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Ser Protagonista - Ambiente e Ser Humano - Fukui - 1 Edição (2020)

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CIÊNCIAS DA NATU
REZA
E SUAS TECNOLOG
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TaTiana nahas
João BaTisTa ag
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AMBIENTE E SER H
UMANO
ENSINO MÉDIO
Editores responsáveis: 
André Zamboni 
Lia Monguilhott Bezerra 
Organizadora: SM Educação 
Obra coletiva, desenvolvida e produzida 
por SM Educação.
Vera lucia MiTiko aoki
MANUAL DO PROFESSORMA
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2 900002 080636
2 0 8 0 6 3
ISBN 978-65-5744-179-4 
02
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12
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SP_PNLD21_CAPA_CN_AMBIENTE_MP_DIVULGACAO.indd 2 19/04/2021 15:19
Organizadora: SM Educação
Obra coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação.
São Paulo, 1a edição, 2020
João Batista aguilar
Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP).
Mestre em Ecologia e doutor em Ciências pelo IB – USP.
Professor no Ensino Fundamental e no Ensino Médio e na Educação de Jovens e Adultos.
tatiana nahas 
Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP).
Mestra em Ciências pelo IB – USP.
Professora no Ensino Médio.
Vera lucia Mitiko aoki
Bacharela e licenciada em Química pela Universidade de São Paulo (USP).
Professora no Ensino Médio.
eDitores resPonsÁVeis: 
anDré ZaMBoni
Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Especialista em Jornalismo Científico pela Unicamp.
Editor de livros didáticos.
lia Monguilhott BeZerra
Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP). 
Mestra em Ciências, área de concentração Botânica, pelo IB – USP.
Editora de livros didáticos.
CIÊNCIAS DA NATU
REZA E SUAS TECN
OLOGIAS
AMBIENTE E SER H
UMANO
ENSINO MÉDIO
bios
MANUAL DO PROFESSOR
SP_PNLD21_FRONT_CN_AMBIENTE.indd 1 21/09/20 17:34
 Ser Protagonista Ciências da Natureza e suas Tecnologias – 
 Ambiente e Ser Humano
 © SM Educação 
 Todos os direitos reservados
 Direção editorial M. Esther Nejm
 Gerência editorial Cláudia Carvalho Neves
 Gerência de design e produção André Monteiro
 Edição executiva Lia Monguilhott Bezerra
 Edição André Henrique Zamboni, Carolina Mancini Vall Bastos, Juliana 
 Rodrigues F. de Souza, Marcelo Augusto Barbosa Medeiros, 
 Marcelo Viktor Gilge, Sylene Del Carlo, Tomas Masatsugui 
 Hirayama, Tatiana Novaes Vetillo, Filipe Faria Berçot, Mauro Faro
 Colaboração técnico-pedagógica Marco Silveira, Barbara Kazue Amaral Onishi, Adelaide Viveiros, 
 Raquel Malta, Eveline Duarte
 Suporte editorial Fernanda Fortunato, Karina Miquelini
 Coordenação de preparação e revisão Cláudia Rodrigues do Espírito Santo
 Preparação: Ana Paula Ribeiro Migiyama, Vera Lúcia Rocha
 Revisão: Ana Paula Ribeiro Migiyama, Fátima Valentina Cezare 
Pasculli, Vera Lúcia Rocha
 Apoio de equipe: Alzira Aparecida Bertholim Meana, Beatriz 
 Nascimento, Camila Durães Torres, Camila Lamin Lessa, 
 Lívia Taioque
 Coordenação de design Gilciane Munhoz
 Design: Andreza Moreira
 Coordenação de arte Ulisses Pires
 Edição de arte: Vivian Dumelle
 Assistência de arte: Mauro Moreira, Selma Barbosa Celestino
 Assistência de produção: Leslie Morais
 Coordenação de iconografia Josiane Laurentino
 Pesquisa iconográfica: Bianca Fanelli
 Tratamento de imagem: Marcelo Casaro 
 Capa Gilciane Munhoz, Lissa Sakajiri
 Ilustração de capa: Hannah Nader
 Projeto gráfico Gilciane Munhoz, Thatiana Kalaes
 Editoração eletrônica Setup Bureau
 Pré-impressão Américo Jesus
 Fabricação Alexander Maeda
 Impressão 
SM Educação
Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55
Água Branca 05036-120 São Paulo SP Brasil
Tel. 11 2111-7400
atendimento@grupo-sm.com
www.grupo-sm.com/br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Aguilar, João Batista 
Ser protagonista : ciências da natureza e suas tecnologias : 
ambiente e ser humano : ensino médio / João Batista 
Aguilar, Tatiana Nahas, Vera Lucia Mitiko Aoki ; obra 
coletiva, desenvolvida e produzida por SM Educação ; 
editores responsáveis André Zamboni, Lia Monguilhott 
Bezerra. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2020.
Bibliografia.
ISBN 978-65-5744-178-7 (aluno)
ISBN 978-65-5744-179-4 (professor)
1. Ciências da natureza (Ensino médio) 2. Tecnologia 
educacional I. Nahas, Tatiana. II. Aoki, Vera Lucia Mitiko. III. 
Zamboni, André. IV. Bezerra, Lia Monguilhott. V. Título. 
20-41298 CDD-373.19
Índices para catálogo sistemático:
1. Ensino integrado : Livro-texto : Ensino médio 373.19
Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427
1a edição, 2020
Em respeito ao meio ambiente, as 
folhas deste livro foram produzidas com 
fibras obtidas de árvores de florestas 
plantadas, com origem certificada.
Elaboração de originais:
Marta Bouissou Morais
Licenciada em Ciências Biológicas 
pela Universidade Federal de Minas 
Gerais (UFMG).
Bacharela em Medicina Veterinária 
pela UFMG.
Especialista em ensino de Ciências 
pelo Centro de Ensino de Ciências e 
Matemática de Minas Gerais 
(Cecimig-UFMG).
Mestra em Educação pela UFMG.
SP_CIE_NAT5_PNLD21_INICIAIS_002.indd 2 9/18/20 11:55 AM
APRESENTAÇÃO
Caro(a) estudante,
Você já deve ter ouvido falar nas mídias e até mesmo discutido 
em rodas de conversa sobre temas como energia e suas aplicações 
no cotidiano, preservação e conservação ambiental, reações quími-
cas, engenharia genética e tecnologias aplicadas ao estudo dos 
átomos. Esses são alguns temas do mundo contemporâneo relacio-
nados às Ciências da Natureza. Assim, conhecê-los significa poder 
compreender assuntos que fazem parte da nossa vida e refletir de 
modo mais consciente sobre o mundo em que vivemos.
Esta coleção foi pensada de modo a articular os conhecimen-
tos das áreas que compõem as Ciências da Natureza e suas Tec-
nologias. Nesta proposta, conhecimentos da Biologia, da Química 
e da Física integram-se de forma organizada, simples e direta, para 
fortalecer sua compreensão e ampliar sua visão de mundo e de si 
mesmo. Esperamos que a obra colabore para o aprimoramento do 
seu pensamento crítico, contribuindo para a aquisição dos conteú-
dos formais por você, estudante, e para que se torne um cidadão 
mais participativo e atuante. Aproveite-a para questionar e ques-
tionar-se, aprofundando sua reflexão e motivando-se para a ação.
Acreditamos em seu protagonismo e em sua capacidade de bus-
car respostas e soluções para os desafios presentes e para os que 
estão por vir. Temos confiança de que, por meio de sua atuação e 
de sua interação com o mundo, você desenvolverá as competências 
e as habilidades necessárias ao pleno exercício da cidadania no sé-
culo XXI, seguindo caminhos coerentes com seu projeto de vida.
Bom trabalho!
Equipe editorial
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CONHEÇA SEU LIVRO
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TO JOGOS DE TEMÁTICA 
SOCIOAMBIENTAL
O LÚDICO COMO FORMA DE 
CONSCIENTIZAÇÃO
 O que será feito 
Você já ouviu falar sobre sustentabilidade? O conceito de sustentabilidade es-
tá relacionado à criação de parâmetros e estratégias que associam o desenvolvi-
mento econômico a formas menos predatórias de exploração ambien-
tal. Ações para melhorar a qualidade de vida da população, 
visando reduzir as desigualdades sociais e ampliar o acesso 
a direitos e serviços básicos, também fazem parte 
desse conceito. Assim, a sustentabilidade abrange 
questões ambientais, sociais e econômicas. 
A conservação dos recursos naturais se tornou 
uma grande preocupação quando se evidenciou o 
quanto as atividades humanas colocam em risco a 
disponibilidade de solo fértil, de água potável, de ar 
limpo, além da sobrevivência de animaise plantas, 
e hoje é consenso para a comunidade científica que 
a conservação da biodiversidade é fundamental para 
o desenvolvimento sustentável. É também imprescindível 
que a sociedade como um todo participe, sempre que possível, 
de discussões sobre esse tema. Tais discussões podem moti-
var as pessoas a pensar e a reivindicar soluções para os pro-
blemas atuais, visando a melhorias na qualidade de vida da 
comunidade e do ambiente.
Assim, questões socioambientais como as que se seguem são cada vez mais 
importantes para a sociedade moderna: Você considera que as pessoas (espe-
cialmente crianças, jovens e adolescentes) têm interesse em assuntos relaciona-
dos à conservação da biodiversidade e a práticas sustentáveis? Em que medida 
as pessoas reconhecem que determinadas formas de produção têm forte impac-
to ambiental e causam prejuízos para a saúde? Como conciliar desenvolvimento 
econômico com conservação da natureza? Como o conhecimento científico e tec-
nológico pode contribuir para o aproveitamento sustentável dos recursos natu-
rais? Como fazer para que crianças, jovens e adultos desenvolvam consciência 
sobre a importância da conservação da biodiversidade e adotem um estilo de vi-
da mais sustentável?
Neste projeto, você e os colegas vão refletir sobre essas questões e elaborar jo-
gos com o intuito de estimular essas reflexões e discutir a importância da conserva-
ção da biodiversidade e do uso responsável de recursos naturais. Esses jogos serão 
mostrados em um evento aberto aos colegas da escola e à comunidade externa.
Objetivos
 » Testar um ou mais jogos que tratam de temas relacionados à biodiversidade 
e à sustentabilidade.
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O conceito de sustentabilidade 
defende uma relação menos 
predatória com o planeta.
