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PROJETO CERRADO(1) (1)

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Prévia do material em texto

ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ LUIZ BITTENCOURT
PROJETO MOSTRA CULTURAL
Título: ENCANTOS CERRADO
Coordenadora 
Profa. Ma. Rosângela Carneiro Marques
4º Ano A 
Profa. Kátia Sueli
Prof. Fernando
4º Ano B 
Profa. Mª Aparecida
Profa. Liliane
 
4º Ano C 
Profa. Claudionice
4º Ano D
Profa. Rosana
4º Ano E
Profa. Marlei
4º Ano F
Profa. Suzy
4º Ano G
Profa. Maria Madalena
4º Ano H
Profa. Claudiane
4º Ano I
Profa. Maria José
4º Ano J
Profa. Kátia Kariny
Profa. Jaqueline
Educação Física
Profa. Renata
GOIANIRA-2022
1 Tema
Conscientização ecológica e biodiversidade do bioma cerrado. 
2 Apresentação
A relevância do papel primordial da escola nos dias atuais pode ser comparada com a forma significativa com que vem ocorrendo a transformação da visão social sobre o papel da criança na sociedade contemporânea. 
Atualmente, manifesta-se um estímulo precoce para aprendizagem, visando o desenvolvimento das capacidades motoras, psicológicas, afetivas e, principalmente, o relacionamento social, bem como, a exposição dos(as) alunos(as) a assuntos emergentes do contexto atual, como as que dizem respeito as questões ambientais.
Assim, na presente proposta de projeto, busca-se por intermédio de atividades a serem desenvolvidas para futura exposição na Mostra Cultural do município de Goianira, acrescentar ao processo de ensino e aprendizagem questões referentes ao bioma cerrado tem como intuito trazer o(a) aluno(a) para o próprio contexto espacial, posto que essa aproximação facilita a sua construção conceitual e o entendimento sobre os componentes físicos, naturais e culturais desse ecossistema pode influenciar as suas percepções relacionadas a conscientização ecológica.
É fundamental para a sustentabilidade do Cerrado a aplicação de novos modelos econômicos e políticos que possam incorporar estratégias de uso do bioma a partir do conhecimento científico, de projetos de educação e sensibilização junto à população, da garantia de proteção formal eficaz de espécies e ecossistemas e do reconhecimento dos recursos naturais e serviços ambientais do bioma. 
3 Metodologia
 
Este projeto traz como elemento contextualizador para o trabalho com as atividades que serão expostos na Mostra Cultural, uma abordagem de temas referentes ao bioma cerrado.
 As sequências didáticas e pedagógicas que serão desenvolvidas, dividir-se-ão em atividades intra/extraclasse. Optou-se por reservar ao(as) professor(as) de cada turma/ano a elaboração do seu cronograma de trabalho, no que concerne ao conteúdo disciplinar das atividades/aula e a quantidade de regências direcionadas ao desenvolvimento do presente projeto, como também as atividades extraclasse, serão realizadas conforme direcionamentos do(a) docente.
O desenvolvimento desse projeto ocorreu de forma transdisciplinar com o ensino de Educação Ambiental (consumo consciente, recursos naturais, crise ambiental, geração de resíduos, coleta seletiva, reciclagem, mitigação dos efeitos das alterações climáticas, utilização dos solos, etc), de Língua Portuguesa (produção de textos, escrita e formação de palavras e frases e textos, etc),de Matemática (contagem, enumeração, fração, sistemas de medidas, situações problemas com operações básicas, etc), de Ciências (características de solo, vegetação, clima, extinção de espécies, polinização, valorização alimentar, valor nutricional dos alimentos e hábitos alimentares, etc), de Geografia (localização, relação da comunidade com o meio ambiente e valor econômico dos produtos do Cerrado, etc), e de Artes (dramatização/movimento, musicalização/som, pintura/cor/forma/texturas, escultura /volume).
Segue abaixo a divisão do tema em subprojetos para o desenvolvimento das produções culturais.
	PROJETO – CERRADO: CONHECER PARA PROTEGER
	
SUBPROJETOS
	
PRODUÇÃO
	
TURMA
	A Fauna no Cerrado
	(em elaboração)
	4º Ano A e 4º Ano B
	A Flora no Cerrado
	(em elaboração)
	4º Ano C e 4º Ano G
	Arte no Cerrado
	(em elaboração)
	4º Ano J
	Cerrado: o berço das águas
	(em elaboração)
	4º Ano E
	Literatura e música: teatralizando o Cerrado
	(em elaboração)
	4º Ano D; 4º Ano H e 4º Ano I
	Mapa conceitual: ressignificando o Cerrado
	(em elaboração)
	4º Ano F
4 Avaliação
O processo de avaliação que se propõem para este projeto, leva em consideração aspectos contínuos da realidade cotidiana da sala de aula e será realizada durante todo o desenvolvimento do projeto de trabalho.
Numa concepção sobre a relação de ensino e aprendizagem como a que sustenta o trabalho por Projetos, as três fases da prática docente - planejamento, ação e avaliação – não podem entender-se senão como um sistema de inter-relações e complementariedades. [...] se trata de recolher não tanto o que os alunos memorizaram, quanto os conteúdos que são capazes de transferir às situações novas que lhes são apresentadas na avaliação. (HERNÁNDEZ E VENTURA, 1998, p-91)
A concepção de avaliação referente aos resultados desse projeto defende uma abordagem processual, diagnóstica e formativa do processo de desenvolvimento dos(as) alunos(as).
Para tanto, no decorrer de todo o projeto, serão efetivadas além de observações das práticas, os comportamentos dos(as) alunos(as) com relação as suas dificuldades, suas participações e facilidades mediante as atividades propostas. 
Quanto ao exercício de observação, aponta Luckesi (2011) que nele está implicado o esclarecimento dos objetivos do projeto, o investimento e a dedicação na produção dos resultados por parte de quem realiza a ação e o meio de investigar e intervir em busca de melhores resultados. 
Dessa forma, tendo em vista efetivar o processo avaliativo serão consideradas atividades de qualquer natureza que sejam produzidas pelos(as) alunos(as) durante o desenvolvimento do presente projeto de trabalho e serão utilizadas observações acerca:
· da aprendizagem com relação a compreensão da informação apresentada;
· da desenvoltura apresentada na produção dos registros ou de qualquer outra natureza sobre o conteúdo trabalhado;
· das interpretações, reflexões e ordenações sobre as informações apreendidas no processo; 
· do relacionamento individual com os(as) demais alunos(as) e com os(as) professores(as) e demais funcionários(as) da instituição escolar; 
· da capacidade de cooperação com o grupo.
