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MEIO AMBIENTE

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UNIVERSIDADE FAVENI
JAIR DE CARVALHO VIEIRA
O DESAFIO NA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE CARIACICA-ES
IBATIBA – ES
2022
UNIVERSIDADE FAVENI
JAIR DE CARVALHO VIEIRA
O DESAFIO NA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE CARIACICA-ES
Trabalho apresentado à Universidade FAVENI, como parte das exigências para a conclusão do Curso de Gestão do Meio Ambiente.
 
 
IBATIBA – ES 
2022
 INTRODUÇÃO
O presente trabalho corresponde à avaliação final como requisito de aprovação no curso de Gestão do Meio Ambiente realizado na Universidade de Faveni e tem como objeto de estudo as ações de sustentabilidade desenvolvidas pela Marca Ambiental, no Município de Cariacica, a partir do ano de 2005, quando foi instituído o grupo interno na Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do Ministério do Meio Ambiente – MMA[footnoteRef:1]. [1: O MMA (Ministério do Meio Ambiente), visando acelerar os trabalhos para a implementação da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) e a comunicação entre os vários atores do governo ligados ao tema, acaba de criar o Grupo Interno de Articulação do Ministério do Meio Ambiente.
] 
Investigar este tema torna-se relevante à medida que a discussão em torno da sustentabilidade tem ganhado ênfase no cenário nacional, sobretudo, após a regulamentação da Lei nº 12.305 – Decreto 7.704/2010 (Lei dos Resíduos Sólidos). 
Em seu artigo 225, a CF/88 preconiza que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum da população essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo, tanto para a presente geração, quanto para as futuras.
Nesse sentido, o objetivo da Política Nacional de Resíduos Sólidos é justamente garantir o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, onde todos possam usufruir da natureza de maneira sadia e equilibrada e, ao mesmo tempo, preservando para as futuras gerações.
Em seu artigo 4º, a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou empresas privadas, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos.
Sabemos que isso não é fácil, afinal vivemos num país capitalista, em que consumir é bem primordial para manter o status junto à sociedade que valoriza o “ter” e não o “ser”.
E, para tanto, o homem apropria-se dos recursos naturais, devasta o meio ambiente, explora a força de trabalho humano, criando mercadorias que cada vez mais cedo se tornam obsoletas. O trabalhador não consegue se reconhecer naquilo que produz devido ao fetiche ocasionado por tais mercadorias, torna-se alienado, consumindo cada vez mais e, consequentemente, causando a destruição do meio ambiente. Fetiche de acordo com o dicionário Aurélio da língua Portuguesa, p. 319, significa: “objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta culto”.
Segundo Sutherland (2011), proteger o meio ambiente da degradação da natureza imposta pela ação humana na geração desordenada de resíduos sólidos é proteger a dignidade da vida humana, com a consciência de que o descuido com a natureza pode comprometer gravemente a qualidade de vida do homem no planeta, afinal, sem vida não há qualquer outro direito a ser resguardado.
Para Mota (2006), as alterações ambientais dão origem a vários impactos, cujos efeitos recaem sobre o meio ambiente natural, modificando a cadeia alimentar da natureza e os valores hedônicos – referente ao hedonismo ou ao prazer – do capital natural e as externalidades, cujos efeitos positivos ou negativos recaem sobre os seres humanos, melhorando ou piorando seus bens estares. 
O que percebemos com isso é uma preocupação não apenas nacional, mas, mundial com os resíduos sólidos produzidos demasiadamente pelo sistema capitalista. Percebemos um crescimento populacional desordenado, chamando atenção para a problemática ambiental global, devido ao consumo desordenado influenciado pelos ditames do capitalismo.
Portanto, não restam dúvidas de que pesquisar esse tema é relevante para a formação acadêmica, pois se trata de um campo novo que está em evidência e que ainda possui certa deficiência de profissionais capacitados para atuarem junto a esta temática. Nesse sentido, a pesquisa em si poderá trazer subsídios para aprofundar as discussões em torno do tema, tanto para os acadêmicos quanto para os profissionais envolvidos nessa área.
Também se torna relevante para o profissional de meio ambiente pois, quando pensamos em sustentabilidade e meio ambiente, pensamos na sociedade como um todo, onde cada cidadão, independente de sua situação econômica é parte importante no processo em busca de um meio ambiente equilibrado e saudável, além da possibilidade de abrir campos de trabalho para esse profissional.
Além disso, tem relevância também para a sociedade, à medida que garantir o sustento de famílias de baixa renda sem degradar o meio ambiente é um grande desafio, visto que precisamos uns dos outros e se cada um fizer a sua parte, todos ganham em qualidade de vida sustentável e saudável.
Sabemos dos efeitos deletérios causados pelo sistema capitalista e da contradição capital x trabalho que influem diretamente nas mazelas decorrentes da questão social. Isso também pode ser aplicado à questão ambiental, pois responsabilizar todos de forma igual pela degradação do meio ambiente é uma irresponsabilidade, visto que quem tem mais recursos financeiros consome mais. 
Assim, mediante o que foi relatado no escopo deste texto e diante da relevância da temática, a proposta de estudo visa responder ao seguinte questionamento: como se estruturam as ações de reciclagem e reutilização de resíduos sólidos desenvolvidas pela Marca Ambiental, no município de Cariacica a partir do ano de 2005, quando foi criado o grupo interno na Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do MMA – Ministério do Meio Ambiente?
Ao mesmo tempo em que buscamos reunir elementos para responder ao nosso problema de pesquisa, buscamos ainda contemplar nosso objetivo geral: analisar a importância das ações de reciclagem e reutilização de resíduos sólidos desenvolvidas pela Marca Ambiental no Município de Cariacica a partir do ano de 2005. Além disso, nosso processo investigativo também teve como objetivos específicos identificar a adequação das ações de sustentabilidade desenvolvidas pela Marca Ambiental à Política Nacional de Resíduos Sólidos; qual a concepção de desenvolvimento sustentável é apropriada pelos profissionais que atuam na Marca Ambiental; e, ainda, avaliar quais limites e possibilidades a empresa têm encontrado na implementação de ações de reciclagem e reutilização de resíduos sólidos.
Mesmo sabendo que a temática ambiental ainda é um campo novo para o, nossa proposta foi conhecer a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos junto à Marca Ambiental e a atuação deste profissional junto a esta política.
Para reunir o maior número de elementos que pudesse realmente contemplar as especificidades do nosso objeto de estudo, foi realizado um levantamento de informações por meio de pesquisa de caráter exploratório, bibliográfica, documental e de campo, priorizando uma abordagem qualitativa. Neste caso, a pesquisa exploratória foi utilizada em maior evidência para o conhecimento de questões que necessitam de um maior aprofundamento. A utilização desses instrumentos metodológicos teve como objetivo possibilitar uma análise concreta da implementação, implantação e das condições funcionais da Política Nacional de Resíduos Sólidos através da Marca Ambiental no Estado do Espírito Santo.
Além disso, a investigação privilegiou uma análise crítico reflexivado objeto de estudo, visando contemplá-lo em sua totalidade, considerando que a devastação do meio ambiente é atribuída a todos, mas através dessa análise verificamos que somos todos responsáveis por tal degradação, porém não somos igualmente responsáveis.
Diante do exposto e das dificuldades encontradas na realização dessa pesquisa, procuramos confrontar as diretrizes previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos com as respostas obtidas através de email e também do estudo de caso, visando contemplar os objetivos acima especificados, adiantando que nossa análise acabou ficando prejudicada, devido a todas as intercorrências acima mencionadas, sobretudo, com relação à deficiência de dados coletados. 
Visando uma melhor compreensão da temática abordada, o presente trabalho foi dividido em três capítulos: no primeiro capítulo abordamos a contextualização histórica sobre a temática do meio ambiente, buscando resgatar um pouco da história do meio ambiente no Brasil; no segundo capítulo buscamos conhecer as Legislações existentes no Brasil em relação ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, dando ênfase à Lei 12.305/2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos; e no terceiro capítulo analisamos os dados coletados na Marca Ambiental, comparando tais informações com a Política Nacional de Resíduos Sólidos .
1 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA SOBRE O TEMA MEIO AMBIENTE
O mundo contemporâneo trouxe um debate acerca dos impactos de destruição causados ao meio ambiente e as tentativas na promoção do desenvolvimento sustentável como forma de amenizar o problema do desmatamento, assoreamento dos rios etc. Esse debate traz temas bastante complexos, pois durante muitos anos o homem foi e continua sendo o causador de diversas agressões à natureza, explorando os recursos naturais de forma desordenada.
