicas (físicas) são transformadas em digitais. Por exemplo: considere que a 1 Disponível em: <https://arena.im/blog/o-que-e-customer-centric-aprenda-agora-nesse- -guia-completo/?lang=pt-br> 14 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S empresa X armazena documentos relativos a seus clientes em pastas sanfonadas, em que cada divisória representa uma letra do alfabeto. Quando algum colaborador digita todas as informações desses clientes em um sistema CRM (Customer Relationship Management), logo, eles dados deixarão de existir fisicamente (em forma de papel) e passarão para uma forma digital (GARCIA, 2020). • Digitização: consiste na alteração da forma como a organi- zação realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacio- nais da empresa, transformando-os em digital. Por exemplo: considere que a empresa Y organiza o seu processo não digital de pagamento a fornecedores em uma pasta sanfonada em que cada divisória repre- senta um dia do mês. Dessa forma, o colaborador responsável pelo financeiro deverá verificar todos os dias essa pasta a fim de saber se há contas (boletos) a serem pagas nesse dia. Ao localizá-las ele deverá acessar o internet banking e realizar os pagamentos. Já em um proces- so totalmente digital, o pagamento aos fornecedores, é automatizado, então, as contas (boletos) são inseridas em um sistema que avisará ao colaborador sempre que houver uma conta a ser paga naquele dia. Dessa forma, torna-se desnecessária a existência da pasta sanfonada e muito menos a checagem manual e diária que seria feita pelo colabo- rador (GARCIA, 2020). • Transformação digital: de acordo com os autores Schallmo e Williams (2018), esse termo possui diversas definições, não havendo, assim, uma única definição para transformação digital. Logo, diversas definições foram propostas por diferentes autores, as quais são apre- sentadas no Quadro 1. 15 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Quadro 1 – Definições do Termo Transformação Digital. Referência Definição WESTERMAN et al. (2011) “Transformação digital (DT) – o uso de tecnologia para melhorar radicalmente o desempenho ou o alcance das empresas – está se tornando um tema importante para empresas em todo o mundo. Executivos de todos os setores estão usando avanços digitais, como aná- lise, mobilidade, mídia social e dispositivos integrados inteligentes – e melhorando o uso de tecnologias tra- dicionais, como ERP – para mudar os relacionamen- tos com os clientes, processos internos e propostas de valor” (apud SCHALLMO; WILLIAMS, 2018, p.10, tradução livre2). MAZZONE (2014) “Transformação digital é a evolução digital deliberada e contínua de uma empresa, modelo de negócio, pro- cesso de ideia ou metodologia, tanto estratégica quan- to taticamente” (apud SCHALLMO; WILLIAMS, 2018, p.10, tradução livre3). PwC (2013) “A transformação digital descreve a transformação fundamental de todo o mundo dos negócios por meio do estabelecimento de novas tecnologias baseadas na internet com um impacto fundamental na sociedade como um todo” (apud SCHALLMO; WILLIAMS, 2018, p.10, tradução livre4).2 “Digital Transformation (DT) — the use of technology to radically improve the perfor- mance or reach of enterprises—is becoming a hot topic for companies across the globe. Executives in all industries are using digital advances such as analytics, mobility, social media, and smart embedded devices—and improving their use of traditional technologies such as ERP - to change customer relationships, internal processes, and value propositions”. 3 “Digital Transformation is the deliberate and ongoing digital Evolution of a company, business model, idea process, or methodology, both strategically and tactically”. 4 “Digital transformation describes the fundamental transformation of the entire business world through the establishment of new technologies based on the internet with a fundamental impact on society as a whole”. 16 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S RABELO (2020, s/p.) “É o processo em que empresas usam tecnologias digitais para solucionar problemas tradicionais, como quedas no desempenho, produtividade, agilidade e eficácia”, ou seja, trata-se de um processo no qual as organizações passam a utilizar tecnologias que as aju- darão a melhorar o desempenho e assegurar melho- res resultados. GARCIA (2020, p. 158) “A transformação digital modifica a forma como a em- presa entrega valor aos consumidores. Através das tecnologias digitais, ela consegue aprimorar seus pro- dutos e processos, criando um modelo de negócios mais eficiente para atender às exigências dos clientes da era digital”. Fonte: Elaborado pela autora, 2021. De acordo com Garcia (2020), a transformação digital obriga as organizações adotarem uma abordagem de negócios customer-centric, pois são esses atuais consumidores que solicitam cada vez mais produ- tos tecnologicamente avançados. Dessa forma, as empresas devem-se manter atualizadas em relação aos avanços tecnológicos para que os seus produtos/serviços e processos sejam melhorados de acordo com a mais avançada tecnologia disponível no momento. No entanto, não é apenas a adoção de estratégias centradas no cliente e o uso de tecnologias, que faz a transformação digital acon- tecer. A empresa deve passar por uma mudança brusca, como a mi- gração dos processos manuais para os processos digitais, que deve ocorrer primeiramente nos departamentos tradicionalmente centrais: administrativos, comercial, financeiro e de recursos humanos. Os pro- cessos digitais são automatizados e, consequentemente, tornam-se mais eficientes. Além disso, o uso das tecnologias digitais, proporciona um ambiente de trabalho mais colaborativo, entusiasmante e inovador. Geralmente, esse novo ambiente produz processos e produtos revolu- cionários, e permite ampliações na produtividade (GARCIA, 2020). Pelas informações apresentadas anteriormente, percebe-se que o processo de transformação digital não é tão simples, pois em um primeiro momento, pode-se induzir ao pensamento errôneo de que, uma organização, que cria uma fanpage ou então um blog corporativo já está investindo em transformação digital. No entanto, o processo é 17 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S bem mais complexo que parece, pois deverá haver uma mudança estru- tural nas empresas, que para tal, a tecnologia terá um papel estratégico central. Portanto, consumirá muito tempo e recursos. No entanto, a boa notícia é, que esse processo pode ser implantado por qualquer organi- zação e independente do seu tamanho. Já que a transformação digital não se resume a quem tem mais dinheiro para investir; e sim representa um desafio para a gestão da empresa que para a tecnologia (RABELO, 2020). A Figura 1, apresentada a seguir, ilustra bem a dependência entre digitização, digitalização e transformação digital. Conforme obser- va-se, a digitização muda os processos que dependem da digitalização, que modifica as informações, pois só é possível tornar os processos di- gitais se todas as informações também forem digitais. Da mesma forma, a transformação digital, que é a responsável por alterar a experiência de uso dos consumidores, por sua vez, depende da digitização e da digitalização (GARCIA, 2020). Figura 1 – Relação de Dependência entre Transformação Digital, Digitização e Digitalização. Fonte: Adaptação de Garcia, 2020. 18 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Assunto: O que é Customer-centric? Link do assunto: https://blog.deskmanager.com.br/customer- -centric/ e também no link: https://www.zendesk.com.br/blog/customer- -centric/ Vídeo sobre o assunto: O que é Transformação Digital? Este vídeo oferece uma explicação bem clara sobre o que é o processo de transformação digital nas empresas. Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YseVMhprKMQ Pilares e Etapas da Transformação Digital De acordo com a FIA5 (2018), os pilares da transformação di- gital são: • Foco no consumidor – como hoje em dia é bem mais fá- cil compreender os desejos e as preferências dos consumidores, é essencial que a empresa utilize essas informações para todo o trabalho dela. • Feedbacks constantes – atualmente, é bem mais simples para a empresa obter feedbacks sobre seus produtos/serviços e corrigir as falhas para que ele possa ser melhorado. • Entregas mais ágeis – os processos de produção, lança- mento, feedbacks e correção devem ocorrer o mais breve possível e com a máxima eficiência. • Adaptação as mudanças – pelo fato dos contextos altera- rem-se rapidamente, as entregas dos produtos da empresa precisam ser ágeis. Por esse motivo, ela precisa ter resiliência e também capaci- dade de flexibilizar seus processos. Além desses quatro pilares, há também algumas etapas que viabilizam o processo de transformação digital, que são (HPE6, acesso em: 08/02/2021): • Criar um plano que funcione para os negócios – o primei- ro passo é a criação de um plano para que a empresa saiba o quanto ela quer evoluir e quais tecnologias ela deverá adotar para implantar a transformação digital. • Proporcionar aos colaboradores a chance de usar e do- minar tecnologias emergentes – esse segundo passo é um pouco 5 Fundação Instituto de Administração. 6 Disponível em: <https://www.hpe.com/br/pt/what-is/digital-transformation.html> 19 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S mais complexo, pois nos modelos de negócios tradicionais bastava que os colaboradores aprendessem a usar determinados sistemas e conti- nuassem a usá-los por muitos anos. Já no processo de transformação digital, é necessário que os colaboradores concordem que os processos utilizados para executar suas tarefas passem por mudanças (adoção de novas tecnologias) para tornar o trabalho mais eficiente. • Desistir das tecnologias legadas – geralmente, as organi- zações têm um gasto alto para manter tecnologias antigas, mesmo elas não ofertando a experiência digital exigida pelo mercado. Tal fato ocor- re, pois, a atualização de tecnologias legadas pode ser muito complica- da e cara. Além disso, depender dessas tecnologias afeta a empresa como um todo porquê consome recursos que poderiam ser aplicados em tecnologias mais fáceis de serem utilizadas e, além do mais, ofere- cer uma melhor experiência ao cliente e/ou administrar para analisar os dados mais rapidamente. A Importância da Transformação Digital Segundo a FIA (2018, s/p.), a “transformação digital é impor- tante porque torna a empresa mais inovadora, ágil, resiliente e flexível para encarar as dificuldades do mundo VUCA7”. Além disso, de acordo com Garcia (2020, p. 239), a McKinsey & Company8, que é uma em- presa de consultoria de gestão, realizou algumas análises qualitativas para avaliar a importância da transformação digital. Por essas análises,concluiu-se que “as empresas que utilizam estratégias customer-centric possuem clientes que consomem mais e que desenvolvem mais fideli- dade aos seus produtos”. Além da pesquisa apresentada pela McKinsey, existem outras que reforçam a importância da transformação digital nas organizações, que são (SITEWARE, 2020): • A pesquisa da Sirus Decison relata que 67% das compras ocorrem em ambiente virtual; • Já a pesquisa do Economist Intelligent Unit descreve que 69% das pequenas e médias empresas no Brasil acreditam que o uso da tecnologia tornará o seu negócio mais eficiente; • O estudo feito pela Gartner Research aponta que 74% das organizações observaram uma melhoria significativa na experiência do 7 Mundo VUCA trata-se de um acrônimo das palavras em inglês: Volatility (Volatividade), Uncertainty (Incerteza), Complexity (Complexidade) e Ambiguity (Ambiguidade). O mundo VUCA traz as características do mundo atual, podendo ser interpretado como dificuldades para as orga- nizações ou mesmo como novas oportunidades. 8 Disponível em: <https://www.mckinsey.com/br/careers/impact-experience/sobre-a-m- ckinsey>. 20 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S cliente após a adoção da transformação digital, pois houve um aumento de 40% na satisfação dos clientes e de 38% na retenção deles. Além disso, nesse estudo também foi observado que a produtividade dos co- laboradores aumentou em 39%, consequentemente, elevou a receita da empresa em 37%. Em torno de 69% das empresas consultadas creem ter aperfeiçoado a sua diferenciação competitiva após implantar a trans- formação digital. Assunto: Mundo VUCA Link do assunto: https://www.ieepeducacao.com.br/mundo- -vuca/ e também no link: https://hsmuniversity.com.br/blog/mundo-vuca/ Principais Tecnologias da Transformação Digital Para se adequar às cobranças impostas pela transformação digital, é fundamental que as empresas conheçam as tecnologias que permitem a criação de novos modelos de negócios e que vêm sendo usadas na transformação digital (ANDRADE, 2020). São elas: I. Big Data trata-se de uma área que contém um conjunto de técnicas de como tratar, analisar e obter informações a partir de grandes quantidades de dados para que gerem resultados relevantes (SACO- MANO et al, 2018). A Figura 2, a seguir, ilustra os cinco Vs que com- põem o Big Data, os quais serão detalhados na Seção 2.2.1. Figura 2 – Os cinco Vs do Big Data. Fonte: Neoway9, acesso em: 09/02/2021. 9 Disponível em: <https://blog.neoway.com.br/o-que-e-big-data/> 21 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S II. Business Intelligence (BI) ou Inteligência de Negócio con- siste no processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte à gestão de ne- gócios. O objetivo do BI é transformar os dados disponibilizados por determinada empresa em inteligência para a tomada de decisão. Para as empresas atingirem bons níveis de maturidade com o BI, elas devem ter uma cultura voltada para o Data-driven10, isto é, as decisões devem ser tomadas com base na inteligência obtida na análise dos dados, que devem estar sempre disponíveis e atualizados para os gestores. A Figu- ra 3 ilustra um dashboard, que é um painel visual sobre um determinado conjunto de informações. Este recurso é usado para auxiliar a tomada de decisão dos gestores da empresa. Figura 3 – Exemplo de um Dashboard para Análise de Compras. Fonte: Microsoft11, acesso em: 09/02/2021. III. Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) consiste em objetos físicos capazes de transmitir dados através da internet, con- forme exemplifica a Figura 4. Por exemplo, considere um sensor de temperatura de um forno industrial que transmite o valor da temperatura 10 Data-driven significa direcionado por dados, isto é, as ações são baseadas em dados e informações para gerarem uma base sólida dos resultados e, assim, os gestores tomam decisões baseando-se nelas ao invés de suposições. 11 Disponível em: <https://docs.microsoft.com/pt-br/power-bi/create-reports/sample-procu- rement> 22 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S pela internet para uma central, que poderia ser acessada remotamente pela internet. Figura 4 – Objetos conectados simbolizando a Internet das Coisas. Fonte: Pixabay12, 2021. • Computação em Nuvem (Cloud Computing): recebe esse nome por seus dados e aplicações estarem armazenados em servido- res que estão em localidades distintas, podendo até estar em diferentes países. A computação em nuvem recebeu esse nome, pois, frequente- mente, é representada por uma nuvem, como exemplifica a Figura 5. A computação em nuvem permite que dados/informações possam ser acessados de forma fácil e de qualquer parte em que existe acesso à in- ternet. Devido aos benefícios proporcionados por essa tecnologia, está se tornando cada vez mais comum o uso de softwares na nuvem, como o Google Drive, OneDrive, iCloud e Dropbox. 12 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/illustrations/internet-das-coisas-iot-re- de-3671222/> 23 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 5 – Computadores conectados a computação em nuvem. Fonte: Pixabay13, 2021. Vídeo sobre o Assunto: O que é computação em nuvem? O vídeo apresenta uma explicação de porque a computação em nuvem se tornou uma tendência. Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=9b04CQozjdw • Realidade Virtual: é definida como um conjunto de hardwa- res, como óculos e luvas sensíveis a movimentos, que permitem dar a sensação de uma realidade que não existe no local (SACOMANO et al, 2018) – uma realidade virtual – conforme exemplifica a Figura 6. Como exemplo de utilização de realidade virtual, pode-se citar: os jogos, simu- lação e treino de pilotos de avião, projetos de arquitetura e urbanismo, treinamento de militares; na medicina, treinamento cirúrgico e tratamen- to de transtornos e fobias, dentre outros. 13 Disponível em: <https://pixabay.com/pt/vectors/computa%C3%A7%C3%A3o-em-nu- vem-nuvem-1989339/> 24 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Vídeo sobre o Assunto: Benefícios da Realidade Virtual no Setor da Saúde. O vídeo demonstra o treinamento por meio da realidade virtual de médicos para a realização de cirurgias. Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM Figura 6 – Óculos de realidade virtual que dá a sensação de imersão visual e auditiva em um jogo. Fonte: VirZOOM14, 2016. I. Realidade Aumentada: é também denominada de realidade ampliada. Ela possibilita a interação entre ambientes virtuais e o mundo físico. Cintra cita um exemplo dessa tecnologia que foi criada por um laboratório de exames do Brasil. Através do uso de óculos de realidade aumentada para que crianças, durante a vacinação, sejam imergidas em um vídeo animado de uma história interativa que transforma a crian- ça em um super-herói. Um outro exemplo é do jogo Pokémon Go que viralizou em 2016. A Figura 7 exemplifica uma tela desse jogo. 14 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4HPSgQKLCUs&feature=youtu.be> 25 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 7 – Tela do jogo Pokémon Go que combina a geolocalização com a realidade aumentada. Fonte: Agrela, 2016. II. Inteligência Artificial: tem por objetivo utilizar dispositivos ou métodos computacionais que procedam similarmente à capacidade de raciocínio de seres humanos. Dessa forma, além de ser empregada para controlar o processo de produção, também poderá ser utilizada para oferecer sugestões às distintas necessidades de tomada de deci-sões (SACOMANO et al, 2018). Vídeo sobre o assunto: O que é Inteligência Artificial (IA)? O vídeo define e apresenta, resumidamente, conceitos relacio- nados a IA. Link do Vídeo: https://youtu.be/bqra7wslwCM 26 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 8 - O robô, Pepper, desenvolvido pela Softbank Robotics com a capa- cidade de compreender as emoções humanas. Fonte: Gomes, 2016. III. Aprendizado de Máquina (Machine Learning): é atual- mente bastante usado em chatbots, que são robôs que substituem a ação humana para realizar atendimentos às pessoas (clientes), ou seja, automatizam as repostas ao usuário de forma que as pessoas pensem que estão conversando com outra pessoa, e não com um software (AN- DRADE, 2020). 27 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 9 – Exemplificação de um atendimento realizado por chatbots. Fonte: Renault, 2018. IV. Automação em Marketing: é uma abordagem utilizada para facilitar o trabalho da equipe de marketing, pois otimiza os pro- cessos diários na análise de dados e personaliza os atendimentos e serviços prestados aos clientes (RABELO, 2020). Assunto: Aplicação da Inteligência Artificial nas Indústrias Link do assunto: https://blog.gs1br.org/inteligencia-artificial- -nas-industrias/ COMO A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL PODE AFETAR SUA CARREI- RA? Conforme mencionado anteriormente, a transformação digi- tal trata-se de um processo de implantação de tecnologias dentro das organizações, que serve para otimizar os processos, aumentar a pro- dutividade e, consequentemente, os lucros e também para entregar o 28 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S melhor produto/serviço aos seus clientes. É por isso que, para uma or- ganização realmente vivenciar a transformação digital, faz-se necessá- rio alterar toda a sua cultura, incorporando novas formas de pensar e agir. No entanto, a transformação digital trouxe medo aos profissionais, pois estes receiam serem substituídos, ou seja, perderem o seu espaço no mercado de trabalho. De acordo com Cortizo (2018, s/p.): “não dá mais para enxer- gar os recursos tecnológicos como um bicho de sete cabeças ou como uma ameaça ao seu trabalho”. Os avanços tecnológicos precisam ser vistos como aliados, isto é, como um meio de ajudar os profissionais a desempenharem suas funções de forma mais assertiva e produtiva. É importante que o profissional tenha a consciência de que, por mais que pense que a sua profissão esteja distante da transformação digital, alguma coisa está mudando ou já mudou! Sendo assim, em al- gum momento, é certo que haverá a necessidade de se adaptar se não quiser se tornar um profissional obsoleto. Basta observar o mundo, to- dos os negócios estão mudando, independentemente do ramo. É cada vez mais crescente a utilização de automatização dos processos, digi- talização dos documentos e conhecimentos, dentre outros. Um modelo de negócios que cresceu bastante nos últimos anos, principalmente du- rante a restrição de circulação provocada pela pandemia do Covid-19, são os negócios on-line. Assim como a transformação digital provoca mudanças nos negócios, também ocorrem mudanças nas profissões e até a extinção de algumas, como a do datilógrafo. No entanto, a trans- formação digital é igualmente responsável pelo surgimento de novas profissões, as quais serão detalhadas na Seção 1.3.1. Carreiras Digitais Como já comentado, a transformação digital mudou a forma como as organizações eram geridas e também houve uma extinção de algumas profissões, como as de telefonista, telegrafista, vendedor de enciclopédias. Mas, por outro lado, houve o surgimento de novas car- reiras, como a de influenciador digital, profissional de marketing on-line, gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras. O surgimento de novas carreiras induz, erroneamente, ao pen- samento que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir a mão de obra dos profissionais. Mas, não é verdade! Ela veio, sim, para mudar as exigências de um mercado que está cada vez mais tec- nológico e competitivo. Como já se observa, conhecimentos e habilida- des em determinadas tecnologias já deixaram de ser diferenciais e se tornaram aptidões obrigatórias. 29 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S De acordo com LEANDRO (2020, s/p.), para escolher uma car- reira digital, deve-se fazer as seguintes perguntas: 1. “O que eu sou bom em fazer”? 2. “O que o mundo precisa”? 3. “O que eu gosto”? 