SUBPROJETO - A Fauna no Cerrado
Turma: 4º Ano A
Profa. Kátia Suely G. do Nascimento Silva
Prof. Intérp. de Libras Fernando C. Pereira
Nº de Alunos(as): 29
Turma: 4º Ano B
Profa. Maria Aparecida Bragança
Profa. de Apoio Liliane Fernanda Ramos
Nº de Alunos(as): 31
Justificativa/Base Teórica
O bioma Cerrado possui uma fauna bastante diversa, cujas estimativas apontam a presença de 199 espécies de mamíferos, 864 de aves, 180 de répteis, 210 de anfíbios e 1200 de peixes, somando 2.653 espécies de animais vertebrados. O bioma é o terceiro com mais diversidade de fauna, depois da Amazônia e da Mata Atlântica.
Contudo, “ [...] é possível que uma parcela importante das espécies de vertebrados descritos recentemente no Cerrado já esteja sofrendo efeitos bastante severos das perdas de hábitat, gerando sérias ameaças à riqueza biológica das savanas do Brasil Central.” (Machado et all, 2008, p.291)
Em realidade, não é muito comum entrar numa área de Cerrado e se deparar com mamíferos, pois em sua maioria estarão abrigados (ou refugiados) em áreas bem conservadas, onde podem manter o seu sustento. Alguns poucos podem também ser encontrados com uma frequência maior, como o saruê, a capivara e mesmo o mico-estrela. Dentre os mamíferos mais conhecidos, além do lobo guará, há onça pintada, tatu-canastra, veado-mateiro, raposa-do-campo, gato-do-mato, macaco-prego, tamanduá bandeira, lontra, catitu, queixada, paca, dentre muitos outros.
Uma espécie de mamífero considerada extinta no Brasil, que chama a atenção, é o rato-candango. Esse roedor foi descoberto quando Brasília estava em construção, mas provavelmente devido à degradação ambiental causada pelas obras, nunca mais foi visto. Infelizmente, esse é só mais um exemplo, uma vez que o Cerrado é osegundo bioma brasileiro com maior número de mamíferos ameaçados de extinção: são 41 espécies, das quais 12 são endêmicas – nesse rol, estão, por exemplo: a catita, o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, o veado-campeiro e o lobo-guará.
As aves compõem com muitas cores o cenário do Cerrado, onde podem ser encontrados carcarás, tucanos, araras, maritacas, seriemas, udus-de-coroa-azul, joões-de-barro e araras-azuis. Dentre as espécies de destaque, está o pato mergulhão, uma das aves mais ameaçadas das Américas e uma das mais raras do mundo. Embora não seja uma espécie exclusiva do Cerrado, as maiores populações que se têm conhecimento estão localizadas dentro e no entorno de unidades de conservação em Minas Gerais, Tocantins e Goiás.
O Cerrado é o bioma brasileiro com pouco conhecimento dos répteis que compõem sua fauna, portanto, é provável que a quantidade indicada anteriormente seja inferior ao que de fato existe. Nesse grupo, pode-se encontrar cobras, como a jararaca, cobra-coral, cobra-capim e a cascavel; jabutis; lagartos e jacarés, incluindo espécies como o jacaré-de-papo-amarelo. No Cerrado é comum se referir a lagartos pequenos como calangos –que também fazer parte do imaginário popular contemporâneo, de onde surgiu o mito do Calango Voador.
Já no campo dos anfíbios, há uma diversidade relativamente alta, que pode estar associada com a heterogeneidade de habitats, ocasionada pelas diferentes tipos de vegetação, o que acaba também por influenciar na alta taxa de endemismo, onde mais de um terço das espécies (52) são exclusivas do bioma. Uma delas, a pequena perereca nativa Phyllomedusa oreades, chega a três centímetros e meio de comprimento. Essa espécie possui uma substância na pele, a dermaseptina, que vem sendo estudada para uso no combate à doença de Chagas.
Embora a quantidade de peixes no bioma seja grande, visivelmente pode passar despercebido para muitos, com exceção daqueles que se aventuram na prática da pesca ou que dela se utilizam para sua sobrevivência. Um dos principais pontos turísticos para a pesca no país, o Rio Araguaia, localizado em área de Cerrado, pode dar um bom demonstrativo da diversidade desses animais, onde podem ser encontrados desde lambari, bicudo, traíra, piranha, pacu, sardinha, dourado, tainha, tucunaré, pirarucu, arraia, até a piraíba, conhecida como tubarão-do-rio.
Há um destaque especial para a diversidade de invertebrados presentes no bioma, mas ainda pouco conhecida. Neste grupo se destacam os insetos, estimados em pelo menos 90 mil espécies – há na coleção da Embrapa Cerrados aproximadamente 25 mil espécies do bioma, número em constante alteração, com novas inclusões. Esses animais também são influenciados pela sazonalidade do clima, variando as populações, conforme oferta maior de água e alimentos, ocasionados no período chuvoso.
Dos insetos, as abelhas nativas são de grande importância para a conservação do Cerrado e para as populações humanas que não somente fazem uso, mas também geram renda com a comercialização de seus produtos, como mel, pólen, própolis e cerume. Abelhas como as jataís, mandaçaias, tiúbas, limão, uruçú, puxá, são alguns exemplos que podem ser encontrados no bioma.
Devido ao impacto humano no Cerrado, que abriga em torno de 33% da diversidade biológica do Brasil e cerca de 5% da fauna mundial, a diversidade faunística do bioma está sendo afetada negativamente em uma velocidade superior à capacidade de promover o conhecimento necessário para sua conservação. (DIAS, 1992a; MYERS et al.,2000; AGUIAR et al., 2004; KLINK; MACHADO, 2005)
E essa foi uma pequena amostra da riqueza da fauna do Cerrado, muitas vezes não conhecida e nem valorizada. Adentrar nos meandros do bioma, é perceber que existe mais do que árvores contorcidas e flores secas, existe uma diversidade enorme de animais, seja no céu, na terra ou nas águas.
Por esta razão, as regências aqui descritas pretenderam estabelecer relações entre os tópicos direcionados ao trabalho com o bioma cerrado e os temas inerentes ao conscientização para a preservação desse ecossistema. 
Plano/Regências
Tema: Conservação do Bioma Cerrado 
Objetivos:
· Abordar aspectos da educação ambiental como queimadas e desmatamento.