Não escreva no livro.10
 » Identificar jogos que favorecem a difusão de conhecimento científico, assim 
como os elementos que os tornam mais atrativos e divertidos.
 » Investigar temas socioambientais de interesse das comunidades escolar e 
externa.
 » Criar, testar e aperfeiçoar jogos sobre os temas selecionados e apresentá-los 
aos colegas e às comunidades escolar e externa.
 Preparação 
Para se familiarizar com o tema do projeto, você vai conhecer e praticar um jo-
go que poderá auxiliar no desenvolvimento do seu projeto. 
Aprendendo um novo jogo
Vocês acham que a utilização de jogos ou de outras atividades lúdicas pode 
ser um meio eficaz para difundir o conhecimento sobre biodiversidade e desen-
volvimento sustentável, além de torná-lo mais atraente e espontâneo? Por quê?
Nesta etapa, você e os colegas vão participar do jogo de cartas denominado 
Biota: o jogo da biodiversidade (Paraná. Secretaria de Educação. Dia a Dia Educa-
ção. Disponível em: http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/ 
conteudo.php?conteudo=301. Acesso em: 1o jun. 2020.). O professor vai disponi-
bilizar a vocês as cartas do jogo, cujo objetivo é identificar seres vivos com base 
em dicas apresentadas em cartas sorteadas. Essas dicas trazem características e 
curiosidades sobre os organismos.
Organizem-se em equipes de dois a quatro integrantes. O professor será o me-
diador do jogo, portanto prestem atenção à apresentação que ele fará sobre o jo-
go e às explicações das regras.
Após testarem o jogo, mantendo as mesmas equipes, respondam às questões:
1 O jogo possibilitou, de alguma maneira, trazer conhecimentos novos a vocês? 
Por quê?
2 Como os conceitos e os conhecimentos abordados durante o jogo podem ser 
associados às questões socioambientais?
3 O que vocês mudariam no jogo (regras, conceitos, conteúdo das cartas, entre 
outros aspectos) para que ele seja ainda mais divertido e mais informativo?
Apresentem as respostas das questões acima às demais equipes. Depois, em 
uma roda de conversa, façam uma discussão sobre as semelhanças e as diferen-
ças entre as respostas que foram apresentadas pelas equipes.
Se for consenso entre a turma e o professor, esse jogo 
pode ser substituído ou complementado por outros que 
explorem temáticas semelhantes.
Pesquisa sobre jogos na internet
Pesquisem jogos sobre a temática socioambiental, ou 
seja, que exploram a relação entre a sociedade e o am-
biente, e que estejam disponíveis na internet. Essa pes-
quisa poderá ajudá-los com ideias. Sistematizem os re-
sultados dessa pesquisa, organizando, durante as buscas, 
as informações referentes a cada jogo pesquisado: além 
do conteúdo, verifiquem se o jogo é físico ou digital, o(s) 
objetivos(s) e a faixa etária a que se destina e realizem 
um resumo das regras. Anotem essas informações.
Além de permitir a difusão de 
conhecimento, os jogos 
podem ajudar na 
sensibilização para questões 
relacionadas à temática 
socioambiental.
G
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R
11Não escreva no livro.
O texto principal é complementado por boxes especiais, que aprofundam ou contextualizam o 
conteúdo.
O projeto propõe a 
realização de 
atividades que 
envolvem a 
comunidade, em busca 
de um bem coletivo.
Abertura de unidade
A partir de um pequeno texto, 
perguntas e uma imagem 
impactante, você vai começar 
a refletir sobre o assunto da 
unidade. Também informa 
objetivos, justificativa, 
competências e habilidades 
desenvolvidas na unidade.
Conteúdo apresentado de maneira 
organizada. Ilustrações, esquemas, 
fotografias e eventuais atividades resolvidas 
facilitam a compreensão do conteúdo.
CERRADO
Alguns pesquisadores consideram que o Cerrado brasileiro é um tipo de sava-
na. Esse bioma ocupa o equivalente a 2 milhões de km2 (22% do território nacio-
nal), em uma extensa área contínua do planalto Central, além de manchas em 
meio à floresta Amazônica e à Mata Atlântica. Aproximadamente metade dessa 
área está situada entre 300 e 600 metros acima do nível do mar.
As temperaturas médias anuais nesse bioma oscilam entre 22 °C e 23 °C, e a 
pluviosidade, entre 1 200 mm e 1 800 mm anuais, com chuvas concentradas en-
tre setembro e maio. Esses fatores caracterizam um clima tropical sazonal com 
inverno seco.
Em geral, os solos do Cerrado são arenosos, ácidos e pobres em material orgâ-
nico. Profundos e bem drenados, não acumulam água próximo à superfície. As 
raízes superficiais das plantas herbáceas absorvem rapidamente a água durante 
a estação chuvosa, sobrevivendo durante a estação seca com as re-
servas acumuladas nos órgãos subterrâneos. Outras plantas têm 
raízes longas, que atingem até 20 metros de profundidade, onde se 
encontra o lençol freático. Essas plantas podem permanecer verdes 
durante todo o ano, mas, geralmente, apresentam folhas coriáceas, 
o que contribui para diminuir a perda de água por transpiração.
Costuma-se classificar o Cerrado em tipos, de acordo com o aspec-
to da vegetação. No campo limpo, predominam plantas herbáceas e, 
no cerradão, árvores. São reconhecidos também tipos intermediários 
– campo sujo, campo cerrado, cerrado –, de acordo com a abundância 
de espécies lenhosas e de maior porte.
No Cerrado, são encontradas mais de 11 mil espécies vegetais, 
sendo a maior parte delas ervas e arbustos. As plantas herbáceas 
apresentam bulbos e caules subterrâneos que acumulam nutrien-
tes. Suas raízes geralmente são superficiais. As plantas lenhosas 
apresentam troncos e galhos retorcidos, casca espessa e raízes pro-
fundas (imagem A), adaptações ao fogo e ao tipo de solo.
A longa estiagem e a grande quantidade de matéria orgânica se-
ca acumulada no solo durante esse período favorecem a ocorrência 
de incêndios, muitos deles naturais. A maioria das espécies vegetais, 
porém, apresenta adaptações que permitem sobreviver ao fogo. Os 
órgãos de reserva são subterrâneos, portanto não são destruídos 
pelo fogo, e a casca espessa das espécies lenhosas protege as plan-
tas do calor excessivo. Embora as folhas sejam destruídas, tanto as 
espécies herbáceas quanto os arbustos e as árvores brotam logo após o incêndio.
A ocorrência de fogo é considerada um fator importante na manutençãoda fi-
Vegetação típica do Cerrado. Parque Nacional da Serra 
da Canastra. São Roque de Minas (MG). Foto de 2020. 
Maior canídeo da América do Sul, o lobo-guará 
(Chrysocyon brachyurus) pode atingir um metro de 
altura e 30 kg. Varginha (MG). Foto de 2018.
Hotspot de biodiversidade
Os hotspots de biodiversi-
dade são biomas caracteriza-
dos pela grande biodiversida-
de e pelo risco que correm. No 
Brasil, dois biomas são classi-
ficados como hotspots de bio-
diversidade: o Cerrado e a Ma-
ta Atlântica.
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Estimativa da biodiversidade 
A
B
De olho no 
conceito 
Retoma e/ou 
define algum 
conceito 
importante para 
a compreensão 
do assunto.
Educação ambiental
A preservação do meio ambiente depende não só de leis e acordos inter-
nacionais, mas também da conscientização da população a respeito dos pro-
blemas ambientais e sobre como eles podem ser superados. Ações para cons
truir esse conhecimento são chamadas educação ambiental.
Os projetos de educação ambiental podem ocorrer nas escolas, nas asso-
ciações comunitárias, em empresas e em áreas protegidas, como as Unida-
des de Conservação (UCs). 
Na região da serra da Canastra, área do Cerrado em Minas Gerais, exis
te uma população de lobo-guará (Chrysocyon brachyurus
do de extinção. Os lobos-guará são considerados os principais predadores 
de galinhas da região e, por isso, acabam sendo abatidos, apesar de essa 
ação ser ilegal. 
A
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Ação e cidadania
Exemplos de aplicações 
da ciência que promovem 
melhorias na vida das 
pessoas e no ambiente 
ou que abordem direitos 
e deveres dos cidadãos, 
atitudes e valores, etc.
IMPACTOS AMBIENTAIS 
E SUSTENTABILIDADE
Competências específicas e 
habilidades 
CECNTEM1 (EM13CNT103), 
(EM13CNT104)
CECNTEM2 (EM13CNT203), 
(EM13CNT206)
CECNTEM3 (EM13CNT301), 
(EM13CNT302), (EM13CNT303), 
(EM13CNT304), (EM13CNT306), 
(EM13CNT307), (EM13CNT309), 
(EM13CNT310)
Competências gerais 
CGEB1, CGEB2, CGEB3, CGEB5, 
CGEB6, CGEB7, CGEB9, CGEB10
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES 
DESENVOLVIDAS NA UNIDADE
Antropoceno é o nome dado pelo químico holandês Paul J. 
Crutzen (1933- ) e pelo botânico estadunidense Eugene F. Stoermer 
(1934-2012) ao período geológico em que vivemos atualmente. Pa-
ra eles, as atividades humanas vêm afetando a Terra de tal forma 
que criamos um novo período de tempo geológico.
O ser humano sempre praticou atividades extrativistas. Atual-
mente, porém, a extração e o processamento de materiais, combus-
tíveis e alimentos são responsáveis por emissões de gases de efei-
to estufa, perda de biodiversidade e estresse hídrico, por exemplo.
Nesta unidade, você vai estudar os impactos dos seres humanos 
no planeta Terra, bem como as estratégias que estão sendo desen-
volvidas para reduzir esse impacto e preservar o meio ambiente. 
OBJETIVOS
 • Avaliar os efeitos e impactos das intervenções humanas nos 
ecossistemas.
 • Discutir a importância da preservação e conservação da biodiversi-
dade, identificando ações em prol da sustentabilidade do planeta.
 • Compreender a importância das políticas de preservação ambien-
tal, diferenciar os tipos de Unidades de Conservação e reconhecer 
sua importância para a preservação da biodiversidade brasileira. 
JUSTIFICATIVA 
Compreender as consequências das ações humanas no meio am-
biente é importante para estimular mudanças de comportamento 
com o objetivo de reduzir os impactos dessas ações, bem como de-
senvolver uma consciência ambiental que se reflita não apenas em 
escolhas individuais, mas, sobretudo, na sociedade como um todo. 