Nesse capítulo será abordado o contexto histórico do meio ambiente e suas particularidades, desde o descobrimento do Brasil até os dias atuais. O termo sustentabilidade e meio ambiente ganha relevância na década de 1990, principalmente após a ECO 92.
Segundo o Portal da Educação (MEC), a história sobre a importância dos recursos ambientais brasileiro começa no período de descobrimento do Brasil, quando em carta datada de 1º de maio de 1500, Pero Vaz de Caminha relata as belezas naturais e o patrimônio existentes neste país. O Brasil, por ser um país rico em recursos naturais, despertava a cobiça entre os estrangeiros, principalmente os europeus, por possuir um patrimônio com grande valor financeiro.
O conceito de meio ambiente é, contudo, bem novo, assim como a gestão do meio ambiente se constitui numa atividade também recente. Até há pouco tempo, os recursos ambientais eram tratados de forma isolada no Brasil, razão pela qual os instrumentos e mecanismos necessários à gestão ambiental ainda não estavam desenvolvidos e aperfeiçoados em sua plenitude.
Quando falamos que os recursos ambientais eram tratados de forma isolada em nosso país, significa que cada estado tratava de forma diferente esses recursos. Porém, com os efeitos deletérios ocasionados com o avanço do capitalismo, todos os estados passam a sofrer as consequências causadas pela degradação ambiental.
A degradação do meio ambiente não ocorreu da noite para o dia, mas é resultado de todo um processo histórico, em que o sistema capitalista é o grande vilão, uma vez que na busca por lucros exorbitantes, contribui para o consumo desenfreado, colocando em risco o meio ambiente, seja depositando nele as sobras desse consumo ou usando indevidamente os recursos naturais.
Isso ocorre porque enquanto o homem apropriava-se somente da natureza para satisfazer suas necessidades básicas, tudo corria bem, no entanto, a partir do momento em que essas ações humanas passaram a ser desordenadas, em busca de aumentar seu patrimônio, os recursos naturais foram se extinguindo. Isso transforma o meio ambiente, influenciando diretamente a existência dos seres vivos, inclusive, colocando em risco a própria sobrevivência humana.
Durante muito tempo, o Governo preocupava-se somente em atender às demandas da sociedade voltadas para o desenvolvimento econômico, na qual a exploração da madeira era mais um elemento. Isso fez com que a Carta Régia de 27 de abril de 1442 fosse a primeira disposição governamental conhecida de proteção à árvore no direito português, contudo, visando aumentar sua esquadra de navios exploravam de forma desordenada as florestas brasileiras.
Em 13 de junho de 1808 foi criado, pela Família Real, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Atualmente, o Jardim Botânico é uma fundação vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. 
Até a década de 1950, o Brasil não estava preocupado com a questão ambiental. As ações eram voltadas para aspectos relacionados com o saneamento, a conservação e a preservação do patrimônio natural, histórico e artístico e à solução de problemas provocados pelas secas e enchentes.
A partir de 1970 as discussões sobre a questão ambiental passam a fazer parte do âmbito acadêmico, porém, só adquirem maior expressão a partir da década de 1990, momento em que se torna evidente a relação desordenada e predatória entre o homem e a natureza. A preocupação com o meio ambiente se justifica pela deterioração dos recursos naturais causados pela ação humana como maneira de atender ao capitalismo, ou seja, concentrar riquezas nas mãos de poucos através da apropriação indevida dos recursos naturais.
Tal processo torna desigual a distribuição de recursos, aumentando a dicotomia existente entre ricos e pobres. Nesse sentido, a má distribuição da riqueza nas mãos de uma minoria acentua as desigualdades sociais e multiplica as necessidades básicas da maioria da população.
Com isso, percebemos que a divisão de classes e a exploração do modo de produção capitalista torna o homem alienado que não se vê mais naquilo que produz. Esse processo contribui para que poucos detenham a concentração de riquezas e muitos vivam à margem da pobreza, e, estes irão sofrer as consequências da degradação ambiental.
A partir disso, evidencia-se a organização social, ou seja, a divisão entre as classes inerentes ao modo de produção capitalista. Isto devido à exploração do homem pelo homem, na qual, grande parte da população vende sua força de trabalho a uma minoria, que não compartilha os bens produzidos com igualdade. Este processo agudiza a desigualdade social e segrega a população em classes sociais que se formam de acordo com os bens que possuem ou ainda, pelo acesso ou não, aos bens socialmente produzidos. Desta forma, se estabelece a parcela da população que irá se apropriar da riqueza socialmente produzida, bem como, aquela que irá sofrer as consequências da degradação ambiental de forma mais acentuada (FARIA, 2010, p. 111).
O que percebemos, na verdade, é que a degradação do meio ambiente está diretamente ligada às relações existentes entre capital e trabalho. E isso ocorre justamente porque a classe trabalhadora é a que mais sofre com esta degradação, sobretudo, em decorrência da má distribuição de renda e de apropriação dos recursos naturais. Isso fica bem claro nas palavras de Silva (2010, p. 48):
Cálculos do Fundo Mundial para a Natureza – WWF são bastante ilustrativos dessa tendência. Segundo essa organização ambientalista, os 15% mais ricos da humanidade, aí incluídos os segmentos mais abastados das classes dominantes dos países subdesenvolvidos, consomem energia e recursos em nível tão alto que providenciar um estilo de vida comparável para o restante da população mundial implicaria a utilização de 2,6 planetas iguais a terra.
Para Faria (2011) segundo estudos científicos, o homem é apontado como responsável pelas mudanças ocorridas no clima desde a Revolução Industrial. Sabemos que a mesma teve início na Inglaterra no século XVIII, pois este país possui grande reserva de carvão mineral que é a principal fonte de energia para movimentação de máquinas e locomotivas a vapor, além de ficar situado em um ponto geográfico estratégico,com acesso às principais rotas de comércio internacional. 
Uma característica da Revolução Industrial foi à troca da manufatura pela mecanização, tanto no sistema de produção como no transporte de produtos. Nessa época, era grande o número de cidadãos em busca de emprego, uma vez que o mercado consumidor era próspero e também havia grande interesse por parte da classe burguesa com intenção de abrir fábricas, comprar matéria-prima e máquinas, necessitando assim da contratação de mão de obra (Faria 2011).
Retornando ao fim do século XVIII, com o advento do capitalismo e a Revolução Industrial, o consumo dos países desenvolvidos foi impulsionado, favorecendo assim, o aumento da exploração dos recursos naturais dos países subdesenvolvidos, fornecedores de matéria prima. Esse desenvolvimento industrial, com poder incalculável de destruição, provoca a poluição e a exaustão de alguns recursos minerais e florestais, além de aumentar a produção de resíduos sólidos. Nesta direção, a Revolução Industrial provocou duas facetas para a sociedade: o bem e o mal.
O espetacular desenvolvimento da indústria, alcançado ao longo do século XX, trouxe benefícios e prejuízos para a humanidade. Produtos industrializados como o avião, a televisão e o computador, sem nenhuma dúvida, são maravilhas do mundo contemporâneo. Por outro lado, a devastação das florestas, a poluição da atmosfera, rios e mares representam o lado negativo desse avanço industrial. Apesar de sua importância para a satisfação das necessidades humanas, a indústria, as inovações tecnológicas e, principalmente, as agroindustriais tem sido as maiores responsáveis pela degradação do meio ambiente (SAMPAIO, 2005, p.13).
É óbvio que não podemos negar que a Revolução Industrial representa um grande marco para a sociedade, pois propiciou rapidez na produção, diminuição nos preços dos produtos e aumentou o consumo, gerando grandes transformações econômicas. Entretanto, também trouxe também consequências negativas, dentre elas o aumento do desemprego, devido à substituição da mão de obra humana pela máquina, aumento do êxodo rural provocando, assim, um crescimento exorbitante das cidades, gerando um nível alto de poluição ambiental, afetando até hoje a sociedade em que vivemos.
Nesse caso podemos salientar a importância da inserção do Gestor Ambiental nos espaços relacionados ao meio ambiente. Quando pensamos em Políticas Públicas chegamos à conclusão de que esse profissional está devidamente capacitado para trabalhar nessa área, pois além de ter conhecimento teórico, possui subsídios teóricos para analisar a realidade sob uma perspectiva crítica. E de acordo com seu Código de Ética deve direcionar suas ações no sentido de priorizar o compromisso com a classe trabalhadora, fazendo frente aos desafios postos pela questão social, ocasionados pela contradição entre capital e trabalho.