· Conhecer alguns animais do cerrado brasileiro que correm risco de extinção;
· Instigar o interesse em compartilhar com o coletivo as análises e conceitos apresentados nos textos e vídeos;
· Oportunizar a vivência da língua oral e escrita como prática discursiva;
· Possibilitar a mobilização (interação/diálogo/participação) do(a) aluno(a) frente as atividades propostas na atividade;
Recursos Materiais:
· 10 Placas de isopor 10mm-50cmx1mt;
· Fita adesiva transparente;
· Fita crepe;
· Papel crepom (cores variadas);
· Pincéis para pintura;
· Raspas de madeira colorida para artesanato;
· Serragem;
· Tinta guache (cores variadas);
· Vídeos e obras literárias que abordam o tema cerrado.
Metodologia:
1º Momento – 
2º Momento – Roda de conversa 
· Implementou-se uma interpretação oral da(o) ________________________________;
· Depois instaurou-se uma conversa com os alunos sobre as principais ideias apresentadas na obra enfatizando que as mesmas também podem ser chamadas de “conceitos”.
· Foi apresentado aos(as) alunos(as) _________________________________________. 
Registro:
O registro da atividade foi feito pela exposição de um cenário com representações de alguns animais do cerrado que se encontram na lista de animais em risco de extinção.
(Segue em anexo os registros/fotos do desenvolvimento das atividades)
SUBPROJETO - A Flora no Cerrado
Turma: 4º Ano C
Profa. Claudionice Severino Barbosa
Nº de Alunos(as): 34
Turma: 4º Ano G
Profa. Maria Madalena M. Oliveira
Nº de Alunos(as): 34
Justificativa/Base Teórica
O Brasil é conhecido em todo o mundo por ser o país com a maior biodiversidade do planeta, e essa característica é fruto não somente da existência da floresta amazônica, o mais famoso bioma do país, mas de todo o conjunto de flora e de fauna em território brasileiro.
O bioma cerrado, por exemplo, ocupa cerca de 22% do território nacional, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, sendo considerado o segundo maior bioma da América do Sul, é a savana mais rica do planeta, habitat de várias espécies de animais e de plantas, tal ecossistema;
Localiza-se em uma grande área do Brasil Central, fazendo fronteira com outros importantes biomas: Amazônia ao norte, Caatinga a nordeste, Pantanal a sudoeste e Mata Atlântica a sudeste. Além disso, e também decorrente da dinâmica histórica dos ecossistemas, existem encraves de vegetação de Cerrado em outros domínios de vegetação, como as áreas de Cerrado no estado de Roraima, Amapá, Amazonas (Campos de Humaitá), Rondônia (Serra dos Pacaás Novos), Pará (Serra do Cachimbo), Bahia (Chapada Diamantina) e para o sul do estado de São Paulo e Paraná. A fauna e flora do Cerrado são extremamente ricas, e a sua vegetação nativa, em graus variados de conservação, ainda cobre 60,42% do bioma no Brasil. (JUNQUEIRA, 2012, p. 24)
Os ambientes do Cerrado variam significativamente no sentido horizontal, sendo que áreas campestres, florestais e brejosas podem existir em uma mesma região. Essa enorme biodiversidade qualifica o Cerrado como a savana mais rica do mundo que abriga mais de 11.000 espécies vegetais, das quais 4.400 são endêmicas.
A típica vegetação do Cerrado se caracteriza pelos troncos tortuosos, baixo porte, ramos retorcidos, cascas espessas e folhas grossas. Destaca-se que a vegetação do Cerrado não possui uma fisionomia única em toda a sua extensão. Ela é bastante diversificada, apresentando desde associações campestres abertas, até associações florestais densas, como os cerradões.
O bioma Cerrado é um dos que mais sofreu com a ocupação humana, sendo superado apenas pela Mata Atlântica. A pressão crescente para o desmatamento de novas áreas para expansão agropecuária está levando à exaustão progressiva dos recursos naturais da região. As florestas do Cerrado são também tremendamente afetadas pelaextração predatória para produção de carvão. A conjugação desses fatores posiciona o Cerrado como um espaço de biodiversidade ameaçado de extinção e que portanto desperta especial atenção para a conservação dos seus recursos naturais.
Segue tabela com algumas das plantas nativas do Cerrado com seus múltiplos usos:
 Tabela 1: Plantas nativas do Cerrado e seus usos
 Fonte: Almeida et. al. (1998); Pereira et. al. (2001)
Haja visto, a importância da flora desse ecossistema, o trabalho aqui em questão trata da importância em se conhecer, utilizar e divulgar os frutos do Cerrado, para que o desenvolvimento deste bioma possa se dar de forma contínua e sustentável.
Conforme Barbosa (1996, p.43); “O Cerrado tem grande diversidade de espécies frutíferas com frutos comestíveis utilizados pela população há muito tempo, sendo os frutos comercializados em feiras, com grande aceitação popular”. E ainda segundo Ávidos e Ferreira (2000, p.98); “ [...] esses frutos apresentam sabores sui generis e elevado teor de açúcares, proteínas, vitaminas e sais minerais, podem ser consumidos in natura ou na forma de sucos, licores, sorvetes e geleias [...].”
No entanto, apesar das incontáveis possibilidades gastronômicas com a produção natural do Cerrado, elas ainda são pouco exploradas, ainda que muitos frutos façam parte do cardápio de algumas regiões do país. 
Dessa forma, dentre as ações implementadas durante a realização do projeto visamos o plantio de árvores frutíferas do Cerrado em alguns espaços da escola, despertar nos(as) alunos(as) o interesse pela importância de viver em um ambiente sustentável, culminando com 
a elaboração do livro de receitas de Frutos do Cerrado objetivando envolver não somente as crianças como também toda a comunidade escolar, buscando assim divulgar conhecimentos relacionados ao valor nutritivo e econômico de várias espécies nativas, colaborando assim com sua preservação. 
Plano/Regências
Tema: Conservação do Bioma Cerrado 
Objetivos:
· Abordar aspectos da educação ambiental, tais como propriedades e impactos econômicos inerentes ao uso sustentável do solo;
· Conhecer algumas árvores frutíferas do cerrado brasileiro;
· Instigar o interesse em compartilhar com o coletivo as análises e conceitos apresentados;
· Oportunizar a vivência com aspectos relacionados a importância da presença de frutas na alimentação com adoção de práticas alimentares saudáveis;
· Promover a diversidade cultural, da cultura de utilização de produtos regionais, da sustentabilidade social, econômica e ambiental através do uso racional de frutos do cerrado;
· Possibilitar a mobilização (interação/diálogo/participação) do(a) aluno(a) frente as atividades propostas na atividade.