QUESTÕES PARA REFLETIR
1. Segundo os cientistas, um dos efeitos do aquecimento global no 
Brasil é afetar o regime de chuvas. Estima-se que, na Região 
Nordeste, as chuvas se tornarão ainda mais escassas e, nas re-
giões Sul e Sudeste, serão mais fortes e frequentes. Discuta com 
os colegas quais são as possíveis consequências socioambientais 
dessa mudança no regime de chuvas para essas regiões. 
2. O saneamento básico se caracteriza por um conjunto de serviços, 
como fornecimento de água tratada, coleta e tratamento de 
esgoto e coleta de lixo. Qual é a relação entre o saneamento 
básico e a saúde da população? 
108
RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS
As relações intraespecíficas são muito variadas e se diferenciam conforme as 
características da espécie, podendo ser benéficas, prejudiciais ou até mesmo 
neutras para todos os envolvidos ou para algum deles. Quando trazem algum 
benefício ou não há dano nem prejuízo, são chamadas relações harmônicas. 
Quando há algum tipo de desvantagem na relação, elas são chamadas relações 
desarmônicas. 
Há dois grupos principais de relações intraespecíficas: cooperação e competição.
Relações intraespecíficas de cooperação
Em várias situações, os indivíduos de uma mesma espécie se relacionam de 
forma a proporcionar benefícios para todos os envolvidos na relação. Esse com-
portamento cooperativo pode ter diferentes funções, como aumentar a proteção, 
economizar energia e otimizar a obtenção de alimento ou o cuidado com a prole.
Colônias
A colônia é um tipo de organização na qual os indivíduos de uma mesma es-
pécie vivem intimamente ligados entre si, beneficiando-se mutuamente. Um exem-
plo são os corais, que podem abrigar milhões de indivíduos em um mesmo es-
queleto calcário (imagem A), como ocorre na Grande Barreira de Coral australiana.
A dependência e a especialização entre os indivíduos nas colônias podem ser 
tão grandes, que eles chegam a dar a impressão de serem órgãos complementa-
res de um único organismo. Exemplo extremo de colônia é a caravela-portuguesa 
(Physalia physalis), um cnidário marinho muitas vezes identificado erroneamen-
te como água-viva (imagem B). Esse ser, aparentemente um único organismo, na 
verdade é composto de vários indivíduos chamados zooides ou pólipos, cada um 
deles desempenhando uma função diferente para a colônia.
Sociedades
A sociedade é um tipo de organização entre indivíduos da mesma espécie ca-
racterizado pela cooperação, que ocorre por algum grau de divisão de trabalho e 
pela comunicação entre seus membros. Esses indivíduos, diferentemente do que 
ocorre nas colônias, são fisicamente independentes, apesar de compartilhar um 
mesmo território.
O grau e a forma de organização das sociedades são muito variáveis entre as 
espécies. Os leões, considerados os mais sociais entre os felinos, vivem em gru-
pos compostos, geralmente, de um a seis machos e de quatro 
a doze fêmeas adultas com seus filhotes. Cada grupo mantém 
seu território e o defende da invasão por machos de outros 
grupos, atividade executada predominantemente pelos ma-
chos, por meio da demarcação com urina e do patrulhamento 
das fronteiras. A extensão territorial varia conforme a disponi-
bilidade de presas, e a caça é feita, geralmente, pelas fêmeas 
do grupo.
Entre os insetos, algumas espécies constituem sociedades 
chamadas eussociais. As abelhas, as vespas, os cupins (ima-
gem C) e as formigas se organizam em sociedades com clara 
hierarquia e divisão de trabalho entre os indivíduos, formando 
grupos especializados, denominados castas ou classes sociais. 
A especialização dos indivíduos é tanta que permite identificar 
adaptações na estrutura do corpo de cada um de acordo com 
a função desempenhada na sociedade. Além disso, nenhum 
indivíduo dessas espécies pode sobreviver fora do grupo social 
em que foi criado. Assim, a formiga de um formigueiro, por 
exemplo, não pode se mudar para outro.
Os corais são colônias formadas por 
indivíduos chamados pólipos. Cada 
pólipo mede cerca de 3 mm a 55 mm 
de diâmetro, dependendo da espécie.
A
Exemplar de uma colônia de caravela-
-portuguesa. Nela, os pólipos 
responsáveis pela reprodução, por 
exemplo, são incapazes de obter 
alimentos e dependem da colônia 
para se manter vivos.
B
altura: cerca de 30 cm
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Representação esquemática do interior de um cupinzeiro. 
Os cupinzeiros têm câmaras destinadas a diferentes 
funções, desempenhadas por castas como operárias e 
soldados. Cores-fantasia.
C Representação sem 
proporção de tamanho.
duto central 
de ventilação
estoque 
de alimento
câmara 
da rainha
túneis de passagem 
subterrânea
canteiro de 
fungos (presente 
no cupinzeiro de 
certas espécies)
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38 Não escreva no livro.
Unidade
As ações do ser humano no ambiente 
Ecossistemas brasileiros
Conservação ambiental
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Quebradeira de coco de babaçu 
Viana (MA). Foto de 2019. As 
quebradeiras vivem do extrativismo 
do babaçu (Attalea speciosa), uma 
palmeira da qual se retiram as 
sementes, das quais se extrai o óleo. 
Elas estão presentes nos estados do 
Maranhão, Piauí, Tocantins e Pará.
109
Feromônios
Nas sociedades de inse-
tos, a comunicação entre os 
indivíduos é feita mediante 
compostos químicos, os fe-
romônios, produzidos por 
glândulas especializadas. 
Quando excretadas, essas 
substâncias provocam rea-
ções fisiológicas e/ou com-
portamentais em outros in-
divíduos da mesma espécie.
Existem feromônios com 
diferentes funções, como de-
marcação de território, atração 
sexual, alarme e localização 
de alimento. Por exemplo, nas 
sociedades das formigas co-
nhecidas como saúvas (espé-
cies do gênero Atta), a trilha 
química de feromônio no chão 
marca o caminho de volta ao 
formigueiro. Nas sociedades 
das abelhas, as operárias são 
estéreis devido à ação de fe-
romônios presentes nas se-
creções da rainha, que inibem 
o desenvolvimento de suas 
gônadas.
Relações intraespecíficas de competição
Indivíduos da mesma espécie ocupam o mesmo nicho ecológico e necessitam 
dos mesmos recursos, como água, alimentos, parceiros para reprodução, espaço, 
luz, materiais para a construção de ninhos, etc. A competição intraespecífica ocor-
re quando um ou mais desses recursos não são suficientes para atender às ne-
cessidades de todos os indivíduos da mesma espécie que convivem em um mes-
mo local. Nesse caso, os indivíduos passam a disputar os recursos disponíveis.
Esse tipo de competição pode ocorrer de duas formas: direta e indireta. A for-
ma direta acontece em lutas, agressões e outros comportamentos pouco amisto-
sos, comumente observados entre indivíduos de certas espécies animais (imagem 
A), ou com a produção de substâncias químicas que inibem o crescimento de ou-
tros indivíduos, como se observa em algumas espécies de plantas e em moluscos 
que habitam costões rochosos. A maior parte das disputas por parceiros sexuais 
entre animais também envolve a forma direta de competição intraespecífica.
A forma indireta, em geral menos evidente, ocorre quando um indivíduo con-
some um recurso de tal forma que acaba por torná-lo indisponível para os outros. 
Por exemplo, uma espécie de planta que necessita de luz intensa e, ao crescer, 
produz sombra ao seu redor compete com as mais jovens pela luminosidade e 
inibe o desenvolvimento delas. Entre os animais, em condições de escassez, um 
indivíduo mais ativo pode encontrar fontes de alimento com mais facilidade e 
deixar seus semelhantes à míngua. 
A competição intraespecífica também pode apresentar conformações bastan-
te complexas, como é o caso da anêmona Anthopleura elegantissima (imagem B), 
comumente encontrada no litoral da costa oeste da América do Norte. Essa anê-
mona vive na faixa dos costões rochosos exposta aos efeitos da maré e está bem 
adaptada ao impacto das ondas, à ausência da água na baixa da maré e à vida 
submersa na maré cheia. Ela pode viver solitariamente ou manter uma relação de 
cooperação intraespecífica, agregada a centenas de outras iguais a ela, que for-
mam “tapetes” de anêmonas sobre as rochas.
Os “retalhos” desse tapete são clones resultantes de uma única anêmona, pois, 
apesar de ser uma espécie bissexuada, com machos e fêmeas, a Anthopleura 
elegantissima se reproduz assexuadamente quando o hábitat é favorável a isso. 
Assim, todos os indivíduos de um “tapete” apresentam o mesmo material gené-
tico e, mesmo sendo móveis, permanecem próximos uns dos outros.
No entanto, quando uma anêmona se aproxima e encosta seus tentáculos nos 
de outra da mesma espécie, mas geneticamente diferente, inicia-se uma série de 
comportamentos de defesa e ataque de ambas as partes. Nessa situação, as anê-
monas em luta disparam nematocistos, estruturas que têm substâncias tóxicas. 
A competição só termina quando um dos indivíduos finalmente se afasta.
Exemplo de competição intraespecífica. As disputas sexuais podem ser violentas, como as dos 
antílopes da espécie Antidorcas marsupialis, mas raramente levam à morte.
Anêmona marinha Anthopleura 
elegantissima.
ROTEIRO
1. Explique com suas palavras 
o significado desta afirmação: 
A competição é uma relação 
que se estabelece entre orga-
nismos que demandam um 
mesmo recurso limitado.
comprimento: cerca de 1 m
diâmetro: cerca de 3,5 cm
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39Não escreva no livro.
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2 ENERGIA E MATÉRIA NOS
ECOSSISTEMAS
RELAÇÕES TRÓFICAS NOS ECOSSISTEMAS
Entre as características fundamentais de todos os ecossistemas estão o fluxo 
de energia e a ciclagem de matéria, que se estabelecem nas relações de nutrição, 
ou seja, nas relações tróficas entre seus componentes bióticos. O estudo dos ecos-
sistemas, sob esse ponto de vista, tem contribuído para a análise das alterações 
ambientais decorrentes de intervenções humanas, já que qualquer ação que pos-
sa afetar uma espécie poderá ter impacto sobre outra na comunidade.