Mas pensar o trabalho do assistente social em tempo de capital fetiche requer também tratar o processo de formação dessa força de trabalho qualificada no âmbito do ensino universitário, sujeito às injuções econômicas, políticas e ideológicas da prevalência dos interesses do grande capital e de seus centros estratégicos mundiais. Ao incorporarem os Estados nacionais à suas estratégias de reprodução, atingem profundamente as políticas públicas _, entre elas a política educacional, com profundas incidências na vida universitária, reconfigurando sua natureza e seu papel na sociedade, o que atinge diretamente a capacitação dos profissionais e pesquisadores (IAMAMOTO, 2007, p. 432).
Após falarmos sobre a importância do Gestor Ambiental está inserido na elaboração de políticas públicas, retornaremos a Revolução Industrial que foi o grande marco propulsor do capitalismo e consequentemente grande causadora da destruição ambiental.
Com a Revolução Industrial o homem passou a utilizar de forma desordenada o carbono estocado há milhões de anos sob a forma de carvão mineral, petróleo e gás natural na geração de energia e manutenção de indústrias e veículos automotores.
Como consequência desses atos, temos o assoreamento dos rios, o solo fica ácido e acelera a erosão, prejudicando a agricultura e impedindo o crescimento dos vegetais, além dos gastos incalculáveis com a saúde pública, pois a população sofre demasiadamente com as doenças respiratórias.
Inclusive, Marx (1977) já havia previsto os efeitos desastrosos do capitalismo, uma vez que seu desenvolvimento ofereceria riscos para a humanidade, já que os códigos do mercado levam à destruição da natureza. As transformações socioeconômicas promovidas pelo sistema capitalista influenciam não apenas as relações de poder entre trabalho e organização social, mas afetam a visão acerca da natureza e o modo de o ser humano se relacionar com ela. Não é à toa que o pensamento de Marx sempre foi sistematicamente ecológico.
No ano de 1990, alguns cientistas advertiram que seria necessário diminuir em 60% os níveis crescentes de dióxido de carbono (CO2), lançados na atmosfera neste mesmo ano. Nesse ano também foi divulgado o primeiro informativo fundamentado na colaboração científica de nível internacional, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática – IPCC (em inglês). (Faria, 2011).
O ponto chave foi a realização, em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, da Conferência das Nações Unidas – ECO 92 –, cujo ponto central de pauta foi a discussão em torno do meio ambiente, momento em que compareceram governantes que representavam 160 (cento e sessenta) países.
Essa convenção representou um grande marco no debate sobre as mudanças climáticas do planeta, visando estabelecer medidas de proteção às fontes alimentares, ecossistemas e desenvolvimento social, ou seja, meios de sustentabilidade sem agressão ao meio ambiente.
Em 1995 foi divulgado o segundo informativo do IPCC informando sobre visíveis mudanças no clima planetário, sendo que a ação humana tem significado relevante no processo de mudança do clima global. Tal significado é baseado na desregrada extração de combustíveis fósseis – petróleo, carvão e gás natural –, tendo como justificativa que essas não trariam consequências tão irreparáveis ao planeta.
Em 1997, em Kyoto no Japão, houve a discussão e negociação de um tratado que passou a vigorar oficialmente em 16 de fevereiro de 2005, após a Rússia ratificá-lo em novembro de 2004. Esse tratado passou a ser conhecido como Protocolo de Kyoto, no qual ficou estabelecida a instituição de um calendário em que os países desenvolvidos teriam a obrigação de reduzir a quantidade de gases poluentes em pelo menos 5,25% até 2012, com base nos níveis de 1990. 
Porém, os Estados Unidos foram os causadores de grandes problemas para que esse protocolo fosse implementado. Segundo o documento, para que o mesmo se tornasse um regulamento internacional, o acordo precisava que pelo menos um grupo de países assinassem, sendo que estes deveriam ser responsáveis pelo menos 55% das emissões de gases tóxicos. Os Estados Unidos são responsáveis por mais de 35% das emissões desses gases e se negavam a participar das negociações sem que fossem feitas as alterações nas mesmas. Em 2001 se retiraram definitivamente das negociações.
Apesar da existência do Protocolo de Kyoto ele só foi implementado, de fato, em 2004 com a adesão da Rússia, o segundo maior emissor de gases nocivos ao efeito estufa. Assim, foi atingida a porcentagem de 55% dos países poluentes, sendo tal acordo prorrogado até fevereiro de 2005.
Os americanos se recusaram a assinar o protocolo, uma vez que nesse documento estava previsto que apenas os países ricos e industrializados seriam obrigados a reduzir as emissões, enquanto países em desenvolvimento não teriam essa obrigação. Nesse acordo ficariam de fora países como o Brasil e a China, também grandes emissores de gases. 
Países como o Canadá e Austrália também não assinaram e a Rússia somente assinou o acordo após saber que com a adesão poderia usá-lo como moeda de troca para conseguir ingressar na Organização Mundial do Comércio – OMC.
É evidenteque os países ricos nunca concordariam em assinar um documento onde países em desenvolvimento ficariam livres das penalidades sofridas para os que não cumprissem as normas nele descritas. A busca desenfreada para alcançar o poder nunca deixaria que isso acontecesse, afinal é notório que o sistema capitalista precisa manter seu processo de acumulação para garantir sua legitimidade.
Esse documento significou um marco mundial, uma vez que caracteriza o primeiro tratado de conservação ambiental, preconizando medidas de proteção ambiental em detrimento dos interesses do grande capital. Para que o Protocolo de Kyoto fosse efetivado ficaram condicionadas às modificações sugeridas por cinquenta e cinco países defensores do capital. Tais planos para redução da emissão de gases deverão ser colocados em prática pelos países que assinaram o documento entre 2008 e 2012.
Esse acordo recebeu o título de “Princípio de Responsabilidade Comum Diferenciada”, ou seja, todos os países são responsáveis pela proteção do clima no planeta e os países desenvolvidos serão os primeiros a atuarem.
Para Faria (2011, p. 111), para relacionar os interesses capitalistas com a questão ambiental temos que nos remeter a várias reflexões. Uma delas nos faz questionar se a atual preocupação com o meio ambiente e sua degradação faz parte de uma preocupação real ou é apenas uma estratégia utilizada pelos grandes capitalistas burgueses para mascarar e enfraquecer o enfrentamento de problemas mais devastadores, como miséria, desemprego, exploração, alienação e outros. 
Sabemos que a ONU (Organizações das Nações Unidas) vem lançando desafios com o intuito de estabelecer mecanismos no controle dos efeitos deletérios ocasionados pelo sistema capitalista em relação ao meio ambiente. Nesse âmbito vem sendo como uma espécie de formuladora de um plano, buscando junto às organizações internacionais soluções às manifestações patentes da questão social que, inclusive, 
[...] pode ser definida como: o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade. IAMAMOTO (1999, p. 27)
Lembrando que as mazelas decorrentes da questão social cada vez mais vêm atingindo a população mundial, e um dos meios para solucionar esse problema é garantir a sustentabilidade para a população mais empobrecida que além de gerar renda ajuda na preservação ambiental. Pensando nisso as Organizações das Nações Unidas – ONU, bastante preocupada com o futuro do planeta, vem realizando inúmeras convenções e conferências mundiais para tratar de assuntos relacionados ao meio ambiente.
Não restam dúvidas de que a ONU vem desempenhando um papel central na formulação e acompanhamento do debate em torno da questão ambiental, oferecendo alternativas às problemáticas mais emergentes neste campo. O protagonismo que exerce no trato da questão ambiental reflete-se na realização de inúmeras convenções sobre temas específicos – ‘diversidade biológica’ (1992), desertificação (1994), não proliferação de armas químicas (1993), mudanças no clima (1992), entre outras – além das Conferências Mundiais, as quais têm reunido um número expressivo de países. (SILVA, 2011, p.37).
No caso específico do Brasil, a questão ambiental está relacionada ao aumento do crescimento populacional, além da infraestrutura desorganizada das cidades, ocasionando um aumento exorbitante da produção de resíduos sólidos sem nenhuma perspectiva de mudança.
 Como relatamos anteriormente, os problemas ambientais no Brasil perpassam as classes sociais, apesar dos mais empobrecidos sofrerem mais, pois, a consequência para aqueles desprovidos do capital são maiores e piores. Com as agressões constantes ao meio ambiente o homem percebe que está perdendo o controle da situação e já não conta mais com tantos recursos naturais. Pensando em sua sobrevivência e também numa forma de garantir sustento para suas famílias, os mais pobres passaram a reaproveitar muitos objetos que, até pouco tempo, eram descartados no lixo.