Recursos Materiais:
· 10 mudas de árvores/Cerrado;
· Polpa de Cajuzinho;
· Sorvete de Mangaba;
· Bolo de castanha de Baru;
· 68 cadernos pequenos;
· 2 banners;
· Vídeos e obras literárias que abordam o tema cerrado.
Metodologia:
1º Momento – Iniciamos com a apresentação de árvores frutíferas do Cerrado, expondo seus nomes científicos e populares. Utilizamos como suporte nesse momento, os vídeos; “Frutas Brasileiras Nativas do Cerrado - Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FYOby_QkYVc” e “Frutos da Terra – Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=a4R0CvKvJ8M>”;
2º Momento – Na regência aqui descrita começamos com o plantio de mudas de algumas espécies do Cerrado no terreno da instituição escolar;
3º Momento – Produzimos e degustamos a receita de ________________________________;
4º e 5º Momentos – Organizamos um livro de receitas com frutos do Cerrado _____________.
Registro:
O registro da atividade foi feito pela produção e exposição de um livro de receitas posteriormente entregue os pais/responsáveis dos(as) alunos(as), também houve o plantio de mudas de algumas espécies do Cerrado no terreno da instituição escolar culminando com o sorteio de uma muda para a comunidade local. 
(Segue em anexo os registros/fotos do desenvolvimento das atividades)
SUBPROJETO - Arte no Cerrado
Turma: 4º Ano J
Profa. Kátia Kariny N. Ataídes Costa
Profa. de Apoio Jaqueline Américo
Nº de Alunos: 28 alunos (as)
Justificativa/Base Teórica
A Educação Ambiental pode equiparar-se a vontade de sensibilizar e a ação de informar as pessoas acerca dos conflitos ambientais que atravessamos. Podemos ainda dizer que a Educação Ambiental se propõe a construir valores sociais voltados para a conservação do meio ambiente, visando qualidade de vida e sustentabilidade. Intenta ainda; “[...] provocar mudanças no interior das pessoas através da sutileza da sensibilização e mostrar que somos seres humanos dotados de valores imprescindíveis ao serviço da vida”. (Silva, 2007, p.1).
O fato é que fazer Educação Ambiental exige mudanças de comportamento, novos hábitos, como por exemplo: não jogar mais lixo no chão, fazer a coleta seletiva do lixo, ser menos consumista, ou seja, consumir menos roupas, brinquedos, aparelhos eletrônicos e etc… Significa tomar banhos mais rápidos, fechar a torneira enquanto se escova os dentes, preocupar-se com a preservação de rios, animais e biomas, como o nosso bioma Cerrado, que se encontra em processo contínuo de degradação.
Como encontrar caminhos para uma problemática tão grande? A arte pode ser um, dos vários caminhos, para repensarmos a nossa relação com o meio ambiente. Porque a arte se preocupa com a vida! A arte não está só nas quatro paredes de um museu, mas ela abarca todo o nosso cotidiano.
Dessa forma, no afã de desenvolver um projeto de ensino que abarque a paisagem onírica característica do Cerrado representada mimeticamente pelos(as) alunos(as) e ainda envolva o contexto natural do bioma à sua condição atual, tomamos como base os estudos de Barbosa (1998, 2002), os quais por meio de reflexões sobre o contexto modernista e seguindo os ensinamentos de Freire (2010) de recusa à colonização hegemônica, sistematizam, 
um posicionamento teórico-metodológico, conhecido como Metodologia
Triangular, Proposta Triangular, ou ainda Abordagem Triangular[footnoteRef:1]. [1: A Proposta Triangular foi empregada por Ana Mae Barbosa nos anos de 1980, quando a autora esteve na direção do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Essa proposta está fundamentada em abordagens epistemológicas como: Escuelas al Aire Libre, do México; Critical Studies, da Inglaterra; e Discipline Based Art Education (DBAE), dos Estados Unidos. Tal proposta de Ensino das Artes e Culturas Visuais se apresenta como orientação sistematizada por meio das ações que consistem em três abordagens para efetivamente construir conhecimentos em Arte: contextualização histórica (conhecer a sua contextualização histórica), fazer artístico (fazer arte) e apreciação artística (saber ler uma obra de arte).] 
Dentro dos fundamentos da Abordagem Triangular, ler obras de Arte/Apreciar, fundamenta-se na descoberta da capacidade crítica discente. Neste contexto a Arte não se reduz ao certo ou errado, considera a pertinência, o esclarecimento e a abrangência. O objeto de interpretação é a obra, não o artista. Já o Fazer Arte, fundamenta-se no estímulo do fazer artístico, trabalhando a releitura, não como cópia, mas, como interpretação, transformação e criação. O importante é que não ocorra a exigência de uma representação fiel, pois a obra observada é suporte interpretativo e não modelo para os(as) alunos(as) copiarem. 
A seu turno o Contextualizar, consiste em inter-relacionar a História da Arte com outras áreas do conhecimento, sendo necessário estabelecer relações que permitam a interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem. 
FIGURA 1: PROPOSTA TRIANGULAR
Assim, para o desenvolvimento do projeto ora em questão, escolhemos como instrumento contextualizador algumas obras do acervo do artista plástico Miguel Penha, em razão do mesmo retratar vários recônditos da paisagem natural do Cerrado, produzindo um repertório próprio ao selecionar cenas que afloram em momentos perceptivos do bioma, traduzindoo caráter de cultura na acepção dessa paisagem. Ainda conforme o próprio Miguel Penha, suas obras não retratam apenas um mero olhar, mas um olhar social, político, econômico e estético que se constrói gradativamente através da carga cultural que lhe foi impingida pelo processo histórico. Portanto, podemos afirmar que nossas concepções simpatizam com as do artista, posto que também acreditamos na paisagem como resultado de um olhar cultural, ou seja que aquele(a) que olha é um ente coletivo, parte de uma sociedade que tem uma história, e de um meio visto como a paisagem/natureza.