A maneira como os organismos obtêm matéria e energia nem sempre é a mes-
ma. Assim, os organismos que o fazem de uma mesma maneira são agrupados 
em um conjunto chamado nível trófico (do grego trofhe, nutrição). Podemos dis-
tinguir os seguintes níveis tróficos:
Esquema que mostra os diferentes níveis tróficos em um 
ecossistema. Cores-fantasia.
Representação sem 
proporção de tamanho.
 » Para começar
1. De que maneira os 
seres vivos se 
aproveitam da 
energia provenien-
te do Sol?
2. Por que se fala de 
fluxo de energia e 
ciclos da matéria e 
não o contrário 
(ciclos de energia e 
fluxo da matéria)?
3. Por que enxerga-
mos a maioria das 
plantas na cor 
verde?
organismos autótrofos, isto é, que produzem o 
próprio alimento. Podem ser classificados em:
como plantas, algas e algumas bactérias, que 
captam a energia da luz do Sol e a 
incorporam pelo processo de fotossíntese.
como algumas bactérias, que obtêm 
energia de substâncias inorgânicas.
organismos 
heterótrofos que 
se alimentam 
diretamente dos 
produtores; são 
os herbívoros.
organismos que se alimentam dos consumidores 
primários; são os carnívoros. Em alguns ecossistemas, 
contudo, existem consumidores de terceira e até de 
quarta ordens. Nesses casos, os consumidores terciários 
alimentam-se dos secundários; e os consumidores 
quaternários alimentam-se dos terciários.
organismos que se alimentam dos restos 
orgânicos dos demais níveis tróficos, como 
restos de plantas mortas, cadáveres de animais, 
fezes, etc. Nesse nível estão principalmente 
fungos e bactérias. Sua atividade converte 
matéria orgânica em inorgânica.
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25Não escreva no livro.
Abertura de 
capítulo
Um texto e uma 
imagem abrem o 
capítulo. Também 
traz questões sobre 
o que você já sabe 
do tema em estudo.
Boxe com informações 
que ampliam ou 
complementam o assunto.
Feromônios
Nas sociedades de inse-
tos, a comunicação entre os 
indivíduos é feita mediante 
compostos químicos, os fe-
romônios, produzidos por 
glândulas especializadas. 
Quando excretadas, essas 
substâncias provocam rea-
ções fisiológicas e/ou com-
portamentais em outros in-
divíduos da mesma espécie.
Existem feromônios com 
diferentes funções,como de-
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A BIOSFERA
A vida na Terra se desenvolve em uma camada de apenas 
17 quilômetros de espessura. Essa camada relativamente fina, 
formada pelo conjunto dos seres vivos e dos ambientes onde 
eles vivem, é denominada biosfera. Em seu extremo superior, a 
biosfera alcança o limite de mais ou menos 7 quilômetros de al-
titude; no extremo inferior, pode variar de uns poucos centíme-
tros abaixo do solo até mais ou menos 10 quilômetros nos fun-
dos oceânicos.
A biosfera está em constante interação com outros sistemas, 
como a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera (imagem A).
A atmosfera é formada por diversos gases, incluindo o gás 
nitrogênio, o gás carbônico, o gás oxigênio e o ozônio. O gás oxi-
gênio é necessário à maioria dos seres vivos aeróbios. O ozônio 
tem papel muito importante para a biosfera, pois bloqueia a en-
trada de parte dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, que são 
nocivos à vida.
A hidrosfera é formada pelos oceanos e mares, rios e lagos, 
pelas águas subterrâneas e pelo vapor-d’água. A água da hi-
drosfera circula entre a litosfera, a atmosfera e a biosfera duran-
te o ciclo da água.
A litosfera compreende a crosta terrestre e a porção superior do manto (cama-
da localizada abaixo da crosta).
ECOSSISTEMAS
A análise das relações ecológicas estabelecidas entre todos os seres vivos e 
os ambientes que compõem a biosfera é uma tarefa inviável, dada a escala glo-
bal dos eventos a serem considerados. Por isso, uma das maneiras de compreen-
der os fenômenos que ocorrem em escala planetária é decompor o estudo em 
unidades menores e mais simples, denominadas ecossistemas.
O termo ecossistema foi proposto em 1935 pelo ecólogo britânico Arthur 
Tansley (1871-1955). Atualmente, esse termo é usado para se referir a qualquer 
unidade que abranja todos os seus organismos e as interações entre eles e tam-
bém com o ambiente ao redor, estabelecendo um fluxo energético e uma recicla-
gem de matéria.
Por se tratar de um conceito desenvolvido pelos cientistas para facilitar o es-
tudo e a pesquisa, as dimensões de um ecossistema variam de acordo com o 
estudo em questão. Assim, tanto uma pequena poça de água quanto uma imen-
sa área de floresta são consideradas exemplos de ecossistemas.
Cada ecossistema é formado por fatores abióticos, que compreendem as con-
dições físico-químicas dos elementos não vivos (água, ar, rochas, etc.), e por fato-
res bióticos, ou seja, os seres vivos ali presentes que formam uma comunidade. 
Essa comunidade é constituída de um conjunto de populações que habita deter-
minada área. Cada população, por sua vez, corresponde a um grupo de indivíduos, 
da mesma espécie, que ocupa um território comum.
O conjunto de ecossistemas da Terra forma a biosfera (imagem B).
BIOMAS
Outro conceito bastante usado em ecologia é o conceito de bioma. Um bioma 
corresponde a uma área com características físicas (como temperatura, umidade, 
solo, etc.) relativamente homogêneas, na qual a fauna e a flora são típicas e adap-
tadas a essas condições ambientais. Exemplos de biomas são as florestas tropi-
cais, as florestas temperadas, as savanas e os desertos. 
O esquema mostra a interconexão entre a biosfera e as 
demais esferas terrestres. Cores-fantasia.
B
Acesse
 » Sistema de Informação sobre 
a Biodiversidade Brasileira 
A plataforma on-line integra 
dados, provenientes de fon-
tes diversas do Brasil e do 
exterior, sobre a biodiversi-
dade e os ecossistemas.
Disponível em: https://www.sibbr.
gov.br/. Acesso em: 27 maio 2020.
PARA EXPLORAR 
A biosfera do planeta Terra é 
constituída de inúmeros ecossistemas 
terrestres, aquáticos e aéreos. 
Representação da Terra feita com 
base em imagens de satélite de 2012. 
Cores-fantasia.
Aeróbio: Organismo que ob-
tém energia por meio da res-
piração celular aeróbia, pro-
cesso que requer gás oxigênio.
DE OLHO NO CONCEITO
Representação 
sem proporção 
de tamanho.
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17Não escreva no livro.
Para explorar
Indicações de 
sites, livros, 
filmes, entre 
outras, para 
você explorar o 
assunto.
Salinidade
A salinidade corresponde à quantidade de sais dissol-
vidos na água. Por esse critério, podem-se dividir os cor-
pos d'água em três tipos principais: as águas doces, pre-
dominantemente continentais, com menos de 0,5 g/L de 
sais dissolvidos; as águas salgadas ou salinas, oceânicas, 
contendo aproximadamente 35 g/L de sais (principalmen-
te cloreto de sódio), e as águas salobras dos estuários e 
das lagoas costeiras, sob a influência das marés, com sa-
linidade intermediária.
De modo geral, as espécies adaptadas a viver em água 
doce não toleram grande salinidade, e vice-versa.
Fatores edáficos
Os fatores edáficos dizem respeito às características 
do solo, como a estrutura física e a composição química, 
que influem na distribuição dos seres vivos.
A estrutura física do solo está intimamente relaciona-
da com a sua textura e porosidade, da profundidade até 
a rocha-matriz. Esses aspectos são determinantes tanto 
para a circulação da água e do ar que penetram no solo 
quanto para o desenvolvimento de diversas formas de 
vida, como plantas, animais, fungos e bactérias.
As principais partículas que determinam a textura e a po-
rosidade do solo são a areia, o silte e a argila, que diferem 
Ana Primavesi, a agroecologia e o estudo dos solos
A agroecologia pode ser entendida como a aplicação de conceitos ecológicos ao ma-
nejo de sistemas agrícolas. A pesquisadora Ana Maria Primavesi (1920-2020) foi pionei-
ra na pesquisa em agroecologia. Em 1949, a pesquisadora mudou-se da Áustria, onde 
nasceu, para o Brasil, e dedicou sua vida ao estudo do solo. 
[…] Ana Primavesi foi uma das mais importantes pesquisadoras na área da agroecologia e 
da agricultura orgânica. A compreensão do solo como um organismo vivo e com diversos níveis 
de interação com a planta foi uma das suas contribuições para a agronomia. […]
[…] Suas pesquisas e livros indicavam uma agricultura que privilegiava a atividade biológi-
ca do solo e buscava, assim, o incremento do teor de matéria orgânica e de húmus do solo, evi-
tando o revolvimento do mesmo, e utilizava técnicas como a adubação verde, rotação de cultu-
ras e quebra-ventos.
[…] Ana Primavesi alertava em relação à orientação da adubação restrita ao uso de NPK [ni-
trato, fósforo e potássio] e ressaltava a importância dos microelementos na eficiência produtiva e 
na sanidade vegetal. Ela assinalava os prós e os contras das distintas formas e fontes de nutrientes, sua eficiência e aprovei-
tamento pelas plantas, sua ciclagem no ambiente e seus impactos sobre a biologia do solo. Ao tratar desse assunto, alertava 
para o fato de que a fertilidade do solo não poderia ser compreendida apenas por suas características químicas, já que é in-
trinsecamente ligada a fenômenos que também se relacionam às propriedades físicas e biológicas. Outra contribuição sua foi 
a percepção das ervas daninhas como indicadores ecológicos de qualidades físicas, químicas e biológicas dos solos. […] 
Ana Maria Primavesi: importante legado. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 6 jan. 2020. Disponível 
em: http://www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/7567026. Acesso em: 18 ago. 2020.
1. O termo paradigma é utilizado para estabelecer uma diferenciação entre dois momentos ou entre dois níveis 
do processo de conhecimento científico. Uma mudança de paradigma consiste em uma mudança nos conceitos 
e nas práticas de como algo funciona ou é realizado.
a) Pode-se dizer que a pesquisadora Ana Primavesi contribuiu para uma mudança de paradigma sobre o solo? 