Essa preocupação passa a ser também da classe burguesa, não porque ela se preocupa em garantir a sustentabilidade da classe mais pobre, mas reaproveitar os resíduos sólidos é também um meio de garantir lucro e como o tema sustentabilidade ambiental está em alta na mídia, também é uma forma de garantir status.
Mas além de se preocupar com o meio ambiente e a sustentabilidade, é preciso pensar no coletivo, através de um consumo consciente e equilibrado como nos mostra Mandel.
É preciso lembrar que o homem, enquanto ser material com necessidades materiais, não pode atingir a plena expressão de uma ‘individualidade rica’ por meio do ascetismo, da autopunição e da autolimitação artificial, mas somente pelo desenvolvimento racional de seu consumo conscientemente subordinado a seus interesses coletivos. (MANDEL, 1985, p. 277).
 
E nesta direção, para entendermos o que é sustentabilidade selecionamos alguns conceitos que poderão nos auxiliar. A sustentabilidade ambiental está intrinsecamente ligada à Política Nacional de Resíduos Sólidos, pois através da reciclagem podemos melhorar a condição de vida no nosso planeta, garantindo renda para aqueles afetados pelas mazelas decorrentes da questão social, além de qualidade de vida para todos.
O termo sustentabilidade ambiental passou a ser usado constantemente nas últimas décadas e significa suprir as necessidades nos dias atuais, sem afetar o desenvolvimento das gerações futuras.
Também é usado para o desenvolvimento econômico e material sem deterioração do meio ambiente, ou seja, é essencial usar os recursos de forma responsável para garantir sua manutenção no futuro.
A sustentabilidade está relacionada a todas as ações que visam à manutenção de um meio ambiente equilibrado, sem a destruição das florestas, rios e mares, além de atitudes voltadas para diminuir o desperdício de matéria prima. Em 1713 surgiu o primeiro conceito de sustentabilidade documentado: “A natureza deve ser obrigatoriamente utilizada com base nas suas características naturais para o bem estar da população, manejada e conservada com cuidado e com responsabilidade de deixar um bom legado para as futuras gerações” (CARLOWITZ, 1713,).
Para Boff (acesso em 12 jan. 2012), quando falamos em meio ambiente, pensamos logo em desenvolvimento sustentável. Segundo o autor, tal conceito foi usado pela primeira vez na Assembleia Geral da ONU, em 1979. Foi assumido pelos governos e pelos organismos multilaterais a partir de 1987 quando, depois de quase mil dias de reuniões de especialistas convocados pela ONU sob a coordenação da primeira ministra da Noruega Gro Brundland, foi publicado o documento “Nosso Futuro Comum”. É neste documento que aparece a definição tornada clássica: “sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
Para Norton a sustentabilidade:
[...] é uma relação entre sistemas econômicos dinâmicos e sistemas ecológicos maiores, também dinâmicos e que, no entanto, modificam-se mais lentamente, de tal forma que a vida humana pode continuar indefinidamente [...], uma relação na qual os efeitos das atividades humanas permanecem dentro de limites que não deterioram a saúde e a integridade de sistemas auto-organizados que fornecem o contexto ambiental para essas atividades (NORTON, 1992). 
O desenvolvimento sustentável busca simultaneamente a eficiência econômica, a justiça social e harmonia ambiental. Mais do que um novo conceito, é um processo de mudança em que a exploração de recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento ecológico e a mudança institucional devem levar em conta as necessidades das gerações futuras (MAIMON, 1996).
Percebemos, assim, que o objetivo geral do desenvolvimento sustentável é promover o desenvolvimento econômicosem deteriorar ou prejudicar a base que lhe dá sustentação. O desenvolvimento sustentável só se concretizará de fato se o homem ganancioso, “capitalista selvagem”, se tornar um “homem ético” e consciente. Deve haver não só um compromisso, mas uma imediata coerência entre crescimento e manutenção da vida.
Segundo o site http: blog.planalto.gov.br - acesso 13/01/2012 às 15.20 h, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando sancionou a Lei 12.305/2010 da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, afirmou que a partir do momento em que os catadores se tornaram cientes do seu papel na preservação do meio ambiente e se organizaram, foi fundamental para a aprovação e regulamentação dessa Lei, pois ela já tramitava no Congresso Nacional há mais de 20 (vinte) anos.
O então Presidente ainda enfatizou que esta Lei é considerada uma revolução em termos ambientais, representando a vitória das entidades que atuam nas mais variadas etapas das cadeias produtivas, na prestação de serviços e na sociedade civil. 
Um dos pontos principais desta Lei é o da Logística Reversa que determina que fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores realizem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema produtos como agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus, óleos, lubrificantes, todos os tipos de lâmpadas e eletroeletrônicos.
A Legislação prevê a responsabilidade compartilhada, envolvendo sociedade, empresas, prefeituras e governos estaduais e federais na gestão dos resíduos sólidos. Segundo Silvano Costa, Diretor do Departamento de Ambiente Urbano do MMA, a lei 12.305/2010 é bastante moderna, colocando o Brasil num patamar de igualdade com países desenvolvidos da Europa.
Tal Lei possui um conjunto de instrumentos que a distingue como Política Pública e através de sua sanção foi possível diferenciar resíduo de rejeito. O Brasil passa, então, a ter um marco regulatório nesta área. Resíduo é o lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado e rejeito é tudo aquilo que não é passível de aproveitamento. A Lei trata de todo tipo de resíduo: doméstico, industrial, construção civil, eletroeletrônico, de área de saúde etc. Segundo Costa (acesso em 16 jan. 2012): 
A lei trabalha com a finalidade de reciclar o máximo possível. Ela cria hierarquia para a gestão e o gerenciamento de resíduos e sugere prevenção, reutilização, tratamento e disposição em aterros somente dos rejeitos. Ela também coloca o gerador de resíduos como responsável por sua destinação, não tirando da Prefeitura a sua responsabilidade. (COSTA, 2012)
É notório que antes da Lei 12.305/2010 ser sancionada, o único responsável pelos resíduos era o município. Agora, a responsabilidade é compartilhada, não só a Prefeitura como também empresas e cidadãos comuns têm como dever cuidar do seu lixo. O documento entende por geradores de resíduos sólidos pessoas físicas e/ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos por meio de suas atividades, dentre elas o consumo. 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos inaugura na legislação ambiental o princípio do protetor-recebedor, que se diferencia do poluidor-pagador, termo já consagrado no direito ambiental mantido na lei (aquele que tem obrigação de arcar com os custos da reparação por ele causado ao meio ambiente), o protetor-recebedor recebe remuneração devido à prestação de benefícios ao meio ambiente e à coletividade, ou promove alguma ação com o mesmo propósito.
“Ela considera a questão do poluidor-pagador como princípio importante para a responsabilidade compartilhada. Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes agora são obrigados a fazer o caminho de volta e essa responsabilidade acabou criando a logística reversa, que é o caminho de volta dos resíduos. Ela responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis”, explica (Silvano Costa, 2011) no Globo Ecologia. 
O artigo sexto do capítulo VIII prevê que um dos princípios e objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos é “a integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”. O Presidente Lula ressaltou na época da sanção que o “maior mérito da lei é a inclusão social de trabalhadores e trabalhadoras esquecidos e maltratados pelo Poder Público”. ( lei nº 12.305, cap. II, art. 6º, VII).
No seu artigo 54, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece a exibição de resíduos de forma adequada em aterros até 2014, significando que até a Copa do Mundo todas as cidades brasileiras deverão eliminar os lixões. Segundo Silvano Costa: “O esforço pela reciclagem é simultâneo. A obrigação de todas as partes é lutar para eliminar os lixões, reciclar o que for passível de reciclagem e enviar os restos a aterros”. (Silvano Costa, 2011).
2	AS LEIS EXISTENTES NO BRASIL RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE
Como relatamos no capítulo anterior, o tema meio ambiente ganhou destaque no Brasil a partir da década de 1990, mais precisamente com a ECO 92. A partir de agora serão analisadas as Leis existentes no Brasil em relação à proteção ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável e todas as ações que estão sendo pensadas e executadas em busca de melhorias nesse sentido, com destaque para a Lei 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Para entendermos melhor o porquê das leis de proteção ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável, precisamos compreender as diferentes formas de convivência existentes dentro da sociedade e também como lidar com essas diferenças.