4. “O que as pessoas pagariam para eu fazer”? Após responder essas questões, será possível identificar qual área poderá seguir e, consequentemente, haverá mais chances de su- cesso. O próximo passo é estudar muito para melhorar as habilidades e competências por meio de cursos e/ou graduações. É muito importante conseguir acompanhar todas as mudanças, manter-se atualizado e saber aplicar o conhecimento no quotidiano para, assim, se destacar na área em que está atuando. Além disso, é também importante que o profissional se disponha a mudar e a otimizar os processos existentes na organização em que trabalha de forma a obter melhores resultados. Assunto: Carreiras Digitais Links do assunto: https://canaltech.com.br/carreira/carreiras- -digitais-minha-profissao-vai-morrer/; https://www.jornalcontabil.com.br/carreiras-digitais-minha-pro- fissao-vai-morrer-2/ ; https://www.infomoney.com.br/carreira/estas-10-profissoes-de- vem-desaparecer-como-nao-perder-a-vaga-para-um-robo/ e também no link: https://folhadirigida.com.br/blog/carreiras-digi- tais-preparar/ Carreiras Digitais mais promissoras Segundo LEANDRO (2020, s/p.), o CEO da Gama Academy, Guilherme Junqueira, afirmou que as carreiras digitais que devem se destacar nos próximos anos são as que estão associadas aos seguintes setores: vendas; marketing digital; programação e design UX/UI. Tais mudanças não se dão apenas pelo avanço da tecnologia; a mudança de comportamento das gerações atuais também contribui para que deter- minadas áreas, especialmente as que envolvem meios digitais, tenham 30 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S mais destaques no mercado. De acordo com Digital House15 (Acesso em: 25/02/2021), as profissões do futuro tendem a ser: • Professores on-line: atualmente, o uso de tecnologias digi- tais na educação é uma realidade necessária, principalmente no perío- do da pandemia. Portanto, é preciso se capacitar e se adaptar às novas tendências desse mercado. • Desenvolvedores de softwares: são profissionais respon- sáveis por criar, analisar e realizar manutenção em softwares. A pers- pectiva é que, com o avançar da tecnologia, os sistemas estejam cada vez mais presentes no mercado de trabalho. • Analista de Big Data: nos dias de hoje, é a profissão que está no ranking das carreiras mais promissoras. Pois, atualmente, as pessoas consomem muitos dados oriundos da internet (principalmente de mídias sociais) e a função desse profissional é analisar e compreen- der essas informações para ajudar os gestores das empresas a toma- rem decisões mais rápidas e certeiras. • Social Media: é o profissional responsável por administrar as redes sociais das empresas, tendo em vista que hoje em dia é uma necessidade para qualquer organização que almeja se consolidar no mercado. • Experiência do Cliente: trata-se do profissional que tem como objetivo garantir que a relação entre a empresa e os seus clientes seja a melhor possível. • UX Design: assim como há um profissional para garantir um bom relacionamento entre consumidores e empresas, também há o profissional que visa assegurar que o site e/ou aplicativoda empresa possui um design agradável que atenda todas as expectativas e neces- sidades do cliente (usuário). • Profissionais de Marketing Digital: a popularização da in- ternet e das mídias sociais fez com que as empresas passassem a ne- cessitar de uma assessoria na área de marketing digital para criarem anúncios publicitários no Google, Facebook, dentre outros para os mais diversos fins, como venda de produtos/serviços, download de algum aplicativo etc. • Segurança da Informação: essa profissão surgiu e vem se tornando cada vez mais necessária devido ao avanço da transformação digital, pois, com mais pessoas usando sistemas, principalmente, os sistemas que são on-line (internet banking, e-commerce, etc.) fez-se necessária a criação de soluções para prevenir ataques de hackers, de malware, identificar vulnerabilidades, dentre outros. 15 Disponível em: <https://www.digitalhouse.com/br/blog/profissoes-do-futuro> 31 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Além dessas profissões, há uma que gera dúvidas: pode ou não ser considerada uma profissão a de influenciadores digitais (digi- tal influencer)? De acordo com Mazzuchello (2020, s/p.): “Sim, digital influencer é profissão, nos Estado Unidos já é regulamentada”. Já no Brasil, existem projetos para regulamentar essa profissão, mas, até o presente momento, não foram aprovados. Por isso, é recomendado que seja feito um contrato de prestação de serviços ou de parceria de divul- gação, participação em eventos/fotos, em que estejam descritas ques- tões relacionadas ao uso de imagem, nome, voz, dentre outros pontos (CALDART, 2019). Os influenciadores são pessoas que atuam em diversas plata- formas distintas, como Instagram, Facebook, YouTube, dentre outras. Como o próprio nome diz, o objetivo desses profissionais é influenciar outras pessoas para comprar determinados produtos ou serviços, ou então transmitir sobre o que pensa, o que faz no dia a dia, refletir sobre determinados assuntos. Atualmente, esses profissionais possuem um papel importante na sociedade, pois, conforme as pessoas começam a “ganhar” confian- ça em um determinado influenciador digital, a tendência é que essas pessoas comecem a se interessar pelos produtos e/ou serviços que são supostamente utilizados pelo(s) influenciador(es) digital(is). Assunto: Profissões do Futuro Link do assunto: https://www.estagiotrainee.com/profissoes- -futuro 32 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Sertãozinho-SP Pro- va: Auxiliar Legislativo - Informática Nível: Médio. Leia o texto para responder à questão. Pesquisa exclusiva mostra que brasileiros superestimam suas ca- pacidades digitais. Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital em suas carreiras, mas superestimam as suas capacidades digitais, que serão chave no mercado de traba- lho nos próximos anos. A constatação está em pesquisa realizada por Tera, Scoop&Co e Época Negócios, apoiada por Love Mon- days. O estudo mostra que mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho e 87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade. Essa percepção positiva da maioria, contudo, não condiz com a realidade do mercado. Quando apresentados a uma lista de habili- dades mais demandadas, 42% afirmaram não conhecer as 14 com- petências digitais desejadas por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. Esse cenário descrito pela pesquisa é um retrato de que a renovação das competências aconteceu rápido de- mais. As pessoas não viram isso acontecer”, diz Leandro Herrera, fundador da Tera. (Barbara Bigarelli. Época Negócios. 14.11.2018. https://epocanego- cios.globo.com. Adaptado). Assinale a alternativa em que, vistos no contexto, os enunciados separados por barra estão relacionados pela ideia de causa e con- sequência, nessa ordem. a) Os brasileiros estão otimistas com o impacto da transformação digital em suas carreiras, / mas superestimam as suas capacidades digitais… (1º parágrafo). b) … mais de 80% dos brasileiros se dizem empolgados com a chegada das novas tecnologias no trabalho / e 87% estão confiantes de que vão se adaptar à nova realidade. (1º parágrafo). c) Quando apresentados a uma lista de habilidades mais demandadas, / 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais desejadas por empregadores… (2º parágrafo). d) … 42% afirmaram não conhecer as 14 competências digitais dese- jadas por empregadores, de acordo com lista do LinkedIn para 2018. / “A lista traz funções não exigidas nas empresas há cinco anos. (2º parágrafo). 33 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S e) … a renovação das competências aconteceu rápido demais. / As pessoas não viram isso acontecer… (2º parágrafo). QUESTÃO 2 Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: CAU-MT Prova: Assistente Admi- nistrativo Nível: Médio. A computação em nuvem é uma área recente da computação e tra- balha com a transferência de informação e o acesso de arquivos a distância. Acerca da computação em nuvem, assinale a alternativa correta. a) A computação em nuvem permite que a preocupação com segurança deixe de existir. b) Existem empresas especializadas em disponibilizar serviços em nuvem. c) A computação em nuvem permite o armazenamento de dados com capacidade infinita, sem alterar o valor cobrado pelo serviço. d) A qualidade de serviços de computação em nuvem não depende da qualidade da conexão. e) Não existem softwares para serem instalados localmente, tendo em vista que a computação em nuvem visa à descentralização geográfica. QUESTÃO 3 Ano: 2019 Banca: CPCON Órgão: Prefeitura de Solânea-PB Prova: Professor-Português Nível: Difícil. A “Era da informação” refere-se ao período no qual a informação tornou-se moeda corrente e valiosa no mundo [...]. Após a inter- net e as novas tecnologias digitais, a “Era da Informação” tem se transformado, pois, o valor atribuído à informação tem passado, gradativamente para a interface [...]. Por isso, talvez a forma mais apropriada de referirmo-nos à era atual seja como “Era da Inter- face” ou “Era Digital”. (GABRIEL, Martha. Educ@r a (r)evolução digital na educação. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 109). Em razão do exposto, analise as proposições: I. O professor da “Era Digital” deve atuar como uma porta que, apesar de estar fixa e limitada no mesmo lugar, abre-se aos alunos para que a atravessem e atinjam o mundo sem limitações. II. O papel do professor deve ser focado em informação com o ob- jetivo de esgotar os conteúdos, funcionando como uma janela pré- -programada pela qual os alunos veem o mundo. III. A tecnologia, hoje, permite e favorece a colaboração, consubs- tanciando oportunidades de melhores resultados para um traba- lho pedagógico que está se modificando e requer novos modos de atuação. 34 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S É VERDADE o que se afirma apenas em: a) III apenas. b) II e III. c) I apenas. d) II apenas. e) I e III. QUESTÃO 4 Ano: 2020 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: Prefeitura de Betim - MG Prova: Técnico de Biblioteca Nível: Médio. Na Era Digital, os meios tecnológicos podem ser utilizados para fins incalculáveis, atingindo os índices máximos de desenvolvi- mento em menores períodos de tempo. Quanto mais se investir em meios ágeis de informação, melhores serão os resultados obtidos, por isso a era da informatização foi uma alavanca de evolução. Para os profissionais da informação que selecionam, organizam, recuperam e disseminam a informação, as mudanças vieram como: a) habilidade na conservação física dos documentos.b) técnica de catalogação de livros. c) referências bibliográficas. d) capacidade de interagir em redes de computadores. e) desenvolvimento da montagem de hardwares. QUESTÃO 5 Ano: 2019 Banca: IADES Órgão: BRB Prova: Escriturário Nível: Médio. Acerca da Internet das Coisas, assinale a alternativa correta. a) Internet das Coisas é uma forma mais econômica de acesso à inter- net, a qual permite que dispositivos como geladeiras ofereçam internet a celulares e computadores de usuários, dispensando a necessidade de aquisição de roteadores ADSL à parte. b) Como exemplo de Internet das Coisas, é correto citar um dispositivo que mede a temperatura ambiente interna de um escritório e envia essa informação pela internet. c) Um exemplo de Internet das Coisas é o bitcoin, que é uma moeda virtual e iniciou a era da Internet das Moedas, com bancos virtuais sem agências. d) A Internet das Coisas opera separadamente da Internet das Pessoas e, por isso, não é possível enviar os dados coletados por dispositivos conectados à Internet das Coisas para a nuvem. e) A Internet das Coisas tem grande aplicação em ambientes domésti- cos e escritórios, mas pouca em ambientes industriais. 35 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Alguns anos atrás, já eram discutidas as possíveis mudanças que o avanço da tecnologia causaria na gestão das empresas e em algumas profissões; isso já se tornou realidade! Houve o aparecimento de novas carreiras como a de influenciador digital, profissional de marketing on-li- ne, gestor de mídias sociais, desenvolvedor de software, dentre outras. Com o surgimento de novas carreiras, pode-se induzir ao pensamento errôneo, que o processo de digitalização do trabalho veio para extinguir profissões. Mas, não é verdade! Ele veio para mudar as exigências de um mercado, que está cada vez mais tecnológico e competitivo. Sobre o enunciado acima, discorra sobre como se preparar profissional- mente para lidar com os efeitos da transformação digital nas profissões? TREINO INÉDITO Com relação à transformação digital, assinale a alternativa correta. a) A transformação digital combina a tecnologia digital com os negócios, em conjunto com a abordagem de negócios denominada de customer- -centric. b) A transformação digital refere-se a todas as ações, processos e deci- sões da organização que são tomados de forma a afetar positivamente a experiência do cliente. c) As empresas tradicionais utilizam o máximo possível da tecnologia digital em seus produtos, serviços e processos operacionais para ofe- recer produtos/serviços personalizados e de alta qualidade, pois são o anseio dos consumidores da era digital. d) Digitização trata-se de uma modificação na forma como as informa- ções se apresentam, ou seja, as informações analógicas (físicas) são transformadas em digitais. e) Digitalização consiste na alteração da forma pela qual a organização realiza suas operações, ou seja, modifica os processos operacionais da empresa, transformando-os em digitais. NA MÍDIA Transformação digital é ‘prioridade máxima’ para 23% das empresas Uma pesquisa realizada por CESAR, um dos maiores centros de ino- vação do país, apontou que a pandemia do novo Coronavírus mudou drasticamente a forma de trabalhar. De acordo com a pesquisa de CE- SAR, 23% das organizações pontuam que a transformação digital se 36 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S tornou uma prioridade no planejamento estratégico, independente do porte de seus negócios, o que representa um aumento de 7,3% em relação ao ano de 2019. Após quase um ano de isolamento social provocado pela pandemia, CESAR avaliou a maturidade digital das organizações, ou seja, inves- tigou – por meio de uma pesquisa denominada de Índice CESAR de Transformação Digital (ICTd) – os efeitos da pandemia em oito aspec- tos: Cultura & Pessoas, Consumidores, Concorrentes, Inovação, Pro- cessos, Modelo de Negócios, Dados & Ambiente Regulatório e Tec- nologias Habilitadoras. Essa pesquisa avaliou 418 organizações dos mais diversos setores, como os de serviços, consultoria, financeiro e tecnologia. Por essa pesquisa foi observado que 50% dos participan- tes asseguraram que sua empresa foi impactada pela pandemia e que precisaram reinventá-la para sobreviver. No entanto, a aceleração do processo de transformação digital foi propensa para cerca de 73% dos participantes investirem em inovação. Fonte: Exame Data: 04 de fevereiro de 2021. Leia a notícia na íntegra: https://exame.com/inovacao/transformacao- -digital-e-prioridade-maxima-para-23-das-empresas/ NA PRÁTICA Um grande exemplo de transformação digital no Brasil é o da varejista Magazine Luiza, que passou a utilizar a estratégia omnichannel. Essa estratégia consiste em convergir ações realizadas por uma organização em todos os seus canais, que podem ser: loja física, loja virtual, redes sociais, blog, chat, telefone, aplicativo. Dessa forma, o cliente consegue acessar a empresa tanto on-line quanto off-line, permitindo a livre esco- lha de compra do cliente. A Magazine Luiza, após adotar o omnichannel, teve um aumento de 241% em suas vendas através dos canais digitais e 51% nas lojas fí- sicas nos anos de 2015 a 2018. Certamente, o investimento em tec- nologias foi o grande propulsor desse crescimento, pois permitiu a oti- mização da experiência de compra dos clientes e, consequentemente, impulsionou as vendas no e-commerce. Além disso, houve uma integra- ção de todos os setores da loja o que propiciou um atendimento mais eficiente e coeso. Um outro exemplo de transformação digital é o adotado pela empre- sa Taco Bell, uma cadeia de fast-food norte americana. Essa empresa adotou a estratégia de geomarketing, que se baseia na geolocalização 37 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S para otimizar a experiência dos seus consumidores. Por meio dessa tecnologia é possível os clientes retirarem seus pedidos ao entrarem na loja. O funcionamento se dá da seguinte forma: os clientes do Taco Bell realizam o pedido pelo aplicativo da empresa e, com base na geolocali- zação do cliente, é informado à cozinha o momento em que ele está se aproximando do fast-food. Dessa forma, o cliente pega o pedido assim que entra na loja e sem ter que esperar por isso. Fonte: MAPLINK. 2020. Exemplos de Transformação Digital: sua empresa está pronta? Disponível em: <https://maplink.global/blog/ exemplos-transformacao-digital/>. Acesso em: 22/02/2021. 