Justifique sua resposta.
b) Cite exemplos, trechos ou frases do texto que evidenciam o caráter ecológico das pesquisas de Ana Primavesi.
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Amostrade solo (decantada 
em água) composto de areia, 
silte e argila. As partículas 
maiores e mais densas 
(areia) ficam embaixo. Na 
camada intermediária, 
repousa o silte; e, no topo, as 
partículas de argila formam 
uma camada fina.
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entre si quanto à granulometria (veja imagem abaixo). De 
maneira geral, nos solos arenosos, cujas partículas são maio-
res, a porosidade é grande; por isso, a água fica retida neles 
por menos tempo. Os solos argilosos são compostos de par-
tículas menores, de modo que a água penetra neles mais 
lentamente, ficando estocada por mais tempo.
A profundidade afeta, principalmente, as plantas que 
se fixam no solo e os animais que nele cavam tocas. Ela 
também determina a distribuição dos animais chamados 
fossoriais (isto é, que escavam túneis), como as minhocas 
e as cobras-cegas.
A composição química do solo é determinada pelas 
substâncias minerais nele dissolvidas. Algumas substân-
cias são necessárias às plantas, e a ausência de determi-
nados íons pode ser um fator limitante para muitas delas.
A pesquisadora Ana 
Maria Primavesi, 
uma das pioneiras em 
agroecologia no Brasil, 
em foto de 2012. 
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argila
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20 Não escreva no livro.
Ciência se discute 
Apresenta debates, 
conflitos e controvérsias 
entre os próprios 
cientistas ou entre 
sociedade e ciência.
4 Não escreva no livro.
ATIVIDADES
1 O Cerrado ocupa uma vasta área contínua no terri-
tório brasileiro, além de manchas em meio à floresta 
Amazônica e à Mata Atlântica.
a) O Cerrado geralmente é atingido por incêndios 
periódicos. Cite adaptações que permitem às es-
pécies vegetais desse bioma sobreviver ao fogo.
b) Considerando as características desse bioma, 
comente criticamente esta frase: O fogo é um 
elemento essencial para a manutenção dos biomas 
de campo cerrado.
2 O clima de uma região, caracterizado de acordo com 
a pluviosidade e a temperatura, é um dos principais 
fatores determinantes de um bioma. Ele pode ser 
expresso em diagramas ombrotérmicos. Com base 
no exemplo desse tipo de diagrama, a seguir, res-
ponda às questões.
a) Quais estratos de vegetação são representados 
em cada diagrama?
b) Em qual dos biomas a vegetação arbórea alcança 
maior altura?
c) Em qual dos biomas pode-se dizer que há a for-
mação de um dossel? Justifique.
d) Qual bioma pode estar representado em cada 
diagrama? Justifique.
4 O curso dos rios costuma ser dividido em regiões, de 
acordo com a topografia do terreno: alto curso, médio 
curso e baixo curso. Quando o rio desagua no mar, 
recebe o nome de estuário. Nos estuários, frequen-
temente se formam manguezais, biomas relativa-
mente comuns nas costas brasileiras. Em comparação 
com as regiões de alto curso, os manguezais são 
muito produtivos e habitados por espécies que su-
portam grandes variações nas condições ambientais.
a) Como se explica a maior produtividade dos 
manguezais, em comparação com as regiões de 
cabeceira?
b) Por que nos manguezais são encontrados orga-
nismos resistentes à flutuação das condições 
ambientais?
5 A região do Pantanal é considerada a maior planície 
inundável do mundo, segundo a Comissão da ONU 
para o Meio Ambiente. No entanto, nesse bioma, 
a pluviosidade anual média não é mais elevada do 
que em outros biomas brasileiros, como o Cerrado, 
uma área não inundável.
a) Como se explica o fato de o Pantanal ser uma área 
onde ocorre inundação durante muitos meses do 
ano, mesmo com pluviosidade semelhante à de 
áreas não inundáveis?
b) Muitos especialistas associam a ocorrência perió-
dica das inundações com a alta biodiversidade 
encontrada no Pantanal. Explique por que essa 
associação é possível.
6 Leia o texto e responda às questões a seguir. 
Das fantasias de Carnaval à maquiagem, roupas, 
bolsas, sapatos, papelaria […]. A onipresença do 
glitter e da purpurina deixa um rastro cintilante na 
avenida e nas redes sociais […].
[…]
Talvez nem todo mundo saiba, mas essas minús-
culas cintilações que tanto interesse costumam des-
pertar costumam ser fabricadas com plástico. Espe-
cificamente, alumínio e polietileno tereftalato (PET). 
[…]
Além do problema de serem feitos de plástico, que 
leva centenas de anos para se decompor, há o de seu 
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a) Nessa região, quais meses do ano correspondem 
à estação mais abundante em chuvas?
b) E quais meses do ano correspondem à estação 
seca?
c) Qual(is) bioma(s) brasileiro(s) poderia(m) desenvol-
ver-se sob essas condições climáticas? Justifique.
3 O perfil da vegetação é um diagrama elaborado por 
biólogos para retratar o aspecto da vegetação de um 
lugar. Na elaboração do perfil, o biólogo procura 
registrar o tipo de vegetação predominante (ervas, 
arbustos, árvores, etc.), a altura e a presença dos 
vários estratos vegetais, a ocorrência de epífitas, etc. 
Observe os diagramas a seguir, que representam o 
perfil da vegetação de dois biomas brasileiros.
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140 Não escreva no livro.
Atividades
Ao final dos 
capítulos, há um 
conjunto de 
atividades sobre os 
assuntos do capítulo. 
Pode incluir um 
exemplo de 
atividade resolvida.
PENSANDO CIÊNCIAS
COMO CORRIGIR O SOLO ÁCIDO NA AGRICULTURA?
A acidez do solo é um fator crucial para o 
plantio e para se obter bons resultados na co-
lheita. Contudo, nem todos os solos se apre-
sentam na faixa de pH ideal para determina-
dos plantios. Vamos considerar o caso da 
batata: a maioria dos solos brasileiros desti-
nados à plantação de batata é ácida, ou seja, 
apresenta pH abaixo da faixa ideal de cultivo, 
entre 5,5 e 6,0.
Com base nessa informação, reúnam-se 
em grupos e imaginem a seguinte situação: 
um agricultor quer plantar batatas, mas o so-
lo apresenta-se demasiadamente ácido para 
essa espécie de planta. Como vocês fariam 
para corrigir a acidez do solo, deixando-o pro-
pício à utilização pelo agricultor?
 Decompondo o problema 
Detectado o problema complexo (corrigir o solo ácido para o plantio de bata-
tas), é hora de decompô-lo em problemas mais simples, atentando aos detalhes. 
A solução desse problema passa por fatores como amostragem do solo, materiais 
que serão utilizados para corrigir seu pH, quantidade de material, entre outros. 
Procurem levantar questões como:
• Qual é o pH ideal para o plantio de batatas?
• Como medir o pH do solo para plantio? 
• Que materiais poderiam ser utilizados para corrigir essa acidez?
• Qual é a quantidade de material a ser utilizada para essa correção?
• Que equipamentos são necessários para realizar essas etapas?
 Reconhecendo padrões 
Nesta etapa, vocês devem identificar as características comuns entre os dife-
rentes problemas e soluções. Vamos considerar uma das questões levantadas na 
etapa anterior: Que materiais poderiam ser utilizados para corrigir a acidez do so-
lo? Vejamos alguns exemplos.
Quando se está com acidez estomacal ou com ardor no estômago, é comum 
que um médico prescreva o uso de substâncias conhecidas como antiácidos, co-
mo o bicarbonato de sódio e o hidróxido de magnésio (popularmente conhecido 
como leite de magnésia), para solucionar esse problema. Tanto o bicarbonato de 
sódio (NaHCO3) quanto o leite de magnésia (Mg(OH)2) reagem com os ácidos, em 
uma reação de neutralização. Nessa reação, os íons H1 da solução ácida reagem 
com os íons OH2 da solução básica, formando água. Nesse exemplo, o valor do 
pH deve subir, diminuindo a acidez.
Discuta com os colegas de grupo se esse princípio seria aplicável ao problema 
em questão e por quê. Levantem exemplos de outras aplicações – como as indus-
triais. Realizem essa etapa para os demais problemas levantados anteriormente.
O desenvolvimento das 
batatasé prejudicado 
se a acidez do solo 
estiver alta.
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104 Não escreva no livro.
ESTUDO DE CASO 
MICO-LEÃO-DOURADO: UM SÍMBOLO DE LUTA PELA 
CONSERVAÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA
O mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é uma espécie endêmica da Ma-
ta Atlântica do Rio de Janeiro que está em risco de extinção. O extenso desmata-
mento desse bioma foi o principal responsável pelo quase completo extermínio 
dessa espécie. Restam apenas 7% da Mata Atlântica no Brasil, e apenas 2% do 
tipo de Mata Atlântica que serve de hábitat para esse animal. 
Em 2020, existiam cerca de 2 500 micos-leões-dourados vivendo livres na na-
tureza, mas, na década de 1970, esse cenário era mais preocupante – havia ape-
nas 200 indivíduos. 
Mico-leão-dourado.
O mico-leão-dourado vive cerca de oito anos, tem hábito diurno e se alimenta 
de diversos frutos e pequenos animais. É um importante dispersor de sementes 
e, portanto, auxilia na preservação e na regeneração da Mata Atlântica. 
O biólogo e primatólogo Adelmar Coimbra Filho (1924-2016) exerceu um pa-
pel decisivo na conservação do mico-leão-dourado e de outros primatas amea-
çados de extinção. Desde o início da década de 1970, ele começou a desenvolver 
pesquisas para a reprodução do animal em cativeiro. Em 1984, os primeiros indi-
víduos nascidos em cativeiro foram reintroduzidos na natureza, e atualmente cer-
ca de um terço da população de micos-leões livres é oriunda desse tipo de manejo. 
Além disso, as atuações do primatólogo e do veterinário Alceo Magnanini 
(1925- ) foram fundamentais para a criação, em 1974, de uma área de proteção 
ambiental para o mico-leão-dourado, a Reserva Biológica (Rebio) de Poço das 
Antas, localizada em área de Mata Atlântica no Rio de Janeiro – a primeira reser-
va biológica no Brasil. 
Sua origem foi motivada pela preservação do mico-leão-dourado e da pregui-
ça-de-coleira (Bradypus torquatus), criticamente ameaçados de extinção na épo-
ca, assim como pela proteção das poucas áreas remanescentes da Mata Atlânti-
ca costeira. 
O Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado, que teve início em 1983, 
é um dos programas de conservação mais bem-sucedidos do mundo. Graças a 
ele, em 2003, a condição do mico-leão-dourado passou de criticamente ameaça-
do de extinção para ameaçado de extinção. 
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comprimento: 25 cm
156 Não escreva no livro.
minúsculo tamanho. Os microplásticos, com um 
diâmetro inferior a 5 milímetros (como um grão de 
arroz), estão causando muitas dores de cabeça por 
suas consequências para os ecossistemas marinhos. 
[…] Celia Ojeda, responsável por campanhas do 
Greenpeace Espanha, explica que essas partículas 
que facilmente chegam aos oceanos através das 
vias fluviais “ficam em suspensão nas primeiras ca-
madas da água e entram na cadeia trófica porque 
os peixes as ingerem. Muitas vezes são encontra-
dos microplásticos nos estômagos dos peixes e até 
mesmo em suas larvas. Os peixes estão se desen-
volvendo com os microplásticos”. Há espécies ma-
rinhas como os mexilhões e as ostras que os inge-
rem ao se alimentarem por filtração da água, 
enquanto outras as assimilam por meio da ingestão 
de presas contaminadas ou quando os confundem 
com alimento. Os caranguejos, por exemplo, os ins-
piram por meio das brânquias e os ingerem pela 
boca, como os peixes.
[…]
Ainda se desconhece […] os efeitos que podem 
ter sobre o ser humano, já que é um assunto “em ple-
na fase de investigação”. Além do mais, “a bioacumu-
lação é muito lenta, por isso é muito difícil de demons-
trar”, acrescentam no Greenpeace. Um dos estudos 
que tentam lançar um pouco de luz a respeito foi o 
apresentado há alguns meses […]. Entre suas con-
clusões revelou que era patente a contaminação por 
microplásticos na água de torneira de vários países.
[…]
Nuria, L. O lado sombrio do glitter: nem tudo brilha tanto 
como parece. El País, 8 fev. 2018. Disponível em: https://
brasil.elpais.com/brasil/2018/02/01/
ciencia/1517482578_498199.html. Acesso em: 
26 maio 2020. 
a) Explique o que é bioacumulação. 
b) Por que o microplástico pode ser considerado mais 
danoso ao meio ambiente do que o plástico? 
c) Recentemente, surgiram opções de glitter menos 
agressivos ao meio ambiente. Qual é a principal 
característica que o material usado na produção 
desse glitter deve ter para ser considerado inofen-
sivo ao meio ambiente? 
7 Em agosto de 2019, foram registrados 30 901 focos 
de incêndio na Amazônia, o triplo do número identi-
ficado no mesmo mês do ano anterior. A Amazônia 
é um ambiente úmido, por isso, não costuma se in-
cendiar espontaneamente, o que significa dizer que 
o incêndio geralmente é provocado. São as chamadas 
queimadas, que fazem parte de práticas agrícolas 
tradicionais, nas quais o corte e a queima são formas 
de limpar a área para o cultivo. Se feita dentro das 
normas, essa prática é aceitável perante a lei. Uma 
das normas para a prática das queimadas é não 
realizá-la nos períodos de seca, quando a mata seca 
favorece o espalhamento do fogo e pode provocar 
grandes incêndios. 
O problema é que, muitas vezes, as queimadas 
estão relacionadas ao desmatamento de grandes 
áreas, principalmente aquelas que serão conver-
tidas em pastos. 
 • Quais são os possíveis impactos dos incêndios no 
ecossistema amazônico? 
8 Leia o texto e, depois, responda às questões. 
Art. 3o Para os fins deste Decreto […] compreen-
de-se por:
I - Povos e Comunidades Tradicionais: grupos cul-
turalmente diferenciados e que se reconhecem como 
tais, que possuem formas próprias de organização 
social, que ocupam e usam territórios e recursos na-
turais como condição para sua reprodução cultural, 
social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando co-
nhecimentos, inovações e práticas gerados e trans-
mitidos pela tradição.
Brasil. Decreto Federal n. 6 040, de 7 de fevereiro de 2007. 
Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável 
dos Povos e Comunidades Tradicionais. Brasília, DF: 
Presidência da República, [2007]. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/
decreto/d6040.htm. Acesso em: 31 maio 2020.
Em 2020, estimava-se a existência no Brasil de 4,5 mi-
lhões de pessoas pertencentes a comunidades tradi-
cionais, ocupando 25% do território nacional. 
a) Qual é a importância da manutenção das comuni-
dades tradicionais? 
b) Faça uma pesquisa sobre uma comunidade tradi-
cional na região onde você vive. Descreva seu modo 
de vida e sua cultura. 
9 O bioma Mata Atlântica é considerado um hotspot 
de biodiversidade. Estima-se que existam cerca de 
20 mil espécies vegetais nesse bioma, o que torna 
a Mata Atlântica prioritária para a conservação da 
biodiversidade mundial. Porém, apenas cerca de 
7,5% da cobertura vegetal original permanece 
preservada. 
a) O que significa ser um hotspot de biodiversidade? 
b) Quais são as principais causas de desmatamento 
na Mata Atlântica? 
c) Pesquise em sites especializados em ecologia e 
em meio ambiente ou em sites de instituições de 
pesquisa e de proteção ambiental quais estraté-
gias de conservação estão sendo adotadas na 
Mata Atlântica.
141Não escreva no livro.
 Abstraindo o problema 
A ideia aqui é separar os pontos relevantes daqueles que não importam para 
a solução do problema. Tendo reconhecido os padrões, retornem à questão: Que 
materiais poderiam ser utilizados para corrigir a acidez? Por quê? 
Um método bastante comum no campo é a calagem, a aplicação de hidróxido 
de cálcio (Ca(OH)2), uma base popularmente conhecida como cal hidratada. Ana-
lise com seu grupo se essa seria uma boa opção e procure identificar aspectos 
que realmente importam para a solução do problema. Por exemplo: A marca do 
produto a ser utilizada é relevante? Neste momento, não. Importa quem vai apli-
car este produto? Não. Mas outras questões são extremamente importantes, por 
exemplo: Este material é propício a ser utilizado em solos agriculturáveis?Ele tem 
um custo acessível? Ele é fácil de ser encontrado? Seu manuseio é seguro? Mon-
tem uma tabela como a do modelo a seguir para cada material levantado. Se pre-
ciso, realizem pesquisas na literatura especializada para obter as informações.
Material É propício para o uso na agricultura? Custo Facilidade de obtenção Segurança
Hidróxido de cálcio Sim /////////// ///////////////////////////// ///////////////
/////////////////////// ////////////////////////////////////////////// /////////// ///////////////////////////// ///////////////
/////////////////////// ////////////////////////////////////////////// /////////// ///////////////////////////// ///////////////
Essas questões devem ser feitas para os demais problemas. É essencial saber 
a quantidade do produto a ser utilizada, pois um solo básico também pode ser 
um problema para o plantio. Também é importante ter um método consistente 
de medição do pH, ferramentas adequadas para realizar as aplicações, entre ou-
tros itens. Faça pesquisas sempre que for necessário.
 Buscando soluções 
Este é o momento em que se elabora uma possível solução para o problema prin-
cipal, deixando claro o material a ser utilizado, em qual quantidade, como fazer essa 
aplicação, entre outros aspectos. Compartilhem suas ideias com o professor.
 Elaborando o algoritmo 
O algoritmo refere-se ao passo a passo necessário para instruir al-
guém ou alguma máquina a fazer determinada coisa. Neste momen-
to, deve-se focar no que é essencial para a correta execução do que 
está sendo instruído. Um bom exemplo de algoritmo é o passo a pas-
so para a confecção de um barco de papel. É essencial que nele este-
jam as principais informações do que precisa ser feito e em que ordem. 
Com a solução definida e com as informações que pesquisaram 
e discutiram, troquem ideias e elaborem um algoritmo para a corre-
ção do solo ácido para o plantio de batatas.
PARA DISCUTIR
1 Reúnam-se com os demais grupos e compartilhem o algoritmo que seu gru-
po produziu. Compare-o aos demais. Há diferenças? Se sim, quais? 
2 Essas diferenças poderiam ser utilizadas para melhorar o algoritmo que seu 
grupo produziu? Ou podem ajudar o algoritmo de outros grupos? Elaborem 
argumentos que justifiquem como isso pode ser feito.
3 Vocês sentiram dificuldade em alguma parte dessa atividade? Qual? Como 
vocês a resolveram?
O algoritmo para a 
elaboração de um barco de 
papel deve informar o que 
deve ser feito e em que 
ordem, por exemplo: 
1. Obtenha uma folha de 
papel sulfite A4; 2. Dobre a 
folha exatamente ao meio, 
no sentido do maior lado; 
3. Mantenha a folha dobrada 
e dobre-a novamente, mais 
uma vez no sentido do maior 
lado; e assim por diante. 
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105Não escreva no livro.
Além de habitar a Rebio de Poço das Antas, a es-
pécie ocupa a Rebio União e 21 Reservas Particulares 
do Patrimônio Natural (RPPNs), todas Unidades de 
Conservação, somando um total de 16 600 ha de área 
e compreendendo cerca de 20 fragmentos florestais. 
Estudos apontaram a meta do projeto para 2025: 
tirar o mico-leão-dourado da lista dos animais amea-
çados de extinção. Para isso, será necessário que, 
no mínimo, 2 mil micos vivam livres em 25 000 ha 
de mata.
Reúna-se com os colegas para realizar as ativida-
des a seguir.
1 Segundo o texto, qual é o principal desafio para 
que a meta de tirar o mico-leão-dourado da lista 
de animais ameaçados de extinção seja atingida 
em 2025? 
Além da reintrodução de animais nascidos em cativeiro, o programa de con-
servação do mico-leão-dourado utiliza outra técnica de manejo de animais 
chamada translocação, na qual os indivíduos que vivem em fragmentos flo-
restais muito pequenos são translocados para áreas maiores. Esse manejo 
tem o objetivo de aumentar a variabilidade genética da espécie e diminuir a 
vulnerabilidade dos animais que estão sujeitos à destruição de pequenos frag-
mentos de mata. 
2 Por que a translocação de micos-leões-dourados auxilia no aumento da va-
riabilidade genética da espécie? Qual é a importância da variabilidade gené-
tica para o sucesso de uma espécie? 