Destarte, seguimos os eixos estruturantes da Abordagem Triangular, desenvolvendo momentos de aprendizagem da seguinte forma: uma breve biografia contextualizando a vida e obra do artista, logo em seguida empreendemos um levantamento de sua produção artística e de sua relação com o bioma Cerrado. E, para a apreciação/fruição, elencamos algumas obras do acervo do mesmo presentes em seu site[footnoteRef:2] e, por fim, mediamos a criação de releituras das obras pelos(as) os(as) alunos(as). [2: Disponível em: <https://www.miguelpenha.com.br/inicio>] 
Assim, no processo, buscamos ampliar o repertório cultural dos(as) alunos(as), ressaltando a magnitude do Cerrado permeando o limiar de uma significação que considere o bioma não apenas como extensão geográfica de uma paisagem, mas pelo pertencimento do qual fazemos parte. Dessa forma, intentamos proporcionar um tipo de conhecimento que julgamos verdadeiramente vital para a preservação dos recursos naturais, da biodiversidade e, por consequência, de todos nós. 
Plano/Regências
Tema: Conservação do Bioma Cerrado 
Objetivos:
· Apresentar aspectos relacionados a importância do bioma Cerrado;
· Desenvolver a percepção visual das crianças diante do mundo e de arte, ampliando as possibilidades reflexivas na construção de um olhar crítico.
· Estimular a mudança prática de atitudes e a formação de novos hábitos com relação à utilização dos recursos naturais;
· Estimular a percepção do papel dos seres humanos na transformação do meio em que vive e o que sua interferência vem causando a natureza;
· Instigar o interesse em compartilhar com o coletivo as análises e conceitos apresentados;
· Possibilitar a mobilização (interação/diálogo/participação) do(a) aluno(a) frente as atividades propostas na atividade;
· Reconhecer que os cuidados com o meio ambiente promovem a qualidade de vida para os seres vivos;
· Reforçar a necessidade de respeito e cuidado com o bioma Cerrado.
Recursos Materiais:
· Espátulas para pintura em tela;
· Lápis para esboço/pintura em tela 6H ao 12B;
· Pincéis (diversos tamanhos);
· Reprodução em A3 de obras (Miguel Penha);
· Telas em branco;
· Tinta guache (cores diversas).
Metodologia:
1º Momento – Iniciamos empreendendo uma pesquisa sobre o tema escolhido com a elaboração de tópicos, fotografias, desenhos e pinturas, a partir da apresentação do vídeo; “ Bioma Cerrado: a savana mais rica do mundo”. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=zg2xnELQ6H0>.
2º Momento – Realizamos em sala de aula uma exposição-revisão geral da pesquisa e mediamos discussões sobre a temática;
3º Momento – Apresentamos a biografia da artista Miguel Penha;
4º Momento – Divulgamos para apreciação algumas obras do acervo do artista em questão;
5º Momento – Mediamos a produção de releituras das obras/tela anteriormente apreciadas;
6º Momento – Exibimos os trabalhos dos(as) alunos(as) em uma exposição no pátio externo da unidade escolar.
Registro:
O registro da atividade foi feito pela produção de pesquisas, desenhos e imagens variadas do Cerrado, registramos em tópicos as considerações que as crianças identificaram como mais relevante. E finalmente, registramos essas impressões por intermédio da pintura em telas.
(Segue em anexo os registros/fotos do desenvolvimento das atividades)
SUBPROJETO - Cerrado berço das águas
Turma: 4º Ano G
Profa. Marlei Mota Cotrim
Nº de Alunos(as): 
Justificativa/Base Teórica
O Cerrado é um complexo de formações vegetais, que inclui campos naturais, savanas, veredas e florestas. Devido a sua geografia de planaltos na porção central no Brasil, o bioma é uma das mais importantes fontes de água para o país, não tem rios de grande vazão, mas abriga a nascente de alguns dos mais importantes deles, quais sejam; Rio Araguaia; Rio São Francisco e Rio Tocantins[footnoteRef:3], desempenhando assim, um papel fundamental para as principais bacias hidrográficas brasileiras e sul-americanas. [3: O Rio São Francisco, possui cerca de 90% de suas nascentes localizadas nesse Bioma, sendo que 55% de cerca de seu leito, que se encontram nas áreas de cerrado, são fornecedoras de recursos hídricos para outras localidades. Até mesmo o Rio Xingu, que faz parte da Bacia Amazônica, possui muitos de seus afluentes com nascentes no Cerrado, bem como outros e outros rios.] 
Importa ainda ressaltarmos que, das doze regiões hidrográficas brasileiras, as águas do Cerrado vertem para oito sendo elas; 
[...] a bacia Amazônica (rios Xingu, Madeira e Trombetas); a do Rio Tocantins-Araguaia (rios Araguaia e Tocantins); a Atlântico Nordeste Oriental (Rio Itapecuru); na Bacia do Parnaíba (rios Parnaíba, Poti e Longá); na do São Francisco (rios São Francisco, Pará, Paraopeba, das Velhas, Jequitaí, Paracatu, Urucuia, Carinhanha, Corrente e Grande); na do Atlântico Leste (rios Pardo e Jequitinhonha); na Bacia do Paraná (rios Paranaíba, Grande, Sucuriú, Verde e Pardo); na do Paraguai (rios Cuiabá, São Lourenço, Taquari e Aquidauana).(LIMA; SILVA, 2007, p. 39)
Além disso, a riqueza hidrográfica do Cerrado resulta, sobretudo, da reserva hídrica dos aquíferos Guarani, Urucuia e Bambuí, que são formações geológicas subterrâneas capazes de armazenar água e que possuem permeabilidade suficiente para permitir que esta se movimente. São verdadeiros reservatórios subterrâneos de água formados por rochas com características porosas e permeáveis que retém a água das chuvas, que se infiltra pelo solo, e a transmitem, sob a ação de um diferencial de pressão hidrostática, para que, aos poucos, abasteça rios e poços artesianos.
São através dos aquíferos que os cursos de águas superficiais (rios, lagos, nascentes, fontes, pântanos e afins) são mantidos estáveis e o excesso de água é evitado através da absorção da água da chuva. Como podem ser utilizadas como fonte de água para consumo, exigem cuidados para sua preservação afim de evitar a sua contaminação.
 
 Imagem 3: Aquíferos do Cerrado
Fonte: https://www.savecerrado.org/desmatamento-no-cerrado-pode-fazer-faltar-agua-no-brasil/
Cabe rassaltar que, o Cerrado é como uma floresta ao contrário, as raízes são profundas, maiores que as copas, dessa forma, os seus sistemas radiculares são responsáveis ​​por absorver a água da chuva e transportá-la para reservas subtarrâneas, quais sejam os aquíferos. Barbosa (2017) afirma que muitas plantas do Cerrado têm só um terço de sua estrutura acima da superfície e, para sobreviver num ambiente com solo oligotrófico (pobre em nutrientes), desenvolveram raízes profundas e bastante ramificadas.