38 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S O QUE É BUSINESS INTELLIGENCE (BI)? Business Intelligence (BI) significa inteligência de negócios ou inteligência empresarial. O BI consiste em um conceito concebido em meados de 1989 pelo Gartner Group, que é um Instituto de Pesquisa e Análise do Setor de Tecnologia da Informação. De acordo com Garcia (2020, s/p.), BI trata-se de um “processo que envolve o uso de tecnolo- gias para coletar, armazenar, analisar e compartilhar informações que serão bases para a gestão de um negócio”. Já Saraiva (2018, p. 135), define BI como “um conjunto de soluções que envolvem aplicações, banco de dados, metodologias, arquiteturas e ferramentas que permi- tem a transformação de dados brutos em informações gerenciais”. Em suma, é uma ferramenta que serve para tomada de decisões a partir de dados históricos e atuais sobre o movimento e o desempenho das BUSINESS INTELLIGENCE & BIG DATA: SEUS IMPACTOS NAS ORGANIZAÇÕES M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S 39 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN AS organizações. É importante ressaltar que, na teoria, o BI é voltado para os da- dos produzidos dentro da empresa, estruturados em tabelas de banco de dados relacionais do seu sistema Integrado de Gestão Empresarial (Enterprise Resource Planning - ERP)16 ou outros sistemas específicos (MACHADO, 2018). A finalidade do BI é converter o volume de dados em informações importantes para o negócio, que são obtidas por meio de relatórios analíticos. Resumindo, o objetivo é sempre extrair a “inteli- gência” dos dados; quanto maior o volume, menor é a capacidade ana- lítica sobre uma massa de dados, conforme pode ser observado na Fi- gura 10. (GARCIA, M., 2020). Por exemplo, o BI permite tomar decisões com base em estatísticas adquiridas a partir de dados históricos, como: 1. Quantas reclamações de clientes tem-se por semana? 2. Qual a frequência e quantidade de produtos que são devol- vidos por causa de defeitos? 3. Quantos clientes existem em determinado estado/cidade? Os Sistemas SIG17 e o EIS18 proporcionaram base ao BI, pois eles apresentam relatórios dinâmicos, prognósticos e previsões, aná- lises de tendências, dentre outros. Atualmente, as ferramentas de BI utilizam a inteligência artificial (IA) para a realização de análises. Es- sas ferramentas oferecem vários benefícios às empresas, dentre eles: a geração de relatórios mais ágeis e precisos; melhorias para a tomada de decisões, das estratégias e dos planos; eficiência nos processos; economia de custos etc. Esses benefícios oferecidos às organizações facilitam a vida dos gestores no planejamento e a tomada de decisão. É por isso que muitos gestores não hesitam em implantar o BI, apesar do alto custo de investimento (SARAIVA, 2018). 16 Sistemas ERPs são softwares capazes de controlar todas as informações de uma em- presa, integrando dados, recursos de todos os setores da empresa, como: vendas, finanças, con- tabilidade, estoque, compras e produção. 17 Sistemas de Informação Gerencial (SIG) fornecem as informações necessárias para gerir e ajudar a empresa a atingir seus objetivos. 18 Os Sistemas de Informação Executivos (EIS) permitem que o executivo obtenha acesso a todas as informações (internas e externas) importantes relacionadas à empresa para ajudá-lo a gerir de forma rápida e eficaz. 40 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 10 – Proposito do BI. Fonte: Garcia, M., 2020. Por outro lado, as organizações que não implantam correta- mente o BI podem sofrer desvantagens competitivas. Para evitar esse obstáculo, é necessário que as empresas enfrentem os desafios que são impostos pelas tendências do mercado e que compreendam as funcionalidades que o BI pode oferecer e, por último, acate as práticas sugeridas pelo mercado (SARAIVA, 2018). Vídeo sobre o assunto: Business Intelligence (BI) na Prática. Este vídeo apresenta um exemplo prático da aplicação da tec- nologia BI de uma forma sucinta e bem objetiva. Link do Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EYtr-63MSTA Arquitetura de BI A arquitetura BI não possui uma estrutura bem definida, portanto, ela pode ser implementada de várias maneiras. Uma arquite- tura BI inclui diversos componentes, desde servidores de alto desem- penho a sistemas inteligentes, que facilitam a transformação de dados 41 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S brutos em informações privilegiadas para os colaboradores, no entanto, de acordo com o nível hierárquico que cada um possui na organização. Segundo Saraiva (2018), um modelo de arquitetura básica de BI pode ser baseado em três divisões: • Dados brutos: consistem na extração de dados dos mais diversos bancos de dados da empresa, inclusive de sistemas legados (sistemas antigos). • Informações: incide na transformação dos dados em infor- mações relevantes de acordo com os objetivos e interesses do negócio, tendo em vista a implementação de Data Marts (repositório de dados) particularizados. • Conhecimento: refere-se à produção de conhecimento nos diversos níveis da empresa, baseando-se na análise das informações disponibilizadas aos usuários. Além dessas três divisões da arquitetura BI, existem muitas tecnologias que podem ser utilizadas para a criação de uma solução BI, dentre elas: • Data Warehouse: de acordo com Saraiva (2018, p. 138), um Data Wharehouse é definido como um repositório de dados, ou seja, um Data Mart que “armazena as informações oriundas dos diversos sistemas de uma organização”. A Figura 11 auxilia na compreensão da diferença entre Data Warehouse e Data Mart. Já a Oracle19 (Acesso em: 09/02/2021, s/p.) define um Data Wharehouse como “um tipo de siste- ma de gerenciamento de dados projetado para ativar e fornecer suporte às atividades de Business Intelligence”, principalmente para análises avançadas. 19 Disponível em: <https://www.oracle.com/br/database/wha- t-is-a-data-warehouse/#:~:text=Um%20data%20warehouse%20%C3%A9%20um,)%2C%20espe- cialmente%20a%20an%C3%A1lise%20avan%C3%A7ada.> 42 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 11 – Diferenciação entre Data Marts e Data Warehouses. Fonte: Elaborado pela autora, 2021. • Data Mart: trata-se de uma base de dados, que é a menor versão do Data Warehouse, visto que ela armazena apenas os dados de uma determinada área de negócio da empresa. Normalmente, os Data Marts são construídos e geridos somente por um departamento da organização. Dessa forma, os dados para essa base de dados são obtidos apenas de um pequeno número de fontes, como sistemas ope- racionais internos, um repositório de dados centralizado ou fontes exter- nas. Como os Data Marts são bem menores e menos complexos que os Data Warehouses, eles são mais fáceis de construir e manter (NAEEM, 2021). Como exemplo de Data Mart, pode-se citar: os dados do depar- tamento financeiro, que são as informações condensadas de vendas por clientes e segmentos de mercado. Segundo Naeem (2021, s/p.), um Data Mart possibilita “um acesso mais rápido aos dados, recuperando um conjunto específico de dados para BI e relatórios”. E, consequente- mente, ajuda a apressar os processos de negócios. A Figura 11 exem- plifica três diferentes tipos de Data Marts: vendas, compras e clientes. • Data Mining (Mineração de Dados): segundo Gaidargi (2019, s/p.), Data Mining é “um processo usado para extrair dados uti- lizáveis de um conjunto maior de dados brutos. Isso implica na análise de padrões de dados em grandes lotes usando um ou mais softwares”. Já na definição apresentada por Guimarães (2016, s/p.), o Data Mining “refere-se à extração de conhecimento ou mineração de grandes quan- tidades de dados”. O termo “mineração de dados” surgiu a partir da ana- logia da mineração de minérios, que são retirados das rochas, como os Data Warehouse Vendas (Data Mart) Compras (Data Mart) Clientes (Data Mart) 43 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S grandes volumes de dados que existem nos dias de hoje (GUIMARÃES, 