Existem hoje cerca de 18 populações isoladas de micos-leões-dourados cons-
tantemente monitoradas, divididas em diferentes fragmentos de floresta. Os es-
tudos indicam que nenhuma dessas populações é viável a longo prazo se perma-
necer isolada. Uma das ações que visa restabelecer a conectividade entre as 
populações é a criação de corredores florestais, com a plantação de árvores nati-
vas interligando as áreas isoladas de mata.
3 Por que as populações isoladas de micos-leões-dourados não são viáveis a 
longo prazo? Por que a estratégia de criar corredores florestais auxilia na 
superação desse problema?
4 Quais são os papéis das Unidades de Conservação na preservação da di-
versidade biológica? Façam uma pesquisa em sites confiáveis, caso seja 
necessário.
5 O mico-leão-dourado é uma espécie-bandeira na conservação da Mata 
Atlântica. Expliquem o que é uma espécie-bandeira e pesquisem outros 
exemplos de espécies-bandeiras brasileiras. Discuta com os colegas sobre 
a importância do uso de espécies-bandeiras para a conservação da bio-
diversidade.
6 Que outras ações, além das abordadas até aqui, vocês acreditam que podem 
ser tomadas para que a meta de salvar o mico-leão-dourado da ameaça de 
extinção seja atingida até 2025? Pesquisem em sites confiáveis sobre as 
iniciativas do Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado e verifiquem 
se elas se assemelham àquelas apontadas por vocês. 
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Engenheiro florestal mostra 
as áreas que estão sendo 
restauradas para reconectar 
fragmentos da mata na 
Reserva Biológica de Poço 
das Antas, em Silva 
Jardim (RJ). Foto de 2019.
157Não escreva no livro.
6 (Unicamp-SP) A derrubada de florestas para mineração causa indignação em muitos cidadãos preo-
cupados com a proteção ambiental. Contudo, não se observa o mesmo nível de preocupação em re-
lação à atividade pecuária. A produção de carne é também responsável pelo desmatamento e por 
cerca de 18% da emissão de gases do efeito estufa. A evolução da emissão total de gás carbônico 
equivalente da humanidade (em Gt CO2 eq por ano) é mostrada na figura A. Já a figura B mostra a 
emissão anual média de gás carbônico equivalente (em t CO2 eq por pessoa por ano) somente com a 
alimentação, para duas diferentes dietas.
Figura A: adaptada de PBL Netherlands Environment Agency. Disponível em: www.pbl.nl. Figura B: adaptada de Shrink That 
Footprint. Disponível em: www.shrinkthatfootprint.com. Acessos em: 15 out. 2017.
a) Considerando que toda a população mundial seja “amante de carne”, qual é a porcentagem de 
emissão de CO2 equivalente devida somente à alimentação, em relação à emissão total? Mostre 
os cálculos. 
b) Se, em 2018, toda a população da Terra resolvesse adotar uma dieta vegana, a emissão total de 
gases voltaria ao nível de qual ano? Justifique sua resposta. Considere que toda a população atual 
seja “amante de carne”. 
Dados: a população mundial atual é de 7,6 ? 109 habitantes; giga-toneladas (Gt) 5 1,0 ? 109 toneladas.
7 Leia o texto e, depois, responda às questões. 
Nos últimos anos, vem crescendo no Rio Grande do Sul e em outros estados do Brasil o trabalho de um 
grupo de pequenos agricultores que se dedicam a manter saberes tradicionais e o patrimônio genético que 
marcam a história da agricultura no Estado.
Os guardiões e guardiãs de sementes crioulas vêm resgatando e preservando não só sementes, mas tam-
bém saberes e práticas agroecológicas que buscam diminuir a dependência da agricultura em relação aos 
atuais pacotes tecnológicos das grandes empresas transnacionais do setor, marcados pelo uso intensivo de 
agrotóxicos e outros insumos químicos.
[…]
Um dos princípios que orienta o trabalho dos guardiões de sementes crioulas é a busca da autossuficiên-
cia nas propriedades agrícolas, condição necessária para uma maior independência econômica e paraasse-
gurar a qualidade do que está sendo produzido. […]
WeissheiMer, M. Guardiões de sementes crioulas: uma luta por autossuficiência, sabor e saber. Sul 21, 22 jul. 2018. 
Disponível em: https://www.sul21.com.br/ultimas-noticias/geral/2018/07/guardioes-de-sementes-crioulas-uma-luta-por-
autossuficiencia-sabor-e-saber/. Acesso em: 2 jun. 2020. 
a) Pesquise o que são sementes crioulas e sua relação com as práticas tradicionais de agricultura. 
b) A agroecologia é um sistema de produção agrícola que une conhecimentos tradicionais e científicos. 
Estudos mostram que as técnicas de agroecologia trazem benefícios ambientais, sociais e econômicos. 
O texto cita um benefício social e econômico do uso das sementes crioulas. Qual é esse benefício? 
c) Em sua opinião, estratégias como a agroecologia e o uso de sementes crioulas são benéficas para 
o meio ambiente? Explique.
60
70
50
40
30
1985 1995 2005 2015 2025
Gt CO₂ eq
histórico
tendência
t CO₂ eq/pessoa/ano
amante de carne vegano
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
carne vermelha cereais
outras carnes vegetais
laticínios outros
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159Não escreva no livro.
CIÊNCIA TEM HISTÓRIA
A viagem filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira
Nas três últimas décadas do século XVIII, o governo de Portugal caracterizou-se pelo absolu-
tismo ilustrado, que se inspirava nas ideias filosóficas do Iluminismo, que, por sua vez, priorizava 
a ciência e a educação.
Nessa época, o Brasil contava apenas com os seminários jesuítas, sem instituições de Ensino 
Superior. Por isso, muitos jovens brasileiros das classes mais ricas foram enviados para estudar 
em Portugal. Entre eles, estava o baiano Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815), que, aos 
14 anos, foi enviado para a Universidade de Coimbra, em 1770. Em 1774, transferiu-se para a 
Faculdade de Filosofia Natural, onde se titulou quatro anos depois, em 1778.
Enquanto estudava, Alexandre foi “demonstrador” de História Natural, atuando de modo se-
melhante a um técnico ou estagiário de laboratório dos cursos de Ciências Biológicas dos dias de 
hoje. Essa experiência e seu engajamento no curso renderam-lhe o convite de seu professor, Do-
mingos Vandelli (1735-1816), para chefiar uma “viagem filosófica” pelas então capitanias do 
Grão-Pará (atual estado do Pará), São José do Rio Negro (atual Amazonas) e Mato Grosso.
Os objetivos da expedição, que partiu do porto de Lisboa em 1o de setembro de 1783, eram 
muitos e variados. Havia uma forte motivação econômica, voltada ao inventário das riquezas na-
turais de interesse comercial. Do ponto de vista científico, interessavam não apenas os estudos 
sobre fauna, flora e minerais, como também os estudos antropológicos, inventariando os povos 
indígenas, seus hábitos e costumes. 
Além dos relatórios técnicos e científicos, cabia a Alexandre a supervisão de todos os aspec-
tos práticos da viagem; ele também se ocupava de instruções burocráticas da Coroa portuguesa 
e da mediação com os líderes políticos e militares locais. Durante nove anos, ele percorreu 39 mil 
quilômetros de hileia, denominação dada à floresta equatorial amazônica pelos naturalistas Ale-
xander von Humboldt (1769-1859) e Aimé Bonpland (1773-1858), e de sertão, o que lhe rendeu 
um riquíssimo material, coletado e enviado para o Real Museu de Lisboa.
Investigando os produtos naturais sob o olhar pragmático da exploração comercial, Alexan-
dre Rodrigues Ferreira escreveu sobre a exploração do peixe-boi e das tartarugas. Sem ante-
cipar qualquer preocupação conservacionista como a que seria desenvolvida a partir do final 
do século XIX, seu texto ilustra a visão exploradora que caracterizou as relações do homem 
com a natureza no século XVIII. 
Após descrever os usos que se pode dar à pele do peixe-boi, Ferreira ressalta as consequên-
cias econômicas da pesca sem controle:
Sem dúvida de tantas utilidades quantas são as que deste mamífero se tiram, nenhum policiamento 
é feito de sua pesca. Um peixe-boi para chegar ao seu devido crescimento deve gastar anos e todos os 
que aparecem são arpoados, mesmo as fêmeas prenhas. As fêmeas não parem mais de um até dois fi-
lhos por ano. Os filhotes tirados do ventre das mães que são arpoadas, para nada servem. Não se co-
nhece o tempo de criação e o arpoador fica feliz quando encontra um filhote para mais fácil arpoar a 
mãe. Arpoam-nos em todos os tamanhos, sem distinção de idade. Por isto não deve causar espanto a 
sua raridade em alguns lagos onde já não os encontramos há alguns anos.
Ferreira, A. R. Viagem filosófica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá: memórias – 
zoologia e botânica [1786]. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura, 1972. p. 62.
PARA DISCUTIR
1 Como se percebe, pelos relatos de Alexandre Rodrigues Ferreira, a exploração excessiva de 
recursos naturais, como a carne de tartaruga e de peixe-boi, é uma preocupação bastante 
antiga. Como você descreveria a situação atual desse problema? Os recursos naturais são 
explorados de forma mais racional?
139Não escreva no livro.
PRÁTICAS DE CIÊNCIAS
Para concluir
1 Identifiquem, na imagem I, entre as áreas A, B 
e C, a área em que houve maior alteração na ve-
getação. Justifiquem suas respostas.
2 Observem as áreas circuladas na imagem I e 
proponham uma interpretação para o uso do 
solo nessas áreas.
3 Na imagem II, a linha apontada pela seta D po-
de representar qual elemento da paisagem? 
Justifiquem suas respostas.
4 A linha apontada pela seta E, na imagem II, po-
de ser interpretada como uma estrada. Vocês 
identificam outro tipo de ocupação humana nes-
sa paisagem? Expliquem.
5 Como o uso de imagens obtidas por satélite po-
de auxiliar os órgãos governamentais a fiscali-
zar a exploração dos recursos naturais em áreas 
florestadas?
INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS DE SENSORIAMENTO REMOTO
A produção e a interpretação de imagens de sensoriamento remoto podem ser grandes aliadas na con-
servação ambiental. Nesta atividade, você e os colegas vão interpretar algumas dessas imagens.