[...] Se você arrancar uma dessas plantas, vai contar milhares ou até milhões de raízes, e quando cortar uma raiz e levá-la ao microscópio, verá inúmeras outras minirraízes que se entrelaçam com as de outras plantas, formando uma espécie de esponja. Esse complexo sistema radicular retém água e alimenta as plantas na estação seca. Graças a ele, as árvores do Cerrado não perdem as folhas mesmo nem mesmo no auge da estiagem [...] quando há excesso de água, as raízes agem como esponjas encharcadas, vertendo o líquido não absorvido para lençóis freáticos no fundo. Dos lençóis freáticos a água passa para os aquíferos. (BARBOSA, s/p, 2017)
Destarte, devido ao desmatamento, as raízes deixarão de levar água para as regiões mais profundas do solo e os aquíferos deixarão de abastecer muitas das nascentes da região. Assim, a quantidade de água nessesaquíferos possivelmente não tardará a atingir seu nível mínimo. Portanto, a proteção do Cerrado é urgente para garantir a manutenção dos recursos hídricos durante as mudanças climáticas.
Podemos imaginar, ciclicamente, as milhões de vidas que nascem, crescem, reproduzem, florescem, frutificam, criam e morrem neste bioma considerado o berço das águas. Assim, quando se desmata o Cerrado compromete-se os recursos hídricos[footnoteRef:4], que são fonte de água para 25 milhões de pessoas que vivem nesse espaço. Além de impactar, pelo menos em parte, a vida de nove em cada dez brasileiros que consomem eletricidade produzida com águas do Cerrado. [4: Nas últimas quatro décadas, a devastação do Cerrado se acentuou. Dados revelam que apenas 48% da vegetação original do bioma encontra-se total ou parcialmente conservada. E para piorar, o desmatamento só tem aumentado nos últimos dez anos, sendo maior até mesmo que o da Amazônia. Essa destruição desenfreada tem gerado impactos graves à biodiversidade, extinguido grandes e pequenos rios ano a ano - contribuindo também para o aumento do aquecimento global. E os impactos são sentidos no cotidiano: falta de água, chuvas fortes e contínuas que provocam enchentes e, em outro extremo, secas mais frequentes e severas. Além disso, as áreas de recarga degradadas perdem, por exemplo, a capacidade de infiltração das águas das chuvas, reduzindo o volume de água dos aquíferos, responsáveis pelo armazenamento e distribuição das águas às bacias. Contudo, além do problema enfrentado quanto à diminuição das águas, há também outra preocupação: a qualidade de nossas águas. O uso intensivo dos agrotóxicos utilizados nas plantações polui as águas, mata as árvores frutíferas e as plantas medicinais, além de ocasionar graves problemas para a saúde humana.
] 
Ainda conforme Barbosa (2017), a quantidade de água existente nos aquíferos já chegou ao seu nível mínimo. É como se fosse uma caixa d'água com vários furos. Os furos são as nascentes. Quando ela está cheia, a água sai por muitos furos. Conforme vai esvaziando, vai saindo nos furos mais inferiores, até chegar ao último furo e há um momento em que não sai mais. Estamos em um momento em que a água está saindo, mas de maneira muito rudimentar, menor do que saía há 20, 40 anos. Segundo esse pesquisador, cerca de dez rios desaparecem na região anualmente.
O Cerrado, "Berço das águas" do Brasil, não só está ameaçado, como tem sido assassinado dia após dia. E se ele for extinto levará consigo a água que chega às torneiras, usada para beber, banhar, cozinhar, molhar as plantações, dar de beber aos animais. Podemos conjecturar a vida sem água? Impossível, não é? Então, se toda essa devastação continuar no Cerrado, terá fim o bioma e as principais fontes de água do Brasil e da América do Sul.
Portanto, com base nas explanações acima, afirmamos que se faz de suma importância contextualizar nossas abordagens didáticas e pedagógicas no presente projeto, a partir da apresentação de conceitos sobre os recursos hídricos do Cerrado, posto que, é fundamental, não apenas para a população e o meio ambiente da região, mas para grande parte do país, em termos econômicos e socioambientais. Compreendemos que, muitos desafios ainda devem ser superados para que se tenhamos as condições necessárias para garantir que o bioma Cerrado não sofra declínios brutais. Contudo, julgamos pertinente para tornar essa situação reversível, o trabalho com a Educação Ambiental nos anos iniciais do Ensino Fundamental, como forma de firmar aprendizagens necessárias para desenvolver a conscientização a respeito dos malefícios causados pelo desmatamento de áreas naturais para os recursos hídricos do Cerrado.
Plano/Regências
Tema: Conservação do Bioma Cerrado 
Objetivos:
Recursos Materiais:
· Bucha sintética porosa; 
· Cola branca (Cascorez Rótulo Azul);
· Cola quente.
· Massinha de biscuit (cores diversas);
· Tinta P.V.A. (cores diversas)
Metodologia:
1º Momento – Iniciamos empreendendo uma .............................................................................
2º Momento - ..............................................................................................................................
Registro:
O registro da atividade foi feito pela ................................................................................
(Segue em anexo os registros/fotos do desenvolvimento das atividades)
SUBPROJETO - Literatura e música: teatralizando o Cerrado
Turma: 4º Ano D
Profa. Rosana C. D. Campos
Nº de Alunos(as): 
Turma: 4º Ano H
Profa. Claudiane de Sousa
Nº de Alunos(as): 
Turma: 4º Ano I
Profa. Mª José Sátiro da Silva
Nº de Alunos(as): 
Justificativa/Base Teórica
Queimadas, desmatamento, temperaturas recordes, tempestades e inundações, vírus de animais selvagens que contaminam seres humanos, tais catástrofes e mudanças refletem no meio ambiente as ações predatórias que este tem sofrido nas últimas décadas. Portanto, tal crise climática, nos compele a refletir sobre os processos ecológicos, que mantêm os biomas, os ecossistemas, as paisagens, ou seja a natureza.
Assim, considerando que a questão ambiental é basal na atualidade, consequentemente, também sua abordagem vem sendo cada vez mais recorrente, posto que;
A educação ambiental tem papel importante na construção de conhecimentos, como ciência e cidadania, a partir do momento em que estabelece elementos que oportunizam a sensibilização da comunidade na defesa dos direitos de todos. Mesmo que a transformação de pensamentos e modo de agir pretendida pela educação ambiental seja um processo lento, é fundamental que ela aconteça, para que a situação de caos do meio ambiente não caminhe para um colapso. (NETO; FERREIRA E KAMINSKI, 2021, p. 146)
Dessa forma, diante de alguns referenciais teóricos, para desenvolver a educação ambiental, no presente trabalho buscamos apresentar tal temática de maneira contextualizada, explorando as possíveis relações da literatura, musicalização e dramatização infantil, enquanto possibilidade pedagógica, posto que, podemos conjecturar que tais caminhos se apresentam como um instrumento de grande valia para o estudo da Educação Ambiental, de maneira lúdica e criativa.