Vivemos numa sociedade moderna, que tem como característica principal as diferenças sociais entre seus membros e não apenas a idade, sexo, religião, estado civil, escolaridade, renda, profissão etc., mas, também, os valores, interesses e aspirações que acabam gerando conflitos a partir do distanciamento existente entre ricos e pobres, afetando a sociedade num todo. Desse modo, 
[..] o crescente alargamento da distância entre o mundo rico e o pobre (e [...] dentro do mundo rico, entre os seus ricos e os seus pobres); a ascensão do racismo e da xenofobia; e a crise ecológica do globo, que nos afetará a todos” (HOBSBAWM in BLACKBURN, 1992, p. 104).
Como vimos anteriormente, a vida em sociedade é complexa e permeada por conflitos, pois cada um tem sua própria opinião, seu interesse financeiro e valores. E para que haja desenvolvimento e avanço na sobrevivência da sociedade como um todo, torna-se necessário limitar tais conflitos, impondo determinados limites que não prejudiquem a administração do país.
Segundo Rua (1995), nesse caso, existem dois caminhos a serem usados: a coerção e a política. Quanto mais usamos a coerção, mais reduzimos seu impacto e elevamos ainda mais o seu custo, ou seja, não é um bom caminho a ser seguido. Resta-nos então a política, esta também envolve a coerção, mas não fica limitada a ela, transcende, vai além do simples ato de coagir. Portanto, o que é a política? Segundo Schimitter, política é a resolução pacífica dos conflitos.
Para Rua (1995), é possível delimitar um pouco mais e estabelecer que a política consiste num conjunto de procedimentos formais e informais que expressam relações de poder e que se destinam à resolução pacífica dos conflitos quanto aos bens públicos.
Com objetivo de garantir os direitos da população temos como parâmetro a Carta Magna, ou seja, a Constituição Federal de 1988, que estabelece as diretrizes para o desenvolvimento das políticas ambientais públicas federais no Capítulo VI, Artigo 225. Além desse Artigo, a Constituição Federal estabelece ainda diretrizes com implicações ambientais nos Artigos 5º, 23, 24, 129, 170, 174, 187, 186 e 220.
É fato que no ano de 1988, quando foi publicada a Constituição Federal, a preocupação com o meio ambiente já era visível, prova disso são os vários artigos acima citados. Após ficar quase vinte anos tramitando no Congresso Nacional, em agosto de 2010 foi aprovada a Lei 12.305/2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos.Sabemos que vivemos num país capitalista e, cada vez mais, os ditames do capital influenciam num consumo exagerado, afinal se valoriza o “ter” e não o “ser”. Cada vez mais produzimos mercadorias que, muito antes do que imaginamos, tornam-se obsoletas e quem não se adequar fica excluído da sociedade.
Para Silva autor tudo isso não passa de uma estratégia do capital para manter sua acumulação:
Ao adotar a aceleração desenfreada nos ritmos de consumo como mecanismo que visa possibilitar novo impulso à produção, o sistema do capital impõe que uma gama cada vez maior de produtos, considerados anteriormente bens relativamente duráveis, deve ser descartada prematuramente. (SILVA, 2010, p. 62)
Para mantermos os gastos com essas mercadorias, é necessário que trabalhemos cada vez mais. Com isso, passamos a ter menos tempo para nos dedicarmos à família, aos amigos, aumentando a procura por produtos de uso fácil, obviamente optamos por produtos descartáveis, encontrados facilmente nos supermercados, padarias e demais estabelecimentos comerciais.
Na busca desenfreada por lucros, os fabricantes colocam seus produtos em embalagens coloridas, chamando atenção para as mesmas e os comerciantes expõem seus produtos em lugares de fácil acesso, onde todos são tentados a consumi-los. Após o uso, esses resíduos são descartados, sem ao menos se questionar aonde eles vão parar. É comum ouvirmos a expressão: sendo “lixo” não precisamos se preocupar com ele.
Nos últimos anos, notamos um crescimento exorbitante da população brasileira, aumentando cada vez mais o consumo de produtos industrializados, afinal, num país capitalista, em que o termo globalização está em alta, temos a falsa sensação de termos o mundo em nossas mãos. Nesse caso, todo o lixo produzido em nossas residências, escolas e empresas vão para os aterros sanitários, também conhecidos como “lixões”, trazendo um esgotamento na vida útil dos mesmos, contaminando a terra, a água e o ar.
Quando falamos sobre Resíduos Sólidos, percebemos que eles envolvem não só a questão ambiental, mas, através de uma visão total detectamos exploração de crianças e adolescentes em relação ao trabalho infantil, trabalho escravo, devastação ambiental e tudo aquilo que a sociedade capitalista mascara e o governo não toma providências para combater.
Voltando a temática, apresentaremos alguns conceitos utilizados para que possamos compreender melhor o significado de resíduos sólidos. Percebemos que o termo mais usado é o lixo, pois é tudo aquilo que depositamos nas lixeiras. Uma explicação muito generalizada e superficial, pois muitas coisas que deixam de ser úteis podem ser recicladas ou reutilizadas.
Na verdade, o termo “Resíduos Sólidos” é mais utilizado no meio acadêmico e em áreas técnicas em substituição à palavra “lixo”. Segundo Jardim (2010), lixo são restos das atividades humanas, considerados como inservíveis, indesejáveis e descartáveis. Ou seja, aquilo que já não tem mais utilidade para aquela finalidade com que foi desenvolvida. Geralmente, se apresentam sob o estado sólido, semi-sólido ou semi-liquido.
Munier (2005, p. 43-44) define de uma forma prática, que os resíduos de maneira geral são os “desperdícios do uso dos recursos naturais”. Segundo Philippi Jr. (2005), a produção dos resíduos sólidos:
[...] faz parte do cotidiano do ser humano. Não se pode imaginar um modo de vida que não gere resíduos sólidos. Devido ao aumento da população humana, a concentração dessa população em centros urbanos, à forma e ao ritmo da ocupação desses espaços e ao modo de vida com base na produção e consumo cada vez mais rápidos de bens, os problemas causados por esses resíduos tendem a se tornar mais visíveis. Atualmente, a visão da sociedade sobre a questão dos resíduos sólidos tem incorporado novos elementos, notando-se avanços significativos na importância que se confere à questão. Consequentemente, cada vez mais espaço na mídia e nas discussões políticas é ocupado pelos problemas associados aos resíduos sólidos (PHILIPPI JR. , 2005, p. 268-269).
Como já falamos anteriormente, vivemos numa sociedade capitalista que produz cada vez mais resíduos, colocando em risco o meio ambiente em que vivemos. Esses resíduos podem ser reaproveitados, mas ainda faltam recursos destinados à sustentabilidade, meio de colaborar com o futuro do planeta. São objetos que ainda tem vida útil, mas para muitos já ficaram ultrapassados. 
Muitas vezes somos obrigados a seguir os ditames da sociedade capitalista, lançando ao meio ambiente objetos que poderiam ser reaproveitados ou reutilizados. Porém, esse reaproveitamento não é feito devido ao processo de globalização que está sempre criando mercadorias novas que exercem um poder de fetiche na vida do homem.
A sociedade se mantém como um sistema produtivo, manipulando até mesmo a aquisição dos chamados ‘bens de consumo duráveis’ que necessariamente são lançados ao lixo (ou enviados a gigantescos ferros-velhos, como os ‘cemitérios de automóveis’, etc.) muito antes de esgotada sua vida útil (MÉSZÁROS, 2002, p.642).
Com isso há um aumento demasiado na produção de resíduos sólidos, sem perspectivas do que se fazer com os mesmos, lembrando, que quem mais produz resíduos são as pessoas de maior valor aquisitivo, mas, quem sofre mais as consequências são os menos favorecidos.
Visando encontrar soluções para o problema da degradação ambiental no Brasil e também para os resíduos sólidos produzidos demasiadamente, surge a idéia de se criar uma política específica para tratar desses assuntos. 
Além de solucionar os problemas gerados pelos resíduos sólidos, esta política cria perspectivas de melhores condições de vida para a população de baixa renda que sobrevive da reciclagem. Nesse sentido, garante sustentabilidade para quem precisa e equilíbrio para um meio ambiente saudável.
Essa preocupação surge a partir do momento em que é preciso reverter os efeitos deletérios produzidos no clima, na flora, na fauna e na humanidade, buscando desenvolvimento e, ao mesmo tempo, usando de forma consciente os recursos ambientais. Diante de tal preocupação, uma das diretrizes da Lei 12.305/2010 é a da gestão compartilhada, onde todos, municípios, empresas e cidadãos têm responsabilidade com os resíduos produzidos.