Material
• imagens de SR dos satélites Landsat e CBERS
Como fazer
1 Organizem-se em grupos de dois a três integrantes. 
2 Observem as imagens de satélite mostradas a seguir e interpretem os elementos da paisagem. Para 
isso, considerem que as cores aplicadas artificialmente indicam diferentes elementos (áreas florestais, 
áreas agrícolas, áreas desmatadas, áreas urbanizadas, rios, estradas, etc.). Notem, ainda, que as ima-
gens A, B e C são fotografias aéreas das zonas indicadas pelas setas amarelas.
Áreas da floresta Amazônica e 
fotografias aéreas mostrando os níveis 
de degradação em três áreas diferentes 
(A, B e C). Imagem composta com dados 
obtidos pelos satélites Landsat e CBERS.
Região da cidade de Piracicaba (SP) e arredores. Imagem 
obtida pelo satélite Landsat 5, em 1985.
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153Não escreva no livro.
Questões globais
Questões mais elaboradas e/ou atividades de vestibulares do país e do Enem 
para você se familiarizar com os exames de ingresso no Ensino Superior.
Ciência, tecnologia e sociedade
Apresenta um texto de circulação social e 
estimula a reflexão sobre ciência e 
tecnologia e suas implicações na sociedade.
Ciência tem história
Apresenta e discute o 
contexto em que 
algumas das ideias 
científicas foram 
construídas, 
estimulando a 
discussão e a reflexão.
Práticas de Ciências
Atividades práticas, 
experimentais e 
investigativas 
levam você a 
desenvolver as 
várias formas de 
investigação 
próprias da ciência.
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Pensando Ciências
Apresenta um problema/uma questão a 
ser solucionado(a) por meio da aplicação 
do pensamento computacional.
Estudo de caso
Texto narrativo em que uma personagem 
ou um narrador apresenta uma situação-
-problema, para que você e os colegas 
discutam e, em grupo, proponham uma 
solução e/ou interpretação para o caso.
ROTEIRO
1. Uma grande plantação foi pul-
verizada com inseticida.Após 
um ano, os agricultores per-
ceberam que a população de 
sapos da região diminuiu. Sa-
bendo que a saúde dos sapos 
não foi prejudicada pelo inse-
ticida, o que pode ter causado 
essa diminuição?
Roteiro
Ao longo dos 
capítulos, 
atividades 
trabalham os 
conteúdos dos 
tópicos 
estudados.
QUESTÕES GLOBAIS
A relação entre a sociedade e a natureza vem 
sofrendo profundas mudanças em razão do 
conhecimento técnico. A partir da leitura do 
texto, identifique a possível consequência do 
avanço da técnica sobre o meio natural.
a) A sociedade aumentou o uso de insumos 
químicos – agrotóxicos e fertilizantes – e, 
assim, os riscos de contaminação.
b) O homem, a partir da evolução técnica, con-
seguiu explorar a natureza e difundir har-
monia na vida social.
c) As degradações produzidas pela exploração 
dos recursos naturais são reversíveis, o que, de 
certa forma, possibilita a recriação da natureza.
d) O desenvolvimento técnico, dirigido para a 
recomposição de áreas degradadas, superou 
os efeitos negativos da degradação.
e) As mudanças provocadas pelas ações humanas 
sobre a natureza foram mínimas, uma vez que 
os recursos utilizados são de caráter renovável.
4 (Enem) Para se adequar às normas ambientais 
atuais, as construtoras precisam prever em suas 
obras a questão do uso de materiais de modo 
a minimizar os impactos causados no local. 
Entre esses materiais está o chamado concre-
grama ou pisograma, que é um tipo de revesti-
mento composto por peças de concreto com 
áreas vazadas, preenchidas com solo gramado. 
As figuras apresentam essas duas formas de 
piso feitos de concreto.
1 (Enem) Corredores ecológicos visam mitigar os 
efeitos da fragmentação dos ecossistemas 
promovendo a ligação entre diferentes áreas, 
com o objetivo de proporcionar o deslocamento 
de animais, a dispersão de sementes e o au-
mento da cobertura vegetal. São instituídos com 
base em informações como estudos sobre o 
deslocamento de espécies, sua área de vida 
(área necessária para o suprimento de suas 
necessidades vitais e reprodutivas) e a distri-
buição de suas populações.
Disponível em: www.mma.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2017. 
(Adaptado.)
Nessa estratégia, a recuperação da biodiversi-
dade é efetiva porque
a) propicia o fluxo gênico.
b) intensifica o manejo de espécies.
c) amplia o processo de ocupação humana.
d) aumenta o número de indivíduos nas popu-
lações.
e) favorece a formação de ilhas de proteção 
integral.
2 Leia o texto e responda às questões. 
A paz, a equidade de gênero e raça e o de-
senvolvimento sustentável, tão essenciais para 
nosso futuro, são mais que nunca, demandas 
urgentes para o Brasil. Mas, somente será pos-
sível de fato sanar a pobreza, a fome, o trabalho 
não digno, incluindo o trabalho e exploração 
infantil, a emergência climática, por exemplo, 
com a participação das juventudes […].
Grupo de Trabalho da Sociedade civil para a aGenda 
2030. III Relatório luz da sociedade civil da Agenda 
2030: Brasil 2019. p. 5. Disponível em: https://
gtagenda2030.org.br/relatorio-luz/relatorio-
luz-2019/. Acesso em: 15 maio 2020.
a) Como o consumo consciente praticado pela 
juventude pode auxiliar no esforço de pro-
mover o desenvolvimento sustentável?
b) Discuta com os colegas sobre quais modifi-
cações poderiam ser adotadas para adotar 
uma relação mais consciente com o consumo?
3 (Enem) Se, por um lado, o ser humano, como 
animal, é parte integrante da natureza e neces-
sita dela para continuar sobrevivendo, por outro, 
como ser social, cada dia mais sofistica os 
mecanismos de extrair da natureza recursos 
que, ao serem aproveitados, podem alterar de 
modo profundo a funcionalidade harmônica dos 
ambientes naturais.
roSS, J. L. S. (org). Geografia do Brasil. 
São Paulo: Edusp, 2005. (Adaptado.)
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A utilização desse tipo de piso em uma obra tem 
o objetivo de evitar, no solo, a
a) impermeabilização.
b) diminuição da temperatura.
c) acumulação de matéria orgânica.
d) alteração do pH.
e) salinização.
5 Em 2019, um grande volume de rejeitos de uma 
mineradora se espalhou pela região de Bruma-
dinho (MG) e destruiu cerca de 125 hectares de 
florestas, além de ter atingido o rio Paraopeba, 
um dos principais afluentes do rio São Francisco. 
a) Qual foi a consequência do avanço da lama 
para a biodiversidade do ambiente? Justifique. 
b) Cite dois fatores decisivos para a recuperação 
da fauna local.
158 Não escreva no livro.
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Manejo intensivo de colmeias
[…] As abelhas constituem o grupo economicamente mais importante de polinizadores em 
todo o mundo. Trinta e cinco por cento da produção mundial de alimentos depende de poliniza-
dores […], e as abelhas colaboram de maneira bastante expressiva, atuando como agentes de 
polinização em aproximadamente 73% das espécies vegetais cultivadas no mundo […].
[…] Em função do baixo valor do mel pago aos produtores, da intensa urbanização e da ex-
pansão de novas fronteiras agrícolas, a produção mundial de mel tem reduzido. Esses fatores le-
vam muitos apicultores a buscar fontes de renda alternativas. A principal delas é o aluguel das 
colmeias para polinização de cultivos. Citamos como exemplo o aluguel de colônias para a poli-
nização de cultivos de amêndoas nos Estados Unidos e para a cultura da macieira no sul do Bra-
sil. Entretanto, esse manejo e o transporte de colmeias para culturas diferentes dos habituais po-
dem causar estresse às abelhas, o que prejudica o desenvolvimento, a condição nutricional e a 
produção da colônia em anos subsequentes. Nesses monocultivos em que as colmeias são ins-
taladas para a polinização, nem sempre são observadas fontes de água de qualidade para as abe-
lhas. Além disso, em regiões quentes, a falta de sombreamento nesses locais pode com-
prometer o desenvolvimento adequado da colônia.
Quando as abelhas saem do seu local de origem e são direcionadas para outras cul-
turas, elas devem alimentar-se de pólen de alta qualidade para restaurar os níveis de 
proteína no corpo. Esse objetivo pode ser alcançado transportando as abelhas para lo-
cais com excelentes recursos florais ou alimentando-as. […]
[…] as deficiências nutricionais nas colônias podem prejudicar as reservas de ali-
mento. Com isso, os cuidados com as crias podem ser afetados, aumentando o caniba-
lismo e influenciando diretamente no estado nutricional das gerações subsequentes de 
operárias. Esses acontecimentos comprometem de forma direta e indireta o desenvol-
vimento da colônia, suprimindo os mecanismos naturais de defesa das abelhas, bem 
como a manutenção do número adequado de abelhas em cada casta.
[…] 
Rosa, J. M. da et al. Desaparecimento de abelhas polinizadoras nos sistemas naturais e agrícolas: existe uma 
explicação? Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v. 18, n. 1, p. 154-162, 2019. Disponível em: 
http://revistas.udesc.br/index.php/agroveterinaria/article/view/10301. Acesso em: 8 maio 2020.
O desaparecimento de abelhas nativas vem sendo observado em todo o mundo e tem si-
do motivo de grande preocupação entre apicultores e agricultores. Leia, no texto a seguir, um 
exemplo de estratégia para reduzir o déficit de polinização em culturas.
PARA DISCUTIR
1 Quais são as possíveis consequências de um manejo inadequado de colmeias, a longo 
prazo, do ponto de vista ambiental e econômico?
2 Por que o manejo de abelhas polinizadoras pode ser considerado uma ferramenta im-
portante na implementação de ações de conservação e no incremento da produção em 
cultivos agrícolas?
3 De que maneira agricultores e apicultores poderiam trabalhar em parceria para um mo-
delo de desenvolvimento mais sustentável?
4 Pensando em políticas públicas voltadas à apicultura, o que o governo poderia fazer para 
ajudar os pequenos produtores de mel no Brasil?
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Apicultor manipulando 
caixa de abelhas 
europeias (Apis 
mellifera) para 
extração de mel em 
Itamonte (MG). 
Foto de 2020.
52 Não

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