Assim sendo, destacamos a importância do contexto lúdico das narrativa e suas relações com a música e a prática teatral. E para que pudéssemos enveredar por tal seara iniciamos pela escolha e leitura/contação das obras literárias; “Deu queimada no Cerrado” e “Os três porquinhos caititus e o lobo guará”, ambos com a autoria de Diane Valdez[footnoteRef:5]. [5: Doutora em Educação e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, atua em pesquisa e extensão na área de História da Educação, principalmente nos seguintes temas: infância e educação, impressos escolares, biografias de educadoras/es, instrução e educação regional, livros seriados de leitura, ensino primário, literatura e história. Autora de livros didáticos de História para o Ensino Fundamental e de livros literários para crianças. Ativista e militante de movimentos dos Direitos Humanos.] 
 
 Imagem 1: Obras literárias utilizadas nas sequências didáticas
 Fonte: Site das editoras Contexto Educacional e Martins Fontes
O momento da contação das histórias gerou momentos significativos para as crianças corroborando teorias tais como a de Souza e Dalla (2011, p.236), quando afirmam que; “[...] as narrativas estimulam a criatividade, a imaginação, a oralidade, facilitam o aprendizado, desenvolvem as linguagens oral, escrita e visual, dão prazer pela leitura, o senso crítico, as brincadeiras de faz-de-conta, valores, forma personalidades [...]”. 
Na sequência, buscamos ainda reforçar a sensibilização discente para uma convivência mais harmoniosa com o bioma Cerrado, por intermédio da apresentação de uma atividade centrada na releitura da narrativa da história; Os três porquinhos caititus e o lobo-guará dramatizada por uma apresentação musical intitulada; A história do lobo-guarámusicalizada e encenada por Marcelo Serralva[footnoteRef:6]. [6: Atua como músico (cantor, instrumentista e compositor) há 30 anos e como educador musical há 10 anos. Cursou Licenciatura de música na UNIS sem concluir. Criou o canal do youtube Clubinho Serralva (antigo Turminha do Tio Marcelo e MalamalengaTube), onde compartilha músicas e atividades para educadores. Ministra oficinas por todo o Brasil, e suas músicas educativas são apresentadas em escolas de diversos estados, do Brasil e em alguns países do exterior. Algumas de suas letras estão publicadas em livros escolares de editoras como Editora do Brasil, FTD, entre outras.] 
Imagem 2: Vídeo com musicalização da narrativa utilizada na sequência didática
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-kAlF_pIfiY&t=13s
A partir deste contexto passamos a contextualizar a história por intermédio de sua teatralização. Posto que, quando se parte para a encenação da obra teatral (narrativa teatralizado), consequentemente instiga-se a análise de suas formas de concepção estética, bem como da busca por seus elementos de significação em gestos, mudança de tom de voz, expressão corporal, objetos cênicos que são utilizados, etc. 
Neste sentido, dedicamos um espaço para ficção que foi;
[...] rigorosamente pensado para envolver todos os sentidos da percepção e para que a consciência do ato teatral pudesse fruir naturalmente e de forma direta em cada criança [...] o teatro é o lugar onde, se a ficção é conscientemente jogada, pode-se experimentar um outro mundo. O teatro dá as provas daquilo que se conta, porque se experimenta efetivamente. (FERREIRA,M.,2016, p. 12)
Portanto, a experiência de teatralização da obra literária sendo encenada pelos(as) alunos(as) com personagens reais, figurinos, elementos de cena, puderam evocar uma nova vivencia, uma nova percepção acerca da temática relacionada ao bioma Cerrado.
E nesta conjuntura, a partir de algumas categorias próprias ao currículo da Educação Ambiental, buscamos instaurar a base para reflexões não apenas no espaço formal de aprendizado, mas para que estas possam ir além dos muros da escola, atuando de modo a subsidiar a compreensão das diversas situações cotidianas, atuando como motivador à fruição, compreensão e transformação da realidade agravante que assola o bioma Cerrado. 
Plano/Regências
Tema: Conservação do Bioma Cerrado 
Objetivos: ....................................................................................................................................
Recursos Materiais:
· E.V.A. (cores diversas);
· Papel fotográfico;
· Papel colorset A4;
· Papel cartão;
· Papel pardo;
· T.N.T. (cores diversas);
· Papel carmem (cores diversas).
Metodologia:
1º Momento – Iniciamos com a leitura do livro “Deu queimada no Cerrado”.....................
Registro:
O registro da atividade foi feito pela ................................................................................
(Segue em anexo os registros/fotos do desenvolvimento das atividades)
SUBPROJETO - Mapa conceitual: ressignificando o Cerrado
Turma: 4º Ano F
Profa. Suzy Leig Chaveiro
Nº de Alunos(as): 
Justificativa/Base Teórica
Nos últimos anos a questão da preservação ambiental tem sido preocupação das mais diversas instâncias da sociedade. Na educação, o ensino de conceitos referentes aos temas relacionados à ecologia, tais como biomas, ecossistemas, comunidades, preservação, impactos ambientais, vêm ganhando importância dada a crescente necessidade da criação de uma consciência ecológica que englobe noções de cidadania e respeito ao próximo e à natureza. 
Entretanto, devido ao caráter multidisciplinar destes temas, particularmente nas questões concernentes à conservação de recursos, é cada vez mais premente a implementação de projetos que objetivem colocar os(as) alunos(as) em contato mais direto com a temática, além de fornecer conhecimentos de sua biodiversidade, auxiliando na formação de uma consciência de preservação, o que dificilmente ocorre nas escolas de nível médio e fundamental.