2016). A mineração de dados pode ser empregada para (GAIDARGI, 2019): (I) predições automáticas de padrões com base na análise de tendência e de comportamento; (II) previsões baseadas em prováveis resultados e (III) análise de grandes conjuntos de dados (banco de da- dos): do passado (exploração de dados) e predição do futuro, o que é feito por meio de modelos estatísticos. Como já mencionado, a mineração de dados é um processo para detectar padrões relevantes do banco de dados. Por exemplo, por meio de análises de padrões, é possível obter a indicação de que clien- tes que possuem uma renda mensal de um salário mínimo têm maior probabilidade de serem inadimplentes em compras parceladas. Assim, esses dadosajudarão o gestor responsável a criar uma estratégia de empréstimo mais eficiente para futuros clientes e, consequentemente, promover a diminuição da inadimplência (GAIDARGI, 2019). A Figura 12 exemplifica o processo de mineração de dados, que é denominado de KDD (Knowledge Discovery in Database, traduzido como Descober- ta de Conhecimento em Banco de Dados). É importante salientar que os termos KDD e Data Mining, costumeiramente, são utilizados, ou seja, percebidos como sinônimos. No entanto, conforme visualiza-se na Fi- gura 12, o KDD abrange todas as etapas para a descoberta do conhe- cimento, já o Data Mining é apenas de uma etapa do processo KDD. A mineração de dados pode ser aplicada em diversas áreas, como: (I) marketing, que serve para descobrir as preferências do con- sumidor; (II) controle de processos, que auxilia no planejamento; (III) transporte para auxiliar a determinar distribuições de produtos; (IV) telecomunicações, que serve para ajudar a determinar melhorias do serviço conforme o consumo; (V) computação para medir o desem- penho dos Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) e, principalmente, (VI) Web, que ajuda a determinar os perfis de usuários em redes sociais, comércio eletrônico etc. 44 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 12 – Estágios do Processo KDD. Fonte: Guimarães, 2016 apud Fayyad, 1996. • OLAP (Online Analytical Processing ou Processamento Analítico On-line) Segundo a Microsoft20 (Acesso em: 11/02/2021), é “uma tecnologia que é usada para organizar grandes bancos de dados empresariais e oferecer suporte à Business Intelligence”. Os bancos de dados (BD) OLAPs são armazenados e organizados hierarquicamente em cubos, ao invés de tabelas (como os BD relacionais utilizam). Cada cubo é organizado e projetado para se adequar à maneira como o usuá- rio almeja recuperar e analisar dados, desse modo, torna-se mais fácil criar e utilizar os relatórios de tabelas e de gráficos dinâmicos (MICRO- SOFT21, acesso em: 11/02/2021) como, por exemplo, exibição de totais de vendas por regiões do Brasil. É por isso que grande parte das ferramentas de BI possuem re- cursos de Processamento Analítico On-line (OLAP), normalmente, elas também são denominadas de ferramentas OLAP. Essas ferramentas são muito importantes em uma organização, pois elas permitem aos seus usuários personalizar a forma como as informações úteis serão apresentadas para, assim, gerarem relatórios capazes de responder às questões gerenciais facilitando, consequentemente, a tomada de de- cisão (ARAÚJO, 2007). Existem inúmeras ferramentas OLAP, dentre elas: Microsoft Power BI, Tableau e ThoughtSpot. Na Seção 2.1.3 serão apresentados mais detalhes sobre cada uma dessas ferramentas. 20 Disponível em: <https://support.microsoft.com/pt-br/office/vis%C3%A3o-geral-do-pro- cessamento-anal%C3%ADtico-online-olap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6> 21 Disponível em: <https://support.microsoft.com/pt-br/office/vis%C3%A3o-geral-do-pro- cessamento-anal%C3%ADtico-online-olap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6> 45 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Assunto: Processamento Analítico On-line (OLAP) Link do assunto: https://support.microsoft.com/pt-br/office/ vis%C3%A3o-geral-do-processamento-anal%C3%ADtico-online-o- lap-15d2cdde-f70b-4277-b009-ed732b75fdd6; https://transformacaodigital.com/dados/tudo-o-que-voce-preci- sa-saber-sobre-analises-olap/ e também no link https://www.mxm.com.br/blog/conheca-alguns-tipos-de-ferra- mentas-de-business-intelligence/ • Processo ETL (Extract, Transform, Load): trata-se de um processo mais decisivo e o mais lento da construção de um Data Wa- rehouse/Data Mart. O ETL é composto de três fases, conforme se vê na Figura 13. 1) Extração (Extract): consiste na primeira fase, cuja função é extrair dados brutos de diferentes fontes de dados, ou seja, de diver- sos sistemas de uma organização (SARAIVA, 2018). Posteriormente, os dados capturados serão transformados para um único formato para o tratamento adequado. Figura 13 – Funcionamento do Processo ETL Fonte: Elaborado pela autora, 2021. 46 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S 2) Transformação (Transform): é a segunda fase. É nessa fase, que é feito o descarte dos dados insignificantes, ou seja, a limpeza dos dados. Em seguida, é feita a padronização dos dados com relação ao tamanho, tipo etc.; isto é, ocorre a substituição de caracteres estra- nhos, a correção de erros de digitação, a padronização de unidades de medidas e casas decimais dentre outros. Em suma, os dados passam por uma mudança de acordo com as regras de negócio para, assim, serem analisadas. 3) Carregamento (Load), ou simplesmente carga, é a última fase, que tem a função de carregar os dados tratados na etapa anterior (transformação) para Data Warehouse/Data Mart (SARAIVA, 2018). O processo ETL pode ser aplicado (UCOMMERCE, acesso em: 15/02/2021) para: (I) a migração de dados de sistemas legados para outros mais modernos; (II) a consolidação dos dados de fusões de organizações; (III) a coleta e união de dados de fornecedores/parceiros externos; (IV) a integração de dados de diversos sistemas; e (V) a cons- trução de Data Warehouse. Assunto: ETL Link do assunto: https://www.cetax.com.br/blog/etl-extract- -transform-load/ ; https://ucommerce.com.br/o-que-e-etl/ e também no link: https://www.sas.com/en_us/insights/data-management/what- -is-etl.html Ferramentas de Business Intelligence Apesar de o BI poder ser feito somente com um conjunto de planilhas do Excel; existem ferramentas mais sofisticadas para a inte- gração e análise de dados, que são as ferramentas de BI. Essas ferra- mentas são desenvolvidas para oferecer aos seus usuários algumas funcionalidades, dentre elas, pode-se citar (GARCIA, M, 2020): • KPI (Key Performance Indicators): são os indicadores de desempenho, que servem para medir como está o comportamento da empresa. • Dashboard: são os painéis visuais com os resumos das infor- 47 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S mações da empresa. Os dashboards podem ser separados por assunto ou por departamento e, normalmente, são acessados por meio de na- vegadores web. Conforme já mencionado, existem diversas ferramentas de BI, que podem tornar difícil escolher uma ferramenta em detrimento de ou- tra. Um bom parâmetro para escolha de uma ferramenta pode ser o Qua- drante Mágico do Gartner (Figura 14) que, segundo Schemes (2020), consiste em “uma representação gráfica das atividades do mercado tec- nológico”. Por esse quadrante, é possível visualizar as características e funcionalidades das ferramentas pesquisadas e avaliadas pelo Gartner Group. O Gartner divulga uma lista (anualmente) das empresas que desenvolvem as melhores soluções tecnológicas e também de estraté- gias de vendas, de marketing, de posicionamento geográfico etc. Logo, as organizações estarem incluídas no quadrante mágico constitui um prestígio, porque elas ganham uma grande credibilidade e visibilidade no mercado (SCHEMES, 2020). O Quadrante Mágico do Gartner está dividido em quatro partes, como se vê na Figura 14, que são: • Leaders (Líderes): de acordo com Schemes (2020), são as “companhias que podem direcionar os rumos do