Um dos avanços da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é a delimitação do papel de cada ator da sociedade perante os resíduos, a chamada responsabilidade compartilhada. Algumas cidades, empresas e instituições, com histórico de cuidado ambiental, terão mais facilidade de adaptação. O retorno dos resíduos aos seus geradores possibilita que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos. 
A construção civil é uma grande responsável pela produção de resíduos sólidos, causando grande impacto ambiental ao longo de sua cadeia produtiva. No entanto, vale ressaltar que ela pode ser também uma grande aliada no reaproveitamento desses resíduos, uma vez que nos últimos anos a forma de construir vem se modificando, ou seja, vem se adequando à construção sustentável.
Os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos deixam claro as necessidades de uma mudança radical no modo de pensar e agir em relação ao meio ambiente, sobretudo, no que diz respeito às melhorias na condição de vida humana em relação à saúde pública e qualidade ambiental.
No entanto, para os responsáveis colocarem em prática a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sejam os “fabricantes, o poder municipal ou os consumidores”, um dos empecilhos é um investimento maior de tempo e recursos financeiros para que todo o território nacional esteja de acordo com a regulação. 
Isso inclui, dentre outras ações, a determinação de acordos setoriais de logística reversa; a apresentação de planos de gestão, até agosto de 2012, de todos os estados e municípios; e a eliminação de todos os lixões do território nacional até 2014.
Quando analisamos os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, percebemos a preocupação não só com o meio ambiente, mas também com a qualidade de vida, isso incluisaúde, educação, habitação e trabalho para todos os cidadãos. A partir do momento em que a sustentabilidade surge como forma de proteger o meio ambiente, ao mesmo tempo em que gera emprego para a população de baixa renda, significa que teremos um meio ambiente equilibrado e melhor qualidade de vida para todo planeta. 
É claro e evidente que analisando a sociedade sob a perspectiva da totalidade, percebemos que a preocupação com o meio ambiente acontece, pois, os efeitos destrutivos ocasionados pela falta de uma política destinada a atender as demandas ocasionadas pelo consumo desenfreado e, consequentemente, uma produção exarcebada de resíduos sólidos prejudica não só as camadas mais pobres, mas também aquelas que possuem poder aquisitivo alto.
Além disso, as indústrias e o comércio trazem um discurso de que tem grande interesse no consumo sustentável, contudo, na prática, o que se vê é exatamente o contrário. Um exemplo bem claro disso são as sacolas plásticas que não são mais distribuídas gratuitamente em alguns supermercados, pois segundo os comerciantes elas demoram em se decompor, no entanto, pagando você consegue adquiri-las com facilidade.
Nesse caso o que se vê é uma estratégia do capitalismo mascarando a realidade, pois proteger o meio ambiente buscando um desenvolvimento sustentável é um marketing perfeito para as indústrias e o comércio. Conforme Belfort (2007), membro do Comitê de Responsabilidade Social da Federação das Indústrias do estado de São Paulo – FIESP, 
As empresas, em geral, e as indústrias, em particular, têm feito muito em prol das comunidades em que atuam, seja por meio de iniciativas de cunho social, como aquelas que priorizam saúde e educação, seja no aspecto ambiental, por meio da implantação de mecanismos de produção mais limpa, reuso de água ou reaproveitamento de resíduos [...]. Mesmo assim, quando se trata de apontar os vilões das mazelas sociais ou ambientais, sempre sobra para os setores produtivos. Está na hora de mostrar o outro lado da verdade e, ao mesmo tempo, estimular cada vez mais as práticas empresariais positivas. Não falo, obviamente, em caridade ou assistencialismo. Falo em sustentabilidade, que é o capitalismo inteligente, baseado em práticas responsáveis social e ambientalmente (BELFORT, 2007).
Mas, Para Silva (2010) essas ações são, na verdade, um meio do capital aumentar ainda mais seu processo de acumulação, ou seja, o esbanjamento dos recursos naturais e a desigualdade social se tornam, na verdade, um meio de intervenção capitalista com o fim de obter sua legitimidade.
Diante do exposto fizemos uma análise: será que as indústrias, o comércio, o poder público estão realmente preocupados com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável? É claro e evidente que não, tudo não passa de uma estratégia do capitalismo para mascarar a realidade, aumentado assim seu processo de acumulação.
Através da Lei 12.305/2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos analisaremos as ações desenvolvidas pela Marca Ambiental, empresa destinada à coleta e tratamento de Resíduos Sólidos no Município de Cariacica-ES. Essa análise será feita no capítulo seguinte, momento em que serão utilizados os dados coletados, estabelecendo-se as devidas articulações entre a teoria e a prática.
3 GESTÃO AMBIENTAL: UM DESAFIO FRENTE AO DESMANTELAMENTO DA POLÍTICA PÚBLICA DE MEIO AMBIENTE NO MUNICIPIO DE CARIACICA – ES 
Nesse capítulo faremos uma análise do que coletamos na empresa Marca Ambiental, juntamente com o estudo de caso fornecido pela mesma, confrontando as informações com a Lei 12.305/2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
Vamos começar falando sobre o Município de Cariacica que segundo o site www.cariacica.es.gov.br - conheça Cariacica: guia de negócios-ES Cariacica está situado no Estado do Espírito Santo, na região mais desenvolvida do Brasil. O município integra a região metropolitana da Grande Vitória e destaca-se pelo potencial logístico devido à sua posição estratégica e políticas públicas voltadas para o desenvolvimento socioeconômico. A sede da Prefeitura Municipal está a 5 Km da Capital do Estado. Sua extensão territorial é de 279,98 km² e, de acordo com o Censo do IBGE/2010, o Município possui uma população estimada em 348.933 habitantes (acesso em 09 abril 2012).
Segundo fontes da empresa, a Marca Ambiental está situada neste município, cujo objetivo principal gira em torno da proteção ambiental. Suas atividades tem início em 1995 através da criação do primeiro aterro sanitário privado do Estado do Espírito Santo, sendo este licenciado pelos órgãos de Meio Ambiente do Estado (acesso em 08 fev. 2012),
 
Sua contribuição é relevante para a erradicação dos lixões e, consequentemente, para a proteção ambiental da região onde atua, A empresa estimula o desenvolvimento de pesquisas na área ambiental através de convênios com instituições de ensino, ONG’S, órgãos governamentais e outros (acesso em 08 fev. 2012).
Segundo a empresa, através da implementação de projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e comercialização do Crédito de Carbono, sendo esse o terceiro projeto aprovado pelo Governo brasileiro por atender as diretrizes do Protocolo de Kyoto, a Marca Ambiental vem fazendo a diferença na proteção ao meio ambiente (acesso em 08 fev. 2012). 	
Ainda na busca de diferenciais e visando ampliar a gestão socioambiental, a empresa investiu na criação, em sua unidade, de eco indústrias, sendo elas voltadas para o reaproveitamento de resíduos, vassouras 100% PET, tijolos ecológicos, sacolas, telhas de plástico reciclável, tinta de resíduo do beneficiamento de rochas ornamentais e oficina de papel reciclado. Todas essas fábricas, além de transformar matéria-prima proveniente do lixo, geram empregos e renda para a comunidade do seu entorno (acesso em 08 fev. 2012).
A Empresa possui também o Instituto Marca de Desenvolvimento Socioambiental – IMADESA que é uma organização não governamental, fundada em 2006, e tem por objetivo executar e consolidar a atuação da Marca Ambiental na área socioambiental e fomentar empresas no ramo do econegócio, visando amplificar ações positivas que interfiram de forma significativa no desenvolvimento da sua área de influência e da sociedade (acesso em 08 fev. 2012).
São propósitos do Instituto: Atuar nos programas de responsabilidade socioambiental desenvolvidos com a comunidade do entorno; estimular a criação de micro e pequenas empresas, criando núcleos de excelência em processos de reaproveitamento de resíduos através do fomento à atividades de ensino, pesquisa e inovação (acesso em 08 fev. 2012).
De acordo com o site marcaambiental.com.br – acesso em 25/02/2012, o INSTITUTO MARCA é voltado para ações no âmbito social, desenvolvendo a educação junto com as mesmas, visando contribuir para o protagonismo e cidadania de crianças, adolescentes, jovens e familiares da comunidade do entorno, promovendo valorização e evitando situações de risco social, através do Programa Ciranda do Saber. As temáticas abordadas pelo programa são: preservação, defesa e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; integração dos programas de desenvolvimento com atividades sociais e educacionais, com foco no ambiental; integração das atividades socioambientais com programas e projetos para geração de emprego e renda; e, sobretudo desenvolvimento de produtos com materiais reaproveitados (acesso em 08 fev. 2012).