Frente a isso, na busca em apresentar temas relacionados ao bioma Cerrado, dentre as teorias educacionais que buscam efetivar a aprendizagem com significado e qualidade optamos pela teoria cognitivista de Ausubel[footnoteRef:7] (1963, 2003), como suporte para o desenvolvimento da aprendizagem significativa no ensino das questões ambientais, com enfoque no uso dos Mapas Conceituais, propostos por Novak[footnoteRef:8] (1970, 2010). [7: David Ausubel descreveu em sua Teoria da Aprendizagem Significativa princípios nos quais a aquisição e retenção de conhecimento são resultado de um processo ativo e integrador entre o material de instrução e as ideias relevantes da estrutura cognitiva do educando. A teoria de Ausubel descreve o processo de assimilação dos conceitos na estrutura cognitiva do aprendiz, propondo um referencial para a construção das relações entre os mesmos.] [8: Joseph Novak ao relacionar os mapas conceituais às concepções cognitivistas de Ausubel atribuiu aos mapas um caráter humanista, no sentido de que a aprendizagem significativa envolve além da interação entre conceitos, a predisposição afetiva e cognitiva do indivíduo em seu processo de aprendizagem.] 
Essa concepção de ensino teoriza que suas metodologias viabilizam a formação integral discente, facultando aos mesmos a possibilidade de tornarem-se protagonistas de sua aprendizagem ao estabelecerem relações entre o que aprendem e seu contexto social. Sendo que;
Para Novak, os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam. Qualquer evento educativo implica numa ação para trocar signos e sentimentos entre aprendiz e o professor. A aprendizagem significativa é o conceito chave da teoria de Novak, dedicando grande parte de sua teoria ao conceito de aprendizagem significativa e a facilitação desta aprendizagem por meio de Mapas Conceituais (MOREIRA, 2011, p. 89).
Conforme a teoria da aprendizagem significativa, sua promoção ocorre quando os novos conceitos ou significados conceituais são englobados sob outros conceitos mais amplos, mais inclusivos, os mapas conceituais devem ser hierárquicos; ou seja, os conceitos mais inclusivos devem situar-se no topo do mapa, com os conceitos cada vez mais específicos, menos inclusivos, colocados abaixo deles, condizendo com o modelo que segue abaixo.
Imagem 5: Possibilidade de estruturação de Mapas Conceituais/Cerrado
Fonte: < https://periodicos.unifesp.br/index.php/revbea/article/view/2690/7077>
Considera-se que o objetivo de utilizar os mapas conceituais como recurso de ensino e de aprendizagem, pode ao final, facilitar a aprendizagem dos temas proposto, especialmente, pela utilização do novo instrumento, até então desconhecido para eles(as). Percebemos que a construção dos mapas de forma individual compele a uma atenção e dedicação especial por parte docente em relação à atenção dispensada a cada criança. Quanto aos(as) discentes tendem a participar ativamente, questionar, mostrar seus mapas, discutir com seus pares. 
Os resultados obtidos, assinalados nos juízos de conhecimento e de valor, podem permitir deduções que aplicadas na prática possibilitam melhorar a aprendizagem, inclusive em algumas situações complexas, com o uso de referentes sólidos, oferecidos pela Teoria da Aprendizagem Significativa, a partir do referencial teórico ausubeliano. 
Esperamos com nosso trabalho contribuir, na relação natureza-sociedade, pois diante de inúmeras manifestações de desequilíbrios ambientais no mundo contemporâneo tal temática assume grande importância. Dessa forma, inserir o estudo do meio ambiente na educação, pode promover uma consciência de que, antes de usufruir dos recursos naturais precisamos aprender a conhecer e respeitar o Cerrado, fonte de incontáveis riquezas, para que quando o façamos que seja de forma sustentável.
Plano/Regências
Tema: Conservação do Bioma Cerrado 
Objetivos:
Recursos Materiais:
· TNT (cores diversas);
· Papel crepom (cores diversas);
· Papel rococó (cores diversas)
·Pincéis (diversos tamanhos);
· Tinta guache (cores diversas).
Metodologia:
1º Momento – Iniciamos empreendendo uma .............................................................................
2º Momento - ..............................................................................................................................
Registro:
O registro da atividade foi feito pela ................................................................................
(Segue em anexo os registros/fotos do desenvolvimento das atividades)
 
Referências:
ALMEIDA, S.P.; PROENÇA, C.E.B.; SANO, S.M.; RIBEIRO, J.F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina, EMBRAPA-CPAC, 1998. 464p.
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BARBOSA, Altair Sales. Como as raízes do Cerrado levam água a torneiras de todas as regiões do Brasil. BBC Brasil.com , 27 de Março de 2017. Disponível em < https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39391161 >. Acesso em out de 2022.
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo - SP: Perspectiva, 2002. 
_____________. Tópicos utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998. 
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3-45.
FERREIRA, Silvestre. Isso é teatro ou contação de histórias? In: MEDEIROS, Fábio Henrique Nunes; MORAES, Taiza Mara Rauen (org.). Contação de histórias: tradição, poéticas e interfaces. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2015. p. 522-524. 
FRANCO, D. S; CARVALHO, A. C. P; SOUSA, M. S. S. A importância do Jardim Zoológico de Santarém para a Educação Ambiental. In: XXIX Congresso Brasileiro de Zoologia, 5-9 março, 2012, Salvador.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 42. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
JUNQUEIRA, N.T.V. et al. Frutíferas nativas do cerrado: o extrativismo e a busca da domesticação. XXII Congresso Brasileiro de Fruticultura. Bento Gonçalves-RS. 2012.
LIMA, J.E.F.W.; SILVA, E.M. Estimativa da contribuição hídrica superficial do Cerrado para as grandes regiões hidrográficas brasileiras. In: Anais do XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, 2007, São Paulo: ABRH, 2007. Disponível em: <www.abrhidro.org.br/SGCv3/publicacao.php?PUB=3&ID=19&SUMARIO=4580>. Acesso em 14 out. 2022.
MOREIRA, Marco Antônio. Teorias de aprendizagem. 2. Ed. São Paulo: EPU, 2011.
NETO, Antonio Gonçalves Nunes; FERREIRA, Sheila Regina Batista; PEREIRA, Edna Regina Albini. Educação ambiental na escola dos anos iniciais. Educação Online Revista do Programa de Pós Graduação PUC-Rio. V. 6, n 36, 2021.
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NOVAK, J. D. Apreender a criar e utilizar o conhecimento: mapas conceptuais como ferramenta de facilitação nas escolas e empresas (A. Rabaça & J. Valadares, Trad.). Lisboa: Paralelo Editora. (Obra original publicada em 1998).
PEREIRA, A.V.; PEREIRA, E.B.C.; JUNQUEIRA, N.T.V. Propagação e domesticação de plantas nativas do cerrado com potencial econômico. Horticultura Brasileira, v. 19 n. 2 Suplemento CD-ROM, julho 2001.
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