mercado. Suas ações são muito relevantes e geralmente são copiadas por concorrentes”. As ferramentas contidas nesse quadrante evidenciam uma grande compreensão das necessidades do mercado, consequentemente, os clientes tendem a estar mais satisfeitos com as soluções apresentadas pelas empresas contidas nesse quadrante (SCHEMES, 2020). • Challengers (Desafiantes): segundo Schemes (2020), as organizações presentes nesse quadrantesão “caracterizadas pela ca- pacidade de executar suas estratégias. Contudo, não contam com um planejamento capaz de manter uma proposta de valor para os seus clientes e pecam na inovação”. Entretanto, como essas ferramentas es- tão logo atrás das ferramentas líderes, elas possuem grandes chances de evoluir para o quadrante “Leaders”, uma vez que desenvolvam me- lhor sua visão de negócios (SCHEMES, 2020). • Visionaries (Visionários): as organizações presentes nesse quadrante possuem uma visão de desenvolvimento do mercado, que está compatível com os critérios do Gartner, ou seja, já apresentam alta taxa de inovação e potencial para a expansão. Contudo, elas aparentam algumas dificuldades na execução do plano de evolução. Comumente, essas empresas são compradas por outras maiores que anseiam por inovar seus serviços (SCHEMES, 2020) e também diminuir a concor- rência. 48 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 14 – O Quadrante Mágico da Gartner. Fonte: Qlik, acesso em: 12/02/2021 • Niche Players (Competidores de Nicho): trata-se de em- presas que possuem bons resultados em determinados nichos, porém, elas enfrentam limitações para expandir. Normalmente, essa barreira ocorre por falta de inovação, o que dificulta a competição com os con- correntes (SCHEMES, 2020). 49 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Assunto: Como funciona o Quadrante Mágico de Gartner? Link do assunto: https://conteudo.movidesk.com/quadran- te-magico-gartner/#:~:text=Competidores%20de%20nicho%20(Niche%20 players,atuar%20com%20uma%20abrang%C3%AAncia%20maior. Conforme visto anteriormente, as ferramentas classificadas como “Leaders” são as mais bem avaliadas pelo Gartner. Dessa forma, optou-se por apresentar mais informações somente sobre as ferramen- tas contidas nesse quadrante, sendo elas: • Microsoft Power BI: é definido por Scardina e Horwitz (Aces- so em: 12/02/2021, s/p., tradução nossa) como uma “plataforma de Bu- siness Intelligence que fornece aos usuários de negócios não técnicos, ferramentas para agregar, analisar, visualizar e compartilhar dados”. Os principais componentes do ecossistema Power BI são: - Power BI Desktop: é um aplicativo gratuito que pode ser instalado no computador desktop, que permite conectar seus dados, transformá-los e visualizá-los. No geral, a interface do Power BI Desk- top é bastante intuitiva para os usuários do Microsoft Excel, conforme observa-se na Figura 15. É por isso que, geralmente, ela requerer pou- co treinamento para ser utilizada. Essa ferramenta é mais comumente utilizada para: (I) conectar aos dados, (II) transformar e limpar os dados para assim criar um modelo de dados; (III) criar representações visuais dos dados, por exemplo, por meio de gráficos; (IV) criar relatórios que são conjuntos de representações visuais em uma ou mais páginas; (V) compartilhamento de relatórios com outras pessoas (MICROSOFT, 2020). - Power BI Service: é o software como serviço (SaaS) baseado na nuvem; - Dispositivos Móveis do Power BI: é um software para dis- positivos móveis, como tablets e smartphones. Funciona no sistema operacional Android e iOS; - Power BI Report Server: que consiste em uma solução para a geração de relatórios de BI em servidor local. 50 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 15 - Dashboard no Power BI Desktop. Fonte: Microsoft, 2020. Assunto: Como usar o Power BI Link do assunto: https://docs.microsoft.com/pt-br/power-bi/ fundamentals/desktop-what-is-desktop e também no link: https://docs. microsoft.com/pt-br/power-bi/fundamentals/desktop-getting-started • Tableau: trata-se de uma plataforma de análise de dados que facilita ao usuário a exploração, o gerenciamento de dados e também torná-los mais acessíveis às pessoas através da visualização dos da- dos. A Tableau foi criada em 2003 como um projeto de Ciência da Com- putação na Universidade Stanford. Em 2019, essa ferramenta foi adqui- rida pela empresa Salesforce. Os principais produtos que compõem a ferramenta Tableau são (FIVEACTS, 2020): - Tableau Desktop: que é uma ferramenta que possibilita a criação de painéis interativos para a construção de análises dos dados que apoiarão a tomada de decisão. A Figura 16 ilustra um dashboard feito na Ferramenta Tableau Desktop; - Tableau Server: trata-se de um portal para o compartilha- 51 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S mento das análises, ou seja, possibilita que os dados sejam acessa- dos a partir de diversos dispositivos com total interatividade, garantindo, além disso, a mesma performance e segurança; - Tableau On-line: é a versão em nuvem da ferramenta Tableau; - Tableau Mobile: trata-se de uma versão disponível para dis- positivos que utilizam os sistemas operacionais Android e iOS. Figura 16- Tela de Dashboard no Tableau. Fonte: Tableau, acesso em: 12/02/2021. Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Tableau Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos re- cursos do Tableau. Link do Video: https://www.tableau.com/pt-br/products/desk- top#video • Qlik Sense: é definido pela empresa também de nome Qlik Sense (Acesso em: 16/02/2021, s/p.) como uma “plataforma completa de análise de dados que estabelece o benchmark para uma nova ge- ração de analytics”. Essa ferramenta possibilita a criação rápida de vi- 52 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S sualizações de dashboards muito mais intuitivos e simples, facilitando a exploração dos dados etc. A Figura 17 ilustra um dashboard construído na Ferramenta Qlik Sense. Figura 17- Tela de Dashboard no Qlik Sense. Fonte: Qlik, acesso em: 16/02/2021. Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta Qlik Sense Este vídeo apresenta sucintamente como usar alguns dos re- cursos do Qlik. Link do Video: https://www.in1.com.br/solucoes/qlik-sense • ThoughtSpot: é definido pela empresa ThoughtSpot (Acesso em: 16/02/2021, s/p, tradução nossa) como “uma plataforma de Busi- ness Intelligence e Big Data Analytics que ajuda o usuário a explorar, analisar e compartilhar dados analíticos de negócios em tempo real fa- cilmente”. A Figura 18 ilustra um dashboard elaborado na Ferramenta ThoughSpot. 53 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S Figura 18 - Tela de Dasboard no ThoughSpot. Fonte: ThoughtSpot, acesso em: 16/02/2021. Vídeo sobre o Assunto: Como usar a Ferramenta ThoughtSpot Os vídeos contidos no link apresentam brevemente os princi- pais recursos dessa ferramenta. Link do Video: https://www.thoughtspot.com/thoughtspot-5-0-searchiq O QUE É BIG DATA? O termo Big Data significa “grandes dados” e foi definido no início dos anos 2000 pelo Gartner Group (acesso: 06/02/2021, s/p., tra- dução nossa) como “ativos de alto volume, velocidade e variedade de informação que exigem custo-benefício, de formar inovadoras de pro- cessamento de informações para maior visibilidade e tomada de deci- são”. Portanto, conclui-se que o termo Big Data descreve um grande volume de dados, sejam eles estruturado ou não, mas que impactam no 54 M E IO S D IG IT A IS E O P R O F IS SI O N A L D O F U TU R O - G R U P O P R O M IN A S dia a dia dos negócios de qualquer organização (MACHADO, 2018). De acordo com Córdova Júnior (2018), os dados podem ser classificados em: dados estruturados, não estruturados e semiestruturados. A Figura 19 exemplifica a ideia por trás de cada tipo de classificação desses da- dos e, a seguir, eles são conceituados. • Dados estruturados: referem-se aos dados que possuem formato e comprimento
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