A empresa conta ainda com um departamento do Instituto Marca chamado Incuba LIX , que tem por objetivo estimular a criação de micro e pequenas empresas que se propõem ao desenvolvimento de alternativas voltadas à reciclagem de resíduos para a produção de bens e serviços – os Econegócios (acesso em 08 fev. 2012).
A incubadora foi implantada graças ao Convênio de Cooperação Técnica e Financeira firmado por meio de uma parceira entre a Marca Ambiental e o SEBRAE/ES – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, em 30 de novembro de 2006. A Incuba LIX também é parteintegrante do Programa Capixaba de Materiais Reaproveitáveis do Espírito Santo (acesso em 08 fev. 2012).
Para fazer parte da incubadora, os proponentes precisam passar por um processo de seleção, que tem como objetivo estabelecer critérios que identifiquem um potencial incubado. As normas para participar são definidas no Edital de Seleção, através do qual os proponentes podem apresentar suas propostas e participar das entrevistas com características eliminatórias e classificatórias (acesso em 08 fev. 2012).
A Incuba LIX abriga inúmeros projetos em fase de incubação e pré-incubação, além de algumas unidades já funcionando ou aguardando liberação dos órgãos ambientais responsáveis, como é o caso das eco indústrias de grãos e sacolas, vassouras PET, tijolos ecológicos, papel reciclado, artefatos de fibra de coco, produção de biocombustível e separador de água e óleo (acesso em 08 fev. 2012),
A Marca Ambiental conta ainda com várias formas de aproveitamento, dentre elas estão a eco indústria de vassouras PET; eco indústria de tijolos ecológicos; oficina de papel reciclado; eco indústria de fabricação de grãos e sacolas; eco indústria de produção de Biodiesel – Biomarca; eco indústria de reciclagem de fibra de coco - Biococo (acesso em 08 fev. 2012).
Através do Projeto Canal Aberto, a Marca Ambiental está mais próxima de sua comunidade. Este espaço, no site da empresa, é um importante meio para promover um melhor diálogo com as comunidades do entorno, exclusivo para recebimento de críticas, reclamações, sugestões e elogios referentes aos serviços desenvolvidos pela Empresa (acesso em 08 fev. 2012).
Ao acessar o Canal Aberto, a pessoa não precisa se identificar, mas será necessário fornecer o máximo de informações possíveis para que as providências sejam tomadas da melhor forma. Este veículo de comunicação também pode ser acessado através do site da empresa, telefone ou pessoalmente na sede da empresa (acesso em 08 fev. 2012).
Essas chamadas são direcionadas ao Instituto Marca de Desenvolvimento Socioambiental - IMADESA, o qual mantém uma pessoa responsável pela verificação das informações, para depois fazer o seu devido encaminhamento (acesso em 08 fev. 2012).
Conforme relatado, a Marca Ambiental é uma empresa que cuida da proteção ambiental. Nossa intenção nesse terceiro capítulo é confrontar as diretrizes preconizadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos com os dados obtidos junto à empresa, lembrando que o consumo consciente e os interesses coletivos devem prevalecer.
É preciso lembrar que o homem, enquanto ser material com necessidades materiais, não pode atingir a plena expressão de uma ‘individualidade rica por meio do ascetismo, da autopunição e da autolimitação artificial, mas somente pelo desenvolvimento racional de seu consumo conscientemente subordinado a seus interesses coletivos (MANDEL 1985, p. 277).
 
A partir de agora, fundamentando-se nas reflexões teóricas ora apresentadas, faremos uma análise comparativa entre os dados coletados através de email, um estudo de caso enviado pela própria empresa e algumas diretrizes preconizadas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, privilegiando-se uma análise crítico reflexiva. 
O objetivo desta análise é justamente identificar a adequação das ações de sustentabilidade desenvolvidas pela Marca Ambiental à Legislação pertinente, avaliando quais os limites e possibilidades a empresa têm encontrado na implementação de ações de reciclagem e reutilização de resíduos sólidos e qual a importância de tais ações para o Município de Cariacica. 
Mesmo diante de todas as dificuldades vivenciadas na coleta de dados, dificuldades essas já mencionadas anteriormente, nosso propósito foi desenvolver uma análise capaz de contemplar os objetivos propostos, preservando assim, a cientificidade e a fidedignidade de nossa pesquisa. 
Para tanto, após reunirmos todo o material disponível, elaboramos um quadro comparativo, buscando confrontar algumas diretrizes definidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos com as respostas obtidas através de email e o estudo de caso. A elaboração deste quadro tem como objetivo demonstrar, de forma clara, as similaridades e possíveis dissonâncias existentes entre as determinações previstas na legislação e as ações desenvolvidas pela Marca Ambiental. 
Quadro 1 – Análise de dados coletados
	LEI 12.305/2010
	ESTUDO DE CASO
	ENTREVISTA
	Artigo 3°
XI – Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável.
	
O MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – é visto com grande interesse no Brasil, pois, além de incentivar a implantação de projetos que reduzem as emissões dos gases do efeito estufa, colabora com o desenvolvimento sustentável.
	A Marca Ambiental, além de contribuir significativamente para a erradicação dos lixões e a melhoria na qualidade de vida da população, vem estimulando o desenvolvimento de pesquisas na área ambiental. São iniciativas que buscam a excelência e a construção de uma empresa cada vez mais comprometida com a sustentabilidade.
 
	Artigo 3°
XII – Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros círculos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
	
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	A Marca Ambiental está inserida na conjuntura da logística reversa e por meio da reciclagem promove um ciclo dos resíduos que são trazidos a CTR – Central de Tratamento de Resíduos Marca Ambiental, e, depois de serem reciclados, são consumidos para depois voltar ao aterro sanitário.
	Artigo 7°
Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais.
	O projeto MDL, iniciado a partir de uma preocupação da empresa na questão ambiental, mas notadamente na busca de mecanismos que visam minimizar as emissões de gases efeito estufa.
	Na busca de diferenciais a Marca Ambiental alcançou o mercado internacional após a implementação de projeto do MDL e comercialização do Crédito de Carbono.
	Artigo 3°
XVII - Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e á qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos dessa Lei.
	Na busca de diferenciais e de ampliação de gestão socioambiental, a empresa investiu na criação, em sua unidade, de eco indústrias, sendo elas voltadas para o reaproveitamento de resíduos: vassouras 100% PET, tijolos ecológicos, sacolas, telhas de plástico reciclável, tinta de resíduo do beneficiamento de rochas ornamentais e oficina de papel reciclado. Todas essas fábricas, além de transformar matéria prima proveniente do lixo, geram emprego e renda para a comunidade do seu entorno. 
	REVERTEC – Logística Reversa
Primeira empresa do estado especializada na destinação de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos – REEE.
Fonte: Elaborado pelas próprias autoras (2022).
Ao analisarmos a atuação da Marca Ambiental no Município de Cariacica, percebemos a precarização das Políticas Públicas, pois o Município de Cariacica-ES transfere para terceiros uma obrigação que deveria ser do município e não de uma empresa particular que visa somente o lucro. Isso é uma forma de desrespeito a uma população que necessita de Políticas Públicas condizentes com sua realidade. 
Antes de tudo, é importante ressaltar que a degradação ambiental – conformejá relatado nos capítulos anteriores – está diretamente ligada ao sistema capitalista, onde a questão ambiental é reflexo da questão social. E tal situação não poderia ser diferente no município de Cariacica – ES, sede da empresa Marca Ambiental, empresa esta que presta serviços para o município e que foi eleita como lócus de investigação de nossa pesquisa. 
Para Silva, o sistema capitalista é o grande responsável pela degradação ambiental, pois, visando à obtenção de lucros, incentiva um consumo exagerado, colocando em risco o meio ambiente. 
Ao adotar a aceleração desenfreada nos ritmos de consumo como mecanismo que visa possibilitar novo impulso à produção, o sistema do capital impõe que uma gama cada vez maior de produtos, considerados anteriormente bens relativamente duráveis, deve ser descartada prematuramente. (SILVA, 2010, p. 62)
Ao confrontarmos a Lei 12.305/2010 com o estudo de caso e as respostas enviadas via email pela Marca Ambiental, observamos que há uma grande dicotomia entre as mesmas, ou seja, as ações desenvolvidas pela empresa estão muito aquém do que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Apesar das intercorrências relativas aos dados, já ditas anteriormente, todas as informações coletadas – apesar de insuficientes e superficiais – serviram como parâmetro para essa análise investigativa. Neste sentido, quando comparamos a gestão integrada de resíduos sólidos citada no artigo 3° da Lei 12.305/2010, que trata do desenvolvimento sustentável, percebemos através do material obtido pela Marca Ambiental que a mesma tem uma preocupação e procura meios para garantir a sustentabilidade ambiental.
Em relação à Logística Reversa, a Marca Ambiental relata que está inserida na conjuntura da mesma e por meio da reciclagem promove um ciclo dos resíduos trazidos a CTR – Central de Tratamento de Resíduos Marca Ambiental. Esses resíduos chegam, são reciclados e voltam ao aterro sanitário depois do consumo, mas em momento algum foi relatado que ela possui a coleta dos materiais, a não ser quando ela fala da REVERTEC – Logística Reversa, a primeira empresa do estado especializada na destinação de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos – REEE, pelo que percebemos é uma empresa terceirizada, mas que também não recolhe todo tipo de material eletroeletrônico.
Mas isso já é um bom começo, nesse caso, percebe-se uma preocupação em recolher esses materiais, o que significa que no futuro depois da implantação do Plano de Resíduos Sólidos no Município, eles possam também recolher todo tipo de material.
A Lei 12.305 também prevê a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos da Lei. 
Neste sentido, o Projeto MDL é bastante significativo, visto que o Artigo 7° da Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais e a Marca Ambiental através de suas respostas diz buscar diferenciais e ampliar a gestão socioambiental, relatando ainda que investiu na criação, em sua unidade, de eco indústrias, sendo elas voltadas para o reaproveitamento de resíduos: vassouras 100% PET, tijolos ecológicos, sacolas, telhas de plástico reciclável, tinta de resíduo do beneficiamento de rochas ornamentais e oficina de papel reciclado. Todas essas fábricas, além de transformarem matéria prima proveniente do lixo, geram emprego e renda para a comunidade do seu entorno.
Infelizmente não foi possível confirmar esses dados, pois com foi dito anteriormente, não tivemos acesso aos participantes dos projetos. Com relação ao estudo de caso, a empresa busca referenciais no intuito de alcançar o mercado internacional após a implementação de projeto do MDL e comercialização do Crédito de Carbono.
Diante das intercorrências vivenciadas ao longo do nosso processo de pesquisa podemos afirmar que nossos objetivos não foram totalmente contemplados, sobretudo, com relação ao objetivo geral que era justamente analisar a importância das ações de reciclagem e reutilização de resíduos sólidos desenvolvidas pela Marca Ambiental no Município de Cariacica a partir do ano de 2005, mas, também não deixou de ser contemplado, pois através das respostas obtidas percebemos que a empresa Marca Ambiental leva a sério essas ações de reciclagem e reutilização dos resíduos sólidos, isso pode ser confirmado através dos projetos desenvolvidos pela mesma. 
Em relação ao primeiro objetivo específico que era identificar a adequação das ações de sustentabilidade desenvolvidas pela Marca Ambiental à Política Nacional de Resíduos Sólidos entendemos que a empresa possui vários projetos sociais, mas não foi possível ao acesso a esses projetos, pois a instituição não autorizou que essas entrevistas fossem realizadas. Como ressaltamos na introdução deste trabalho, nossa proposta era entrevistar os usuários, justamente para se estabelecer uma comparação das informações coletadas.
O segundo objetivo específico seria identificar qual concepção de desenvolvimento sustentável é apropriada pelos profissionais que atuam na Marca Ambiental, pois, a proposta era entrevistar pessoalmente os profissionais da empresa, visando reunir o maior número de informações possíveis para enriquecer a pesquisa. No entanto, tal proposta também não foi possível de ser concretizada, uma vez que a instituição, após receber previamente o questionário, acabou colocando alguns obstáculos que dificultaram nossa coleta de dados.
Mas isso também demonstra que a empresa, de certa forma, dentro dos seus interesses capitalistas, está preocupada em suprir as necessidades atuais, pensando também nas futuras gerações.
O terceiro objetivo específico seria avaliar quais limites e possibilidades a empresa têm encontrado na implementação de ações de reciclagem e reutilização de resíduos sólido. A empresa através do seu estudo de caso e de suas respostas deixou claro que as possibilidades são grandes, isso é percebido através dos vários projetos apresentados pela mesma, pois se não houvesse possibilidades a empresa não estaria desenvolvendo tais projetos. 
Diante de tudo, precisamos ter uma visão num todo para entendermos que vivemos numa sociedade capitalista, onde tudo está voltado para atender aos ditames do capital e que na verdade quando se fala em desenvolvimento sustentável nada mais é senão uma forma de mascarar a realidade, ou seja, manter o que está posto.
Pois, para que haja realmente uma mudança ambiental é preciso que haja uma mudança econômica e social, onde todos tenham seus direitos respeitados e, aí sim a sustentabilidade será plena e eficaz.
O desenvolvimento sustentável busca simultaneamente a eficiência econômica, a justiça social e a harmonia ambiental. Mais do que um novo conceito, é um processo de mudança em que a exploração de recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento ecológico e a mudança institucional devem levar em conta as necessidades das gerações futuras (MAIMON, 1996).
Diante do que foi relatado e de todas as dificuldades apresentadas é fato que nossa análise de dados ficou realmente comprometida, mas chegamos à conclusão, a partir dos poucos dados disponibilizados, de que existe uma deficiência em relação a colocar em prática as políticas relacionadas ao meio ambiente.
Pensar na preservação ambiental é também pensar em Políticas Públicas direcionadas a atender toda a população. Quando falamos na Marca Ambiental responsável pela coleta de resíduos no Município de Cariacica-ES, percebemos o desmantelamento dessas políticas, uma vez que o poder público repassa ao terceiro setor uma obrigação que deveria sersua.
Para compreendermos os problemas ambientais precisamos entender que vivemos numa sociedade capitalista e esses problemas são resultados da acumulação do capital. A classe social mais vulnerável não tem acesso aos bens produzidos, pois, a produção é coletiva, mas a apropriação é privada, entretanto, esse mesmo segmento torna-se o grande responsável pela degradação ambiental, pelo mau uso dos recursos naturais, porém nós sabemos que isso é na visão do sistema capitalista.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Portanto, durante os momentos que buscamos respostas aos nossos questionamentos para elaboração desse trabalho, tecemos algumas considerações relativas ao estudo realizado.
E um dos desafios do Serviço Ambiental é justamente intervir nessas questões, de modo a colaborar com o desenvolvimento sustentável, garantindo melhor qualidade de vida aos seus usuários. 
Esse desafio requer profissionais cultos, críticos, bem informados e competentes para atuar nos diversos espaços institucionais relacionados ao meio ambiente, dimensionando o trabalho numa concepção nova e moderna e captando as modificações históricas que moldam os processos sociais e suas expressões nos diversos campos em que opera o Serviço Ambiental, apesar dos efeitos deletérios que o capitalismo exerce sobre a profissão. 
Observamos ainda que quando falamos em sustentabilidade há uma comoção geral da sociedade, do poder público, das indústrias e do comércio no sentido de proteção ao meio ambiente, mas na verdade, percebe-se que se trata de um discurso falacioso, onde na verdade, o que está em jogo, são os interesses do capital que lança mão de todos os meios para legitimar sua acumulação.
Também ficou claro para nós o desmantelamento das Políticas Públicas, em especial no município de Cariacica onde nossa pesquisa foi realizada. Sabemos que o Município deveria oferecer serviços de qualidade nesse caso em relação a coleta de resíduos sólidos, porém o que se vê é exatamente o contrário, atribui-se essa responsabilidade ao terceiro setor que como toda empresa apresenta como meta a geração de lucros não se importando em nenhum momento com o bem estar dos munícipes.
Pesquisar a implementação da Política de Resíduos Sólidos no Município de Cariacica, foi algo novo e prazeroso, pois, trata-se de um assunto em evidência e que num futuro bem próximo abrirá campo de trabalho para um Gestor Ambiental, pois, nada melhor do que um profissional comprometido, dotado de conhecimento teórico metodológico e acima de tudo com uma visão total para compreender e trabalhar na busca de meios que não só garantam a sustentabilidade da população de baixa renda, mas também que garantam uma qualidade ambiental melhor para todos.
REFERÊNCIA
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